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domingo, 13 de julho de 2014

Guiné 63/74 - P13394: Memória dos lugares (270): Bafatá: o Sporting Club Bafatá, a piscina, o mercado, a Casa Gouveia, a estátua de Oliveira Muzanty... (Fotos de Benjamim Durães, ex-fur mil op esp, Pel Rec Info, CCS/BART 2917, Bambadinca, 1970/72)


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > c. 1970  > Sede do Sporting Club Bafatá


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > c. 1970  > Mercado (1)


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > c. 1970  > Mercado (2)



Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > c. 1970 > Piscina  (1)


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > c. 1970 > Piscina (2)


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > c. 1970 > Parque  da cidade com a estátrua de Oliveirz Muzanty e ao fundo a Casa Gouveia


Guiné > Região de Bafatá > Bafatá > c. 1970  > Parque  da cidade com a estátrua de Oliveirz Muzanty, junbto ao Rio Geba


Fotos do álbum de Benjamim Durães, ex-fur mil op esp,  Pel Rec Info, CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72).


Fotos: © Benjamim Durães (2011). Todos os direitos reservados [Edição: LG]
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Nota do editor:

Último poste da série > 26 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13332: Memória dos lugares (269): Bissorã, Casa Gardete, do dr. Manuel Gardete Correia (1928-2009), autoridade mundial no combate à doença do sono, a única casa de pedra e tijolo da vila, construída por seu pai José Gardete Correia, comerciante, natural de Rosmaninhal, Idanha-a-Nova (Armando Pires / Fernando Cristo)

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12401: Roteiro de Bafatá, a doce, tranquila e bela princesa do Geba (Fernando Gouveia) (9): Fotos 6, 7, 10 e 12: rua do cinema, parque infantil, rua das libanesas, porto fluvial, Rio Geba



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 6 A


Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 6


FOTO 6 > Uma das ruas principais, onde ficava o cinema. Legenda:

1 – Mercado.

2 – Monumento ao governador Muzanty.



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 7



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 7 A

FOTO 7 > Recinto com a estátua do 1º Tenente da Armada e Governador da Guiné, João de Oliveira Muzanty,  e um parque infantil. Atrás vêm-se os muros da piscina.



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 10



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 10 >

FOTO 10 > Rua onde se situava a sede do Batalhão [, na época, o BCAÇ 2856, 1968/70). Legenda:

1 – Sede do Batalhão.

2 – Café das libanesas.

3 – Casa do tal Sr. Camilo, empresário, que costumava oferecer uns lautos jantares a todos os oficiais de Bafatá.



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 12






Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 12 A


FOTO 12 > Porto fluvial e ponto de encontro das lavadeiras, na margem direita do Rio Geba. Legenda:

1 – A estátua do governador Muzanty.

2 – Piscina.

Fotos (e legendas): © Fernando Gouveia (2013). Todos os direitos reservados.
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Nota do editor:

Último poste da série > 4 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12384: Roteiro de Bafatá, a doce, tranquila e bela princesa do Geba (Fernando Gouveia) (8): O café do sr. Teófilo (Parte IV): Um homem sempre bem informado.. (Manuel Mata, ex-1º cabo, Esq Rec Fox 2640, Bafatá, 1969/71)

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Guiné 63/74 - P12339: Roteiro de Bafatá, a doce, tranquila e bela princesa do Geba (Fernando Gouveia) (2): Foto nº 2: Parte colonial da cidade



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Foto nº 2 > Parte colonial da cidade.

Foto do álbum do Fernando Gouveia [, ex-alf mil rec inf, Cmd Agr 2957, Bafatá, 1968/70; arquitecto, Porto; foto a seguir à esquerda]

Fotos (e legendas): © Fernando Gouveia (2013). Todos os direitos reservados.


FOTO 2 > Parte colonial da cidade.

1 – Restaurante Transmontana.

2 – Café das libanesas.

3 – Sede do Batalhão.

4 – Abrigo de um morteiro.

5 – Avenida principal.

6 – Talvez a melhor casa comercial de Bafatá.

7 – A casa do Sr. Camilo, empresário, o tal que costumava oferecer uns lautos jantares a todos os oficiais e onde eu nunca fui…

8 – Moradia de libanesas.

9 – Oficina auto do Sr. Humberto, meu senhorio.

10 – Caminho para a Tabanca da Ponte Nova.

11 – Rio Geba.

12 – Estátua do 1º Ten. da Armada, João Oliveira Muzanty, que foi governador da Guiné de 1906 a 1909.

13 – O edifício do cinema em construção.

14 – O Mercado.

15 – Grupo escolar em construção.

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terça-feira, 16 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11402: Memória dos lugares (229): Bafatá dos anos cinquenta (Leopoldo Correia)

1. Em mensagem do dia 17 de Março de 2013, o nosso camarada Leopoldo Correia (ex-Fur Mil da CART 564, Nhacra, Quinhamel, Binar, Teixeira Pinto, Encheia e Mansoa, 1963/65), enviou-nos para publicação algumas fotos de Bafatá do ano de 1959.


1. Fotos de Bafatá, de 1959, tiradas por um familiar ligado ao comércio local (Casa Marques Silva), casado com uma senhora libanesa filha do senhor Faraha Heneni


Foto nº 1 > Cheias de Bafatá, 1959



Foto nº 2 > Cheias de Bafatá, 1959. O mercado local.


Foto nº 3 > Cheias de Bafatá, 1959


Foto nº 4 > Bafatá, 1959. "A fonte pública de Bafatá, 1948".



Foto nº 5 > Bafatá, 1959. O jardim, junto ao Rio Geba. Estátua de Oliveira Muzanty


Foto nº 6 > Bafatá, 1959.  Um estabelecimento comercial [Presume-se que seja a Casa Marques da Silva]



Foto nº 7 > A família Marques da  Silva em Bafatá, em 1959. O rapaz ao centro da foto era o Xico, filho de uma Balanta e do Marques da Silva, ambos já faleceram. Talvez alguns dos nossos camaradas desse tempo ainda se recordem deles.
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Nota do editor:

Último poste da série de 15 DE ABRIL DE 2013 > Guiné 63/74 - P11401: Memória dos lugares (228): Vistas aéreas da doce e tranquila Bafatá, princesa do Geba (Fernando Gouveia)

sábado, 23 de março de 2013

Guiné 63/74 - P11298: Historiografia da presença portuguesa em África (45): Evolução do estatuto político-administrativo da Guiné, desde 1890 até à independência (José Gouveia, ex-fur mil, CART 1525, Os Falcões, Bissorã, 1966/67)


([Reproduzido com a devida vénia de Dicionário de História de Portugal, coordenação de Joel Serrão, vol. III. Porto: Livraria Figueirinhas, reedição de 1981, p. 180].


1. Com a devida vénia, e devidamente adaptado reproduzimos aqui um texto, interessante, didático, informativo,  sobre a organização político-administrativa da Guiné, desde 1890 até à independência, texto esse disponível, em formato pdf,  na página da CART 1525, Os Falcões  (Bissorã, 1966/67). O documento é da autoria do nosso camarada José Gouveia, madeirense, ex-fur mil, e hoje advogado, fazendo parte de um livro, de mais de 200 páginas,  sobre a Guiné, em pré-lançamento no sítio da CART 1525. Já aqui fizemos referência, em tempos, ao livro ("Guiné-Bissau, de colónia a independente") e ao autor.  Aproveitamos o ensejo para convidar o José Gouveia a integrar a nossa Tabanca Grande, e para mandar  um grande abraço ao Rogério Freire que criou e mantém, com outros camaradas,  o sitio, na Net, da CART 1525, e que é nosso grã-tabanqueiro da primeira hora (, ou seja, da I Série do nosso blogue).

Estatuto político-administrativo da Guiné
por José Gouveia [adaptado]

 Em 1879 a Guiné separa-se de  Cabo Verde. ´

Em 1890,  passa a ter a categoria de Província.O Governador é escolhido pelo Governo de Portugal. O poder autárquico limita-se aos municípios mais importantes (Bolama, Cacheu e Bissau).

Em 1892, passa a designar-se Distrito Militar Autónomo, com maior concentração de poderes no Governador, na sequência da derrota portuguesa face aos Papéis. Apenas Bolama manteve o estatuto de concelho, embora uma Junta Municipal venha substituir a Câmara, e os respectivos membros passem  a ser nomeados pelo governador. Bissau, Cacheu, Geba e Buba tornam-se comandos militares (1).

Em 1895, a Guiné regressa à categoria de Província por um decreto de 18 de Abril. Mantém-se em vigor o estatuto jurídico de 1892. Cabe ao governador João Augusto de Oliveira Muzanty (1906-1909) [, contra-almirante, em 1934, e chefe do Estado Maior Naval, entre 1934 e 1937, tendo nascido em 1872 e morrido em 1937] reorganizar a administração da colónia, mantendo, não obstante, a posição dos militares. Bolama continua concelho, enquanto Cacheu, Farim, Geba/Bafatá, Cacine, Buba e Bissau passam a residências, sedes de destacamento, cujos comandantes assumem as funções militares e civis (2).

Em 1910, a residência de Buba divide cada um dos seus quatro regulados (Bolola, Contabane, Cumbijã  e Corubal) em chefados, para maior facilidade no cumprimento  de ordens e para reduzir a isenção no pagamento do imposto de palhota (3) aos chefes as povoações.

Anteriormente as isenções excediam as 200 palhotas. Com esta  nova medida exceptua-se do encargo apenas 25 dirigentes indígenas. Algumas dessas residências abrangiam extensas áreas de terreno nem sempre fácil de transpor. Em Dezembro de 1910, Bissau volta a ter comissão municipal nomeada pelo governador, a qual se mantém  em funções até à eleição de 1918 (4).

Em 1912, em plena Repúblcia,  dá-se uma nova reorganização pelo decreto de 7 de Setembro. A Guiné fica dividida em sete circunscrições civis: Bolama, Bissau, Geba, Cacheu, Farim, Buba e Cacine.

Por razões de maior eficiência e falta de disponibilidade dos administradores de Bissau e Bolama, pelo decreto nº 2742, de 7 de Novembro de 1916, há nova reorganização: dois concelhos (Bolama e Bissau) e nove circunscrições civis (Geba, Farim, Cacheu, Buba, Cacine, Bijagós, Brames, Costa de Baixo e Balantas)

Em 1917, a Carta Orgânica mantém a divisão anterior, continuando a reconhecer a autoridade dos régulos e chefes de povoação como delegados dos administradores. Cada um dos concelhos passa a ter uma Câmara Municipal com cinco vereadores eleitos. Cada circunscrição civil conta com comissões municipais, constituídas pelo respectivo administrador e por dois vogais eleitos.

Em 1921 e 1922 já existiam, para além de dois concelhos (Bissau e Bolama), 14 circunscrições:  Domingos, Cacheu, Farim, Costa de Baixo (Canchungo), Brames (Bula), Papéis (Bór), Bissorã, Mansoa, Bafatá, Oco-Babú, Buba, Quinará, Bijagós e Cacine. [Observação: Vê-se que neste período de 1917 a 1922, Geba perdeu importância em detrimento de Bafatá].

Em 1927, já em plena Ditadura Militar, pelo diploma nº 329, de 3 de Setembro, as circunscrições são  reduzidas para sete,  na sequência da  maior facilidade de comunicações, bem como da pacificação da Guiné. Essas circunscrições são: Cacheu, Canchungo, Farim, Mansoa, Bafatá, Buba e Bubaque.

Não obstante algum tempo depois terem sido restabelecidas as circunscrições civis de Bissau e de Gabú Sara e o comando militar de Canhabaque, só em 1928 surge alteração mais pronunciada, justificada quer pela necessária compressão de despesas, quer pela procura de maior qualidade de organização, impedindo a continuação da fragmentação do poder. Desta forma, a Guiné passou a contar com quatro intendências (Bolama, Bissau, Bafatá e Cacheu), subdivididas em doze residências. Localmente há ainda outros órgãos de poder, como por exemplo o juiz do povo (5).

Nos anos cinquenta do Século XX, os principais centros populacionais eram Bissau (capital e sede do Governo), Bafatá, Bolama, Cacheu e Farim. Cada centro com cerca de 5 mil  habitantes.

O Estatuto Político-Administrativo da Província da Guiné, de 1963, vem entretanto introduzir  uma nova reestruturação administrativa. Na sequência da Lei nº 2.048, de 11 de Junho de 1951, que introduz alterações à Constituição da República Portuguesa, inclusivamente na parte relacionada com as colónias que passam a chamar-se províncias, bem como da Lei nº 2.119, de 24 de Junho de 1963, que aprova a Lei Orgânica do Ultramar, é revisto e aprovado o novo Estatuto da Guiné.

Pelo Decreto nº 45.372, de 22 de Novembro de 1963, assinado por Américo Deus Rodrigues Thomaz (Presidente da República), António de Oliveira Salazar (Presidente do Conselho) e António Augusto Peixoto Correia (Ministro do Ultramar), é aprovado o Estatuto Político- Administrativo da Guiné, para entrar em vigor no dia 1 de Janeiro de 1964.

 A província da Guiné abrange os territórios indicados na Convenção luso-francesa de 12 de Maio de 1886 e delimitados por troca de notas diplomáticas em 29 de Outubro e 4 de Novembro de 1904 e 6 e 12 de Julho de 1906, tendo Bissau como capital (, tinha sido Bolama, até 1943). Tem órgãos de governo próprios, constituídos pelo (i) Governador (o mais alto representante do Governo da Nação Portuguesa), (ii) o Conselho Legislativo e (iii) o Conselho de Governo.

O Governador tem funções executivas mas também legislativas em certas casos, a saber: a) no intervalo das sessões do Conselho Legislativo; b) durante o funcionamento efectivo do Conselho Legislativo, em todas as matérias que não sejam da competência exclusiva do mesmo Conselho; c) e quando o Conselho Legislativo haja sido dissolvido.

O Conselho Legislativo é constituído por 11 vogais, eleitos para um mandato de 4 anos, tendo como Presidente o Governador. Tem competência legislativa e outras como autorizar o Governador a contrair empréstimos, nos termos da Lei Orgânica do Ultramar.

Também fazem parte do Conselho Legislativo, como vogais natos, o Secretário-geral, o delegado do procurador da República da comarca da capital da província e o chefe da Repartição Provincial dos Serviços de Fazenda e Contabilidade.

As condições para ser eleito para o Conselho Legislativo são as seguintes: a) ser cidadão português originário; b) ser maior; c) saber ler e escrever português; d) reesidir na província há mais de três anos; e) não ser funcionário do Estado ou dos corpos administrativos em efectividade de serviço, salvo se exercer funções docentes.

Os 11 vogais são eleitos da seguinte forma, num único círculo eleitoral: a) três, por sufrágio directo dos cidadãos inscritos nos cadernos gerais de recenseamento eleitoral; b) sois,  são-no   pelos contribuintes, pessoas singulares, recenseados com um mínimo de contribuições directas de 1.000$00; c) dois, eleitos pelos corpos administrativos e pessoas colectivas de utilidade pública administrativa, legalmente reconhecidas; d) três, pelas autoridades das regedorias, de entre elas próprias; e) um é  eleito pelos organismos representativos dos interesses morais e culturais.

O Conselho do Governo funciona junto do Governador, que preside. Colabora com o governador nas suas funções, nomeadamente na função legislativa. É constituído por:  (i) secretário-geral; (ii) comandante-chefe das forças armadas, quando o houver, ou, na sua falta ou quando o comandante-chefe for o governador, pelo mais graduado ou antigo dos comandantes dos três ramos das força armadas;  (iii) delegado do procurador da República da comarca da capital da província; (iv) chefe da repartição Provincial dos Serviços de Fazenda e Contabilidade; e (v) três vogais do Conselho Legislativo por este eleitos na primeira sessão ordinária de cada legislatura, um dos quais deverá ser sempre um representante das regedorias.

Os serviços públicos de administração provincial compreendem:

a) A Repartição de Gabinete;
b) As repartições provinciais de serviços;
c) Os serviços autónomos;
d) As divisões de serviços integrados em serviços nacionais;
e) Os outros serviços dotados de organização especial.

Quanto a repartições provinciais, há as seguintes repartições provinciais de serviços:

a) Administração civil;
b) Agricultura e florestas;
c) Alfândegas;
d) Economia e estatística Geral;
e) Educação;
f) Fazenda e Contabilidade;
g) Geográficos e Cadastrais;
h) Marinha;
i) Obras Públicas, Portos e Transportes;
j) Saúde e Assistência;
l) Veterinária.

No que respeita à Administração Local, a  Guiné divide-se em Concelhos que se formam, de freguesias. Onde não for possível criar freguesias existem postos administrativos (por ex., Bambadinca). E nas regiões que não tenham atingido o necessário desenvolvimento económico e social, poderão, transitoriamente, os concelhos ser substituídos por circunscrições administrativas, que se formam  de postos administrativos, salvo nas localidades onde seja  possível a criação de freguesias. Os postos administrativos podem dividir-se em regedorias e estas em grupos de povoações. O concelho de Bissau pode ser dividido em bairros.

Concelhos e Circunscrições

O estatuto de 1963 vem criar os seguintes concelhos, tendo a câmara municipal como corpo administrativo:

a) Bissau;
b) Bissorã;
c) Bolama;
d) Bafatá;
e) Catió;
f) Gabu;
g) Mansoa;
h) Farim;
i) Cacheu.

São criadas, além disso, as seguintes circunscrições:

a) Bijagós;
b) Fulacunda;
c) S. Domingos

Compete ao Governo da província criar ou suprimir bairros, freguesias e postos administrativos e fixar as respectivas designações, áreas e sedes. As designações deverão, sempre que possível, basear-se na tradição histórica ou nas consagradas pelos usos e costumes.

A Guiné tem um Boletim Oficial onde são  publicados os diplomas legais que, se nada estipularem, entram em vigor: (i) cinco dias depois, no concelho de Bissau; ou (ii) quinze dias depois, no restante território da província.





As atuais oito regiões da Guiné-Bissau (Mapa: Cortesia da Wikpédia)



Divisão Administrativa após a independência

Após a independência, a Guiné- Bissau institui a divisão administrativa constituída por um Setor Autónomo de Bissau (capital Bissau) e oito regiões:

Bafatá (capital Bafatá) [6 setores: Bafatá, Bambadinca, Contubuel, Galomaro/Cossé, Ganadu e Xitole];

Biombo (capital Quinhamel) [3 setores: Prabis, Quinhamel e Safim];

Bolama/Bijagós (capital Bolama)[ 4 setores: Bolama, Bubaque, Caravela e Uno];

Cacheu (capital Cacheu) [ 7 setores: Bigene, Bula, Cacheu, Caio, Calequisse, Canchungo e São Domingos];

Gabu (capital Gabu) [5 setores: Boé, Gabú, Pirada, Piche e Sonaco];

Oio (capital Farim) {5 setores: Bissorã, Farim, Mansabá, Mansoa e Nhacra];

Quinara (capital Quinara) [4 setores: Buba, Empada, Fulacunda e Tite];

Tombali (capital Catió) [5 setores: Bedanda, Catió, Como, Quebo e Quitafine (Cacine)].

Entre 1970 e 1975, o principal centro continuava a ser Bissau, capital da Província, que reune funções de comércio e administração, sendo servida pelo porto mais movimentado, por onde se faz o comércio externo.

[Texto de José Gouveia, adapt. por L.G.]
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Notas do autor, José Gouveia:

(1)  «Nova História da Expansão Portuguesa»,  direcção de Joel Serrão e A.H. de Oliveira Marques.  O Império Africano 1890-1930, coordenação de A.H. de Oliveira Marques, Editorial Estampa, 2001, p.154.

(2) Idem, pág. 155.

(3) «Imposto de palhota»: contribuição predial aplicada pela propriedade das vivendas, baseadas nas casas de colmo que serviam de habitação [moranças].

(4) "Nova História da Expansão Portuguesa», direcção de Joel Serrão e A.H. de Oliveira Marques. O Império Africano 1890-1930,  coordenação de A.H. de Oliveira Marques, Editorial Estampa, 2001, p.157.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Guiné 63/74 - P11293: Memória dos lugares (226): Vistas aéreas da doce e tranquila Bafatá, princesa do Geba (Humberto Reis, ex-fur mil op esp, CCAÇ 12, Contuboel e Bambadinca, 1969/71) (Parte I)


Guiné > Zona leste >  Bafatá  > Vista aérea > Foto nº 5 > Em primeiro plano, o rio Geba e a piscina de Bafatá (que tinha o nome do administrador Guerra Ribeiro e foi inaugurada em 1962, tendo sido construído - segundo a informação que temos - por militares de uma unidade aqui estacionada ainda antes do início da guerra).

Do lado esquerdo, o cais fluvial, uma zona ajardinada, a estátua do governador Oliveira Muzanty (1906-1909)... Ao centro,  a rua principal da cidade. Vê-se, ao fundo, a estrada que conduz à saída para Nova Lamego (Gabu), à direita,  e Bambadinca-Xime, à esquerda. À entrada de Bafatá, havia rotunda. Para quem entrava, o café do Teófiloi, o "desterrado", era à esquerda..

Do lado direito pode observar-se a traseira do mercado. Do lado esquerdo, no início da rua, um belo edifício, de arquitetura tipicamente colonial, pertencente à  famosa Casa Gouveia, que representava os interesses da CUF,  e que, no nosso tempo, era o principal bazar da cidade, tendo florescido com o patacão (dinheiro) da tropa. Por aqui passaram milhares e milhares de homens ao longo da guerra,. que aqui faziam as suas compras, iam aos restaurantes e se divertiam... comas meninas do Bataclã.



Foto nº 5 - >  A piscina de Bafatá, na altura vazia


Foto nº 5-B > Cais do Rio Geba e jardim de Bafatá.. Ao centro a estátua do governador Oliveira Muzanty (1906-1909)



Foto nº 5- C > Do lado direito, o principal estabelecimento da cidade, pertencente à Casa Gouveia


Foto nº 5-  D > Jardim, estátua de Oliveira Muzanty (governador, 1906-1909) e Casa Gouveia, no início da rua principal


Foto nº 5 - E > Rua Principal de Bafatá, com início na Casa Gouveia... O terceiro edifício parece ser o cinema  (?) e o sexto a casa das libanesas... Ao fundo do lado esquerdo, a igreja católica de Bafatá.  À frente à Casa Gouveia, do outro lado da rua, o Mercado de Bafatá, de estilo revivalista. [Ou o cinema era na rua do mercado que era perpendicular à rua principal ? Também não tenho a certeza onde era o edifício da administração civil... parece.-me que ficava a meio da rua principal, do lado direito, tal como o edifício dos correios. Também não consigo localizar aqui o restaurante A Transmontana].




Foto nº 5 - F > Do lado esquerdo, a igreja de Bafatá e a casa das libanesas. A diocese católica de Bafatá (, abrangendo a s regiões de Bafatá, Gabú, Quinara,Tombali e Bolama) só foi criada em 2001. Ao alto da rua, do lado direito, era o hospital de Bafatá, dirigido por missionários italianos. [ Do lado esquerdo, não longe da igreja, ficava  - se não erro - a mesquita, que não aparece na foto nº 5].


  
Foto nº 2 > A mesquita de Bafatá (1)


Foto nº 2 - A > A mesquita de Bafatá (2)


Foto nº 5 - F >  As traseiras do Mercado de Bafatá... Vê-se a sua fachada, de arquitetura revivalista, de inspiração árabe.




Foto nº 5- G > Vista parcial da cidade... Bafatá passou a concelho, pela reforma político-administartiva de 1963 (Decreto nº 45.372, de 22 de Novembro de 1963, que entrou em vigor em 1 de janeiro de 1964). Com o novo estatuto foram criado os seguintes concelhos, tendo a xâmara municipal como corpo administrativo: Bissau, Bissorã, Bolama, Bafatá, Catió, Gabu  Mansoa, Farim e Cacheu. E ainda as seguintes circunscrições: Bijagós, Fulacunda e S. Domingos.

Bafatá  foi elevada a cidade em março de 1970. No nosso tempo, meu e do Humberto Reis (CCAÇ 12, 1969/71), a cidade destacava-se pela beleza dos seus edifícios (incluindo os seus estabelecimentos comerciais) e a limpeza das ruas. Os lancis eram pintados a branco.

Fotos: © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: L.G.]



Guiné > Zona leste > Bafatá > Bafatá, a rua principal, vista de norte,  com o Rio Geba ao fundo... Do lado direito, pintada a azul, a famosa casa das libanesas (restaurante e pensão). Foto do ex-alf mil op esp António Barbosa (2ª CART / BART 6523, Cabuca, 1973/74).

Segundo a reconstituição feita pelo Humberto Reis, esta era "a rua principal (alcatroada, como todas as demais) da doce e tranquila Bafatá, com as suas casas de arquitectura tipicamente colonial. Ao fundo era o mercado e cortava-se à esquerda, para a piscina. Na primeira à direita, ficava o Restaurante A Transmontana. Do lado esquerdo, no início da foto, ficava a casa do Administrador e edifício da Administração civil  bem como os CTT e as Finanças. A meio, a rua era cortada pela estrada que ligava a Geba".

Fotos: © António Barbosa (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.




Guiné > Zona leste > Bafatá > Estátua de Oliveira Muzanty... Foto do o José Luís Tavares, do Esq Rec Fox 2640 (Bafatá, 1969/71), sentado à direita... Foto gentilmenmte cedida pelo Manuel Mata, nosso grã-tabanqueiro da primeira hora. Ao fundo, o edifício da Casa Gouveia.

Foto: © José Luís Tavares / Manuel Mata (2006). Todos os direitos reservados.


1. Esta é uma das sete vistas áreas de Bafatá, tiradas pela máquina fotográfica do Humberto Reis, o meu amigo, vizinho e camarada da CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71). O Reis tinha vários amigos na FAP e, de vez em quando, apanhava uma boleia de helicóptero ou de DO 27. Estas fotos foram tiradas de heli. E tem uma excelente resolução (mais de 2 MG), o que permitiu o seu recorte em várias imagens parciais.

Peço aos grã-tabanqueiros que viveram em Bafatá, como o Fernando Gouveia,  antigo alf mil em Bafatá, no Comando de Agrupamento nº 2957 (1968/70), autor do livro "Na Kontra Ka Kontra" , e arquiteto de profissão, para as comentar e completar a legendagem. São imagens notáveis, e únicas, que nos ajudam a matar saudades da doce e tranquila Bafatá, princesa do Geba. (LG).
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Nota do editor:

Último poste da série > 11 de março de 2013 > Guiné 63/74 - P11239: Memória dos lugares (225): Olossato, anos 60, no princípio era assim (8) (José Augusto Ribeiro)

quarta-feira, 20 de março de 2013

Guiné 63/74 - P11281: Álbum fotográfico de Abílio Duarte (fur mil art da CART 2479, mais tarde CART 11/ CCAÇ 11, Contuboel, Nova Lamego, Piche e Paunca, 1969/70) (Parte VII): Bafatá, uma piscina para três mil...


Foto s/ nº > Reprodução de foto publicada numa revista lou brochura  da época... A piscina de Bafatá e ao fundo, do lado esquerdo,  o estabelecimento comercial da Casa Gouveia


Foto s/ nº > Diz o Abílio, legenda em cima da própria foto: "Três mil soldados para uma piscina" (...fora os civis). Ao fundo vê-se a estátua  ddo governador João Augusto de Oliveira Muzanty (1906-1909), e o estabelecimento local da Casa Gouveia.[, salvo erro] [LG]


Foto s/ nº > O Abílio descansando na psicina de Bafatá, que tinha o nome de Guerra Ribeiro, e foi inaugurada em 1962 . [Este Guerra Ribeiro deve ter sido o administrador da circunscrição ou concelho de Bafatá, na época. Também terá sido, antes ou depois,  administrador de Bissau: o seu nome estará ligado á construção do bairro da Ajuda. ]




Foto s/ nº > O Abílio, com um camarada não identificado


Foto s/ nº > O Abílio, no cais fluvial de Bafatá, no Rio Geba Estreito, que era navegável até aqui...

Guiné > Zona Leste > CART 2479/CART 11 (Contuboel, Nova Lamego, Piche, Paunca, 1969/71) > "Na piscina em Bafatá. Bons tempos!... Ainda conseguíamos pirar-nos de Contuboel e passar uns bons momentos em Bafatá. Perto da piscina havia um restaurante [, A Transmontana, seguramente,] muito bom".


Fotos (e legendas): © Abílio Duarte (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complemenetar: L.G.]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do Abílio Duarte, ex-fur mil art da CART 2479 (mais tarde CART 11 e finalmente, já depois do regresso à Metrópole do Duarte, CCAÇ 11, a famosa
companhia de “Os Lacraus de Paunca”) (Contuboel, Nova Lamego, Piche e Paunca, 1969/70). (*) Na época a cidade de Bafatá era, a seguir a Bissau,  porventura a maior, a mais bonita, moderna e limpa da província da Guiné. [Ver aqui fotos posteriores, do Humberto Reis, de 1996].


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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Guiné 63/74 - P9189: O nosso fad...ário (7): O fado do BART 2857: Parte I: Obras em Piche: letra de José Luís Tavares, recolha de Manuel Mata (Esq Rec Fox 2640, Bafatá, 1969/71)



Guiné > Zona Leste > Bafatá > Esq Rec Fox 2640 (1969/71) > Jardim da Bafatá > Eis o autor das quadras que aqui se publicam, buscando inspiração na espuma dos dias, o José Luís Tavares, sentado, à direita, sob a estátua de João Augusto Oliveira Muzanty, um dos pacificadores da Guiné tal como Teixeira Pinto. Primeiro tenente da Marinha,  foi governador do território entre 1906 e 1909.

O monumento a Oliveira Muzanty, inaugurado em 28 de Maio de 1950, foi obra do escultor António Duarte e do arquitecto Fernando Pessoa. Encontra-se hoje parcialmente destruído (só resta a base em pedra onde assentava a estátua do nosso antepassado).

Foto: © Manuel Mata (2006). Todos os direitos reservados




Guiné > Zona Leste > Bafatá > Esq Rec Fox 2640 (1969/71) > O Manuel Mata em cima de uma Autometrelhadora Daimler.

Foto: © Manuel Mata (2006). Todos os direitos reservados


1. Manuel Mata é dos mais antigos membros da nossa Tabanca Grande. Na I Série do nosso blogue tem diversos postes publicados. Foi 1º cabo apontador de Carros de Combate M 47 (, máquina de guerra que nem sequer havia no TO da Guiné...). É do meu tempo do leste: pertenceu ao Esquadrão de Reconhecimento Fox 2640 (Bafatá, 1969/71, e era amigo (e confidente) do velho Teófilo, do Café Teófilo.

Há cinco anos atrás, ele mandou-nos algumas quadras que foram agrupadas, com maior ou menor propriedade sob a designação de Cancioneiro da Cavalaria de Bafatá. Foi a minha maneira de fazer uma pequena homenagem aos nossos camaradas da arma de cavalaria que penaram lá para os lados de Bafatá, Nova Lamego, Piche, Buruntuma... Também iam a Bambadinca, mas menos vezes. Bambadinca tinha o seu Pel Rec Daimler, que fazia o que podia (e podia pouco) para, com dignidade e coragem, ir aos pontos mais críticos e difíceis (sobretudo na época das chuvas) do Sector l1, como Mansambo, Xitole, Saltinho...

Do alentejano Manuel Mata, que vive no Crato, aqui vão algumas quadras do seu amigo José Luís Tavares, "homem de transmissões, companheiro do Esquadrão e das lides de organização dos convívios anuais" (sic)... Ele fez, em 2006, questão de sublinhar que se destinavam aos "amigos que gostam de quadras com algum sentido crítico-satírico"... 


Nunca cheguei a saber, junto dele, se na Cavalaria de Bafatá se cantava o fado... marialva ou não. Presumo que sim... Mas não tenho qualquer indicação de música de fado (ou outra) para acompanhar esta letra...  As quadras, com versos de 7 sílabas, são perfeitas (depois de um retoque final),  tocam-se com música de um fado tradicional, haja uma viola, um guitarra e uma garganta afinada. Pode ser o fado corrido, que casa bem com as quadras populares. Chamei-lhe nesta revisão o Fado do Bart 2857, com uma 1ª parte, Obras em Piche... (Com a devida vénia, ao autor da letra e ao Manuel Mata, que a recolheu) (*) (LG)


2. Fado do BART 2857: Parte I: Obras em Piche (***)

Aqui em Piche é mato,
Mas manga de animação,
Tem cá uma [bela] piscina,
Foi hoje a inuguração.

F'zeram várias brincadeiras
Que meteram muita graça,
Jogaram também f'tebol
E, ao fim, entrega da taça.

Foi um jogo de grande interesse,
Como já é natural,
Mas ao fim, em vez da taça,
Deram uma cerveja Cristal.

Vou dizer-lhes o resultado.
Só para nós em comum,
Que perderam os furriéis
Por nove golos a um.

Foi um jogo bem disputado,
Ouvi eu, numa entrevista,
Que mais par'cia uma final
Com Sporting e Boavista.

Passou-se isto a vinte e oito,
Mais nada, vou terminar,
E quanto à arbitragem
Acho que foi regular.

José Luis Tavares - Radiotelegrafista
28 de Junho de 1970


[Recolha: Manuel Mata] (**)

[Revisão /fixação de texto: L.G.]

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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 9 de Dezembro de 2011 Guiné 63/74 - P9165: O nosso fad...ário (6): Fado Canção da Fome: Livrou o autor de levar uma porrada do célebre Pimbas (Manuel Moreira, CART 1746, Bissorã, Xime e Ponta do Inglês, 1967/69)


(**) Vd. I Série >
 Poste de 31 de Março de 2006 > Guiné 63/74 - DCLXV: Cancioneiro da Cavalaria de Bafatá (Radiotelegrafista Tavares) (1): Obras em Piche

(***) Ao tempo do BART 2857 (Piche, 1968/70), que tem um blogue próprio, aqui. Pelo "slideshow" com fotos do João Maria Pereira da Costa, vê-se que era malta danada para jogar á bola...