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sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Guiné 63/74 - P16626: Agenda cultural (508): No passado dia 14 de Outubro de 2016, no Salão Nobre do Quartel da Serra do Pilar, em Vila Nova de Gaia, realizou-se a sessão de apresentação do livro "Memórias Boas da Minha Guerra" da autoria do nosso camarada José Ferreira da Silva

Foto: © Jorge Portojo, com a devida vénia.


No passado dia 14 de Outubro de 2016, no Salão Nobre do Quartel da Serra do Pilar (ex-RAP 2), em Vila Nova de Gaia, realizou-se a sessão de apresentação do livro "Memórias Boas da Minha Guerra" da autoria do nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69). A cerimónia foi presidida pelo Senhor Coronel Rui Ribeiro, Comandante daquela Unidade.

A  Mesa era composta por: Edgar Maia, em representação da Chiado Editora; Coronel Rui Ribeiro, Comandante do Quartel da Serra do Pilar; General Art.ª Manuel de Azevedo Moreira Maia, ex-CMDT da CART 1689; Carlos Vinhal, co-editor do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, em substituição do apresentador do livro, Dr. Alberto Branquinho, ausente por motivos de força maior; e José Ferreira, autor do livro.

Deu início aos trabalhos, que decorreram de forma muito informal, ou não estivéssemos entre camaradas e amigos, o Autor José Ferreira, que começou por agradecer ao Comandante da Unidade, senhor Coronel Rui Ribeiro, a sua hospitalidade, e a quem deu a palavra.

O Comandante do Quartel da Serra do Pilar, Coronel Rui Ribeiro

Retivemos das palavras do senhor Coronel Rui Ribeiro, o prazer que aquela Unidade tinha em receber os antigos Combatentes dali saídos em missão de soberania para o antigo Ultramar, especialmente para uma sessão de lançamento de um livro de memórias da autoria de alguém que combateu, respondendo ao chamamento de Portugal.

Seguiu-se uma intervenção do senhor Edgar Maia que representava a Chiado Editora, que salientou a disponibilidade da sua Editora para dar a conhecer livros da autoria dos Combatentes da Guerra do Ultramar, uma forma de literatura que deve ser divulgada e acarinhada.

O representante da Chiado Editora, Edgar Maia, no uso da palavra.

Na ausência do camarada Alberto Branquinho, por motivos imponderáveis, coube ao co-editor deste Blogue, Carlos Vinhal, ler o texto que o Branquinho havia preparado, metendo pelo meio algumas achegas para também dar o seu cunho pessoal, e não ser só um mero leitor. 

O Branquinho começa por dizer como conheceu o Ranger Silva, em Lamego, sem saber que iriam juntos para a Guiné e muito menos na mesma Companhia.
Faz seguidamente uma apreciação à chamada literatura da Guerra Colonial, na qual, de acordo com a sua opinião, se insere este livro. Volta ao autor, explicou como o incentivou a escrever para o Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné a sua primeira história, "Bife à Dunane", e mais tarde a publicar um livro, este.
De uma forma original enumera umas quantas histórias que fazem parte do livro, apresentando dois ou três parágrafos, deixando o resto à curiosidade dos leitores.
Não esquece a história "O Chico do Palácio", o nosso Chico, como refere Branquinho, o primeiro militar da Companhia morto na guerra.

Termina o texto com um novo incentivo ao autor José Ferreira, para que continue a publicar no Blogue e faça uma selecção doutros textos que, não sendo divertidos, como os da série "Outras Memórias da Minha Guerra", merecem ser divulgados também em livro.

Por sua vez, Carlos Vinhal terminou dizendo que as histórias publicadas pelo Silva da CART 1689 no seu livro "Memórias Boas da Minha Guerra", assim como as publicadas no Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, são o espelho da sua maneira de ser e de como vê o seu semelhante, sem filtros e com verdade, tendo ainda a capacidade nata para o retratar com as palavras certas.
E que venha o segundo livro, agora baseado nas "Outras Memórias", estas bem mais duras, mais tristes, porque são as da guerra-guerra, como diria o camarada Branquinho.

O co-editor deste Blogue, Carlos Vinhal, apresentando o texto do camarada Alberto Branquinho, a pedido deste.

Tomou depois a palavra o Autor José Ferreira que, de improviso, falou do seu livro, das histórias nele contidas, originalmente publicadas no nosso Blogue, dos incentivos  que recebeu para se abalançar nesta aventura, e na alegria que sentia por se ver ali rodeado pelos seus familiares, amigos e camaradas, destacando a presença do "seu Capitão" Manuel Azevedo Maia.
Agradeceu à sua família a compreensão e ajuda que deu nas diversas vertentes para que o seu livro fosse uma realidade. Projectos como estes um homem só não leva a bom porto.
A intervenção do José Ferreira teve de tudo, momentos de boa disposição, hilariantes mesmo, e outros de comoção, ambos contagiantes que não deixaram ninguém indiferente. Os presentes riram a bom rir, mas também engoliram em seco quando as palavras calavam fundo.

O autor José Ferreira num momento contagiante de alegria. Talvez estivesse a falar da "Cabra do Berguinhas".

Seguiu-se o depoimento do senhor General Manuel Moreira Maia, que enquanto Cap Art.ª, comandou a CART 1689.
Começou por agradecer o convite do autor para ali estar, lembrando os tempos vividos na Guiné, os bravos homens que comandou e nunca esqueceu, especialmente aqueles que morreram.
Contou peripécias, boas e más, e riu-se de algumas das histórias publicadas, que desconhecia, aproveitando também para desfazer antigos equívocos.

O senhor General Manuel Moreira Maia, ex-Comandante da CART 1689, quando se dirigia aos presentes. 

Um abraço sentido entre velhos camaradas de armas, o Furriel Miliciano José Ferreira e o seu Capitão Maia.

Uma surpresa estava ainda reservada ao Zé de Catió.
O Bando do Café Progresso, grupo a que o José Ferreira também pertence, estava largamente representada no Quartel da Serra do Pilar. Um dos Bandalhos, o nosso camarada Jorge Teixeira (Portojo), tinha um texto para ser lido se fosse oportuno. E foi, não pelo Jorge Teixeira, autor do texto, mas pelo outro Jorge Teixeira, o mais Bandalho do Bando, porque dele é o Chefe.
Aqui fica o registo fotográfico.

Jorge Teixeira lendo o texto do Jorge Teixeira (Portojo), uma singela homenagem ao homem do dia.

Terminadas as alocuções, ainda no Salão Nobre, seguiu-se a sessão de autógrafos, devidamente supervisionada pelas 3 netas e neto do nosso camarada José, num dia particularmente feliz.

Fotos:© Dina Vinhal

Era este o aspecto do Salão Nobre do Quartel da Serra do Pilar
Foto: © Carlos Vinhal

Finalmente, numa sala anexa ao Salão Nobre, foi servido um Porto de Honra aos presentes, oferecido pelo José Ferreira. Já libertos do cumprimento do silêncio exigido antes, foram trocadas memórias de tempos idos, comuns a quase todos.

Foto: © Jorge Portojo, com a devida vénia
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Nota do editor

Último poste da série de 17 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16610: Agenda cultural (501): No passado dia 13 de Outubro, integrada na série Tertúlias Fim do Império, na Messe Militar do Porto, sita na Praça da Batalha, no Porto, foi apresentado o livro "A Batalha de Cufar Nalu" da autoria do nosso camarada Manuel Luís Lomba, que foi Furriel Miliciano na Companhia de Cavalaria 703 (Guiné, 1964/66)

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Guiné 63/74 - P16567: Agenda cultural (504): Lançamento do 1.º Volume de "Memórias Boas da Minha Guerra", da autoria do nosso camarada José Ferreira da Silva, dia 14 de Outubro de 2016, pelas 16h30, no Salão Nobre do Mosteiro da Serra do Pilar, na Rua Rodrigues de Freitas, Vila Nova de Gaia, com apresentação do Dr. Alberto Branquinho




1. Em mensagem de ontem, dia 5 de Outubro de 2016, o nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), enviou um convite a todos os camaradas que possam estar presentes no lançamento do 1.º Volume de "Memórias Boas da Minha Guerra", da sua autoria.

A apresentação do livro, que terá lugar no próximo dia 14 de Outubro de 2016 (sexta-feira), pelas 16h30, no Salão Nobre do Mosteiro da Serra do Pilar, estará a cargo do nosso camarada Dr. Alberto Branquinho, ex-Alf Mil da CART 1689.



C O N V I T E   

Camaradas Editores do Blogue de Luís Graça e Camaradas da Guiné

Teria muito gosto em poder contar com a vossa honrosa presença na apresentação do 1.º volume das "Memórias Boas da Minha Guerra". 

Desde já, grato pela vossa atenção, apresento os melhores cumprimentos. 
José Ferreira 

PS: O acesso ao Quartel é limitado, pelo que é preciso comunicar os nomes dos interessados, assim como a matrícula dos carros para poderem parquear lá dentro. 
Por favor faça a inscrição aqui: https://goo.gl/forms/CRmU1tMBk7esWDF12 (uma por pessoa).
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Nota do editor

Último poste da série de 2 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16547: Agenda cultural (497): Lançamento do livro do nosso camarada Paulo Salgado, "Guiné: crónicas de guerra e de amor", com prefácio de Mário Tomé... Dia 20 de outubro, 5ª feira, às 18h00, na Associação 25 de Abril, R Misericórdia, 95, Lisboa

quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Guiné 63/74 - P15180: Convívios (712): Almoço comemorativo do 50.º aniversário do regresso da CART 566 à Metrópole, a realizar no próximo dia 17 de Outubro de 2015, em Vila Nova de Gaia (José Augusto Miranda Ribeiro)

1. Mensagem de José Augusto Miranda Ribeiro (ex-fur mil da CART 566, Ilha do Sal - Cabo Verde, Outubro de 1963 a Julho de 1964, e (Olossato - Guiné, Julho de 1964 a Outubro de 1965), com data de 23 de Setembro de 2015, anunciando o próximo encontro do pessoal da sua Unidade, coincidente com a comemoração dos 50 anos do regresso à Metrópole:



Em 17 de Outubro de 2015, (sábado) vai realizar-se o 21.º Convívio da CART 566 para comemorar o 50.º Aniversário do regresso da Guiné. 


Ex-combatente e amigo, comparece e, se possível, acompanhado de familiares e amigos, para convivermos com os sobreviventes da CArt 566, e homenagearmos os camaradas que já nos deixaram e continuarmos a merecer o esforço e o espírito dinamizador destes encontros. 

O encontro é no Regimento de Artilharia 5 (Ex-RAP 2 na Serra do Pilar). 

PROGRAMA

10h00 - Concentração 
11h30 - Missa na capela da Unidade 
12h15 - Cerimónia aos mortos da Companhia 
13h00 - Início do almoço-convívio no Restaurante Boucinha - EN 222 (Av. Vasco da Gama, 4430 Vila Nova de Gaia. 

PREÇO DO ALMOÇO: 
adultos 27,50 €, 50% para crianças dos 4 aos 8 anos e grátis para crianças até aos 3 anos. 

As inscrições devem ser feitas até 13 de Outubro de 2015, pelo telefone fixo 225 507 038 (dias úteis das 18h00 às 24h00), e pelo telemóvel 917 783 820 (a qualquer dia e hora).

Saudações e um abraço para todos os camaradas. 
José Augusto Miranda Ribeiro
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Nota do editor

Último poste da série de 29 de Setembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15175: Convívios (711): Divagações e recordações de um dia de verão em Paços de Sousa (Francisco Baptista)

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14445: Imposição de Medalhas Comemorativas das Campanhas a dois militares da CART 1742, no passado dia 27 de Março no antigo RAP 2, em Vila Nova de Gaia (Abel Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Abel Santos (ex-Soldado Atirador da CART 1742 - "Os Panteras" - Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69), com data de 28 de Março de 2015:

Amigo Carlos,
Envio-te para publicação umas fotos de camaradas combatentes que foram agraciados, dois deles pertencentes à minha CART 1742, sendo eles: Manuel Maria Gouveia Lopes, Furriel Miliciano Enfermeiro e António Joaquim Castro Oliveira, 1.º Cabo.
Esta cerimónia decorreu no antigo RAP 2, em Vila Nova de Gaia, no dia 27 de Março de 2015 pelas 11 horas, contando com a presença de vários Oficiais das Forças Armadas, e foi presidida pelo Senhor Tenente-General AGE Carlos Filipe Antunes Calçada.


Monumento ao Combatente

As Forças em Parada

O TGeneral Antunes Calçada ao centro com boina escura

Um grupo de combatentes, com o Oliveira em primeiro plano, e logo atrás o Lopes

A Medalha das Campanhas

O ex-1.º Cabo da CART 1742, António Joaquim Castro Oliveira, no momento em que lhe era imposta a Medalha Comemorativa das Campanhas

Alguns do Combatentes a quem foram impostas Medalhas das Campanhas

O ex-Fur Mil Enf da CART 1742, Manuel Maria Gouveia Lopes, no momento da imposição da sua Medalha

Senhor Tenente-General Carlos Filipe Antunes Calçada na sua alocução aos presentes

O desfile das Forças em Parada

O Lopes à esquerda da foto e o Oliveira à direita, ladeiam o Senhor TGeneral Antunes Calçada

O Oliveira e o Lopes junto ao Monumento aos Combatentes
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domingo, 12 de outubro de 2014

Guiné 63/74 - P13725: Convívios (635): XX Encontro do pessoal da CART 566 (Cabo Verde e Guiné, 1963/65), dia 18 de Outubro de 2014 em Vila Nova de Gaia (José Augusto Miranda Ribeiro)


XX CONVÍVIO DO PESSOAL DA CART 566

DIA 18 DE OUTUBRO DE 2014 EM VILA NOVA DE GAIA


1. Mensagem do nosso camarada José Augusto Ribeiro, ex-Fur Mil da CART 566, Cabo Verde (Ilha do Sal,  Outubro de 1963 a Julho de 1964) e Guiné (Olossato, Julho de 1964 a Outubro de 1965), com data de hoje 12 de Outubro de 2014, dando conta do convívio da sua Unidade.


No dia 18 de Outubro de 2014 (sábado) a CART 566, vai mais uma vez, ter a oportunidade de se reunir para recordar os bons e maus momentos passados em Cabo Verde e na Guiné.

É o 20.º Encontro da Companhia para comemorar o 49.º aniversário do do seu regresso a Portugal.

O local, como ultimamente tem acontecido, é no Regimento de Artilharia 5 (EX-RAP2) em Vila Nova de Gaia.

PROGRAMA:
10:00 - Concentração dos ex-militares, familiares e amigos.
11:30 - Missa na capela da Unidade.
12:15 - Cerimónia aos mortos da Companhia.

13:00 - Início do almoço/convívio
NO RESTAURANTE BOUCINHA:
(EN 222 - Av. Vasco da Gama, 4430 Vila Nova de Gaia -
Telef. 918 047 508)


Preço do almoço para adultos - 26 €

As inscrições serão feitas pelo telefone do Sr. TCoronel Manuel Ferreira de Carvalho, 225 507 038 (das 18h às 24) e 917 783 820 (a qualquer hora).

Camaradas da Tabanca Grande, compareçam para conhecerem os sobreviventes da CAART 566, que continuam ainda "BRAVOS E SEMPRE LEAIS"

Um abraço do vosso camarada
José Augusto Miranda Ribeiro
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Nota do editor

Último poste da série de 7 de Outubro de 2014 > Guiné 63/74 - P13704: Convívios (634): 22 ex-militares e 42 familiares da CART 1802 (Nova Sintra, 1987/69)... No passado dia 27, em Vila Velha de Rodão, terra natal do "nosso primeiro" Silvério Dias, o "poeta todos os dias", antigo locutor do PFA

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Guiné 63/74 - P13426: Fotos à procura... de uma legenda (31): O mosteiro e o quartel da Serra do Pilar (onde esteve, no tempo da guerra colonial, o famoso RAP 2) vistos de um dos melhores (mas menos conhecidos) miradouros do Porto... Adivinhem qual?...O Jorge Portojo sabe mas não vai responder... (Luís Graça)


Foto nº 1 < Mosteiiro da Serra do Pilar, pertenceu aos padres crúzios. É hoje propriedade do exército.
Abriu recentemente ao público. Dias de abertura: de terça-feira a domingo. Horários: 9h30-17h30. Subidas ao zimbório: 10h30, 11h30, 14h30, 15h30, 16h30. Preço: 1 euros ou 3 euros, se incluir subida ao Zimbório. Portadores de Cartão Jovem e maiores de 65 anos têm desconto de 50%. Menores de 12 anos não pagam....


Foto nº 2 > Mosteiro da Serra do Pilar e tabuleiro da ponte D. Maria


Foto nº 3 > Mosteiro da Serra do Pilar e  a ponte de Dom Luís (1881/88)



Foto nº 4 > Casario do centro histórico do Porto, Rio Douro e cais de Gaia


Foto nº 5 > Sé do Porto (cuja origem remonta ao séc- XII)... É de estrutura romano-gótica, é um dos nossos mais antigos e mais importantes monumentos.


Foto nº 6 > Porto: Paço Episcopal , do séx. XVIII (fazer aqui visita virtual a 360º) e igreja de São Lourenço dos Jesuítas  (ou, mais popularmente  igreja e convento dos Grilos, séc. XVI-XVII).


Porto > 20 de julho de 2014 > O "Porto eterno" e o mosteiro e quartel da Serra do Pilar (séc. XVI e XVII) vistos de uma dos melhores (mas menos conhecidos) miradouros da cidade... Adivinhe-se qual é... (O Jorge Portojo sabe, mas não vai dizer... Ele é, de todos nós, o que mais conhece, ama e fotografa o Porto, Gaiia e a o rio que as une e separa...).. Do RAP 2 muitos camaradas nossos seguiram para a guerra colonial. É um património fabuloso, a conhecer e a visitar...

O miradouro em questão está localizado em pleno centro histórico do Porto, património da humanidade, em local nobre mas desprezado... E, imagine-se,  foi recentemente privatizado!... Há 40 anos que venho ao Porto e nunca tinha lá ido exatamente ao sítio onde tirei ontem estas fotos...

Fotos: © Luís Graça  (2014). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem: LG]

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quarta-feira, 31 de julho de 2013

Guiné 63/74 - P11893: Conversas à mesa com camaradas ausentes - Estórias da História da Guerra Colonial – Guiné-Bissau (José Martins Rodrigues) (1): Mobilização

1. Primeiro episódio da série "Conversas à mesa com camaradas ausentes", pelo nosso camarada José Martins Rodrigues*, ex-1.º Cabo Aux Enf da CART 2716/BART 2917, Xitole, 1970/72:

A todos os ex-combatentes da Guiné
Só peço ao meu futuro que respeite o meu passado

No baú das memórias de cada um de nós existem inúmeras “Estórias da Guerra” por contar.
O convívio semanal na Tabanca de Matosinhos e o nascimento da ONG Tabanca Pequena-Amigos da Guiné a que me honro pertencer, despertaram-me para o desafio de retirar do baú as minhas “estórias da guerra”. Para ultrapassar a minha manifesta falta de jeito para a escrita, socorro-me de um método narrativo baseado na descrição cronológica de episódios, a que chamarei “Conversas à mesa com camaradas ausentes”. Do outro lado da mesa estará sentada a esperança de encontrar alguém que se reveja nas “estórias” relatadas e sinta a emoção do reencontro com realidades da nossa vivência na Guiné.


CONVERSAS À MESA COM CAMARADAS AUSENTES

ESTÓRIAS DA HISTÓRIA DA GUERRA COLONIAL - GUINÉ-BISSAU

1 - Mobilização

Lembras-te camarada, daquele dia em que recebemos a notícia da nossa mobilização para a Guiné, estávamos então colocados no RAP2 em Vila Nova de Gaia, e te dei conta do quanto iria sofrer para informar o meu PAI dessa má nova? Estávamos nessa altura com 18 meses de tropa, colocados bem perto de casa por mérito da nossa elevada classificação na especialidade de enfermagem e, já tínhamos como certo que por cá ficaríamos.
Má sorte a nossa.

E a esperada reacção do meu pai que, como também sabias, era completamente contra a minha participação na guerra colonial devido às suas arreigadas convicções políticas, contrárias ao regime de então.
Temendo uma reacção destemperada do meu PAI, pedi-te que me acompanhasses até casa para que, com a tua presença, me ser mais fácil dar-lhe a má notícia.
Lembras-te da sua reacção?

Vamos já tratar de te “pôr” em França - disse ele. O pior está para vir, pensei eu, que já havia decidido não desertar nem abandonar o país. Como a nossa especialidade era enfermagem, ainda alimentei a esperança de que o meu PAI não olhasse para a minha ida para a Guiné como “mais um ao serviço do colonialismo”.

Quando recusei a ida para França, assumindo dessa forma uma decisão contrária aos seus desejos, passei a carregar o fardo de uma rotura que sabia ser dolorosa num momento difícil de quem vai para um cenário de guerra e cujo desfecho é sempre imprevisível. Como foi importante camarada a tua presença nesses momentos. Na assunção dessa decisão por inteiro, percebi que o meu futuro começava ali.

Regressámos ao quartel e pouco tempo depois veio a informação de que o Batalhão a que iríamos pertencer seria formado no próprio RAP2, Unidade em que prestávamos serviço nessa data.

Vista aérea do RAP-2, em Vila Nova de Gaia, sobraceiro ao Rio Douro
Com a devida vénia a Crónicas de Angola

Lembras-te camarada com a tristeza que ficamos já em Viana do Castelo, cidade em que aquartelamos para fazer o IAO, quando soubemos que iríamos ficar em Companhias diferentes, nós que estivemos juntos na recruta, na especialidade, no estágio da especialidade e até no RAP2?

Já mais separados, deambulámos pelos montes por detrás de Santa Luzia em busca da preparação tida como necessária para o bom desempenho das nossas funções. Lembras-te dos desenfianços que, juntamente com o camarada que tinha uma Renault 4L, fazíamos algumas noites para vir a casa que no meu caso, era dormir em casa de uma tia da minha namorada?

Viana do Castelo - Vista da foz do Rio Lima a partir do Monte de Santa Luzia

Até que, após vários adiamentos, lá chegou a hora de apanharmos o comboio rumo a Lisboa, aconchegados com o saco dos nossos pertences, em que cabiam volumes de maços de tabaco, montes de cuecas e peúgas etc. Lembras-te daquele trambolhão que o meu saco deu no comboio e em que se partiu a garrafa de whisky que me havia dado um tio do meu pai que era Guarda-Fiscal?

Fiquei a fumar cigarros com intenso a sabor a álcool durante uma temporada porque não havia dinheiro para mais.

(Continua)
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Nota do editor

Vd. poste de 28 DE JULHO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11877: Memória dos lugares (240): Xime (macaréu), Bambadinca e Bafatá (José Rodrigues)

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Guiné 63/74 - P10884: Blogpoesia (313): Mensagem / massagem de fim de ano (Luís Graça)



Mundo > Velho Mundo > Portugal > Marco de Canaveses > Paredes de Viadores > Candoz > Quinta de Candoz > Uma Cedezeira... Não confundir com Cerdeira...


Vídeo (1' 11'): © Luís Graça (2012). Todos os direitos reservados

O que dizer
Neste último dia do ano,
O 366º dia do ano, bissexto,
Que não tenha já sido dito, antes,

Ao longo dos últimos 365 dias ?

Ruído.
Muito ruído.
Vozes. 

Murmúrios.
Sussurros.
Silêncio.
Silêncios vários.
Ranger de dentes.
Choros.
Coros.
Bater de portas. 
E batentes.
E palmas.
Lamentações.
Muros.
Manifestações.
Protestos.
Vozearia.
Perjúrios.
Fuzilamentos.
Matraquear de metralhadoras.
Browning.
Zombaria.
O arco de triunfo do morteiro.
Oitenta e um.
Coaxar de rãs.
Uivar de lobos.
Latido de chacais.
Tsunamis.
Terramotos.
Vulcões.
O apito supersónico do sinaleiro.
O estertor da morte.
Eclipes.
Elipses.
Sinais. 
Marginais-secantes.
Estrelas candentes.
A estrela do norte.
Palavras, para quê ?
Paroles. Paroles.
Buzzwords. 
Rebentamentos.
Flagelações.
Espasmos.
Orgasmos.
(Res)sentimentos de um ocidental.
Exclamações. 

Incitações.
Excitações.
Interjeições.
Insinuações.
Aclamações.
Reclamações. 

Eura...ções.
Cura... ções.
Prov(oc)ações.
Rações vitais de combate.
Cruzes de guerra com palma.
Ruído de fundo.
Vozes celestiais.
Vozes do outro mundo.
Soluços. 
Gemidos,
Ais.
Vozes de burro que não chegam aos céus.
O esticar da corda do enforcado.
A dança dos quatro (pontos) cardeais.
O TGV que um dia há-de chegar ao Porto.
Cascatas.
Miragens.
Parábolas.
A sinfonia do novo mundo.
O RPG.
Sete.
Outra vez o silêncio.
De Deus.
Crenças e descrenças.
Gemido de recém-nascido. 
Mensagens. 
Massagens.
Adão. Eva
Dão-se alvíssaras a quem achar o paraíso (perdido).
Inalações.
Violações.
Passagem aérea para peões.
O silêncio dos órgãos. 
Sangrias e purgas.
O trabalho subterrâneo de mineiro do cancro
Minando o corpo.
As vozes que se apagam.
Que se abafam.
Que se calam.
O envelhecimento.
Afonia.
Apneia do sono.
A voz da classe operária.
Quem disse que ninguém a cala ? 

Slogans.
Palavras de ordem.
As procissões.
As promessas.
Os 1000agres.
A fé.
A esperança, que é sempre a última a morrer. 

A caridade.
A caridadezinha.
Os pecados.
Todos: os mortais e os veniais.
O dito e o não dito. 
Um alfa bravo.
O feito e o-por-fazer. 
Os subterfúgios.
O sobrescrito.
O silvo da serpente.
O irã-cego. 

O postal ilustrado de Bissau colonial.
A pitonisa.
A pitão.
A sibila.

O aerograma do SPM tal e tal.
As doces tentações da carne. 
A chula.
O forró.
A mortificação da carne.
A abstinência.
O jejum.
A fome.
A sede.
Os prazeres que se compram.
Os favores que se pagam.
A cor suja do vil metal.
O tilintar das trintas moedas.
A traição de Judas.
O perfume do capital.
O sangue, o suor e as lágrimas do trabalho.
A clépsidra.
A ampulheta.
A pedra de Roseta. 

O Senhor da Pedra.
Amizade.
Camaradagem.
Camarigagem.

Desculpem-me
Se omiti.
Se esqueci. 

Se branqueei.
Se embelezei. 

Se inventei
Ou até se falsifiquei
Qualquer coisinha.

Em nome da liberdade poética.

O ano de 2012 ?

Foi isto. 
Tudo isto.
O de 2013
Não será diferente.
A menos que mudes de planeta.
Ou escrevas a última mensagem do ano
A tinta preta.


Luís Graça

Porto, Rua da Alegria, 30 de dezembro de 2012


PS1 - Um beijinho com muita ternura para a Laura Fonseca que me emprestou a secretária e a janela do seu andar na rua da Alegria. E a cuja tese de doutoramento fui buscar três palavras-chave: vozes, silêncios, ruídos [Fonseca, Laura (2006). Vozes, silêncios e ruídos na educação escolar das raparigas.Tese de Doutoramento. FPCEUP, Porto, Portugal].

PS2 - Um Alfa Bravo muito especial para o meu camarada Jorge Félix, devoto do Senhor da Pedra.











Vila Nova de Gaia > Gulpilhares > Praia do Senhor da Pedra > 30 de dezembro de 2012 > Imagens (prometidas ao Jorge Féliz e demais grã-tabanqueiros) da capela do Senhor da Pedra (construída em finais do séc. XVII) e da casa da respetiva confraraia que há  quase meio século também organiza o 1º banho do ano, à meia noite do dia 31 de dezembro...

Fotos: © Luís Graça (2012). Todos os direitos reservados
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Nota do editor:

Último poste da série > 31 de dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10883: Blogpoesia (312): Escolhas (Juvenal Amado)

terça-feira, 13 de junho de 2006

Guiné 63/74 - P875: XXI convívio anual da CART 3494 em Vila Nova de Gaia (Sousa de Castro)






Texto e fotos: © Sousa de Castro (2006)

No dia 10 de Junho 2006 realizou-se o XXI convívio da CART 3494 (Fantasmas do Xime) em Vila Nova de Gaia, no Regimento de Artilharia 5 (RA 5) , ex-Regimento de Artilharia Pesada 2 (RAP 2).
Foi um encontro onde apareceram camaradas que não se viam há mais de trinta anos, foi emocionante. Foi prestada homenagem aos mortos em combate ao toque da música de silêncio, protagonisada por alguns elementos da Banda de Música do Regimento, depondo-se em seguida uma coroa de flores no memorial existente.
Convém referir que esse memorial simboliza todos mortos considerados em combate nas três frentes em que Portugal esteve envolvido (ou seja: Angola, Moçambique e Guiné), dos Batalhões aí formados. É de salientar que existem duas pedras com os nomes de soldados mortos em Angola, duas de Moçambique, mas da Guiné existem três. Quer isto dizer que numa província tão pequena tenham morrido mais doque nas outras duas províncias.
Divulguei o Blogueforanada e incentivei a que participassem nele, vamos a ver se alguém de novo aparece com novas estórias.
De referir também que o menu foi mesmo à moda da tropa, servido no Quartel pelos próprios Militares, tendo constado de rancho, vinho dos temperos, espumoso, whisky, bolo da CART 3494 e café.

Sousa de Castro
(ex-1º cabo TRMS CART 3494 Guiné, Xime e Mansambo, Janeiro de 1972/ Abril de 1974)