segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Guiné 63/74 – P6979: Actividade da CART 730 do BART 733 (1): Parte 1 (João Parreira)


1. O nosso Camarada João Parreira, ex-Fur Mil Op Esp / RANGER / COMANDO da CART 730 / BART 733 e do Grupo “Fantasmas”, Bissourã e Brá, 1964/66, enviou-nos uma mensagem, com a primeira parte da história da sua Companhia de Artilharia:


Camaradas,

A exemplo de camaradas de outras Companhias, inicio a seguir um breve historial do BArt 733, e em particular da CArt 730.

Batalhão de Artilharia 733 - I Parte

Unidade Mobilizadora do Batalhão: RAL 1

A concentração das Sub-Unidades do Comando do Batalhão teve lugar no Regimento de Artilharia Ligeira no. 1, a partir de 29 de Junho de 1964.

EM PERIGOS E GUERRAS ESFORÇADOS

Porta de armas RAL 1- Foto de L. F. Camolas

A instrução de especialidades teve lugar de 29 de Junho a 15 de Agosto de 1964, e a instrução de aperfeiçoamento operacional foi efectuada na Serra da Carregueira de 31 de Agosto a 15 de Setembro.

Antes da partida foram-nos concedidos 10 dias de licença registada nos termos do no. 22 do D.Lei 42.937.

No dia 6 Out64 os militares da CArt 730 apresentaram-se no R.A.L.1, tendo depois sido transportados em viaturas para o BC 5, em Campolide onde pernoitaram de 7 para 8 de Outubro, dia do embarque.

A CArt 731 foi transportada para o BC 7 onde pernoitou.

Unidade Mobilizadora

Em viaturas auto todas as Sub-Unidades do Batalhão se deslocaram para o Cais da Rocha de Conde de Óbidos onde se reuniram em 8 de Outubro de 1964.

Sem se efectuar qualquer desfile realizaram-se as cerimónias de despedida que foi presidida por Sexa o General Buceta Martins, Governador Militar de Lisboa, em representação de Sexa o Ministro do Exército.

Cais da Rocha de Conde de Óbidos

Cais da Rocha de Conde de Óbidos

Niassa – Armador CNN – construido 1955 e abatido em 1979.
Lotação para 644 passageiros e 132 tripulantes.

No dia 8 de Outubro de 1964 o n/m Niassa começou a embarcar o pessoal do Batalhão de Artilharia 733, no Cais da Rocha de Conde de Óbidos das 07H00 às 11H00 tendo zarpado às 12H30 para terras africanas como reforço à guarnição normal da Província da da Guiné.

Chegada a Bissau dia 13 de Outubro, desembarque dia 14.

Guiné: 13 Outubro 1964 a 14 Agosto 1966

Composição da Companhia de Artilharia 730

Devido ao enorme número de praças, indico apenas o nome dos oficiais e Sargentos bem assim como a composição da 1ª. secção, do 1º. Pelotão, ao qual pertenci.

1964 - Companhia de Artilharia 730 (BART 733)


Guião e Emblema da CART 730

Batalhão Artilhara 733 - Cmdt: Ten. Cor. Art. José da Glória Alves (substituido em 27/4/66 pelo Ten. Cor. Orlando Rodrigues da Costa).

Oficial de Operações: Cap. Art. Aníbal Celestino G. da Rocha

Oficial Reabastecimento: Cap. Art. José Lopes Rijo

Comdt Companhia 732 - Cap. Art. Guy Stélio Pereira de Magalhães

Comdt. Companhia 731 - Ten. Art. Mário Rodrigues de Oliveira Azevedo

Comdt. Comp. 730 (S.P.M. 2578) - Cap. Art. Amaro Rodrigues Garcia

Médico: Ten. Mil. Jaime Heitor Afonso

Capelão: Alf. Mil. Felisberto Moreira Maia

Enc. Secretaria: 1º. Sarg. Maurício Martins Clemente

Cmdt. S. Morteiros: 2º. Sarg. António Eusébio Francisco

Cmdt. S. LGF: 2º Sarg. José João Gregório Morais

Enfermeiro: Fur. Mil. João Manuel Zaupa da Silva

Man. Auto: Fur. Mil. Ilídio Barros dos Reis

Transmissões: Fur. Mil. Higino José Gama Passos

Vaguemestre: Fur. Mil. Nelson Correia Borges

Cmdt. 1º. Pel. Atir.: Alf. Mil. José Francisco Ferreira (OpEsp./Ranger - Mafra: Março/Maio e Penude: 3º. C2 – 04Mai a 07Jun64 )

Cmdt. 1ª Secção: Fur. Mil. João Severo Parreira (OpEsp/Ranger - idem), substituido pelo Fur. Mil. Fernando Pereira Gomes

Cmdt. 2ª. Secção: Fur .Mil. Amadeu Júlio Neves Cruz (minas e armadilhas)

Cmdt. 3ª. Secção: Fur. Mil. João Norberto Lopes Bragança

Comdt. 2º.Pelot. Atir.: Alf. Mil. Orlando Diniz S.Valdez

Cmdt. 1ª. Secção: Fur. Mil. José Joaquim Nunes da Venda

Cmdt. 2ª. Secção: Fur. Mil. José Adalberto Vasques Almeida

Cmdt. 3ª. Secção: Fur.Mil. Manuel Júlio Vira

Cmdt. 3º. Pelot. Atir.: Alf.Mil. João José Andrade Crespo

Cmdt. 1ª. Secção: Fur. Mil. Joaquim José de Almeida Prates, subsituido pelo Fur. Mil. Manuel de Almeida e Silva

Cmdt. 2ª. Secção: Fur. Mil. Manuel Alcides Pereira Pinho

Cmdt. 3ª. Secção: Fur. Mil. Cristiano da Silva Tavares

Cmdt. Pelot. Acomp.: Alf. Mil. Adalberto dos Santos Seco

Cmdt. S. Met. P. Acomp.: Fur. Mil. António Joaquim Morais Caldas

Composição 1ª. Secção do 1º. Pelotão:

Fur. Mil. João Severo Parreira (OpEsp/Ranger) -(Comandos-10Fev65)

273/64 - 1º Cabo – Francisco Dias
274 – Sold. José Maria de Oliveira
292 - Sold. António Paixão Ramalho “Monte Trigo” (Comandos - 14Jul65)
293 - Sold. João Maria Leitão (Comandos - “ “ “ )
294 - Sold. Francisco José C. Pires “Cobras”
295 - Sold. Armindo Jerónimo Barrelas
296 - Sold. Cândido Perna Tavares “República” ( Comandos – 14Jul65)
298 - Sold. Jacinto Manuel Guerreiro
317 - Sold. Custódio António Dias

Oficiais e Sargentos da Companhia Artilharia 730: (no n/m Niassa)
Esq/dir em pé: Alferes Adalberto Seco, Capitão Amaro Garcia, Alferes
Francisco Ferreira; Baixo: Alferes Orlando Valdez e João Crespo


Furriéis da 730 > Esq/dir > Zaupa, Parreira, Cruz, Almeida, Tavares e Vira


Furriéis do BArt. 733

Durante a viagem foram efectuados pelos Cmdts. Compª., de Pelotão e por Oficiais médicos vários assuntos:

  • Cuidados dedicar material guerra e fardamento;
  • Disciplina e segredo em relação às operações;
  • SIM – responsabilidade cada militar – normas acção;
  • Camaradagem, ajuda mutua e cooperação decorrer operações;
  • Cuidados com o tiro, consumo de munições e seu controlo rigoroso;
  • Vias hierarquicas; Gastos de dinheiro, possibilidade economias;
  • Higiene pessoal e colectiva; Profilaxia tropical indispensavel;
  • Conduta com as populações e soldados nativos;
  • Exibição de filmes e realizou-se um torneio de ténis de mesa e um torneio de tiro ao alvo.


O navio tinha bom aspecto e até achei confortável, já que não conhecia melhor poi as únicas viagens que tinha feito até então tinham sido nos cacilheiros.

Da viagem lembro-me apenas que numa certa madrugada acordei sobressaltado pois o meu corpo flutuou durante alguns segundos em virtude do mar estar picado e com grandes vagas.

Como a situação se prolongou por muito tempo já não consegui adormecer, e como a cama ficava junto a uma escotilha fiquei a olhar para as ondas.

A viagem do Niassa para a Guiné terminou hoje, dia 13 de Outubro de 1964, às 11h00, altura em que fundeou junto a Bissau, mas não atracou.

O desembarque iniciou-se às 12H00 do dia seguinte, e pelas 15H00 a CCS a CArt 731 e a CArt 732 tinham desembarcado, com excepção da CArt730 (SPM 2578) que não teve autorização para desembarcar nesse dia.

No entanto, e a pedido de vários oficiais foi dada autorização para irmos passar o dia a Bissau, mas com instruções para regressarmos ao navio à hora do jantar.

15Out64 – Às 13H00 todo o pessoal da CArt 730 transitou do n/m Niassa para uma embarcação “BOR”, que nos levou para a Ilha de Bolama.

Durante a travessia, a embarcação encalhou num banco de areia e ficou parada durante várias horas aguardando que a maré subisse.

Chegámos a Bolama às 19H00 e ficámos instalados no aquartelamento C.I.M. (Centro de Instrução Militar).

Nessa primeira noite ficámos logo com a ideia do tempo que iríamos suportar pois choveu torrencialmente.

O Comando do Batalhão - a CCS - as Cart 731 e 732, que tinham desembarcado no dia anterior efectuaram pelas 16H00 um desfile pela Avenida da República, perante as individualidads civis e militares e o Povo da Província, findo o qual ocuparam as seguintes instalações:

  • QG/CTIG (Bissau) - O Comando do Bt. - Ten. Cor. Art. José da Glória Alves
  • Granja do Pessube (Bissau)
  • A CCS - Cap. QSGE Francisco António Remondes até 28Dez64; depois foi para Brá, tendo o C.I.Comandos ficado sobre a sua dependência; em 21Jun65 transferiu-se de Brá para Farim;
  • O Pelotão de Sapadores reforçou as companhias operacionais 730, 731 e 732 com uma Secção.
  • O Pelotão de Sapadores era comandado pelo Alf. Mil. Luis Alexandre de Carvalho.
  • Na CArt 730 ficou o Fur. Leonel de Paiva Ribeiro, Cmdt. da 3a. Secção de Sapadores
  • Armazéns da Bolola (Bissau): O Comando, a CArt 731: - Ten. Art. Mário Rodrigues de Oliveira Azevedo
  • A CArt 732: - Cap. Art. Guy Stélio Pereira de Magalhães ficaram instalados nos...
  • No r/c. do QG (Bissau)
  • Io Comando, a Sec. Op., Inf., Reab. Pess., a C. Admin. e Secret. e em 29 Dez 64 mudaram-se também para Brá.
  • A todo o pessoal do Batalhão foram feitas microradiografias.

Missão do BArt 733 na zona de Farim:

CCS – Garante a defesa do aquartelamento e do Comando; colabora no plano de defesa da Vila de Farim;

A CArt 732 que está estacionada na zona de quadricula de Colina do Norte, garante a segurança dos itinerários:

Colina do Norte-Farim = até limite do Sector.

A CArt 731 executa operações na area de Farim e garante a segurança dos itinerários: Jumbembem; Dungal; Guidage; Binta = até limite do Sector.

A CArt 730: Do Cap. Art. Amaro Rodrigues Garcia, no CIM (Centro de Instrução Militar) em Bolama de 15 de Outubro a 11 Nov 64.

Aqui foi feita a instrução de adaptação às condições de clima e do terreno.

Neste período recebemos todo o material e em 6 dias alternados tivemos instrução de manejo da G-3, que ainda não havia sido dada e executámos sessões de tiro para nos adaptarmos às armas.

Oficiais e Sargentos sairam pela primeira vez em 23 de Outubro para executarem um reconhecimento à Ilha das Cobras.

No dia seguinte a Companhia em missão de patrulhas de reconhecimento teve contacto com o capim, a densidade do arvoredo e o tarrafo.

Apesar de todas as recomendações um soldado deixou disparar a sua arma, felizmente sem consequências.

Em 3 de Novembro a Companhia realizou a sua primeira missão junto do campo de aviação em virtude de se terem ouvido tiros suspeitos.

Por ser interessante envio a história do:

"Monumento” - Legenda original que o Duce, Benito Mussolini, mandou erguer na antiga capital da Guiné aos "caduti di Bolama".

Dele escreveu Dons Rachelle Mussolini ao Autor desta reportagem: 'Ammiro veramente i portighesi che non l' hanno distrutto comme ésuscesso cuá in Itália' [Admiro verdadeiramente os portugueses que o não destruiram como aconteceu cá em Itália".

Bolama que tem em si um dos raros monumentos ao esforço fascista de paz, quando Mussolini e Ítalo Balbo tentaram o cruzeiro aéreo para unir Roma ao Brasil.

Com efeito, dois dos aparelhos despenharam-se em Bolama e a missão esteve em riscos de se malograr.

Tal não aconteceu porque a tenacidade de Ítalo Balbo a isso se opoz.

Resta desse desastre o belo monumento aos «Caduti di Bolama» no qual se reproduz um aspecto dos destroços dos aviões — duas asas, uma das quais ainda erguida aos céus e a outra quebrada e caída em terra.

O monumento foi feito por italianos e com pedra italiana, vinda de Itália, para esse fim.

Mandou-o erguer Mussolini e na sua base lá se encontra a coroa de bronze por ele oferecida, com estes dizeres — Mussolini ai cadutti di Bolama.

Ao lado, a águia da fábrica de hidro-aviões Savoia, uma coroa com fáscios da Isotta-Fraschini e a coroa de louros da Fiat.

É curioso notar que este será um dos raros monumentos do fascismo, no mundo, que no fim de 1945 não foi apeado.

Virado para diante e no alto, o distintivo dos fáscios olha ainda com alienaria o futuro, no seu feixe de varas e no seu machado, a lembrar a grandeza da Roma do passado.

Saiu de Bolama em 11Nov64 e foi ocupar o “bivaque” de Bironque rendendo a CArt 731, com a finalidade de manter aberto o itinerário Mansabá-Farim.

23Nov64 - A Companhia regressou de Bironque e instalou-se em Bissau (Brá).

Em 8 de Dezembro saiu de Brá e foi instalar-se em Bissorã, onde ficou até 03Jun65, tendo depois sido substituida pela CArt 566.

Bissorã > Cmdt. Compª., Alferes Operacionais, Ten. Mil. Médico Heitor Afonso e Alf. Mil capelão Moreira Maia.

Uma das finalidades era a de reforçar as Companhias no Sector (BArt 645, com intervenções nos sub-sectores das CArt 643 e CArt 566) e permitir com mais facilidade o escoamento da mancarra da zona, para Bissau.

Tendo recebido verbalmente uma missão por dois meses o período arrastou-se quase a seis.

Por esse motivo surgiram vários problemas em consequência da determinação de todos nós de transportar por necessidade o mínimo de bagagem de Bolama como, fardamento, calçado e outros artigos.

Tendo saído de Bissorã a CArt 730 instalou-se no Aquartelamento dos Adidos em Brá Bissau de 06Jun a 11Jun65 tendo no dia seguinte ido estacionar na quadrícula de JUMBEMBEM, com a finalidade de render a CCav 488.

Garante a segurança dos itinerários: Jumbembem: Cuntima; Farim; Canjambari-Morocunda-Fajonquito = até limite do Sector.

A 730 mantém destacado em Canjambari/Morocunda 1 GComb, de rendição periódica.

(continua)

Abraço amigo,

João Parreira

Fur Mil Op Esp / RANGER / COMANDO da CART 730 /BART 733 e do Grupo “Fantasmas”

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Nota de MR:

Este é o primeiro poste desta série.

domingo, 12 de setembro de 2010

Guiné 63/74 - P6978: Convívios (270): Tabanca de Guilamilo, Polvoreira, Guimarães, 30 de Agosto de 2010,com o Joaquim e a Margarida Peixoto (Luís Graça)




A festa do carneirinho é uma tradição única no nosso país. Em Penafiel, o carneirinho é festejado na véspera o dia do Corpo de Deus. Em que consiste ? Nesse dia as crianças do 1º ciclo do ensino básico  (antiga 4ª classe) fazem um desfile,  ao longo das ruas de Penafiel. À frente seguem os bombos e os divertidos gigantones. Cada turma leva consigo um carneirinho, um anho,  enfeitado com flores de papel multicolores, oferenda ao seu(sua) professor(a)... Os miúdos vão vestidos com roupas tradicionais, levam bandeiras de papel e cartazes com frases alusivas aos professores. Desfilam entoando canções feitas por eles sobre o carneirinho, a escola e os professores. E no passado, a palmatória... Como recordam, aqui, os nossos amigos Joaquim e Margarida Peixoto, ambos professores, residentes em Penafiel. Ele, membro da nossa Tabanca Grande.

Esta tradição remonta a 1880, segundo Teresa Soeiro, autora do livro Penafiel. Nesse ano “um grupo de alunos da Casa Escolar do Sr. Henrique de Carvalho resolveram brindar o seu professor com um carneiro e fizeram-no por modo vistoso (…) indo na frente montado num jerico um aluno tocando corneta, e o carneiro muito enfeitado entre duas alas de pequenos estudantes vestidos a capricho. Todos acharam graça à lembrança.”

A nossa amiga Guida lembra-se, do seu tempo de menina e moça, das quadras que os  alunos cantavam durante o desfile, frente à casa da professora:

Viva o Carneirinho, / Viva a Professora, / Morra a palmatória, / Morra!

... No dia 30 de Agosto de 2010, nasceu mais uma Tabanca, a de Guilhomil, nome da quinta do Joaquim, sita na freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães. Fui lá, com familiares, almoçar, em resposta a um convite a este simpatiquíssimo casal de quem,  eu e a Alice,  já nos tornámos amigos.


 Vídeo (3' 38''): Luís Graça (2010). Alojado em You Tube > Nhabijoes




Guimarães, berço da nacionalidade, património mundial da humanidade... preparando-se para ser  a Capital da Cultura 2012...


Guimarães > Centro histórico, zona intra-muros (Classificada como património mundial da humanidade)  > Os antigos paços do concelho




Guimarães > Centro histórico > O célebre Largo da  Oliveira...



Guimarães > Centro histórica > Cada recanto, um encanto...



Guimarães < Polvoreira >  Quinta de Guilamilo, doravante Tabanca de Guilamilo ... A nobreza do granito esconde um antigo convento, de cuja história se sabe pouco... A casa está assombrada por vários fantasmas: o do Zé do Telhado, que a terá assaltado em emados do Séc. XIX; a de um frade que lá foi assassinado, possivelmente depois da extinção dos conventos em 1834... Mas foi lá que o Joaquim conheceu a Guida, numa festa que ele organizou depois do seu regresso da Guiné, creio que na passagem de ano de 1974...


Em casa é em U... Um pormenor do pátrio exterior, visto do 1º piso...


Vista para o pátio de entrada da quinta e da casa...


A belíssima cozinha do convento, que chegou a ter três fornos... Restam agora dois...


O oratório... e alguns dos livros que sobreviveram ao passar dos anos...


Fazendo as honras à casa: o Joaquim é exímio na arte de bem receber... O Joaquim e a Guida fazem, de resto,  uma belíssimo par.


Ainda em obras, a casa (o casarão) é um encanto... Da direita para a esquerda, o Joaquim (que a Guida trata por Carlos), a Alice, e os meus cunhados (e sócios de A Nossa Quinta de Candoz) Gusto e Nitas.


Vamos lá então ao cabritinho... com o estômado já bem composto pelas magníficas entradas confeccionadas pela Guida... Os vinhinhos eram verdes, monocastas, não da quinta (que produziu 40 pipas no tempo do pai do Joauqim) mas da  Região Demarcada dos Vinhos Verdes: um azal, outro avesso...À mesa estavam apenas, além dos anfitriões, a minha mulher Alice, e os meus cunhados, Ana Carneiro e Augusto Soares... Foi uma tarde de amena cavaqueira... Ainda iríamos depois à Penha (Guimarães) e ao Santuário de São Bento (Vizela)... Com esta história regressámos, eu e a Alice, a Candoz (e os meus cunhados ao Porto) já no dia seguinte...




A Guida, aliás Margarida... que na infância viveu em Angola.


Depois de uma magnífica refeição, ficámos os dois, eu e o Joaquim, a lembrar as coisas e as loisas da Guiné, com o Old Parr como digestivo...



 
A chave da nova Tabanca... de Guilamilo



O portal da casa do caseiro...



O velho brasão... A quinta foi herança do Joaquim, por via paterna... O pai foi nado e criado em Penafiel.




O senhor professor Joaquim Carlos Rocha Peixoto... ainda no activo...  A Guida já está reformada...

Recorde-se que era foi Fur Mil, da CCAÇ 3414, Sare Bacar, Cumeré, Brá, tendo estado no CTIG entre Julho de 1971 e Setembro de 1973.

A CCAÇ 3414 era uma companhia açoriana, comandada pelo Cap Inf Manuel José Marques Ribeiro de Faria... Unidade mobilizadora, BII 17. O Joaquim era amigo do Fernando Ribeiro, morto já no final da comissão...Falámos disto, das peripécias da Guiné, das (des)venturas dos nossos camaradas (alguns velhos, gastos, doentes, solitários, e com dificuldades financeiras, garante ele que é um homem atento, observador e sensível). Falámos das nossas Tabancas, a Grande e a Pequena (a de Matosinhos, de que o Joaquim é presença habitual nos almoços de 4ª feira)... O Joaquim fez o antigocurso do magistério primário já depois de regressar da Guiné... A ele e à Guida o meu muito especial Oscar Bravo (obrigado) pela hospitalidade e a amizade com que me honraram, a mim, à Alice e aos meus cunhados.





Vizela > Santuário de São Bento, a 410 acima do nível do mar, ao pôr do sol... Dois camaradas da Guiné, Joaquim Peixoto e Luís Graça, os dois primeiros inscritos na Tabanca de Guilamilo (e não Guilhomil...). Obrigado, Joaquim, por esta bela jornada...

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados

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Nota de L.G.:

Guiné 63/74 - P6977: Ser solidário (87): Sarau Cultural integrado na Campanha de Angariação de Fundos (Fernando S. Santos & José M. Rodrigues)


O nosso Camarada Fernando Silva Santos (ex-Soldado Informações e Operações de Artilharia, BAA 3434, Bissau, 1971/73), enviou-nos mais um apelo solidarizando-se com a campanha lançada pelo nosso camarada José Martins Rodrigues (ex-1.º Cabo Enf.º da CART 2716/BART 2917, Xitole, Corubal, Bafatá e Bambadinca, 1970/72):
Tabanca Pequena - Sarau Cultural
Caros Amigos/as:
O meu abraço para vocês!
Incluo o texto do meu camarada e amigo José Rodrigues, o qual tem como fim em vista a Divulgação deste Evento.
A Causa é nobre!
Se tiverem oportunidade de, Solidariamente, estarem connosco nesta Ajuda ao povo carenciado da Guiné, o qual, tem dificuldades na obtenção de água potável, por favor, inscrevam-se para participarem neste "Sarau Cultural".
Se divulgarem pela vossa "rede de contactos, pessoais e na Internet, bem assim como nas redes sociais" já estão a Ajudar a "Tabanca Pequena!".
Muito obrigado e um abraço.
Do amigo certo,
Fernando Santos
Sold InfOp Art da BAA 3434

Caros Amigo:

A Tabanca Pequena – Grupo de Amigos da Guiné vai realizar um Sarau Cultural integrado na Campanha de Angariação de Fundos, que visa apoiar a abertura de poços de água potável e do fornecimento de sementes ás populações guineenses com graves carências nesses domínios.

Junto informação relativa ao evento. Gostaria de poder contar com a vossa presença e, do vosso apoio na divulgação desta acção de solidariedade.
Um abraço solidário e de Amizade.
José Rodrigues
1.º Cabo Enf.º da CART 2716/BART 2917


CAMPANHA DE ANGARIAÇÃO DE FUNDOS
A TABANCA PEQUENA - Grupo de Amigos da Guiné-Bissau em parceria com CIVAS -Centro de Infância, Velhice e Acção Social - Senhora da Hora e LIONS CLUBE DA SENHORA DA HORA, vão promover um SARAU CULTURAL com o objectivo de angariação de fundos para a Campanha de Abertura de Poços de água potável em Tabancas (aldeias) do interior daquele País, onde as populações se deslocam 2/3 Km para obterem água (imprópria para consumo).

- Estamos a financiar a abertura de outro poço em Medjo. Faltam-nos cerca de 2.000 € para o apetrechar com o equipamento necessário.

- Em resultado de campanhas anteriores já funciona em pleno um poço na Tabanca de Amindara.

ACÇÃO –
Almoço seguido de Sarau Cultural.Fados de Coimbra – Conjunto do Choupal até à Lapa
Fado pela voz de - Francisca Silva
Momentos de poesia –
Antigos combatentes
DATA: 25 de Setembro

PREÇO:
15.00 € (mínimo)
LOCAL - Instalações do CIVAS à Av. Fabril do Norte, 717 – Senhora da Hora

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FAZ A TUA INSCRIÇÃOATÉ AO DIA: 20 DE SETEMBRO

e-mail: tabancapequena@gmail.comTelm: 966238626 - Zé Teixeira
........967409449 - Zé Rodrigues

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Nota de M.R.:
Vd. último poste desta série em:

11 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6970: Ser solidário (86): Solidariedade no Cachéu (Sousa de Castro)
Vd. também sobre esta campanha o poste em:

5 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6939: Ser solidário (84): Sarau cultural para angariação de fundos a favor da Guiné-Bissau (José Teixeira / José Rodrigues)

Guiné 63/74 - P6976: Tabanca Grande (243): António Nobre, ex-Fur Mil da CCAÇ 2464/BCAÇ 2861 (Buba, Nhala e Binar, 1969/70)

1. Mensagem de António Nobre (ex-Fur Mil, CCAÇ 2464/BCAÇ 2861, Buba, Nhala e Binar, 1969/70), com data de 10 de Setembro de 2010:

Olá Luís
Recentemente por indicação de um ex-camarada de guerra tive conhecimento da existência do nosso Blogue no qual participam ex-combatentes da ex-Guiné Portuguesa.

Visualizei e fiquei estupefacto com a qualidade informática do mesmo, bem como de depoimentos de ex-combatentes com fotos interessantíssimas que naturalmente nos fazem recuar no tempo para recordarmos uma fase da nossa vida, que, pese alguns maus momentos que todos nós naturalmente tivemos, por outro lado foram tempos inesquecíveis designadamente laços de AMIZADE que perduraram por toda a vida.

Gostaria de fazer parte dos “AMIGOS DA TABANCA” pelo que abaixo faculto alguns elementos curriculares para vossa análise e arquivo.

Assim:

Sou natural de Abrunheira, concelho de Montemor-o-Velho, a minha adolescência fi-la em Óbidos, estudei nas Caldas da Rainha na Escola Comercial onde conclui o Curso Comercial, não podendo avançar pelo facto dos meus Pais não terem posses para mais. Como todos sabeis, naquela época nem toda a gente tinha condições financeiras para concretizar cursos superiores.

Ingressei no Serviço Militar em Janeiro de 1968 no RI5 das Caldas da Rainha no curso de Sargentos Milicianos, e posterior deslocação para Tavira - Março de 1968 - para o CISMI onde completei o curso de Cabo Miliciano.

Em Abril de 1968 fui colocado em Chaves - antigo BC10 - em cuja Unidade formámos a Companhia para o Ultramar, concretamente a CCAÇ 2464.

Em Fevereiro de 1969, incorporados no BCAÇ 2861, embarcámos no UÍGE para a Ex-Guiné Portuguesa, constituído pela CCS e CCAÇs 2464, 2465 e 2466, com regresso a Lisboa em Dezembro de 1970.

Inicialmente fomos colocados no Biambi com posteriores deslocações para Buba, Nhala, terminando a comissão em Binar, próxima de Bula.

Profissionalmente e após regresso do Ultramar, ingressei em Junho de 1971 no Banco Português do Atlântico em Alcobaça e posteriormente colocado em Leiria.

Terminei a minha carreira no BCP em Dezembro de 2005 na situação de reforma, com a categoria de Director.

Actualmente e desde há cerca de 25 anos resido em Leiria.

Em attachement junto 2 fotos do Ultramar - Binar 1969 e uma recente na qual me encontro com o Zé Sequeira, (Careca) também este da CCAÇ 2464 e que se reporta a um almoço que efectuámos com elementos da nossa Companhia.

É tudo.
Se acharem que mereço fazer parte do núcleo de amigos da Tabanca façam-no e confirmem-me sff

Um abraço e até uma próxima oportunidade
António Nobre




2. Comentário de CV:

Caro António Nobre, em nome da tertúlia do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, estou a receber-te na nossa Caserna Virtual, onde te instalarás como bem entenderes. Há sempre um lugar junto à janela com uma secretária e uma cadeira onde poderás escrever as tuas memórias acompanhadas ou não de fotografias.

A melhor maneira de mandares as tuas coisas, será em mail enviado para o Blogue, para um dos endereços do Luís Graça, e para os dois co-editores. Os textos podem vir escritos no corpo da mensagem ou serem anexados em formato Word. As fotos deverão vir em formato JPEG ou inseridas no próprio texto, mas sempre legendadas.

Por favor não uses formato PDF, porque torna o texto impossível de editar, e nas fotos obriga a trabalho extra.

Pelo que escreveste na tua apresentação, verificamos que entendeste os nossos objectivos e que queres colaborar, contando-nos as tuas impressões e experiências enquanto combatente da Guiné.
Cá as esperamos.

Posto isto, só me resta enviar-te o tradicional abraço de boas-vindas em nome da tertúlia, deixando-me à tua disposição para os esclarecimentos complementares que necessitares.

Em nome dos editores
Carlos Vinhal
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 9 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6962: Tabanca Grande (242): Raul Manuel Bivar de Azevedo, ex-Cap Mil (2ª CART do BART 6522 – Susana -, 1972/74)

Guiné 63/74 - P6975: In Memoriam (51): Djassió Soncó, mulher do guia Quebá Soncó (Mário Beja Santos)

1. Mensagem de Mário Beja Santos* (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 31 de Agosto de 2010:

Queridos amigos,
Foi exactamente assim que aconteceu.
A fotografia saltou de um livro, dias depois chegou o Abudu Soncó e deu-me a triste notícia. O terrível de tudo é olharmos para uma fotografia onde somos o sobrevivente e termos saudades daquelas pessoas que confiavam incondicionalmente em nós.
Uma saudade irremediável, a mais pungente de todas.

Um abraço do
Mário


De braço dado com a minha amiga Djassió Soncó

Beja Santos



Está rotundamente enganado todo aquele que pensa que tem os papéis em dia, dossiês organizados para a posteridade, recordações arquivadas porque elucidadas. Vem tudo isto a propósito de duas ferroadas do destino: uma fotografia totalmente esquecida e tão importante para os meus afectos, concomitante com uma notícia desabrida, com mais uma perda.

Naqueles anos em que simulei que a guerra andava num limbo, qualquer resquício da sua presença era metido numa profundeza, o futuro que o desencantasse. Como aconteceu com esta imagem. Saltou desabridamente de um livro, a surpresa deixou-me apatetado, a cismar. Não fosse o leitor levado a supor que disponho de uma memória de elefante, eu diria naturalmente: parece que foi ontem que tirei esta fotografia. Mas não foi, tudo se passou em fins de Maio de 1969, estamos em plena época heróica da reconstrução de Missirá. A máquina fotográfica não é minha é do Pires, ele virá depois a férias, mandou revelar na Fotopax, de Beja, no mês seguinte. A minha máquina fotográfica ardera em Março, nesta altura não tinha dinheiro nem para mandar cantar um cego. Estou de braço dado com Djassió Soncó, mulher de Quebá Soncó, irmão do régulo e nosso guia. No fundo, a morança do régulo Manlã, com um colmo lindíssimo. Ao lado de Quebá, pequenino e gingão, Trilene (soldado milícia que adorava camisas de terylene) fuma e olha, magano, para a câmara. Amanheceu, todos acreditam que vamos directamente para Bambadinca. É mentira, vamos a Mato de Cão, cerca das onze horas irão passar dois batelões e, inopinadamente, partiremos para o Enxalé, em duas viaturas. Djassió ia em pânico, toda a gente temia aquela viagem na estrada abandonada entre Mato de Cão e Enxalé.

Na fotografia estamos de braço dado, Djassió Soncó é uma estimável amiga, feições de grande beleza, um porte quase imperial. É mãe daquele Mamadu Soncó que vai viver para Bambadinca nos últimos tempos da minha comissão, lá para Julho de 1970. Estava convencido que eu o traria para Portugal, sempre me chamou Paizinho. E um Paizinho faz tudo pelos filhos.

Lembro-me de tudo ou de quase tudo. A boa disposição que eu tinha nesse dia, com Missirá a reconstruir-se. Ali está a base onde assenta o pau de bandeia com o distintivo do Pel Caç Nat 52. Vêem-se as trouxas habituais numa viagem, quer à ida quer no regresso.

Depois veio o desacerto do destino. Djassió irá ficar brutalmente sinistrada numa flagelação em Julho. Perderá um braço, uma roquetada trespassou o telhado, a viga mestra cedeu, derrubou-a, decepou-a. Estou a ver, na noite alta, Quebá Soncó a levar esse braço decepado para o enterrar. Parece que Quebá Soncó terá sofrido inúmeros vexames na prisão, em Bafatá, onde morreu, a seguir à independência.

Trilene foi fuzilado por engano, disseram-me que gritava em frente ao pelotão de fuzilamento, desorbitado: “O que é que eu fiz? Por quem me tomam?”.

O pior de tudo estava para vir. Visitei Djassió algumas vezes no bairro Benfica, em 1991, quando trabalhei como cooperante, em Bissau. É exactamente quando Abudu Soncó chega a minha casa (tinha eu descoberto a fotografia há escassos dias), para conferir a lista das visitas que pretendo fazer quando voltar à Guiné e lhe mostro a fotografia da Djassió, sua tia, que fico a saber que ela morreu há pouco tempo.

Não sei se isto é pura casualidade, se eu estou a fantasiar que podia ter sido ontem que eu tirei esta fotografia, que estou feliz de braço dado com esta amiga, tão castigada pela vida. Na fotografia estou feliz segurando o guarda-mão em baquelite da G3. Aquele mundo é meu, pertence-me integralmente, ali respondo pela guerra e pela paz.

Já morreram todos, os que estão a meu lado. São cerca de sete horas da manhã, vejo a sombra de alguém em cima do Unimog 404 que vai seguir ajoujado até ao Enxalé e, no regresso, deixaremos muita gente em Finete.

Olho sem melancolia este tempo tão intensamente vivido, cercado de vítimas da guerra. Sem melancolia mas cheio de saudade, à portuguesa. Por isso me estou a preparar para percorrer por todo o Cuor, em jeito de despedida. Todos os actores da fotografia, afinal, vão partir.
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(*) Vd. poste de 10 de Setembro de 2010 Guiné 63/74 - P6966: Notas de leitura (148): Transição Democrática na Guiné-Bissau, por Johannes Augel e Carlos Cardoso (Mário Beja Santos)

Vd. último poste da série 10 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6965: In Memoriam (50): João Baptista (1938-2010), um camarada, um amigo, um irmão (Octávio do Couto Sousa)

Guiné 63/74 - P6974: Memória dos lugares (99): CART 11 / CCAÇ 11, Os Lacraus, em Paúnca (Abílio Duarte)


Guiné > Zona Leste > Paunca > CART 11 (1969/70), Os Lacraus > O Abílio Duarte, ex-Fur Mil da CART 11 (que mais tarde deu origem à CCAÇ 11)... No Paúnca Resort & Spa...


Foto: © Abílio Duarte (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.


1.  Mensagem de Abílio Duarte, recentemente admitido na nossa Tabanca Grande:


Data: 27 de Agosto de 2010 23:04
Assunto: HISTÓRIA DA CART 11 - CTIG

Olá,  Luis,

Pelo que tenho acompanhado e lido na nossa Tabanca Grande, a minha Companhia tornou-se, depois do meu regresso,  na CCaç 11, tendo tomado o nome de "OS LACRAUS DE PAÚNCA".

Paúnca foi o local onde eu passei praticamente à peluda.

Assim, e para memória futura, junto uma foto do nosso crachá, para que seja anexado ao file da nossa história.

Envio também uma foto minha, no Paunca Pestana Resort & Spa.

Um grande abraço, para ti e para o Renato Monteiro, que pelo que li está bom e recomenda-se.

Abílio Duarte.

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Nota de L.G.:

(*) Último poste desta série >  6 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6942: Memória dos lugares (89): Bolama, a antiga capital colonial, um património em ruínas (Patrício Ribeiro)

Guiné 63/74 - P6973: O Nosso Livro de Visitas (99): Carlos Alberto Dores Nascimento, camarada do CISMI, Tavira (Janeiro de 67 / Dezembro de 69)

1. Mensagem de Carlos Alberto Dores Nascimento

Data: 9 de Setembro de 2010 19:07

Assunto: Camaradas do CISMI


Alô, Luis. Sou o Carlos Alberto Dores Nascimento, estive em Tavira (*),  de Janeiro de 67 a Dezembro de 69. Especialidade de atirador e por lá fiquei até ao fim como monitor.

Conheci o Robles e o Trotil. O Trotil era Óscar. Conheci-os de alferes a capitães. Também gostava de encontrar alguns companheiros daquele tempo (agora somos avós ) mesmo que tivessem sido "meus" intruendos.

Sei que todos os anos em Outubro fazem lá no quartel um convívio com todos os que passaram por lá. Eu este ano quero ir pois nunca fui. Estou inscrito no Facebook, tenho lá algumas fotos do nosso tempo para ver se há alguém que se identifica. (**)

Bom, um grande abraço.

Carlos Alberto Dores Nascimento

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Notas de L.G.:

(*) Vd. poste de 4 de Setembro de 2010 > Guiné 63/74 - P6934: Memória dos lugares (88): Tavira, Quartel da Atalaia, CISMI (Carlos Cordeiro / Manuel Maia / Pereira da Costa)

(**) Último poste da série > 22 de Agosto de 2010 > Guiné 63/74 - P6884: O Nosso Livro de Visitas (98): Joaquim Sabido, ex-Alf Mil da 3.ª CART/BART 6520 (Jemberem e Mansoa, 1973/74)