domingo, 27 de março de 2011

Guiné 63/74 - P8003: Parabéns a você (231): Carlos Vinhal e Eduardo Magalhães Ribeiro, os nossos queridos co-editores, fazem hoje 63 e 59 anos, respectivamente!

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1. Os parabéns (sempre originais e ternurentos) do Miguel & da Giselda, o casal mais 'strelado', se não do mundo, pelo menos da nossa Tabanca Grande ('strelado', para quem chegou agora ao blogue, quer dizer  "o menos stressado") [, foto à esquerda]...


Por que hoje é dia de cantar os parabéns aos nossos dois camarigos e co-editores, Carlos Vinhal (63 anos) e Magalhães Ribeiro, ou Eduardo MR (59) (por ordem de antiguidade, que a antiguidade é um posto na tropa, como a gente dizia no tempo em que lá andou; e a propósito, não sabemos quem nasceu primeiro no dia, nem a que horas nasceram...).


Infogravuras: © Miguel Pessoa (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


 2. Como a equipa de piquete (o Carlos e o Eduardo) hoje está dispensados de serviço, cabe-me a mim fazer as honras da casa... Com alguma antecedência, mandei um bilhetinho, às escondidas, a todos os/as amigos/as, camaradas e camarigos/as, registados/as na nossa Tabanca Grande, e claro à revelia dos nossos aniversariantes... O bilhetinho dizia mais ou menos isto:




 "Os nossos queridos co-editores Carlos Vinhal e Eduardo MR fazem anos no próximo dia 27... É apenas um lembrete: se os camarigos que estão mais próximos deles quiserem escrever duas palavrinhas bonitas, mandem-se as vossas contribuições até 25 de Março, para o meu endereço pessoal"...


Os menos preguiçosos mandaram-me, em devido tempo, os seus postais de parabéns, nalguns casos, com fotos e ilustrações... Os mais preguiços (mas não menos amigos do Carlos e do Eduardo) poderão mandar-lhe os parabéns, através de comentários a este poste: como sabem, é fácil e barato.


A mim, como fundador e editor deste blogue [ foto à direita,], compete-me dizer duas ou três palavras, sem pompa nem circunstância: (i) só conheci o Carlos e o Eduardo através do blogue, em 2006; (ii) ao todo, devemo-nos ter encontrado, nestes anos todos,  menos de uma dúzia de vezes (nos nossos encontros anuais, na Ameira, em Pombal, em Monte Real; nos convívios da Tabanca de Matosinhos; uma ou outra vez em Lisboa ou no Porto; no 10 de Junho, no caso do Eduardo...); (iii) telefonamo-nos  com maior ou menor regularidade, sempre que é preciso; (iv) trocamos mails de serviço; e, no entanto, (v) eu tenho a sensação de ter estado com eles na Guiné, noutra encarnação qualquer, e sermos velhos camarigos de há muitos, muitos anos...  Em suma, é este o sortilégio do nosso blogue e das pessoas que o fazem, todos os dias, que aprenderam a trabalhar em equipa, que aprenderam a apoiar-se e a respeitar-se, independentemente das suas idiossincrasias, das suas diferenças, da sua história de vida...


Da minha parte,  não tenho dúvidas que o nosso blogue (e a sua longevidade) não seria o mesmo sem o seu labor, a sua dedicação, a sua humildade, a sua capacidade organizativa, os seus contactos, a sua lealdade, o seu espírito de missão... Acho que hoje é uma boa ocasião para lhes dizer isto, em público, já que é o seu dia, o seu dia de aniversário... E fá-lo em meu nome pessoal, mas também do nosso cartógrafo-mor, o Humberto e do outro co-editor, que nos tem acompanhado ao longo destes anos, o Virgínio Briote (com a colaboração possível, nos últimos tempos, mas sempre atento, disponível, útil e afectuoso)... E ainda, se eles  (e elas) mo permitirem,  em nome de todos os demais colaboradores permanentes e, por fim, de todos os demais camaradas, amigos e camarigos que pertencem formalmente à Tabanca Grande (o nosso "batalhão").


Carlos e Eduardo:  Como eu gosto de dizer, muita saúde e longa vida, porque vocês merecem tudo!... O espumante fica para o dia 4 de Junho, se a gente não se encontrar antes, nas férias da Páscoa, lá pela Tabanca de Matosinhos!... Um xicoração também para as  vossas caras metades, Dina e Fernanda, que são umas santas. (LG).
   


3. A prenda de anos do Mário Miguéis (que não precisa de grandes apresentações: ex-Fur Mil Rec Inf, Bissau,Bambadinca Saltinho, 1970/72; bancário reformado; talentoso cartoonista; vive em Esposende) [, foto à direita,]:


Conversa a dois, “quer-se dizer…”


Zé – Este gajo dos desenhos não sabe onde tem a cara!…


Tó – Bom, quer-se dizer…


Zé – O desenho do das minas, ainda vá que não vá… Agora, o do fadista…


Tó - ???...


Zé – E onde está o acompanhamento instrumental, seu ignorante do caraças?!...


Tó – Realmente, quer-se dizer….


Zé – Se fosse eu, punha até, a acompanhá-lo, os do conservatório de Lamego, que fazem o que querem de guitarras, violas e contrabaixos. Isso sim, era um desenho do caraças!... Já imaginaste, ó Tó!, o Joaquim, à viola, o Luís – o das armas -, à guitarra, … Eia, pá, só os dois já são uma orquestra…


Tó – Sim, sim, quer-se dizer…


Zé – E mesmo o fado que o gajo lhe pôs na boca está muito mal metido. Na minha modesta opinião, não é o mais indicado para o evento.


Tó - ???...









Texto e imagem: © Mário Miguéis da Silva (2010). Todos os direitos reservados




Zé – Então não ficava melhor - e nem era preciso sair de casa – aquela composição do Joaquim, “O regresso”, também conhecida por “Ninguém quer saber de nós”, gravada no início do mês passado?... Isto é que é um fado à boa maneira lusitana!...


Tó – Sim, sim, mas na Ribeira…


Zé – Isto, sim, é um exemplo paradigmático – ouviste bem, ó Tó? – é um exemplo paradigmático do fado assente nas nossas matrizes, nas nossas raízes musicais, desde o tempo dos Afonsinhos. Está ali tudo, ali naquela letra escrita por quem tem sensibilidade e conhecimento de causa, que não é coisa que esteja ao alcance de um qualquer. É a voz do povo a cantar as nossas ancestrais penas e trabalhos, a má fortuna e o amor ar… - bom, isso já é a outra parte da temática admitida. Enfim, e em resumo, estão ali patentes as agruras desta gente martirizada ao longo dos séculos.


Tó – Sim, sim, mas na Ribeira…


Zé – Estes artistas de vanguarda ou do raio que os parta andam para aqui a adulterar tudo, já nem o fado respeitam.


Tó – É verdade, Zé, na Ribeira…


Zé - Fala duma vez, caraças!... Na Ribeira, o quê?!...


Tó - Na Ribeira, até a letra do fado do Joaquim já alteraram.


Zé – O quê?!...


Tó – Sim, sim, quer-se dizer,... alteraram, mas vem tudo dar ao mesmo…


Zé – Vem tudo dar ao mesmo?!... Que raio de conversa é essa? Anda, desembucha de uma vez por todas!


Tó – É que lhe chamam o fado do “Ninguém nos liga um c……”, dizem que é a sua nova versom.


Zé – Ninguém nos liga um c……? (!!!)


Tó – Pois é, …


Zé - Bom, bom, … esses gajos são uns indecentes do caraças, mas não é por aí que o gato vai às filhós. Agora, cantar o fado de capa,…


… à lua e à capela, onde é que já se viu?!...


Esposende, 27 de Março de 2011
Mário Migueis


4. Joaquim Mexia Alves [, foto à esquerda, ainda do tempo de Guiné, 1972/73, quando jovem e esperanço fadista]

Para o Carlos Vinhal


- Oh Carlos, vem-te deitar homem!


É a voz da Dina, altas horas da noite a chamar pelo Carlos, que agarrado ao computador, já tem os olhos em bico.
- Oh filha, o que é que tu queres? Ainda tenho aqui mil duzentas e quarenta e nove recensões de livros do Beja Santos, trezentos e vinte e dois poemas do Manuel Maia e do Mexia Alves, os últimos cento e vinte e quatro episódios da série Na Kontra, Ka Contra, do Fernando Gouveia, fora os comentários e contra comentários dos camarigos, alguns deles a precisarem de “água na fervura”!
- Está bem, homem, mas podias deixar qualquer coisa para amanhã!
- Isso é que era bom! Se não me atiro a isto hoje, amanhã tenho aí trezentos mil mails do Luís Graça a perguntar pelos textos que esta malta vai mandando, e que ele para se livrar deles, atira para cima de mim!


E lá se embrenhou outra vez o Carlos no visor e no teclado do computador a pensar com os seus botões:
- Mas que raio de mal fiz eu, para aturar isto!... Bem, pensou ele, já só publico mais quatrocentos e vinte postes e depois vou para a cama.


Mas a Dina insistia:
- Oh Carlos, tu assim dás cabo de ti!
- Oh mulher, o que é tu queres? Estes gajos não têm nada que fazer e põe-se para aqui a parir textos, como quem arrota depois de beber uma coca-cola, e “ós despois” quem paga é aqui o desgraçado!...E não sabes tudo! Ainda tenho que aturar o Mexia, com a mania de se armar em defensor do blogue, a chatear porque esta merda está a descambar para a política e sei lá mais o quê! Raios parta o homem!... Calcula bem, que aquele gajo agora até me veio chatear porque na lista dos camarigos não estava lá que o gajo tinha pertencido ao Pel Caç Nat 52. Mas o gajo julga que eu não tenho mais nada que fazer, ou quê?


Deu um murro na mesa, levantou-se, e foi dar uma mija para acalmar os nervos. No regresso passou pelo quarto e ia dizer qualquer coisa à mulher, mas reparou que a Dina já dormia a sono solto.
- Carago, pensou ele, esta já dorme, e os camelos que escreveram esta gaita toda também já devem estar a dormir, e eu aqui feito parvo a trabalhar para eles! Eu não tenho idade para isto!


De repente lembrou-se que a partir da meia-noite, (que já tinha passado), fazia anos. Olhou para o lado e para trás, para ver se não estava ninguém a ver, e começou a cantar para ele próprio:
- Parabéns para mim,
nesta data querida,
muitas felicidades,
muitos anos de vida!


Hoje é dia de festa,
vou-me mas é deitar,
mando o blogue à merda,
ponho-m’a ressonar!!!


Foi então que de repente o visor do computador se iluminou, e quatrocentos e oitenta e três camarigos, atabancados na Tabanca Grande, apareceram a cantar:
- Parabéns para o Carlos,
nesta data querida,
muitas felicidades,
muitos anos de vida.


Hoje é dia de festa,
vamos lá a acordar,
já não te livras desta
tens muito que publicar!!!


Joaquim Mexia Alves
Monte Real


Para o Eduardo Magalhães Ribeiro


 Do alto do seu porte

aí temos o homem,
como um pau de bandeira
hasteando ao alto,
a sua frontalidade,
a sua sinceridade,
a sua amizade.


Ouve-se-lhe de dentro um grito,
uma revolta,
um bradar “às armas”,
porque se a guerra que foi sua,
já terminou,
o combate pela dignidade,
continua.


Outro grito ainda,
faz parte do seu viver,
é um hino,
uma vontade,
um só modo de ser,
que moldado à sua vida,
faz dele um garboso

Ranger.


Conhecem-lhe o nome,
a fala,
a firmeza,
num só corpo,
todo inteiro.


À passagem da caravana,
ladram os cães,
foge o mentiroso,
e o alcoviteiro,
porque fala o Magalhães
o tal,
que também é Ribeiro.


E aqui estou eu,
braços abertos,
sem espinhos,
(que não sou cardo),
gritando alegremente:
Parabéns para ti,
Eduardo,
meu Ranger aclamado!


Joaquim Mexia Alves
Monte Real






5. Vasco da Gama, o Tigre de Cumbijã, agora retirado em Buarcos [, foto à esquerda]: 




PARABÉNS, CAMARIGOS!


Separados por quatro exactos  anos, nasceram no mesmo dia – 27 de Março -  dois robustos meninos a quem os babados papás deram os nomes de Carlos e Eduardo, por esta ordem, pois a velhice é um posto a respeitar, não só nas fileiras do exército do nosso tempo, mas também na antiguidade no nosso Blogue.


Ambos estiveram na Guiné, o primeiro cumprindo comissão na íntegra de quase dois anos e o mais novo menos tempo, noutra altura, porventura com menor desgaste físico, mas cumprindo papel histórico de relevo ao ficar ligado ao final da guerra na Guiné.


Lá não se conheceram, tal como eu não conheci nenhum deles e se hoje, a par de mais umas centenas de camaradas, somos todos amigos e nos respeitamos, com pontuais excepções, concordando ou discordando a propósito disto ou daquilo, existe um denominador comum que cimenta essa união e amizade que a maior parte de nós comunga e que é o nosso Luís Graça e Camaradas da Guiné.


Em data de aniversário dos nossos editores não poderia dissociar neste escrito o nome do responsável por toda esta sucessão de acontecimentos que é o Luís Graça, ao ter tido a capacidade de criar a nossa Tabanca Grande, onde tantos de nós passam tanto tempo e cuja simples existência  criou laços de verdadeira amizade entre todos nós e potenciou também o aparecimento daquelas Tabanquinhas todas que vão nascendo e onde a malta se vai reunindo cada vez com maior assiduidade, porventura porque o tempo urge…


O Carlos e o Eduardo,  o primeiro  reformadinho como eu, o segundo ainda no exercício da sua profissão que o obriga por vezes a percorrer centenas de quilómetros por dia, são no seu ser e no estar pessoas diferentes, cada um com as suas características que os diferenciam, mas ambos de enorme dedicação a este excelente e generoso lugar onde vai sempre cabendo mais um.


Não interessa hoje e aqui mostrar as características de cada um dos nossos camarigos, mas antes e apenas relevar a  eficiência, dedicação e amor que ambos devotam ao nosso Blogue, sacrificando ao seu merecido descanso horas e horas que feitas de trabalho na edição e publicação dos escritos com que todos nós os brindamos, conseguem manter viva e com chama intensa a nossa Tabanca Grande.


O que pedem eles em troca?.  Nada!, quando se calhar tudo merecem, mas no mínimo uma palavrinha de agradecimento, um telefonema de quando em vez, uma mensagem com apenas um obrigado, não nos fica mal.


No dia de hoje, envolvo ambos, no mesmo abraço amigo,  o Carlos Vinhal e o Magalhães Ribeiro, tão diferentes mas tão iguais no servir, na solidariedade, na amizade, na irmandade, no interesse que devotam a esta nossa comunidade de combatentes da Guiné, personificando ambos nesta adjectivação o espírito que deve presidir ao nosso querido Blog. 


PARABÉNS CAMARIGOS e que a saúde vos acompanhe. Vasco






6.  António Graça de Abreu, o mais sínico (mas não cínico...) dos nossos tabanqueiros:


Luís, caríssimo


Estou há mês e meio sem blogue, isto agora é só China. Mas regresso na próxima semana a Portugal. (...) Fiz este texto para os os anos do Vinhal e do Magalhães Ribeiro. Creio que entra no blogue.
Desde Xangai, um abraço e até breve.
António Graça de Abreu


Carlos e Eduardo:


Desde Xangai, encavalitado num dos cinco mil arranha-céus da cidade, um fortíssimo abraço de parabéns aos dois meninos Carlos Vinhal e Magalhães Ribeiro, gente boa das minhas ditosas e amadas terras do norte. Ai Porto, Porto!...


Do coração, desejo muitos mais anos de vida e que nos possamos encontrar em breve na Tabanca de Matosinhos,em Monte Real ou quem sabe, na futura Tabanca de Xangai... 


O vosso,
António Graça de Abreu




7. Fernando e Regina Gouveia [, foto à esquerda, Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria,  IV Encontro Nacional da Tabanca Grande, 20 de Junho de 2009 ]:


Caro Luís: O nosso contributo para o aniversário é o que se segue.  Um abraço. Fernando Gouveia e Regina


Dia 27 de Março:


- Dia Mundial do Teatro
- Em 1513, o explorador Juan Ponce de León chega ao continente americano (Florida)
- Em 1809, começa a investida pelo exército de Soult, sobre a cidade do Porto
- Em 1845 nasce Wilhelm Rontgen, que descobriu os raios X
- Em 1863 nasce Frederick Henry Royce, co- fundador da empresa Rolls-Royce
- Em 1933 é descoberto o polietileno
- Em 1938 Juan Manuel Fangio disputa a sua primeira corrida automobilística
- Em 1945 o general Eisenhower  anuncia  a  derrota dos nazis, na frente ocidental
- Em ano indeterminado nascem os incansáveis co-editores do blogue “Luís Graça e  Camaradas da Guiné”, Magalhães Ribeiro [1952, Matosinhos] e Carlos Vinhal [1948, Vila do Conde].




8. Mário Beja Santos [, que acaba de publicar Mulher Grande] [, foto à direita,]:


Caríssimo Carlos, desejo-te saúde e abraço-te com profunda estima, admiração e gratidão. É verdade que quem corre por gosto não cansa, mas às vezes fico a magicar o que é estar aí na sala das máquinas a cozer e a bordar o que chega à posta restante. Sei que cumpres com desvelo essa arte esdrúxula de pespontar, refinar e adereçar, é labor que requer persistência e uma curiosidade que me escapa. Todos os dias embalas este berço e não deve ser fácil ser simultaneamente contra-regra, grumete, contra-almirante e co-editor. Que o Senhor de Matosinhos te proteja são os votos deste impenitente que tanto te aprecia, Mário




9. Augusto Silva  Santos, ex-Fur Mil da CCAÇ 3306/BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73 [ foto à esquerda,]

Do Dubai, onde me encontro de visita a familiares (mas sempre com Portugal no pensamento), não quero esquecer esta data e enviar-vos um grande e forte abraço com votos de feliz aniversário e que tudo vos corra pelo melhor junto dos vossos familiares e amigos. Até breve. Augusto Silva Santos


10. José Martins [, o nosso Sherlock Holmes, incansável pesquisador de arquivos] e sua esposa, Manuela, presença habitual nos nossos encontros:


Parabéns aos Co-editores


Como a antiguidade é um posto, comecemos pelo Carlos:


Oficialmente conheci o Carlos em 14 de Outubro de 2006, a ele e à sua Dina, que foram, por mérito próprio, o casal do ano (2010). Casal afável fazia/faz amigos com muita facilidade, o que lhe(s) traz amizades merecidas.


Sobre o Eduardo, rapaz muito mais novo, tive conhecimento da sua existência ao ler as NOTICIAS DO MILÉNIO, em que relata o facto de ter sido o militar português que arriou a última Bandeira Nacional na Guiné.


Para ambos, votos de um dia feliz e que se repita por muitos e largos anos, connosco a enviar saudações.


Manuela e José Martins




11. Gilda Brás (Pinho Brandão, de solteira, a nossa menina de Catió que veio para Portugal aos 7 aninhos, órfã de pai) [, foto à esquerda, com o marido e a filha]:


Boa tarde Amigo Luís,


Tudo bem consigo?, nós por cá todos bem.


Queria desejar ao nosso Amigo Carlos Vinhal, um dia super feliz na companhia da sua querida Dina e de todos que o amam, com muita saúde e paz e que esta data se repita por muitos e bons anos. Um grande beijinho para ele.


Gilda Brás




 12. Felismina Costa, nossa madrinha de guerra, que virá finalmente conhecer-nos, por ocasião do nosso VI Encontro Nacional, em Monte Real, 4 de Junho de 2011 [, foto à esquerda]


Ao Carlos Vinhal


Quero desejar ao meu editor e amigo Carlos Vinhal, uma vida longa e feliz e dizer-lhe, que ele é um homem da história!


Da história, que ele e tantos de vós, (jovens que atravessaram o período de 63/74) escreveram: primeiro, no campo de batalha e hoje, preocupados em deixar o registo desse passado, para a posteridade.


Sempre a postos na direcção deste jornal, (digo blogue), "de grande tiragem", ele verifica, analisa e por fim edita, o que muitos de vós/nós escrevemos e enviamos, preocupado com a continuidade, com a qualidade, com a harmonia e satisfação de todos, por verem editado o que a sua memória registou.


Vai para o Carlos Vinhal hoje, o meu obrigada sincero, pela sua persistência, pelo seu carisma, pelo seu brio em prol do esforço colectivo, para deixar às gerações vindouras um registo tão fiel quanto possível, dum acontecimento da nossa história, aqui contado na primeira pessoa.


Peço-lhe que aceite o meu agradecimento, por este trabalho que valorizo grandemente e o meu abraço fraterno.
Felismina Costa


Ao Magalhães Ribeiro


Outro dos homens que tomaram a seu cargo, os registos das vossas memórias, desejo igualmente tudo o que de melhor a vida lhe possa oferecer.


Agradeço a sua disponibilidade, no tempo roubado ao seu descanso, (uma vez que ainda trabalha), para ajudar a guardar os registos dos acontecimentos que todos vós viveram e vos marcou indelevelmente.


Os meus parabéns por mais um aniversário:--interessante que aconteça no mesmo dia do Carlos Vinhal...Coincidências!


Para si, o meu desejo de que a vida lhe sorria sempre, pois já foi testemunha e participante, de um conflito que lhe deve ter dado uma dimensão muito precisa do valor da vida.


Peço-lhe que aceite o meu abraço fraterno.


Felismina Costa


13. Manuel Maia (,o nosso aclamado autor de História de Portugal em Sextilhas, e cuja prenda de anos para os os nossos dois aniversariantes se perdeu na blogosfera, na viagem entre a Maia e Alfragide; com as desculpas do editor aos homenageados e ao nosso camarigo, o bardo do Cantanhez e da Tabanca Grande) [, foto à direita]: 


Para os nossos aniversariantes:


De Régio, foz do Ave, a urbe amada,
por outros bem mais cedo já cantada
p`lo rico pano cré das caravelas...
Três anos pós segunda enorme guerra
foi berço de Vinhal a bela terra
de bilros e de rendas tão singelas.

Em Matosinhos vida vai encetar,
a nível de trabalho, junto ao mar,
no porto de Leixões, ali ao pé...
Aposentado dessa ocupação,
vai entregar-se de alma e coração
ao blog do Luís sobre a Guiné...

Trabalhador inato e incansável,
Carlos Vinhal, amigo formidável,
um termo desconhece que é cansaço..
Daqui o homenageio com prazer,
p`los seus 63 a merecer
um franco e muito amigo forte abraço...

É Matosinhos, terra de eleição,
(Florbela Espanca a teve de adopção)
onde Eduardo a luz primeira enfrenta...
Com primavera imberbe de seis dias,
num tempo de mar chão p`ra pescarias,
corria o ano dois após cinquenta...

Num tempo já de paz chegou à guerra,
suficiente para amar a terra,
de gente sã e ocre/amarelo chão...
Quem água da Guiné um dia prova,
não mais a olvidará até à cova,
estou certo tendes mesma opinião...

Ainda na labuta, no activo,
encontra na Tabanca um incentivo,
trabalho de feitura, co-editor...
Daqui deste "comparsa" tabanqueiro
segue um abraço ao Magalhães Ribeiro,
um`entre as quatro forças do motor...

ESTA É COMUM

Coincidência, simples mero acaso,
Vinhal e Eduardo, neste caso,
no mesmo dia optarem por nascer...
Os dois têm por traço d`união
a bela Matosinhos onde então,
um viu a luz outro o mester...



Manuel Maia


14. Também de Esposende, do nosso camarada Albino Silva:


PARABÉNS

Parabéns Carlos Vinhal 
da Tabanca co-editor
Amigo e camarada
e ainda administrador...

Te desejo tudo de bom
e por esta data querida
que seja por muitos anos 
com muita saúde e vida...

De Mansabá e em Leça 
os camaradas que tens
e eu com toda a Tabanca
a cantar-te os Parabéns...

Felicidades



PARABÉNS

É o teu Aniversário
e numa data como esta
pois assim nossa Tabanca
tem mais um Régulo em festa...

Felicidades camarada
eu te estou a desejar
para que em nossa Tabanca
continues a editar...

Desejo-te muitos anos de vida
com muita saúde então
para ti Magalhães Ribeiro
que tenhas tudo de bom.

Felicidades

Albino Silva
____________


Nota do editor:


Último poste da série > 25 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7997: Parabéns a você (230): Rui Silva, ex-Fur Mil da CCAÇ 816 (Bissorã, Olossato, Mansoa, 1965/67) (Tertúlia / Editores)

Vd. também postes do ano passado:


27 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P6056: Parabéns a você (92): Carlos Vinhal, 62 anos, o braço direito do nosso blogue, um incansável trabalhador da nossa Tabanca Grande (Luís Graça)


27 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P6055: Parabéns a você (91): Eduardo José Magalhães Ribeiro, ou simplesmente o ranger MR, ou apenas o Pira de Mansoa, nosso querido camarada, amigo e co-editor: faz hoje... 58 anos!

sábado, 26 de março de 2011

Guiné 63/74 - P8002: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (38): Notícas de Xangai (António Graça de Abreu)



República Popular da China > Xangai > Março de 2011 > O nosso camarigo António Graça de Abreu, que descreveu a megacidade de Xangai, em linguagem poética, nestes termos:

(...) Os arranha céus de Xangai
perturbam anjos e apsaras.
O sonho das gentes da cidade
é subir ainda mais a construção
até ticar os pés dos deuses.

Xangai, avenida de Nanquim.
Imensa, a multidão,
carreiro de formigas sínicas.

Do alto da torre Jinmao,
tão pequenas
as outras cidades do mundo!...

(Excertos de: Excerto de um longo poema, Sínica, inserido no seu último livro,
A cor das cerejeiras, Lisboa: Vega, 2010, p. 45) (Com a devida vénia).

1. Mensagem (e foto)  do António Graça de Abreu, com data de 20 do corrente:


Luís, caríssimo

Estou há mês e meio sem blogue, isto agora é só China. Mas regresso na próxima semana a Portugal.



Dia 14 de Abril volto outra vez para Xangai, Nanquim e Pequim. Este ano é assim, tenho previstas quatro vindas à China.
 .
(...) Desde Xangai, um abraço e até breve.

Antóni
o Graça de Abreu


______________

Nota do editor:

Último poste da série > 25 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P8001: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca...é Grande (37): Venturas e desventuras da nossa amiga Gilda Brás em terras de Arouca: finalmente tem a certidão de nascimento de seu pai, Afonso Pinho Brandão

sexta-feira, 25 de março de 2011

Guiné 63/74 - P8001: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca...é Grande (37): Venturas e desventuras da nossa amiga Gilda Brás em terras de Arouca: finalmente tem a certidão de nascimento de seu pai, Afonso Pinho Brandão


Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (1967/69) > Vila > Álbum fotográfico do Victor Condeço > Foto 18 > Vista para as traseiras da Igreja tirada da torre desta, vê-se em primeiro plano o posto médico/enfermaria e outro edifício administrativo.


Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (1967/69) > Vila > Álbum fotográfico do Victor Condeço >Foto 19 >Escola primária oficial na avenida, foto tirada da torre da Igreja.


Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (1967/69) > Vila > Álbum fotográfico do Victor Condeço > Foto 20  > A Rotunda e casas de habitação vistas da torre da Igreja.


Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (1967/69) > Vila > Álbum fotográfico do Victor Condeço > Foto 4Igreja Paroquial de N. Sª. de Catió.



Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS / BART 1913 (1967/69) > Vila > Álbum fotográfico do Victor Condeço > Foto 34  > Rua do Bar Catió, à direita as lojas e residência do Sr. José Saad, depois o Bar com a bomba em frente, a seguir o telheiro dos jogos de ping-pong e matraquilhos e por fim o muro do quartel.

Fotos (e legendas): © Victor Condeço (2007). Direitos reservados. 


1. Notícias, fresquíssimas (e reconfortantes), da nossa amiga Gilda Brás (guineense, de nome de solteira Gilda Pinho Brandão, uma órfã de guerra, que através do nosso blogue ganhou um novo país e uma nova família, um caso, de resto, que muito sensibilizou e mobilizou os amigos e camaradas da Guiné reunidos nesta Tabanca Grande; membro da nossa Tabanca Grande desde 25 de Julho de 2007) (*)

Caro Luís: (...) Aproveito também para lhe dizer que já fui a Arouca visitar alguns familiares do meu pai Afonso, fui bem recebida pela cunhada e sobrinhos dele, mas repudiada pelos filhos dele (desculpe, mas custa-me chamá-los de irmãos).

A única coisa que lhes pedi foi que me dissessem o ano do nascimento do pai, que era para pedir uma certidão de nascimento, a resposta que obtive, foi que me dirigisse ao registo [civil], respondi que já lá tinha estado mas, como não tinha praticamente dados nenhuns, a funcionária não me pôde ajudar, respondeu que também não me podia ajudar . Desejei-lhe um bom dia e fui-me embora. Voltei novamente ao registo, pois tinha combinado com a senhora independentemente de ter alguns dados ou não, de lá voltar; Deus realmente escreve direito por linhas tortas, assim que entrei a senhora chamou-me e disse que já tinha uma certidão de nascimento do meu pai para mim; ficou tão impressionada com o caso que, durante a hora de almoço dela, foi fazer uma busca intensiva em todos os livros de registo e lá encontrou o do arouquense AFONSO PINHO BRANDÃO.


Mantenho contacto com a cunhada do meu pai (a tia Sãozinha, que é um doce de senhora) e um dos sobrinhos (o primo António) e a esposa dele, pois os outros estão emigrados. 

Pelo menos a minha filha já ficou a conhecer alguns familiares do avó de quem só sabia o nome, viu fotografias do tio avô e conheceu alguns primos e eu já sei um pouco mais da história do homem que foi o meu pai e, dou-me por satisfeita e feliz, a Márcia já pode fazer a sua árvore genealógica, com os nomes dos bisavós, avós e alguns tios.

Há duas semanas atrás uma das filhas do meu pai, como sabe que o meu primo se dá connosco, foi ter com ele para tentar saber como é que eu era, onde vivia, etc., no fim de tudo isso vira-se para ele e diz que só acredita que eu sou filha do pai dela se fizer um teste de ADN. Podem esperar sentados, pois a palavra da minha mãe Mariboi e do meu avó paterno estão acima de qualquer teste.

Peço desculpa por toda esta lenga lenga, mas só agora é que tive disponibilidade para lhe contar esta minha aventura por terras de Arouca

Muito obrigada por tudo, pois foi graças a muitos amigos do blogue, ao Luís e aos sábios conselhos do nosso saudoso Amigo Victor Condeço, que sempre me incentivou a ir mais na busca pelas minhas raízes paternas, que cheguei até aqui.


Aproveito para informar tenho um novo mail de casa [...] e no Facebook se receber um pedido de amizade de uma Gi Pinho, sou eu, apesar de a foto não ser minha. 

Um bom fim de semana, um grande beijinho para si e muito, muito obrigada por tudo.

Cumprimentos,
Gilda Brás  [Pinho Brandão, de solteira; foto à esquerda, quando veio para Portugal, aos 7 anos, para uma família de acolhimento, trazida por um camarada nosso, o Fur Mil Pina, a quem ela chama mano].

_______________

Notas do editor:

Último poste da série > 21 de Dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7481: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (36): O 64º Aniversário cá do rapaz (Humberto Reis), seguido da história da misteriosa bajuda de Nhabijões (Luís Graça)

(*) Vd. poste de 25 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1994: Tabanca Grande (29): Gilda Pinho Brandão: uma mulher feliz, que ganha uma nova família e um novo país


 (...) Boa tarde, Amigo Luís,

Pois é, este fim-de-semana recebi a visita do nosso amigo Pepito, um ser humano extraordinário e um guineense orgulhoso, que fala do seu país e das suas gentes com uma paixão indescritível, por mim ficava o dia todo a ouvi-lo, pena não ter podido ficar mais tempo.

Relativamente aos meus familiares, falou-me no meu primo Carlos Pinho Brandão, que foi colega dele de curso [, de Agronomia,] das circunstâncias da morte do meu pai [, Afonso Pinho Brandão,] que foram um pouco dramáticas, pois segundo o Carlos contou ele era muito querido pela população, era um homem bastante sociável: ao fazer frente a uns balantas que se queriam apropriar da casa dele, acabou por ser morto, pois estava em inferioridade numérica. O Pepito também falou-me acerca dos fulas, etnia da minha família materna. A seguir ao encontro com os meus irmãos, este foi um dos momentos mais marcantes desde que comecei esta busca pelas minhas raízes (...).


Guiné 63/74 - P8000: O Nosso Livro de Visitas (109): José Oliveira, filho do nosso camarada Luís Nunes Oliveira da CCAÇ 1501/BCAÇ 1877 (Guiné, 1966/67)

1. Mensagem de José Oliveira, filho de Luís Nunes Oliveira da CCAÇ 1501/BCAÇ 1877, com data de 18 de Março de 2011:

Caro Luís Graça,
Em primeiro lugar, espero que este e-mail o vá encontrar de boa saúde.

O meu pai (Luís Nunes de Oliveira) esteve na Guiné e pertenceu à CCAÇ 1501, no entanto perdeu todos os contactos que tinha, e por razões que desconhecemos, não voltou a ser convidado para os encontros/almoços que eram organizados normalmente no mês de Junho (desconhecemos mesmo se o grupo deixou de organizar os referidos encontros).

Seguem em anexo três fotos, que envio em nome do meu pai (ele não é muito dado as estas tecnologias...), para que as mesmas sejam publicadas no Blog, na esperança que desperte a atenção de algum camarada da CCAÇ 1501.

Votos de um bom fim-de-semana.

Um abraço,
José Oliveira
zelxandre@hotmail.com


24Jul1966 > Café Universal Bissau >  Luis Oliveira e Pé Leve

Luís Oliveira Civil Rapaz de Caxarias.

Luís Oliveira e Amigos > Guiné 1966


2. Comentário de CV:

Caro José Oliveira, obrigado pelo seu contacto. Aqui estão publicadas as fotos de seu pai, que nos mandou, na esperança de que apareça algum dos seus companheiros.

Fui à Página do nosso camarada Jorge Santos e encontrei lá o contacto de Carlos Martins do BCAÇ 1877, Batalhão a que pertenceu a CCAÇ 1501, Companhia de seu pai. Ligue para o telemóvel 969 572 401, e a partir dele poderá descobrir outros camaradas.

Seja portador de um abraço nosso para o seu pai e votos de que esteja tudo bem com ele.

C.V.
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 20 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7968: O Nosso Livro de Visitas (108): Luiz Figueiredo, Fur Mil TSF, Pirada, Teixeira Pinto e Bissau, 1972/74

Guiné 63/74 - P7999: Blogpoesia (133): Ai Guiné, Guiné (5) (Albino Silva)

1. Quinto poste da série Ai Guiné, Guiné*, trabalho em verso do nosso camarada Albino Silva (ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, 1968/70), enviado em mensagem do dia 21 de Março de 2011:


AI GUINÉ GUINÉ (5)

Guineenses vendedores
ambulantes sem igual
vendiam tudo para nós 
produtos do Senegal...

Lá da Costa do Marfim 
também vinha coisa boa
se não fosse de Concri 
era da Serra da Leoa...

O guineense vendia 
no negócio tudo dava
o africano trazia -
e o europeu lá comprava...

Louças que vinham da China 
e os charutos de Havana
louças lindas muito finas 
não faltava a porcelana...

Em Teixeira Pinto tinha 
uma avenida assim
começava no Quartel -
e parava no Fortim...

Nesse largo do Fortim 
naquele pequeno recinto
havia lá uma estátua -
que era o Teixeira Pinto...

Quem ia nessa Avenida 
e em passeios constantes
se visitavam as casas 
que eram de comerciantes...

Eu conheci bem alguns 
naquela Vila do mato
tantas vezes comi frango 
que assava o Viriato...

Apenas dez pesos custava 
o frango e batata então
com cerveja a acompanhar 
e também ainda o pão...

Na Guiné que eu recordo 
de algumas noites passadas
em tabancas e nos roncos 
bem ao som da batucada...

Se havia um casamento 
o ronco era a dobrar
era tanta a batucada 
e com a noiva a dançar...

Que lindo era na Guiné 
nesse tempo que passei
por saber que era África 
como sempre desejei...

Mas que bom era a Guiné 
mesmo em tempo de traições
era tudo tão original 
mesmo cumprindo missões...

Era assim ó Guiné 
o bom e mau que eu vivi
com coragem aguentando
sofrimento que esqueci...


Ó Guiné por ti sofri 
porque lá tinha rivais
sofri por gostar de ti 
mas outros sofreram mais...

Sofri de sede e calor 
com moscas a chatear
mosquitos tantos mosquitos 
sempre sempre a picar...

Tu sabes bem ó Guiné 
também quem te conheceu
os que sofreram por ti -
igual como sofri eu...

Muitos mais te conheceram 
sem saber qual a razão
espalhados pelo mato 
dormindo debaixo do chão...

Eu sofri por ti Guiné 
e sem nada de ti querer
e ainda hoje o fazia 
só para a Guiné defender...

(continua)
__________

Nota de CV:

(*) Vd. poste de 24 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7995: Blogpoesia (131): Ai Guiné, Guiné (4) (Albino Silva)

Vd. último poste da série de 24 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7996: Blogpoesia (132): A Minha Aldeia (Mário Fitas)

Guiné 63/74 - P7998: (In)citações (29): Rádio Sol Mansi, com sede em Mansoa, ligada à Igreja Católica (diocese de Bissau e Bafatá), quer entrevistar antigos combatentes, portugueses e do PAIGC



1. Mensagem que recebemos em 24 do corrente, da Guiné-Bissau: 

De: Ampa Djamam [djamam@hotmail.com]
Data: 24 de Março de 2011 08:38
Assunto: Bom dia!

Bom dia!

A Rádio Sol Mansi quer colaboração dos Antigos combatentes portugueses no programa radiofónico Cultura e Alma do Povo, um programa informativo que fala da luta de libertação e das experiências positivas dos Ex-Combatentes.

O objectivo é de trazer, ao público-alvo, a imagem auditiva do que foi a luta armada que decorreu de 1963 a 1974. Neste contexto, o seu testemunho seria um enriquecimento para o nosso programa e, consequentemente, para os nossos ouvintes.

Podemos marcar uma entrevista no skype ou msn,  torna-se mais fácil e tem qualidade voz melhor do que telefone.

Sr. Luís,  pode nos ajudar a contactar com outros combatentes ? Podem ser seus amigos que tenham estado em diferentes partes da Guiné-Bissau,  para uma entrevista, pode ser você, Carlos Vinhal, Eduardo J. Magalhães Ribeiro, Virgínio Briote, Humberto Reis, Jorge Cabral, José Manuel Dinis, José Ferreira de Barros,  etc...para dar testemunho da luta na qualidade de antigo(s) combatente(s).

Obrigado, Sr. Luis
Deus te abençoe.

Adriano Djamam (Ampauramassol) [, técnico e apresentador de programas da Rádio Sol Mansi]
E-mail: adrianodjamam@yahoo.com.br
djamam@hotmail.com
Skype: ampadjamam
Cel: 00245 6649641 / 00245 5804646


2. O pedido de colaboração era acompanhado de dois documentos, que aqui se reproduzem (sendo um especificamente dirigido ao nosso co-editor Virgínio Briote):

2.1. Convite a  Sua Excelência Sr. Virgínio Briote
                            

Assunto: Solicitação de participação no programa Cultura e Alma do Povo

Excelentíssimo Senhor:

A Direcção da Rádio Sol Mansi vem, através desta, solicitar ao excelentíssimo senhor Virgínio Briote a colaboração e participação no programa radiofónico Cultura e Alma do Povo, um programa informativo que fala da luta de libertação e das experiências positivas dos Ex-Combatentes.

O objectivo é de trazer, ao público-alvo, a imagem auditiva do que foi a luta armada que decorreu de 1963 a 1974. Neste contexto, o seu testemunho seria um enriquecimento para o nosso programa e, consequentemente, para os nossos ouvintes.

Ciente de que esta solicitação irá merecer uma especial atenção de sua excelência, subscrevemo-nos com a mais alta consideração e estima.

Bissau, 22 de Março de 2011
                                                                                                                         
Atenciosamente. 
O apresentador 
José Mango 


2.2. Guião de entrevista ao ex-combatente [de um lado e doutro]

01. Quando? Como? e Motivo que o levou a ingressr na luta. Mobilizado por alguém? (pai, mãe, tio, amigo, colega, etc..)

02. Como se sentiu quando estava prestes a deixar o seu país ?

03. Qual era impressão da luta antes do ingresso, e depois ?

04. Como se sentiu ao pegar numa arma pela primeira vez ?

05. Onde e qual foi a primeira acção com uma arma na mão ?

06. O contacto com a família era fácil ou nunca mais ligou ?

07. Foi um sucesso ou um fracasso, o seu grupo de combate ?

08. Ao ver companheiro tombado, como se sentiu ?

09. Quantas vezes participou em acções  ofensivas ?

10. Foi alguma vez comandante? Porquê ?

11. Era fácil dirigir uma frente? Como compara,  em termos de armamentos,  a força inimiga ?

12. Sentiu-se alguma vez derrotado pelo inimigo e reconheceu essa derrota ?

13. Das batalhas  ou operações em que participou, qual delas foi a mais dificil ? E a mais fácil ? Porquê ?

13. Tem algum comandante ou combatente que admire ? Porquê ?

14. Sentiu-se alguma vez culpado pelas baixa sofridas entre os seus Camaradas ? Porquê ?

15. Sentiu-se alguma vez ameaçado ou foi castigado pelo seu comandante ? Porquê ?

15. Como era visto entre os seus Camaradas de armas ?

16. Como avalia a luta de libertação [, levada a cabo pelo PAIGC,], no seu ponto de vista ?

17. Chegou a pensar em ser ministro ou dirigente após independência da Guiné-Bissau ? Porquê? [Presume-se que seja uma pergunta a ser colocada aos antigos guerrilheiros do PAIGC]

18. O que gostaria de ver resolvido nas Forças Armadas [, presume-se, que sejam as da Guiné-Bissau] ? O que faltou (ou falta) ?

19. Sentiu-se arrependido por ter participado [, a favor ou contra, na luta pela independência? Porquê?

20. Mensagem aos outros combatentes. Falar da possivel viabilidade desta terra [, a Guiné-Bissau] ? (Alguns projectos)

21. Mensagem  aos militares ainda no activo [, em Portugal ou na Guiné-Bissau, conforme o entrevistado].

22. Abordar outros assuntos na sequência da conversa com o entrevistado.

[Revisão / adaptação / fixação de texto: L.G.]


3. Informação sobre a Rádio Sol Mansi, solicitada ao nosso amigo Pepito, director executivo da AD - Acção para o Desenvolvimento, com sede em Bissau:



Luís: Esta rádio está sedeada em Mansoa e começou por ser uma rádio comunitária [, foi fundada em 2000]. A Igreja Católica que sempre a apoiou decidiu transformá-la em radio nacional (cobre todo o país) e é ela que a controla. Têm o apoio da Radio Renascença. É uma rádio com muita audiência. Não conheço o Ampa Djaman.

abraço
pepito 



Segundo pesquisa feita no blogue da Rádio Sol Mansi, "actualmente [, Julho de 2007,] a Rádio Sol Mansi tem uma emissão diária de 12 horas. Com uma programação cada vez mais preocupada com os problemas sócio-políticos,  económicos e culturais que afectam o país.



"A nossa informação (formação) é pedagógica (educação, saúde, agricultura, direitos humanos,  programas para mulheres e as crianças,  educação para à Paz, o dialogo interreligioso, educação ambiental e ecologia, cultura tradicional…),  contanto cada vez mais reduzir a iliteracia, pois temos a noção dos efeitos de uma notícia.


"O funcionamento da Rádio é garantido por uma equipa de 12 funcionários e 17 voluntários, de diferentes etnias e religiões, que estão num processo de formação continua.


"Das pesquisas de audiometria feita por nós, em 2003, à Rádio Sol Mansi, é muito escutada nas zonas rurais, e em algumas cidades próximas de Mansoa. Conseguimos superar as emissões e audiências das estações de Bissau na nossa região e cada vez mais em Bissau somos identificados.


"A prioridade da Rádio Sol Mansi é de apoiar a actividade da Ecuménica e, de todas as confissões religiosas ou instituições ao serviço do Desenvolvimento e da Paz no nosso país". 

O Administrador da Rádio Sol Mansi é o  ARMANDO MUSSA SANI (foto acima, reproduzida com a devida vénia)





4. Comentário de L.G.:


Cada um de nós, antigos combatentes no TO da Guiné, tem a liberdade de contactar o Ampa Djamam e oferecer-se, eventualmente, para ser entrevistado, via Skype ou Messenger, para o referido programa,  Cultura e Alma do Povo, da Rádio Sol Mansi, com sede em Mansoa, região dio Oio. Daremos o apoio que nos for possível.

Ficamos, para já, com dúvidas sobre quem é o apresentador do programa, se é o Ampa Djamam ou o José Mango. De qualquer modo, é importante que as jovens gerações guineenses possam ouvir falar, em português, os antigos combatentes, portugueses, que estiveram na Guiné entre 1963 e 1974.


Cada entrevistado representar-se-á a si. As  declarações e opiniões emitidas por cada um dos eventuais entrevistados só responsabilizam os seus autores, e nunca o nosso blogue que, por ser colectivo e plural,  não tem (nem pode ter) resposta para as questões acima listadas no guião. Aconselhamos, no entanto, os nossos camaradas a passar ao papel as suas respostas, em bom português, de modo a tornar mais fácil, rigorosa, assertiva, segura e eficiente a comunicação com o entrevistador...  Alguns desses depoimentos poderão, inclusive, vir mais tarde a ser reproduzidos, por escrito, no nosso blogue (se houver consentimentos dos entrevistados e do responsável do programa).


Se as regras editorais do nosso blogue forem de algum utilidade para os nossos camaradas que vierem a ser entrevistados, aqui ficam, para os devidos efeitos:

"Neste espaço, de informação e de conhecimento, mas também de partilha e de convívio, decidimos pautar o nosso comportamento (bloguístico) de acordo com algumas regras ou valores, sobretudo de natureza ética: (i) respeito uns pelos outros, pelas vivências, valores, sentimentos, memórias e opiniões uns dos outros (hoje e ontem); (ii) manifestação serena mas franca dos nossos pontos de vista, mesmo quando discordamos, saudavelmente, uns dos outros (o mesmo é dizer: que evitaremos as picardias, as polémicas acaloradas, os insultos, a insinuação, a maledicência, a violência verbal, a difamação, os juízos de intenção, etc.); (iii) socialização/partilha da informação e do conhecimento sobre a história da guerra do Ultramar, guerra colonial ou luta de libertação (como cada um preferir); (iv) carinho e amizade pelo nossos dois povos, o povo guineense e o povo português (sem esquecer o povo cabo-verdiano!); (v) respeito pelo inimigo de ontem, o PAIGC, por um lado, e as Forças Armadas Portuguesas, por outro; (vi) recusa da responsabilidade colectiva (dos portugueses, dos guineenses, dos fulas, dos balantas, etc.), mas também recusa da tentação de julgar (e muito menos de criminalizar) os comportamentos dos combatentes, de um lado e de outro; (vii) não-intromissão, por parte dos portugueses, na vida política interna da actual República da Guiné-Bissau (um jovem país em construção), salvaguardando sempre o direito de opinião de cada um de nós, como seres livres e cidadãos (portugueses, europeus e do mundo) (e vice-versa); (viii) respeito acima de tudo pela verdade dos factos; (ix) liberdade de expressão (entre nós não há dogmas nem tabus); mas também direito ao bom nome; (x) respeito pela propriedade intelectual, pelos direitos de autor... mas também pela língua (portuguesa) que nos serve de traço de união, a todos nós, lusófonos".
_________________

Nota do editor:

Último poste da série > 22 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7981: (In)citações (31): Melhoria do porto fluvial de Cabedu, no extremo da península de Cubucaré, na margem direita do Rio Cacine (AD - Acção para o Desenvolvimento)

Guiné 63/74 - P7997: Parabéns a você (230): Rui Silva, ex-Fur Mil da CCAÇ 816 (Bissorã, Olossato, Mansoa, 1965/67) (Tertúlia / Editores)

PARABÉNS A VOCÊ

25 DE MARÇO DE 2011

RUI SILVA*

Caro camarada Rui Silva , a Tabanca Grande solidariza-se contigo nesta data festiva.

Assim, vêm os Editores, em nome de toda a Tertúlia, desejar-te um feliz dia de aniversário junto dos teus familiares e amigos.

Que esta data se festeje por muitos anos, repletos de saúde, tendo sempre por perto aqueles que amas e prezas.

Na hora do brinde não esqueças os teus camaradas e amigos do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné, que irão erguer também uma taça pela tua saúde e longevidade.
____________

Notas de CV:

- Rui Silva foi Fur Mil na CCAÇ 816 que esteve em Bissorã, Olossato, Mansoa nos anos de 1965/67

(*) Vd. poste de 5 de Março de 2010 > Guiné 63/74 - P6044: Parabéns a você (90): Rui Silva, ex-Fur Mil da CCAÇ 816 (Os Editores)

Vd. último poste da série de 24 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7991: Parabéns a você (229): Ibrahim Djaura, ex-Soldado Condutor Auto da CCAÇ 19 (Tertúlia / Editores)

quinta-feira, 24 de março de 2011

Guiné 63/74 - P7996: Blogpoesia (132): A Minha Aldeia (Mário Fitas)


1. O nosso camarada Mário Fitas, ex-Fur Mil Op Esp/RANGER da CCAÇ 763, “Os Lassas”, Cufar, 1965/66, enviou-nos uma das suas poesias:

Camaradas,

Não sou poeta, mas de quando em vez sai alguma coisa.

Na poesia e alguns contos que tenho escrito, utilizo o pseudónimo de “Manel Piorna”. O Manel é alentejano e o Piorna deriva de alcunha muito antiga, dada à minha aldeia.

Um abraço.

A Minha Aldeia

Recordo-te!...
Nas desalinhadas calçadas
De pedra britada.
No Rossio terreiro
Ginásio da pequenada.

Contorno-te!...
Em cada Esquina
Pilar da tua memória.
Em cada largo
A pedra marco da história.

Descubro-te!...
Em cada casa
Orgulhosa de alva brancura.
Aldeia planície
Do coração saudosa procura.

Revejo-te!...
Aninhada, ao redor da Igreja
Em penitente oração.
Vila Fernando agora...
Voltando a Conceição.

Ouço-te!...
No anunciar da Natureza
Os diversos destinos.
Repicando em festa ou dobros saudade
Os teus sinos.

Suplico-te!...
Jardim de grisandras e chupa-méis
Horizonte sem serra.
Planície! Dá-me abrigo no teu ventre...
Amada terra!


Manel Piorna
__________
Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em:

24 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7995: Blogpoesia (131): Ai Guiné, Guiné (4) (Albino Silva)

Guiné 63/74 - P7995: Blogpoesia (131): Ai Guiné, Guiné (4) (Albino Silva)









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Guiné > Zona leste > Sector L1 (Bambadinca, ao tempo do BART 2917, 1970/72) > Chão fula > Bajudas, meninos e mulheres grandes... Slides do Benjamim Durães (ex-Fur Mil Op Esp,  Pel Rec Inf, CCS/BART 2917, Bambadinca, 1970/72)


Fotos: © Benjamim Durães (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados

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1. Quarto poste da série Ai Guiné, Guiné*, trabalho em verso do nosso camarada Albino Silva (ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845, Teixeira Pinto, 1968/70), enviado em mensagem do dia 21 de Março de 2011:


AI GUINÉ GUINÉ ( 4 )

Saudades da Mulher Grande,
das badjudas lavadeiras
e dos Chefes de Tabanca,
pescadores e pescadeiras...

As mulheres trabalhadeiras,
correndo para todo o lado
guardar galinhas e porcos
e tomar conta do gado...

Essas mulheres guineenses
suas tabancas zelavam,
iam à lenha para o lume
e a vianda cozinhavam...

Elas guardavam os filhos,
nas costas os transportavam,
puxando as mamas para trás,
assim de mamar elas davam...

O seu negrito contente
assim se sentia bem,
batendo com seu nariz
nas costas de sua mãe...

Mesmo pisando o arroz
e seu filho transportar,
esticava a mama para trás,
mesmo na bolanha a lavar...

Mas a mulher guineense,
alguma mesmo cansada.
fazia ainda horas extras
e de simples tudo nos dava...

Africanos da Guiné,
alguns que de nós gostavam,
em troca de um Peso novo
com nosso peso levavam...

Adeus, Guiné, eu lá disse
há muitos anos atrás,
as saudades que hoje guardo
do meu tempo de rapaz...

Eu gosto de falar de ti,
desse tempo e idade,
onde deixei na Guiné
parte da minha mocidade...

E como te sou sincero,
estou em ti a pensar
e sem te esquecer jamais
sempre te irei recordar...

Muita gente conheci,
por essa gente ainda sinto
Saudades te ti, Guiné,
Canchungo - Teixeira Pinto...

Guineenses que curei
com mesinho e não só,
Tabancas que visitei
lá para os lados de Caió...

Tantos mesinhos vos dei,
pois o destino assim quis,
das feridas que vos curei
hoje eu me sinto feliz...

Pois todo este passado
eu nunca o esquecerei,
Teixeira Pinto é saudade,
porque lá jamais voltei...

Meus amigos da Guiné,
Fonseca, Pandim e Mané,
Aliu, Cufá e Viriato,
Mamadu D’jaló e Baldé...

Na Guiné, o teu comércio,
tudo o que a malta comprava,
Teixeira Pinto ou Bissau,
lá havia a Casa Escada...

Rádios e gravadores,
Gira-discos sem comando,
Carpetes, muitos tapetes,  
tudo era em contrabando...

(continua)

[Revisão / fixação de texto: Editor]
____________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 23 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7988: Blogpoesia (130): Ai Guiné, Guiné (3) (Albino Silva)