Mostrar mensagens com a etiqueta Arsénio Puim. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Arsénio Puim. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Guiné 61/74 - P23755: Historiografia da presença portuguesa em África (341): Centena e meia de referências bibliográficas sobre a Guiné-Bissau, da autoria de missionários, portugueses, italianos, guineenses e outros (Fr João Vicente, ofm)


Portal Diamoci Una Mano In Guine Bissau (em italiano e português)



Folha de rosto da página, na Net, "Dioceses da Guiné-Bissau", em português e italiano. Disponível aqui, embora a página esteja com "bugs" ou erros informáticos que impedem a sua visualização correta e completa. Não conseguimos encontrar a página no Arquivo.pt


1.  As missões e os missionários, nomeadamente católicos, estão profundamente ligados à história da presença portuguesa em África, e em particular, na Guiné-Bissau... Vários camaradas nossos, a começar pelo Beja Santos, o Paulo Salgado, o Arsénio Puim, e eu próprio,  têm fornecido aos nossos leitores diverso material de interesse para o conhecimento e aprofundamento deste tema. 

Além disso, vários missionários, italianos, ligados ao PIME - Pontifício Instituto para as Missões Exteriores, são referidos aqui no nosso blogue: Mario Faccioli (1922-2015), António Grillo (1925-2014), Lino Bicari, Salvatore Cammilleri, Arturo Biasutti... Por uma razão ou outra, têm (ou tiveram) uma relação especial com a Guiné-Bissau e o seu povo (**). Tinham sede em Bafatá e, em 1970/71, o alferes graduado capelão e membro da nossa Tabanca Grande, Arsénio Puim, da CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72), frequentava com alguma regularidade a sua casa, como ele lembra no poste P6193 (**):

 "Foi na Casa destes que me 'refugiei' algumas vezes, para desanuviar o espírito do clima de guerra, para falar com outros colegas, para retemperar um bocadinho as forças e levar em diante, com a autenticidade que sempre prezei, a missão de padre da Igreja no Exército."

Na página acima referida, "Dioceses da Guiné-Bissau", encontrámos esta preciosa nota bibliográfica, assinada por  fr. João Vicente, ofm, com centena e meia de referência a trabalhos (alguns publicados em livro), da autoria de missionários, portugueses, italianos e outros, que escreveram sobre a Guiné-Bissau. Mas a maioria são italianos, e alguns com formação etnográfica e linguística. Vamos aqui reproduzi-la, essa nota, om a devida vénia. 

Refira-se que há autores que são já conhecidos, pelo menos de nome,  dos nossos leitores: é o caso, por exemplo,  do cónego Marcelino Marques de Barros, que tem 10 referências no nosso blogue; ou do padre Henrique Pinto Rema (n=9)


O que diferentes Missionários da Guiné-Bissau escreveram sobre a própria Guiné-Bissau

Por Fr. João Vicente, ofm

Introdução

O que se escreve não é tudo na vida, nem mesmo o mais importante. Mas também não deixa de ser verdade que “os escritos permanecem”, ao passo que as simples palavras…“o vento as leva”! Escrever é uma forma de lutar contra o esquecimento e a morte, além de ser também uma valorização e um sinal de respeito pelo trabalho dos nossos irmãos e irmãs. Infelizmente, os Missionários da Guiné-Bissau, tão generosos no trabalho pastoral e social, são frequentemente bastante descuidados no sentido de fixarem por escrito as alegrias e tristezas de seu trabalho missionário!

Mas, graças a Deus, também há alguns Missionários que são sensíveis a este valor do testemunho escrito e é graças a eles que o legado de cada geração se vai passando às gerações seguintes e é também desta maneira que nos habituamos a experimentar e a apreciar o valor e a felicidade de sermos uma grande Família espiritual ainda em crescimento: a Igreja-Família de Deus na Guiné-Bissau, que desde há mais de 400 anos se vem afirmando gradualmente no espaço geográfico onde nos encontramos, com algumas páginas brilhantes mas também com outras páginas sombrias, na sua missão de ser, apesar da fraqueza humana de seus membros, “sinal visível” e “fermento” do Reino de Deus inaugurado por Jesus Cristo, o Seu Mestre e Senhor.

Com base nestes pensamentos, comecei há vários meses a coligir os escritos dos Missionários que viveram e trabalharam na Guiné-Bissau (mesmo que por um tempo muito breve) e que escreveram sobre as várias realidades deste país da África Ocidental.

Ao fim da recolha feita – e para surpresa minha! - tomei consciência de que, apesar da recolha não ser ainda exaustiva (algum dia o poderá ser?), ela revela já claramente que muitas e variadas coisas foram já realizadas mas que, infelizmente, quase todos os trabalhos escritos continuam ainda à espera de poderem ser impressos, apresentando-se apenas como simples escritos “policopiados”, ou seja: com um número reduzido de cópias, espalhadas por um pequeno grupo de amigos e frequentemente de difícil consulta para o grande público. 

São mais de 150 as obras aqui referenciadas, a maior parte delas dos últimos 50 anos, como é compreensível. No fim da leitura das mesmas, o leitor poderá, também ele, julgar do seu real valor e novidade.

Em termos de apresentação exterior das obras recolhidas, para distinguir as que são já impressas das que são apenas “policopiadas”, eu coloquei à frente das policopiadas justamente a designação “Policopiado”. Das que são já impressas, nada se diz, justamente para distinguir umas das outras mais facilmente.

Ficaria muito feliz e interiormente recompensado se viesse a saber que alguém, depois de ler estas linhas, se decide a completá-las ou corrigi-las, com outras referências aos trabalhos escritos de Missionários não referidos nesta minha recolha, ou com o apontar de alguma incorrecção nos documentos que agora apresento. De facto, não me iludo de que, em História, as recolhas são sempre incompletas e, consequentemente, a Verdade histórica nunca é definitiva !.

Na apresentação dos vários trabalhos escritos, seguirei a ordem alfabética, apenas por facilidades de consulta. Vejamos então:


ÁLVARES (P. Manuel), Etiopia Menor e Descrição Geographica da Serra Leoa (ano de 1616). Manuscrito existente na Sociedade de Geografia de Lisboa. Ano de 1616.

AMBONA (António), La famiglia Jola come fondamento della comunità cristiana e luogo della “traditio” della fede. Tese de licenciatura em Missiologia, na Pontifícia Universidade Urbaniana, Roma, 2009. Policopiado.

ANDREOLETTI (Luis), Ditus krioulos, isto é, Provérbios da língua crioula, colhidos na Guiné-Bissau desde 1947 a 1984. Milão, s/d (1984?).

ARAÚJO (Avito Fernandes de), Problemática matrimonial da disparidade de culto, no caso de alguém muçulmano com um cristão católico. Uma proposta para a diocese de Bafatá. Dissertação de fim de curso teológico no Seminário Interdiocesano de Bissau, em Direito Canónico, ano de 2009. Policopiado.

BANHAL (Alberto Essondon), A Evangelização no mundo Felupe. Dissertação de fim de curso teológico, no Seminário Interdiocesano de Bissau, ano de 2010. Policopiado.

BARREIRO (Admir Cristiano), A figura do Divino no mundo tradicional Balanta (Patche). Dissertação de fim de curso teológico no Seminário Interdiocesano de Bissau, ano de 2009. Policopiado.

BARROS (Marcelino Marques de), “Guiné Portugueza, ou breve notícia sobre alguns dos seus uzos, costumes, língua e origem de seus povos”, in Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, 1882.

BARROS (Marcelino Marques de), Sete Cartas aos padres do Seminário de Sernache do Bonjardim, entre 1868 e 1878, sobre variados aspectos da vida na Guiné, in Annaes das Missões Portuguezas Ultramarinas, Almanach de lembranças luzo-brasileiro, etc. Algumas dessas cartas foram já publicadas em nosso estudo “Subsídios para a biografia do sacerdote guineense Marcelino Marques de Barros (1844-1929)”, in Lusitania Sacra, 2ª série, 4 (Lisboa, 1992), pp.438-455.

BARROS (Marcelino Marques de), “Guiné Portugueza, Rios de Farim e de S.Domingos, rio de Bissau, as portas e as chaves dos rios Boduco e Farato”, Bolama, 4-10-1880, in Annaes das Missões Ultramarinas, 1889.

BARROS (Marcelino Marques de), “Literatura dos Negros: contos, cantigas e parábolas”. Separata de A Tribuna, Lisboa, 1900, pg.3-122.

BARROS (Marcelino Marques de), “A mancarra”, in Revista portugueza colonial e marítima, 1897-98, vol.2º, 1º anno, 2ºsemestre, nº12, pp.797-801.

BARROS (Marcelino Marques de), “Carta ao Bispo de Cabo Verde sobre organização missionária da Guiné (31-12-1880)”, publicada por Henrique Pinto Rema, História das Missões Católicas da Guiné, Braga 1982, pp.311-315.

BARROS (Marcelino Marques de), “Coisas da Guiné”, Bissau, s/d., in Novo Almanach de lembranças luzo-brazileiro, ano de 1879.

BARROS (Marcelino Marques de), “O Guineense”, in Revista Lusitana, Lisboa:
- (1897-99): vol.V, pg.174-181; 271-300: tradições, ethnologia, apontoados gramaticaes.
- (1900-1901), vol. VI, pg.300-317: themas de syntaxe.
- (1902), vol. VII, pg.300-317: vocabulário portuguez-Guineense.
- (1907), vol. X, pg.306-310: textos em prosa e verso.

BARUFFALDI (Mario), Esboço de gramática para uma ligação cultural. Mansoa, 1984. Policopiado.

BASSANGUÊ (Tomás), Vulnerabilidade social: qual educação para crianças, adolescentes e jovens na Guiné-Bissau. Dissertação para bacharelato em Psicologia da Educação, na Pontifícia Universidade Salesiana. Roma, 2002. Policopiado.

BASSANGUÊ (Tomás), Dialogo e coscientizzazione come processo d’educazione dei giovani e degli adulti perl o sviluppo in Guinea Bissau. Dissertação para licenciatura em Psicologia da Educação, na Pontifica Universidade Salesiana. Roma, 2004. Policopiado.

BATTISTI (Ermano), Un cuore d’altri tempi, Pessano (Itália), s/d.

BAÙ (Gentile), Memorie-diario sulla Missione di Biombo (Guinea Bissau). Dactilografado, conservado no Centro Missionario franciscano de Monselice (Pádua). Um texto, revisionado em 2009 por P. Rino Furlato, com o título “Usi dei Papéis di Biombo”, encontra-se na Sede Custodial franciscana, em Bissau.

BERTO (Agnello), Mosaico Nero. Lonigo (Vicenza, Itália), 1964.

BIASUTTI (Arturo), Venti anni in Guinea Portoghese (1946-1966). Ricordi personali e privati del padre Arturo Biasutti del PIME. Marino, Villa Scozzese (Italia), 1967. Policopiado.

BIASUTTI (Arturo), Vokabulari kriol-purtguîs (Esboço -. Proposta de Vocabulário). Bafatá (Guiné-Bissau), 1982. (1ª edição). Segunda edição, com o mesmo título, Bubaque (Guiné-Bissau), 1987.

BIASUTTI (Arturo), Jisus nô Salbadur. Esta obra foi escrita com o pseudónimo de PA BIÀS. Bubaque (Missão Católica), 1972.

BICARI (Lino), Análise contrastiva entre Português e Crioulo Guineense (manual do professor das escolas bilingues nas Ilhas Bijagós). Bubaque (Guiné-Bissau), 2002.

BILOPAS (Alberto), A concepção da vida no seio dos Balantas de Nhacra. Dissertação de fim de estudos teológicos, no Seminário Maior de Sebikothane (Senegal), 2005. Policopiado.

BINHAGUE (Domingos), L’abandon du domicile conjugal: un défi pour l’Église en Guiné-Bissau. Quelle pastorale pour les jeunes en âge nubile? Dissertação de fim de curso teológico, no Seminário Maior de Sebikothane (Senegal), ano de 2006. Policopiado.

BRESSAN (Diego), Vittorio Bicego, missionário laico a San Francesco della Floresta. Comunidade missionária Franciscana S.Francisco da Floresta. Vittorio Veneto (Treviso, Itália), 1989.

BUIS (Pierre), Essai sur la langue manjaco de la zone de Bassarel. Bissau, 1990.

CÁ (Domingos), La notion du Bol chez les Pepel et le sacrifice dans la Bible. Dissertação de fim de estudos teológicos no Seminário Maior de Sebikothane (Senegal), em 1990. Apontamentos dactilografados.

CÁ (José Lampra), Le cinquième commandement de Dieu et “Bol mindioni”. Dissertação de fim de curso teológico, no Seminário Maior de Sebikothane (Senegal), em 1997. Policopiado.

CAMILLERI (Salvatore), A Identidade cultural do povo Balanta. Lisboa, 2010. Publicação parcial da Dissertação de licenciatura apresentada na Universidade de Génova (Faculdade de Filosofia), no ano académico de 1994-95, com o seguinte título. “Identità culturale dell’uomo africano atraverso i riti d’iniziazione presso il popolo “Brasa”, Guinea Bissau – Africa Occidentale.

CARDOSO (Henrique Lopes), “Pequeno Vocabulario do Dialecto Pepel”, in Boletim da Sociedade de Geographia de Lisboa, 20ª série, Julho de 1902, nº 7, pg. 121-128.

CARVALHOSA (Martinho), “O ensino missionário na Guiné”, in Inquérito sobre o mais grave problema missionário das dioceses ultramarinas. Missão para o estudo da missionologia africana, Lisboa, 1961.

CORREIA (Lino), O Exorcismo, uma necessidade para a Diocese de Bissau. Dissertação de fim de estudos teológicos, no Seminário Maior de Sebikothane (Senegal), ano de 2006. Policopiado.

COSSA (Armando), La Mission et l’évangelisation selon la legislation canonique. Application dans le diocèse de Bissau. Dissertação de doutoramento em Direito Canónico, na Pontificia Universidade “Antonianum”, Roma, 2008. Policopiado.

COSSA (Armando), Péché dans la Bible et dans la société Balanta-Brassa. Dissertação de fim de curso teológico, no Seminário Maior de Anyama (Costa do Marfim), 1997. Policopiado.

COSSA (Armando), CHIARELLA (Danièle) e BABBINI (Guerrino), La terra dei gamberi e sentieri dei Balanta. Borgaro Torinese (Itália), 2011.

CUMBA (Bernardo da Cunha), A evangelização e a realidade do casamento tradicional e da família nos Balantas de Pete (Guiné-Bissau). Dissertação para doutoramento em Teologia (2º grau canónico), na Universidade Católica Portuguesa, Lisboa, 2010. Policopiado.

CUMURA, sulle frontière della fame e della lebbra. Ao cuidado dos Missionários de Cumura e do P.Pacifico Pasetto. Monselice (Pádua, Itália), 1985.

CUMURA, un germoglio di speranza. Ao cuidado dos Missionários Franciscanos da Guiné-Bissau e do Secretariado Provincial para a evangelização missionária da Província Véneta de Santo António. Monselice (Pádua, Itália), 1992.

CUMURA, 25 anni in Guinea Bissau per Cristo e per i lebbrosi. Ao cuidado dos Missionários e do P. Pacifico Pasetto. Monselice (Pádua, Itália), 1980.

DA CHIESA A CHIESA: il senso della cooperazione tra le chiese a partire da una experienza concreta: Verona–Guinea Bissau. Verona, 1988.

DARCY (Augusto Alves), Crescer em comunhão. Bissau, 1992. Policopiado.

DINIS (A.J.Dias), “As tribos da Guiné Portuguesa na História (Algumas notas)”, in Congresso comemorativo do Vº Centenário do Descobrimento da Guiné, Lisboa, 1946, I, pgs.241-271.

DINIS (A.J.Dias), “O problema do ensino aos indígenas na colónia da Guiné”, in Portugal em África, nº26-27.

DINIS (A.J.Dias), “As Missões Religiosas da Guiné”, in Boletim Mensal das Missões Franciscanas e Ordem Terceira, 1937 (pg.25-28; 263-269; 359-364; 403-406; 447-451; 505-507); 1938 (pg. 25-29; 71-75; 113-116; 303-309; 352-357; 403-407; 450-454; 503-507); 1939 (pg.116-118; 220-224; 257-262; 284-291); 1941 (pg.226-232).

DINIS (A.J.Dias), “As missões católicas na evolução político-social da Guiné” , in Biblos, XIX (1949), pgs.167-228.

DINIS (A.J.Dias), “Costumes dos indígenas na lha de Bissau”, in Portugal em África, 2ª série (1945), pgs. 159-165 e 223-225.

DJATA (Augusto), “La problematica del creolo vista della Guinea Bissau”, in Creolo o black Portuguese? Atti del convegno OMCVI, Roma, 2001, pg.31-34.

DJATA (Augusto), A língua nacional crioula e evangelização na Guiné-Bissau do séc.XX (1932-2000). Reflexões para uma espiritualidade missionária. Dissertação para licenciatura em Espiritualidade no Pontificio Ateneo Antonianum, Roma, 2002. Policopiado.

DIOCESE DE BISSAU, Mensagens do Papa João Paulo II na Guiné-Bissau (27/28 de Janeiro de 1990). Bissau-Lisboa, 1990.

DIOCESE DE BISSAU, Sono allora africano? Raccolta di lettere alla famiglia (1943-1999). Verona, 2009. Cartas de D.Settimio Ferrazzetta aos seus familiares.

DIOCESE DE BISSAU, Esperança num futuro melhor. Carta pastoral do Bispo de Bissau, D.Settimio Ferrazzetta. Diocese de Bissau, Janeiro de 1994. Policopiado.

DIOCESE DE BISSAU, “Meu filho, guarda no teu coração os meus preceitos” (Prov.3,1). Carta pastoral do Bispo de Bissau, D.Settimio Ferrazzetta, aos jovens católicos da Guiné-Bissau. Bissau, 5 de Dezembro de 1993. Policopiado.

DIOCESE DE BISSAU, Mensagem do Bispo de Bissau, D.Settimio Arturo Ferrazzetta, para o Ano Internacional da Família (1993-94). Diocese de Bissau, Dezembro de 1993. Policopiado.

DIOCESE DE BISSAU, Implantação da Congregação das “Irmãs Evangelizadoras do Divino Espírito Santo”, da Diocese de Bissau. Homilia escrita do Bispo D.Settimio Ferrazzetta, na sé catedral de Bissau, em 19 de Setembro de 1993, importante para se entender o que o Bispo sonhava para a nova Congregação diocesana. Policopiado.

DIOCESE DE BISSAU, A Verdade vos libertará. Carta pastoral do Bispo D. José Câmnate na Bissign,, na abertura da celebração do 30º aniversário da Diocese de Bissau, Bissau, 26 de Novembro de 2006. Policopiado.

DIOCESE DE BISSAU, Bem formar a consciência moral, para melhor testemunhar nossa fé em Cristo Ressuscitado. Carta pastoral do Bispo D.José Câmnate na Bissign, em 28 de Setembro de 2010. Policopiado.

DIOCESE DE BISSAU, Caminhos Africanos, Boletim da Diocese, nascido em 1979 e publicado com certa regularidade até Junho de 1998. Após o conflito militar de 1998/99, despertou ainda temporariamente em 2004, mas há já alguns anos que se encontra “adormecido”.

DIOCESE DE BISSAU (Comissão diocesana da Catequese), Jesus di Nazaré, Bissau, 1988.Policopiado.

DIOCESE DE BISSAU (Autores vários). Catecismo crioulo. Farim, Missão Católica, 1954.

DIOCESE DE BISSAU, Plano de Acção Pastoral (2008-2014), Igreja-Família de Deus. Ano de 2008. Policopiado.

DIOCESE DE BISSAU, Missal Ferial na Criol. Pessano (Itália), organização de P.Dionisio Ferraro e sua equipa. Ano de 1987.

DIOCESE DE BISSAU, Missal Dominical na Criol, ANO C. Varese (Itália), organização de P.Dionisio Ferraro e sua equipa. Ano de 1987.

DIOCESE DE BISSAU, Bô bin djubi. Varese (Itália), organização de P.Dionisio Ferraro e sua equipa. Ano de 1988.

DIOCESE DE BISSAU Comissão Vocacional diocesana), A Igreja que somos, 1ª Edição (Agosto de 1993) e 2ª edição (Maio de 1995).

DIOCESE DE BISSAU, Quatro Vangelhos cu Atos di Apóstolos na Criol. Varese (Itália), organização de P.Dionisio Ferraro e sua equipa.

DIOCESE DE BISSAU, Nobo Testamento na Criol. Varese (Itália), organização de P. Dionisio Ferraro e sua equipa. Ano de 1991.

DIOCESE DE BISSAU, Katekese kriol ku Balanta. Organização de P.Dionisio Ferraro e sua equipa, Saronno (Itália), 2009.

DIOCESE DE BISSAU (Comissão de Liturgia), ANU A (novo Leccionário Crioulo).
Bissau, 2010. ANU C, Bissau, 2009. Policopiado.

DIOCESE DE BAFATÁ, Balafon da Diocese, Jornal da Diocese de Bafatá. Com publicação regular desde Janeiro de 2005. Policopiado.

DIOCESE DE BAFATÁ, Mensagem do Bispo de Bafatá, em 25 de Maio de 2009, no lançamento da campanha de educação cívica nacional, na altura das eleições presidenciais de 2009. Policopiado.

DIOCESES DE BISSAU E BAFATÁ (Comissão interdiocesana de Comunicação social), O Homem na visão da Igreja. Bissau, 2005.

DIOCESES DE BISSAU E BAFATÁ (Comunicação interdiocesana de Comunicação social), A Igreja e a Comunicação social. Bissau, 2005.

DIOCESES DE BISSAU E BAFATÁ (Comissão interdiocesana de Comunicação social), A Igreja e os Direitos Humanos. Bissau, 2005.

DIOCESES DE BISSAU E BAFATÁ, BISSIGN ,” Caminhemos para uma autonomia económica no espírito da Igreja-Família de Deus”. Carta pastoral dos dois Bispos. Bissau, Maio de 2004. Policopiado.

DIOCESES DE BISSAU E BAFATÁ, “Natal da Reconciliação, Justiça e Paz”, Mensagem natalícia dos Bispos da Guiné-Bissau. Bissau, Natal de 2009. Policopiado.

DIOCESES DE BISSAU E BAFATÁ, Mensagem dos Bispos da Guiné-Bissau, na altura das eleições legislativas de 2008, intitulada: “Fidju di si n’sibiba, ca ta padidu” (“Mais vale prevenir que remediar”). Policopiado.

DIRECTÓRIO MISSIONÁRIO DA MISSÃO “SUI IURIS” DA GUINÉ. Lisboa, 1952.

FACCIOLI (Mario), Una vita missionaria in Guinea Bissau. Saronno (Itália), 2009.

FARO (Fr. André de), “Relação do q. obrarão na segunda missão, os annos de 1663 e de 1664, os religiosos capuchos da prouinçia da piedade, do Reyno de Portugal, em a terra firme de guine na conversão dos gentios” (….), publicada por LUIS DA SILVEIRA, Peregrinação de Fr. André de Faro à Terra dos Gentios, Lisboa, 1945.

FASPEBI, CIDAC, CESTAS, TININGUENA, UICN, O Ensino Básico e o desenvolvimento local no Arquipélago dos Bijagós. Mesa redonda, em Bubaque (30 Janeiro – 1 Fevereiro 1998). Policopiado.

FERNANDES (Francisco), A justiça jurídica na Guiné-Bissau, virtude e valor ético fundamental para a construção do Bem comum. Dissertação de fim de estudos teológicos no Seminário Interdiocesano de Bissau, ano de 2009. Policopiado.

FILIPPI (Giovanni), Veronese à Cafal (1982-2002). Verona, 2007.

FIORAVANTI (Maurizio) ET ALII, Medicamentos tradicionais da Guiné-Bissau.
Mansoa (Missão Católica), 2009. Policopiado.

FONSECA (Domingos da), L’humanité du Christ. Essai d’étude christologique pour une évangelisation du peuple mancagne. Dissertação para doutoramento em teologia dogmática, Roma 1993. Policopiado.

FONSECA (Domingos da), Os Mancanhas. Parte impressa da dissertação para doutoramento em teologia dogmática, na Pontifícia Universidade Urbaniana de Roma, defendida em 1993. Bissau, 1997.

FONSECA (Domingos da), A Evangelização e os Mancanhas da Guiné-Bissau. Comunicação apresentada ao Colóquio histórico de Bissau, no Centro Cultural Português (1-3 Dezembro, 1997). Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Missal e Leccionário em Felupe de Suzana. Suzana (missão Católica), 2005. Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Elob aî Lata Ai. O Novo Testamento em Jola-Felup de Suzana. Suzana (Missão Católica), 2003.

FUMAGALLI (Giuseppe), A família na Igreja-Família de Deus. Suzana (Missão Católica), 2002. Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Evangélio de João. Suzana (Missão Católica), 1998.
Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Notizie di Katon. 25 anni di lettere agli amici. Vol.I (1997), Suzana (Missão Católica). Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Evangélio de Mateus. Suzana (Missão Católica), 1996-b. Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Ussalal Emit ai. Cânticos em Felup e Kriol (Reportório de cânticos e salmos, originais / traduzidos, postos em música original / importada. Suzana (Missão Católica), 1996-a. Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Apontamentos de gramática da língua Jola-Felup. Suzana (Missão Católica), 1995. Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Apontamentos e notas sobre o estudo da língua na Guiné-Bissau. O Criol a partir do Felup. Suzana (Missão Católica), 1980. Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Vocabulário Felup-Italiano-Português. Suzana (Missão Católica), 1993. Edição electrónica.

FUMAGALLI (Giuseppe), Catecismo kukristian aku mame. Tradução e adaptação do “Chrétiens aujourd’hui” em Felup de Suzana (2 vols.). Suzana (Missão Católica), 1979. Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Djesus auol-ola-m maul olal Eronh ai inkul ai. Katsismu Iate katekumenadu elibir iatiar ãi. Tradução e adaptação das 25 primeiras lições de Catequese de “Chrétiens aujourd’hui”. Suzana (Missão Católica), 1978. Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Evangélio de Marcos. Suzana (Missão Católica), 1976.
Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Appunti di Gramatica della Lingua Felup parlata à Suzana. Suzana (Missão Católica), 1997. Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Actos dos Apóstolos. Suzana (Missão Católica), 1975 (1ª edição) e 1999 (2ª edição).

FUMAGALLI (Giuseppe), Evangélio de Lucas. Suzana (Missão Católica), 1970. Policopiado.

FUMAGALLI (Giuseppe), Apontamentos pedagógico-didáticos para docentes de escola primária bilingue Felup-Português. Suzana (Missão Católica), 1970. Policopiado.

FURLATO (Rino), Evangelizadores da Guiné, Safim, 1997. Policopiado.

FURLATO (Rino), Frati Minori della Provincia Veneta in Guinea Bissau, in occasione del 50º aniversario dell’arrivo (1955-2005). Safim, 2003. Policopiado,

FURLATO (Rino), História de Safim. Ano de 1998. Policopiado.

FURLATO (Rino), Aceno histórico sobre a ocupação e a independência da Guiné. Safim-Nhoma, 1993. Policopiado.

FURLATO (Rino), Estradas da Guiné, com atenção particular às pontes sobre o rio Corubal e a ponte de Ensalmá. Ano de 1993. Policopiado.

FURLATO (Rino), Una vita per i lebbrosi, Fra Giuseppe Andreatta, ofm. 1ª edição. Quinhamel, 2007. Policopiado.

FURLATO (Rino), Ocupação da Guiné Portuguesa, 3ª edição. Quinhamel, 2009. Policopiado.

FURLATO (Rino), História de Safim, 2ª edição ampliada. Caboxanque, 2009. Policopiado. Teve uma 1ª edição em 1991, com o título “Relatório histórico-religioso de Safim (1953-1991).

FURLATO (Rino), Notícias históricas sobre a Missão Católica de Nhoma. Nhoma, 1994. Policopiado.

GALLINARO (Rino), “I Balanta: una tribu della Guinea-Bissau”, in Mondo e Missione (Junho-Julho 1980), pgs. 387-413.

CELSO (Daniela), Crioulo para estrangeiros. Saronno (Itália), 2007.

GHEDO (Piero), Missione Bissau. I 50 anni del PIME in Guinea- Bissau (1947-1997). Bolonha, 1999.

GHEDO (Piero), Leopoldo Pastori. Il missionário Monaco della Guinea-Bissau (1939-1996). Bolonha, 2006.

GERLIER (Michel), Variados trabalhos escritos em manjaco, nomeadamente: Guia de conversação em francês e manjaco, Catecismos,Celebrações da Palavra e Leccionários completos do ano litúrgico, etc.

GOMES (Alberto), La divination et la foi chrétienne (Guinée-Bissau). Dissertação para licenciatura em pastoral no ICAO (Costa do Marfim), 2005. Policopiado.

GOMES (Bernardo), A virtude moral da Justiça em S.Tomás, aplicada à Guiné-Bissau. Tese de licenciatura em Teologia moral, apresentada na Pontifícia Universidade Lateranense (Academia Alfonsiana), Roma, 2001. Policopiado.

GOMES (Bernardo), O pensamento ético de Jacques Maritain e a sua contribuição no desenvolvimento sociopolítico da Guiné-Bissau. Tese de licenciatura na Pontifícia Universidade S.Tomás de Aquino (“Angelicum”), Faculdade de Ciências Sociais, Roma, 2005. Policopiado.

GOMES (Cesário Francisco Mendes), A concepção de Deus na religião tradicional manjaca e a visão de Deus na 1ª Carta de S.João (4,7-21). Perspectivas para a evangelização do povo manjaco. Dissertação de fim do curso teológico, no Seminário Interdiocesano de Bissau. Bissau, 2009. Policopiado.

GONÇALVES (Manuel Pereira), A missionação dos Jesuítas e dos Franciscanos nos Rios de Guiné, no séc. XVII. Tese de Mestrado em História Moderna, apresentada à Faculdade de Letras de Lisboa. Lisboa, 1992, 2 vols. Policopiado.

GONÇALVES (Manuel Pereira) e VICENTE (João Dias), Breve história da Evangelização da Guiné. Cucujães (Portugal), 1997.

GRILLO (Antonio), Catechismo Balanta. Guiné-Bissau, 1957. Policopiado.

GRILLO (Antonio), “I miei Balantas e un sogno nel cuore”, in Venga il tuo Regno. Nápoles, Maio de 1988.

INFANDA (Domingos Tchigna), A figura de Dom Settimio Arturo Ferrazzetta no processo de reconciliação e de paz, durante o conflito de 1998/99. Dissertação de fim de ciclo de teologia, no Seminário Interdiocesano de Bissau, Maio de 2009. Policopiado.

INFANDA (José Nhaga), Participação da Igreja Católica da Guiné-Bissau no conflito político-militar de 1998/99. Dissertação de fim de ciclo teológico, no Seminário Interdiocesano de Bissau, Maio de 2009. Policopiado.

JAQUITÉ (Keylândio Abdulai), Um olhar abrangente. A percepção dos alunos sobre a sua escola e o nível de satisfação e desempenho académico. Um estudo de caso (o Liceu João XXIII, em Bissau). Tese de licenciatura em Psicologia da Educação, na Universidade Católica Portuguesa (Faculdade de Educação e Psicologia). Porto, 2011. Policopiado.

LÍDERES RELIGIOSOS das Comunidades Católica, Evangélica e Muçulmana da Guiné-Bissau, “Si nô sumia bentu, nô na cudji turbada; si nô sumia Bardadi, nô na cudji paz” (“Se semeamos ventos, colheremos tempestades; se semearmos a Verdade, colheremos a paz”). Mensagem ao Povo da Guiné-Bissau, feita em 2 de Abril de 2009, assinada pelos dois Bispos Católicos, por 2 pastores Evangélicos e por 2 “Aladjes” muçulmanos.

LONGO (Fabio), I frati Minori veneti in Guinea-Bissau: 50 anni di storia da ricordare (1955-2005). Monselice (Padova, Italia), 2005. Ristampa reveduta e correta, 2006. Tradução portuguesa com o título Os Frades Menores de Veneza na Guiné-Bissau: 50 anos de história para recordar (1955-2005), Monselice (Pádua, Itália), 2009.

LOPES (Fernando Félix), “Missiones Lusitaniae in Africa”, in Historia Missionum Ordinis Fratrum Minorum, II (Africa), Roma, 1967, pgs. 27-60.

MACEDO (Francisco de), “A Educação na República da Guiné-Bissau: o passado, as transformações no presente, as perspectivas de futuro”, in Itinerarium, 1997, pgs.158-194.

MAGALHÃES (Cónego António Miranda), Projecto de Organização Missionária da Guiné (Bolama, 9-6-1931), in Arquivo da Diocese de Bissau, (“Vigário Geral”, 1931).

MARCHI (Maristella De), Noções de Gramática da Língua Balanta. Mansoa (Missão Católica), 1986. Policopiado.

MARCHI (Maristella De), Pesquisa sobre alguns aspectos da cultura Balanta (etnia da Guiné-Bissau) e sua relação com o Cristianismo. Ano de 1995. Dactilografado.

MARMUGI (Spartaco), Katekismu di Elob Ai lata Edjulei. Suzana (Missão Católica), 1971. Policopiado.

MARMUGI (Spartaco), Vocabulario Italiano-Felupe. Suzana (Missão Católica, (1966?). Policopiado.

MARMUGI (Spartaco), Katesismu kata kudjul eku kata Suzana. 1ª edição, Suzana (Missão Católica), 1960; 2ª edição, Suzana, 1963. Policopiado.

MASSARI (Flora), Una Chiesa ascolta, si presenta, si coinvolge. Guinea-Bissau. Tese de Mestrado em Ciências religiosas, no Instituto de Ciências Religiosas (Trento, Itália), ano académico de 1995/96.

MENCAGLI (Kirsten Andersen), “Medicina Tradicional”. Diocese de Bissau, Bol.nº4 de SEDEPRU, 1992. Policopiado.

MOTA (Fr. Francisco da), “Informe y Relacion (…) del modo com que los Negros de (…)Costas y Rios (de guinea) se compran y son reducidos a cautiverio” (14-4-1686). Publicado por AVELINO TEIXEIRA DA MOTA, As Viagens do Bispo D.Fr. Vitoriano Portuense à Guiné e a Cristianização dos Reis de Bissau. Lisboa, 1974, pp.49-54 (apresentação) e pp.121-133 (transcrição, em espanhol do manifesto anti-esclavagista, na Biblioteca da Ajuda, 54-xiii-15).

MUNNO (Settimio), “Credenze e costumi dei Balanta”, in Terra d’Africa, Milão, 1958, pgs.67-86.

MUTNA (Augusto), Linhas para uma pastoral da Comunicação Social na Guiné-Bissau. Tese de licenciatura em Comunicação Social, no Pontifício Instituto Salesiano. Roma, 2010. Policopiado.

N’DAME (Centro de Espiritualidade), Ir. Giulia Dell’Accio, Oblata do Sagrado Coração de Jesus, “Para que os sacerdotes sejam santos”. N’Dame (Bissau), 1995. Pró-manuscrito.

NDEQUE (Massiev), O primeiro anúncio do Evangelho ao povo Mancanha. Dissertação de fim de estudos teológicos, no Seminário Interdiocesano de Bissau, ano de 2009. Policopiado.

NHAGA (Francelino António), Relação Igreja e Estado em África Subsahariana. Quarenta anos de coabitação. Dissertação para doutoramento em Direito Canónico, na Pontifícia Universidade Urbaniana. Roma, 2000. Policopiado.

OLIVEIRA (Abraão Cabral), Os Jovens e a Violência: o caso da Guiné-Bissau. Dissertação de fim de estudos teológicos, no Seminário Maior de Sebikothane (Senegal), ano de 2001. Policopiado.

O ARAUTO, Jornal da Missão “sui iuris” e da Prefeitura Apostólica da Guiné, iniciado em Bolama (Maio de 1943), passando depois para Bissau (1945), conseguindo sair com certa regularidade durante quase 25 anos, até 15 de Abril de 1968, altura em que foi extinto.

PIME, “Guinea: piano pastorale, India, pensieri di Delhi”. Inforpime, nº 1, Roma, 1972. Pro-manuscrito.

PIME, “Religione tradizionale Africana. Dialogo e Annuncio”. Quadedrni Inforpime, nº 70, Roma, 2003.

PIME, “Panafricana PIME, Gennaio 1998. Quaderni Inforpime, nº 59. Roma 2003. Pro-manuscrito.

PUSSETTO (Luigi) e TAMBA (João), Dicionário Balanta-Português, Mansoa, Quimbanhá. Bissau 2005. Policopiado.

QUEMATCHA (Victor Luis), Vision de la mort chez les Balantas (de Guinée-Bissau). Memória de fim de curso filosófico, Lomé (Togo), 1993. Policopiado.

QUEMATCHA (Victor Luis), L’apport de l’Église Catholique au processus de paix et de reconciliation en Guinée-Bissau à la suite du conflit armée de 1998/99. Dissertação para licenciatura em Teologia Moral na Pontifícia Universidade Lateranense, Academia Alfonsiana (Instituto Superior de Teologia Moral), Roma, 2006. Policopiado,

REMA (Henrique Pinto), “As Missões Católicas Portuguesas no Atlântico Sul, no séc.XVII”, in Itinerarium, 1997, pgs. 493-552.

REMA (Henrique Pinto), Aculturação e inculturação na gesta dos Descobrimentos portugueses. Comunicação ao Colóquio histórico de Bissau (1-3 Dezembro, 1997). Policopiado.

REMA (Henrique Pinto), Encontro da cultura portuguesa com a cultura africana da Guiné. Comunicação ao Colóquio histórico de Bissau (1-3 Dezembro, 1997). Policopiado.

REMA (Henrique Pinto), Baptismo de Príncipe Jalofo em 1488, na corte de D.João II, e o método missionário na época dos Descobrimentos. Comunicação ao Congresso Internacional sobre Bartolomeu Dias e sua época (21-24 Setembro, 1988), Maia (Portugal). Dactilografado.

REMA (Henrique Pinto), História das Missões Católicas da Guiné. Braga, 1982.

SÁ (Florinda Costa e), Estudos bilingues. Dissertação para licenciatura em Pedagogia na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Belo Horizonte (Brasil), 2004. Policopiado.

SAMBOU (Abraham Ambessum), Évangelisation à Suzana (Guinée-Bissau). Dissertação de fim de curso teológico, no Seminário Maior de Sebikothane (Senegal), 1994. Policopiado.

SANTOS (Raxido Marcelo dos), Os Mancanhas e a Evangelização (1932-1973): relações existentes entre o poder tradicional mancanha (de Bula) e os primeiros missionários franciscanos. Dissertação de fim de curso teológico, no Seminário Interdiocesano de Bissau. Maio de 2009. Policopiado.

SCANTAMBURLO (Luigi), Língua bijagó da Ilha de Canhabaque (Bko). Apontamentos gramaticais e Dicionário Bijagó-Português-Guinense e Português-Guineense-Bijagó: Dialectos de Canhabaque (Bko) e de Meneque-Orangozinho-Canogo (Bmoc). Bubaque, 2000. Policopiado.

SCANTAMBURLO (Luigi), Gramática do Crioulo guineense, para os alunos de V-VI classe na escola bilingue Crioulo guineense-Português. Bubaque, 2008. Policopiado.

SCANTAMBURLO (Luigi), O Ensino Básico e o Desenvolvimento local no Arquipélago dos Bijagós. Mesa redonda, em Bubaque (30 Janeiro-1 Fevereiro 1998). Bubaque, 1998. Policopiado.

SCANTAMBURLO (Luigi), “O Ensino Bilingue nas Escolas das Ilhas Bijagós (Crioulo Guineense-Português”), in MATHEUS (H.M.) e TEOTÓNIO (L.P.), Língua Portuguesa e Cooperação para o Desenvolvimento. Lisboa, 2005.

SCANTAMBURLO (Luigi) e GOMES (B.), Istoria di Salbason. Vol.I. Deus Pape, Kriadur di pekaduris. Bubaque (Missão Católica), 1992. Policopiado.

SCANTAMBURLO (Luigi) e GOMES (B.), Istória di Salbason, vol.II: Jesus Fidju di Deus, padidu suma pekadur. Bubaque (Missão Católica), 1992. Policopiado.

SCANTAMBURLO (Luigi), A Etnografia dos Bijagós da Ilha de Bubaque, Lisboa, 1990.

SCANTAMBURLO (Luigi), The Ethnography of the Bijagós people of the Island of Bubaque, Guinea-Bissau. Tese de Mestrado, na Wanyne State University (USA), 1976.

SCANTAMBURLO (Luigi), “O mundo religioso dos Bijagós e a Evangelização”. Comunicação ao Colóquio histórico de Bissau (1-3 Dezembro 1997, no Centro Cultural Português de Bissau). Apontamentos dactilografados.

SCANTAMBURLO (Luigi), Dicionário do Guineense. Vol.I: Introdução e notas gramaticais, Lisboa-Bubaque, 1999; Vol.II: Dicionário Guineense-Português / Disionariu guineensi-purtuguis. Lisboa-Bubaque, 2002.

SCANTAMBURLO (Luigi), Gramática e Dicionário da Língua Criol da Guiné-Bissau. Bolonha, 1981.

SCIOCCO (Davide), Gioia e Liberazione. Bolonha, 2001. (São cartas escritas, da Guiné-Bissau, aos amigos italianos).

SIBANDIÓ (Marcos Baliu), La sterilité conjugale dans le milieu djola kadiamoutay de Suzana et morale chrétienne: pour un meilleur accompagnement des époux steriles. Dissertação de fim de curso teológico, no Seminário Maior de Sebikothane (Senegal), ano de 2002.

STEVANIN (Efrem), Catechismo Criolo. Ano de 1954.

TAMBÁ (Carlos), A Justiça social em Amós (2,6-16), paradigma da Justiça para a Guiné-Bissau. Dissertação de fim de curso teológico, no Seminário Interdiocesano de Bissau, Maio de 2009. Policopiado.

UROLIS (Cristiano), Sincretismo religioso no “chão” manjaco de Caió. Dissertação de fim de curso teológico, no Seminário Interdiocesano de Bissau, ano de 2008. Policopiado.

VERNOCCHI (Franco), Migalhas. Ano de 1940.

VICENTE (João Dias), “O Cónego Tertuliano Ramos e a I República Portuguesa na Guiné”, in Itinerarium, nº169 (Janeiro-Abril, 2001), pg. 69-129.

VICENTE (João Dias), “Subsídios para a biografia do sacerdote guineense, Marcelino Marques de Barros”, in Lusitania Sacra, 2ª série, 4 (1992), pgs. 395-470.

VICENTE (João Dias), “Padre Henrique Lopes Cardoso, um sacerdote guineense digno de ser conhecido”, in Soronda (revista de estudos guineenses), nº 17 (Janeiro de 1994), pgs. 145-189.

VICENTE (João Dias), “Os Bispos de Cabo Verde que visitaram a Guiné”, in Itinerarium, XXXI (1993), pgs. 287-350.

VICENTE (João Dias), “Importância de dois Arquivos de Roma (A.S.Vaticano e Propaganda Fide) para a história da missionação na Guiné-Bissau”, in Itinerarium, nº 168 (2000), pgs. 481-541.

VICENTE (João Dias), “Quatro séculos de vida cristã em Cacheu”, in Itinerarium, nº132 (1988), pgs. 335-375. Integrado também no livro Mansas, Escravos, Grumetes e Gentio, Cacheu na encruzilhada das civilizações. Actas do Colóquio “Cacheu, Cidade antiga”(22-24 Novembro, 1988), coordenação de Carlos Lopes, Bissau-Lisboa, 1993, pgs.100-117.

VICENTE (João Dias), “Novos Subsídios para a história da primeira missão franciscana portuguesa na Guiné (1660-1834), in Itinerarium, nn. 112-113 (Janeiro-Agosto, 1982), pgs. 122-224.

VICENTE (João Dias), Guinea Bissau, Guiné-Bissau. (Livro de divulgação sobre variados aspectos da vida e história da Guiné-Bissau,, em versão italiana e portuguesa, publicado em Verona no ano de 2004, com valiosas fotos de Alessandro Tosatto)..

Fr. João Vicente, ofm

Fonte:  http://www.gbissau.org/diocese/Public_missionarios.htm (com a devida vénia...)

[ Revisão / fixação de texto / negritos / links, para efeitos de publicação deste poste: LG ]

____________


(**) Vd. poste de 20 de Abril de 2010 > Guiné 63/74 - P6193: Memórias de um alferes capelão (Arsénio Puim, BART 2917, Dez 69 / Mai 71) (9): Os padres missionários italianos de Bafatá

(...) A primeira vez [que fui à Casa dos Padres Missionários Italianos em Bafatá] foi em meados de Junho de 1970 quando decorreu ali um encontro dos capelães militares do Sector Leste - Bafatá, Bambadinca, Galomaro, Nova Lamego e Piche – promovido e orientado pelo Capelão Chefe da Guiné.

Foram dois dias preenchidos com diversas reuniões de trabalho, onde os capelães presentes puderam, num ambiente de agradável convívio, analisar e reflectir sobre a sua missão e actividades, naturalmente vistas sob ângulos de opinião diferentes.

A encerrar o encontro teve lugar uma concelebração eucarística de ronco, um tanto ao estilo da Igreja no tempo do Estado Novo, que o Capelão Chefe Gamboa sabia muito bem valorizar, em que estiveram presentes autoridades militares e civis, assim como um bom grupo de chefes religiosos muçulmanos. À cerimónia, a que se pretendeu retirar qualquer conotação política e militar, deu-se o nome de Celebração Eucarística pela Unidade.

Lembro que ainda antes de regressarem às suas Unidades, os capelães foram brindados, pelo Comando Militar de Bafatá, com um longo roteiro pela zona norte, acompanhados dum pequeno pelotão de segurança, visitando os aquartelementos de Cantuboel, Cambaju e Fajonquito, que nos disseram ficar a cerca de 500 metros do Senegal.

Voltei a estar na hospitaleira Casa dos Padres Missionários Italianos, pelo menos, mais duas vezes, por menos tempo. Eram sempre excelentes ocasiões de repouso e de convívio, assim como de troca de opiniões sobre temas então muito actuais e vividos intensamente por muitas pessoas dentro da Igreja, como fascismo e colonialismo, Exército e Igreja, guerra e Guiné, além de outros temas de cariz religioso e eclesiástico.

Pude, assim, conhecer e aquilatar do trabalho que os Padres Missionários Italianos desenvolviam na Guiné, levados pelo seu espírito missionário arejado e contando com algum apoio financeiro do Governo Português. Um trabalho profundo, enraizado e isento, que assentou, essencialmente, na formação de cidadãos da própria Guiné, de forma que o desenvolvimento desta terra se pudesse fazer a partir de dentro, pelos próprios guineenses. Para isso, haviam fundado e dirigiam um Seminário em Bafatá, já então no terceiro ano de existência, e sei que projectavam construir um outro em Bissau, visando a formação de sacerdotes e catequistas nativos, sem os desenraizar do meio nem desafricanizar.

Uma acção que foi reconhecida por quantos tiveram oportunidade e interesse de observar o desempenho da Igreja na Guiné e dela esperavam que assumisse uma acção capaz de semear nesta terra o Evangelho, no seu espírito de justiça, liberdade e progresso.

Amílcar Cabral, numa entrevista dada depois da célebre recepção dos três líderes dos Movimentos africanos pelo Papa Paulo VI em princípios de 1971, e em que faz um forte ataque à Igreja na Guiné por considerar esta estar comprometida com a guerra colonial, não deixou de expressar o seu apreço pelos Padres italianos de Bafatá, assim como pelo Pe. António Grillo, que havia sido expulso na sequência do caso de Samba Silate. Uma imprudência de Amílcar Cabral, a meu ver, por poder dar origem a certos juízos políticos, na verdade infundados. (...)

____________

Vd. ainda postes de:


sábado, 12 de fevereiro de 2022

Guiné 61/74 - P22992: (In)citações (195): Estou a preparar a 2ª edição, revista e acrescentada, do meu livro "A Pesca à Baleia na Ilha de Santa Maria" (Arsénio Puim, ex-alf mil capelão, CCS/BART 2917, Bambadinca, 1970/72)


Arsénio Puim, natural de Santa Maria, Açores, a viver em São Miguel, 
escritor, ex-alf mil capelão, CCS / BART 2917 (Bambadinca, 1970/72):



1. Mensagem do nosso amigo e camarada Arsénio Puim:

Data - 11 de fevereiro de 2022 17:25
Assunto - Nota de leitura
 

Obrigado pela tua “nota de leitura” relativa ao meu livro (*). Um livro, sem dúvida, simples e limitado, de cariz popular e muito mariense-açoriano, mas que julgo será um bom documento para a posteridade.

Posso informar-te que, desde há algum tempo, estou a preparar uma nova 2.º edição, também revista e acrescentada. Desta vez , é a reedição do livro “A Pesca à Baleia na Ilha de Santa Maria”, que publiquei em 2001 (, edição do Museu de Santa Maria, 109 pp.). Espero que venha a lume no próximo verão.

Luís, apreciei o pequeno debate relativo a alguns termos marienses de influência americana (**). Penso que esta foi no passado, em maior ou menor dimensão, uma realidade frequente em meios populares mais isolados e menos escolarizados que sofreram a influência doutras culturas. 

Em Santa Maria a influência foi americana, noutros meios será francesa ou alemã e ainda noutros foi portuguesa. É o caso, “mutatis mutandis”, do crioulo, que também se insere nesta dinâmica linguística corrente, proporcionada pela oralidade corrente, no caso, a associação da língua nativa e a língua dos colonizadores. São fenómenos curiosos.

Relativamente ao termo “calafona”, não há duvida que vem de “Califórnia”. Porém, no uso mariense popular o termo foi alargado a todo os emigrantes de qualquer área da América que apresentam características muito americanizadas, tanto no sotaque como no vestuário, maneiras de ser e linguagem. Já o termo “calafão” é muito menos usual em Santa Maria.

Quanto ao termo “raivar”, é verdade que às vezes, numa versão mais evoluída, se diz draivar, mas num americanismo mais retinto é mesmo “raivar”.

Do termo “estôa” não conheço em Santa Maria a variante estoro. Sei, porém, que os termos podem adquirir nas diversas ilhas um cunho próprio. E quanto aos nomes próprios, eles sofrem habitualmente grandes adaptações na América.

E tu, Luís,, quando é que escreves o teu livro? Com a tua bagagem e capacidade, há que pensar nisso.

Sabes que o Mário Ferreira, médico do nosso Batalhão, também publicou em 2007 o livro “Tempestade em Bissau”? (***) Numa ocasião em que fui a Lisboa , há quinze anos, ele ofereceu-me um exemplar. É uma visão da Guiné e da guerra, romanceada mas ao mesmo tempo baseada na realidade, à maneira talvez de romance histórico - escrita por alguém que (vê-se) esteve lá - e onde afloram conceitos filosóficos e sociais muito válidos.

Muita saúde! Um grande abraço.

_____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 8 de fevereiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22977: Notas de leitura (1418): "O Povo de Santa Maria, seu falar e suas vivências", 2ª edição revista e acrescentada (2021), por Arsénio Chaves Puim, um caso de grande sensibilidade sociocultural e de amor às suas raízes (Luís Graça ) - Parte III: a influência dos "calafonas"

(**) Último poste da série > 10 de dezembro de  2021 > Guiné 61/74 - P22796: (In)citações (194): Divulgação do Prémio Literário Antigos Combatentes - Ministério da Defesa Nacional (Mário Beja Santos)

(***) Vd. poste de 29 de dezembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7525: Notas de leitura (181): Tempestade em Bissau, Ano 1970, de Mário Gonçalves Ferreira (Mário Beja Santos)

Vd. também poste de 10 de setembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2092: Antologia (61): Tempestade em Bissau (Mário G. Ferreira)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Guiné 61/74 - P22977: Notas de leitura (1418): "O Povo de Santa Maria, seu falar e suas vivências", 2ª edição revista e acrescentada (2021), por Arsénio Chaves Puim, um caso de grande sensibilidade sociocultural e de amor às suas raízes (Luís Graça ) - Parte III: a influência dos "calafonas"



Capa do livro do nosso camarada Arsénio Chaves Puim, "O Povo de Santa Maria, seu falar e suas vivências", 2ª edição revista e acrescentada, Santa Maria, Câmara Municipal de Vila do Porto, 2021, 286 pp. Capa: Ilha de Santa Maria, do cartógrafo Luís Teixeira, 1587, Biblioteca Nacional de Florença.



1. Em 20/12/2021, por altura do Natal, o Arsénio Puim mandou-nos uma mensagem por email em que, para além dos votos natalícios,  nos dizia, entre outras coisas:


(...) "Talvez estranhamente depois da minha vivência como capelão militar na Guiné, em vez de publicar um livro sobre este território e a sua guerra e a minha experiência nesse meio, optei por escrever sobre aspectos etnográficos e históricos relativos à minha pacata ilha de Santa Maria, nomeadamente, a linguagem tradicional do seu povo.

Na verdade, sempre gostei e tive curiosidade por esta temática dos falares populares. Já na Guiné, como referes, interessei-me um bocado pelo estudo do crioulo, uma língua que sempre achei muito bonita, muito expressiva e muito sonante. E sobre isso escrevi mesmo alguns trabalhos, baseados no contacto com a população local.

Isto não que dizer que, depois de regressar aos Açores, não tenha publicado, nos jornais, diversos trabalhos de natureza social e política - sobre a guerra colonial, as guerras internacionais e , sobretudo, sobre a guerra, como realidade histórica, sem causa justa, fruto da loucura e estupidez dos homens. Nestes escritos jornalísticos também abordei criticamente a passividade e conluio escandaloso da Igreja com o monstro da guerra". (...)

Estamos a falar de Arsénio Chaves Puim que, além de nosso camarada, é apresentado na Wikipédia, na entrada sobre a Ilha de Santa Maria. como um dos nove marienses ilustres: "historiador, etnógrafo, co-fundador e primeiro diretor de 'O Baluarte de Santa Maria' (segunda série), opositor ao Estado Novo, presidente da Câmara de Vila do Porto e pároco de São Pedro e Santa Bárbara".

2. Vê-se que o seu último livro, agora em 2ª edição, "revista e acrescentada", e cuja capa voltamos a reproduzir acima (*), foi escrito com muito carinho, amor e até paixão... Sem pretender ser enciclopédico, nem se arrogar o estatuto de investigador académico, Arsénio Puim não quis que a geração dos seus pais desaparecesse de todo sem que a memória da suas marcas identitárias, e nomeadamente, o seu "falar", ficassem registadas para a posteridade... 

Para além do desaparecimento físico dos seus progenitores,  dos seus vizinhos e dos seus conterrâneos dos seus pais, o autor está, de certo modo,  a tentar prevenir, ou amortecer, de algum modo, os efeitos, avassaladores, da passagem do cilindro compressor da globalização... e a perda da identidade açoriana, em geral, e mariense, em particular.

Pequenas comunidades como as ilhas do arquipélago dos Açores estão de há muito sujeitas à influência de multiplos factores de "aculturação" externa... A periferia geográfica,  a colonização do território, a pesca da baleia, a emigração para a América do Norte, a presença militar norte-americana, os contatos com o exterior,e, mais recentememte,  os meios de comunicação, as novas tecnologias de informação e comunicação, a integração europeia, o desenvolvimento económico, o turismo, etc., tudo isso, teve e tem influência na cultura do povo da ilha, a sua maneira de ser, de estar e de falar.  

Santa Maria, é bom recordar, é a ilha mais  oriental e mais meridional do arquipélago, a mais antiga do ponto de vista geológico (mais de 8 milhões de anos) e a primeira a de ser descoberta (em 1427).

O autor dedica um subcapítulo aos "americanismos" no léxico mariense (pp. 97-110). Distingue-se três períodos que terão sido marcantes na formação desses "americanismos" ou "calafonismos" (de "calafona", termo de origem obscura, que designa, nos Açores, na linguagem informal, o emigrado que retorna aos Açores, em especial o que vem da América):

(i)  a emigração para os EUA  no últmo quartel do séc. XIX e primeiro do séc. XX;

(ii) a instalação, na ilha, de uma base militar de apoio às Forças Aliadas já no final da II Guerra Mundial (fins de 1944);

(iii) a emigração para os EUA e para o Canadá a partir da década de 50 do século passado, e que levou à redução da população, em menos de  três décadas, em cerca de metade (, tendo a ilha  hoje cerca 5,5 mil habitantes, segundo o censo de 2001).

"Embarcados, às vezes clandestinamente, em barcos baleeiros ou navios cargueiros, tiveram de enfrentar dias ou meses, e mesmo, anos muito difíciais no mar antes de desembarcarem nas costas do novo mundo (...). Uma vez na América, trabalhavam duramente, a troco de um salário módico, e viviam em condições bastante precárias (pág. 97).

Parte desta vaga de gente migrante voltou para a ilha, com algum pé de meia, logo no virar do século XIX.  Um número mais significativo de famílias de Massachusetts tiveram de  regressar na sequência da Grande Depressão de 1929-1933. Analfabetos na sua maior parte, estes emigrantes que retornam à ilha natal,  vêm "acalafonados" e vão "enriquecer" o léxico popular local com vocábulos e expressões do inglês falado na América.

Uma segunda influência é a dos militares norte-americanos estacionados na ilha a partir de finais de 1944, em número da ordem de algumas boas centenas.

"Desde os primeiros tempos, o nosso emigrante, que, na quase totalidade, não possuía qualqier conhecimento da língua inglesa, foi apreendendo uma série de vocábulos deste idioma, sobretudo chavões, que exibia insistentemente nas suas visitas à iha" (pág. 100).

Feito este pequeno enquadramento, o autor elenca mais de uma centena de "americanismos" ou "calofonismos" que, no entanto, têm tendência para irem desaparecendo lentamente do falar quotidiano, nomeadamente entre as camadas mais jovens, escolarizadas.

3. Aqui vão, a título exemplificativo (e não exaustivo, a lista do autor são 121 entradas), e com a devida vénia, alguns vocábulos e expressões, que também ilustram bem a capacidade de adaptação e o espírito prático e expedito do mariense que passou por terras do tio Sam e que "aportuguesou" o inglês do dia a dia... Há termos "deliciosos", corruptelas do inglês, e que têm de ser ouvidas com o sotaque mariense. Entre parênteses, a origem em inglês. 


Aisiulieira ("I'll see you later"): até logo, vemo-nos mais tarde...

Alvarozes ("overall"): fato-macaco que se veste por cima de outra roupa;

Àpestéres ("upstairs"); o andar de cima;

Beibicêra ("babysitter): aquela que toma conta de crianças;

Bisi ("busy"): ocupado, atarefado;

Biznas ("business"): negócios, assuntos;

Camâne ("come on"). vamos lá embora;

Chança ("chance"): oportunidade;

Chape ("shop"): fábrica, oficina;

Côrte ("court"); tribunal;

Dampo ("dump"); lixeira;

Drinque ("drink"): bebida;

Esquiusemi ("excuse me): peço desculpa;

Estôa ("store): loja, armazém;

Faite ("fight"): luta, briga;

Frijueira ("refrigerator"): frigorífico;

Friza ("freezer"): congelador;

Garbitche ("garbage"): lixo:

Jampar ("to jump"): saltar;

Landre ("laundry"); lavandaria;

Lóia ("lawyer"): advogado;

Màquêta ("market"): mercaddo;

Mechim ("machine"); máquina;

Maneija ("manager"): gerente, gestor;

Naice ("nice): bonito;

Naife ("knife"): naavalha;

Ófas ("office"): escritório, oficina;

Pari ("party"): festa;

Perigôde ("very good"): muito bom;

Pinche ("pension"): pensão de reforma;

Pinotes ("peanuts"): amendoim;

Pinhos ("pins"): alfinetes de pendurar roupa;

Raivar ("to drive"): guiar, conduzir um carro;

Râladeis ("holidays"): férias (, mais usado pelos emigrantes canadianos);

Ritaia ("retired"):  reforma, reformado;

Sanababicha ("son of a bitch"):  filho da mãe;

Sinó ("snow"): neve;

Spicar ("to speak"): falar;

Tanquiú ("thank you"); obrigado;

Teicarizi ("take it easy"):  calma, devagar!;

Tèlaveija ("television"): televisão;

Trablas ("troubles): problemas, chatices;

Ueiramanète ("wait a minute"): espera um minuto;

Vaqueichas ("vacations"): férias... 


(Continua) (**)
_________________

Notas do editor:

(*) Vd. postes anteriores :


18 de dezembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22819: Notas de leitura (1399): "O Povo de Santa Maria, seu falar e suas vivências", 2ª edição revista e acrescentada (2021), por Arsénio Chaves Puim, um caso de grande sensibilidade sociocultural e de amor às suas raízes (Luís Graça ) - Parte I: "Muitos parabéns, muitos parabéns, muitos parabéns!"

(**) Último poste da série > 7 de fevereiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22975: Notas de leitura (1417): “A crise alimentar e o estado socialista na África Lusófona”, por Rosemary E. Galli, artigo publicado na Revista Internacional de Estudos Africanos, n.º 6 e 7, Janeiro/Dezembro de 1987 (2) (Mário Beja Santos)

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Guiné 61/74 - P22922: Notas de leitura (1411): "O Povo de Santa Maria, seu falar e suas vivências", 2ª edição revista e acrescentada (2021), por Arsénio Chaves Puim, um caso de grande sensibilidade sociocultural e de amor às suas raízes (Luís Graça ) - Parte II: as dolorosas memórias do tempo da pirataria




Capa do livro do nosso camarada Arsénio Chaves Puim, "O Povo de Santa Maria, seu falar e suas vivências", 2ª edição revista e acrescentada, Santa Maria, Câmara Municipal de Vila do Porto, 2021, 286 pp. Capa: Ilha de Santa Maria, do cartógrafo Luís Teixeira, 1587, Biblioteca Nacional de Florença.


1. Não se trata de um trabalho académico, previne o autor, não sem alguma modéstia. Em "palavras prévias", da 1ª edição (2008),  diz-nos que o seu livro não pretende "ser obra de carácter científico", podendo todavia  "interessar a estudiosos e ao grande público".

Mais importante  é o seu objetivo expresso de "contribuir para o estudo e salvaguarda do patrmónio cultural mariense, preservar a memória daquilo que se fazia no passado e do modo como se dizia,e não se perder o elo de ligação entre as gerações novas e as antigas" (pág. 10).

Eu diria que é uma obra de amor e de reconciliação do autor com o seu passado, a sua infância, a sua terra, as suas gentes.  É,  por outro lado, uma obra singular: "Tudo o que escrevi neste livro foi o que eu vivi, particularmete numa prineira fase da minha vida, entre meados da década de trinta e meados da década de cinquenta" (pág. 12).

E não é por acaso que o livro é dedicado aos seus Pais, António Carvalho Puim e Maria da Encarnação Chaves (, a querida mãe que perdeu num  naufrágio em 19 de Setembro de 1958), e ao Povo da ilha de Santa Maria, mostrando-se o autor "grato pela herança moral, cultural e linguística que me legaram".

É um trabalho de investigação etnolinguística  (, área da linguística que estuda as relações de uma língua com a cultura de um dado grupo étnico) , devendo remontar, pelo menos a meados dos anos 70. Em 1979, visitou a ilha de Santa Maria o grupo do "Atlas Linguístico- Etnográfico de Portugal e Galiza (ALEPG)", e na altura o bom do Puim cedeu "todo o material que recolhera". E acrescenta: 

"Algum tempo depois, reiniciei o meu trabalho de investigação, agora mais sistematizado e tendencialmemte orientado numa linha de relação entre a linguagem e a vida". Publicaria a seguir  uma séria de artigos, a partir de 1985, sob o título "O Povo de Santa Maria e o seu Falar",  artigos esses que vieram a lume no jornal "O Baluarte de Santa Maria", II série (, de que foi cofundador e primeiro diretor,  em 1977).

Lamentavelmente o Arsénio Puim foi vítima de apropriação indevida de parte do seu trabalho: alguns dos seus textos apareceram a público, noutro contexto, sem qualquer referência ao nome do autor e às  fontes originais... Houve até um caso que veio a público em 2006.

Já reproduzidos, em nota de leitura anterior, o índice do livro. Deliberadamente o autor optou por não apresentar um "glossário" de termos e expressões do falar mariense, mas antes "enquadrar, tanto quanto possível. os elementos selecionados em pequenos recortes explicativos ou resenhas de cariz social e histórico" (pág. 16).

É aqui que o livro ganha em vivacidade, originalidade e autenticidade, tornando-se a sua leitura uma fonte de saber e prazer. É impossível sermos exaustivos na análise do seu conteúdo, mas vamos ilustrar algumas das centenas de vocábulos do léxico popular mariense,  bem como locuções e expressões, americanismos, terminologia anatómica e sexual popular a par das expressões linguísticas das actividades tradicionais (como  a lavoura,  o linho, a pesca da baleia,  o artesanato, a arquitetura, a gastronomia, etc.).

Há vocábulos e expressões que ainda, infelizmente, não estarão grafados pelos nossos lexicógrafos (ou pelo menos pelos dicionários mais correntes, disponíveis "on line"), e que não podem deixar de contribuir para a diversidade e riqueza da nossa língua.

Por exemplo, o termo "achadas" que, na ilha de Santa Maria, usa-se para designar "os objetos diversos arrastados pelo mar e achados na costa" (pág. 20). Também se diz "achadas do mar"  ou "cacaréus",  por se tratar de coisas habitualmente sem grande valor material. Mas noutros tempos, uma simples garrafa de rum, vazia, deitada fora ao mar pela tripulação dos navios, era um bem valioso.  E com a  II Guerra Mundial e a batalha do Atlântico começaram a dar à costa as coisas mais diversas, e alguns de maior volume, como bidões de gasolina, pacotes de géneros alimentícios, madeira, borracha, etc.

Ainda hoje, diz o Arsénio Puim,  as "achadas do mar" teriam "um fascínio especial para as pessoas, como se fossem um dádiva maravilhosa dum mundo ignoto e longínquo" (pág. 21).

Uma palavra que seria "exclusiva e bem típica de Santa Maria é a interjeição "bei" (mais raramente, "buei"). Trata-se de "uma exclamação de admiração, a qual aspessoas reforçam alongando o som 'ei' em ondas sonoras de intensidae decrescente" (pág. 27),  sendo equivalente a expressões como "parece impossível!" ou  "quem haveria de dizer?!". 

Diz-se que a palavra  provém de um nome próprio, "Bei", um chefe mouro, do tempo das incursões dos piratas do Norte de África ao longo dos séc. XVI e XVII. (Segundo o Dicionário Priberam da Língua Portuesa, "bei" é um nome masculino: (i) Governador de província muçulmana; e (ii) título do soberano da Tunísia.)

Também o termo "facho", substantivo masculino, parece estar relacionado com  os tempos da pirataria.  Facho ou o pico do pacho designa "determinados montes existentes em diversas localidades da ilha onde (...) se vigiavam os piratas (...) e se costumava acender um facho sempre que se  avistava a sua aproximação ou desembarque" (pág. 38). Vem do latim: fasculu(m) > fasclu > facho.

 Curioso é o verbo transitivo "guerrear" (fazer guerra, andar à bulha) que também já ouvimos, há muitos anos, em finais dos anos 70, princípios de 80,  a um velho pescador do Alvor, no Algarve,  a quem alugámos uma parte de casa na altura das férias... Levávamos miúdos, e ele perguntou-nos: "Atão, os moços na guerreiam?!"...

Na pronúncia de Santa Maria, há a tendência para "mudar o primeiro 'e' em 'a' fechado": "garrear", garreiam"... 

Uma expressão que ainda se usa, na ilha, é "Olha os Moiros!", sinal de que  não se apagaram de todo, da memória coletiva mariense, "as marcas trágicas e dolorosas das incursões dos piratas do Norte de África " (pág. 77). A expressão era usada, no passado, para incutir temor à crianças e prevenir alguma percalço ou perigo.

Costume antigo também era o das crianças, e até dos adultos,  atirarem para cima das telhas do forno um dente caído ou partido, dizendo: "Moirão, moirão / toma lá o teu dente podre / e dá cá o meu são|"... No imaginário popular e infantil  surgia então " um  homem  barbudo e desgrenhado, de dentes estragados e aspecto horrível" (pág. 77).  

A palavra "moirama", por sua vez, também ainda hoje é usada para significar o carácter rude e o feitio violento de alguém, pessoa, grupo ou comunidade. (**)

(Continua) 
_________

Notas do editor:

(*) Vd.  poste da série 18 de dezembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22819: Notas de leitura (1399): "O Povo de Santa Maria, seu falar e suas vivências", 2ª edição revista e acrescentada (2021), por Arsénio Chaves Puim, um caso de grande sensibilidade sociocultural e de amor às suas raízes (Luís Graça ) - Parte I: "Muitos parabéns, muitos parabéns, muitos parabéns!"

(**) Último poste da série > 17 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22915: Notas de leitura (1410): “África Dentro”, por Maria João Avillez; Texto Editores, 2010 (1) (Mário Beja Santos)

sábado, 18 de dezembro de 2021

Guiné 61/74 - P22819: Notas de leitura (1399): "O Povo de Santa Maria, seu falar e suas vivências", 2ª edição revista e acrescentada (2021), por Arsénio Chaves Puim, um caso de grande sensibilidade sociocultural e de amor às suas raízes (Luís Graça ) - Parte I: "Muitos parabéns, muitos parabéns, muitos parabéns!"

 

Capa do livro do nosso camarada Arsénio Chaves Puim, "O Povo de Santa Maria, seu falar e suas vivências", 2ª edição revista e acrescentada,  Santa Maria, Câmara Municipal de Vila do Porto, 2021, 286 pp. Capa: Ilha de Santa Maria, do cartógrafo Luís Teixeira, 1587, Biblioteca Nacional de Florença.


1. Estou em dívida para com o meu amigo e camarada da Guiné, o ex-alf mil capelão Arsénio Puim (CCS / BART 2917, Bambadinca, 1970/72) que me mandou, pelo correio, um exemplar autografado (e com dedicatória) do seu livro, há 5 meses atrás.

Prometi-lhe fazer uma ou mais notas de leitura, mesmo que o livro não tenha a ver diretamente com a Guiné, ou as memórias da guerra da Guiné. Mas a Guiné está sempre presente, entre nós (*), até na dedicatória, que reza assim: 
"Ao companheiro da Guiné e grande amigo de sempre, Luís Graça. Vila Franca do Campo, 5 de julho d2 2021, Arsénio Chaves Pum".   Confesso que já li o livro, de fio a pavio, e, não sendo sequer açoriano, e só conhecendo 4 ilhas do arquipélago (Terceira, onde fiz férias em 1993, São Miguel, Horta e Pico) fiquei com ganas de dar um saltinho a Santa Maria, logo    que as "novas" pernas mo permitam...

Esta primeira nota de leitura é apenas  para dar conta da publicação  da obra que teve uma 1ª edição em  2008. E fazer uma apresentação (sumária) deste trabalho de pesquisa, revelador de uma grande sensibilidade socioantropológica e, mais do que isso, de um grande amor à sua terra, à sua gente, às suas raízes.  O livro é dedicado aos seus pais e ao povo da ilha, mostrando-se o autor "grato pela herança moral, cultural e linguística que me legaram". E começa por lembrar que o seu pai, António Carvalho Puim, nascido em 1903, "foi uma enciclopédia viva da linguagem mariense de sabor arcaico" (pág. 15).

Este interesse etnográfico pelo "falar" (, a língua mais oral que escrita,) que dá identidade a cada povo ou comunidade, já se revelava, na Guiné. Veja-se por exemplo, o poste P13314, da série "Memórias de um capelão" em que ele exalta as competências linguísticas do povo guineense, a que chama, com propriedade, um povo "poliglota" (**).

O autor, um "jovem" de 85 anos, natural da freguesia de Espírito Santo, Santa Maria,  vive atualmente na Ilha de São Miguel,  em Vila Franca do Campo, estando reformado (desde 1995)  da sua profissão de enfermeiro, do Serviço Regional de Saúde, a que se dedicou em exclusividade, tendo deixado em 1979, o múnus espiritual enquanto sacerdote católico.  Foi ainda professor de História e Português no Externato do Aeroporto, Santa Maria, na década de 60. Opositor político ao regime então vigente, foi mobilizado para a Guiné como capelão militar em 1970, sendo expulso do CTIG, um ano depois,  em maio de 1971. Regressado aos Açores, continuou a paroquiar, manteve o seu empenho cívico e concluiu, entretanto, o curso de enfermagem em 1976. É casado, tem dois filhos e dois netos.

Nunca abandonou, porém, o prazer e o dever da escrita, nomeadamente como jornalista e escritor: foi cofundador da  II série do jornal “O Baluarte”, juntamente com João de Braga e José Dinis Resendes. Foi diretor deste mensário entre 1977 e 1982.
 
É autor ainda  dos  livros «A Pesca à Baleia na Ilha de Santa Maria"  (edição do Museu de Sta Maria e da junta de Freguesia de Sto Espírito, 2001), e  «As Ribeiras de Santa Maria - Seus Percursos e História» (edição do jornal “O Baluarte”, 2009).
 
 2. E de  que é que trata esta 2ª edição de "O Povo de Santa Maria: seu falar e suas vivências" ? Embora fazendo apelo a técnicas da pesquisa etnográfica (como a  observação participante, a entrevista, a biografia, a acão-investigação, a análise documental, etc.), o autor não tem a pretensão de fazer obra académica, o seu objetivo é apenas o de "identificar, coligir e contextualiar um vasto conjunto de elementos e características respeitantes ao falar, muito castiço, muito expressivo e muito bonito, da pequena comunidade de Santa Maria", com a introdução, nesta 2ª edição, de novos temas como a cozinha tradicional,  a cultura da vinha nas fajãs e o casamento rural. 

Mas vejamos o índice do livro (de que se fizeram 500 exemplares). Esquematicamente:

I - Linguagem Popular Mariense (pp.. 19-114), incluindo: léxico popular, locuções e expressões populares, terminologia anatómica e sexual popular, americanismos, e alguns aspectos específicos do falar mariense. 

II - Atividades Tradicionais Marienses e sua Expressão Linguística (pp. 115-218): o carrear e o carro de bois; a lavra da terra, o arado e a grade; a debulha do trigo na eira; o trabalho doméstico do linho; o artesanato; a cozinha tradicional; a arquitetura rural ( a casa tradicional e sua chaminé; moinhos de água e de vento);  a cultura da vinha nas fajãs; a pesca à baleia e o seu léxico baleeiro).

III - Celebrações Festivas: sua Caracterização e Linguagem ( pp. 219- 268):  a Senhora das Candeias na Freguesia do Espírito Santo;  o Império Mariense: praxes, folias e linguagem: o São João de antigamente; os serões na aldeia: a 'matação' do porco; o casamento rural em tempos passados.

Breves Notas sobre a Literatura Popular Mariense (pp. 269-283).

Bibliografia.

Ficam os nossos leitores, espero, com "água no bico", aguardando a segunda nota de leitura, que há de sair, em passando o Natal... Ao nosso autor, só tenho que felicitá-lo pelo seu livro, usando uma expressão tipicamente mariense (das muitas que ele recolhe): ""Muitos parabéns, muitos parabéns, muitos parabéns!".. Remeto a explicação para o autor: "Era assim, em repetição tripla emitida num só fôlego, que as pessoas felicitavam os vizinhos e conhecidos por ocasião de uma acontecimento feiz, como um nascimento, um casamento, a chegada da vida militar, a recuperação deuma doença, etc." (pp. 75/76)... E eu acrescento: a publicação de um livro, como este, que é uma prova de muio amor, paciência e saber.  (***)

Parto também mantenhas natalícias, com o nosso camarada Puim!... Muita saúde e longa vida, que tu mereces tudo!... LG

(**) 20 de junho de 2014 > Guiné 63/74 - P13314: Memórias de um alferes capelão (Arsénio Puim, BART 2917, Dez 69 / Mai 71) (12): O crioulo (e as suas virtualidades)