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terça-feira, 25 de agosto de 2020

Guiné 61/74 - P21293: Bibliografia de uma guerra (97): "A Batalha do Quitafine", de José Francisco Nico, Ten-General PilAv. O livro pode ser adquirido através do endereço "batalhadoquitafine@sapo.pt" (Mário Santos, ex-1.º Cabo Especialista MMA)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Santos (ex-1.º Cabo Especialista MMA da BA 12, Bissalanca, 1967/69) com data de 22 de Agosto de 2020:

No intuito de ajudar à divulgação da "Batalha do Quitafine" da autoria do nosso Ten. Gen. José Nico (que ainda tem na prateleira umas boas dezenas) solicito a publicação no grupo, dos comentários e opiniões sobre o livro de quem já leu, gostou e resolveu opinar. 

Abraço.
Mário Santos

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Alferes miliciano, piloto de T-6 e DO-27 na Guiné:
 
“Fiquei a saber mais sobre a guerra hoje do que quando lá estava. Excelente descrição com pormenores bem apontados. Parabéns com um grande abraço. Os Roncos também mexeram e bem" !!”

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Oficial superior da Força Aéra Ref:

Recebi, oportunamente, o seu livro, cuja leitura, que me foi entusiasmando página a pagina, só interrompi para levar a cabo tarefas inadiáveis.  Curiosamente, tanto quanto me tenho apercebido, ou o pessoal da nossa Força Aérea será uma exceção neste contexto ou sou eu que não tenho tido a informação adequada, pois não tenho conhecimento de algo que alguém tenha publicado e a que tenha sido dada a devida relevância. Ora, meu general, permita-me que lhe expresse a minha modesta opinião acerca da “Batalha do Quitafine”: o seu conteúdo é muito mais que uma “pedrada no charco”! É um pedregulho de toneladas num lago de imensa dimensão! Acho que V. Exª está de parabéns, não só pela narrativa precisa e técnica como descreve o conflito em que foi ator dinâmico e preponderante, mas também pelo modo desassombrado como via (vê) toda a envolvência do mesmo, desde os seus primórdios até ao seu término.  Por certo, já lhe estarão a chegar ecos, e nem todos lisonjeiros, pelas “feridas” em que foi tocando mas, para mim, isso ainda trás mais valor à obra e ao seu autor, porque, concordando-se ou não com as convicções do Senhor General sobre a descolonização, acho que já se passou demasiado tempo sem se fazer a sua análise realística e desapaixonada, só para não se sair do limbo do “politicamente correto”, apanágio de umas quantas ”virgens políticas”, para as quais só existem as suas verdades. Parabéns, meu general! Espero que a “Batalha do Quitafine” seja lida por muita gente (eu vou fazendo a divulgação boca a boca) e ainda o prenúncio de outras obras que continuem a relatar o verdadeiro protagonismo que a nossa FAP teve naqueles 13 anos de guerra".

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Não identificado:
 
“Recebi esta manhã o seu precioso livro, que esperava com a expectativa e o entusiasmo de um adolescente (tenho agora 73). Os meus agradecimentos por o senhor General José Nico ter dado à estampa tão precioso contributo, tanto mais que não há muitos autores da nossa Força Aérea a escrever.”

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Mecânico dos G-91em Bissalanca: 

“O seu livro é tecnicamente uma obra de arte, ao nível do melhor que tenho visto e o seu valor material vai muito para além do valor pedido.  Conhecendo-o relativamente bem, confesso que não estou surpreendido com o seu conteúdo filosófico, e tão pouco com a sua neutralidade dogmática. Quem luta e defende uma nação, está tudo menos preocupado com dogmas ideológicos.” 

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Engenheiro de Aeródromos da Força Aérea Ref: 
 
“Li o seu livro de um fôlego e página a página fui tropeçando em pessoal dos meus tempos na Força Aérea, vários do meu curso, e até no meu grande amigo Firmino Neves, dos Tigres de Bissalanca. Queria felicitá-lo pelo seu livro, que considero excelente. Se este livro não tivesse sido escrito, ficaria uma lacuna grave por preencher na história da Força Aérea. O livro está muito bem escrito, de forma simples e perceptível para leigos e dá uma imagem muito realista daquilo que ocorreu naqueles anos na Guiné, que foi de facto muito agreste e que exigiu de Vós o maior profissionalismo, coragem e determinação. Quando se dizia «o problema é da Força Aérea», estava-se a falar de uma mera meia dúzia de pilotos «espremidos até ao tutano». Tal como dizia Churchill « nunca tantos ficaram a dever tanto a tão poucos».”

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Prof Ensino Básico e Secundário, ex combatente na Guiné: 
 
“Quero agradecer, pelos excelentes momentos de leitura que proporcionou, excelente acervo histórico. Apresento os meus melhores cumprimentos.”

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Oficial miliciano médico da Força Aérea (69/71): 

“Acabei de ler o seu livro "a Batalha do Quitafine" e apeteceu-me felicitá-lo por várias razões. Antes de mais, é um livro muito bem escrito e que se lê sem querer interromper. Está exaustivamente documentado pelo que, além de poder ser lido como um relato de aventuras emocionante, serve igualmente de documento histórico e evoca com muito detalhe e realismo uma época cuja memória merece ser cultivada. Como se não bastasse, a apresentação gráfica é da melhor qualidade, o que torna a leitura bem mais agradável. Parabéns, portanto. Enfim, não lhe vou tirar mais tempo mas uma vez mais lhe agradeço o prazer e as recordações que o seu magnífico livro me proporcionou.”

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Oficial General da Força Aérea Ref:

“Há alguns dias que acabei de ler o seu livro e que ando para lhe dar os parabéns pelo excelente trabalho que produziu, na narração dos acontecimentos no Quitafine como na sua análise crítica e enquadramento na guerra na Guiné, e também no quadro geral das guerras "de libertação". Uma obra de referência!”

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Coronel do Exército Ref, combatente na Guiné:

“Acabei, há dias, de ler  a "A Batalha do Quitafine" de que gostei. Gostei porque estou farto do "politicamente correto" e gostei por saber que não fui só eu que acreditou que Portugal, como exemplo para o Mundo, podia ter sido uma Pátria multirracial, multicultural e multicontinental. Não foi assim e o que foi está à vista. Esse  sonho foi destruído e agora está em marcha a destruição da sua História. Os netos dos nossos netos já não saberão que houve um Infante D. Henrique, um Vasco da Gama, um Fernão de Magalhães ou um Camões. Conhecerão nomes vindos de outras paragens. Às vezes pergunto-me como viveria hoje o povo de Angola e, por arrastamento, os de Moçambique, Guiné, se tivessem continuado a fazer parte de um todo português ou até mesmo se se tivessem tornado independentes com todos os seus cidadãos, pretos, brancos e mestiços. Sobre a Batalha do Quitafine propriamente dita, confesso que, provavelmente, como a generalidade dos militares do Exército, o meu conhecimento da actuação da FA, apesar de ter ouvido dizer que faziam ataques a AAA localizadas no Sul, era o que sentia directamente: apoio de fogo directo às operações terrestres; evacuações; reconhecimentos;  transporte de pessoal, reabastecimentos e CORREIO. E era muito e muito importante.”

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Oficial General da Força Aérea Ref:
 
“Recebi ontem o livro e hoje já estou a chegar ao fim numa leitura ininterrupta que o enorme interesse do mesmo me despertou. Não admira que assim seja, afinal foi a nossa geração que deu o seu melhor por uma causa para nós plenamente justa que defendemos sabendo o que estávamos a fazer, com entusiasmo, noção do dever e sacrifício pessoal, para muitos mesmo o supremo sacrifício como o do meu chefe de curso da  Força Aérea e meu amigo Brito. Orgulhosamente sós, sem dúvida, mas resta acrescentar, que sós por não alinharmos nos "ventos da história" frase típica inventada por um prepotente famoso que encabeçou uma nação nossa aliada mas cuja aliança foi sempre "single sided" e não para o nosso lado, acompanhada por outra nação que se arvora em defensora da independência dos povos esquecendo que a sua génese radica exactamente na ocupação pela força de um continente e genocídio dos seus indígenas. E tudo pela ganância do domínio mundial em confronto entre o leste e o oeste. Os meus sinceros parabéns por um documento histórico descrito com realismo, verdade e sem a preocupação ridícula que, infelizmente, já contagiou alguns dos nossos camaradas, do abominável "politicamente correcto!”

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Especialista da FA, filho de combatente na Guiné: 
 
“Já recebi o seu livro, que muito agradeço.  Excelente, excelente, excelente.  Com emoção, li algumas passagens com meu Pai, o qual revisitou alguns dos lugares geográficos e psicológicos da Guiné-Bissau onde esteve entre 1963 e 1965. As descrições do clima singular e exigente, tiveram nele eco.  Obrigado, Senhor General pela publicação deste testemunho político-histórico-militar, tão importante também para a minha geração, a dos filhos dos Combatentes. Tenho 50 anos e é muito importante para mim, o conhecimento da vossa experiência de guerra.” 

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Oficial piloto aviador Ref, comandante de linha aérea: 
 
“Acabei há dias de ler o seu magnífico livro. Há muito tempo que não me acontecia ter um livro de que não se consegue interromper a leitura, o que me custou algumas noites de apagar a luz às quatro da manhã!
O livro está interessantíssimo, com a contextualização geopolítica que foi dando ao longo da narrativa, que muito me fez aprender sobre a situação do nosso país na cena internacional da época.
Se me permite, a qualidade da composição, ordenamento da informação e a edição estão excelentes, prendendo o leitor da primeira à última página. De um ponto de vista mais pessoal, não só o facto de também ter voado o G-91, como o de conhecer pessoalmente algumas das pessoas mencionadas, foram também factores que me prenderam bastante.  Quero dar-lhe os meus parabéns pelo excelente livro, fundamental na clarificação e divulgação dos factos ocorridos, bem como a preservação para memória futura da contribuição da história da FAP na Guerra de África.
Também, agradecer-lhe os momentos de prazer que a leitura da Batalha do Quitafine me proporcionou, foi um enorme gosto.” 


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Oficial General da Força Aérea Ref:

“Acabei a leitura da “Batalha do Quitafine” e não posso deixar de lhe transmitir o enorme prazer e a extraordinária impressão com que fiquei do que li. Gostava de lhe dar os meus parabéns por esta obra, pela coragem do que foi dizendo ao longo do texto, e pelo trabalho de pesquisa que transpira em todas as páginas. A forma como transmitiu a contextualização política no âmbito das relações internacionais, e a forma como de forma convicta exprime em liberdade as suas opiniões foram muito apreciadas, dizendo que faz falta na democracia portuguesa estas opiniões sinceras e de elevado valor humanístico que infelizmente foram ideais subvertidos á lógica da corrente do tempo e das ideologias de esquerda. Muito obrigado por esta obra, que é de valor incalculável, e muitos parabéns pelo valor histórico, literário e patriótico da mesma.”

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Docente Universitário: 
 
“Recebi hoje o livro, muito obrigado. Queria dar-lhe os parabéns pela qualidade do livro, logicamente que ainda não o li mas estive a folheá-lo e fiquei surpreendido pela sua qualidade, tanto do papel como das imagens e da própria impressão! A mistura de fotografias com imagens 3D a recriar muitos dos aviões envolvidos dá uma nova dimensão ao livro! São 25€ muito bem empregues!”

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Alferes miliciano piloto de AL III na Guiné: 
 
“Gostei bastante de ler e reler, o livro, muito bem documentado , A Batalha do Quitafine. Só um historiador, um bom historiador, poderia descrever tal situação. Como fiz parte dos aviadores que nela participaram, mais prazer deu a leitura. Foi uma operação (Op Vulcano) que de tempos a tempo recordo, por um motivo: a quem contava ter estado a umas centenas de metros de antiaéreas, protegido por palmeiras, reclamar os homens que não encontrava, por terem sido já evacuados, e regressar sem ninguém (para Catió), era uma história pouco credível. Agora, se for o caso, poderei com propriedade contar o "impossível". Mais uma vez, obrigado pelo livro, e pelos momentos bons que recordei.”

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Combatente do Exército, Furriel Miliciano de Artilharia na Guiné: 
 
“Com os meus melhores cumprimentos, quero felicitar a magnífica Obra em epígrafe, feita com a frontalidade que nos habituou nos convívios, da Magnífica Tabanca da Linha. Tenho lido vários livros sobre a Guerra na Guiné todos eles, uns mais que outros, relatando os dissabores de um Combatente, salvo o livro A Guerra da Bolanha do Francisco H. da Silva que foi mais além. Mas nenhum deles foi tão crítico ao Sistema que estava montado contra Portugal, nem mordaz, como o Senhor General De Abril de 1968 a Junho de 1969, estive em Cameconde/Cacine e passados 52 anos fiquei a saber o porquê das flagelações feitas pela FAP, cujos rebentamentos eram ouvidos em Cameconde que era sobrevoada pelos aviões que abanavam as asas na sua passagem, devolvendo os nossos acenos,(braços e quicos no ar). Era gratificante e moralizador. Entretanto os ditos Cavalos de Tróia divulgavam com ênfase os vossos desaires, sobretudo da operação Vulcano. Felizmente o seu livro caro General, Piloto Aviador acertou em cheio em todos os Cavalos de Tróia, que teimam a deturpar o nosso passado, GLORIOSO, até ao 25A. No programa do Joaquim Furtado na RTP 1 dos poucos oficiais ouvidos, (portugueses) nem um mencionou a Invasão dos Cubanos, Senegaleses, e outros. Durante muito tempo chorei a ver as reportagens da entrega sem Honra da Guiné onde passei 27 meses. Como Veterano da Guerra do Ultramar, quero agradecer, Meu General, por me ter devolvido a Honra de ter sido um Soldado Português que só quis defender A Pátria, apesar de a sua terra Goa, ter sido invadida pelos Indianos (militares) que sempre respeitaram os Portugueses.”

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Oficial General da Força Aérea Ref: 
 
“Li (e reli) avidamente A Batalha do Quitafine, um verdadeiro compêndio de contraguerrilha com quase quatrocentas páginas, obra que, pelo seu interesse e importância, merece ser apreciada pelos portugueses, muito em especial pelos que passaram pela guerra do Ultramar, contemporâneos ou não com as acções descritas de modo tão real e com verdadeiro "cunho didático", como é característico do autor. Julgo até, que lhe caberia "tratamento" de destaque no Ensino Superior Militar! Parabéns, meu General, pela forma apaixonante e realista com que nos presenteou com a descrição de dados sobre operações militares importantes aos quais, de outra forma, não teríamos acesso.”

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Oficial piloto aviador Ref, Comandante de linha aérea Ref: 
 
"Estive a ler o teu livro. É o melhor de todos os que saíram até hoje recordando tempos de glória que não voltam mais. Duma ponta a outra cativa o interesse tanto no poder descritivo como na apresentação gráfica colocando o leitor no âmago do conflito. Refere com mestria a génese das guerras de libertação e de todos os interesses instalados na casa mãe, a ONU e nas suas sinistras ligações. Embora a minha guerra tenha sido diferente, inseriu-se no mesmo contexto mundial e só a dimensão territorial, os países fronteiriços e os naturais dos territórios considerados, fizeram a diferença nos três teatros de operações. O resto mas o mais importante, são os factores externos por ti tão bem considerados. Não me cabe aqui tocar neles nem lembrar a insignificância da nossa dimensão. Lembro-me sempre da “Portuguesa” e do seu significado na revolta do povo contra o que consideram o nosso mais antigo aliado. E com amigos destes que dizer dos outros a quem nada nos ligava ou de cujos interesses, a dimensão nacional nada podia contra? É como na natureza e na história dos povos. Vencem os mais fortes, queixam-se os mais fracos e, ai dos vencidos.  O teu livro tem outras noções e valores e desperta em nós não só a realidade do que foi a guerra do ultramar mas e principalmente com o que pudemos contar, ou não, durante tantos anos de confrontos.  Chama as coisa pelos nomes, aponta os culpados e descreve as imensas dificuldades glorificando os abnegados intervenientes. São memórias que mantêm vivos todos aqueles heróis.  Costuma dizer-se que morremos duas vezes. Uma quando o coração deixa de bater e a outra quando deixam de se lembrar de nós. Tu não os deixas morrer! Este livro chama-nos à atenção de que é preciso contar o que vivemos e o que passámos antes que outros o continuem a fazer por nós".

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O livro pode ser pedido para o endereço: batalhadoquitafine@sapo.pt
Custo: 20,00€ mais 5€ de portes de correio
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Nota do editor

Vd. poste de 23 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P21003: Agenda cultural (748): "A Batalha do Quitafine", de José Francisco Nico, Ten-General PilAv. O livro pode ser adquirido através do endereço "batalhadoquitafine@sapo.pt" (Mário Santos, ex-1.º Cabo Especialista MMA)

Último poste da série de 12 DE JUNHO DE 2019 > Guiné 61/74 - P19886: Bibliografia de uma guerra (96): "Capital Mueda", por Jorge Ribeiro; Unicepe (Mário Beja Santos)

sábado, 23 de maio de 2020

Guiné 61/74 - P21003: Agenda cultural (748): "A Batalha do Quitafine", de José Francisco Nico, Ten-General PilAv. O livro pode ser adquirido através do endereço "batalhadoquitafine@sapo.pt" (Mário Santos, ex-1.º Cabo Especialista MMA)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Santos (ex-1.º Cabo Especialista MMA da BA 12, Bissalanca, 1967/69):

Caros amigos e camaradas.

Acabou de ser publicado o livro "A Batalha do Quitafine". da  autoria do Tenenente General Piloto / Aviador José Francisco Fernando Nico, com quem convivi em perfeita simbiose na Guiné - Bissau entre 1967 e 1969. Eu,  Especialista MMA, ele, Piloto/Aviador, na "Esquadra de Tigres", Fiats G-91.

O livro, ilustrado com fotos e grafismos, relata episódios históricos sobre a Guerra em que muitos de nós fomos intérpretes na então Província da Guiné.

Este é um contexto em que a Força Aérea estava orfã: o seu desempenho em combate no âmbito da missão primária, ou seja na defesa do espaço aéreo da Guiné.

Este é o tema desenvolvido que tem um enquadramento claramente incómodo e desalinhado com os "fazedores da história", sem rodeios e sem molduras.

O General Nico oniciou a sua carreira como cadete na Academia Militar em 1960, sendo brevetado em 1964, após 3 anos de tirocínio...

Voou depois em Tiger Moth, Piper Cub, Chipmunk, C-45, Broussard, Alouette III, Puma SA 330, DO27, T6, T-33, T-37, F-86, Fiat G-91, DC-6, C-130H e Boeing 707.

Dedicou toda a sua vida ao ideal da Força Aérea e cumpriu uma comissão de serviço na Guiné entre 1967 e 1970.

O então Tenente Piloto / Aviador José Nico era um Oficial rigoroso e dedicado.

Em combate, mostrou sempre bravura, coragem e serenidade, apesar do perigo constante da reacção do inimigo; tudo isto, aliado ao seu porte correcto e disciplinado... actuou em missões de reconhecimento fotográfico e visual, bombardeamento, apoio de fogo e escolta de protecção às nossas tropas de superfície e da Marinha.

Este livro é um documento histórico de uma grande riqueza analítica, que relata sem subterfúgios um pedaço indelével das nossas vidas.

Pode ser adquirido através do mail publicado no "flyer" que publico em anexo.

Mário Santos
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Nota do editor

Último poste da série de 27 de abril de 2020 > Guiné 61/74 - P20910: Agenda cultural (747): "Voando sobre um ninho de Strelas", de António Martins de Matos: 2ª edição, revista e aumentada (Lisboa, Sítio do Livro, 2020, 456 pp.)

quinta-feira, 14 de maio de 2020

Guiné 61/74 - P20972: FAP (119): O último voo do "T-6 1795" e a morte do Fur Mil Pil Alberto Soares Moutinho, em 4/12/1969. O acidente dever-se-á a pouco depois da descolagem o avião ter embatido com a ponta da asa numa árvore, despenhando-se de seguida (Mário Santos, ex-1.º Cabo Especialista MMA da BA 12)


Guiné > Bissalanca > BA 12 > Novembro de 1969 > Na foto, a contar da esquerda estão António Gomes, Alberto Cruz, Galinha Dias, Cartaxo (à civil) José Ramos, Heleno e por último o Moutinho.

Foto (e legenda): © Mário Santos (2020). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso camarada Mário Santos (ex-1.º Cabo Especialista MMA da BA 12, Bissalanca, 1967/69), com data de 13 de Maio de 2020:

Caro Carlos Vinhal... 

Espero que te encontres bem, e continues escondido do bicho... 

Relativamente ao acidente referido em epígrafe e postado hoje dia 13-05-2020[1] no blogue, envio-te em anexo uma foto onde se encontra o malogrado Furriel Pil / Av Alberto Soares Moutinho alguns dias antes do fatal acidente que lhe tirou a vida [, em Canquelifá, 4/12/1969]. O Soares Moutinho é o último da direita.

Pelo que sei, segundo a informação do Comandante de Esquadra do Piloto, o acidente deverá ter acontecido, devido à sua pouca experiência. Pouco depois da descolagem embateu com a ponta da asa numa árvore e despenhou-se de seguida... 

Grande abraço
Mário Santos
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Notas do editor:

[1] - Vd. poste de 13 de Maio de 2020 > Guiné 61/74 - P20968: FAP (118): O último voo do «T-6 1795» em Canquelifá, e a morte do fur mil pil Alberto Soares Moutinho, em 4/12/1969 (Jorge Araújo)

sábado, 28 de dezembro de 2019

Guiné 61/74 - P20506: Pequeno dicionário da Tabanca Grande, de A a Z (7): edição, revista e aumentada, Letras F, G e H


Guiné > Bissalanca > BA 12 > 1973 > O helicanhão AL III, com a nova configuração de armamento. Créditos fotográficos: Grupo Operacional 1201 (comandamte : ten cor pilav Fernando Jesus Vasquez, hoje ten gen ref).

Foto do AL III 9377 na BA 12 em 1973 que é histórica e tem um certo interesse. Vemos o helicóptero armado com dois ninhos de foguetes SNEB de 37 mm e duas metralhadoras de 7.62 mm, tudo armamento que se usava no T-6G.  Na altura, por indicação do comandante do Grupo Operacional 1201 (ten cor pilav Vasquez) , foi testada esta configuração de armamento no AL III com vista a ser usada no TO, no caso de se verificar novos ataques em força contras os quartéis de fronteira.  O armamento foi testado em primeiro lugar acoplado a uma viatura na carreira de tiro da BA12 para ver se os suportes aguentavam a pressão das armas. Depois foi adaptado ao helicóptero e experimentado nos Bijagós.  Podemos também ver na imagem uma mira no lugar direito do helicóptero, que era a mira do Fiat calibrada para o AL III para pontaria das armas. Esta configuração nunca foi experimentada em combate, mas era uma possibilidade improvisada na BA12, que podia ter tido alguma utilização. 


Foto (e legenda): José Matos (2017) [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]






Guiné > Bissau > Bissalanca > BA 12 > Fiat G-91 R4: linha da frente da esquadra 121, "Os Tigres"

Foto (e legenda): © Mário Santos (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné-Bissau > Região de Tombali > Parque Nacional de Cantanhez > Iemberém > 9 de dezembro de 2009 > 15h50 > Macaco fidalgo vermelho (ou fatango, em crioulo). Espécie, nome científico: Procolobus badius. Em inglês, western red colobus. É uma espécie ameaçada, fundamentalmemte devido à caça e à desflorestação.


Foto (e legenda): © João Graça (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Pequeno Dicionário da Tabanca Grande, de A a Z 

[Em construção, desde 2007]


Letras F / H


1. Continuação da publicação do Pequeno Dicionário da Tabanca Grande (*), de A a Z, em construção desde 2007, com o contributo de todos os amigos e camaradas da Guiné que se sentam aqui à sombra do nosso poilão. Entradas das letras F, G e H:


F 86 Sabre  - Avião a jato, supersónico, que chegou a operar na Guiné, entre 1961 e 1965. Foi retirado por pressão dos norte-americanos. Foi substituído em 1966 pelo Fiat G-91.

Fala mantenha - Partir mantenha, cumprimentar, saudar (crioulo) 

Fanado - Festa da circuncisão, ritual de passagem da puberdade para a vida adulta (crioulo) 

Fanateca - Mulher que pratica a MGF – Mutilação Genital Feminina (crioulo)


FAP - (i) Forças Armadas Portuguesas; (ii) Força Aérea Portuguesa 

FARP - Forças Armadas Revolucionárias do Povo, a elite combatente do PAIGC 


Fatango - Macaco-fidalgo (crioulo). Colobus polykomos é uma espécie de macaco do Velho Mundo, que se pode encontrar, por ex., na floresta do Cantanhez.  

FBP - (i) Fábrica Braço de Prata; (ii) também nome dado a uma pistola metralhadora portuguesa, usada no início da guerra, feita na FBP 

Ferrugem - Serviço de Material; termo depreciativo, para o pessoal não-operacional, ligado ao SM) (gíria)

Festa, festival - Ataque aparatoso, ou flagelação, do PAIGC a aquartelamento ou destacamento das NT (gíria) 


Fiat G-91 - Caça-bombardeiro, com motor turbojato, monomotor monoplano, subsónico, de de fabrico italiano.

Fiju (lê-se: fidju) - Filho (crioulo)

Fiju di tuga - Filho de português (crioulo)(Há uma associação, em Bissau, com este nome)

Filhos do Vento - Filhos de militares portugueses, sem reconhecimento da paternidade nem da nacionalidade  


Firma - Estar, ficar, morar (crioulo)

Firminga - Formiga (crioulo)


FLING - Frente de Libertação e Independência Nacional da Guiné

Floresta-galeria - Floresta que forma um corredor ao longo dos rios e áreas húmidas e se projeta na paisagem, tornando-se esparsa em áreas de savana (por ex., floresta do Cantanhez, mata do Fiofioli)

FNAC - Fundação Nacional dos Apanhados do Clima (, criada em Jolmete, em meados de 1970, pelos graduados da CCaç 2585 do BCaç 2884, Jolmete, Pelundo e Teixeira Pinto,1969/71) (Vd. poste P8377)

Fogachal - Fogo intenso (em ataque ou emboscada)

Fogo de artifício - Flageações ou ataques, a aquartelamentos ou destacamentos vizinhos, vistos de longe (gíria)

Fornilho - Armadilha com cordão de tropeçar




Forte Apache - Destacamento do Cachil, feito com troncos de palmeira (cibe).

Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 557 (, Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) > 

Foto falante..., que não precisaria de legenda... Um dos piores lugares do inferno verde e vermelho que foi, para muitos de nós, a Guiné... Foto do álbum do José Colaço (ex-Soldado Trms da CCAÇ 557, Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) (*)

Foto (e legenda): © José Colaço (2011). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Fotocine - Operador de imagem (fotografia e cinema); destacamento

Fur - Furriel

Fur Enf - Furriel Enfermeiro

Fur Mil - Furriel Miliciano

Fuzos - Fuzileiros especiais

FZE - Fuzileiro Especial (Marinha)


G3 - Espingarda Automática G-3

GAC 7 - Grupo de Artilharia de Campanha nº 7 (Bissau) (vd. BA7)

GA 7 - Grupo de Artilharia nº 7 (Bissau)

Gaita à bandoleira (Andar de) - Ter uma doença sexualmente transmissível, em geral blenorragia (ou 'esquentamento') (calão)

GB - Guiné-Bissau

Gen - General

Genti di mato - Turras, população sob controlo do IN (crioulo)

Gês - Força da gravidade (FAP)

Gila (lê-se djila) - Comerciante, vendedor ambulante, contrabandista (que circula pela Guiné e países vizinhos)

GMC - Viatura automóvel pesada, de rodado duplo atrás, de fabrico americano

GMD - Granada de Mão Defensiva

GMO - Granada de Mão Ofensiva


GO - Grupo Operacional (FAP)

Gorro Novo - Metralhadora Pesada Goryounov, Cal 7,62 mm M-943 SG (PAIGC, gíria)

Gosse, gosse - Depressa (vg, retirar no gosse, gosse) (crioulo)

Gouveia - Casa comercial ligada ao grupo CUF

Gr Comb - Grupo de Combate; pelotão

Gr Comb (-) - Grupo de Combate desfalcado

Gr Comb (+) - Grupo de Combate reforçado

Gr M Of - Granada de mão ofensiva

Grã-tabanqueiro - Membro da Tabanca Grande (blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)



Heli - Helicóptero

Helicanhão - Helicóptero armado com canhão de 20 mm (vd. Lobo Mau)(FAP)

HK 21 - Metralhadora Ligeira

HM 241 - Hospital Militar nº 241, Bissau

HMP - Hospital Militar Principal (Estrela, Lisboa)

Homem Grande - Chefe de Família (crioulo)



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Nota do editor:

Último poste da série > 3 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20411: Pequeno dicionário da Tabanca Grande, de A a Z (6): edição, revista e aumentada, Letras D/E

sábado, 11 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19774: XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande (17): felizmente, estou vivo; infelizmente, não posso estar com vós, em Monte Real, dia 25 (Luís de Sousa, Garcez Costa, Mário Santos, Jorge Coutinho, Manuel Coelho, Valdemar Queiroz, Manuel Vaz, José Manuel Alves, Mário Serra de Oliveira e Paulo Salgado)



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > O nosso homem do PIFAS, o Garcez Costa, ex-fur mil... Os outros dois representantes do PIFAS, com "morança" na Tabanca Grande, Silvério Dias e João Paulo Dinis, não estão estão inscritos no XIV Encontro Nacional, Monte Real, 25 de maio de 2019...  O Garcez ainda não sabe se pode vir...O João Paulo Dinis não vem. Do Silv´rio Dias (e da "senhora tenente" não tenho notícias,,,

Foto (e legenda): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


I. Mais 10 camaradas e amigos, com "morança" na Tabanca Grande, que felizmente estão vivos, mas que infelizmente não poderão estar connosco em Monte Real, no dia 25 de maio, sábado... Registe-se com agrado e apreço o seguinte: tiveram a gentileza de responder ao nosso convite... 

Entretanto, temos um novo prazo para inscrições dos "retardatários": dia 15,  4ª feira, até às 24h00... Temos, até ao dia 10, sexta-feira, 94 inscrições...


1. Luís de Sousa, 4 de maio de 2019, 14h46

Olá, muito obrigado pelo contacto e respectivo convite.

Estou, de facto, (ainda) vivo mas não conseguirei de certeza me deslocar a Monte Real como seria o meu desejo.

Para todos desejo uma belíssima jornada.
Luis de Sousa
2. Tony Sacavém [Garcez Costa], 4 de maio de 2009, 16h23

Ainda não sei da minha presença, com o  fim de semana agendado antecipadamente mas que poderá não ser cumprido. Aproveito oportunidade de te remeter endereço electrónico do José Manuel Barroso (sobrinho de Mário Soares/Maria Barroso) e que foi o tal 'que fechou as portas do Pifas em 1974'. Se lhe fizeres o convite é capaz de comparecer [...]

Abraços,

3. Mário Santos, 4 de maio de 2019, 16h32

Meus caros amigos e antigos camaradas da Guiné.

A minha actual residência ( Loulé, Algarve) impossibilita-me de estar atempadamente presente como seria meu desejo.

Sou um assíduo, frequentador dos convívios da Tabanca da Linha, onde ainda não falhei um único encontro da Tertúlia desde que me fiz membro em 2017...

Desejo-vos a todos uma alegre, saudável e feliz confraternização.
Saudações especiais aos meus antigos camaradas FAP.


Tudo de bom, e espero ainda um dia vir a poder estar convosco.

Grande abraço, Mário Santos

4.  Jorge Coutinho, 4 de maio de 2019, 17h11

Amigos

Mais uma vez quero agradecer o convite, mas ainda não vai dar... Já tive de recusar o Encontro organizado pela 1ª. Compnhia do 4610, pois tenho uns dias a seguir uma deslocação grande, e não me convém fazer desvios nessa altura.

Um abraço para todos, e bom convívio!!!
Jorge Coutinho

5. Manuel Coelho, sábado, 4/05/2019, 18h02



Mantenho-me por cá e os meus dados não sofreram alterações. Não vou ao convívio.
Um  abraço para todos, Manuel Coelho

6. Valdemar Queiroz, 4 de maio de 2019, 18h03

Luis, a  minha resposta:

Estou vivo, gostaria de ir mas não vou.

Não vou por que nesse mesmo dia, também, a minha CART 2479 / CART 11, faz o seu encontro/almoço anual.

Este nosso evento é sempre feito no último sábado do mês de Maio e, desta vez, o encontro vai ser nas Caldas da Rainha, seguindo para a Tornada, com almoço no Restaurante 'O Cortiço' e espero ter a habitual pachorra do Abílio Duarte de fazer o favor de ser o 112 para me levar e trazer do 'anofelino tratamento'..

Mas, por problemas de saúde não iria ao grande encontro da nossa Tabanca Grande, em Monte Real , que é o grande encontro/convívio da rapaziada que esteve na guerra na Guiné.

Abraços e saúde da boa pra todos, Valdemar Queiroz

7. Manuel  Vaz, sábado, 4/05/2019, 21:29



Amigo Luís Graça:

Estou a responder, logo estou vivo, mas não estou cá nessa altura. Um abraço,  Manuel Vaz

8 José Manuel Alves, 5/5/2019, 11h03

Obrigado pela comunicação.
Gostaria de estar presente, mas não posso;
Que tudo corra bem

Um abraço a todos, J.M.Alves

9. Mario S. de Oliveira,5/5/2019, 10h06

Tal como o "defunto, antes de o ser" (palavras de um defunto antes de o ser)...ainda mexe! Abraço camarada Luis Graça. Já há tempos...e ainda bem que dá noticias. Assim, quando terminar "Bissaulonia", comuni

10. Paulo Salgado, sexta, 10/05/2019 à(s) 19:20
Meus caros camaradas,

Não sou um "habitué" nos encontros da Tabanca Grande - do que me penitencio. Infelizmente, tem calhado em momentos de afazeres domésticos ou familiares ou mesmo profissionais...apesar de aposentado. Direis que não programo convenientemente...

Desta feita, outro encontros - da minha companhia e dos professores - curso de 1962-1964.

Um abraço e boas recordações, Paulo Salgado

II. Em relação ao XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande, em Monte Real, dia 25 de maio, sábado, vamos continuar a receber inscrições até quarta-feira, dia 15, às 24h00...  

Recorde-se que a inscrição são 35 "balázios", com direito a:

Entradas + Almoço + Lanche ajantarado : Para as criancinhas, até aos 12 anos são só 18 "morteiradas"...

Para quiser ficar alojado  no Palace Hotel Monte Real (4 estrelas ) com pequeno-almoço incluído: Single: 50,00€ | Duplo: 60,00€

Inscrições a cargo de:

Carlos Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos): email:carlos.vinhal@gmail.com | telemóvel: 916 032 220

domingo, 24 de março de 2019

Guiné 61/74 - P19617: Tabanca da Linha (2): 42º almoço-convívio, Algés, 21/3/2019: alguns dos melhores 'apanhados' pela objetiva do grande fotógrafo Manuel Resende (Parte I)


Raul Folques  (Murtal, Parede / Cascais)


Maria Irene (Lisboa)


Maria Irene e Virgínio Briote (Lisboa)


Jorge Araújo (Almada)


Manuel Joaquim ( Agualva-Cacém / Sintra)


Joaquim  Nunes  Sequeira (Colares / Sintra)


Mário Santos (Olhão)


Jorge Pinto (Massamá / Sintra)


Joaquim Grilo (Algés / Oeiras)


Miguel Rocha ( Linda-A-Velha / Oeiras)


Manuel Macias (Linda-A-Velha / Oeiras)



 Adolfo Cruz (Algés / Oeiras)



António Joaquim Alves (Carregado / Alenquer)



José Jesus (Trajouce / Cascais)



Francisco Palma  (Estoril / Cascais)




António Duque Marques (Amadora)



Jorge Canhão (Setúbal, ex-Oeirss)



Oeiras >Algés > Restaurante Caravela de Ouro > Tabanca da Linha > 42º Almoço-convívio > 21 de março de 2019 >  Alguns dos 'apanhados'

Fotos (e legendas): © Manuel Resende  (2019). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. O nosso camarada Manuel Resende não é apenas o régulo da Magnífica Tabanca da Linha, por direito sucessório... 

A morte do Jorge Rosales criou um vazio... E como o poder tem horror ao vazio, logo o régulo adjunto se perfilou para suceder ao "comandante" (como ele era carinhosamente  tratado, o Jorge Rosales)... 

Não houve tempo de reunir o conselho dos homens grandes da Tabanca da Linha... O Manuel Resende, sempre discreto, tem dado tantas e tão boas provas, como adjunto ou secretário, que os "Magníficos" logo decidiram, por unanimidade e aclamação, sentá-lo na "turpeça" da Magnífica Tabanca da Linha...

O Manuel Resende, entre muitos outros méritos e talentos, é um grande fotógrafo... É ele que faz a cobertura fotográfico dos eventos da Tabanca da Linha.... Ninguém como ele sabe "apanhar em flagrante" os Magníficos, antes do início das hostilidades gastronómicas...

Desta vez, estava tudo bom, e foi bem servido, os comes e os bebes... Parabéns à gerência do restaurante "Caravela de Ouro". No 42º almoço-convívio, que se realizou na passada 5ª feira, dia 21 de março, estavam presentes mais de meia centena de "Mangíficos" (e apenas duas "Magníficas", a esposas do Virgínio Briote e do Zé Carioca). Destaque para o camarada Raul Folques, que começou a aparecer na Tabanca da LInha, e a quem o nosso editor Luís Graça reiterou o convite para integrar também a Tabanca Grande. Por sua vez, ele ele teve palavras de grande apreço pelo trabalho realizado pelo nosso blogue. (Tem 12 referências no nosso blogue.)

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2. A propósito o Mário Santos, que é membro da Tabanca Grande, escreveu o seguinte na página do Facebook da Tabanca da Linha, com data de 22 do corrente:


O nosso muito obrigado ao Manuel Resende pela esplêndida organização do convívio do dia 21/03/2019. 

Como já é hábito, decorreu sem falhas, e num ambiente cordial entre amigos de longa data. Desta vez, fomos brindados com uma reportagem fotográfica individual de alto gabarito. 

Parabéns a todos os que compareceram, uma saudação especial aos ausentes e um grande abraço a todos...até Maio!!!

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sábado, 12 de janeiro de 2019

Guiné 61/74 - P19396: Pequeno Dicionário da Tabanca Grande, de A a Z (1): em construção. para rever, aumentar, melhorar, divulgar, comentar...


Guiné-Bissau > Região de Cacheu > Jufunco ou Djufunco > 9 de maio de 2013 > Os dois régulos locais com as suas "turpeças" que nunca largam por nada deste mundo... Dois tipos agarrados ao poder, deve ter pensado o régulo da Tabanca de Matosinhos, Zé Teixeira... Sentar-se no banquinho,. tipo tripé,  do régulo é punível com a pena... capital!... Os felupes não fazem a coisa por menos... Mas há um provérbio (dos tugas) que diz: "Quem tropeça, também cai!"... Os senhores dicionaristas do Priberam e outros não nos ligam nenhuma... Ainda não grafaram o termo, nem sabem da sua existência... Enfim, tal como ainda não descobriram que "abibe" não é uma ave pernalta, mas um novato que entra(ava) nos anos 60/70 no "ninho dos Falcões" (a BA 5, em Monte Real).

Foto (e legenda): © José Teixeira (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. São cerca de meio milhar de:

(i) abreviaturas, siglas, acrónimos e termos técnico-militares usadas pelas NT (Nossas Tropas) / Forças Armadas Portuguesas:

(ii) abreviaturas, siglas e acrónimos e termos técnico-miliatres usadas pelo IN (inimigo) (guerrilha / PAIGC):

(iii) topónimos da Guiné, vocábulos e expressões etnográficas e/ou em crioulo e línguas gentílicas

(iv) vocábulos e expressões da gíria ou calão tanto do IN como das NT...

É um pequeno património linguístico que já não nos pertence... Alguns destes vocábulos já estão grafado pelos dicionaristas... Outros poderão vir a sê-lo, se não caírem em desuso.. São quinze anos a blogar, o que dá sete comissões no TO da Guiné... Pequeno dicionário, de A a Z, em construção, com o contributo de todos os amigos e camaradas da Guiné (*) que se sentam aqui à sombra do nosso poilão, e que até até têm um livro de estilo (**)... Mas falta-nos "a gíria e o calão" de outras armas como as da Marinha...Infelizmente temos poucos marinheiros e fuzileiros na Tabanca Grande.

Quanto ao resto (e nomeadamente ao uso de um "calão" mais grosseiro), é bom lembrar que o nosso blogue não é politicamente correto, justamente porque é plural, é um rio com muitos afluentes... Aos nossos amigos e camaradas mais "sensíveis", incluindo os nossos  amigos guineenses, pedimos desculpa de "qualquer coisinha"... LG


Pequeno Dicionário da Tabanca Grande,   de  A a Z... Em construção, desde 2007:


1º Cabo Aux Enf – 1º cabo auxiliar de enfermagem

2TEN FZE RN - 2º Tenente Fuzileiro Especial da Reserva Naval (Marinha)

5ª Rep - Café Bento, o ‘mentidero’ de Bissau

A/C - Mina anticarro

A/D - Autodefesa (tabanca em)

A/P - Mina antipessoal

AB - Alfa Bravo ou alfabravo, abraço (alfabeto fonético internacional, usado pelos nossos Op Trms)

Abibe - Novato na BA 5 (Monte Real) (FAP)

Abo - Você, tu (crioulo)

ACAP - Assuntos Civis e Acção Psicológica (REP / ACAP) 

AD - Acção para o Desenvolvimento - ONGD guineense que teve a marca histórica da liderança do Pepito (1949-2014)

ADFA - Associação dos Deficientes das Forças Armadas (posterior ao 25 de Abril)

Aero - Aerograma, carta, bate-estrada, corta-capim

Afilhado - Militar que tinha uma madrinha de guerra

Água de Lisboa – Vinho (da intendência) (gíria)

Água do Geba (Beber a) - Apaixonar-se pela Guiné

Agr - Agrupamento

AKA - Kalash, Espingarda Automática Kalashnikov (AK) Cal. 7,62 mm (PAIGC)

AL II - Alouette II, helicóptero, de origem francesa (FAP)

AL III - Helicóptero Alouette III, de origem francesa (FAP)

Alf - Alferes

Alf Mil - Alferes Miliciano

Alf Mil Med - Alferes miliciano médico

Alfa Bravo - Abraço

Alfero - Alferes (crioulo)

AM - Academia Militar (antecessora: Escola do Exército)

Amura - Velha fortaleza militar colonial, em Bissau; sede do Com-Chefe; hoje Panteão Nacional da Guiné-Bissau

AN/GRC-9 - Rádio, equipamento de transmissões

AN/PCR-10 - Rádio transmissor-receptor

Animistas - Povos (balantas, manjacos e outros) que praticam o culto dos irãs

Anti-Aérea ZPU-4 - Anti-aérea  quádrupla, de 14,5 mm (PAIGC)[Também tinham peças AA de 37 mm e, depois, o Strela, em 1973]


Anti-G - Fato que ajudar a suportar os Gês (FAP)

AOE - Associação de Operações Especiais

Ap - Apontador

Ap Arm Pes Inf - Apontador de Armas Pesadas de Infantaria (morteiro, canhão s/r, metralhadora 12.7...)

Ap Dil - Apontador de Dilagrama

Ap LGFog - Apontador de Lança-granadas-foguete

Ap Met - Apontador de Metralhadora

Apanhado - Diz-se do combatente afectado pela guerra e pelo clima; cacimbado (em Angola)

Arre-macho - Tropa de infantaria, tropa-macaca (termo depreciativo, usado pelas tropas especiais)

Arv - Arvorado (Soldado)

ASCO - Aly Souleiman & Ca - Casa comercial, de origem sírio-libanesa, com sede em Bissau e filiais no interior, incluindo Gadamael.

Asp Of Mil - Aspirante a Oficial Miliciano

At Art - Atirador de Artilharia

At Cav - Atirador de Cavalaria

At Inf - Atirador de Infantaria

ATAP - Missão resultante de um pedido de fogo imediato, com a saída da parelha de alerta; ataque em alerta (FAP)

ATIP - Missão de apoio de fogo, pré-planeada; ataque independente (FAP)

ATIR - Ataque e reconhecimento (FAP)

BA12 - Base Aérea nº 12 (Bissau, Bissalanca)

BAC1 – Bataria de Artilharia de Campanha nº 1, mais tarde GA7

Bacalhau - Aperto de mão

Badora – Regulado da região de Bafatá; morteiro 120 mm (PAIGC)

Baga baga – Termiteira (crioulo)

Baguera - Abelha (crioulo); ‘Baguera, baguera’!!!, era a expressão de aflição dos africanos quando atacados por abelhas, no mato

Bailarina – Mina A/P que rebentavam acima do solo, a meia altura.

Bajuda - Rapariga, donzela, moça virgem (crioulo; lê-se badjuda)

Balafon - Instrumento da música afro-mandinga, antecedor do xilofone (crioulo)

Balaio - Cesto grande (crioulo)

Balanta Mané - Balanta islamizado

Banana - Rádio, equipamento de transmissões, AVP-1

Bandalho – Membro do “Bando do Café Progresso”, do Porto, tertúlia de ex-combatentes da Guiné

Bandim - Mercado de Bissau

Bandoleira - Correia permitindo o transporte de uma espingarda ao ombro ou a posição de tiro a tiracolo

Barraca - Acampamento temporário no mato (PAIGC)

BART - Batalhão de Artilharia

Básico - Soldado dos serviços auxiliares (afeto sobretudo à cozinha)
Batata - Nome de guerra do ten pilav António Martins de Matos (BA12, Bissalanca, 1972/74), autor de "Voando sobre um ninho de Strelas" (Lisboa: 2018)

Bate-estrada - Aerograma, carta, corta-capim

Bazuca (i)- LGFog (lança-granadas foguete, 8,7 cm); cerveja de 0,6 l (gíria)

Bazuca (ii) - Alcunha, na Academia Militar, do cap cav Fernando José Salgueiro Maia



Guiné > Região de Bafatá > Galomaro > CCS/BCAÇ 3872 (Galomaro, 171/74)

Binta, a bajuda mais bonita de Galomaro e arredores. Foto da coleção de Juvenal Amado (ex-1.º Cabo Condutor Auto Rodas da CCS/BCAÇ 3872, Galomaro, 1971/74), autor do livro "A Tropa Vai Fazer de ti um Homem".

Foto (e legenda): © Juvenal Amado (2014). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

Bazuca China - Lança Granadas-Foguete RPG-2 (PAIGC, gíria)

BCAÇ - Batalhão de Caçadores

BCAV - Batalhão de Cavalaria

BCP - Batalhão de Caçadores Paraquedistas (o BCP nº 12 esteve na Guiné, o nº 21 em Angola e os nºs 31 e 32 em Moçambique)


Bêbeda - Alcunha dada à viatura Fox MG-36-24, que pertenceu aos Pipas, foi sendo sucessivamente rebaptizada: Bêbeda, Diabos do Texas; esteve em Guileje desde 1965 a 1973.
BENG - Batalhão de Engenharia

BENG 447 – Batalhão de Engenharia nº 447, Bissau

Bentém - Banco, baixo, onde os homens grandes se sentam, a conversar, em geral, sob um poilão (crioulo)

Biafra - Clube de Oficiais, no Quartel General, em Santa Luzia, Bissau; Bar dos pilotos, na BA12, Bissalanca (gíria)

Bianda - Comida; arroz, base da alimentação da população na época (crioulo)

Bicha de pirilau - Progressão, em fila, no mato, mantendo cada homem uma distância regulamentar (gíria)

Bideiras - As vendedeiras ambulantes, que andam nas ruas Bissau (crioulo)

Bigrupo - Força IN equivalente a c. 40 homens (PAIGC)

BINT - Batalhão de Intendência

Bioxene – Álcool; estar com os copos (gíria)

Blufo - Rapaz balanta não circuncidado; rapaz inexperiente (crioulo)

Boinas Negras - Fuzileiros

Boinas Verdes - Paraquedistas

Boinas Vermelhas - Comandos (depois de 1974); na Guiné, usavam a boina castanha do exército

Bolanha - Terreno alagadiço, próprio para a cultura do arroz (cioulo)

Bombolom - Intrumento musical, feito a partir do tronco de uma árvore; instrumento tradicional de comunicação entre aldeias balantas e manjacas (crioulo)

Bonifácio - Obus 11,4 cm, TR m/917, da I Guerra Mundial (termo da gíria dos artilheiros)

BOP - Bombardeameno a picar (FAP)

BOR - Embarcação civil, que navegava no Geba, com umas estranhas pás na popa

Brandão - Família da região de Tombali (Catió), mas também de Bambadinca (região de Bafatá)

Bué - Muito, manga de (Não vem de Boé; termo do quimbundo de Angola; não se usava no nosso tempo) (gíria)

Bunda - Cú, traseiro (crioulo)

Burmedjus - Mulatos, mestiços, crioulos, cabo-verdianos (crioulo)

Burrinho - Viatura automóvel Unimog 411, a gasolina (mais pequena que o 404, a gasóleo) (NT) 





Guiné > Região de Tombali > Guileje > A Fox MG-36-24, que pertenceu aos Pipas, foi sendo sucessivamente rebaptizada: Bêbeda, Diabos do Texas... (Bêbeda, porque possivelmente gastava... "cem aos cem"!)...

Segundo Nuno Rubim, "a matrícula da Fox é a mesma que consta numa fotografia tirada por elementos do PAIGC em 25 de maio de 1973, quando ocuparam o quartel, três depois depois do seu abandono por ordem do comandante do COP 7. Portanto a Bêbeda ( que  fica para a história, representada com essa mesma inscrição no diorama de Guileje, que foi construído por Nuno Rubim para o Núcleo Museológico Memória de Guiledje ....) terá servido desde 1965 até 1973, integrada nos sucessivos Pel Rec Fox que por lá passaram"... A foto de baixo  foi gentilmente cedida pelo Teco (Alberto Pires), da CCAÇ 726.

Fotos (e legendas): © Nuno Rubim (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís GRça & Camaradas da Guiné]



Cá bai - Não vai (crioulo)

Cabaceira - Árvore e fruto do embondeiro (não confundir com Poilão) (crioulo)

Cabaço - Hímen, virgindade (crioulo)

Cabeça Grande - Bebedeira (crioulo)

Cabo Aux Enf - 1º Cabo Auxiliar de Enfermeiro

Cabo Enf - 1º Cabo Enfermeiro

Caco / Caco Baldé - Alcunha do Gen Spínola (mas também 'Homem Grande de Bissau', 'O Velho', 'O Bispo'; caco, de monóculo; Baldé, apelido frequente entre os fulas)

Cães Grandes - Oficiais superiores

Chabéu – Dendê (fruto); prato típico da GB, de peixe ou carne, feito com óleo de palma (etimologia: do crioulo "tche bém")

Cal - Calibre

Camarigo - Camarada e Amigo (por contracção); criada na Tabanca Grande

Cambar - Atravessar um rio (crioulo)

Candongas - Transporte colectivo privado, usado hoje no interior da Guiné Bissau

Canhão s/r - Canhão Sem Recuo

Canhota - A espingarda automática G3

CAOP - Comando de Agrupamento Operacional

CAOP1 - Comando de Agrupamento Operacional nº 1

Cap - Capitão

Cap Mil - Capitão Miliciano

Cap QEO - Capitão do Quadro Especial de Oficiais

Cap QP - Capitão do Quadro Permanente

Capim - Nome comum de planta gramínea, típica da savana arbustiva; graveto, dinheiro (gíria)

Capitão-proveta - Cap QEO (gíria),  que  passava a poder transitar para os quadro permanente das armas combatentes (infantaria, artilharia e cavalaria), depois de frequentar o "curso intensivo", previsto pelo D.L. nº 353/73, de 13 de julho.
 
Carecada - Castigo disciplinar, imposto pelo superior hierárquico, e que consistia no corte de cabelo à máquina zero (gíria)

CART - Companhia de Artilharia

Casa Gouveia - Principal empresa colonial, fundada por António da Silva Gouveia em finais do Séc. XIX: em 1927 é adquirida pela CUF.

Catota - Orgão sexual feminino; partir catota = ter relações sexuais (crioulo, calão)

Cavalos duros - Feridas no pénis e órgãos genitais e até na boca e no ânus, sintomas de doença venérea (calão)

Cavalos moles - Sintomas de sífilis, doença venérea (fendas no pénis) (calão)

CCAÇ - Companhia de Caçadores

CCAÇ I - Companhia de Caçadores Indígenas

CCAV - Companhia de Cavalaria

CCM - Curso de Capitães Milicianos

CCmds - Companhia de Comandos

CCP - Companhia de Caçadores Paraquedistas

CCS - Companhia de Comando e Serviços

CEME - Chefe do Estado Maior do Exército

CEMGFA - Chefe do Estado Maior General da Força Aérea

Cento e vinte - Morteiro pesado, de 120 mm

Cesca - Pistola de 7,65 mm, de origem checoslovaca (PAIGC)

CFA - Franco da Communauté Francofone Africaine, moeda actual da GB (1 Euro = 655,597 CFAA)

CFORN - Curso de Formação de Oficiais da Reserva Naval (Marinha)

Chão - Território étnico (vg, chão fula)

CHASE - Em formação, atrás de (FAP)

Checa - Pira, periquito (em Moçambique), maçarico (Angola)

Checklist - Livro de notas do piloto (FAP)

Chipmunk - Avião de treino, de dois lugares, monomotor, de origem canadiana (FAP)

Choro - Conjunto de rituais celebrados por ocasião do falecimento de uma pessoa, parente ou vizinho (sobretudo entre os animistas) (crioulo)

Cibe - Palmeira; utilizam-se rachas de cibe como barrotes na construção; é resistente à formiga baga-baga (crioulo)

Cilinha - Nome de guerra de Cecília Supico Pinto, a fundador e líder histórica do MNF – Movimento Nacional Feminino

Cipaio - Elemento nativo da polícia

Circuncisão - Vd. Fanado. Havia/há a circuncisação masculina e a feminina. Vd. MGF.

CISMI - Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria (Tavira)

CM - Cabo de Manobra (Marinha)

Cmd - Comando

Cmdt - Comandante

COE - Curso de Operações Especiais

COM - Curso de Oficiais Milicianos

Com-Chefe - Comando-Chefe

Conversa giro - Fazer amor, ter relações sexuais (crioulo)

COP - Comando Operacional

COP7 - Comando Operacional 7

Cor - Coronel

Corpinho - Sutiã, soutien (crioulo)

Corpo di bó - Como estás ? (crioulo)


Corta-capim - Aerograma, carta, bate-estrada (gíria)

Costureirinha - Pistola metralhadora PPSH (PAIGC) (gíria)

CPC - Curso de Promoção a Capitão do Quadro Complementar

CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa

CSM - Curso de Sargentos Milicianos

CTIG - Comando Territorial Independente da Guiné

CUF - Companhia União Fabril (representada, na Guiné,  pela Casa Gouveia)

Cupilom - Pilão, bairro popular atravessado pela estrada para o aeroporto; Cupelon, Cupilão

Dari - Chimpanzé (da mata do Cantanhez) (crioulo)

DC 3 - Avião de trasporte (FAP)

DC 6 - Avião de transporte (FAP)

DCON - Missão de acompanhamento (FAP)

Degtyarev - Metralhadora ligeira 7,62 mm, de origem soviética (PAIGC)

Degtyarev-Shpagim - Metralhadora pesada 12,7 mm, de origem soviética (PAIGC)

Desenfianço - Escapadela (por ex., até Bissau) (gíria)

Dest - Destacamento

Dest A - Destacamento A

DFA - Deficiente das Forças Armadas

DFE - Destacamento de Fuzileiros Especiais

Diorama - Maqueta a 3 dimensões (v.g., aquartelamento de Guileje)

Djídio (ou gigio) - Cantor ambulante que ia de tabanca em tabanca, transmitindo as notícias (crioulo)

Djila - Vd. Gila

Djubi - Olha! (crioulo), mas também criança, menino

DO 27 - Dornier 27 (Avioneta), avião ligeiro de transporte (Fap

Drone - Máquina voadora não tripulada (não existia no nosso tempo) (FAP)

Drop Tanks - Depósitos de combustível (FAP)

ECS - Escola Central de Sargentos (Águeda)


EE - Escola do Exército (antecessora da AM - Academia Militar)


Embondeiro - Cabaceira, baobá (Senegal)

Embrulhanço - Contacto pelo fogo com o IN, ataque, emboscada (gíria)

Embrulhar - Ser atacado (pelo IN) (gíria)

Enf - Enfermeiro

Enf Para - Enfermeira paraquedista

Engine Master - Botão principal de uma aeronave (FAP)

EP - Exército Popular (PAIGC)


EPA - Escola Prática de Artilharia (Vendas Novas)

EPC - Escola Prática de Cavalaria (Santarém) 

EPI - Escola Prática de Infantaria (Mafra), também conhecida por Máfrica
EREC - Esquadrão de Reconhecimento [de Cavalaria]

Esp - Espingarda

Esp Aut - Espingarda Automática

Esp MMA - Especialista Mecânico de Manutenção Aeronáutica (FAP)

Esq - Esquadrão

Esq Mort - Esquadrão de Morteiro

Esquadra - Organização militar de aeronaves (FAP)

Esquadra 121 Tigres - Constituída por Fiat-G 91, T-6 e DO-27 (BA 12, Bissalanca) (FAP)

Esquadra 122 - Heli AL III (BA12, Bissalanca) (FAP)

Esquadra 123 - Nord Atlas e DC-3 (BA12, Bissalanca) (FAP)

Esquentamento - Blenorragia, doença venérea (corrimento de pus pela uretra) (calão)

Estilhaços de frango - Pouca comida (gíria)

F86 Sabre  - Avião a jato, supersónico, que chegou a operar na Guiné, entre 1961 e 1965. Foi retirado por pressão dos norte-americanos. Foi substituído em 1966 pelo Fiat G-91.


Fala mantenha - Partir mantenha, cumprimentar, saudar (crioulo)

Fanado - Festa da circuncisão, ritual de passagem da puberdade para a vida adulta (crioulo)

Fanateca - Mulher que pratica a MGF – Mutilação Genital Feminina (crioulo)

FARP - Forças Armadas Revolucionárias do Povo, a elite combatente do PAIGC

FBP - Fábrica Braço de Prata; também nome dado a uma pistola metralhadora portuguesa, usada no início da guerra, feita na FBP

Ferrugem - Serviço de Material; termo depreciativo, para o pessoal não-operacional, ligado ao SM) (gíria)

Festa, festival - Ataque aparatoso, ou flagelação, do PAIGC a aquartelamento ou destacamento das NT (gíria)

Fiju (lê-se: fidju) - Filho (crioulo)


Fiju di tuga - Filho de português (crioulo)(Há uma associação, em Bissau, com este nome)

Filhos do Vento - Filhos de militares portugueses, sem reconhecimento da paternidade nem da nacionalidade  


Firma - Estar, ficar, morar (crioulo)

Firminga - Formiga (crioulo)

Fogo de artifício - Flageações ou ataques, a aquartelamentos ou destacamentos vizinhos, vistos de longe (gíria)

Fornilho - Armadilha com cordão de tropeçar

Fotocine - Operador de imagem (fotografia e cinema); destacamento


Fur - Furriel

Fur Enf - Furriel Enfermeiro

Fur Mil - Furriel Miliciano

Fuzos - Fuzileiros especiais

FZE - Fuzileiro Especial (Marinha)

G3 - Espingarda Automática G-3

Gaita à bandoleira (Andar de) - Ter uma doença sexualmente transmissível, em geral blenorragia (ou 'esquentamento') (calão)

GB - Guiné-Bissau

Gen - General

Genti di mato - Turras, população sob controlo do IN (crioulo)

Gês - Força da gravidade (FAP)

Gila (lê-se djila) - Comerciante, vendedor ambulante, contrabandista (que circula pela Guiné e países vizinhos)

GMC - Viatura automóvel pesada, de rodado duplo atrás, de fabrico americano

GMD - Granada de Mão Defensiva

GMO - Granada de Mão Ofensiva

Gorro Novo - Metralhadora Pesada Goryounov, Cal 7,62 mm M-943 SG (PAIGC, gíria)

Gosse, gosse - Depressa (vg, retirar no gosse, gosse) (crioulo)

Gouveia - Casa comercial ligada ao grupo CUF

Gr Comb - Grupo de Combate; pelotão

Gr Comb (-) - Grupo de Combate desfalcado

Gr Comb (+) - Grupo de Combate reforçado

Gr M Of - Granada de mão ofensiva

Grã-tabanqueiro - Membro da Tabanca Grande (blogue)

Heli - Helicóptero

Helicanhão - Helicóptero armado com canhão de 20 mm (vd. Lobo Mau)(FAP)

HK 21 - Metralhadora Ligeira

HM 241 - Hospital Militar nº 241, Bissau

HMP - Hospital Militar Principal (Estrela, Lisboa)

Homem Grande - Chefe de Família (crioulo)

IAO - Instrução de Aperfeiçoamento Operacional

IN - Inimigo; guerrilheiros e população sob o seu controlo

INT - Intendência

Ir no mato - Fugir (ou ser levado) para uma zona controlada pelo PAIGC (crioulo)

Irã - Ser sobrenatural que, para os animistas (balantas, papéis, manjacos, etc.) habita as florestas (e em especial os poilões) (crioulo)

Jacto do Povo - Foguetão 122 mm; Graad (PAIGC, gíria)

Jagudi - Abutre (crioulo)


Jamara (lê-se:djarama) - Obrigado (fula)

Jambé (lê-se djambé) - Instrumento de percussão africano, em forma de cálice invertido (crioulo)

Kacur - Cachorro (crioulo)


Guiné > Região do Boé > Madina do Boé > CCAÇ 1589/BCAÇ 1894 (Nova Lamego e Madina do Boé, 1966/68). > Uma Kalash, ou Aka, capturada ao PAIGC...

Foto do álbum fotográfico do nosso camarada Manuel Caldeira Coelho, ex-fur mil trms, CCAÇ 1589 (Nova Lamego e Madina do Boé, 1966/68).

Foto (e legenda): © Manuel Coelho (2011). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Kalash - Espingarda Automática AK 47 (PAIGC)

Kasumai - Saudação em dialecto felupe

Kora - Instrumento musical mandinga, de cordas, tipo cítara, inventado pelos antepassados do mestre Braima Galissá (músico do Gabu, a viver em Portugal) (crioulo)

Lassas - Abelhas selvagens; alcunha por que era conhecido, pelo PAIGC, o pessoal da CCAÇ 763 (Cufar, 1965/66)

LDG - Lancha de Desembarque Grande (Marinha)

LDM - Lancha de Desembarque Média (Marinha)

LDP - Lancha de Desembarque Pequena (Marinha)

Lerpa - Jogo de cartas, geralmente a dinheiro (gíria)

Lerpar - Perder (à lerpa), apanhar um castigo, morrer (gíria)

LFG - Lancha de Fiscalização Grande (Marinha)

LGFog - Lança-granadas-foguete, bazuca

Lifanti - Elefante (crioulo)

Lion Brand - Conhecida marca de repelente de mosquitos

Lobo Mau - Helicanhão (FAP) (gíria)

Lubu - Hiena (crioulo)

MA - Minas e Armadilhas

Macacada - Tropa, forças do Exército, tropa-macaca (gíria)

Macaco-cão - Babuíno (Macaco Kom, em crioulo)

Macaréu - Vaga impetuosa que, no Rio Geba, precede o começo da praia-mar. É mais sentida no Geba Estreito, a partir da foz do Rio Corubal.

Maçarico - Pira, periquito (Guiné); checa (Moçambique); termo mais usado em Angola

Mach - Velocidade do som (FAP)

Madrinha - Madrinha de guerra, jovem do sexo feminino, maior de 16 anos, que se correspondia com um militar no Ultramar

Mafé - Acompanhamento da bianda, conduto (muitas vezes, peixe, peixe seco, kasseké) (crioulo)

Máfrica - Escola Prática de Infantaria, em Mafra (gíria)

Maj - Major

Maj gen - Major general [antes equivalia o posto de brigadeiro, desde 1999, o primeiro posto permamente de oficial general, imediatamente inferior a tenente-general; tem 2 estrelas]
 

Mama firme - Peito direito (bajuda) (crioulo)

Mancarra - Amendoím (crioulo)

Manga de ronco – Grande festa; sucesso militar (crioulo e gíria)

Manga de sakalata - Muita confusão, muitos sarilhos (crioulo e gíria)

Manga di chocolate - Barulho, grande ataque, com muito fogachal, embrulhanço; corruptela de Manga di sakalata (gíria)

Mantenha(s) - Saudades, lembranças, cumprimentos (crioulo); fala mantenha, partir mantenhas = saudar.
[Da locução portuguesa (que Deus te) mantenha)]

"mantenha", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2013, https://dicionario.priberam.org/mantenha [consultado em 12-01-2019].


Marabu - Sacerdote muçulmano, de vida ascética, considerado sábio e venerado como santo, tanto em vida como depois da morte

Mário Soares - Famoso comerciante de Pirada, de quem se dizia que trabalhava para os "dois lados"


Marmita - Mina A/C (Moçambique, Cancioneiro do Niassa)

Matador - Veículo automóvel pesado usado como reboque do obus (e transporte de tropas)

Mato (i) - Muito, grande quantidade, manga de (expressão comum, ´É mato') (gíria)

Mato (ii) - Zona de guerra, zona de controlo do PAIGC

Mec Aut - Mecânico de viaturas automóveis

Med - Médico (vg, Alf Mil Med)

Meta - Bar e salão de jogos, em Bissau, no tempo colonial

Metro e oito - Alcunha do Ten Cor Manuel Agostinho Ferreira (BCAÇ 2879, 1969/71)

MG 42 - Espingarda-metralhadora, de origem alemã (usada por páras e fuzos)

MGF - Mutilação Genital Feminina; excisão do clitóris e grandes lábios; fanado

MiG 17 - Avião de combate de origem russa, supersónico (que o PAIGC nunca chegou a ter)

Mil - Miliciano; milícias [vd. Pel Mil]

Mindjer - Mulher (crioulo) 


Mindjer Garandi - Mulher grande (crioulo)
Minino - Menino, rapaz (crioulo). Vd. também djubi ou jubi. 

Misti - Querer, queres (bo misti) (crioulo)

ML - Met Lig / Metralhadora Ligeira

MNF - Movimento Nacional Feminino (fundado em 1961 por Cecília Supico Pinto, a Cilinha)

Morança - Casa, núcleo habitacional de uma família, alargada, com o respectivo chefe (de morança) e em geral com uma cercadura (crioula) 




Guiné> Região de Tombali > Guileje > CCAÇ 726 (1964/64 >  O temível morteiro 81, o "botabaixo" (, em manobrado, fazia razias entre o pessoal atacante, num raio até 6 km).

Foto (e legenda): © Alberto Pires (Teco) (2007). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Mort - Morteiro

Mort 81 - Morteiro 81 mm; alguns tinham 'nomes de guerra' como o 'Bota Abaixo'

Mort 82 - Morteiro 82 mm (PAIGC)

Morteirete - Morteiro ligeiro, de calibre 60 (mm), podendo ser usado sem prato

MP - Met Pes / Metralhadora Pesada

MSG - Mensagem

Mudar o óleo - Ir às... putas (calão)

Mulas - Sintomas de sífilis, doença venérea (inchaços nas virilhas) (calão)

Mun - Municiador

Mun Mort - Municiador de morteiro

N/M - Navio da Marinha

Nharro - Africano; preto (crioulo, calão, na altura com sentido pejorativo, racista)



Guiné-Bissau > Região de Tombali > Iemberém> Simpósio Internacional de Guileje > 1 de Março de 2008 > Grafito com o desenho nalú do irã protector da tabanca, o Nhinte-Camatchol, e que foi o logótipo do Simpósio, organizado pela AD -Acção para o Desenvolvimento, o INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesqusias, e UCB - Universidade Colinas do Boé. 

"O Nhinhe Camatchol é uma escultura dos nalus do Cantanhez usado na festa do fanado. Representa uma cbeça de pássaro com rosto humano, sendo a mensagem aos participantes deste ritual de iniciação à vida adulta a seguinte: que todos eles passam a considerar-se como verdadeiros irmãos, mais verdadeiros que os próprios irmãos biológicos. O que deve ser entendido como a afirmação do interessse colectivo, comunitário, acima do interesse dos indivíduos e das famílias. Orginalmente esta máscara não poderia ser vista pelos não iniciados, sob pena de morte" (Campredon, Pierre – Cantanhez, forêts sacrées de Guinée-Bissau. Bissau,Tiguena. 1997, pp. 32-33). 


Foto (e legenda): © Luís Graça  (2008). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Nhinte-Camatchol - O grande irã dos nalus na Floresta do Cantanhez

Ninhos - Entrada gastronómica com camarão, ovo e tomate, servida no Pelicano (gíria)

NM - Número mecanográfico (do militar)

NNAPU - Normas de Nomeação e de Apoio às Províncias Ultramarinas



Nord Atlas - Avião de Transporte (FAP)

NRP - Navio da República Portuguesa

NT - Nossas Tropa

OB - Oscar Bravo, obrigado (gíria)

Obus 14 - Obus, de calibre 14 cm

Oitenta - Morteiro de calbibre 81 (o PAIGC tinha o 82)

ONG - Organização não-governamental

Onze quatro - Peça de artilharia, de calibre 11,4 cm

Op - Operação (vg., Op Lança Afiada); operador)

Op Cripto - Operador Cripto

Op Esp - Operações especiais ou ranger

P2V5 - Avião de luta anti-sumarina, também usado no Guiné, no início da guerra, para ataque ao solo

Pachanga - Pistola-Metralhadora SHPAGIN Cal 7,62 mm M-941 (PPSH) (PAIGC);  costureirinha (gíria)

PAI - Partido Africano para a Independência, fundado em 1956

PAIGC - Partido Africano Para a Indepência da Guiné e Cabo Verde

Panga bariga - Caganeira (crioulo)

Parafusos - Familiares, amigos ou vizinhos de paraquedistas ou de fuzileiros, convivendo com ambos

Páras - Paraquedistas

Parte peso - Dá-me dinheiro (crioulo)

Partir catota - 'Dar o pito' (expressão nortenha); ter relações sexuais (a mulher com o homem) (calão)

Partir punho - Ser masturbado por outrem, à mão (crioulo, calão)

Pastilhas - Enfermeiro (em geral, Fur Enf) (gíria)

Patacão - Dinheiro, pesos (crioulo)

Pau de Pila - Lança Granadas-Foguete Pancerovka P-27 (PAIGC, gíria)

PC - Posto de Comando

PCV - Posto de Comando Volante 


Peça 11,4 - Peça de artilharia, de calibre 11,4 cm

Peça M-130 - Peça de artilharia de longo alcance, da Guiné-Conacri, usada em ataques fronteiriços pelo PAIGC-

Pel Caç Nat - Pelotão de Caçadores Nativos

Pel Can s/r - Pelotãod e Canhão sem recuo

Pel Mil - Pelotão de Milícias

Pel Mort - Pelotão de Morteiros

Pel Rec Daimler - Pelotão de Reconhecimento Daimler (Cavalaria)

Pel Rec Fox - Pelotão de Reconhecimento Fox (Cavalaria)

Pel Rec Info - Pelotão de Reconhecimento e Informação

Pelicano – Café. restaurante e esplanada de Bissau, junto ao estuário do Geba, na marginal do tempo colonial

Peluda - Vida civil (depois da tropa)(gíria) 


Perintrep - Periodic Intelligence Report

O Perintrep era uma documento classificado, elaborado pela 2ª Rep/QG/ComChefe/Guiné (, chefiada, no final da guerra, por Artur Baptista Beirão, ten cor inf) (1925-2014). Era elaborado a partir de notícias recebidas (Relim) durante um período semanal, indicando-se sempre a origem ou o órgão da fonte da notícia. O documento, classificado, chegava até aos comandantes operacionais (nível de companhia), que o tinham de incinerar no prazo de 72 horas... As informações nele contidas, devidamente selecionadas, podiam ser (ou não) partilhadas depois com os subordinados, individualmente ou em grupo.







Reprodução (parcial) do Perintrep nº 12/74, relativo ao período de 17 a 24 de março de 1974. Documento (digitalizado) por Nuno Rubim (2016) / Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2016)

Periquito - Militar novato; pira, piriquito (sic)

Peso - Unidade da moeda local; escudo guineense (no tempo colonial) (crioulo)

PG - Prisioneiro(s) de Guerra

Piçada - Repreensão de um superior (gíria)

Picador - Soldado ou milícia que faz a picagem

Picagem - Deteção de minas e armadilhas num trilho ou picada

PIDE/DGS - Polícia política portuguesa

PIFAS - Programa de Informação das Forças Armadas

Pil - Piloto (miliciano)

Pilão - Bairro popular de Bissau, muito frequentado pelas NT nas horas de lazer

Pilav - Piloto aviador, saído da Academia Militar (Os milicianos são apenas Pil) (FAP)

PINT - Pelotão de Intendência

Pira - Periquito, militar recém-chegado à Guiné; maçarico (Angola); checa (Moçambique)

Piurso - Pior que um urso, zangado (gíria)

Poilão - Designação comum a algumas árvores da família das bombacáceas. Ceiba Pentandra (crioulo)

Ponta - Herdade, exploração agrícola (crioulo)

Pop - População

Porrada - Contacto com o IN; punição disciplinar (gíria)
PPSH - Metralhadora ligeira, 7,72 mm (PAIGC; a famigerada 'costureirinha' (gíria)

Psico - Acção psicológica e social das NT junto da população (também Psique)

QG - Quartel General

QG/CCFAG - Quartel General do Comando Chefe das Forças Armadas da Guiné), na Amura

QG/CTIG – Quartel General do Comando Territorial Independente da Guiné, em Santa Luzia 


QEO - Quadro Especial de Oficiais

QP - Quadro Permanente (Pessoal)

Quarteleiro – 1º cabo de manutenção de material

Quebra-costelas - Abraço, AB, Alfa Bravo (gíria, de origem alentejana)

Quico - Boné especial da tropa

Rabecada - Vd. piçada (gíria)

Racal - Equipamento portátil, de origem americana, podendo ser usado em viaturas e aviões, transmitindo em fonia entre as frequências de 38 a 54,9 Mc/s.

RAL - Regimento de Artilharia Ligeira

RCacheu - Rio Cacheu

RCorubal - Rio Corubal

RCumbijã - Rio Cumbijã

RDM - Regulamento de Disciplina Militar

Ref - Militar na Reforma

Reforço - Aumento das medidas de segurança dos nossos aquartelamentos

Reordenamento - Aldeia estratégica, construída pelas NT, reagrupando uma ou mais tabancas

Rep - Repartição (do Quartel-General)

REP / ACAP - Repartição do QC / Assuntos Civis e Acção Psicológica

Res - Militar na Reserva

RFOTO - Reconhecimento fotográfico (FAP)

RGeba - Rio Geba

RI - Regimento de Infantaria

RN - Reserva Naval (Marinha)

Rockets - Granadas lançadas pelo RGP 2 ou RPG 7 (PAIGC)

Rôz kuntango - (ou simplesmente Kuntango) Arroz cozinhado (bianda) sem máfé (crioulo)

RPG - Lança-granadas-foguete (PAIGC): havia o 2 e o 7

RVIS - Voo de reconhecimento aéreo (FAP)

SA-7 - Míssil Sam-7, Strela, de origem russa (PAIGC)

Sabe sabe - Gostoso (crioulo)

Sakalata - Confusão, conflito, chatice (crioulo)

Salgadeira - Urna funerária, caixão (gíria)

SAM - Serviço de Administração Militar

Sancu - Macaco (crioulo)

Sec - Secção; equipa (Um Gr Comb ou pelotão era composto por 3 Sec)

Setor L1 - Setor 1 da Zona Leste (Bambadinca, Região de Bafatá)

Sexa - Sua Excelência, mas também Sexagenário

SGE - Serviço Geral do Exército; oficiais oriundos da classe de sargentos

Siga a Marinha - Embora, vamos a isto! (gíria)

Sintex - Pequena embarcação, de fibra, com mortor fora de bordo, de 50 cavalos, usado para cambar um rio; parecia uma banheira (NT)

SM - Serviço de Material (vd. Ferrugem)

SNEB - Rocket antipessoal, de calibre 37 mm, que equipava o T-6 e que também era usado pelos paraquedistas e demais tropas como LGFog

Sold - Soldado

Sold Arv - Soldado Arvorado

Solmar - Cervejaria de Bissau, do tempo colonial

SPM - Serviço Postal Militar

Srgt - Sargento

STM - Serviço de Transmissões Militares

Strela - Flecha, em russo (стрела); míssil russo terra-ar SAM 7

Suma - Como, igual (crioulo)
Supintrep - Relatório de informação suplementar (Vd. Perintrep)

Supositório - Granada de obus (gíria) 





Guiné > Bissau > Bissalanca > BA 12 > Fiat G-91 R4: linha da frente da esquadra 121, "Os Tigres"


Foto (e legenda): © Mário Santos (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


T/T - Navio de Transporte de Tropas (v.g., T/T Niassa, T/T Uíge)

T6 - Avião bombardeiro, monomotor; equipado c/ lança-roquetes e metralhadora (NT)

Tabanca - Aldeia (crioulo); mas também morança, cubata, casa: mas também tertúlia (v.g., Tabanca de Matosinhos)

Tabanca Grande – A mãe de todas as tabancas ou tertúlias de antigos combatentes da Guiné (v.g., Tabanca de Matosinhos, Tabanca do Centro, Tabanca da Linha, Tabanca dos Melros, Tabanca da Maia, Tabanca do Algarve, Tabanca da Lapónia, etc.) 

Tarrafe - Vegetação aquática, típica das zonas ribeirinha

Taufik Saad - Casa comercial, de origem libanesa, em Bissau


Taxy Way - Caminho de rolagem (FAP)

Tchora - Chorar (crioulo)

Tem manga di sabe sabe - Muito gostoso (crioulo)

Ten - Tenente

Ten Cor - Tenente-Coronel

Ten Gen - Tenente General, antigo general de 
3 estrelas [Posto reintroduzido no Exército Português em 1999, em substituição do posto de general de 3 estrelas; é a mais alta patente de oficial general no ativo, já que os postos superiores são apenas funcionais ou honoríficos: por exemplo, chefe do estado maior general].

Tertúlia – Tabanca Grande

TEVS - Transporte em evacução (FAP)

Tigre de Missirá - Nome de guerra (Alf Mil Beja Santos, Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70)

Tigres - Esquadra de Fiat G-91, na BA 12

TN - Território nacional

TO - Teatro de Operações

Toca-toca - Transporte colectivo, privado, nas zonas urbans da Guiné-Bissau (carrinha tipo Hyace, de cores azul e amarela) (crioulo)


Guiné > Regoão de Bafatá > Setor L1 (Bambadinca) > CCAÇ 12 (1969/71) + CART 2520 (1969/70) > Op Safira Única, 21 de janeiro de 1970, no subsetor do Xime, nas proximidades da Ponta do Inglês

Uma pistola de origem soviética, Tokarev, de 7,62, igual ou parecida à que que foi apreendida ao guerrilheiro Festa Na Lona, na Ponta do Inglês, no decurso da Op Safira Única ... Pelo que me recordo, esta pistola ficou à guarda do alf mil Abel Maria Rodrigues, comandante do 3º Grupo de Combate da CCAÇ 12 (onde eu muitas vezes me integrei, conforme as faltas de pessoal...) , que a tomou como ronco... Não sei se a conseguiu trazer para a Metrópole e legalizá-la... Ao que parece, esta arma teve a sua estreia na Guerra Civil de Espanha, em 1936, nas fileiras do exército republicano, estando distribuída a pilotos e tripulações de tanques, entre outros... (LG). 

Fonte: Kentaur, República Checa (2006) [página já não disponível]

(...) Por volta das 15. 30h, já nas proximidades do objectivo, foram notados indícios de presença humana: trilhos batidos, moringas nas palmeiras para recolha de vinho e um cesto de arroz.

Seguindo um dos trilhos, avistou-se um homem desarmado que seguia em direcção contrárias às NT. Capturado, informou que ia recolher vinho de palma, que a tabanca ficava próxima, que não havia elementos armados e que a maior parte da população estava àquela hora a trabalhar na bolanha.

Feita a aproximação com envolvimento, capturaram-se mais 2 homens, 5 mulheres e 6 crianças. Um dos homens capturados disse chamar-se Festa Na Lona, de etnia Balanta, estar alí a passar férias e pertencer a uma unidade combatente do Gabu. Foi-lhe apreendido uma pistola Tokarev (7,62, m/ 1933) e vários documentos.

Havia 2 tabancas, cada uma com 4-5 casas, afastadas umas das outras cerca de 200 metros. Cada casa era revestida de chapa de bidão e coberta de capim. Para o efeito foram aproveitados os bidões existentes no antigo aquartelamento da Ponta do Inglês que as NT haviam retirarado  em novembro de 1968.

Foram destruídos todos os meios de vida encontrados e incendiadas casas, a excepção das que ficaram armadilhadas. Os 2 Dest executaram toda a acção sem disparar um único tiro. A  retirada fez-se igualmente a corta-mato em direcção de Gundagué Beafada, tendo-se chegado ao Xime pelas 18.30h. Durante a noite, a Artilharia fez fogo de concentração sobre os acampamentos IN do Baio/Buruntoni e Ponta Varela/Poindon. (...)

Fonte: Extractos de: História da CCAÇ. 12: Guiné 1969/71. Bambadinca: Companhia de Caçadores 12. 1971. Capítulo II. 24-26.


Tokarev - Pistola de calibre 7,62 mm, de origem soviética (PAIGC)

TPF - Transmissões Por Fios

Trms - Transmissões

Tropa-macaca - Por oposição a tropa especial (páras, comandos, fuzos)

TSF - Transmissões Sem Fios

Tuga - Português, branco, colonialista (termo na altura depreciativo) (crioulo)

Turpeça - Banquinho, de três pés, onde se sentam em exclusivo os régulos felupes

Turra - Terrorista, guerrilheiro, combatente do PAIGC (termo n a altura depreciativo)

Ultramarina - Sociedade Comercial Ultramarina, ligada ao grupo BNU; rival da Casa Gouveia.

Uma larga e dois estreitos - Galões de tenente-coronel

UXO - Unexploded (Explosive) Ordenance (em inglês); Engenhos Explosivos Não Explodidos (em português)

Velhice - Militares em fim de comissão (gíria)

Vietname - Guiné, para lá de Bissau; mato

ZA - Zona de Acção

Zebro - Barco de borracha com motor fora de borda, usado pelos fuzileiros

ZI - Zona de Intervenção (do Com-Chefe)

ZLIFA - Zona Livre de Intervenção da Força Aérea

____________

Notas do editor:

(*) Vd. postes de:


30 de dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2389: Abreviaturas, siglas, acrónimos, gíria, calão, expressões idiomáticas, crioulo (6): Racal (José Martins)

29 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2388: Abreviaturas, siglas, acrónimos, gíria, calão, expressões idiomáticas, crioulo (5): Periquito (Joaquim Almeida)

26 de junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1887: Abreviaturas, siglas, acrónimos, gíria, calão, expressões idiomáticas, crioulo (3)... (Zé Teixeira)