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segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Guiné 61/74 - P21379: (In)citações (168): Por favor não misturem as instituições, o Movimento Nacional Feminino e a Cruz Vermelha Portuguesa (José Belo, régulo da Tabanca da Lapónia)



Logo da CVP. Cortesia da Wikipedia


1. Mensagem de José Belo, régulo da Tabanca da Lapónia:

 
Date: domingo, 20/09/2020 à(s) 07:24
Subject: Cuidados a serem usados quanto a misturas de instituições


Caro Luís:
 
Dentro do espírito do texto "Não há só dinossauros na Lourinhã "...

Deverá haver cuidados vários quanto a não misturar, ou mesmo associar, o Movimento Nacional Feminino com a Cruz Vermelha Portuguesa. (*)

A criação, estatutos, objetivos, em muito ultrapassavam, e felizmente ainda hoje ultrapassam, a criação e os objetivos do MNF [, Movimento Nacional Feminino].

O MNF,  criado com o fim de propagandear e apoiar o esforço de guerra de um regime. No período referido, um regime retrógrado de ditadura.

Muito se pode debater a figura (carismática?) da Senhora de Supico Pinto e os seus passeios pela Guiné. Assunto certamente tão interessante para as novas gerações como (ou menos),as descrições  de dinossauros.

Para os que "viveram" a guerra da Guiné, quase escreveria os "dinossauros", colocam-se as seguintes perguntas:

(i) Por muito boas que fossem as intenções dos passeios da Senhora de Supico Pinto, quais os seus resultados práticos?

(ii) Quais as melhorias reais obtidas para o dia a dia dos militares visitados?

Certamente que algumas "plumas coloridas" terão adornado as folhas de serviço dos militares organizadores, acompanhantes, e não menos dos  (alguns!) de...alta-graduação.
 
Quanto ao resto lá caímos nas ...Caridadezinhas! (**)

Um abraço,

J. Belo

2. Comentário anterior do editor LG (*):


Temos falado aqui do papel, mais "mediático",  do Movimento Nacional Feminino (que teria, no seu auge, cerca de 80 mil mulheres inscritas), no apoio psicossocial aos combatentes e suas famílias... 

Papel que numa fase inicial (, com o início da guerra em Angola), substituiu a instituição militar nesse apoio,,,, O Exército não tinha pessoal especializado para exercer essas tarefas... Parece que fomos todos apanhados com os "acontecimentos de 1961", quando havia sinais por todo o lado de que o "terrorismo", a "subversão", os "ventos da história", o "nacionalismo" dos povos africanos e asiáticos, o "anticolonialismo", etc,.também chegariam à(s) nossa(s) porta(s)...

Mas temos ignorado a secção feminina da Cruz Vermelha Portuguesa, que apoiou sempre os feridos, os deficientes e os prisioneiros... Esta instituição teve menos visibilidade na comunicação social...E as suas missões eram mais discretas, se não mesmo "secretas" (no caso dos prisioneiros)...

A Cecília Supico Pinto ocupou a ribalta, ofuscou o papel, discreto mas valioso, de outras mulheres... Por analogia com o "eucalipto", poder-se-ia dizer que secou tudo à sua volta... E no entanto irá criticar, no fim da sua vida, a sua biógrafa por falar "excessivamente" da Cilinha... Autocrítica serôdia ?!...

3. Comentário de António J. Pereira da Costa:

Olá,  Camaradas

Mesmo estando a "gastar cera com ruins defuntos", venho recordar que o Movimento Nacional Feminino nunca teve nem no seu auge, nem no sei fim cerca de 80 mil mulheres inscritas.
Se assim fora,  a sua acção teria sido mais eficaz e visível.

No apoio psico-social aos combatentes e suas famílias os resultados foram pobres, como se sabe. Talvez numa fase inicial (no início da guerra em Angola), tenha substituído a instituição militar, mas pontualmente.

O Exército não tinha pessoal especializado para exercer essas tarefas (e nunca teve), mas o MNF também se "desgastou" depressa. Meios materiais também eram escassos e, sendo caros... era necessário embaratecer a guerra, como sabemos.

Fomos todos apanhados com os "acontecimentos de 1961", quando havia sinais por todo o lado de que o "terrorismo", a "subversão", os "ventos da história", o "nacionalismo" dos povos africanos e asiáticos, o "anticolonialismo", etc,.também chegariam à nossa porta...
É isto que é indesculpável, mas foi assim!

Nunca dei pela acção da secção feminina (ou masculina)  da Cruz Vermelha Portuguesa, mas admito que tenha apoiado os feridos, os deficientes e os prisioneiros... Como? Não sei. Admito que as suas missões fossem discretas, se não mesmo "secretas" (no caso dos prisioneiros)... Era interessante esclarecer esta questão e qual a atitude do Governo para com ela.

A Cecília Supico Pinto ocupou a ribalta, ofuscou o papel, discreto mas valioso, de outras mulheres(?)... Quais?

Pelos apoios de que dispunha e pela necessidade do Regime se mostrar apoiado pelas "mulheres portuguesas", foi sempre apresentada como exemplo a seguir, numa manobra de propaganda, pura e simples, que não teve qualquer resultado palpável.

Quem não a viu ou não sentiu a sua acção (a grande maioria), só se deixou enganar com a manobra se desistiu de observar.

Como, já disse, cumpriu o seu papel histórico e nada mais.

4. Comentário de Manuel Carvalho (*):

Caros camaradas,

Um amigo da Tabanca de Matosinhos e do meu Batalhão que foi ferido e passou algum tempo no Hospital Militar em Bissau diz que a Dona Maria Helena Spínola que era a Presidente da Cruz Vermelha na Guiné e nessa qualidade ia muitas vezes ao Hospital visitar os doentes e levava revistas, tabaco, livros e ia perguntando pelos problemas de cada um e ele como tinha sido evacuado por ferimentos estava sem dinheiro, não demorou muitos dias a aparecer lá o 1º Sargento da Companhia e levar-lhe algum dinheiro. 

Todos sabemos que alguns prisioneiros foram libertados por ação da Cruz Vermelha e esta Senhora terá tido alguma influência nisso certamente. 

Estas duas Senhoras, cada uma com o seu estilo,  tiveram na minha opinião uma atividade muito importante no sentido de minorar o sofrimento,  principalmente das nossas Praças que ganhavam miseravelmente mal e qualquer ajuda por pequena que fosse era sempre bem vinda daí a popularidade da Dona Cecília.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Guiné 61/74 - P21370: (De) Caras (162): Maria Helena Spínola, esposa do gen Spínola, também pertencia ao MNF e chegou a fazer visitas ao mato, caso de Jolmete, em 11 de maio de 1969, juntamente com a Cecília Supico Pinto (Manuel Carvalho)



Foto nº 1 > O gen Spínola falando à tropa... Atrás de si, tem a sua esposa, Maria Helena, de saia branca, camuflado e botas da tropa; e à sua direita, a Cecília Supinco Pinto, de blusa amarela e saia-calça castanha.


Foto nº 2 > A senhora Supico Pinto a falar ao pessoal no refeitório... A  dona Helena Spinola está sentada à direita, e tem a seu lado outra senhora, de óculos escuros, que toma notas, e  que não sabemos identificar.


Foto nº 3 > A senhora Supico Pinto a falar ao pessoal no refeitório... Helena Spinola está de pé  à direita, visivelmente sorridente. 



Foto nº 4A >  Na messe. Da direita para a esquerda: sentada, uma senhora do MNF cujo nome não sabemos; a  seguir, de pé, o nosso cap Barbeitos a falar com a esposa do general Spínola; e depois, sentada, está a Cilinha Supico Pinto, como era conhecida e tratada naqueles tempos.



Foto nº 4B > Na messe... Maria Helena Spínola, vista de perfil, sentada, a falar com o comandante da CCAÇ 2366. 


Foto nº 4 > Na messe: à esquerda, de camuflado, parece ser  o major  Passos Ramos, que cerca de um ano mais tarde viria a ser cruelmente assassinado pelo PAIGC naquela zona.

Guiné > Região de Cacheu > Jolmete > CCAÇ 2366 / BCAÇ 2845, Jolmete, 1968/70) > 11 de maio de 1969 > Visita do gen Spínola e de uma delegação do Movimento Nacional Feminino, composta por 3 semhoras. incluindo a Cecília Supinco Pinto e a Maria Helena Spínola. No mesmo dia, a Cilinha visitou o Olossato.

Fotos (e legendas): © Manuel Carvalho  (2013). Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Escreveu o Manuel Carvalho (ex-Fur Mil Armas Pesadas Inf,  CCAÇ 2366 / BCAÇ 2845, Jolmete, 1968/70) (*)

(...) Tenho cinco fotos com a Cecília Supico Pinto, não sei se são todas da mesma visita, porque duas tem indicação de meados de Maio de 1969 e as outras não tem data. 

Da comitiva fazem parte o Sr. General Spínola e o então cap Almeida Bruno que na altura o acompanhava sempre e numa foto na messe julgo que está, de camuflado o Maj Passos Ramos, que cerca de um ano mais tarde viria a ser cruelmente assassinado pelo PAIGC naquela zona.

Está também a esposa do Sr. General Spínola e uma Senhora do MNF que não sei identificar.

Para além desta visita a Jolmete penso que houve uma outra em fins de 68 ou princípio de 69 mas não tenho a certeza. Como sempre foram distribuídos uns maços de cigarros,  uns isqueiros e umas palavrinhas para atenuar a crise. (...)


2. Comentário do editor LG:

Esta mulher, a Cecília Supico Pinto, já a caminho dos 50, vestia-se com elegância, cuidava da sua figura, andava sempre bem penteada, sabia a importância que tinha, no mato, naquelas circunstâncias, um "toque de feminilidade"...

Reparem, que ela nunca aparece (ou pelo menos até agora, nas fotos que temos publicado) vestida de "camuflado"!... Provavelmente vestia camuflado quando se integrava numa "coluna auto" (deve ter feito algumas, pelo que  deduzo do livro com a sua biografia, da autoria de Sílvia Espírito Santos;  e inclusivamente terá tido treino de G3...).

A esposa do gen Spínola, que devia ser uma simpatia e era uma senhora muito elegante, é a primeira vez que aparece, em fotos publicadas no blogue, integrada numa comitiva do MNF.

Maria Helena Martin Monteiro de Barros Spínola (1913 - 2002), com ascendência alemã, filha de um general e casada com um general, devia estar ainda mais familiarizada com o meio castrense do que a Cilinha, Ambas não tinham filhos. (**)

____________


(**)  Último poste da série > 17 de setembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21365: (De)Caras (128): Cecília Supico Pinto e o MNF: entrevista realizada em 16/7/2005, aos 84 anos, no Hospital de Santa Maria em Lisboa, onde se encontrava internada, pelo cor inf Manuel Amaro Bernardo, da revista "Combatente": " A guerra em Angola estava ganha. A Guiné era um problema. Em Moçambique, o problema era também complicado"...

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Guiné 61/74 - P20264: Em busca de... (299): Camaradas do ex-alf mil António Vieira Abreu, recentemente falecido em Lisboa, e que pode ter pertencido ao BART 1904 (Bissau e Bambadinca, jan 67 / out 69) (João Crisóstomo, Nova Iorque; Manuel Carvalho Gondomar; José Martins, Odivelas)


Foto nº 5


Foto nº 6


Guiné > s/l > s/d > c. 1967/68 > O Alf António Veira Abreu com o seu grupo de combate, militares que poderão ter pertencido ao BART 1904 (Bissau e Bambadinca, 1967/69),à CCS, ou às companhias de quadrícula, CART 1646, 1647 e 1648


Fotos: © João Crisóstomo (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné.]


1. Mensagem do João Crisóstomo, com data de ontem:

Luís Graca,
O Vieira Abreu a bordo de um "sintex"
Vou tentar mais alguma info sobre o Vieira Abreu. Pensei que querias “uma foto" dele ( pedi duas fotos à São, uma à paisana e outra da tropa, mas enviou umas poucas , todas da Guiné.  Enviei-te estas quatro para escolheres (*) , mas, sendo assim há/ tenho mais algumas que a São me mandou; junto mais duas pois nelas aparecem outros “camaradas". Nos meus “canhenhos" o nome que tenho dele é António Vieira Abreu.

Vou confirmar logo que puder. E se conseguir mais alguma info envio-te de imediato.

Vou fazer o que puder pela "Tabanca da Diáspora", mas não te quero alimentar esperanças demasiadas, pois os resultados, por razões várias (, a maioria fora do meu controlo, ) até ao momento têm sido aquém dos meus esforços. (...)
Abraço, João

João Francisco Crisóstomo
Queens, New York


2. Comentário de Manuel Carvalho (Gondomar), ex- (ex-fur mil armas pesadas inf, CCAÇ 2366 / BCAÇ 2845, Jolmete, 1968/70) (*):

Caro amigo Luis Graça

Acerca do nosso camarada Vieira Abreu,  se ele embarcou em Janeiro de 67 só pode ter pertencido ao Bart 1904 que esteve em Bissau e em Fevereiro/68 foi para Bambadinca. 

As companhias operacionais foram as CArt 1646, 1647 e 1648 que também estiveram em Bissau até meados de 67 e é natural que tenham ido fazer alguma operação para a zona onde estava o camarada João Crisóstomo e se tenham encontrado. 

Com os dados que temos, o camarada Vieira Abreu pode ter pertencido a qualquer uma destas companhias inclusive a CCS do BART 1904. 

As outras companhias que foram em Janeiro de 67 para a Guiné foram a CArt 1659 que foi para Gadamael, a 5ª de Comandos e os Pelotões de Reconhecimento 1143 e 1165: o  1143 esteve em Bafatá e em Teixeira Pinto onde ainda convivi com alguns em junho e julho de 68 no Pelundo com quem aprendi algumas coisas, eles estavam no fim e eu estava a começar. Boa gente nunca mais vi nenhum mas gostava.

Um abraço
Manuel Carvalho


Guião do BART 1904 (Bissau e Bambadinca, janeiro de 1967 / outubro de 1969). Cortesia de © Carlos Coutinho (2004)

3. O nosso colaborador permanente, José Marcelino Martins, mandou-nos a seguinte lista dos locais (e datas) por onde passou o BART 1904 e as suas companhias de quadrícula.

Unidade |  Inicio |  Local  | Zona | Saida | Destino

B. Art. 1904 - CCS | janeiro 67 | Bissau | Bissau | fevereiro 68 | Bambadinca
B. Art. 1904 - CCS | janeiro 68| Bambadinca |  Leste | outubro 69 | Fim comissão
B. Art. 1904 - C. Art. 1646 |  janeiro 67 | Bissau | Bissau | agosto 67 | Fá Mandinga
B. Art. 1904 - C. Art. 1646 | abril 67 | Bula | Oeste | abril 67 | Destacada
B. Art. 1904 - C. Art. 1646 |  maio 67 | Bipo | Oeste |  agosto 67 | Intervenção
B. Art. 1904 - C. Art. 1646 | maio 67 | Choquemone |  Oeste | agosto 67 | Intervenção
B. Art. 1904 - C. Art. 1646 | maio 67 | Ponta Matar | Oeste | agosto 67 |  Intervenção
B. Art. 1904 - C. Art. 1646 | maio 67 | Pelundo | Oeste | agosto 67 | Intervenção
B. Art. 1904 - C. Art. 1646 | agosto 67 | Bambadinca | Leste | novembro 67 | Destacada
B. Art. 1904 - C. Art. 1646 | agosto 67 | Fá Mandinga | Leste |  janeiro 68 | Xitole
B. Art. 1904 - C. Art. 1646 | setembro 67 | Fá Mandinga | Leste | outubro 69 | Fim comissão
B. Art. 1904 - C. Art. 1646 | novembro 67 | Mansambo | Oeste | maio 68 | Destacada
B. Art. 1904 - C. Art. 1646 | novembro 67 | Saltinho | Leste | maio 68 | Destacada
B. Art. 1904 - C. Art. 1646 | janeiro 68 | Xitole | Leste | setembro 67 | Fá Mandinga
B. Art. 1904 - C. Art. 1647 | janeiro 67 | Bissau | Bissau | abril 67 | Quinhamel
B. Art. 1904 - C. Art. 1647 | janeiro 67 ! Ilondé | Oeste | agosto 67 ! Destacada
B. Art. 1904 - C. Art. 1647 | janeiro 67 | Ome | Sul | agosto 67 | Destacada
B. Art. 1904 - C. Art. 1647 | janeiro 67 | Ondame | Bissau | agosto 67 | Destacada
B. Art. 1904 - C. Art. 1647 | janeiro 67 | Ponta Vicente da Mata | Bissau | agosto 67 | Destacada
B. Art. 1904 - C. Art. 1647 | março 67 | Quinhamel | Bissau | agosto 67 | Bissau
B. Art. 1904 - C. Art. 1647 | agosto 67 | Bissau | Bissau |  setembro 67 | Binar
B. Art. 1904 - C. Art. 1647 | agosto 67 | Bula | Oeste | agosto 67 | Intervenção
B. Art. 1904 - C. Art. 1647 | setembro 67 | Binar | Oeste | outubro 69 | Fim comissão
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | janeiro 67 | Bissau | Bissau | agosto 67 | Nhacra
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | fevereiro 67 | Pelundo | Oeste | julho 67 | Intervenção
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | fevereiro 67 | Queré | Oeste | julho 67 | Intervenção
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | fevereiro 67 | Churobrique | Oeste | julho 67 | Intervenção
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | fevereiro 67 | Tiligi | Oeste | julho 67 | Intervenção
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | fevereiro 67 | Bula | Oeste | julho 67 | Intervenção
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | julho 67 | Dugal | Oeste |  janeiro 68 | Destacada
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | julho 67 | Joáo Landim | Oeste | janeiro 68 | Destacada
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | julho 67 | Nhacra | Oeste | janeiro 68 | Binta
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | julho 67 | Ponte Ensalma | Oeste | janeiro 68 | Destacada
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | julho 67 | Safim | Bissau | janeiro 68 | Destacada
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | janeiro 68 | Binta | Oeste | outubro 69 | Fim comissão
B. Art. 1904 - C. Art. 1648 | janeiro 68 | Guidage | Oeste outubro 69 | Destacada


domingo, 10 de fevereiro de 2019

Guiné 61/74 - P19486: Efemérides (299): Homenagem aos 3 camaradas açorianos da CCAÇ 2444 e a 1 madeirense da CCAÇ 2446 que tombaram em Capó, na estrada entre Cacheu e Bachile, no dia 6 de fevereiro de 1969, no mesmo dia do desastre do Cheche, em que houve 47 baixas mortais (Jorge Araújo)



Guiné > Região do Óio >  Jolmete (Fev1969) – O Manuel Carvalho, o Dandi e o Martins na chegada da "Op. Aquiles I", em que apanharam o RPG2 e mais três armas. (Dandi, natural de Jol, no "Chão Manjaco", era capitão da companhia de milícias do Pelundo. Foi agraciado com a Cruz de Guerra pelo Gen Spínola em 1972. Será fuzilado pelo PAIGC em 1975. [foto do camarada Manuel Carvalho - P18989 - com a devida vénia].



Jorge Alves Araújo, ex-Furriel Mil. Op. Esp./RANGER, CART 3494 
(Xime-Mansambo, 1972/1974)


HOMENAGEM AOS CAMARADAS AÇORIANOS E MADEIRENSES DA CCAÇ 2444 E CCAÇ 2446 QUE TOMBARAM EM CAPÓ: UMA EFEMÉRIDE COM CINQUENTA ANOS (6FEV1969 /6FEV2019)



1. INTRODUÇÃO


O dia 6 de Fevereiro de há cinquenta anos [1969], uma quinta-feira, está considerado na historiografia da Guerra do Ultramar, ou da Guerra Colonial, em particular no CTIG, como uma das datas mais dramáticas vividas pelas Forças Armadas Portuguesas, onde pereceram cinquenta e um militares, entre elementos do contingente europeu e do recrutamento local.



No caso do desastre da "Jangada de Ché-Che", na sequência da retirada das NT de Madina do Boé, envolvendo os camaradas da CCAÇ 1790, com vinte e seis mortos, da CCAÇ 2405, com dezanove, e mais dois do PEL Mil 149, totalizando, assim, quarenta e sete elementos naufragados no Rio Corubal.

Na narrativa hoje postada como efeméride – poste P19473 – retenho o que recordou o camarada José Martins sobre essa tragédia inesquecível afirmando ser "uma data indelével para os combatentes da Guiné e familiares dos militares que sucumbiram na catástrofe durante a travessia do Rio Corubal", ao mesmo tempo que referiu os seus nomes.

Porém, esta não foi a única ocorrência, com baixas, registada nesse dia 6 de Fevereiro de 1969. Uma outra aconteceu em Capó, situada na estrada entre Cacheu e Bachile, envolvendo a CCAÇ 2444 (Açoriana) e a CCAÇ 2446 (Madeirense). 



Dos combates travados com os guerrilheiros do PAIGC resultaram quatro baixas para as NT, sendo três da Companhia Açoriana e uma da Companhia Madeirense.




Carta de Teixeira Pinto (1961); Escala 1/50 mil). Posição relativa a Capó, na estrada entre Teixeira Pinto - Churo - Bachile - Capó - Cacheu [P11219, com a devida vénia].

No sentido de lhe/lhes prestarmos, de igual modo, as devidas e sentidas homenagens que aqui deixo um resumo histórico desses factos.


2.RESUMO HISTÓRICO DAS DUAS UNIDADES

2.1 – A COMPANHIA DE CAÇADORES 2444 (AÇORIANA)

Tendo como Unidade Mobilizadora o Batalhão de Infantaria Independente 18 [BII 18], de Ponta Delgada, a CCAÇ 2444, com a divisa "Coriscos", embarcou a bordo do N/M "Uíge", em 09Nov1968, tendo chegado a Bissau, onde desembarcou a 15 do mesmo mês, sob o comando do Capitão Miliciano de Infantaria João Duarte de Oliveira Abreu. 

Em 28Nov1968 seguiu para Bula e depois para Có, a fim de efectuar treino operacional com a CCAÇ 2402, sob orientação do BCAV 1915, de 01Dez1968 a 23Dez1968 e, seguidamente, na função de subunidade de reserva do Comando-Chefe, reforçar aquele Batalhão de Cavalaria na actuação naquela zona de missão. 

Em 28JaN1969 foi colocada em Cacheu, em reforço temporário do CAOP, com vista à realização de acções de contra-penetração naquela área (região), sendo então integrada no BCAV 1915 e depois no BCAÇ 2485, onde permaneceu até ser substituída pela CCAV 2487, em 29Mar1969, deslocando-se para Bissorã. [...] O embarque de regresso, por ter concluído a sua comissão, aconteceu em 20Ago1970, a bordo do navio "Carvalho Araújo".


2.2 – A COMPANHIA DE CAÇADORES 2446 (MADEIRENSE)

Tendo como Unidade Mobilizadora o Batalhão de Infantaria Independente 19 [BII 19], do Funchal, a CCAÇ 2446, com a divisa "Alea Jacta Est", embarcou a bordo do N/M "Uíge", em 11Nov1968, tendo chegado a Bissau, onde desembarcou a 15 do mesmo mês, sob o comando do Capitão Miliciano de Infantaria Manuel Ferreira de Carvalho. 

Em 04Dez1968, foi colocada em Cacheu, a fim de render a CCAÇ 1681 e assumiu a responsabilidade do respectivo subsector em 07Dez1968, ficando integrada no dispositivo e manobra do BCAÇ 2845, e depois do BCAV 2868, com um pelotão destacado em Bachile, desde 29Nov1968 a 24Abr1969. 


[…] O embarque de regresso, por ter concluído a sua comissão, aconteceu em 01Out1970, a bordo do N/M "Uíge".


2.3. AS OCORRÊNCIAS CONTADAS POR AQUELES QUE PARTICIPARAM NA OPERAÇÃO AQUILES I



Instalado a partir de 27Jan1969 em Teixeira Pinto, o CAOP foi organizado para cumprir a missão de orientar as suas actividades operacionais de modo a intensificar o esforço de aniquilamento sistemático dos grupos inimigos que exerciam pressão directa sobre o «Chão Manjaco», na região de Pecau-Churo-Caboiana-Pelundo-Jol. 

Em função das missões atribuídas às diferentes forças no terreno pelo comando do CAOP de Teixeira Pinto, no dia 6 de Fevereiro de 1969 deu-se início à Operação Aquiles I, na qual participaram diversas Unidades, entre elas a CCAÇ 2444, a CCAÇ 2446 e a CCAÇ 2366, de Jolmete (1968/1970), dos camaradas tertulianos Manuel Carvalho e João Rebola (1945-2018) - poste P11384.

Recupero, a esse propósito, as informações dadas pelo camarada Manuel Carvalho (ex-fur mil da CCAÇ 2366, de Jolmete, acerca das ocorrências com a CCAÇ 2444 (Açoriana) e com a CCAÇ 2446 (Madeirense):

"Em 6 de Fevereiro de 1969, começou a Op Aquiles I que se prolongou até 14 seguinte. Logo no primeiro dia, 6 de Fevereiro, a CCAÇ 2444 teve três mortos e um guia civil e três feridos e a CCAÇ 2446 teve um morto e um ferido e o Pel Mil 130 quatro feridos. 

"Pela nossa parte, a CCAÇ 2366, julgo que tivemos um ferido e um dia apanhámos um RPG2 e três armas, mas estávamos a ver que as munições não chegavam para abrir caminho para o quartel." (…) (Poste P11219).


Mortos da CCAÇ 2444 (Açoriana):



● Manuel de Amaral Carneiro, Fur Inf; natural de São José, Ponta Delgada; solteiro.

● José Bento Pacheco Aveiro, Soldado; natural de Nordeste, S. Miguel; casado.

● Manuel dos Santos Costa Almeida, Soldado; natural de Arrifes, Ponta Delgada; solteiro.

Mortos da CCAÇ 2446 (Madeirense):

● Manuel Brás Catanho Ribeiro: 1.º Cabo; natural de Ribeira Seca, Machico; solteiro.

Um outro depoimento é-nos dado pelo camarada João Carlos Resendes Carreiro, ex-alf mil da CCAÇ 2444, a propósito da efeméride dos quarenta anos [2009], publicada no «Correio dos Açores» e repetida no blogue – P11209. 

Eis o que viu e sentiu naquele dia 6 de Fevereiro de 1969:

"Faz hoje 40 anos [agora, cinquenta] que numa emboscada na Guiné, morreram os militares de saudosa memória do furriel Manuel Carreiro (o Mani, filho do então Director do Diário dos Açores), o soldado José Aveiro (do Nordeste) e o soldado Manuel Almeida (o triclinas do Outeiro dos Arrifes).

Eram 7 horas da manhã, a luz do dia já começava a aparecer, mas a densidade do nevoeiro (cacimbo) mal deixava ver as palmeiras e restante vegetação à nossa volta.

Estávamos na zona de Capó, entre o Cacheu e Bachile, uma curva na estrada, com bolanha dos dois lados. Uma rajada de metralhadora deu cobertura à saída de uma bazucada que atingiu a zona do estômago do Mani, de uma maneira fatal. 

O tiroteio entretanto prosseguiu, a minha espingarda [G3] foi atingida de modo que o carregador ficou todo estilhaçado. O Graça, que ficou gravemente ferido, começou a gritar que tinha a perna despachada, quando levantei a cabeça, para ver o que se passava, uma rajada levantou o pó da estrada, qual cena do Far West.

O furriel Mani e o José Aveiro eram do pelotão que eu comandava, como alferes, faziam parte da 3.ª secção, que naquela hora estavam a passar para a frente. Quando o meu pelotão ia na frente rodávamos de 2 em 2 horas de secção, eu costumava ir na secção da frente, porém ainda não tinha dado tempo, eles ainda estavam a passar. Só me recordo de estar deitado na valeta da estrada, no meio do fumo da pólvora e cheiro a sangue que não vou esquecer nunca.

Passados 40 anos quero recordar aqui estre três jovens, de 22 anos [mais um da CCAÇ 2446], que deram a vida pela pátria, a 6 de Fevereiro de 1969, a cumprir o seu dever de cidadãos. (…) Tínhamos todos 22 anos, tão jovens, mas que adultos que éramos assumíamos responsabilidades de gente adulta e madura.

Um dia ver-nos-emos, vocês não morreram, passaram a viver de outra maneira!"

Ass. João Carlos Resendes Carreiro.


Relatório da «Operação Aquiles I» publicado pelo CAOP em Teixeira Pinto, p187 – P11392 (Manuel Carvalho), com a devida vénia.

Aos camaradas que pereceram no Rio Corubal, na "jangada de Ché-Che, e aos que tombaram na região de Capó, no "Chão Manjaco" [Oio], agora recordada, aqui deixo a minha mais sentida homenagem, extensiva às suas famílias.

Jorge Araújo.

06Fev2019

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Nota do editor:

Último poste da série > 6 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19474: Efemérides (298): A minha homenagem às 47 vítimas da tragédia do Cheche, há 50 anos, os mortos da CCAÇ 2405 / BCAÇ 2852 e os mortos da CCAÇ 1790, do meu batalhão, BCAÇ 1933: que Deus e a Pátria jamais os esqueçam (Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, CCS / BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)

quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Guiné 61/74 - P18989: (De)Caras (116): Sou dos que acreditam na história que o Cajan Seidi conta sobre o aniquilamento de cerca de vinte Homens Grandes da população de Jolmete, em 1964 (Manuel Carvalho, ex-fur mil arm pes inf, CCAÇ 2366 / BCAÇ 2845, Jolmete, 1968/70)






Guiné > Região do Oio > Jolmete > Caç 2366 / BCAÇ 2845 (Jolmete, 1968/70) > O grandalhão do Manuel Carvalho com a "lavadeira Melinha", a Amélia, hoje a 3ª mulher do Cajan Seidi, atual régulo de Jolmete, neto de Cambanque Seidi, o régulo de Jol que, em 1964, terá sido executado pelas NT, à frente de um grupo de duas dezenas de homens grandes, como represália pela sua alegada colaboração com o PAIGC. O  pai do Cajan, por sua vez, tinha sido morto pelo PAIGC, logo no início da guerra de guerrilha.


Guiné > Região do Oio > Jolmete > CCaç 2366 / BCAÇ 2845 (Jolmete, 1968/70) >  "Baile, na recepção aos periquitos da CCAÇ 2585: a dançar,  a partir da esquerda,  um furriel mecânico, o Crista de costas e eu. A minha lavadeira já me tinha posto os palitos."


Guiné > Região do Oio   > Jolmete > CCaç 2366 / BCAÇ 2845 (Jolmete, 1968/70) >  Foto sem legenda: as "mulheres grandes" e a NT... Apoio médico-sanitário ?...  Nesta altura, a pouca população que existia, tinha sido "recuperada do mato"... Depois dos trágicos acontecimentos de junho/setembro de 1964, os sobreviventes (mulheres e crianças), ter-se-ão refugiado nas matas do Oio...


Guiné > Região do Oio  > Jolmete > CCaç 2366 / BCAÇ 2845 (Jolmete, 1968/70) >  Vista (parcial) da tabanca.



Guiné > Região do Oio > Jolmete > CCaç 2366 / BCAÇ 2845 (Jolmete, 1968/70) >  "Eu, com o Dandi e o Martins na chegada da operação em que apanhamos o RPG2 e três armas". (Dandi, natural de Jol, no chão manjaco, capitão da companhia de milícias do Pelundo, agraciado com Cruz de Guerra pelo Gen Spínola em 1972, será fuzilado pelo PAIGC em 1975)

Fotos (e legendas): © Manuel Carvalho (2012). Todos os direitos reservados, [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Comentário do nosso camarada Manuel Carvalho (ex-fur mil armas pesadas inf, CCAÇ 2366 / BCAÇ 2845, Jolmete, 1968/70) ao poste P18988 (*):


(...) "Pois o Cajan foi um dos nossos valentes milícias de Jolmete,  conhecia muito bem a zona e foi muitas vezes o homem da frente, é bom vê-lo ainda com alguma saúde, também não andará longe dos setenta anos.

A Amélia que está na segunda foto de vestido rosa,  continua muito franzininha como era há 50 anos mas tratava muito bem da roupa de muitos de nós e até julgo que tinha algumas mais velhas,  suas colaboradoras. Quem quiser ver como ela era há 50 anos,  tenho uma foto com ela ao colo no poste P10191 (**).

Sou dos que acreditam na história que o Cajan conta sobre o aniquilamento de cerca de vinte Homens Grandes da população de Jolmete. (***) (...)

2. Excerto do poste P10191:

(...) Ao ler as estórias e ver as fotos do Augusto Santos, de Jolmete do ano de 72, lembrei que tenho fotos de Jolmete do inicio de 68 quando nós,  CCaç 2366,  lá chegamos. Sei que pelo menos o Augusto Santos o Manuel Resende e o Firmino vão gostar de ver algumas diferenças.

Como podem ver em Jolmete até bailes fazíamos,  foi a recepção aos periquitos da CCAÇ 2585: a dançar da esquerda um furriel das viaturas, o Crista de costas e eu. A minha lavadeira já me tinha posto os palitos. (...)

terça-feira, 26 de julho de 2016

Guiné 63/74 - P16334: (Ex)citações (312): O que nós (não) sabíamos sobre a nossa faca de mato... Tal como a G3, veio da Alemanha, e não de Guimarães, capital da cutelaria portuguesa... O fornecedor da lâmina de aço inoxidável era, passe a publicidade, a Solingen! (José Colaço / António J. Pereira da Costa / Henrique Cerqueira / Sousa e Faro / Hélder Sousa / Manuel Carvalho)




A faca de mato do nosso camarada José Colaço  (ex-soldado trms da CCAÇ 557, Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65), membro da nossa Tabanca Grande desde 2 de junho de 2008 com 70 referência no nosso blogue....

Sobreviveu a uma incêndio, no paiol, em Camamude, setor de Bafatá, por volta  de 1965 (*)... Emopra "destempertada",  a lâmina aguentou... O dono pôs-lhe um novo cabo, de madeira, A lâmina, da aço inoxidável ("stainless"), era alemã, da célebre marca de cutelaria SOLINGEN. Aqui tem o leitor o sítio oficial do fabricante, passe a indevida publicidade.  O negócio é chorudo, continuam a fabricar "military knifes"...

Foto: © José Colaço (2016). Todos os direitos reservados. [Edição:  Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continua em curso, até quinta-feira, dia 28, um inquérito "on line" (, visível no canto superior esquerdo do nosso blogue)  sobre as nossas facas de mato (**) que, afinal, não eram nossas, "made in Portugal", tal como a G3 não era nossa,  tal como a Kalash não era do PAIGC, era russa...

Enfim, e a talhe de foice, pergunto-me o que é que andámos a fazer naquela p... de guerra, com material  que nem sequer era nosso, da bazuca ao Fiat G-91, do obus à faca de mato... Que raio de imperialistas e colonialistas eram nós ?!... Não admira que a lâmina da faca de mata fosse importada da Alemanha... A nossa Siderurgia Nacional só foi inaugurada em 1961... Em suma, era a carne para canhão é que era nossa!...Valha-nos o bom humor (negro)...


 2. Mensagem do José Colaço, de ontem:

Escreveu o camarada António J. Pereira da Costa: "As facas de mato eram um utensílio de boa qualidade. Ainda gostava de saber onde eram feitas. Não sei se as OGFE [Oficinas Gerais de Fardamento do Exército] ou alguma fábrica de armamento as produzisse. Ou então algum cuteleiro da área de Guimarães (capital da cutelaria, naquele tempo...)" (*9[poste P16332}.

Pequena dica: por curiosidade, estive a fazer uma pequena limpeza à minha faca de mato e notei a sua origem que se pode comprovar na foto que envio aos nossos editores: SOLIGEN STAINLESS GERMANY.

Por este motivo, além das dos artesãos, a sua maioria teria origem na importação da Alemanha, Solingen Stadt Messer, tal como por cá Guimarães cidade das facas.

Um abraço,
Colaço.


3. Comentário do editor:

O que sabemos (ou não sabemos) mais sobre a nossa faca de mato ? 

Eis alguns contributos, generosos, de camaradas nossos que nos têm escrito sobre o tema (por email ou na caixa de comentários):

(i) António J. Pereira da Costa (27/7/2016):

Agradecido pela dica. Embora a maioria usasse a faca no cinturão, existiam no ombro dos camuflados debaixo da platina do lado esquerdo, duas pequenas "meias-platinas": uma implanta à esquerda e outra à direita e onde era possível colocar a bainha da faca que ficava pendente no ombro. Era uma maneira de a ter à mão, dispersando a carga de equipamento pelo corpo do militar. Vejam o desenho da bainha.

(ii) Henrique Cerqueira (25/7/2016):

A minha faca de mato era um sabre baioneta da espingarda Mauser ou Mannlicher. Era uma faca com uma bainha executada em pele por um soldado milícia Mandinga que ma ofereceu em troca de algo que já não me lembro. Essa faca na altura eu a usava àcinta pois que,  estando eu numa CCAÇ Africana [, CCAÇ 13]  dava um certo ar de valentia, pois que era muito importante nós darmos esse ar junto das tropas africanas que chefiávamos. De resto,  a faca era tendencialmente usada para abrir as latas de conserva que compunham a ração de combate. Mas que dava um certo ronco,  lá isso dava. Enfim,  velhos tempos...

Já agora,  e segundo me lembro,  a faca de mato não fazia parte do equipamento obrigatório da nossa tropa. Mas também pode ser que em algumas unidades tenha sido diferente.

(iii) José Colaço (25/7/2016):

Henrique,  penso ter sido o primeiro a contestar e afirmar que a faca de mato no meu tempo, 1963/65, não fazia parte do equipamento militar, mas podia ser adquirida/comprada em Bissau. O sabre baioneta, esse, sim, no meu tempo era parte integrante do equipamento militar embora a minha companhia tenha recebido a G3 e não a Mauser a que o sabre se adaptava, mas tinha que ser 
devolvido no espólio no final da campanha militar obrigatória. 

Em resposta passo o termo de um comentário de um camarada que disse que a faca de mato fazia parte do equipamento militar.

Um abraço
Colaço

PS - Resumindo a história do meu sabre baioneta que foi utilizado como ferramenta de sapador para abrir um caixote de um camarada em Catió: com a azáfama na partida da saída para o mato (Operação tridente),  ficou lá esquecido e eu se há coisas que a memória não guarda essa foi uma delas, já tinha falado com o capitão e uma das hipóteses possíveis era o desaparecimento numa nas passagem de um dos muitos canais existentes na Ilha para evitar o levantamento de um auto,  caso o mesmo não aparecesse.
Mas eis que um dia,  em conversa com um camarada,  ele me disse que dentro do caixote dele vindo de Catió tinham-lhe roubado a colher, mas em contrapartida tinham lá deixado um sabre baioneta e aí se fez luz sobre a minha memória,  contei-lhe a história e pelo número, verificou-se que o sabre era o meu, tudo ficou resolvido sem processo disciplinar auto de guerra sei lá mais quê e só com umas "bejecas" na cantina que nessa altura já contemplava o aquartelamento do Cachil. 

(iv) Henrique Cerquerias (25/7/2016)

Camarada José Colaço: eu, na realidade,  sou um periquito á tua beira pois que estive na Guiné em 72/74. Isto porque eu não tive a Mauser mas sim a G3. Quem ainda tinha essas armas e até sem controlo rigoroso eram alguns milícias mais antigos e certamente o dito sabre baioneta era de uma dessas armas.E como saberás não era muito difícil,  a troco de umas bebidas ou uns patacões,  comprar esses artefactos que foi esse o meu caso. Inclusivamente e como quase toda a gente comprei outras facas artesanais e embelezadas com a arte Mandinga ou Bijagó. Que serviram mais tarde para pendurar na parede.Hoje já lhes perdi o rasto.

Também é certo que as armas, facas ou não,  nunca foram o meu forte. Mas quando deram jeito lá se foram usando conforme as situações.

(v) Manuel  Carvalho (25/7/2016)

Tinha uma faca de mato Solingen que comprei no Niassa. No pelotão julgo que era o único que tinha e na companhia penso que haviam mais algumas mas poucas.Naqueles lugares era usada para muitas tarefas.No mato pediam-ma muitas vezes e eu nem sempre sabia muito bem para quê. Havia quem levasse catanas normais e algumas mais pequenas e afiadas e de bom aço. Numa operação abatemos uma vaca,  já não me lembro muito bem em que circunstancias, que retalhamos e veio para o quartel toda,  até as tripas.

(vi) Hélder Sousa (22/7/2016):

Ao inquérito respondi que "nunca tive" mas isso é uma verdade relativa. De facto não a tive para uso pessoal ou de serviço mas recordo de ter adquirido uma que veio comigo no final, só que com as mudanças de casa perdi-lhe a pista e não sei onde possa estar. Recordei-me disso ao ver as fotos do Valdemar Queiroz e tenho ideia que a decoração da minha era semelhante.


(vii) José Diniz Carneiro de Sousa e Faro (22/7/2016):

A minha faca/punhal foi feita por um artesão de Cacine em 1968 com o cartucho da granada do obus. Andava sempre comigo. Foi feito uma mézinha pelo Homem Grande da tabanca. Acredito, ão sei, mas que cheguei são e salvo, cheguei e ainda cá estou com o meu Ronco.

(viii) António J. Pereira da Costa (22/7/2016):

Creio que as últimas unidades recebiam uma faca de mato por homem. Não fazia parte do equipamento individual.

O artesão de que o Brito e Faro fala deve ser o "Ferreiro de Cacoca". Veio de lá e fixou-se em casa de familiares, na altura em que a tabanca foi abandonada. Era hemiplégico e tinha a oficina "adapatada". A saber: deslocava-se à força de braços, arrastando-se, sentado numa almofade de cabedal; as ferramentas estavam dispersas pelo chão; a bigorna era pequena e estava solidamente cravada no chão; a fornalha era aquecida por um daqueles dispositivos que havia nas oficinas para o mesmo efeito, só que quase enterrado no chão e o ar que soprava as brasas corria por uma espécie de tubo cavado no chão.

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Guiné 63/74 - P16057: In Memoriam (257): José Eduardo dos Santos Alves, o "Leça" (1950-2016), ex-sold cond auto, CART 6250, Mampatá (1972/74): homenagem da Tabanca Grande


José Eduardo dos Santos Alves, o "Leça" (1950-2016)
Sold Cond Auto, CART 6250/72, "Os Unidos de Mampatá", Mampatá, 1972/74 (*)


Leiria > Monte Real > Ortigosa > Quinta do Paul > IV Encontro Nacional da Tabanca Grande > 20 de junho de 2009 >  Aspeto parcial dos participantes no encontro que totalizou cerca de centena e meia de presenças


Leiria > Monte Real > Ortigosa > Quinta do Paul > IV Encontro Nacional da Tabanca Grande > 20 de junho de 2009 > A Maria da Conceição Alves, à esquerda, assinalada com um rectângulo a amarelo; a seu lado, a Isaura Resende (esposa do nosso camarada Manuel Resende) e a Lígia Guimarães (esposa do David Guimarães), e por detrás desta a Cyndia, a neta do Valentim Oliveira,


Leiria > Monte Real > Ortigosa > Quinta do Paul > IV Encontro Nacional da Tabanca Grande > 20 de junho de 2009 > Dois casais idos de Leça da Palmeira, da esquerda para a direita: o José Eduardo Alves, a esposa Maria da Conceição, e depois a Elisabete e o marido Ribeiro Agostinho.

Fotos (e legendas): © Blogue Luís Graça & Canaradas da Guiné  (2009). Todos os direitos reservados


Tabanca de Matosinhos > Almoço de 4ª feira > 23 de abril de 2009 > O casal Alves, a Conceição e José ("Leça") que ainda recentemente foram e voltaram à Guiné de carro; ao lado, à esquerda, o nosso autarca de serviço.. o Carvalho de Mampatá.

Foto (e legenda): © Blogue da Tabanca de Matosinhos  (2009). Todos os direitos reservados


1. Deixou, há dias, a "terra da alegria" (como diria o poeta Ruy Belo) o nosso camarada José Eduardo Alves (1950-2016), também conhecido pela sua alcunha da tropa, o "Leça". Nasceu em Cabeceiras de Basto e morreu em Leça da Palmeira, Matosinhos, para onde veio com 12 anos para marçano. Deixa viúva a nossa amiga Maria da Conceição. Tinha ainda um filho, que vive na Suíça.  

Deixou-nos a todos, tristes e inconsolados. Morreu cedo demais, já que, sendo um camarada e amigo da Guiné, ele merecia tudo, ou seja, muita saúde e longa vida. No momento da partida (derradeira), cabe-nos lembrar e honrar o homem bom, simples e solidário que ele foi, amigo do seu amigo, camarada do seu camarada. A Tabanca de Matosinhos, a nossa Tabanca Grande e os "Unidos de Mampatá", a antiga CART 6250, perdem um bravo soldado, um dos melhores de todos nós.

Na singela homenagem que lhe quisemos fazer, juntamos aqui alguns fotos mais antigas, alguns comentários de camaradas que o conhecerem melhor e ainda um pequeno texto que ele escreveu em tempos para o blogue, mostrando todo o seu amor à Guiné e ao seu povo.

O "Leça" ficará sempre connosco, na nossa memória, no nosso blogue, enquanto a gente por cá andar e tiver ganas de continuar a partilhar memórias e afetos, à sombra do nosso mágico e fraterno poilão, tendo por pano de fundo a Guiné que conhecemos entre 1961 e 1974, nas duras condições de uma guerra (*)...  LG


2. Viajar por (e sentir) a Guiné

por José Eduardo Alves (1950-2016)

Camaradas,

Depois de me ter remetido ao silêncio, mas sempre ativo nas leituras do blogue, hoje acho que está na hora de escrever sobre a viagem que fiz à Guiné este ano [de 2010], e vou fazê-lo porque há sempre alguém que gosta que se fale destas aventuras.

O ano passado também tinha ido à Guiné, mas apanhei a “caravana” nos últimos dias da sua preparação e, pelo caminho, em conversa com alguns dos Camaradas que já lá tinham ido mais vezes, ouvi dizer: “Vais ter uma desilusão,  pois quem lá conhecias já morreu tudo!”

Mas, felizmente, não foi assim e ainda encontrei bem viva muita gente do meu tempo. Fiquei então com vontade de lá voltar e voltei este ano, mais bem preparado e com mais coisas para dar aquelas crianças, que necessitam de tudo (, muito do que nós esbanjamos).

No ano passado tínhamos ido até Mampatá,  quatro homens da minha Companhia - a CART 6250: o [António] Carvalho, o Zé Manuel [Lopes], o Francisco Pereira Nina e eu. Todos ficamos surpreendidos pelo grau de abandono do nosso antigo quartel.

Este ano só fui eu. Como não podia deixar de ser, voltei ao velho quartel de Mampatá, e encontrei em curso obras de recuperação, vendo-se já diferente e renovada a sala do soldado (de pedra e cal), o paiol (que o ano passado nem se via) estava limpinho, a antiga enfermaria (que já não tinha telhado) está a ser recuperada para enfermaria local, os balneários dos soldados estão transformados numa escola, que eu apoiei no que pude e vou continuar a ajudar.

Mas não parei aí e,  como levava uma encomenda, e um pedido do nosso camarada e amigo Vasco da Gama,  para Cumbijã, segui viagem e visitei a Fonte de Iroel (que data de 1946) [, a 2 km de Mampatá, e de que não existe uma única imagem no nosso blogue!], Colibuia e Cumbijã.

Cumbijã, onde um dia encontramos a CCAÇ 18 e outras NT que lá estavam encurraladas. Quem conhece a zona entende o porquê deles estarem encurralados, é que a estrada Mampatá - Nhacobá  não tem saída para lado nenhum.

Depois visitei Guileje, Gadamael e Cacine, regressando a casa por Mampatá, Nhala, Buba, seguindo pelo Quebo, Bissau, S. Domingos, Casamança, Gâmbia, Senegal, Mauritânia, Marrocos, Espanha e, finalmente, Leça da Palmeira (onde vivo).

Vou continuar a trabalhar para levar mais alguma coisa àquelas crianças. Vou lá quando puder e penso que não é uma forma de neocolonialismo.

Vou dizer algumas palavras que ouvi a uma Guineense: "Ó Leça, só vieste agora, foste embora zangado e vieram estes (…), para o vosso lugar. Vocês entregaram isto a um (…) armado, que era uma minoria e cujos cabecilhas nem eram Guineenses, eram de outro país.”

Penso eu que, se calhar, o governo Português ainda um dia há-de pedir desculpas à parte daquele povo que ensinou a pegar e usar uma arma, depois tirou-lha e abandonou-a à mercê de uma sorte cobarde, traiçoeira e macabra.

Agora, quero levar luz eléctrica a Mampatá, especialmente para a dita enfermaria e posto de rádio, que foram inauguradas pelo sr. Pepito, no dia em que nós lá estivemos (...).

Se alguém quiser contribuir com objectos, equipamentos e medicamentos, tudo o que nos entregarem será bem aceite. Lembrem-se que muita coisa que para nós já não tem valor, nem aplicação faz falta àquele bom povo da Guiné. Nós, eu e a minha esposa [, Conceição,], pedimos mais precisamente roupas de criança e material escolar, assim como medicamentos (dentro do prazo de validade, como é evidente).

É a minha esposa que se ocupa da recolha, selecção e embalagem destas coisas, foi uma vez à Guiné e quer lá voltar. (...) (**)


3. Algumas das mensagens de camaradas que conheceram melhor o José Eduardo Alves (*):


(i)  António Carvalho [Carvalho de Mampatá]

Sempre optimista e esperançoso, a nada se vergava ele, José Eduardo, mesmo quando perdeu uma filha, há alguns anos, logo se reergueu com novo ânimo. Por sorte, também a esposa Conceição o acompanhava nas jornadas de solidariedade para com o povo da Guiné, especialmente da área de Aldeia Formosa e Mampatá, que visitava, todos os anos, desde 2009. Mas a morte não escolhe só os maus nem só os bons, leva-nos a todos, quando calhar. Cada vez ficamos mais reduzidos, até que o último morrerá também, inexoravelmente.

Para toda a família, a minha homenagem


(ii) Um seu conhecido e amigo [que, por lapso, não se identificou]

Não estive convosco na Guiné, estive em Angola e é fácil de entender o espírito de grande camaradagem entre vós. Há uns anos atrás criei um slogan que diz:

AS ARMAS TAMBÉM UNEM OS HOMENS

Neste momento, quero dizer que conheci o Eduardo há poucos anos, mas além de grande trabalhador, era um homem de carácter e amigo.

O seu grande coração dividia-se pela Guiné. Falava deste país com uma alegria e vaidade por bem conhecer.

Neste ano da Misericórdia que o Papa Francisco bem instituiu, o nosso amigo Eduardo e a sua esposa Conceição, muito bem lá cabem. Que Deus lhe dê coragem para enfrentar este desenlace, bem como a seu filho que os amigos tenham o discernimento adequado para os ajudar. Enfim, vamos dar as mãos para ultrapassar este momento tão difícil, mas a vida é isto e não para.


(iii)  Manuel Carvalho

Homem de carácter e de forte personalidade mas simples e amigo do seu amigo.Gostava de olhar olhos nos olhos e cumprimentos de mão bem apertados.Sempre preocupado com o seu semelhante e passou os últimos anos da sua vida a ajudar os seus amigos da Guiné.
Que Deus o tenha num bom lugar que bem merece.
Um dia nos encontraremos por aí.
Para a esposa e filho as minhas sentidas condolências.


(iv) José Manuel Matos Dinis

Tive oportunidade de conviver com o casal numa deslocação à Guiné, e eram de facto pessoas simpáticas e solicitas. Agora o Zé acabou a caminhada, como um dia vai acontecer-nos.
Aproveito para apresentar as minhas condolências pelo infeliz evento.
Um beijo para a D. Conceição com votos de coragem e resignação nesta hora, e para o Zé fica um abraço a aguardar agenda.


(v) António Murta

O José Eduardo Alves, o "Leça", foi meu contemporâneo em Mampatá, mas só o conheci verdadeiramente (e à sua esposa), no encontro da CArt 6250 em julho do ano passado. Era a simplicidade em pessoa mas de carácter firme.

À sua esposa e restante família, envio as minhas sentidas condolências. Aos seus amigos e camaradas, especialmente o Zé Manel e o Carvalho de Mampatá, envio um abraço solidário.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P15984: XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, Palace Hotel de Monte Real, 16 de Abril de 2016 (9): Fotos de Manuel Resende - Parte I


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Foto de família (1)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Foto de família (2)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Foto de família (3)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Foto de família (4)


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > À saída missa: o António Barbosa (Gondomar), o tipo mais alto mais do pelotão (, reformado da "Judite"), a Dina e o Carlos Vinhal


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > A representação da Tabanca de Matosinhos: à esquerda, o João Rebola e à direita o Manuel Carvalho


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Carlos Vinhal e Luís Graça, os dois administradores e editores do blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné 


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > A família António Santos: António Santos, Graciela, Sandra, Catarina e Raquel (Caneças / Odivelas)... Só falta, na foto, o Rui, que é o genro, mas que também  veio.


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > A Alice Carneiro que totalizou 10 presenças nos nossos encontros, e que teve direito, como mais alguns (poucos) membros da Tabanca Grande,  a certidão comprovativa...

Fotos: © Manuel Resende  (2016). Todos os direitos reservados


1. O nosso camarada Manuel Resende, mais uma vez, fez a reportagem completa do nosso encontro. Das 230 fotos que tirou mandou-nos uma seleção de 150. Os editores, por sua vez, vão selecionar um lote, a publicar por partes. O nosso muito obrigado pela sua generosidade e paciência.

Legenda que acompanha o link o seu álbum no Picasa: "XI - Convívio da Tabanca Grande Luis Graça e Camaradas da Guiné,  realizado mais uma vez em Monte Real. Também mais uma vez a sala D. Diniz do Palace Hotel de Monte Real esgotou, 200 convivas. O sentimento de camaradagem e amizade prevaleceu, como sempre".
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Nota do editor: