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quarta-feira, 31 de maio de 2017

Guiné 61/74 - P17417: Falsificações da história (2): o ataque a Bambadinca em 28/5/1969: eu estava lá !... e vou enviar em breve um texto conjunto com o Fernando Calado com a nossa versão dos acontecimentos (Ismael Augusto, ex-alf mil manut, CCS/BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70)



Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Da esquerda para a direita: o fur mil José Carlos Rodrigues Lopes, dos reabastecimentos, um mecânico (que não consigo identificar) , o Ismael Quitério Augusto (que estava de oficial de dia, como se fica a saber pela braçadeira vermelha), e o 2º sargento Daniel (se não erro: 2º srgt mecânico auto Rui Quintino Guerreiro Daniel).(*)

No Pelotão de Manutenção, constituído por 32 militares, havia um oficial de manutenção (o Ismael Augusto), um 2º srgt mecânico auto (o Daniel), um fur mil mec auto (o Herculano José Duarte Coelho), dois 1ºs cabos mec auto (João de Matos Alexandre e António Luis S. Serafim), mais três soldados mec auto (Amável Rodrigues Martins, Rodrigo Leite Sousa Osório e Virgílio Correia dos Santos)... Tinha ainda um 1º cabo bate-chapas (o Otacílio Luz Henriques, mais conhecido por "Chapinhas"), um correeiro estofador (1º cabo Norberto Xavier da Silva) e ainda um mecânico electro auto (Vieira João Ferraz). Os restantes dezanoveeram condutores auto: primeiros cabos (2) e soldados (17)...

Foto: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem: Blogue Luís Graça.)



1. Mensagem de ontem, do Ismael Augusto, membro da nossa Tabanca Grande, cmdt do pelotão de manutenção, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 2852),

Amigo e Camarada Luis Graça:

Tenho lido as versões mais disparatadas sobre o ataque, ou flagelação a Bambadinca. Esta é a mais fantasiosa. Não tem pés nem cabeça. (**)

Mantive-me em silêncio por considerar que cada um tem direito ás suas versões, vividas ou ouvidas de terceiros e também por saber que a memória muitas vezes atraiçoa. Também mantive o silêncio por considerar que haveria temas mais relevantes.

Mas sempre e apesar de tudo entendi que um dia talvez fosse o tempo de dizer alguma coisa.

Como perguntaria o saudoso Batista Bastos, se por acaso entrevistasse alguém sobre este tema "Onde é que estava no 28 de Maio de 1969, quando do ataque a Bambadinca? " Se a pergunta me fosse dirigida diria, como muitos outros amigos, eu estava lá, em Bambadinca.

O único mérito desta afirmação é que de facto estava lá.

Vou enviar em breve um texto conjunto com o Fernando Calado, que também lá estava e que se não for completo, terá o mérito de conter o essencial do que aconteceu.

Acrescentarei uma história, que acho divertida, que me foi contada na mesma Bambadinca, em Junho de 1995, por um antigo comandante do PAIGC, que comandava um bi-grupo na noite do ataque.

Até lá um grande abraço e os parabéns sempre renovados pelo excelente trabalho que tu e toda a equipa do blogue vem fazendo. A reconstrução das memórias é uma tarefa sem preço.

Ismael Augusto

2. Comentário do editor LG:

Obrigado, Ismael... Fico radiante com o teu mail e o prometido texto a quatro mãos...

Estou de acordo que se publiquem todas as versões, porque os olhos e os ouvidos de cada um são únicos... Mas, no teu/meu/nosso blogue, há o saudável princípio do contraditório... Sem
triangulação de fontes e saturação de versões não há "verdade histórica"...

Gostava de saber mais sobre este repórter de guerra, Al J. Venter (**), que devia ser próximo, política e ideologicamente, do regime de então... Só sei que ele visitou Bambadinca um ano depois do ataque, já vocês, a malta do BCAÇ 2852,  deviam estar em casa...

Arranjei esta série ("Falsificações da história") justamente para podermos rebater, com elegância e sentido de humor, aldrabices e fanfarronices que por aí se escrevem, a par de lapsos, imprecisões, erros... de um lado e do outro. Estamos a falar de "factos históricos", não de leituras da história: aí cada um lê ca história com os "óculos" que tem, ou seja, com suas "grelhas de leitura"...

Há imprecisões factuais que persistem, deliberadamente ou não,  e que acabam por serem fixadas na literatura, na comunicação social, na Net, etc. . Uma delas foi Madina do Boé, como local da proclamação (unilateral) da independência da Guiné-Bissau, em 24/9/1973... O nosso blogue já publicou postes suficientes para corrigir este "erro toponímico"... Outro mito que persiste é o início da guerra na Guiné em 23/1/1963, com o ataque a Tite...Ora o terror e o contraterror, a guerra subserviva e contrassubersiva, em suma, a guerra colonial, já tinha começado há muito mais tempo, e envolveu inicialmente outros atores para além do PAIGC...

Temos o "dever de memória", de ambos os lados... As nossas histórias, mesmo com h pequeno, fazem parte da história comum, com H grande, dos nossos dois povos e países...

________________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 14 de março de 2013 > Guiné 63/74 - P11249: Tabanca Grande (390): Ismael Augusto (ex-alf mil manut, CCS/BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70), novo grã-tabanqueiro, nº 609

terça-feira, 12 de maio de 2015

Guiné 63/74 - P14600: Memória dos lugares (290): conjunto musical "Os Bambas D' Incas" em Mansambo, 1969 (José Maria Sousa Ferreira , o "Braga", viola solo, ex-sold mec auto, CCS/BART 1904 e Pelotão de Intendência, Bambadinca, 1968/70, e hoje empresário)



Foto nº 1

Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Mansambo (CART 2339, 1968/69) > 1969 > Atuação do conjunto musical, da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70), Os Bambas D' Incas": dfa esquerda para a direita, Peixoto (viola ritmo), José Maria Sousa (viola solo), Neves (bateria) (também era da CCS), Tony (vocalista) e Otacílio (viola baixo)...





Foto nº 2

Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Mansambo (CART 2339, 1968/69) > 1969 > Atuação do conjunto musical, da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70), Os Bambas D' Incas": > A malta em cima de um abrigo > Da esquerda para a direita,  José Maria Sousa (viola solo), de pé;  Tony (vocalista), sentado; Otacílio (viola baixo), de pé; Neves (bateria), sentado;  e Peixoto (viola ritmo), de pé. Até à data, o José Sousa có conseguiu contactar o Peixoto, que é de Ponta da Barca.



Foto nº 3

Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Na festa do barbeiro da CCS...





Foto nº 4

Guiné-Bissau > Farim > 2011 > O José Maria Sousa Ferreira no rio Cacheu


Foto: © José Maria Sousa Ferreira (2015). Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem: L.G.)



1. Mensagem, de 6 do corrente, do nosso camarada José Sousa  [JMSF]


[foto à esquerda: de seu nome completo, José Maria Sousa Ferreira , o "Braga", viola solo do conjunto musical Os Bambas D' Iincas; natural de Braga, é hoje empresário, sendo sócio de várias escola de condução no norte; ex-soldado de rendição individual (BART 1904 e Pelotão de Intendência, Bambadinca, 1968/70)]

 Oi,  Luís,

Como te tinha dito,  envio-te mais algumas fotos de Bambadinca, Mansambo e Farim. 

As fotos onde está o conjunto foram tiradas uma a actuar para a companhia que estava em Mansambo, e a outra em cima de um abrigo também em Mansambo. (**)

Esclareço que nestas fotos aparece também um membro novo que também fez parte do conjunto que é o baterista, 1º Cabo Neves, aliás, esta foto encontrei-a no meu sótão de recoradações. 

Na outra foto da época  [,foto nº 3,] , estávamos numa festa de aniversário do barbeiro da companhia. 

As outras fotos [, a publicar em próximo poste, tendo os editores pedido a troca do formato pdf por jpg, ] foram tiradas quando estive em férias em 2011, onde se pode ver a minha pessoa na varanda do Palácio do Governo, já destruído pela guerra civil, e as outras em Bamdadinca e Farim [, foto nº 4].

Um abraço do tamanho de Braga até Bambadinca e até ao dia 30,  no nosso almoço [, na Trofa].

José Maria (Braga).

Nota - Há umas fotos numa cerimónia que tivemos em Bambadinca, em que eu apareço a colocar um relógio no pulso do chefe militar.

A foto em que tenho a mão pelas costas de um negro, esse negro, era combatente inimigo (terrorista). 
O outro que está ao meu lado,  na mesma foto, era militar português.

José Maria Sousa Ferreira

Foto à direita: o vocalista Tony, que pelo nome e nº mecanográfico terminado em 61, pode ser o 1º cabo nº 14219661 António N. Sousa ("Era refratário, e tinha cinco a seis anos a mais do que nós", diz o Sousa; julga que era condutor, e natural de Lisboa, onde já cantava, com fadistas conhecidos como a Maria da Fé; desconhece-se atualmente o seu paradeiro; foi ele que em Bambadinca, por volta de maio de 1969, cantou para a Cilinha a famosa canção do Alberto Cortez, "Mónica", adaptando a letra].


Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Otacílio Luz Henriques, -1º cabo bate-chapas, do pelotão de manutenção comandado pelo alf mil Ismael Augusto, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70)... Era o quinto elemento que faltava identificar. O José Maria anda a tentar falar com ele... Foto, sem legenda, do álbum do Otacílio Luz Henriques (que até há anos atrás morava em Paço de Arcos, Oeiras; o seu telefone não responde)

Foto: © Otacílio Luz Henriques (2013). Todos os direitos reservados. (Edição e legendas: LG)


Guiné > Zona Leste > Setor L1 (Bambadinca) > Mansambo > 1970 > Vista aérea do aquartelamento. Ao fundo, da esquerda para a direita, a estrada Bambadinca-Xitole. Foto do arquivo de Humberto Reis (ex-furriel miliciano de operações especiais, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71)

Foto: © Humberto Reis (2006) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.


O José Sousa esteve várias vezes em Mansambio, na altura da construção do aquartelamento, ainda no tempo do BART 1904. a cuja CCS pertencia... Era mecânico e andava com o reboque, a carregar cibes... E estava lá a 11 de Julho de 1968 quando o IN apanhou à unha o Francisco Manuel Monteiro, soldado de armas pesadas, do 4º Gr Comb  da CART 2339... Lembra-se de vir da fonte, onde foi sozinho, de G3, e ainda deu um tiro numa lata de coca-cola... No regresso ao quartel, deu com o Monteiro (que ele achava que seria Xavier, pela inscrição que recorda ter lido na faca de mato, e ser natural de Penafiel), que vinha em sentido inverso... O Monteiro ia lavar umas peças de roupa.... Teve azar, o IN estava à espera dele... A sua ausência só mais tarde foi notada... Nesse mesmo dia, e na perseguição, em conjunto com as NT, o alferes de milícia de  Moricanhe, cmdt do Pel Milícias 103,  acionou uma mina A/P, tendo sucumbido aos ferimentos. O José Sousa ainda se lembra bem do estado horrível em que ficou o corpo... Do Monteiro, a malta da CART 2339 só teve  notícias depois do 25 de Abril de 1974. Levado para Conacri, foi um dos 26 prisioneiros portugueses libertado em 22/11/1970, na sequência da Op' Mar Verde (***).



Guiné > Zona Leste > Setor L1 (Bambadinca) > Mansambo > CART 2339 (1968/69) > Construção, de raíz, do aquartelamento, de que hoje não há praticamente nenhum vestígio...  Fotos Falantes II > Foto nº 34 [Foto do arquivo de Torcato Mendonça, ex-alf mil art, CART 2339, 1968/69].

Foto: © Torcato Mendonça  (2006) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 29 de abril de  2015 > Guiné 63/74 - P14540: Em busca de... (234): Elementos do conjunto musical "Os Bambadincas": o Toni (cantor romântico), o Serafim (baterista), o Peixoto (viola ritmo e cantor pop) e mais um outro 1º cabo, que era viola baixo...Eu sou o o "Braga", viola solo, e queria muito abraçar-vos, na Trofa, no próximo dia 30 de maio, por ocasião do convivio do pessoal de Bambadinca 1968/71

(**) Úlotimo poste da série > 6 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14578: Memória dos lugares (289): Gampará, região de Quínara (Joviano Teixeira, sold cozinheiro, CCAÇ 4142, 1972/74)
(***) Vd. poste de 5 de novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1248: Monteiro: apanhado à unha na fonte de Mansambo em 1968, retido pelo IN em Conacri, libertado em 1970 (Torcato Mendonça)

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Guiné 63/74 - P14455: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (97): José Maria de Sousa [ Ferreira, minhoto de Braga, com escola de condução no Porto], ex-sold mec aut (BART 1904 e PINT, Bambadinca, 1968/70) descobre os seus companheiros do conjunto musical, da CCS/BCAÇ 2852, a quem o Movimento Nacional Feminino ofereceu, em 1969, os instrumentos


Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Circa Maio de 1969 > Atuação do conjunto musical de Bambadinca, formado por cinco elementos: da direita para a esquerda,  o 1º cabo Tony  ("cantor romântico"), o 1º cabo Peixoto (bateria), o José Maria de Sousa [, Ferreira], soldado do pelotão de intendência (viola solo), o 1º cabo Serafim (viola ritmo), e ainda "um outro 1º cabo que "deveria ser chapeiro e que, na vida civil, praticava halterofilismo"... Com exceção do Sousa, todos pertenciam ao BCAÇ 2852 e eram 1ºs cabos...

Pela consulta da história da unidade (BCAÇ 2852, Bambadinca, 1968/70), presume-se que:

(i) o Peixoto seja o 1º cabo escriturário  José Faria Taveiro Peixoto, nº  11176267, do comando do batalhão, secção de pessoal e reabastecimento;

(ii) o Serafim deve ser o 1º cabo mecânico auto António Luis S. Serafim, nº 06148667, do pelotão de manutenção comandado pelo alf mil Ismael Quitério Augusto, nosso grã-tabanqueiro;

(iii) o Tony, pelo nome e nº mecanográfico terminado em 61, pode ser o 1º cabo nº 14219661 António N. Sousa ("Era refratário, e tinha cinco a seis anos a mais do que nós", diz o Sousa; julga que era condutor, e natural de Lisboa, onde já cantava, com nomes fadistas conhecidos como a Maria da Fé).




Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Possivelmente Maio de 1969 > Da  direita para a esquerda, Peixoto (bateria),  Sousa (viola solo), Serafim (viola ritmo) e outro camarada não identificado (1º cabo, provavelmente bate chapas).





Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Possivelmente Maio de 1969 &gt Parada do quartel de Bambadinca: visita da presidente do Movimento Nacional Feminino, Cecília Supico Pinto (1921-2011), mais conhecida por "Cilinha"  (1)...


Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Possivelmente Maio de 1969 &gt Parada do quartel de Bambadinca: visita da presidente do Movimento Nacional Feminino, Cecília Supico Pinto (1921-2011), mais conhecida por "Cilinha"  (1)... Todos as guerras têm a sua "Pasionaria"... A "Cilinha" terá sido a nossa... Esta foto, notável, do José Carlos Lopes, é uma prova disso... É uma foto de antologia, editada por nós, a preto e branco...


Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Possivelmente Maio de 1969 >  Parada do quartel de Bambadinca: visita da presidente do Movimento Nacional Feminino, Cecília Supico Pinto (1921-2011), mais conhecida por "Cilinha" (2)...

Fotos do álbum do José Carlos Lopes, ex-fur mil amanuense, com a especialidade de contabilidade e pagadoria, especialidade essa que ele nunca exerceu (na prática, foi o homem dos reabastecimentos do batalhão).(*)

Fotos: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Editadas e legendadas por L.G.)


1. O José Maria de Sousa [Ferreira], de rendição individual, era soldado mecânico auto, sendo originalmente colocado na CSS/BART 1904, onde veio substituir um camarada ferido num braço.

Terminada, em setembro de 1969,  a comissão do BART 1904 (1966/68), o José Sousa [JMSF] vai para Bissau, mas logo a seguir é colocado no Pelotão de Intendência (PINT) de Bambadinca.  Tem, ao todo,  54 meses de vida militar. "Apanhou um porrada na metrópole por conduzir sem carta". Foi mobilizado para a Guiné. Já tocava viola na vida civil.

Em Bambadinca o José Sousa era muito solicitado para festas de anos e animações. Depois formou um conjunto com a malta da CCS/BCAÇ 2852. O Movimento Nacional Feminino (MNF) ofereceu-lhes os instrumentos. Tocaram, com grande sucesso, em vários sítios, incluindo Bafatá (na festa de Natal de 1969 e na passagem de ano). As fotos acima referem-se ao dia em que a Cilinha foi visitar Bambadinca...  e houve espectáculo musical no edício em U das messes e quartos de oficiais e sargentos.

O Sousa, que é sócio de um escola de condução no Porto, é natural de Braga, tem uma filha, médica, no IPO do Porto.  Hoje o seu nome completo é José Maria de Sousa Ferreira (JMSF). Na tropa, era só conhecido por Sousa.

Falou comigo ao telefone. Já esteve na Guiné, em férias, há 3 anos, e claro visitou Bambadinca.  Quer ir ao convívio do pessoal de Bambadinca, 1968/71, que este ano se realiza na Trofa (**). Foi o Silvino Carvalhal, de Vila Nova de Famalicão,  que lhe deu o meu nº de telefone de casa. Mas foi através da Net que ele  descobriu estas fotos acima reproduzidas, e que o emocionaram,  Gostava agora de saber por onde param os seus companheiros do conjunto musical. Só não se lembra do nome do 5º elemento, "1º cabo, talvez chapeiro, da CCS"... (Consultando a história da unidade, verifica-se que o único 1º cabo bate-chapas era o Otacílio Luz Henriques; havia mais dois 1ºs cabos mec auto,  o João de Matos Alexandre e e o outro era o Serafim)...

 O conjunto musical de Bambadinca era formado por 5 elementos, todos eles 1ºs cabos, com exceção do do Sousa, havendo 1 cantor (o Tony), 3 guitarras elétricas e 1 baterista. O Sousa gostaria muito de reencontrar estes companheiros: o Tony seria de Lisboa, o Peixoto, de Póvoa de Lanhoso. O Serafim, bateria, também tocava viola.

Convidei o Sousa  a integrar o nosso blogue, o que ele aceitou de bom grado. Ficou de me mandaralgumas fotografias que ainda lhe restam do tempo da tropa. Tenho o seu telefone e endereço de email. (***)

PS - Não confundir este conjunto com um outro que andava pela Guiné, o Conjunto Musical das Forças Armadas. (O nosso camarada Vitor Raposeiro, ex-fur mil radiotelegrafista, STM, de rendição indiviual, que passou por Aldeia Formosa, Bambadinca, Bula e Bissau, 1970/72, também viria a   integrar esse Conjunto Musical das Forças Armadas, tendo saído de Bambadinca ao tempo do BART 2917; esse conjunto atuava por toda a Guiné).

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 3 de janeiro de 2013 > Guiné 63/74 - P10993: Álbum fotográfico do ex- fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (8): Há festa no quartel: visita da Cilinha e do conjunto musical das Forças Armadas, em abril ou maio de 1969

(**) Vd poste de 2 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14430: Conivívios (661): Pessoal de Bambadinca 68/71: Trofa, 30 de maio de 2015 (Silvino Carvalhal / Fernando Sousa)

(***) Último poste da série > 17 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14157: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (96): Não sei se era o senhor Comandante Pombo que estava aos comandos, sei que fiquei muito sensibilizado com esta boleia (António Dâmaso)

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Guiné 63/74 - P13455: Os nossos regressos (32): Fotos do álbum do Otacílio Luz Henriques. ex-1º cabo bate-chapas, do pelotão de manutenção comandado pelo alf mil Ismael Augusto, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70)




Foto nº1 > Entrada ba barra do Tejo...Aproximação da costa... A cidadela de Cascais... (se não erro)


Foto nº 2 > Estuário do Tejo... Depósitos de combustível na outra banda (Trafaria, concelho de Almada)


Foto nº 3 > A ponte sobre o Rio Tejo e o Cristo Rei (1)... Ainda estava pintada de fresco... e não tinha o tabuleiro para a circulação ferroviária...


Foto nº 4 > A ponte sobre o Rio Tejo e o Cristo Rei (2)... Em 1970, a febre da construção na outra banda já tinha começado, mas o Cristo Rei ainda era uma figura solitária na paisagem


Foto nº  5 > Os "paisanos"... O Otacílio, de perfil, é o quarto da  fila, a contar da esquerda para a direita... Presume-se que a foto tenha sido tirada à chegada a Lisboa, ou então já em Abrantes, RI 2...



Foto nº 6 > Estação da CP... Lisboa, Alcântara ? Entroncamento ? ... Sei que o pessoal foi de comboio para Abrantes...


Foto nº 7 > RI 2, Abrantes... A unidade mobilizadora do BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (1)


Foto nº 8 > RI 2, Abrantes... A unidade mobilizadora do BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (2)


Foto nº 9 > Uma rua e uma estação rodoviária de uma vila da Estremadura... (se não erro)



Foto nº 10 > O regresso ao doce lar... A festa  (1)


Foto nº 11 > O regresso ao doce lar... A festa  (2)


Foto nº 12 > O regresso ao doce lar... A festa  (3)


Foto nº 13Foto nº 11 > O regresso ao doce lar... O fim da  festa... As (in)confidências... Conversas de homem para homens... Ir à guerra (e voltar) "dava estatuto"...


Foto nº 14 > Um bate-chapas no leste da Guiné... O Otacílio Luz Henriques, algures em Bambadinca (1968/70)

Fotos, sem legendas, do álbum do Otacílio Luz Henriques, 1º cabo bate-chapas Otacílio Luz Henriques,  CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70). Pertencia ao pelotão de manutenção,  que era comandado pelo alf mil Ismael Augusto, membro da nossa Tabanca Grande. o bcaç 2852, se mão erro, regressou à metrópole em 28/5/1970, um ano depois, curiosamente, do ataque a Bambadinca...


Fotos: © Otacílio Luz Henriques (2013). Todos os direitos reservados. (Edição e legendas: LG)


[Todos, não, mas a grande maioria de  nós fizemos esta viagem de regresso, por via marítima, de Bissau a Lisboa, nos Niassa, nos Uíge, nos navios da nossa marinha mercante postos ao serviço do transporte do pessoal mobilizado para a guerra do ultramar (ou guerra colonial, ou guerra de África, como quiserem)... Era com emoção que se avistava a barra do Tejo, o Bugio, Cascais, a Costa da Caparica,a  Trafaria, a ponte, o Cristo Rei, o casario de Lisboa, o cais da Rocha de Conde de Óbidos donde tínhamos partido, 22, 23, 24 meses antes...

E depois ia-se de comboio até à unidade mobilizadora. No caso do BCAÇ 2852, foi o RI 2, Abrantes... E, por fim, o regresso, solitário, a casa, onde nos esperavam, em alvoroço, a família, os amigos, os vizinhos...  O "day after", o dia seguinte, não foi fácil para muitos de nós... Uma geração partida e repartida. uns tomaram os caminhos da diáspora (Brasil, EUA, Canadá, França, Alemanha...); outros, deixaram as suas terras e fixaram-se na grande Lisboa e no grande Porto, procurando oportunidades de trabalho... "Cacimbados", "apanhados do clima", "estranhos", "envelhecidos", "mudados", "fechados, de poucas falas", "truculentos", "noctívagos", "bebendo e fumando em excesso"... eram expressões que trocávamos uns com os outros ou que ouvíamos aos nossos amigos, familiares e vizinhos... A (re)adaptação, em muitos casos, não foi fácil, e levou o seu tempo... A maior parte casou, teve filhos e tentou ser feliz...

Uma sugestão de verão: legendas mais completas, precisam.se para estas fotos... Se não estou em erro, o Otacílio mora(va) na região da Grande Lisboa, ou pelo menos na Estremadura... Ele disponibilizou-me estas e outras fotos em 2013, no encontro da malta de Bambadinca (de 1968/71) em Coimbra. Preciso de um endereço de email dele (ou do nº de telefone) antes de o apresentar à Tabanca Grande. Gostava de voltar a falar com ele... De resto, é mais do que justa a homenagem que quero fazer-lhe, sentando-o à sombra do poilão da nossa Tabanca Grande.... É justo que ele figure na nossa lista de grã-tabanqueiros, já que temos aqui publicado bastantes fotos do seu álbum... Um grande abraço para ele, se me estiver a ler... Estivemos juntos em Bambadinca quase um ano, iu pelo menos uns 10 meses, mas não sei se alguma vez trocámos uma palavra... Ele era 1º cabo bate-chapas da CCS, eu era furrriel, operacional,  da CCAÇ 12, uma unidade de intervenção adida a (leia-se: às ordens de) o BCAÇ 2852.. Uma companhia de pretos... Mas vivemos e dormimos todos (eu, às vezes) naquele maravilhoso promontório que era Bambadinca, a "cova do lagarto", na língua mandinga... LG]

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Nota do editor:

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Guiné 63/74 - P12431: Álbum fotográfico do ex-fur mil José Carlos Lopes, amanuense do conselho administrativo da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) (10): O rebenta-minas, de rodado duplo à frente



Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Foto nº 89 > O rebenta-minas com rodado duplo à frente...

Foto: © José Carlos Lopes (2013). Todos os direitos reservados. (Editadas e legendadas por L.G.)


Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) > Um viatura oesada (Mercedes ?) "capotada"... No setor L1 havia uma intensa atividade de colunas logísticas: era a partir de Bambadinca que se abasteciam as companhias aquarteladas em Mansambo, Xitole e Saltinho (que pertencia já ao Setor L5 - Galomaro). Foto do ex-1º cabo bate chapas Otacílio Luz Henriques, do Pelotãod e Manutenção (, que era comandado pelo alf mil Ismael Augusto, membro da nossa Tabanca Grande). 


Foto: ©  Otacílio Luz Henriques (2013) (2013). Todos os direitos reservados. (Editadas e legendadas por L.G.)


1. Continuação da publicação do excelente álbum fotográfico (*) do José Carlos Lopes, meu contemporâneo em Bambadinca, pelo menos na época de julho de 1969 a maio de 1970 (quando o batalhão regressou à metrópole). Embora a sua especialidade fosse "contablidade e pagadoria" (sic), ele exerceu funções como fur mil de  reabastecimentos da CCS/BCAÇ 2852. É nosso grã-tabanqueiro, nº 604, desde 10 de fevereiro de 2013. Bancário reformado do BNU, vive em Linda a Velha, Oeiras. As fotos são provenientes  de "slides" digitalizados, e não têm legendas.  

Apresentamos hoje uma espetacular: o "rebenta-minas" de Bambadinca. Era uma obra-prima dos nossos mecânicos, com um rodado duplo à frente. Presumimos que tivessem arranjado um semi-eixo mais comprido, "canibalizado" de outra viatura (, talvez uma Mercedes). Não tinha capô e os assentos da frente eram "forrados" com sacos de areia.  Como diziam os condutores, era preciso comer um boi para conduzir um besta destas... 

Na perigosa estrada Bambadinca-Mansambo-Xitole-Saltinho não sei se este rebenta-minas chegou a saltar por cima de alguma... De qualquer modo, para além dos picadores, o rebenta-minas dava-nos alguma tranquilidade de espírito quando fazíamos (a CCAÇ 12 e outras subunidades) às colunas logísticas para o sul do setor L1...

Enfim, noutros sítios também havia rebenta-minas. Compare-se, por exemplo, com o famoso  granadero que existia no tempo do nosso camarada Henrique Matos e do João Crisóstomo. Pertencia à CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole, Missirá, 1965/67) (Vd. foto a seguir) (**). 

O rebenta-minas de Bambadinca tinha a "originalidade" do rodado duplo à frente... O que se pode dizer é que, naquela guerra, a necessidade aguçava o engenho dos tugas... Ontem como hoje... Aqui fica o "retrato" desta "peça de museu" (foto acima), para memória futura... LG



Guiné > Enxalé > O famoso granadero, uma GMC transformada, que pertencia à CCAÇ 1439 (Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67)...

"A transformação constou do reforço dos taipais com chapas de bidon, separadas de ± 20 cm com areia no meio. Ficou à prova de bala de Mauser. Tinha também uma camada de areia no fundo da caixa e na frente também vários sacos de areia. Tinha instalada como se pode ver uma Breda. Não sei porque é que lhe chamavam granadero.

"Com ela fiz vários reabastecimentos a Missirá e Porto Gole. Segundo a descrição do Abel Rei no seu depoimento Entre o Paraíso e o Inferno: de Fá a Bissá-Memórias da Guiné e que na altura estava em Bissá, no dia 5 de Outubro de 1967 esta viatura quando regressava a Porto Gole accionou uma mina incendiária a que se seguiu uma emboscada de que só se safaram com apoio aéreo. Fazia parte duma coluna que saiu de Porto Gole ao encontro doutra coluna saída de Bissá a pé para entregar uns militares destinados àquele destacamento."


Foto (e legenda):  © Henrique Matos (2007). Todos os direitos reservados.


(**) Vd. poste de 6 de outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2158: Recordações do 1º Comandante do Pel Caç Nat 52 (3): O famigerado granadero do Enxalé, da CCAÇ 1439 (1965/67)

domingo, 10 de novembro de 2013

Guiné 63/74 - P12273: Memória dos lugares (251): Bafatá, fotos do álbum do 1º cabo bate chapas Otacílio Luz Henriques, Pelotão de Manutenção, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70)

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Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) > Foto nº 326 > 3 militares numa carrinha de caixa aberta, típica da época (, pela marca e pelo desing parece ser uma Toyota Sout, japonesa, dos anos 60)... Não sei se era de um algum civil, ou se estava ao serviço das NT. Ampliando a foto, o condutor não me parece um militar, mas sim um funcionário da administração... se não mesmo o próprio administrador, o Guerra Ribeiro, não ?


Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) > Foto nº 351 > Uma das entradas e saídas de Bafatá, com a avenida principal,   tendo ao fundo o Rio Geba e à direita a catedral.


Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) >Foto nº 361 >  Rua conhecida como a rua da  sede de batalhão (à direita, porta de armas); à esquerda, se não me engano, o restaurante das Libanesas... que não ficava na avenida principal, como já aqui se tem lido...

[Legenda do Fernando Gouveia. Quanto às fotos nº 361, está ao contrário: a casa das libanesas era do lado direito de quem desce a rua]


Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) > Foto nº 328 > Rio Geba, porto fluvial de Bafatá. Esta foto parece estar invertida. O porto fluvial ficava na margem direita do rio, à esquerda do parque e da piscina... Terá sido tirada do cais acostável junto ao parque... Vd. fotos aéreas do Humberto Reis.


Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) > Foto nº 331 > Mercado de Bafatá: sempre animado e colorido.



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) > Foto nº 364 > Mercado de Bafatá.




Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) > Foto nº 330 > Campo de futebol (creio que era do Sporting Clube de Bafatá; em frente, na parede ao fundo, publicidade à Casa Gouveia)


Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) >Foto nº 378 > Aeródromo de Bafatá: chegada de um Dakota.



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) >Foto nº 332 > Aeródromo de Bafatá: chegada de um Dakota; desembarque de homens e material.



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) >  Foto nº 329 > Aeródromo de Bafatá: chegada de um Dakota. Personalidades militares não identificadas.

[O Fernando Gouveia mandou-nos a seguinte legenda: Na foto nº 329, da esquerda para a direita reconheço o Ten Cor. Teixeira da Silva do Comando de Agrupamento, um desconhecido e a seguir o Administrador de Bafatá].



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) > Foto nº 362 > Aeródromo de Bafatá: Chegada ou partida de um heli




Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) > Foto nº 377 > Instalações do Esquadrão de Cavalaria.



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Álbum do 1º cabo bate chapa Otacílio Luz Henriques, CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70) >Foto nº 493 > Vista aérea da então vila (ou já cidade) de Bafatá. Ao canto inferior direito, aparece a igreja  e o edifício da administração... mas parece-me que a imagem está invertida (trata-se de um "diapositivo" digitalizado): a igreja devia estar à direita de quem desce em relação ao rio...

[Legenda do Fernando Gouveia: Quanto à foto nº 493 está ao contrário:  a igreja (catedral será demais) fica do lado direito da avenida, do lado de quem desce.]

 Fotos do álbum do 1º cabo bate chapas Otacílio Luz Henriques, do Pelotão de Manutenção  (que era comandado pelo alf mil Ismael Augusto), CCS/ BCAÇ 2852 (Bambadinca, 19587/0).

Pede-se aos camaradas desse tempo para as conferir as legendas, comparando-as com as fotos do Fernando Gouveia, que foi Alf Mil Rec Inf, Comando de Agrupamento nº 2957, Bafatá, 1968/70, e que é seguramente o melhor cicerone de Bafatá desse tempo...  Ver também as belíssimas fotos aéras tiradas pelo Humberto Reis da nossa doce e tranquila Bafatá, princesa do Geba. E, já agora, revisitar também os postes da I Série, do Manuel Mata, ex-1º cabo apontador de Carros de Combate M 47, que pertenceu ao Esquadrão de Reconhecimento Fox 2640 (Bafatá, 1969/71).

Vou, entretanto, propor a entrada para a Tabanca Grande do nosso amigo e camarada Otacílio... Preciso apenas de o contactar. Ele já deu um importante contributo para o nosso blogue, e para o enriquecimento das nossas memórias... Já não o vejo há um anos, desde o encontro do pessoal de Bambadinca (1968/70), em Coimbra.  Tenho o seu contacto telefónico. (LG).


Fotos: © Otacílio Luz Henriques (2013). Todos os direitos reservados. (Editadas e legendadas por L.G.).


Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Vista aérea de Bafatá ao tempo do Fernando Gouveia: a linha vermelho assinala a "avenida pincipal", que descia desde o hospital até ao parque, ao rio e ao mercado; a amarelo assinala-se o quarteirão ocupado pelo batalhão sedidado em Bafatá... Esta é a malha urbana da Bafatá colonial... O esquadrão de cavalaraia (bem como o comando de agrupamento) ficava na periferia, no bairro (ou tabanca) da Rocha... O Fernando, que é aqruiteto, é que um dia nos pode fazer o mapa e o roteiro da cidade, para acabar com as nossas memórias confusas... Ninguém conheceu (e amou) a cidade como ele...(LG)



Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Vista aérea de Bafatá ao tempo do Fernando Gouveia: a linha vermelho assinala a "avenida pincipal", que descia desde a rotunda até ao Rio Geba, ao mercado e ao parque, passando pela catedral (, visível na foto, à direita, sendo as duas torres ainda percetíveis)... Do lado direito, o depósito de água que abastecia a cidade; do lado esquerdo, em primeiro plano, parte da Tabanca da Rocha (onde se situava a mesquita). Ao fundo, no canto superior esquerdo, vê-se uma nesga do Rio Geba. Nas imediações da rotunda, situava-se o café do sr. Teófilo, a coluna de Bambadinca parava para beber o "último copo", antes de regressar á estrada (alcatroada) Bafatá-Bambadinca...


Guiné > Zona leste > Bafatá > c. 1968/70 > Vista aérea de Bafatá ao tempo do Fernando Gouveia: a linha vermelho assinala a "avenida pincipal", que descia desde a rotunda (visível na foto) até ao Rio Geba... Ao fundo, assinaladas a amarelos as instalaçõees do Comando de Agrupamento e do Esquadrão de Cavalaria.


Fotos: © Fernando Gouveia (2013). Todos os direitos reservados. (Edição: L.G.).

domingo, 22 de setembro de 2013

Guiné 63/74 - P12068: Filhos do vento (20): Bambadinca: foto do álbum do 1º cabo bate chapas Otacílio Luz Henriques (CCS/BCAÇ 2852, 1968/70)


 Guiné > Zona Leste > Setor L1 > Bambadinca > CCS/BCAÇ 2852 (1968/70) >  Uma rapariga de Bambadinca, de cujo nome já não me recordo, e que tinha dois filhos de militares portugueses (presumo).  Como muitas outras, seria lavadeira.

Por Bambadinca, passaram desde o início da guerra, ou até memso antes (dezembro de 1962),  alguns milhares de homens... Ver aqui a lista, do Benjamim Durães,  das cerca de 30 unidades e subunidades que estiveram sediadas em Bambadinca. Nessa lista, conto, pelo menos, 5 companhias, 18 pelotões e 6 batalhões, o que pode perfazer qualquer coisa como, no mínimo, um total de 2250 homens, na base dos 150 homens por companhia, incluindo as CCS dos batalhões...

Mas, a caminho de outros setores do leste, vindos de LDG, desembarcados no Xime ou em Bambadinca, terão passado algumas dezenas de milhares, ao longo da guerra, de 1963  a 1974... Por outro lado, no setor L1 havia tropas em permnanência, além de Bambadinca, noutros aquartelamentos, como o Xime, Fá Mandinga, Mansambo e Xitole, sem contar com os destacamentos e tabancas em autodefesa. O Benjamim Durães não inclui na lista a 1ª Companhia de Comandos Africanos, sediada perto, a escassos quilómetros de Bambadinca, em Fá Mandinga, logo a partir de 1970.

Estas crianças da foto acima terão sobrevivido estes anos todos ? Alguém se lembra delas e da mãe ? Havia mais casos,no tempo (julho de 1969/março de 1971).

A foto é do álbum do 1º cabo bate chapas Otacílio Luz Henriques, do Pelotão de Manutenção (, que era comandado pelo alf mil Ismael Augusto, membro da nossa Tabanca Grande). Deve ter sido tirada entre meados de 1968 e meados de 1970.

Vd. no Público Multimédia o dossiê sobre os Filhos do Vento.

Foto: © Otacílio Luz Henriques (2013). Todos os direitos reservados. (Editadas e legendadas por L.G.)

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Nota do editor: