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sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Guiné 61/74 - P21390: Manuscrito(s) (Luís Graça) (192): Quinta de Candoz: vindimas, a tradição que já não é o que era... (Augusto Pinto Soares) - II (e última) Parte











 









Marco de Canaveses > Paredes de Viadores > Candoz > Quinta de Candoz > Vindimas > 18 e 19 de setembro de 2020  > Foto galeria


Fotos (e legenda) : © Luís Graça (2020). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].

 




 

 Vídeo (2' 45''): You Tube > Luís Graça (2020)


 


 

 1. Segunda (e última) parte do texto sobre as vindimas, originalmente publicado no blogue A Nossa Quinta de Candoz, em 30 de outubro de 2005. (*)





por Augusto Pinto Soares (Gusto)

(Continuação)

II. A vindima é agora, nos tempos que correm, um ritual mais técnico, sem o sabor bucólico e festivo doutros tempos, sem o mesmo esforço, a mesma "freima". (*)


A marcação da vindima é já feita em função do grau de maturação das uvas, da disponibilidade do pessoal da casa (poucos chegam) aos fins-de-semana. Já não há festa – também já não há os convidados citadinos para assistir e tudo se processa de uma forma mais racional.

Porque as videiras estão armadas em bardos baixos – portanto mais expostas ao sol –, porque as operações da poda verde (espoldra ou desladroamento, desponta, desparra ou desfolha) permitem uma melhor exposição dos cachos de uvas, a colheita é mais fácil e célere. Rapidamente os cestos (agora de plástico) ficam cheios e o seu transporte para a adega é de imediato feito através do tractor.

Agora – os tempos são outros! – a plantação é de videiras de uvas brancas originando vinho branco de bica aberta. O verde tinto é mais complicado de trabalhar, mais complexo, mais demorado e com menos aceitação e saída, a não ser localmente.

Na adega as uvas são imediatamente esmagadas com a desengaçadora, jorrando o mosto assim obtido para uma dorna e de imediato para as cubas de aço, onde é  feita a sulfitação apropriada, aí repousará até à sua defecação nas próximas 24 a 48 horas para depois iniciar a sua fermentação.

 A prensagem, um pouco mais demorada, pois a prensa hidráulica – que até uma criança pode facilmente accionar – precisa de algum tempo para esmagar o mais possível o cangaço. Contudo ao fim de algumas horas – ao início da manhã seguinte – já estará pronta para ou levar mais uma carga ou ser limpa.

Os repastos (pequeno almoço, almoço, jantar e merendas) são mais triviais, mais avantajados. Já incluem sobremesa, café e digestivos.

O mosto já está nas cubas à espera de um novo ciclo – agora o ciclo do vinho – as alfaias estão limpas e arrumadas, os cestos já estão lavados.

Terminou a vindima! O ciclo da videira chegou ao seu fim.

A nossa vida já começa a contemplar muitos ciclos completos da videira.

Amanhã começará outro.

Texto: © Augusto Pinto Soares (2005)

[Revisão / fixação de texto para efeitos de edição neste blogue: LG]

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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 24 de setembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21388: Manuscrito(s) (Luís Graça) (191): Quinta de Candoz: vindimas, a tradição que já não é o que era... (Augusto Pinto Soares) - Parte I

sábado, 4 de julho de 2020

Guiné 61/74- P21140: E as nossas palmas vão para... (20): o veteraníssimo Jorge Ferreira, que hoje faz anos, e foi o etnofotógrafo da Buruntuma de 1961/63 que não existe mais...


Capa do do livro de fotografia "Buruntuma: 'algum dia serás grande', Guiné, Gabu, 1961-63". (Edição de autor, Oeiras, 2016).]: o fotógrafo, em 1961, ao lado do então régulo Sené Sané, que era tenente de 2ª linha. junto ao marco fronteiriço ("República Portuguesa: Província da Guiné"), na fronteira com a República da Guiné. Cortesia do autor.

O autor, Jorge Ferreira, ex-alf mil da 3ª CCAÇ (Bolama, Nova Lamego, Buruntuma e Bolama, 1961/63), é membro da nossa Tabanca Grande, é um fotógrafo amador com mais de meio século de experiência, tem um página pessoal no Facebook, além de um sítio de fotografia, Jorge da Silva Ferreira.




Vídeo (11' 03'') alojado em You Tube > Jorge Ferreira (Cortesia do autor, membro da Tabanca Grande)

Vídeo: © Jorge Ferreira (2018). Todos os direitos reservados.


1. Está disponível, desde 10 de junho de 2018, no YouTube, na conta de Jorge Ferreira, este vídeo com uma seleção das belas fotos do seu livro "Buruntuma: 'algum dia serás grande', Guiné, Gabu, 1961-63". (Edição de autor, Oeiras, 2016).


Para quem ainda o não conhece, o vídeo merece as nossas palmas e uma "visita" por uma dupla razão:

(i) o Jorge Ferreira é um  bom amigo, um grande camarada, um excelente fotógrafo e um magnífico tabanqueiro, um calmeirão de um ser humano que eu, pessoalmente,  muito prezo e estimo; as suas fotos de Buruntuma inseram-se na categoria de etnofotografia; além disso, a Buruntuma que ele conheceu e fotografou, em 1961/63, não existe mais;

(ii) o vídeo tem a excecional colaboração de um outro grã-tabanqueiro (nº 642), talentoso músico guineense, lider do grupo musical Super Camarimba, Mamadu Baio, originário da tabanca de Tabató (, região de Bafatá, Guiné-Bissau), e hoje cidadão português, pai de um "djubi", português, de nome Malick, com costela alentejana; a música que ele disponibilizou é do primeiro CD dos Super Camarimba ("Sila Djanhará", c. 2010), gravado no Mali.

O nosso editor, Luís Graça, pôs na altura o Jorge Ferreira erm contacto com o Mamadu Baio e lá chegaram os dois a um acordo sobre a utilização de uma das faixas de música, com menção dos direitos de autor, na ficha técnica, no final.

O vídeo, disponível numa rede social de impacto gobal como o You Tube, não tem qualquer propósito comercial, é uma homenagem ao povo de Burintuma (que em mandinga quer dizer justamente "Algum dia serás grande"). Merece uma visita, já tem quase 800 visualizações.

Mamadu Baio:
foto de Luís Graça (2014)
2. Em dia de anos do nosso veteraníssio Jorge Ferreira, um camarada ainda do tempo da farda amarela, juntam-se mais uns versinhos, feitos este sábado, em cima do joelho, na Tabanca de Candoz, pelo nosso editor LG-

É também uma pequena homenagem aos nossos camaradas e amigos da Guiné que têm aguentado estoicamente esta pandemia de COVID-19 e que, desde março,  vêm celebrando sozinhos, trancados em casa, o seu aniversário natalício. Fazermos votos para que as nossas tabanca possam ir reabrindo, lentamente, com total segurança e confiança.  O Jorge é assíduo freqentador dos almoços-convívios da Magnífica Tabanca da Linha.


Ao Jorge Ferreira (e aos demais aniversariantes da nossa Tabanca Grande que foram obrigados a cantar "os parabéns a você", sozinhos em casa):


Amigo Jorge Ferreira,
És dos nossos veteranos,
Mas não caias na asneira,
De dizer que fazes anos.

Não há copos p’ra celebrar,
Nem na Tabanca da Linha,
Mas logo que a crise passar,
Abre o Resende a cozinha.

Em Buruntuma, as bajudas
Foram todas retratadas,
Fossem belas ou feiudas,
Solteirinhas ou casadas.

Desse tempo tens saudade,
Até marcos tu puseste,
Não te pesava a idade,
Grande alfero lá do Leste.

Retificaste a fronteira
C’o a Guiné-Conacri,
E juraste p’la bandeira:
 “Sou eu quem manda aqui”.

Saia um  peixinho da bolanha,
Feito à maneira, no forno,
Quem não tinha arte e manha,
Apanhava com um corno.


Paludismo, hepatite,
E até bilharziose,
Não faltava o apetite,
Cada um c’o sua dose.

De Paunca até Pirada,
Do Gabu até Bolama,
Não me queixo, camarada,
Dormi no mato e na cama.

Tive farda de caqui,
E chapéu colonial,
Mas só de amores morri
Pl' aquela terra, afinal.

Convivi com  o Sané,
Senhor de Canquelifá,
Percorri meia Guiné,
Fiz amigos como os de cá.

Em resorts de muitas estrelas,
Deixei pedaços de mim,
Não me lembro das caravelas,
Mas a história foi assim.

Buruntuma, hás de ser grande,
Não importa em que ano ou dia,
Seja o povo quem mais mande,
Em passando a pandemia.

Hoje o Jorge é menininho,
Vai ter ronco na tabanca,
Toda a gente, preta ou branca,
Lhe vai dar um carinho.

Luís Graça, 
Tabanca de Candoz, 4 de julho de 2020

___________

terça-feira, 17 de março de 2020

Guiné 61/74 - P20742: Memória dos lugares (405): Cacela, a fadista Lucinda Cordeiro e o grupo "Cantar de Amigos", num vídeo do Zeca Romão (ex-Fur Mil At Inf, CCAÇ 3461 / BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, e CCAÇ 16, Bachile, 1971/73)


Vídeo (2' 58'') > Alojado no You Tube > Romão José

Título: Cantar de Amigos - Lucinda Cordeiro - canta: Miúdo da Rua

Sinopse: Um pequeno vídeo dedicado à nossa amiga Lucinda Cordeiro, uma das maiores fadistas,do nosso concelho [, Vila Real de Santo António[. Acompanhada pelo seu esposo, José Gonçalves e por Toy Dourado, Lucinda, canta "Miúdo da Rua", fado gravado no CD nº 9 de "Cantar de Amigos" [, grupo fundado em 1993]. As fotografias são de Cacela Velha, localidade que faz parte do concelho de Vila Real de Santo António. Vídeo: realização de Zeca Romão, 17 de março de 2010.


José Romão no Bachile, c. 1972/74
Arquivo do autor (2010)
1. O nosso camarada José Romão, de Vila Real de Santo  António, tem um especial carinho pela sua terra (e tem uma segunda terra, a Guiné-Bissau, e em especial o "chão manjaco", do qual  guarda "recordações inesquecíveis" do tempo em que foi Fur Mil At Inf, CCAÇ 3461 / BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, e CCAÇ 16, Bachile, 1971/73).  Tem 16 referências no nosso blogue. 

Há dias mandou-nos um vídeo seu, de 2010, e que é um tripla homenagem a três "joias" vila-realenses:  Cacela, a fadista Lucinda Cordeiro e o grupo Cantar de Amigos. 

Os nossos camaradas, que fizeram o Curso de Sargentos Milicianos, no CISMI em Tavira, a recruta e/ ou a especialidade, nos anos 60/70, vão adorar a música e as imagens, que lhes vão avivar memórias...

Obrigado, Zeca Romão!


2. Sobre Tavira, e o sítio onde fizemos os fogos, no último  trimestre de 1968, escreveu o Eduardo Estrela o seguinte  comentário ao poste P20732 (*):

"Bom dia Luís! É uma alegria enorme ouvir falar da nossa terra com tanto carinho e amor. Obrigado pelas tuas palavras elogiosas. Façamos votos que haja coragem de preservar a autenticidade desta parte do Algarve denominada Sotavento.

Seguindo o percurso da EN 125, no sentido Tavira-Vila Real Sto. António, passamos Conceição de Tavira e, cerca de 3 km mais á frente,  há uma estrada à direita que vai ter ao sítio do Lacem. Foi neste sítio, local de confluência dos concelhos de Tavira e Vila Real, que fizemos os fogos reais, numa arriba sobranceira á ria e ao mar. Dista de Cacela Velha em linha recta, mais ou menos 1 km. 

O fabuloso tasco da Fábrica era do Costa, onde se comiam todas as iguarias da Ria, com a particularidade de saberem divinalmente. O Costa era compadre do meu sogro, pois era padrinho de baptismo duma das minhas cunhadas. 'O mundo é pequeno e a nossa Tabanca... é grande.' Abraço fraterno.

P.S. Fica pois o Lacem para a direita da fotografia da fortaleza de  Cacela Velha. A estrada da ilha é a das quatro águas."


3. Comentário de Luís Graça (*):

Fantástico, Eduardo!...Tens uma invejável memória topográfica!... É certo que jogas em casa...Esse é o teu reino, mas já me deste uma ajuda estupenda para "relocalizar" o sítio onde fizemos os nossos fogos reais, no final da instrução do 2º ciclo do CSM, no último trimestre de 1968... Que, reconheça-se, foi importante para nós, que fizemos fogo, pela primeira vez (, os que nunca foram caçadores...) na carreira de tiro e depois no tal sítio do Lacem. Quando aí voltar, ao teu/nosso querido Sotavento, quero revisitar esse sítio. E, se possível, contigo, se estiveres por aí, disponível, como cicerone!

domingo, 15 de março de 2020

Guiné 61/74 - P20734: (In)citações (145): "Gosto da Guiné - Bissau e Tenho Orgulho de o Dizer": vídeo do Zeca Romão, de Vila Real de Stº António, Fur Mil At Inf, CCAÇ 3461 / BCAÇ 3863 (Teixeira Pinto) e CCAÇ 16 (Bachile, 1971/73)


Vídeo de Zeca Romão (2015) > 4' 16'' (cerca de 6500 subscrições)

Alojado no You Tube > Romão José (520 subscritores)

Legenda: "Video dedicado a todos os meus amigos guineenses. Estive na Guiné Bissau de Setembro de 1971 a Outubro de 1973 e durante esses meses aprendi a gostar desse povo maravilhoso,  em especial os Manjacos, em cujo 'chão' permaneci mais tempo."

Música: "Vou levar-te comigo"[letra e música: Duo Ouro Negro] . Interpretação:  "Cantar de amigos" (Sara, Carla, Cátia, Henrique e Emílio) [Grupo de Vila Real de Santo António, fundado em 1993]



1. Cortesia do nosso camarada, membro da nossa Tabanca Grande, José [Quintino Travassos] Romão, de Vila Real de Santo António. Tem  15 referências no nosso blogue. 

O camarada José Romão  foi Fur Mil At Inf, CCAÇ 3461 / BCAÇ 3863, Teixeira Pinto, e CCAÇ 16, Bachile, 1971/73) [, foto atual, à direita]

A partir de fotos a cores do seu álbum da Guiné, e como a música de fundo a canção do Duo Ouro Negro "Vou levar-te comigo", o Zeca Romão percorre alguns dos sítios  por onde andou e que lhe ficaram gravados como "memórias inesquecíveis":

Bachile,  Churobrique, Bissau (a avenida marginal, o Pidjiguiti, a Amura, o Pelicano, a velha Bissau colonial, o Grande Hotel, a Catedral,  etc.), Bolama (, a antiga capital da província), Cacheu (, a fortaleza, o edifício da administração...), Canchungo (, o cine Canchungo, a avenida principal)...

Parabéns, camarada. Gosto particularmente do título (original) que escolheste para o teu vídeo... Um Oscar Bravo, em nome de todos nós.



Guiné > Região do Cacheu > Carta de Teixeira Pinto (1961) (Escala 1/ 50 mil) > Pormenor: posição relativa de Churobrique e Bachile a norte de Teixeira Pinto, do lado direito da estrada que seguia para o Cacheu.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2020)

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Nota do editor:

Último poste da série > 18 de fevereiro de  2020 > Guiné 61/74 - P20663: (In)citações (144): um Oscar Bravo (OBrigado) a todos/as, família, conterrâneos/as, amigos/as e camaradas que fizeram da sessão de lançamento do meu último livro, em 8 de fevereiro último, na Casa do Alentejo, uma tarde memorável que tão depressa não vou esquecer (José Saúde)

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Guiné 61/74 - P20661: Agenda cultural (742): Lisboa, 8 de fevereiro de 2020, na apresentação do livro do José Saúde, "Um ranger na guerra colonial": quando o Alentejo e o Gabu se tocam - Parte IV: Momento alto da tarde cultural: a moda "Fui ao jardim passear", pelo Rancho dos Cantadores de Aldeia Nova de São Bento, Serpa


Vídeo (3' 20'') Alojado em You Tube > Luís Graça


Lisboa > Casa do Alentejo >  8 de fevereiro de 2020>  Sessão de lançamento do livro do José Saúde, "Um ranger na guerra colonial: Guiné-Bissau, 1973-1974: memórias de Gabu" (Lisboa, Edições Colibri, 2019, 220 pp.)

Momento cultural: atuação do Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento, Serpa. Moda: Fui ao jardim passear. Letra e música: tradicional. (Com a devida vénia...). (*)

Vídeo: Luís Graça



Capa do álbum (2016) 


FUI AO JARDIM PASSEAR

Lera e música: tradicional, Alentejo


Das flores que há no campo,
Qual é a mais estimada,
É a flor do rosmaninho
Que entra na casa sagrada.
Fui ao jardim passear,
Trouxe um ramo de alecrim
Para dar ao meu amor,
Que não se esqueça de mim.

Que não se esqueça de mim,
Para sempre se alembrar,
Trouxe um ramo de alecrim,
Fui ao campo passear.

Levantei-me um dia cedo
E fui passear ao campo,
Encontrei o teu retrato
Na folha dum lírio branco.

Fui ao jardim passear,
Trouxe um ramo de alecrim
Para dar ao meu amor,
Que não se esqueça de mim.

Que não se esqueça de mim,
Para sempre se alembrar,
Trouxe um ramo de alecrim
Fui ao campo passear.



Recorde-se que esta e outras modas (como O Meu Chapéu), que se tornaram "virais",  fazem parte do
CD Álbum  que o "Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento" (ensaiador: Pedro Mestre) lançou em 25 de novembro de 2016.

Sinopse: Passados dois anos desde que o Alentejo e Portugal se ergueram de orgulho por o Cante ser considerado pela UNESCO Património Mundial e Imaterial da Humanidade, é editado, em 2016, o álbum de um dos mais tradicionais e antigos ranchos de cante alentejano: Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento, que conta com vários convidados especiais, nomeadamente Luísa Sobral, António Zambujo, Miguel Araújo, Jorge Benvinda e Pedro Mestre. (**)

O grupo tem página no Facebook. E tem três concertos agendados para o CCB, Lisboa, no Grande Auditório (c. 1500 lugares) para os próximos dias 20 de março de 2020, às 21h00, e 21 de março 2020, às 16h00 e às 21h00.
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 11 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20640: Agenda cultural (740): Lisboa, 8 de fevereiro de 2020, na apresentação do livro do José Saúde, "Um ranger na guerra colonial": quando o Alentejo e o Gabu se tocam - Parte III: Mais um momento memorável com o grupo "Os Alentejanos", de Serpa... Manga de ronco, Zé!

Último poste da série > 16 de fevereiro de 2020 > Guiné 61/74 - P20658: Agenda cultural (741): "Bá D'al na Rádio: memórias da Rádio Barlavento", livro do nosso camarada Carlos Filipe Gonçalves, ex-fur mil amanuense, QG/CTIG, Bissau, 1973/74, membro da Tabanca Grande, nº 790, mindelense, jornalista e radialista, a viver na Praia, Santiago, Cabo Verde

(**) Vd. poste de 3 de janeiro de 2017 > Guiné 61/74 - P16911: Agenda cultural (534): Um grande álbum do cante alentejano (agora, do mundo), "Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento" (2016), com a participação especial de António Zambujo, Luísa Sobral, Pedro Mestre e outros...

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Guiné 61/74 - P20636: Agenda cultural (729): Lisboa, 8 de fevereiro de 2020, na apresentação do livro do José Saúde, "Um ranger na guerra colonial": quando o Alentejo e o Gabu se tocam - Parte II: "Lá vai uma embarcação" (, moda alusiva ao embarque de tropas para a guerra colonial, interpretada pelo grupo musical "Os Alentejanos", de Serpa)


  Vídeo (2' 12'') > Alojado em Luís Graça > Nhabijoes (2020)



Lisboa > Casa do Alentejo > 8 de fevereiro de 2020 >  Sessão de lançamento do livro do José Saúde, "Um ranger na guerra colonial: Guiné-Bissau, 1973-1974: memórias de Gabu" (Lisboa, Edições Colibri, 2019, 220 pp.)(*)

Momento cultural: atuação do grupo musical "Os Alentejanos", de Serpa. Moda alusiva ao embarque de tropas para a guerra colonial: "Lá vai uma embarcação / Por esses mares fora, / Por aqueles que lá vão / Há muita gente que chora"... Reproduz-se a letra mais abaixo.

Trata-se de uma homenagem sentida a um combatente da terra, o José Saúde, nascido em Vila Nova de São Bento, concelho de Serpa (em 23/11/1950), mas que foi cedo para Beja, a sua segunda terra, onde ainda hoje vive e onde nasceram as suas duas filhas, Marta e Rita. 

Os dois concelhos viram sacrificados,  no "altar da Pátria", 69 dos seus filhos, durante a guerra do ultramar/guerra colonial: 35, de Beja; 34, de Serpa... Só a freguesia de Aldeia Nova de São Bento teve 10 mortos, uma terra que viu decrescer a sua população para menos de metade em pouco de meio século: 8.842 habitantes em 1950, 3.073 em 2011. Passou a vila em 1988, mas os seus filhos, os que lá vivem e os que estão na diáspora alentejana, continuam a tratá-la carinhosamente como Aldeia Nova de São Bento (, terra onde também nasceu o encenador Filipe la Féria, e onde também poderia ter nascido o António Zambujo, mas por acaso nasceu em Beja, em 1975).

Há uma versão original desta moda, de 1973, gravada pelo  Trio Guadiana e o Quim Barreiros (como acordeonista). Segundo Miguel Catarino, "esta gravação data de 1973 e pertence à Banda 1 da Face A do disco EP de 45 R.P.M. editado pela 'Orfeu, etiqueta da 'Arnaldo Trindade e Companhia, Lda.', matriz 'ATEP 6514', em que o Trio Guadiana, acompanhado pelo acordeão de Quim Barreiros, interpreta quatro modas regionais alentejanas populares, com arranjos musicais do acordeonista. Esta moda é uma das mais pungentes que existe no Cante Alentejano, de seu nome 'Tão Triste Ver Partir', conhecida também como 'Lá Vai Uma Embarcação' ".

Convirá acrescentar que isto não é "cante", mas tem as suas raízes na música tradicional alentejana. No cante, não se usam, em regra, instrumentos musicais. Abrem-se exceções para a viola campaniça... 

A voz é o único (e grande) instrumento do cante, música do trabalho, do lazer e do protesto, cantada nos campos, na rua e na taberna... Em grupo, sempre em grupo.. Homens e mulheres, se bem que os grupos corais femininos só tenham começado a aparecer há 3 décadas, por razões socioculturais... Mas as mulheres sempre cantaram, em grupo, com os homens no duro trabalho agrícola... Em grupo, num coro polifónico, "à capela" que não deixa ninguém indiferente: ou se ama ou se odeia..Um alentejano (do Baixo Alentejo) nunca conta(va) sozinho. No campo, trabalhava-se em "rancho", e cantava-se em "rancho"...O "cante" amenizava a dureza do trabalho e da vida no Alentejo dos latifúnidos...

Mas a propósito desta moda... Recordo que o Zé Saúde já não foi em nenhum T/T "Niassa", "Uíge" ou "Ana Malfalda". Foi num Boeing dos TAM - Transportes Aéreos Militares, em 2 de agosto  de 1973... A solução via áerea era mais segura e rápida,  evitando,  por outro lado,  a "maçada", para o regime,  das "cenas de despedida lancinantes", no Cais da Rocha Conde de Óbidos...




Lá vai uma embarcação (**)

É tão triste ver partir
Um barco do Continente,
Para Angola ou Moçambique
Lá lai outro contingente.

Tanta lágrima perdida,
Quando o barco larga o cais,
Adeus, minha mãe querida,
Não sei se voltarei mais.

Lá vai uma embarcação
Por esses mares fora,
Por aqueles que lá vão,
Há muita gente que chora.

Há muita gente que chora,
Com mágoas no coração,
Por esse mares fora,
Lá vai uma embarcação.

É tão triste ver partir
Um barco do Continente,
Para Angola ou Moçambique
Lá lai outro contingente.

Tanta lágrima perdida,
Quando o barco larga o cais,
Adeus, minha mãe querida,
Não sei se voltarei mais.

Lá vai uma embarcação
Por esses mares fora,
Por aqueles que lá vão,
Há muita gente que chora.

Há muita gente que chora,
Com mágoas no coração,
Por esse mares a fora,
Lá vai uma embarcação. 


[Revisão, fixação de texto: LG]

Contacto de "Os Alentejanos",
música tradicional Alentejana, Serpa

Telem: 962 766 339 / 938 527 595

Email: joaocataluna@gmail.com
______________


Notas do editor:

(*) Último poste da série
> 9 de fevereiro de  2020 > Guiné 61/74 - P20635: Agenda cultural (728): Lisboa, 8 de fevereiro de 2020, na apresentação do livro do José Saúde, "Um ranger na guerra colonial": quando o Alentejo e o Gabu se tocam - Parte I: as primeiras fotos

segunda-feira, 10 de junho de 2019

Guiné 61/74 - P19879: Convívios (902): Tabanca dos Melros, 8 de junho de 2019: almoço mensal e doação, ao museu, de monumento em ferro, simbolizando o soldado da guerra do ultramar, da autoria do eng. Eduardo Beleza, ex-alf mil em Angola (Carlos Siva)







Tabanca dos Melros  > 9 de junho de 2019 > 2.º sábado de Junho, convívio mensal e inauguração de Monumento, simbolizando o soldado da guerra do ultramar em relevo. Esta escultura em ferro é da autoria de (e foi doada por) o  eng. Eduardo Beleza,  ex-alf mil do Serviço de Material em Angola. É uma escultura das mais bonitas de Portugal no âmbito dos monumentos erigidos no país. Bem haja o nosso doador por este contributo que veio engrandecer o Museu da Tabanca dos Melros. Agradecimentos também ao Dr Rui V Coelho, médico, nosso camarada que prestou serviço na Guiné.

Fotos (e legenda): © Carlos Silva (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Mensagem de Carlos Silva, régulo da Tabanca dos Melros, Fãnzeres, Gondomar
Data - Domingo, 9/06/2019, 19:31

Assunto - Tabanca dos Melros: Monumento

Monumento aos Combatentes do Ultramar 

Doação muito relevante ao Museu da Tabanca dos Melros pelo Engº Eduardo Beleza Bastos, ex Alf Mil do Serviço Material em Angola, de uma escultura em ferro com 2mx1m da sua autoria que simboliza o Soldado Português na Guerra do Ultramar.

A inauguração deste belíssimo monumento teve lugar no passado sábado "2.º sábado da tertúlia" com a presença de muitos camaradas e do autor que descerrou a Bandeira Nacional. Acresce dizer que tenho fotografado muitos monumentos relativos aos Combatentes no Ultramar por esse país fora que são autênticos "mamarrachos" e colocados em locais que considero quase escondidos "envergonhados".

Desde já os nossos agradecimentos ao Engº Eduardo Beleza não só pela oferta, mas também por esta belíssima escultura muito bem concebida, que tem dignidade para estar implantada numa praça/rotunda de qualquer cidade do país e esta opinião não é só minha, pois como foi bem visível é de todos que estiveram presentes no acto da singela inauguração. Também não posso esquecer o nosso Amigo & Camarada comum Dr Rui Vieira Coelho, médico, ex Alf Mil Médico na Guiné, que muito tem contribuído para o engrandecimento do nosso Museu e que esteve relacionado com esta importante doação.

Um abraço para todos os Camaradas
Carlos Silva


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Nota do editor:

Último poste da série > 7 de junho de 2019 > Guiné 61/74 - P19868: Convívios (901): XXXIV Encontro Anual da CART 3494 (Xime e Mansambo, 1971/74): Carapinheira, Montemor-o-Velho, 1 de junho de 2019 (Jorge Araújo)

sábado, 9 de março de 2019

Guiné 61/74 - P19566: Voluntário em Bissau, na Escola Privada Humberto Braima Sambu - Crónicas de Luís Oliveira (2): domingo de carnaval

Luís Mourato Oliveira

1. Segunda crónica do Luís Mourato Oliveira, nosso grã-tabanqueiro nº 730, que foi alf mil inf, de rendição individual, na açoriana CCAÇ 4740 (Cufar, 1973, até agosto) e, no resto da comissão, o último comandante do Pel Caç Nat 52 (Setor L1 , Bambadinca, Mato Cão e Missirá, 1973/74): é bancário reformado, foi praticante e treinador de andebol; lisboeta, tem fortes ligações à Lourinhã,  Oeste, Estremadura...

Acabou de chegar a Bissau onde vai estar 3 meses como voluntário  na Escola Privada Humberto Braima Sambu, no âmbito de um projeto da associação sem fins lucrativos ParaOnde, que promove o voluntariado em Portugal e no resto do Mundo. (*)




Guiné-Bissau > Bissau > Carnaval 2019. 

Vídeo de Luís Oliveira (2019)

Domingo de Carnaval

por Luís Oliveira



Após o sono reparador que apagou completamente a imagem da viagem e do local onde me encontrava (*), acordei em total conflito com a rede mosquiteira e tive a desagradável sensação do carapau quando traiçoeiramente cai nas redes que o trazem para o nosso prato.

Após a breve luta para me libertar da confusão do tecido, abri finalmente os olhos para a realidade. Este não é o meu quarto! Afinal estou mesmo na Guiné-Bissau. E agora?

Primeiro esfregar os olhos, fazer o reconhecimento do terreno, identificar as malas... onde estarão as cuecas? Na mala de porão ou na dos cento e cinco euros da TAP? As t-shirts estão na verde, de certeza. Os comprimidos para quase tudo,  que fazem parte do pequeno almoço,  estavam naquele saco de plástico da farmácia, disso tenho a certeza,  o único problema é encontrá-lo.

Cinquenta voltas ao quarto de treze metros quadrados, mas enorme dado o único mobiliário ser a cama.




Guiné >Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Mato Cão > Pel Caç Nat 52 (1973/74) > Natal de 1973 > Agestão (complexa) de um destacamento, isolado,no mato, na margem direita do Rio Geba Estreito.  No foto, o Luís Mourato Oliveira, que era o "dono da tasca"...


Foto (e legenda): © Luís Mourato Oliveira (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].



Há quarenta e tal anos também não havia mobiliário para arrumos mas o bricolage transformou uns cunhetes de munições em armários que fariam inveja aos dos dias de hoje no Ikea. Agora toca a reciclar o que aparecer para arrumar e organizar.

Depois dos vinte minutos do exercício de orientação,  estava pronto e junto com as minhas companheiras de missão e da casa, a Leonor, a partir de agora Nôno, e a Sílvia. A nossa veterana é a Nonô que abancou sozinha na casa, serviu na escola com sucesso e demonstrou grande coragem e capacidade de adaptação. O mesmo sucede com a Sílvia, mulheres do Porto são assim, afirmo eu, mesmo sendo do Oeste.

A Nonô dirigiu as operações. Deslocação ao centro, levantar moeda local, comprar um cartão de dados que são comercializados e carregados em plena rua ou em contentores adaptados a quiosques ou até numa cadeira de praia sob um chapéu de sol com a marca da operadora. A tecnologia não conhece fronteiras nem estados de desenvolvimento social e por essa razão esta compra até antecedeu as nossas necessidades de abastecimento no supermercado.

Qualquer cidadão desprevenido, acabado de chegar da Europa, corre grave risco de síncope cardíaca, confirmei imediatamente se trazia o kit de comprimidos SOS Nitromint (0,5 mg de Nitroglicerina). Estão no bolso felizmente, mas a garrafa de água de Penacova continua marcada por quinhentos francos! 

Estou a falar a sério quinhentos francos! Só após um raciocínio complicado para o dia me lembrei que um euro vale cerca de seiscentos e cinquenta francos [, CFA,] e portanto a coisa não estava assim tão feia e não corria o risco de desidratação.

Regresso a casa, almoço com o professor Humberto [Braima Sambu]  num restaurante de portugueses onde foi servido “arroz de pato”... Se não lhes der a minha receita do verdadeiro Arroz de Pato ou se decidir eu próprio abrir uma tasca ao lado, vão perder clientela...

Por fim, o Carnaval. Um divertido desfile constituído por diversas associações e onde são representadas as diversas etnias com seus cânticos usos e costumes. Gostei imenso e foi deveras divertido. Apesar de tudo,  não consegui deixar de lembrar Torres Vedras e as inimitáveis Matrafonas.

Bissau, 3 de Março de 2019.

Luís Oliveira

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Nota do editor:

(*) Poste anterior da série > 6 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19554: Voluntário em Bissau, na Escola Privada Humberto Braima Sambu - Crónicas de Luís Oliveira (1): a ansiedade da partida e o calor humano da chegada, em 2 de março de 2019

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Guiné 61/74 - P19289: Estou vivo, camaradas, e desejo-vos festas felizes de Natal e Ano Novo (1): Alberto Sousa e Silva, de Vila Nova de Famalicão, ex-sold trms, CCAÇ 2382 (Buba, Aldeia Formosa, Mampatá, 1968/70)



Lourinhã >  Praia da Areia Branca >  1 de dezembro de 2018  >  11h18 >  Maçaricos-das-rochas. Nome científico: Actitis hypoleucos.. Estado de conversação: espécie vulnerável... "Com o seu incessante movimento de balanceamento da cauda, o maçarico-das-rochas é uma das mais irrequietas limícolas, que raramente é vista em repouso", diz o portal das Aves de Portugal. ( Os meus antepassados Maçaricos, marinheiros, mareantes, navegantes, pescadores, mercadores, construtores navais... desde Quinhentos, devem ter ido buscar o apelido a estas aves, que eu vejo com frequência junto à foz do Rio Grande, na Praia da Areia Branca.)

Vídeo de Luís Graça (2018). Alojado no You Tube > Luís Graça (1' 15'')


1. Apelo do fundador, administrador e editor do blogue:

Chegámos ao fim de 2018, olhamos para trás
e o caminho percorrido, desde a Guiné,  de1961 a 1974,
desde o fim da "comissão" de cada um de nós até agora,
é já  muito, mais de meio século,
é já muita lonjura, a das nossas vidas,
são muitas e muitas picadas,
muitas minas e armadilhas,
alegrias, tristezas, euforias, depressões...

Somos irrequietos como os maçaricos-das-rochas,
pequenas aves limícolas que ainda abundam na nossa costa...
Mas quantos camaradas não ficaram já para trás, cá e lá?!
Só na nossa Tabanca Grande, contabilizamos 70 de um total de 782,
desde que o nosso blogue existe, vai fazer 15 anos em 23 de abril de 2019...

Quinze anos são, no mínimo,  sete comissões na Guiné, já imaginaram ?!

Mas há camaradas de quem, infelizmente,
não temos notícia há muito tempo...
Na nossa idade, teme-se sempre o pior:
quantos camaradas e amigos não fomos já a enterrar,
mais novos do que nós?!

É verdade,  alguns estão vivos, mas vivem sós,
sofrem de solidão e de abandono,
podem até ter muitos amigos do Facebook,
mas estão sós, terrivelmente sós...
Não  admira por isso que se tenham desligado,
do blogue, da Tabanca Grande, do mundo,
correndo o risco de se desligarem também da vida, um dia destes.

Por isso, fica aqui o desafio:
por favor, amigos e camaradas da Guiné,
mandem-nos por este Natal e Ano Novo de 2018/19
um "cartanito" de boas festas,
se possível com boas notícias (ou  menos más...).

Aproveitemos esta quadra (, mesmo que ela seja uma ilusão!)
para acrescentarmos mais vida à vida,
mais saúde à saúde,
mais amizade à amizade,
mais amor ao amor...
e pormos mais cores na paleta do nosso arco-íris,
que tem andado tão  tristonho e cinzento...

Mandem, por favor. uma mensagem
 (nem que seja telegráfica,
como se fosse a resposta a um SOS),
com os seguintes dizeres:

"Camaradas, estou vivo!... 
Aqui vai a minha prova de vida!"


Relemebremos aqui os 9 camaradas, membros da Tabanca Grande, que este ano já partiram para a sua derradeira "comissão de serviço", e que nos deixam imensa saudade. Esta lista, infelizmente, pode estar incompleta. A média de idades rondava os  71 anos (mínimo, 66; máximo, 75).

António Manuel Sucena Rodrigues (1951-2018)
Armando Teixeira da Silva (1944-2018)
Carlos Cordeiro (1946-2018)
Gertrudes da Silva (1943-2018)
João Rebola (1945-2018)
João Rocha (1944-2018)
Joaquim Peixoto (1949-2018)
Luís Encarnação (1948-2018)
Manuel Carneiro (1952-2018)




Guiné > Região de Tombali > Contabane > CCAÇ 2382 (1968/70) >   O Alberto Silva, ex-sold trms... Em 22 de Junho de 1968,  a aldeia e o destacamemto foram completamente destruídos num ataque do PAIGC.  "Todos os meus haveres foram consumidos pelas chamas que destruíram a palhota que se vê nas minhas costas e que utilizava como caserna"... Foi "noite de São João"... Silva tinha então menos de dois meses de Guiné. Foto da sua página no Facebook: Alberto Silva, a viver em Vila Nova de Famalicão.

Foto (e legenda): © Alberto Silva  (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


2. Vamos publicar a primeira mensagem qne nos chega este ano, do  Alberto Sousa e Silva  (ex-soldado de transmissões, que vive em Vila Nova de Famalicão,  não tivemos notícias  dele ao longo do ano que vai findar; costuma mandar-nos um "cartanito" de Natal; e já tem organizado os convívios anuais da companhia).

Da rapaziada desta desta companhia (CCAÇ 2382, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá, 1968/70) que faz parte da nossa Tabanca Grande,  temos ainda os nomes do Manuel Traquina (ex-furriel miliciano) e do Carlos Nery (ex-cap miliciano), além do José Manuel Moreira Cancela ( ex-soldado apontador de metralhadora pesada).

Descobrimos  há tempos também o ex-1º cabo Alfredo Ferreira, o "Geada", que era o padeiro da companhia... Vive na Murteira, Cadaval.


Distintivo da CCAÇ 2382 (Buba, Aldeia Formosa, Mampatá, 1968/70).
Cortesia de Manuel Traquina.


Mensagem do Alberto Sousa e Silva (ex-soldado de transmissões), da CCAÇ 2383  (Buba, Aldeia Formosa, Mampatá, 1968/70): 


11 de dezembro de 2018 às 17:18

Amigo,

Que tenha um Feliz Natal e agradeço a publicação,  no blogue, da mensagem  em epigrafe, destinada aos componentes da CCaç 2382 – 1968/1970.

Um abraço,

Alberto Silva
CCAÇ 2382

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

Guiné 61/74 - P18360: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XIX: Visita ao território, do Presidente da República Almirante Américo Tomás, com início em 2/2/1968 - II (e última) parte


Foto nº 12


Foto nº 13


Foto nº 14


Foto nº 15


Foto nº 16


Foto nº 17

Foto nª 18

Guiné > Bissau > 2 de fevereiro de 1968 > Início da visita do alm Améri o Tomás à Guiné, acompanhado da esposa, dona Gertrudes Rodrigues Tomás. e do ministro do ultramar. Silva Cinha.


Fotos: © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

1. Continuação da publicação de um seleção de fotos do  álbum do nosso camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69), e que vive em Vila do Conde, sendo economista, reformado. 

Virgílio Teixeira
II (e última) parte da visita presidencial à Guiné, iniciada em 2/2/1968, sendo governador e comandante chefe o gen Arnaldo Schulz (*)-

Esta visita presidencial teve uma extensa cobertura televisiva por parte da RTP. Ver aqui em RTP Arquivos a reportagem do dia 2/2/1968 (39' 49'').

Vd. também: