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segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Guiné 61/74 - P24697: Notas de leitura (1619): "PAIGC A Face do Monopartidarismo na Guiné-Bissau", por Rui Jorge Semedo; Nimba edições, 2021 (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá, Finete e Bambadinca, 1968/70), com data de 29 de Dezembro de 2021:

Queridos amigos,
É sempre meritório que investigadores guineenses se debrucem sobre a história do seu país, seja antes ou depois da independência, ao mesmo tendo em conta todo o histórico da guerra da libertação. O autor achou que já estava tudo dito quanto ao binómio Amílcar Cabral PAIGC, as resistências sentidas durante a presidência de Luís Cabral no contexto das tradições e de um círculo de interesses instalados na sua órbita de gente manifestamente corrupta e incompetente dentro do chamado Estado "suave" como observou Joshua Forrest, parece-me não ter cuidado da importância dos agrupamentos étnicos que obstaram à criação de uma consciência nacional, e é dentro deste quadro precário que se instituirá o regime de Nino Vieira, com as suas sucessivas intentonas, prisões e execuções. É incompreensível que um livro editado em 2021 omita, coletivamente ao estudo em apreço, bibliografia fundamental. Mais uma dissertação de mestrado com poucochinho.

Um abraço do
Mário



História do PAIGC monopartidário (1974-1990) por Rui Jorge Semedo

Mário Beja Santos

A história do PAIGC tem sido motivo de dezenas de livros de investigação, uma infinidade de ensaios, artigos, entrevistas. Rui Jorge Semedo [foto à direita] propõe-se a investigar a dinâmica política e a organização interna do PAIGC desde que a Guiné-Bissau se tornou independente até aos primeiros alvores de uma abertura ao multipartidarismo, processo que se iniciou, timidamente e controversamente, no início da década de 1990.

A investigação deste escritor, poeta e analista político guienense, intitula-se "PAIGC, A Face do Monopartidarismo na Guiné-Bissau", Nimba edições 2021. Algo surpreende, quer pela bibliografia utilizada, quer pelas entrevistas que o autor fez, estas últimas ocorreram em 2008 e 2009 e a bibliografia proposta no essencial é do século XX, apresenta lacunas incompreensíveis, desde o incontornável trabalho de Julião Soares Sousa sobre Amílcar Cabral, os trabalhos de leitura obrigatória assinados por Joshua Forrest (o seu trabalho mais importante não é citado), Patrick Chabal, Toby Green, Carlos Lopes, António Duarte Silva, Tcherno Djaló, entre outros. Fica-se com a ideia que o trabalho foi preparado alguns anos atrás e não atualizado para a presente publicação. Aliás, é o próprio autor que diz que ele resulta da sua dissertação de mestrado, numa universidade brasileira.

Nesta conformidade de trabalho de mestrado, o autor contextualiza, muito sumariamente o quadro das independências e tece um bilhete de identidade de um partido com duas nações, o seu alegado ato fundacional (sujeito a muitas dúvidas que tenha sido celebrado em 1956, recorde-se que só se começa a falar do PAI em 1960, quando se impôs que os movimentos independentistas tivessem partido e sigla), faz-se referência ao quadro político e militar decorrente do Congresso de Cassasá, a existência de certos conflitos internos, a sua organização como partido único, a sua passagem de opositor revolucionário para um controlo absoluto do poder governativo. Amílcar Cabral sempre anteviu os perigos de concentrar a nova classe política em Bissau, era um defensor da decentralização, como proferiu: “Queremos acima de tudo decentralizar o mais que for possível… Porque é que os ministérios não hão de estar dispersos pelo País? Ao fim ao cabo, o nosso País é um país pequeno… Para que é que havemos sobrecarregar com todo esse peso morto de palácios presidenciais, grande concentração de ministérios, tendo sinais evidentes de uma elite emergente que em breve se pode torna em grupo privilegiado?”.

O PAIGC que entra em Bissau em outubro de 1974 veio para se instalar, a sua elite ocupou os edifícios da administração colonial. Escreve o autor: “O que aconteceu foi apenas a substituição de uma força repressora estrangeira por outra nacional igualmente repressora. Pode-se dizer que não houve conciliação entre o que podemos chamar de projeto independência e uma liberdade efetiva com ações que visem melhorar as condições de vida das populações. E as contradições encontradas, principalmente na implementação de políticas públicas deveu-se a essa ausência limitada de liberdade que se acentuava sobretudo no medo de partilhar poder dentro do próprio partido”.

O autor elenca os preceitos constitucionais e a legitimação do PAIGC como única força política, ressalta a constituição da nova elite guineense, os atos de ajuste de contas com quem quer que lhe se opusesse, e mostra as contradições da Unidade Guiné-Cabo Verde, o rastilho de pólvora que fez eclodir o golpe de Estado de 14 de novembro de 1980, revelam-se as discriminações constitucionais propostas para os dois países, inegavelmente ofensivas para os guineenses. Efetuada a rutura, entra-se num período cesarista encabeçado por João Bernardo Ninho Vieira, vão avultar as crises, logo com Víctor Saúde Maria, em 1984, e temos o tenebroso processo de 17 de outubro de 1985, que levou a prisões arbitrárias e as execuções sumárias de figuras cimeiras do sistema político-militar, com destaque para Paulo Correia. Para o autor é incontestável que o golpe de 1980 produziu o militarismo sobre o partido e o estado, o César foi afastando sistematicamente quem lhe pudesse fazer frente, recorrendo a uma polícia de segurança que a todos intimidada.

Passando para a estrutura organizacional do PAIGC, ela possuí a lógica de um partido único, todas as estruturas eram dóceis e espelhavam o que Nino Vieira deles esperava, desde sindicatos, organização da juventude ou organização das mulheres. Uma das lacunas de análise deste trabalho passa por não dar conta da incapacidade em montar uma rede de influência do PAIGC em toda a sociedade, Joshua Forrest explica claramente que os denominados comités de tabanca acabaram por ser aglutinados pelo sistema tradicional, Luís Cabral tinha imaginado grandes projetos visando aspetos socioeconómicos que acelerassem o desenvolvimento, foram um rematado falhanço, Nino Vieira também não soube fazer melhor, grassava o nepotismo, a ocupação de lugares estratégicos por gente incompetente que se locupletava com dinheiros e mercadorias desviadas. Rui Jorge Semedo esqueceu-se de um trabalho fundamental para analisar o sistema do amiguismo instituído por Nino Vieira quando foi forçado a abrir o mercado. O trabalho “Guinea-Bissau: politics, economics and society”, por Rosemary E. Galli e Jocelyn Jones, Frances Pinter, Londres, 1987, ainda hoje é o documento de referência que evidencia claramente como a classe possidente que gravitava nos círculos de Nino Vieira se apoderou da agricultura e de praticamente todos os negócios.

Surge, entretanto, em 1987, e no exterior, o Ba-fata, Resistência da Guiné-Bissau, apresentava-se como o grupo de pressão e alternativa ao regime de Nino Vieira, será mesmo até ao fim do regime de partido único, o único grupo de pressão constituído e atuante. A partir de 1991, o PAIGC vê-se compelido a autorizar o multipartidarismo, tudo vai começar pela lei constitucional n.º 1/91, de 29 de maio, foi assim que se abriu caminho para as primeiras eleições multipartidárias de julho de 1994, ganhas inequivocamente pelo PAIGC. Só que os conflitos persistiram, o que leva o autor a um conjunto de considerações finais, primeiro os conflitos internos, que perduraram desde a presidência de Luís Cabral até ao exílio de Nino Vieira, derrotado depois da guerra de 1989-1999.

O autor finaliza assim:
“A indagação a fazer é sobre o sentido da mudança e/ou revolução preconizada pelo PAIGC. Ou seja, até que ponto pode ser considerado a Guiné-Bissau um país independente? Ou, nesse caso, a independência pode apenas ser considerada a ausência de forças coloniais? Talvez, observando o cenário que se desenhou desde 1974 a este momento nos levaria necessariamente a considerar que houve apenas uma transição do poder das mãos de uma força repressora estrangeira para as de uma força nacional. A legitimação da repressão como uma prática corrente no período pós-independência tirou do PAIGC a possibilidade de estabelecer interna e externamente uma relação baseada no respeito pelos direitos humanos, por um lado e, por outro, desconstruiu o vínculo que o partido tinha com as massas populares. Além de conflitos e contradições gerados, outro fator determinante são falhas verificadas na gestão da coisa pública, o partido não só retrocedeu na promissora política agrícola e industrial iniciada nos primeiros anos da independência, como também não conseguiu aproveitar, principalmente a partir de 1980, o escasso quadro que o país dispunha para maximizar o desempenho”.

Trabalho modesto, muito incompleto, manifestamente repetitivo do que já se encontra nas mais variadas investigações e pouco apreciador das políticas praticadas, como é o caso da referência que faz à promissora política agrícola e industrial de Luís Cabral, unanimemente condenada por todos a que a estudaram.


António Mamadu Camará, antigo soldado Comando com a sua foto da juventude (Tirada do Jornal Expresso, com a devida vénia)
Aristides Pereira
Nino Vieira
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Nota do editor

Último poste da série de 22 DE SETEMBRO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24688: Notas de leitura (1618): "A Guerra de Moçambique 1964-1974", por Francisco Proença Garcia; Coleção Guerras e Campanhas Militares da História de Portugal, edição da Quidnovi, 2010 (Beja Santos)

segunda-feira, 7 de agosto de 2023

Guiné 61/74 - P24538: Notas de leitura (1604): Uma nova biografia de Amílcar Cabral, de Peter Karibe Mendy (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá, Finete e Bambadinca, 1968/70), com data de 9 de Agosto de 2021:

Queridos amigos,
Será porventura a mais recente das biografias de Amílcar Cabral, trabalho mais de ruminação, sem acompanhamento de factos novos. Está bem estruturado, tem uma descrição cronológica relativamente bem montada, cai constantemente na hagiografia, o que significa que o autor cuidou pouco do distanciamento, foge em permanência das questões fracturantes, caso predominante da unidade Guiné - Cabo Verde. Não cuidou de bibliografia recente, esquece trabalhos de Toby Green, Joshua Forrest, Carlos Cardoso ou António Duarte Silva.Talvez útil para alunos das universidades norte-americanas, não traz inspiração para investigações guineenses ou mesmo portuguesas.

Um abraço do
Mário



Uma nova biografia de Amílcar Cabral, de Peter Karibe Mendy

Mário Beja Santos

Será porventura a mais recente biografia de Amílcar Cabral, Peter Karibe Mendy é um gambiano filho de guineenses de Bissau, ganhou notoriedade com a sua tese de doutoramento A tradição da resistência na Guiné-Bissau, 1879-1959; é professor de História e de Estudos Africanos no Rhode Island College, Providence, esta biografia foi ditada pela Ohio University Press em 2019.

Há que deplorar não trazer nada de significativo relativamente aos trabalhos mais recentes de Patrick Chabal, Toby Green, Leopoldo Amado e Julião Soares Sousa. Tem-se a sensação de que o investigador leu muito o que já sobre Cabral se escreveu, ficou espartilhado por considerações hagiográficas que não têm o cuidado em depurar, usa pouco o contraditório e sente-se incapaz de nos dar uma observação refrescada sobre a atualidade do legado ideológico de Cabral. Reconheça-se, no entanto, que a biografia goza de uma estrutura bem organizada e acolhe os passos mais significativos da vida e do pensamento de Cabral.

Em Terra Natal, procura contextualizar a colónia da Guiné em que o líder do PAIGC nasceu, fala-nos da sua família, da ancestralidade cabo-verdiana e em Terra Ancestral insere a educação de Cabral em Cabo Verde, entre 1932 e 1945. Observa bem a atmosfera cabo-verdiana e não se esforça por fazer a distinção entre os aspetos radicalmente diferentes que separam duas formas de civilização e cultura, Guiné e Cabo Verde, e deixa no limbo o ressentimento multisecular dos guineenses face aos cabo-verdianos, que virá a ser exacerbado durante o período da governação de Spínola. Segue-se a preparação universitária do fundador do PAIGC em Portugal, a Mãe Pátria, continuamos sem novidades, e bem interessante seria que o autor tivesse invocado a obra de Dalila Mateus que ilumina como nenhuma outra a vida destes estudantes coloniais no pós-guerra do Estado Novo, as suas expetativas, laços de amizade, pois só assim se tornará compreensível a devoção de Cabral numa prática corrente de pan-africanismo com os líderes das outras colónias portuguesas.

E temos o regresso à Terra Natal, chega à Guiné em 1952, irá trabalhar na Granja de Pessubé, entrega-se devotadamente ao recenseamento agrícola, estabelece uma rede de amizades que preparará a ligação dos quadros cabo-verdiano e guineense que despontará formalmente em 1959. Como é sabido, dentro das diferentes desmontagens mitológicas, palavra de Julião Soares Sousa, este põe em causa o significado da reunião de 19 de setembro de 1956 que se tornará a mantra anos depois. O próprio Leopoldo Amado, em entrevistas feitas a dirigentes do PAIGC, a propósito da biografia de Aristides Pereira, encontrará incongruências e profundas hesitações entre aqueles que disseram ter estado no ato fundador do PAIGC em 1956. Como também faz parte da mitologia a expulsão de Amílcar Cabral da Guiné, ele regressou a Lisboa acompanhado da mulher, vinham profundamente doentes.

Peter Mendy dá-nos uma boa síntese da Lisboa da década de 1950 e a emergência provocada pelo desejo de libertação dos países inseridos em impérios coloniais. Cabral irá trabalhar para Angola e estará presente em agosto de 1959 na reunião determinante para a criação do PAI, embrião do PAIGC, de quem só se falará a partir dos anos 1960. Encetada a estratégia por ele delineada, fica um núcleo subversivo no interior da Guiné dirigido por Rafael Barbosa, Cabral parte para o exílio em Conacri, em condições precárias lança uma escola piloto e começa a obter apoios internacionais, o de maior realce é a preparação de jovens quadros na Academia Militar de Nanquim, serão estes que irão irromper em cena a partir do segundo semestre de 1962, o PAIGC procura responder de forma congruente às ações desenvolvidas pelo Movimento de Libertação da Guiné no ano anterior. Escolhe-se a região Sul para desencadear a subversão, a catequização e o ajuntamento de populações apoiantes da independência.

O autor, sem justificar as bases da sua afirmação, considera que as autoridades de Bissau estavam à espera de ações do tipo da UPA em Angola e que por isso começaram a disseminar forças militares pela extensa região fronteiriça, em rigor isso não é verdade, o contingente português ainda é muito pequeno, houve a noção elementar, logo no início da subversão, de que era necessário apoiar os núcleos populacionais que se temiam ser afetados, o êxito do PAIGC na região Sul decorreu da forma como foi bem recebida a subversão e como se isolaram povoações como Cacine, Catió ou Cufar, no Sul, ou Jabadá, no rio Geba. Quínara e Tombali, pela própria natureza do terreno, garantiram uma relativa segurança à presença das forças subversivas.

Quando se diz que Peter Mendy cai na armadilha da hagiografia basta ler a flagrante explicação que ele dá para a Operação Tridente, como se fosse um êxito absoluto do PAIGC. A ilha do Como, como é bem sabido, perdeu rapidamente a importância estratégica que a propaganda do PAIGC lhe atribuiu, encontraram-se outras posições no Sul muito mais influentes.

Chegamos ao Congresso de Cassacá e não se sabe por que carga de água é que aparece o nome de Inocêncio Kani, um dos futuros assassinos de Amílcar Cabral, acusado de ter vendido um motor, coisa que não aconteceu em 1964, mas sim em 1971.

Também a biografia nada traz de novo sobre o apoio cubano, as referências a Schulz é de um comandante-chefe que larga bombas de napalm e fósforo branco por toda a parte e que é obrigado a abandonar a colónia depois de um ataque perto de Bissalanca, onde o autor inventa a destruição de aviões e hangares, mais outra prova que não teve tempo ou interesse em ler o contraditório. Segue-se a descrição do período de Spínola, parece-me formalmente correto, tal como o capítulo subsequente sobre a solidariedade pan-africana e a ascensão mediática do líder do PAIGC. E assim chegamos ao assassinato, novo quadro hagiográfico, mais uma vez a incriminação da PIDE que se teria aproveitado do ressentimento dos guineenses contra os cabo-verdianos.

Peter Mendy esquece-se de referir que não se conhece o teor das sessões dos interrogatórios às centenas de acusados e às dezenas de incriminados, todo o documento escrito e magnético desapareceu. Em nenhum arquivo português se encontrou qualquer dado útil para a implicação das autoridades guineenses ou da PIDE de Bissau ou de Lisboa. Em nenhuma circunstância Peter Mendy manifesta vontade em dissecar a fragilidade da conceção teórica da unidade Guiné – Cabo Verde, ele fala de insurreições dos povos guineenses contra a ocupação portuguesa, nem uma palavra sobre as guerras sanguinolentas desencadeadas no século XIX com a queda do Kaabú e a ascensão dos Fulas que conduziram ao período dramático das guerras do Forreá, está possuído de um raciocínio limitativo de que as etnias guineenses viviam pacificamente entre si e coligavam-se para fazer frente ao opressor colonial português.

O capítulo A Luta Continua descreve a viragem da luta em 1973 e assim chegamos ao legado de Amílcar. Peter Mendy enfatiza documentos da maior importância produzidos por Cabral que denotam o seu génio, o vigor da sua habilidade diplomática, a sua comunicação e inspiração mantêm pertinentes: as suas advertências para o perigo de uma pequena burguesia gananciosa querer aspirar a ganhos pessoais aliando-se ao neocolonialismo; a essência de uma democracia revolucionária, baseada na participação das populações, no idealismo pan-africanista que exigia a descolonização mental. A atualidade do seu pensamento é ainda maior quando toda esta região de África caiu nas mãos de líderes populistas e tirânicos e todo este espaço se tornou uma rota de droga e da ameaça do radicalismo islâmico.

Um livro feito de muita mastigação, de grande candura face ao líder admirado, talvez útil para quem nada conheça sobre a vida e a obra deste gigante do movimento revolucionário.

Amílcar Cabral no gabinete de trabalho em Conacri, do acervo fotográfico de Bruna Polimeni, com a devida vénia
O “carocha” de Amílcar Cabral, que ele utilizou no dia em que foi assassinado
A devida vénia a Didinho.org
Palestra de Amílcar Cabral em Conacri, dirigindo-se aos seus quadros, com Aristides Pereira ao fundo, do acervo fotográfico de Bruna Polimeni, com a devida vénia
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Nota do editor

Último poste da série de 4 DE AGOSTO DE 2023 > Guiné 61/74 - P24533: Notas de leitura (1603): "Análise de Alguns Tipos de Resistência", por Amílcar Cabral; edição conjunta de Monde Diplomatique e Outro Modo Cooperativa Cultural, 2020 (Mário Beja Santos)

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Guiné 61/74 - P20566: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - XIV (e última) Parte: "Periquito vai no mato, olé, lé, lé, / que a velhice vai no Bissau, olaré, lé, lé" ...


Foto nº 1A


Foto nº 1 >  Lisboa >  Cais da Rocha Conde de Óbidos >  fevereiro de 1966 > O João Sacôto com a filha ao colo, a esposa  do seu lado esquerdo, e a sua mãe, do lado direito. Em primeiro plano, em baixo, à direita, um caixote de "scotch whisky", daquele que vinha diretamente "From Scotland for the Portuguese Armed Forces"... (Vinha estampado no rótulo, que era para se vender na candonga...)


Foto nº 2 >  T/T Uíge > Fevereiro de 1966 > Refeição a bordo, no regresso a Lisboa. Da esquerda. para a direita, oficiais da CCAÇ 617: (i) alf mil Farinha (era arquiteto, já faleceu): (ii) alf mil  Santarém (foi professor liceal na Guarda); (iii) alf mil Gonçalves (é industrial de plásticos); (iv) alf mil Sacôto (foi comandante da TAP); v) alf  mil Monteiro, de outra unidade).... Recorde-se que a CCAÇ 617 / BCAÇ 619, partiu para o CTIG em 8/1/1964 e regressou a 9/2/1966-, tendo sido comandada pelo cap inf António Marques Alexandre. Esteve em Bissau, Catió e Cachil.


Foto nº 3 > Catió (c. 1964/66) > "Periquito vai no mato, olé-lé-lé, / que a velhice vai no Bissau, olaré lé lé"... Quem não se lembra da cantiga mais saborosa da Guiné ?!... [Trata-se de um  periquito-da-guiné, também conhecido, na Guiné-Bissau, por massarongo (Poicephalus senegalus). Fonte: Wikipedia]

Fotos (e legendas): © João Sacôto (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Montemor-o-Novo-Ameira > 14 de outubro de 2006 > I Encontro Nacional da Tabanca Grande > O  J. L. Vacas de Carvalho interpreta algumas das cantilenas  do nosso tempo da Guiné, a começar pelo famoso "Periquito vai no mato"... Reconhece-se, atrás do nosso querido artista de Bambadinca (1969/71), o Martins Julião, o nosso saudoso Fernando Franco (1951-2020), a Alice Carneiro,  a Lígia, esposa do David Guimarães,  o António Baía, o Paulo Santiago, o David Guimarães, o Jorge Cabral, entre outros. Em voz "off", o Luís Graça... Vídeo: 1' 20 ''.

Vídeo (e legenda): © Luís Graça  (2006). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Último poste com as fotos do álbum da Guiné, do João Gabriel Sacôto Martins Fernandes:

(i) ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66);

(ii) trabalhou depois como Oficial de Circulação Aérea (OCA) na DGAC (Direção Geral de Aeronáutica Civil);

(iii) foi piloto e comandante na TAP, tendo-se reformado em 1998.

(iv) estudou no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF, hoje, ISEG):

(v) andou no Liceu Camões em 1948 e antes no Liceu Gil Vicente; (vi) é natural de Lisboa; (vii) casado;

(viii) tem página no Facebook (a que aderiu em julho de 2009, sendo seguido por mais de 8 dezenas de pessoas);

(ix) é membro da nossa Tabanca Grande, desde 20/12/2011;

(x) já viajou por mais de 50 países.


2. Estas são as derradeiras fotos do álbum da Guiné... E, como todas as histórias que acabam bem, temos o nosso herói de regresso a casa, onde é recebido pela mãe, a esposa e a filha... Além do "Roby", o cão-herói,  trouxe, como ele, como  "recuerdo", uma caixa de garrafas de uísque Johnnie Walker (foto nº 1), coisa que era ainda um luxo no Portugal provinciano desse tempo... 

E aqui começou uma nova vida, uma nova carreira profissional, brilhante, como piloto da aviação civil.

No regresso, lá no T/T Uíge, beberam-se os últimos copos, trocaram-se moaradas e telefones (quem os tinha, ainda era um luxo também, ainda não havia e-mails, telemóveis) e fizeram-se promessas de novos (re)encontros.

Estamos gratos ao João pela paciência eo carinho com que, ao longo de um longo, colaborou connosco  neste projeto, aceitando pôr as suas fotos da Guiné "on line",  na página do seu Facebook e no nosso blogue, aqui organizadas por categorias temáticas, que deram origem a 14 postes (*), e procurando sempre, prestável e  amável, responder às nossas dúvidas sobre a legendagem.

Dos muitos comentários que os nossos camaradas foram fazendo a estes postes, destaco o do António Murta, com data de 18/10/2019..Ele fala por todos nós:

"De tempos a tempos, lá surgem estas séries fotográficas do João Sacôto, desenterradas das profundezas do baú e dos tempos. São uma bênção para a alma e uma delícia para os olhos. Vem saciar uma certa nostalgia daquele tempo e daquelas paragens. Não que eu tenha saudades da guerra e dos efeitos nefastos que ela trouxe a todos nós, mas ao ver estas imagens, de tão boa qualidade, empolgo-me por voltar a ter vinte anos e estar lá de novo. Mesmo com água pelos joelhos... Obrigado, João Sacôto."
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Nota do editor:

Último poste da série > 26 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20501: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte XIII: Um heli Alouette II, oficiais do batalhão e outras fotos

Vd. postes anteriores:

11 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20441: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte XII: Mais fotos da população de Catió, com destaque para as mulheres e bajudas

3 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20412: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte XI: Mais fotos, parte delas sem legendas...

18 de outubro de 2019 > Guiné 61/74 - P20252: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte X: Cabedu, Cantanhez



20 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19604: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte VI: Em Príame, a tabanca do João Bacar Jaló (1929 - 1971)

3 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19546: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte V: Catió, o quartel e a vida da tropa

28 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19539: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte IV: Catió: as primeiras impressões

17 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19502: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte III: O meu cão Toby, que fez comigo uma comissão no CTIG, e que será depois ferido em combate no Cantanhez

10 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19488: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte II: Chegada a 15/1/1964 e estadia em Bissau durante cerca de 2 meses

4 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19468: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte I: A partida no T/T Quanza, em 8/1/1964

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Guiné 61/74 - P20501: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte XIII: Um heli Alouette II, oficiais do batalhão e outras fotos


Foto nº 1 > Guiné > Região de Tombali > Catió >  CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66) > Alouette II > "O meu batismo em heli"... 


Foto nº 2 > Guiné > Região de Tombali > Catió >  CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66) > Oficiais do batalhão



Foto nº 3 > Guiné > Região de Tombali > Catió >  CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66) >  Comando do batalhão, mais oficiais da CCS,. CCAÇ 617 e CCç 619... E o inseparável e lendário Toby...



 Foto nº 4 > Guiné > Região de Tombali > Catió >  CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66) >  O João Sacôto mais o cor inf Matias, cmdt do batalhão.



Foto nº 5 > Guiné > Região de Tombali > Catió >  CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66) >  O João Sacôto numa viatura "bindada"


 Foto nº 6 > Guiné > Região de Tombali > Catió >  CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66) >  A artilharia (obus 8,8) em ação


Foto nº 7 > Guiné > Região de Tombali > Catió >  CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66) >  O João Sacôto no espaldão da Browning 12.7


Foto nº 8 > Guiné > Região de Tombali > Catió >  CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66) > A matança da vaca.

Fotos (e legendas): © João Sacôto (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do João Gabriel Sacôto Martins Fernandes:


(i) ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66);

(ii) trabalhou depois como Oficial de Circulação Aérea (OCA) na DGAC (Direção Geral de Aeronáutica Civil);

(iii) foi piloto e comandante na TAP, tendo-se reformado em 1998.

(iv) estudou no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF, hoje, ISEG):

(v) andou no Liceu Camões em 1948 e antes no Liceu Gil Vicente; (vi) é natural de Lisboa; (vii) casado;

(viii) tem página no Facebook (a que aderiu em julho de 2009, sendo seguido por mais de 8 dezenas de pessoas);

(ix) é membro da nossa Tabanca Grande, desde 20/12/2011;

(x) já viajou por mais de 50 países.

2. Estas são mais algumas fotos do álbum... A do heli Alouette II é relativamente rara... 

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Nota do editor:

Último poste da série > 11 de dezembro de 2019 > Guiné 61/74 - P20441: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte XII: Mais fotos da população de Catió, com destaque para as mulheres e bajudas

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Guiné 61/74 - P20252: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte X: Cabedu, Cantanhez


Guiné > Região de Tombali > Cabedu  > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Desembarque em Cabedu. Na foto, a LMD 302.


Guiné > Região de Tombali > Cabedu  > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Desembarque em Cabedu, a partir da LDM 302.


 Guiné > Região de Tombali > Cabedu  > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Desembarque em Cabedu, a partir da LDM 302... Presuume que o rio seja o Cumbijã.


Guiné > Região de Tombali > Cabedu  > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 >  Chegada ao destacamento de Cabedu.


Guiné > Região de Tombali > Cabedu   CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 >   Posto de vigia,  e rede de arame farpado com garrafas de cerveja vazias, penduradas, funcionando como sistema de alerta


Guiné > Região de Tombali > Cabedu >   CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 >   Posto de vigia, com, em primeiro plano, um cão pastor alemão, cujo dono era o capitão Costa Campos... (Não, era o Toby, de raça Boxer, que irá sobreviver aos ferimentos recebidos em combate, por estas bandas, no Cantanhez...)


Guiné > Região de Tombali > Cufar  > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 >   Bolanha de Mato Farroba


Guiné > Região de Tombali > s/l  > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 >    "Regresso de uma operação"... Veem-se os militares com capacete de aço e os milícias com Mauser...É possível que a foto seja de 1964, do início da comissão...

Fotos (e legendas): © João Sacôto (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Sector de Bedanda > Cantanhez > Cabedu > 2008 > Restos (arqueológicos...) do antigo destacamento de Cabedu...

Foto (e legenda): © José Teixeira(2008). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do João Gabriel Sacôto Martins Fernandes: (i) ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66); (ii) trabalhou depois como Oficial de Circulação Aérea (OCA) na DGAC (Direção Geral de Aeronáutica Civil); (iii) foi piloto e comandante na TAP, tendo-se reformado em 1998.


Emblema da CCAÇ 617 / BCAÇ 619. 
Fonte: Cortesia  de  © Carlos Coutinho (2008)
O lema, em latim, quer  dizer...
 "movimenta-te, se não queres ser visto"
Mais dados biográficos: (iv) estudou no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF, hoje, ISEG): (v) andou no Liceu Camões em 1948 e antes no Liceu Gil Vicente; (vi) é natural de Lisboa; (vii) casado; (viii) tem página no Facebook (a que aderiu em julho de 2009, sendo seguido por mais de 8 dezenas de pessoas); (ix) é membro da nossa Tabanca Grande desde 20/12/2011; (x) tem cerca de meia centena de referências no nosso blogue.

Neste poste mostramos algumas fotos que documentam a atividade operacional do alf mil João Sacôto e da sua companhia, nomeadamente na península do Cantanhez: Cabedu, Mato Farroba... 

Recorde-se  que a CCAÇ 617 / BCAÇ 619 esteve em Catió de 1 março de 1964 até 22 de setembro de 1965, altura em que assume a responsabilidade do subsector do Cachil, por troca com a CCAÇ 728.

Será rendida pela CCAÇ 1424, em 16 de janeiro de 1966. Regressa a Bissau, aguardando embarque para a metrópole.

 Não sabemos a data exata em que passou por Cabedu. Terá sido nesta altura que o Toby foi ferido em combate, no Cantanhez...


Guiné > Região de Tombali > Carta de Cacine (1960)  >Escala 1/50 mil > Posição relativa de Cabedu, na península do Cantanhez, entre o rio Cumbijã e o rio Cacine.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2019)
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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 11 de julho de 2019 > Guiné 61/74 - P19967: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte IX: O 'bu...rako' do Cachil (set 1965 / jan 1966)

Vd. postes anteriores:

16 de abril de 2019 > Guiné 61/74 - P19684: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte VIII: Catió, Destacamento de Ganjola

Vd. postes anteriores:

28 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19628: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte VII: Catió e arredores: contactos com a população civil

20 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19604: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte VI: Em Príame, a tabanca do João Bacar Jaló (1929 - 1971)

3 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19546: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte V: Catió, o quartel e a vida da tropa

28 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19539: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte IV: Catió: as primeiras impressões

17 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19502: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte III: O meu cão Toby, que fez comigo uma comissão no CTIG, e que será depois ferido em combate no Cantanhez

10 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19488: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte II: Chegada a 15/1/1964 e estadia em Bissau durante cerca de 2 meses

4 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19468: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte I: A partida no T/T Quanza, em 8/1/1964

quinta-feira, 11 de julho de 2019

Guiné 61/74 - P19967: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte IX: O 'bu...rako' do Cachil (set 1965 / jan 1966)



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. set 1965  >  Cachil, na ilha do Como, um "resort" de muitas estrelas: a cozinha (1).




Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. set  1965 >  Cachil, na ilha do Como, um "resort" de muitas estrelas: a cozinha (2).


Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966  >  Cachil, na ilha do Como: aspeto parcial das instalações (1).



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966  >  Cachil, na ilha do Como: aspeto parcial das instalações (2).




Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966  > Da esquerda para a direita, João Sacôto, João Bacar Jaló e Cap Alexandre... No espaldão do morteiro 81  (1)


Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Da esquerda para a direita, João Sacôto, João Bacar Jaló e Cap Alexandre... No espaldão do morteiro 81 (2)


Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Da esquerda para a direita, alf João Sacôto, alf Gonçalves, João Bacar Jaló e Cap Alexandre (1).



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Da esquerda para a direita, alf João Sacôto, alf Gonçalves, João Bacar Jaló e Cap Alexandre (2).



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Da esquerda para a direita, João Bacar Jaló, cap Alexandre e alf Sacôto (1)




Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966 > Da esquerda para a direita, João Bacar Jaló, cap Alexandre e alf Sacôto (2)




Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966  >  Da esquerda para a direita,  cap Alexandre,  João Bacar Jaló e alf Sacôto (1).



Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 617 (1964/66) > c. 1965 / 1966  >  Da esquerda para a direita,  cap Alexandre,  João Bacar Jaló e alf Sacôto (2).

Fotos (e legendas): © João Sacôto (2019). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



1. Continuação da publicação do álbum fotográfico do João Gabriel Sacôto Martins Fernandes, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como e Cachil, 1964/66). Trabalhou depois como Oficial de Circulação Aérea (OCA) na DGAC (Direção Geral de Aeronáutica Civil). Foi piloto e comandante na TAP, tendo-se reformado em 1998.


Estudou no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (ISCEF, hoje, ISEG) . Andou no Liceu Camões em 1948 e antes no Liceu Gil Vicente. É natural de Lisboa. É casado. Tem página no Facebook (a que aderiu em julho de 2009, sendo seguido por mais de 8 dezenas de pessoas). É membro da nossa Tabanca Grande desde 20/12/2011. Tem cerca de meia centena de referências no nosso blogue.


2. Neste poste mostramos algumas fotos que documentam a passagem do alf mil João Sacôto pelo destacamento do Cachil, na ilha do Como, um dos famigerados "bu...rakos" do CTIG. (*)

Lembre-se que a CCAÇ 617 esteve em Catió de 1 março de 1964 até 22 de setembro de 1965, altura em que assume a responsabilidade do susector do Cachil, por troca com a CCAÇ 728. Será rendida pela CCAÇ 1424, em 16 de janeiro de 1966. Regressa a Bissau, aguardando embarque para a metrópole.

A última companhia a passar pelo Cachil foi a CCAÇ 1620, do nosso camarada Manuel Cibrão Guimarães, de 20 de março de 1968 a 1 de julho de 1968, altura em que foi extinto o aquartelamento e o subsetor do Cachil (**), por ordem de Spínola, por manifesta falta de condições de habitabilidade e segurança: por exemplo, não havia água potável; o abastecimento era feito a partir de Catió, através de uma lancha, que vinha num dia, na maré-cheia, e só podia regressar no dia seguinte... Era um verdadeiro inferno na época das chuvas, um piores lugares do TO da Guiné, a par de Beli, Madina do Boé, Cameconde, Sangonhá, Ponta do Inglês e outros "resorts"... bélico-turísticos.

Temos mais de 70 referências ao mítico topónimo Cachil.

A primeira subunidade a ocupar o Cachil, depois de ter participado na Op Tridente (Ilha do Como, jan-março 1964),  foi a  CCAÇ 557 (Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65), dos nossos camaradas José Botelho Colaço,  Francisco Santos e Rogério Leitão (1935-2010), membros da nossa Tabanca Grande.

 À CCAÇ 557 também pertenceu  o José Augusto Rocha (1938-2018), director da Associação Académica de Coimbra, em 1962, expulso da universidade por 3 anos, preso pela PIDE e mobilizado mais tarde para a Guiné,  enfim, um camarada cuja tribuna só podia ser "político.ideológica": foi defensor, como advogado, de muitos presos políticos do Estado Novo...Recusou delicadamente, ainda em vida, o meu convite para integrar a nossa Tabanca Grande. Morreu, vai fazer um ano, em 12 de julho de 2018.

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Vd. postes anteriores:

28 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19628: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte VII: Catió e arredores: contactos com a população civil

20 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19604: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte VI: Em Príame, a tabanca do João Bacar Jaló (1929 - 1971)

3 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19546: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte V: Catió, o quartel e a vida da tropa

28 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19539: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte IV: Catió: as primeiras impressões

17 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19502: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte III: O meu cão Toby, que fez comigo uma comissão no CTIG, e que será depois ferido em combate no Cantanhez

10 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19488: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte II: Chegada a 15/1/1964 e estadia em Bissau durante cerca de 2 meses

4 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19468: Álbum fotográfico de João Sacôto, ex-alf mil, CCAÇ 617 / BCAÇ 619 (Catió, Ilha do Como, Cachil, 1964/66) e cmdt da TAP, reformado - Parte I: A partida no T/T Quanza, em 8/1/1964

(**) Vd. poste de 26 de janeiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18257: Memória dos lugares (372): Cachil, na altura da extinção do aquartelamento, em 1 de julho de 1968 (Manuel Cibrão Guimarães, ex-fur mil, CCAÇ 1620, Bissau, Cameconde, Cacine, Sangonhá, Cacoca, Cachil e Bolama, 1966/68)