Blogue coletivo, criado e editado por Luís Graça, com o objetivo de ajudar os antigos combatentes a reconstituir o puzzle da memória da guerra da Guiné (1961/74). Iniciado em 23 Abr 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência desta guerra. Como camaradas que fomos, tratamo-nos por tu, e gostamos de dizer: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
terça-feira, 22 de junho de 2021
Guiné 61/74 - P22305: Parabéns a você (1973): Coronel Art Ref António José Pereira da Costa (Guiné, 1968/69 e 1972/74); Ex-Alf Mil Inf João Crisóstomo da CCAÇ 1439 (Guiné, 1965/67) e Soldado TRMS Júlio Martins Pereira da CCAÇ 1439 (Guiné, 1965/67)
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Nota do editor
Último poste da série de 20 de Junho de 2021 > Guiné 61/74 - P22298: Parabéns a você (1972): Cherno Baldé, Engenheiro e Gestor de Projectos, Amigo Grã-Tabanqueiro da Guiné-Bissau
segunda-feira, 21 de junho de 2021
Guiné 61/74 - P22304: Tabanca Grande (519): Alfredo Fernandes, ex-1º cabo aux enf, CCAV 678 (1964/66)... Natural de Valença, vive em Viana do Castelo, é enfermeiro aposentado do SNS. Senta-se à sombra do nosso poilão no lugar nº 842.
(*) Vd. poste de 3 de junho de 2021 > Guiné 61/74 - P22251: O nosso livro de visitas (210): "Não fazem ideia da alegria que me deram, ao reconhecer camaradas da minha companhia!... Peço para aderir à Tabanca Grande!" (Alfredo Fernandes, ex-1º cabo aux enf, CCAV 678, 1964/66, enfermeiro reformado do SNS, natural de Valença, a residir em Viana do Castelo)
Guiné 61/74 - P22303: Notas de leitura (1362): “Itinerários de Amílcar Cabral”, organização de Ana Maria Cabral, Filinto Elísio e Márcia Souto; Rosa de Porcelana Editora, 2018 (Mário Beja Santos)
1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 4 de Novembro de 2018:
Queridos amigos,
Em 2016, aqui se fez menção ao livro "Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena: a outra face do Homem", um conjunto de mais de 50 cartas que versam a relação entre Amílcar Cabral e Maria Helena Vilhena Rodrigues, um arco de missivas que vão desde a aproximação amorosa até aos preparativos da partida de Maria Helena para acompanhar o líder do PAIGC no exílio. Iva Cabral, a filha mais velha do casal, era a depositária deste valioso espólio. Agora a investigadora Aurora Almada e Santos, de colaboração com a segunda mulher de Amílcar Cabral, Ana Maria Cabral, que vive em Cabo Verde e é membro-dirigente da Fundação Amílcar Cabral, coligiu e contextualizou com rigor este acervo de bilhetes-postais que o líder revolucionário endereçou à mulher entre 1966 e 1972. Um documento indispensável para conhecer melhor o homem e a causa pela qual deu a sua vida.
Um abraço do Mário
Postais de viagens de Amílcar Cabral, cânticos de amor e saudade
Beja Santos
“Itinerários de Amílcar Cabral”, organização de Ana Maria Cabral, Filinto Elísio e Márcia Souto, Rosa de Porcelana Editora, 2018, é uma reunião de postais de Amílcar Cabral endereçados à sua segunda mulher, Ana Maria Sá Cabral e aos filhos, da Escandinávia à África Ocidental, de Marrocos ao Médio Oriente, ficou-nos o legado de bilhetes-postais vintage onde se fala da saudade, dos cuidados, dão-se informações ligeiras sobre congressos e meetings, é permanente a preocupação com o estado de saúde da mulher amada. Esta é credora de todo o seu afeto.
Logo no postal de 10 de dezembro de 1966, de Genebra: “Ana, Sem ti, as maravilhosas entrecôtes do café de Paris não valem nada”. A Suíça era uma plataforma para se alcançar outros países e Cabral mantinha contactos regulares com organizações de solidariedade no país. No ano seguinte, expede do Cairo outro postal onde se vê mar, rochas e palmeiras: “Olha bem para este postal: a ânsia de vida dos rochedos espelhada no verde das palmeiras, da esperança no isolamento do mar. Do infinito também, porque o dever fecunda a certeza – e a saudade, amor”. Cabral ia assistir à conferência da Organização de Solidariedade com os Povos Afro-asiáticos, com sede no Cairo. E escreve ao filho: “Querido Raúl, o papá tem pena de estar fora de casa no dia dos teus anos. Mas pensa muito em ti, faz votos para que cresças bem e sejas um grande militante do nosso Partido, para servires bem o nosso povo. Que a mamã não se esqueça de te fazer um bolo bonito”.
Trata-se de uma edição cuidadosíssima, a contextualização histórica coube a Aurora Almada e Santos, insere textos de António Guterres, Guilherme D’Oliveira Martins, Jorge Carlos Fonseca e José Maria Neves. Márcia Souto e Filinto Elísio já nos tinham brindado com outro livro igualmente de Amílcar Cabral, “Cartas de Amílcar Cabral a Maria Helena: A Outra Face do Homem”, Rosa de Porcelana Editora, 2016, versa um conjunto de 53 cartas que o líder do PAIGC enviou à colega, namorada e primeira mulher, é um documento relevante na justa medida em que permite aquilatar a dimensão afetiva do estudante de agronomia até à partida para o exílio do líder revolucionário.
António Guterres refere o livro de memórias de Gérard Chaliand, “A Ponta da Navalha”, onde o intelectual conta que quando disseram a Nelson Mandela “Tu és o maior”, este terá replicado: “Não, o maior é Cabral”.
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Nota do editor
Último poste da série de 14 DE JUNHO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22279: Notas de leitura (1361): "Forças Expedicionárias a Cabo Verde na II Guerra Mundial", de Adriano Miranda Lima; Março de 2020, Edição de Autor (Mário Beja Santos)
Guiné 61/74- P22302: Reavivando memórias do BENG 447 (João Rodrigues Lobo, ex-cmdt do Pelotão de Transportes Especiais, Brá, 1968/71) - Parte I: sem falsa modéstia, um exemplo de empenhamento e competência
Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > O João Rodrigues Lobo, ao volante de uma viatura.
Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > O João Rodrigues Lobo junto às viaturas. O PTE tinha 90 condutores. Legenda do autor: "1969. Frente à coluna experimental".
Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > "1970: prestes a sair com a coluna de transporte de máquinas"
Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > "1969: Em cima de um autotanque".
Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > "1969: mais uma foto para a pose".
Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > s/d: "uma enorme coluna do PTE".... A estrada (asfaltada) não está identificada, mas podia ser a de Nhacra - Mansoa - Mansabá... Não havia muitas na altura... Vê-se ao fundo aquilo que pode um aquartelamento. Por outro lado, a vegetação é rasteira, dando indícios de capinagem relativamente recente... (LG)
Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > O novo jipe sul-africano.
Fotos (e legendas): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Joaquim Costa / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1, Mais fótos do álbum do João Rodrigues Lobo, que acaba de entrar para a nossa Tabanca Grande (*),
Recorde-se que, sendo natural de´Óbidos, mas estando a residir em Luanda, foi fazer o 1º COM na EAMA (Escola de Aplicação Militar de Angola - Nova Lisboa), no último trimestre de 1967,Tirou a especialidade de Transportes Rodoviários no CICA - GAC 1, em Luanda. Quando estava colocado no Quartel General de Angola - 4ª Repartição, sendo comandante de MVL (Movimento de Viaturas Logísticas), fazendo as as colunas logísticas destinadas ao norte de Angola, é mobilizado para a Gunié, como Alferes Miliciano.
Passa a comandar o PTE (Pelotão de Transportes Especiais) do BENG 447. Chega ao CTIG, em rendição individual em dezembro de 1968, na véspera de Natal.
O Pelotão de Transportes Especiais (PTE) era constituído por: (i) um alferes miliciano; (ii) dois sargentos do QP ; (iii) quatro furrieis milicianos; e (iv) cerca de noventa condutores auto (quase uma companhia...), parte deles do recrutamento local.O PTE era responsável pelo transporte do pessoal de Engenharia, das Máquinas de Engenharia, e de todos os materiais de construção para e nas obras de estradas, aquartelamentos e reordenamentos.
O PTE também recepcionava todos os materiais militares que eram recebidos em navios fretados e carregava os materiais nas LDG e LDM da Marinha, no cais do Pijiquiti, para distribuição pelos aquartelamentos por estas servidos.
Faz questão de dizer que "o trabalho desenvolvido pelo nosso PTE foi, sem falsa modéstia, um exemplo de organização e dedicação de todos os seus elementos, que contribuiu para o meritório trabalho realizado por todos os militares, engenheiros e profissionais do BENG 447. Os condutores auto estavam sempre onde era preciso, sem eles NADA SE MOVIA !" (*)
Acabou a Comissão em Janeiro de 1971, passndo à disponibilidade em 11 de fevereiro de 1971.
Prometeu-nos "reavivar as memórias do BENG 447, Grande Batalhão que concretamente FEZ OBRA!"
Nota do editor:
(*) Vd. poste de 20 de junho de 2021 > Guiné 61/74 - P22300: Tabanca Grande (518): João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, cmdt Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, dez 1967/fev1971)... Fez o 1º COM, em Angola, Nova Lisboa. Vive em Torres Vedras. Senta-se à sombra do nosso poilão no lugar nº 841.
domingo, 20 de junho de 2021
Guiné 61/74 – P22301: (Ex)citações (387): "Memórias da Minha Aldeia" (José Saúde)
"Memórias
da Minha Aldeia"
Camaradas,
É no silêncio dos meus 70 anos que os neurónios com os
quais a minha saudosa mãe me trouxe ao mundo, e que continuam ativos no mundo
da escrita, que persisto em trazer a público uma infinidade de lembranças que,
caso não houvesse alguém que ousasse enveredar por tamanha aventura, muito do
passado cairia no limbo do esquecimento. Sim, na verdade prometi, um dia,
elaborar um livro sobre a terra que me viu nascer: Aldeia Nova de São
Bento.
Confesso que produzir uma obra onde as imensidões de
memórias das gentes da minha aldeia proliferam, investigando em “oceanos”
profundos não foi, de facto, tarefa fácil. Nesta panóplia de sucessivas
narrativas, procurei deixar os nomes de todos os meus conterrâneos que morreram
na guerra colonial, ou se quiserem na guerra do Ultramar, designadamente na
Guiné.
O texto que aqui vos deixo é o tema com que abro e
fecho o meu próximo livro: “Memórias da Minha Aldeia”.
Introdução
Nasci em Aldeia Nova de São Bento no dia
23 de novembro de 1950 e sou filho de Francisco Saúde e de Ana dos Reis
Romeiro, ambos naturais da povoação.
Oriundo de uma família humilde, gente que
“comeu o pão que o diabo amassou”, mas cujo princípio familiar passou por me
colocarem a estudar num ensino secundário, ensino este que ia para além da
então trivial quarta classe, foi, de facto, o literal propósito dos meus pais,
aliás, pessoas simples, mas que oportunamente se identificaram com uma enorme
solidez humana que motivou o homem que hoje sou.
Neste contexto, e num desafio permanente
às “Memórias da Minha Aldeia”, deixo escrito, neste livro, parte das raízes da
minha infância e dalguns pormenores de profissões que marcaram,
inequivocamente, épicas gerações, onde os “mestres” foram personalidades que
inspiraram épocas inesquecíveis, sendo que o seu labor ficará eternamente
contemplado. Para além dessas inequívocas lembranças, recordo ainda alguns dos
nossos conterrâneos que ficarão perpetuamente expostos numa montra de
eloquentes e requintadas individualidades.
Mas, além de tudo o que aqui vos deixo
escrito, o que é sempre muito pouco, preocupei-me em falar sobre a origem da
nossa Aldeia, do seu Padroeiro São Bento, da Festa das Santas Cruzes, um dos
nossos ícones anuais, assim como a envolvência da Procissão, do nosso fabuloso
Cante Alentejano, do simbolismo das Santas Cruzes feitas em casas de devotos,
enfim, uma panóplia de narrativas avulsas indiscriminadas no tempo e que dão
maior força a esta obra trabalhada com imensa ternura e paixão.
É,
ainda, plenamente crível que articulemos histórias genuínas da nossa terra e,
obviamente, dos seus antigos usos e costumes. Recupero, também, narrativas
inseridas num outro livro que em tempos lancei para os escaparates, mas que
julgo apresentarem-se determinantes para a composição de recordações do
antigamente e que jamais o esqueceremos.
Reconheço,
porém, que muito mais haveria para expor nesta obra. Mas, neste mundo da
escrita, sempre perplexo, o autor procura, neste caso, dar uma imagem do
universo aldeão, embora o faça meticulosamente, sem preconceitos e isento de
presumíveis susceptibilidades.
A todos um bem-haja!
Quando um homem se põe a recordar…
É inevitável mergulhar nas profundezas das límpidas
águas oceânicas que se apaziguam miraculosamente na costa alentejana, ou de
viajar entre as searas loiras que rodeavam a aldeia, onde o cantar dos grilos
na primavera entoava uma melodia encantadora, e trazer à estampa pequenas
lembranças da nossa terra que orgulhosamente definem o que foram as vivências
do passado.
Procurei, embora sinteticamente, recordar os tempos
antigos, os hábitos, as imagens que entretanto se foram diluindo com o suceder
das épocas, as amizades, a pureza dos nossos costumes, de pessoas que deixaram
vincadas os seus saberes, ou as suas artes, as fotos que escrupulosamente
recolhi, algumas delas oferecidas, mas aonde fica o meu profundo agradecimentos
a todos que comigo colaboraram, fornecendo-me essas imagens que trabalhei com
um amplíssimo carinho, as suas identificações, ou tirando-me pontuais dúvidas
em relação ao tema tratado, ou alertando-me para pequenas hesitações que
oportunamente foram dizimadas, o profícuo carácter dos homens no seu trabalho
quotidiano, enfim, uma panóplia imensa de narrativas a que me predispôs
executar, ficando registada uma obra que eu próprio considero sempre inacabada.
Outros, com engenho e arte, que lhe dêem continuidade.
Aqui não ficam resquícios sobre a plenitude de
pequenos teores feitos com base no bem-querer que nutro pela terra que um dia
me viu nascer e que um dia me irá consumir. Aqui “não há filhos nem enteados”,
todos foram tratados de igual modo. Reconheço que a narrativa exposta não é
completa. Sim, porque “quem conta um conto acrescenta-lhe sempre mais um
ponto”. É normal e fica a minha aceitação. Perduram, porém, as muitas horas,
dias e meses dedicados a uma investigação que paulatinamente foi tomando corpo
e que aqui vos deixo com muito amor.
Quando um homem se põe a recordar, é perfeitamente
admissível que nem tudo de momento lhe ocorra. Todos temos histórias guardadas
e cada um de nós trabalhamo-las de acordo com o nosso pensar e vivência.
Ainda assim, e não obstante as eventuais animosidades,
procurei não desertar dos propósitos a que me lancei quando me iniciei nos
trabalhos das “Memórias da Minha Aldeia”. Neste contexto, deixo-vos uma foto,
eu sentado na bica de água já desativada no ano de 1969, e que serviu
similarmente de inspiração para a execução desta longa maratona, tendo em linha
de conta que o meu pensamento, naquele instante, parecia premeditar que o mundo
da escrita faria parte do meu futuro.
Obrigado aos meus caríssimos conterrâneos, em especial a todos que comigo colaboraram, e das fotos que despretensiosamente me enviaram, permitindo-me, com a devida vénia, ter conseguido levar “a carta a Garcia”!
Um abraço, camaradas,
José Saúde
Fur Mil OpEsp/RANGER da CCS do BART 6523
Mini-guião de colecção particular: ©
Carlos Coutinho (2011). Direitos reservados.
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Nota de M.R.:
Vd. último poste desta série em: 9 DE JUNHO DE 2021 Guiné 61/74 - P22267: (Ex)citações (386): Valeu a pena andarmos todos à porrada, nós, e os ingleses, e os bóeres, e os alemães, e os cuanhamas, e os hereros, naquele Cu de Judas que era o sul de Angola e o Sudoeste Africano? (António Rosinha / Valdemar Queiroz)
Guiné 61/74 - P22300: Tabanca Grande (518): João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, cmdt Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, dez 1967/fev1971)... Fez o 1º COM, em Angola, Nova Lisboa. Vive em Torres Vedras. Senta-se à sombra do nosso poilão no lugar nº 841.
Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > c. janeiro de 1971 > Imposição das medalhas comemorativas das campanhas da Guiné.
Fotos (e legendas): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Joaquim Costa / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Data - sexta, 18/06, 14:07
Assunto - BENG 447, Guiné
Boa tarde,
Então conforme solicitaste (*). aqui vai:
Sou o João José Lourenço Rodrigues Lobo. Natural de Óbidos, atualmente residente em Torres Vedras.
Actualmente sou aposentado, depois de 30 anos como Chefe de Repartição dos SA (Serviços de Aprovisionamento) do CHTV (Centro Hospitalar de Torres Vedras).
Fui incorporado em 9 de outubro de 1967 na EAMA (Escola de Aplicação Militar de Angola - Nova Lisboa), 1º COM (Curso de Oficiais Milicianos), em Angola. Na altura residia em Luanda.
Nas fotografias que anexo, veem-se parte dos nossos militares, pois muitos, guineenses, estavam dispensados do batalhão nesse dia, As fotografias de grupo foram tiradas quando as viaturas estavam quase todas no Batalhão para se prepararem e seguirem novamente para as obras.
O PTE era responsável pelo transporte do pessoal de Engenharia, das Máquinas de Engenharia, e de todos os materiais de construção para e nas obras de estradas, aquartelamentos e reordenamentos.
E até levámos um louvor e a medalha comemorativa das campanhas da Guiné.
Dependendo diretamente do Comando, prestei serviço com o Tenente Coronel Pires Pombo e Major Diogo da Silva e com o Tenente Coronel Lopes da Conceição e Major Santos Maia Era Comandante Militar do CTIG o Brigadeiro António de Spinola.
Acabei a Comissão em Janeiro de 1971 e passei à disponibilidade em 11 de fevereiro de 1971.
Vou reenviar umas fotos que não foram bem digitalizadas para, se interessar, substituir as que já estão no blog.
Vou enviar mais algumas novas para recordação.
E, vamos reavivar as memórias do BENG 447, Grande Batalhão que concretamente FEZ OBRA !
Temos naturalmente muito carinho e apreço pelo BENG 447. Temos 9 dezenas de referências no nosso blogue à tua unidade. Mas é a primeira vez, se não erro, que nos aparece aqui um representante do PTE...Desconhecia, de resto, a sua existência como não sabia o que tu agora acabas de nos contar sobre a tua experiência angolana... Tudo somado, Angola e Guiné, o teu tempo de serviço militar obrigatório utrapassa os 40 meses... É muito tempo das nossas vidas!
PS - Se quiseres que a gente te dê os parabéns pelo teu aniversário natalício, tens que nos autorizar e indicar a data de nascimento. O nosso coeditor Carlos Vinhal tem esse pelouro.
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(*) 11 de junho de 2021 > Guiné 61/74 -P22274: O nosso livro de visitas (211): João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, PTE - Pelotão de Transportes Especiais, Batalhão de Engenharia nº 447 (Bissau, 1968/71)
Guiné 61/74 - P22299: Blogpoesia (742): "Corre apressado o tempo..."; Curiosidade" e "A sirene", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728
Corre apressado o tempo...
Corre apressado o tempo.
Seus passos são os dias e os anos.
Não vale a pena fugir ou desistir.
Umas vezes benfazejo outras mais agreste.
Há que lhe fazer frente com todas nossas forças.
Evitar os precipícios.
A doença e a melancolia espreitam a cada hora.
Festejar bem nossos sucessos estimulantes.
Um dia, sem cada um de nós ele vai continuar indiferente sua marcha.
Ninguém escapará.
Para todos, crentes ou não, virá depois a eternidade...
Berlim, 15 de Junho de 2021
16h57m
Jlmg
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Curiosidade
Curiosidade, o motor da inspiração.
Sem inspiração e as modulações das formas
Não chegamos à obra prima.
A vida é um caminhar constante para a perfeição.
Seus passos são condição sine qua non para o culminar pretendido.
Enjeitá-lo é por em causa o objectivo...
Berlim, 18 de Junho de 2021
21he 50m
Jlmg
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A sirene
Há coisas da infância que ficam gravadas para sempre na nossa memória.
Uma delas é a sirene.
Lá na vila havia o quartel dos bombeiros
Quando havia um incêndio ou um desastre, a sirene lançava um silvo lancinante a chamar cada bombeiro de suas casas.
Num instante chegavam todos.
O telefone localizava onde era o incidente.
De seguida era o silvo da ambulância rubra que apitava.
A criançada do lugar e outra vinha de longe para assistir.
Lembro o fogo que alastrou na casa de lavoira do Codeçal em Varziela.
Um criança estava dentro da casa a arder...
Foi aí que eu vi, era miúdo, o Sr. Pereira da Elisinha da Forca, pegar numa manta encharcada e avançar pelas chamas dentro.
Pouco depois, aparecia com a criança nos braços entre um mar de palmas da gente a aplaudi-lo.
Nunca mais esqueci....
Berlim, 29 de Junho de 2021
16h46m
Jlmg
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Nota do editor
Último poste da série de 13 DE JUNHO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22278: Blogpoesia (741): "As alegrias da vida"; A fantasia"; "Tradições" e "Sementeira", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 728
Guiné 61/74 - P22298: Parabéns a você (1972): Cherno Baldé, Engenheiro e Gestor de Projectos, Amigo Grã-Tabanqueiro da Guiné-Bissau
Nota do editor
Último poste da série de 17 DE JUNHO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22289: Parabéns a você (1971): Juvenal Amado, ex-1.º Cabo CAR da CCS/BCAÇ 3872 (Galomaro, 1971/74)
sábado, 19 de junho de 2021
Guiné 61/74 - P22297: Os nossos seres, saberes e lazeres (456): Itinerâncias avulsas… Mas saudades sem conto (3): De visita obrigatória: exposição Representações do Povo, Museu do Neo-Realismo (Mário Beja Santos)
Queridos amigos,
Trata-se de um acontecimento cultural relevante, um conteúdo organizado num espaço onde os núcleos dialogam ora entre si ora exprimem a diferença das épocas e o peso das respetivas mentalidades. Mas todas elas representações do mesmo povo, o que foge do invasor francês e come a sopa em Arroios, então à entrada da cidade, o estereotipado Zé Povinho, umas vezes sujeito à canga, outras vezes veemente no seu manguito para quem dele usa e abusa; e atravessamos os campos da Reforma Agrária, o mundo piscatório de Matosinhos, a dolorosa aprendizagem dos jovens vidreiros da Marinha Grande até chegarmos à mulher transmontana, de vigorosa sabedoria. A exposição intitula-se Representações do Povo, a sua coordenadora é Raquel Henriques da Silva, nome indispensável da historiografia de arte, e diretora científica do Museu do Neo-Realismo. Está patente até abril do próximo ano, é excecional, recomenda-se que não se perca estas representações do povo, numa apresentação original e credoras de um catálogo de imperdível leitura.
Abraço do
Mário
De visita obrigatória: exposição Representações do Povo, Museu do Neo-Realismo
Mário Beja Santos
É irrefutável que o povo só passa a ser uma presença obrigatória na obra de arte depois do Século das Luzes, aufere os seus galões nos movimentos revolucionários, a industrialização, os movimentos estéticos realistas e as ideias socialistas deram razão de ser às representações do povo, designadamente na pintura, na fotografia, no desenho (na literatura seguirá os seus rumos, bem distintos). A exposição Representações do Povo, coordenada por Raquel Henriques da Silva, que permanecerá no Museu do Neorrealismo até abril de 2022, é um acontecimento cultural pelas abordagens apresentadas, o desafio à resposta O que é o povo?. Escolheram-se obras concretas, algumas de extraordinário valor, mas o aliciante da organização do espaço expositivo é o diálogo entre essas mesmas representações onde cabem uma gravura de Domingos António Sequeira, A Sopa dos Pobres em Arroios, um tributo ao macerado povo alentejano, um quadro a óleo de Jorge Pinheiro que nos leva ao assassinato de dois cooperantes alentejanos no ciclo final da Reforma Agrária, intervém o génio de Rafael Bordalo Pinheiro com um ícone que jamais saiu de cena, o Zé Povinho, com o seu manguito e a sua albarda; e vamos a Matosinhos, onde Augusto Gomes nos revela os pescadores da sua terra natal na sua impressionante qualidade, tema popular que se confronta com outro, o povo dos vidreiros da Marinha Grande, da autoria de Teresa Arriaga; e assim chegamos ao último núcleo, da autoria de Graça Morais que nos apresenta as mulheres de Vieiro, aldeia transmontana onde nasceu. Como escreve Raquel Henriques da Silva na introdução do magnífico catálogo que o visitante não deve dispensar: “O nosso objetivo foi dar continuidade à linha expositiva do Museu do Neo-Realismo que valoriza os contextos sociais, políticos e culturais da produção artística. Trata-se de um repto estimulante, pouco praticado nos museus de arte que, ao longo do século XX, foram afirmando uma expografia centrada na capacidade falante do objeto artístico e da sua autonomia em relação aos contextos produtivos. Há casos em que assim é, mas há muitos outros, como acontece com os autores aqui expostos, que na totalidade das suas obras, ou em parte delas, assumem, como motivação, a narrativa da História (…) O povo destes artistas é a representação dos fundamentos de uma nação (…) O que muitos artistas têm feito, em ciclos longos e muito diversificados, é representar essa humanidade menorizada, dando-lhes uma simbólica aura, pressentindo que ela é o fundamento de uma cultura regida por ritmos antiquíssimos, talvez mais afins da biologia do que de frágeis conceitos de História”. Assim nasceu o desafio de pôr o século XIX em franco diálogo com o século XX, o povo no palco da História. E o desafio do projeto triunfou, a exposição é magnífica, vamos visitá-la.
Sugere-se ao visitante que comece por contemplar no bar os azulejos de Querubim Lapa, datam da inauguração do museu, 2007, ali estão vibrantes, geométricos e buliçosos, melhor acicate ou tónico para entrar no museu duvida-se que pudesse haver.
Para quê estar a apregoar a ousadia de linhas de Alcino Soutinho? A disposição das formas garante a leveza, luminosidade, apetece subir e descer e descobrir ângulos recônditos, há para ali uma escadaria flutuante que faz medrar ilusões óticas pelas subtis combinações matéricas, e tal leveza – deverá ter sido esse o móbil do arquiteto – põe todo este interior museológico a conversar entre paredes e estimular o visitante a subir e descer, sem pressa nenhuma, pois as obras de arte que visita estão transfiguradas pela obra de arte que as encerra. E ponto final.
Tudo aconteceu em 27 de setembro de 1979, António Maria do Pomar Casquinha, 17 anos, e João Geraldo “Caravela”, 57 anos, foram mortos pela GNR, na Herdade do Vale do Nobre, perto de Montemor-O-Novo, durante uma devolução de terras ao seu proprietário. Houve quem fotografasse na hora própria, há obras de arte alusivas, mas este impressionante quadro de Jorge Pinheiro intitulado Ao Povo Alentejano catapulta-nos para os valores simbólicos, usados com uma simplicidade que atrai quem contempla a obra de arte: as papoilas e as espigas convocam o pão; quem está morto e quase transfigurado em todo aquele planejamento que se assemelha a um sudário evoca a indignidade de quem morreu e queria ganhar a vida com o suor do seu rosto, é como se uma força revolucionária dali emanasse para abalar a consciência.
Bendito aquele que na organização das exposições se lembrou de aqui trazer uma das mais impressionantes gravuras que se fizeram em Portugal, a Sopa dos Pobres em Arroios, é preciso recorrer aos estudiosos para se saber que estamos em plena Praça do Chile, lá para cima se vai pela Almirante reis até ao Areeiro e em frente está um convento, hoje um escombro que parece destinados a um futuro hotel de luxo. O espetador é atraído por essa torrente humana constituída por milhares de refugiados da Beira e da Estremadura que fogem das tropas de Napoleão, neste caso comandadas pelo marechal André Masséna, estamos em 1810. Domingos Sequeira foi sublime no esquema cenográfico, desloca para primeiro plano o drama humanitário que se desenrola na calçada, deixa os militares a meio, obriga-nos a olhar uma encruzilhada de caminhos que têm o condão de alavancar a animação de tudo quanto se representa. Escreve-se no catálogo: “Em primeiro plano, várias figuras, sobretudo mulheres cobertas com xailes e lenços, comem a sopa em pé, junto de mulas sobrecarregadas com os volumes dos haveres que os camponeses conseguiram trazer de casa. Mas o destaque vai para o numeroso grupo de jovens mulheres que dão de comer ou acompanham bebés e crianças, sorvendo alguns a sopa das málagas. A ausência masculina só reforça a ideia de um país em guerra”. Que tal darmos um elucidativo texto sobre esta topografia, e o autor alude a algo que eventualmente nos possa escapar: Sequeira terá querido veicular uma mensagem que pretendia universal. O povo que Sequeira apresenta nesta gravura não representaria somente uma comunidade nacional e numa leitura atual se pode dizer que o episódio retratado pode ser visto como um exemplo de defesa dos direitos humanos.
O mais genial artista do século XIX fez aparecer o Zé Povinho em 1875. “Veste um traje rústico e remendado, usa barba à passa-piolho e apresenta um riso alvar, ingénuo. É de salientar a escolha do seu nome, composto por dois diminutivos, a partir de José, nome próprio comum em Portugal, e de Povo, identificado com a Nação, mas reduzido ao seu estrato mais baixo e de espetro alargado. Que não sendo ninguém em particular é toda a gente”. O visitante vai encontrar no precioso catálogo ou elementos necessários para conhecer a história desta figura e como ela mantém uma popularidade que nenhuma outra iconografia de representação do povo consegue superar, nos dias de hoje.
Alguém fala das representações destes vidreiros da Marinha Grande, saídos do punho de Teresa Arriaga como sudários do vidro. Esta artista comunista foi professora na Marinha Grande, na escola industrial. Vale a pena ler o documento, conhecer o trabalho do vidro e chegarmos à compreensão e ao testemunho destes jovens vidreiros. “Os aprendizes entravam na fábrica ainda meninos. As tarefas que desempenhavam variavam consoante a tipologia de produção, abrangendo o fechamento e abertura dos moldes, o transporte das peças para as arcas de tempero, galerias normalmente contíguas aos fornos, onde arrefeciam lentamente, a limpeza do espaço de trabalho, dos moldes e dos utensílios”. Chegam a ser pungentes os depoimentos que o catálogo recolhe e este quadro que aqui vemos tem a ver com a obragem. “O trabalho decorre num estrado que organiza o espaço pictórico em diagonal, estruturando a tela de grandes dimensões e disposta ao alto. Os cinco operários movimentam-se neste corredor estreito e enegrecido, exclusivamente iluminado pelas duas bocas de forno, pelas duas peras de vidro incandescente e pela peça que o oficial tem em acabamento. É uma composição centrada na operação que se desenrola e não nas personagens. Nenhuma delas foi individualizada. Teresa não reintroduziu na tela os retratos que tão intensamente desenhara sete anos antes”. E o visitante tem à sua disposição não só esse rol de desenhos como outros retratos.
Numa entrevista a Maria Antónia Palla disse Augusto Gomes: “Muitas vezes se afirma que sou um neorrealista. Eu diria que a minha pintura é populista. Na verdade, não pretendia fazer uma arte de luta. Pintava temas populares por gosto, porque me sinto próximo dessas figuras". O artista teve a sua vida sempre ligada a Matosinhos, o Litoral está sempre permanente nas suas obras de arte, convoca o mundo da pesca, recorde-se que Matosinhos foi durante a primeira metade do século XX um dos principais portos piscatórios portugueses e mundiais. É impressionante este quadro intitulado Família de Pescadores. “É uma pintura com gente triste, mas não é exatamente uma pintura sentimental, há nela uma combinação entre desânimo e solenidade”. Podemos situar este quadro nos finais dos anos 40, foi uma encomenda da Junta de Freguesia de Matosinhos, após um acontecimento trágico, um naufrágio que ocorreu em 2 de dezembro de 1947, em que morreram 152 pescadores e 4 traineiras. Augusto Gomes dizia-se atraído pela pintura clássica e há de facto um aspeto de sagrada família neste grupo e apresentado como uma estrutura do tipo piramidal: a representação da mãe e do filho, há ali uma evocação de uma Virgem com o Menino, não se pode ignorar uma certa influência da pintura italiana do século XV. Contempla-se, e fica-se esmagado pela força da representação.
Graça Morais representa mulheres transmontanas, sabemo-las que são camponesas com variadas lides, as domésticas e as da terra, a própria artista tece comentários como estes: “Têm o poder da maternidade, um poder fortíssimo. E os homens sabem disso, sabem que as mulheres têm sempre uma grande ligação com os filhos”. O que aqui vemos é algo que se prende ao processo de envelhecimento e da acumulação de saberes, elas aparecem aqui representadas como uma força motriz ancestral que trabalha, garantindo a vitalidade da terra e do ser humano, é obrigatório ler o que se escreve sobre estas Marias transmontanas, que Graça Morais imortalizou.
Convém não sair do edifício desenhado por Alcino Soutinho sem visitar a exposição dedicada a Júlio Pomar e à sua obra gráfica. Trata-se de uma coleção privada onde ganha realce a obra em gravura do grande artista, nas décadas de 1950 e 1960, veja-se o potencial revolucionário do almoço do trolha, da fase puramente neorrealista de Pomar, mas o visitante tem outros núcleos à espera, intitulados Tigres, Índios da Amazónia, Retratos Míticos, Animália, Mitologias, Figuras do Povo, Tauromaquias, Eróticas. Uma excelente oportunidade para conhecer esta obra gráfica de um dos mais significativos artistas portugueses da segunda metade do século XX que foi pioneiro do neorrealismo pictórico.
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Nota do editor
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Nome Augusto Valdez de Passos e Sousa
Posto Tenente de Infantaria
Naturalidad: Elvas
Data de nascimento: 12 de Dezembro de 1886
Incorporação: 1907 na Escola do Exército (nº 181 do Corpo de Alunos)
Unidade: Regimento de Infantaria n.º 17
Condecorações
TO da morte em combate: Angola
Data de Embarque: 10 de Dezembro de 1914 | Data da morte 1 de Setembro de 1915
Sepultura: Môngua - Angola
Circunstâncias da morte:
No dia 18 de Agosto de 1915 o destacamento de Cuanhama foi atacado por cerca de 12000 guerreiros nativos que, apesar de repelidos com baixas voltaram, a atacar o quadrado português (#) no dia 19 de Agosto tendo sido novamente afastados. Neste combate, integrando a força de Infantaria 17, foi gravemente ferido vindo a falecer em 1 de Setembro de 1915.
Fonte: "quadrado", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2021, https://dicionario.priberam.org/quadrado [consultado em 19-06-2021].
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Nota do editor:
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13 de junho de 2021 > Guiné 61/74 - P22277: In Memoriam: Cadetes da Escola do Exército e da Escola de Guerra (actual Academia Militar), mortos em combate na 1ª Guerra Mundial (França, Angola e Moçambique, 1914-1918) (cor art ref António Carlos Morais Silva) - Parte III: alf cav Álvaro Damião Dias (Lisboa, 1887 - Angola, 1915)