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quinta-feira, 8 de maio de 2014

Guiné 63/74 - P13111: Homenagem póstuma, na sua terra natal, Areia Branca, Lourinhã, 11 de maio próximo, ao sold at cav José Henriques Mateus, da CCAV 1484 (Nhacra e Catió, 1965/67), desaparecido em 10/9/1966, no Rio Tompar, no decurso da op Pirilampo. Parte IV: Programa + Cinco Cartazes: "Pior do que a guerra, é fazer de conta que ela nunca existiu" (Jaime Bonifácio Marques da Silva)


Cabeçalho do primeiro de cinco cartazes com a história militar do José Henriques Mateus (1944-1996). São da autoria do seu amigo, colega de escola e conterrâneo e membro da nossa Tabanca Grande Jaime Bonifácio Marques da Silva. Foram impressos em Fafe (e custeados pelo Jaime). Vão estar em, exposição, durante um semana, a partir de 11 de maio próximo,  no clube da Areia Branca, Lourinhã, terra natal do malogrado José Henriques Mateus, que tem finalmente a homenagem que lhe é devida, ao fim de meio século, numa singela cerimónia com a participação dos seus conterrâneos, familiares, amigos e antigos camaradas. (LG).




Cartaz 1 [Clicar na imagem para ampliar]



Cartaz 2 [Clicar na imagem para ampliar]


Cartaz 3 [Clicar na imagem para ampliar]


Cartaz 4 [Clicar na imagem para ampliar]


Cartaz 5 [Clicar na imagem para ampliar]


1. Mensagens,  de 5 e 7 do corrente, do nosso camarada Jaime Bonifácio Marques
da Silva [, natural de Seixal, Lourinhã, e residente em Fafe, onde foi professor de educação física e autarca (com o pelouro da cultura, e onde é mais conhecido como Jaime Silva), ex-alf mil paraquedista, BCP 21 (Angola, 1970/72), membro da nossa Tabanca Grande]:


(i) Amanhã à noite [, 6 do corrente,] a Comissão vai reunir-se, mas já está confirmado para domingo 11 de maio o seguinte programa:

10.15 h – missa na capela do lugar da Areia Branca,  em memória do José Henriques Mateus [, mais conhecido na sua terra como "o Valente"];

11.30 h – Cerimónia evocativa.

Segue-se a apresentação pública dos 5 cartazes que descrevem o seu percurso militar,  na sede do clube. Estes ficarão expostos durante a semana.

No final, averá um lanche convívio.  

Estive no Jornal Alvorada. A próxima edição só sai a 16 de maio.

(ii) Ontem [, 6,] realizou-se a reunião de coordenação e ficou combinado:

(a) tu [, em representação do blogue,] e o pessoal da companhia do Mateus [, CART 1484,]  são nossos convidados e temos gosto na vossa presença;

(b) ficou em aberto a hipótese do Benito Neves ou outro elemento da companhia poder usar da palavra;

(c) irá estar presente uma sobrinha do Mateus (estive a falar com ela e mostrei-lhe os cartazes), bem como a Câmara e Junta de Freguesia da Lourinhã e, eventualmente, um representante da Liga dos Combatentes.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P13016: Homenagem póstuma, na sua terra natal, Areia Branca, Lourinhã, 11 de maio próximo, ao sold at cav José Henriques Mateus, da CCAV 1484 (Nhacra e Catió, 1965/67), desaparecido em 10/9/1966, no Rio Tompar, no decurso da op Pirilampo. Parte II: Esclarecimentos sobre as circunstâncias da tragéda: excerto do relatório de operações e testemunhos presenciais (Jaime Bonifácio Marques da Silva)



Guiné A> região de Tombali > Mapa de Bedanda (1956) > Escala 1/50 mil > Pormenores: Op Pirilampo, com saída de Catió, [. vd. mapa de Catíó,] passando, a sul,  pela mata de Cabolol e com cambança do Rio Tompar, afluente do Rio Cimbijã, e chegada a Cufar... O sold at cav Mateus ficaria pelo meio, desaparecido nas as águas do Rio Tompar. Foi a 10 de setembro de 1966.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2014)


1. Mensagem, com data de 18 do corrente, do nosso camarada e amigo Jaime Bonifácio Marques da Silva [, natural de Seixal, Lourinhã,  e residente em Fafe, onde foi professor de educação física e autarca (com o pelouro da cultura, e onde é mais conhecido como Jaime Silva), ex-alf mil paraquedista, BCP 21 (Angola, 1970/72), membro da nossa Tabanca Grande]

Estou a tentar coordenar a cerimónia do Mateus na Areia Branca  [, no próximo dia 11 de maio,] e, por isso , envio-te um conjunto de elementos importantes e precisava da tua colaboração e da do pessoal que esteve na Guiné com ele, [em Catió]. Tenho alguma urgência por causa da tipografia e porque preciso de sair daqui.

 (....) Por favor, diz se chegou tudo em ordem

Desculpa o trabalho. É pela causa.

Boa Páscoa para ti, Alice e teus filhos cá do pessoal do Norte.

Abraço, Jaime


2. Ficha biográfica militar do José Henriques Mateus (continuação) (*)

2.ª Parte (em construção) [Elementos recolhidos por Jaime Bonifácio Marques da Silva]

 Luís Graça, esta segunda parte é para fazerem o favor de rever e para complementar com novos dados, caso seja oportuno.


José Henriques Mateus (1944-1966)
AS CIRCUNSTÂNCIAS DO SEU DESAPARECIMENTO E MORTE

1.1 - OPERAÇÃO “PIRILAMPO” - RELATÓRIO DE OPERAÇÕES

No dia 10 de setembro de 1966 o José Henriques Mateus é destacado para participar na Operação de Combate, denominada “Operação Pirilampo”.

NOTAS:

No final de cada Operação de Combate o oficial comandante do grupo de combate tinha, obrigatoriamente, que entregar ao seu Comandante de Companhia um relatório circunstanciado do desenrolar da mesma. Nesse relatório, para além da identificação dos elementos das NT participantes na ação, teria que descrever com pormenor todos os acontecimentos ocorridos durante a sua execução, nomeadamente: horários, itinerários de progressão, locais das ações, contacto com inimigo ou população, resultados das ações com IN (armas capturadas, mortos ou feridos do IN ou das NT), ou, inda, outros incidentes como foi o caso concreto do Soldado Mateus.

Transcrevo (i) o Relatório de Operações, de acordo com a versão já publicada da autoria de Benito Neves; (ii) um documento com a parte do relatório referente ao acidente com o Mateus, (iii) as declarações do Alf Mil Fernando Miguel e (iv) as declarações de um camarada de pelotão que o viu desaparecer

3.1. Transcrição do texto de Benito Neves (#)

“Relatório da operação OPERAÇÃO PIRILAMPO - 10 de Setembro de 1966

Com a finalidade de bater a mata de CABOLOL [vd. carta de Bedanda], de modo a detectar e a destruir o acampamento IN localizado em (1510.1120.A2) - Esta operação foi realizada pelas CCAV 1484, reforçada com 1 Gr Comb Mil 13 e CCAÇ 763 (-), reforçada com 2 Sec Mil 13.
Foi efectuada uma minuciosa batida à mata de CABOLOL no sentido E-W.

Pelas 14H30, não obstante as dificuldades que surgiram pela densidade da vegetação, foi detectado o acampamento IN em (1510.1120A3.15), composto por 16 casas, que foi destruído com fraca resistência do IN. Foram capturados documentos diversos e munições para espingarda Mauser.

O IN, que deveria ter detectado as NT, havia evacuado grande parte do seu material para fora do acampamento.

Em continuação da acção, as NT seguiram em direcção a CABOLOL BALANTA.

Quando queimavam o seu primeiro núcleo de casas mais a sul, o IN, instalado na orla da mata, reagiu em força com fogo de morteiro, lança granadas-foguete, metralhadora pesada, pistolas metralhadora e espingardas, causando 6 feridos ligeiros às NT. Após reacção destas, o IN furtou-se ao contacto, sendo ainda queimados mais 3 núcleos de casas.

Pelas 17H00 as NT iniciaram o regresso, tendo sido flageladas com fogo de morteiro.

Quando as NT atravessavam o rio TOMPAR [, afluente do Rio Cumbijã, a sudoeste de Bedanda], afogou-se o soldado nº 711/65, José Henriques Mateus, da CCAV 1484, não tendo sido possível recuperar o seu corpo, apesar de todas as buscas efetuadas.

Pelas 22h30 as NT chegaram ao aquartelamento de Cufar, depois de uma marcha fatigante em terreno pantanoso.


O que acima se transcreve é o que consta do relatório da operação, extraído da história da Companhia, de que fui encarregado de escrever.

(#)  In: Blogue Luís Graça e Camaradas da Guiné, quinta-feira, 19 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1676: Vivo ou morto, procura-se o Soldado Mateus, da CCAV 1484, natural da Lourinhã (Benito Neves)


O José Henriques Mateus em Catió (c. 1966).
Álbum da família. Cortesia de Abel Matteus
3.2 TRANSCRIÇÃO DO DOCUMENTO OFICIAL

Transcrição integral de documento incerto no processo individual do José Henriques Mateus consultado por mim no Arquivo Geral do Exército em agosto de 2013.

“COMANDO TERRITORIAL INDEPENDENTE DA GUINÉ

BATALHÃO DE CAÇADORES N.º 1858

COMPANHIA DE CAVALARIA N.º 1484

CÓPIA DA PARTE QUE INTERESSA AO RELATÓRIO DA OPERAÇÃO “PIRILAMPO”

REALIZADA POR ESTA COMPANHIA EM 10 E 11 SET66
……………………………………………………………………………………………………………………………

AO CENTRO:COMANDO TERRITORIAL INDEPENDENTE DA GUINÉ – BATALHÃO DE CAÇADORES N.º 1858. – COMPANHIA DE CAVALARIA N.º 1884. – RELATÓRIO DA OPERAÇÃO “PIRILAMPO”.

DO ÂNGULO SUPERIOR DIREITO: Exemplar n.º 1. – Ccav.1484. – Catió – 131000Set66---
…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………

“5. – DESENROLAR DA ACÇÃO. - ……………………………………………………………………….

“Cerca das 10.17.00 evacuámos os feridos e iniciámos o regresso (conforme croquis). Na passagem do RIO Tompar a qual se efetuava nadando agarrados a uma corda,  afogou-se o soldado n.º 711/65, José Henriques Mateus, por bruscamente ter largado as mãos da corda a que se agarrava. Foi imediatamente socorrido por equipas de nadadores que se encontravam despidos e a postos para tais casos mas não foi possível recuperar o militar vivo ou morto. São testemunhas: alferes Mil. Fernando Pereira da Silva Miguel e 1.º Cabo Radiotelegrafista n.º 1055/65 Osvaldo Freitas de Sousa. O regresso com travessia de 3 rios, com lodo e água, sendo frequente ter se arrancar do tarrafo pessoal enterrado e exausto, e ainda com 4 homens transportados a dorso, foi uma epopeia de sofrimento. ………………………………………………………….
…………………………………………ESTÁ CONFORME ……………………………………………………..

Quartel em Catió, 19 de Setembro de 1966

O Comandante de Companhia

(assinatura elegível)

Virgílio Fernando Pinto

Capitão de Inf.ª “

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Guiné > Região de Timbali > Catíó > c. 1966 > CCAV 1484 > Foto de grupo tirada frente às instalações do comando do batalhão de Catió. Esta parece ser a secção a que pertencia o sold at cav Mateus. A que pelotão pertencia? Quem era o furriel, comandante da secção,  e os demais elementos? Pede-se ao Benito Neves para completar a legenda e identificar, se possível, todos estes militares. Sabemos, pelo Benito Neves, ex-fur mil, que vive em Abrantes, que o comandante de secção era o ex-fur mil, madeirense, Teles.


Foto do álbum de família, gentilmente cedida por Abel Mateus ao Jaime Silva.


3.3 - EXTRATOS DO PROCESSO INSTAURADO NA COMPANHIA

Do processo sumário organizado na Companhia pelo Alf Mil José Rosa de Oliveira Calvário em 22.9.66, extraio as declarações (síntese) das três testemunhas ouvidas:

3.3.1 – Alf Mil Fernando Pereira da Silva:

“Quando o acidente se deu eram cerca de 17.45 minutos (…) não dava passagem a vau por se encontrar em maré cheia. (…) Quando o Soldado José Henriques Mateus se encontrava a atravessar o rio agarrado a uma corda, que fora colocada, para apoiar a travessia de uma à outra margem, quando esta se partiu. Em consequência disto o sinistrado desapareceu imediatamente não dando mais sinais de si. Mais disse que ouviu o Primeiro Cabo Osvaldo gritar: “Está um homem debaixo de água. (…)
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3.3.2 – Primeiro Cabo [Radiotelegrafista] Osvaldo Freitas de Sousa

O Primeiro Cabo Osvaldo Freitas de Sousa (natural de Fafe) declarou:

“Que se encontrava, quando do acidente, na extremidade da corda que travessava o rio para apoio da sua passagem, a ajudar seus camaradas a saltarem para a margem. E que quando o sinistrado se encontrava ameio da travessia, agarrado à corda, esta se rebentou. (…) Atirou-se à água para tentar agarrá-lo (…) agarrou-o ainda por um ombro, embora ele já se encontrasse submerso. Mais disse que começou a gritar pelo que foi ouvido pelos seus camaradas, os quais se lançaram à água. (…). Que um deles (talvez um milícia) o segurou quando ele já se encontrava prestes a ser arrastado para o fundo, devido ao peso do corpo do sinistrado. E que em virtude de se encontrar agarrado não consegui mais sustê-lo por mais tempo. (…) o corpo nunca mais foi visto. (…)”

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3.3.3 - Alf Mil José Martinho Soares Franco Avillez

A terceira e última testemunha foi o Alf Mil José Martinho Soares Franco Avillez que declarou:

“Após ter sido dado o alarme sobre o desaparecimento do sinistrado, correu até junto da margem e lançou-se à água, para participar nas buscas do corpo do desaparecido. Mais declarou que houve impossibilidade nas buscas feitas na zona onde desapareceu o sinistrado em virtude da escuridão que se acentuava, da forte corrente das águas do rio e além disso por estas se encontrarem bastante turvas. (…) levou cerca de quarenta e cinco minutos dentro de água (…) e dado que a coluna estava a ser flagelada na cauda e que havia possibilidades de sofrer emboscadas no regresso e dado também o adiantado da hora, foi dado ordem para regressar a quartéis. (…)”



Após a conclusão do processo sumário organizado na Companhia em 22.9.66 e da responsabilidade do Alf. Mil. José Rosa de Oliveira Calvário, o Comando Territorial Independente da Guiné manda encerrar o processo com a seguinte informação:

“ Sou de parecer que deve ser considerado em serviço” o desastre de que teria resultado a morte do Sold. 711/65, José Henriques Mateus, da CCAV 1484 a que se refere o presente processo.”

Quartel General em Bissau, 2 de novembro de 1966

O Comandante Militar

António N.M. Reymão Nogueira, Brigadeiro”



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3.4. - Depoimento de José Francisco Couto em 3 de fevereiro de 2014

O José Francisco Couto, natural do concelho do Bombarral, foi camarada de pelotão e participou na “Operação Pirilampo”, assistindo ao desaparecimento do Mateus quando ambos atravessavam o Rio Tompar.

Consultei o espólio do Mateus, por deferência do irmão Abel, e encontrei na sua correspondência dois Aerogramas enviados à mãe do Mateus pelo José Francisco Couto nos quais lamentava o desaparecimento do filho. (irei transcrevê-los).

Entretanto consegui, através de um amigo, saber a morada do José Francisco. Emigrou para o Canadá, onde vive atualmente e na troca de correspondência que trocou comigo escreveu sobre o momento do acidente:

“ (…). O Batalhão ia fazer uma emboscada na qual o José Henriques estava incluído. Éramos bastante amigos. O Alferes ia com uma corda atada à cintura para atar a uma árvore para nós podermos passar um a um. A corda atravessa o rio de um lado a outro. Ele agarrou-se à corda a seguir ao Alferes. Quando o Alferes já tinha passado para o outro lado, ele agarrou-se e a seguir ia eu e eu ouvi ele gritar e não o vi. Eu recuei para trás. Começaram as emboscadas por terra e por rio e nunca ninguém o viu mais. Ao fim de 15 dias passámos ao rio e vimos a camisa dele pendurada numa árvore toda rota . Ele umas semanas antes tinha-me desafiado para nós fugirmos para os turras. Por isso, nunca pensei que ele tivesse morrido no rio e que ele se tivesse passado para algum lado porque ele sabia muito bem nadar e pronto é tudo o que sei para contar. De resto não sei mais nada. Não sei se foi comido por algum bicho do rio ou o que se passou mais. (…)
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Final do texto em construção,
Jaime Silva
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domingo, 20 de abril de 2014

Guiné 63/74 - P13012: Homenagem póstuma, na sua terra natal, Areia Branca, Lourinhã, 11 de maio próximo, ao sold at cav José Henriques Mateus, da CCAV 1484 (Nhacra e Catió, 1965/67), desaparecido em 10/9/1966, no Rio Tombar, no decurso da op Pirilampo. Parte I: Preparativos e pedido de ajuda aos seus antigos camaradas (Jaime Bonifácio Marques da Silva)



Jaime Silva, Atalaia, Lourinhã, 2013
1. Mensagem, com data de 18 do corrente, do nosso camarada e amigo Jaime Bonifácio Marques da Silva [, natural da Lourinhã e residente em Fafe,   onde foi autarca (com o pelouro da cultura, e onde é mais conhecido como Jaime Silva), ex-alf mil paraquedista, BCP 21 (Angola, 1970/72), membro da nossa Tabanca Grande]

Caro Luís

Aqui vai o ponto da situação da cerimónia de homenagem ao José Henriques Mateus da Areia Branca e, para a qual pedia o teu empenhamento.

(i) A cerimónia realiza-se, efetivamente no dia 11 de maio de2014, no lugar da Areia Branca, Lourinhã.

Acabo de telefonar a um dos membros da Comissão, José Rufino [, ex-combatente que esteve na Guiné,], que mo confirmou. A hora da cerimónia depende do final da missa em sua memória. A Missa começará às 10 ou 10 e 30 horas. Talvez a cerimónia seja por volta das 11.30 /12.00 horas.

(ii) Se entenderes como oportuno, poderias fazer o favor de mobilizar já o pessoal da Guiné através do Blogue, dando como certa a data e local e, se quiseres, poderás usar os dados da sua biografia que te envio em texto anexo bem como a sua fotografia de passe.

(iii) Envio-te, também, alguns excertos de relatórios e um depoimento, bem como um conjunto de fotografias no sentido do pessoal do tempo do Mateus fazer o favor de analisar, dar a sua opinião ou acrescentar algo de novo, se houver. Por isso, agradecia que enviasses as fotos e texto aos teus contactos, sobretudo ao Benito. E provavelmente podes publicar já algumas das fotos de grupo.

(iv) Estou a reconstituir a sua história militar e irei mandar imprimir 3 ou 4 cartazes grandes para fazer uma exposição no Clube da Areia Branca (talvez se organize um colóquio na véspera com a abertura da exposição dos cartazes, ainda não sei...) .

(v) Estou a trabalhar, nesse sentido, com um amigo que tem uma empresa de publicidade aqui em Fafe e que me dará, também em suporte informático, os elementos finais e, a partir desse momento enviar-te-ei para os tratares como bem entenderes no blogue.

Quanto às fotos e relatórios precisava que o pessoal [do blogue] tentasse, concretamente:

(vi) Identificar o nome e local de alguns camaradas que estão com o Mateus nas fotografias;

(vii) Analisar os textos que envio e vejam se conseguem acrescentar mais elementos esclarecedores da situação / acidente / Operação Pirilampo, etc. [, a publicar em poste a seguir];

(viii) Precisava desses elementos o mais tardar até à próxima 4.ª Feira, dia 23 de abril, em virtude de ter que os entregar na Tipografia.

(ix) Vê se haverá alguém do seu tempo (Pelotão ou companhia) que possa intervir na cerimónia (irei propor isso à Comissão, ainda não é seguro);

(x) Não tens nenhum amigo que domine as questões da Cartografia e que me possa enviar até 4.ª feira um Mapa da Guiné [, vd. mapa de Bedanda,] com boa resolução, assinalando com um círculo ou seta os locais por onde o Mateus passou e que estão referenciados nos documentos anexos ao texto 2

Abraço,

Jaime



Foto nº 1... 



Foto nº 2


Foto nº 3 > Na piscina, em Nhacra, onde CCAV 1484 esteve sediada na primeira parte da sua comissão


Foto nº 4...  Nhacra ou Catió...



Foto nº 5... Em Catió, desmanchando um vaca, oferta da Casa Gouveia do fur radiomontador da CCS, o Estêvão Alexandre Henriques...  O Mateus, à esquerda, com outro lourinhanense, das Matas, o Manuel Santos, que era cozinheiro da CCS


Foto nº 6... Catió (?)


Foto nº 7... Fotografia de grupo frente às instalações de comando de Catió... Secção do Mateus, que pertencia ao 3º pelotão. Ao centro, na 2ª fila, de pé, o fur mil, Egídio Teles, que vive hoje no Funchal,


Foto nº 7 - A... Catió.. À esquerda, na 2ª fila, com um macaco-cão, o Egídio Teles


Foto nº 7- B... Catió... Mais cmaradas da secção do Mateus

Fotos, sem legenda, do álbum do José Henriques Mateus, gentilmente cedidas pelo irmão Abel Mateus ao Jaime Bonifácio Marques da Silva. Agradece-se a indicação de quaisquer elementos identificações (nomes, topónimos, datas...), nomeadamente por parte dos seus antigos camaradas da CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67)...

Brasão da CCAC 1484, cortesia de Benito Neves [, ex-fur mil at cav, camarada do Mateus, bancário reformado, vivendo em Abrantes

2. Ficha biográfica militar do José Henriques Mateus

1.ª Parte (em construção) [Elementos recolhidos por Jaime Bonifácio Marques da Silva]

EXÉRCITO PORTUGUÊS > RI 7 (Regimento de Infantaria N.º 7)

Classe – 1965

Nome – José Henriques Mateus

Nascido em – 17.10.1944

Posto – Soldado

Filho de – Joaquim Mateus Júnior e Maria Rosa Mateus

Nascido na freguesia de – Lourinhã (Lugar da Areia Branca)

Concelho de – Lourinhã

Distrito de – Lisboa

Profissão – Trabalhador agrícola

Recenseado no ano de – 1964: alistado em 3 de junho

Apresentou-se na unidade em – 4.5.1965

COLOCAÇÃO DURANTE O SERVIÇO MILITAR

Ano de 1965

§ 4 de maio – Incorporado como recruta na 1.ª Companhia de Instrução com o n.º 1820/65

§ 21 a 26 de junho – tomou parte nos exercícios de campo

§ 1 de julho – Ratificou o Juramento de Bandeira

§ 3 de julho – Terminou a Instrução Básica Militar

§ 4 de julho – é transferido para o RC 7, destinando-se à Especialidade de Atirador de Cavalaria. Fica adstrito à CCAV nº º 1485 com o nº 711/65

§ 22 de agosto – Pronto da Escola de Recrutas - Concluiu a Especialidade de Atirador.

§ Outubro – Nomeado nos termos da Alínea c) do Art.º 3 do Dec. n.º 42937 de 22.4.60 para servir no CTI da Guiné, fazendo parte da CCAV 1484 / R.C. 7

§ 20 de outubro – embarcou em Lisboa a bordo do Navio Niassa

§ 27 de outubro – Desembarca em Bissau (desde quando conta 100% de aumento do tempo de serviço.

ANO DE 1966

10 de setembro – Baixa de serviço: Data em que desaparece ao atravessar o rio Tompar  [, afluente do Rio Cumbijã, na região de Cabolol, vd. carta de Bedanda] (O.S. 268 do RC 7 de 22.11.66) [,

Novembro - Abatido ao efetivo do Regimento e da Companhia de Cavalaria n.º 1484

ANO DE 1967

Novembro – por despacho de 24.10.67 foi confirmado como ocorrido em e por motivos de serviço o acidente referido, e de que lhe resultou a morte. (O.S. 265).

(Continua)

sexta-feira, 15 de março de 2013

Guiné 63/74 - P11254: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (63): O Benito Neves, de Abrantes, no restaurante A Lúria, S. Pedro de Tomar, com o Luís Graça, que foi ao lançamento de um livro a Tomar... Recordando com saudade o Victor Condeço (Entroncamento) e o José Henriques Mateus (Lourinhã)


Foto nº 319 > Tomar: Restaurante A Lúria, freguesia de São Pedro de Tomar, perto da Barragem de Castelo de Bode... O Benito Neves e o Luís Graça


Foto nº 310 > Tomar: Barragem de Castelo Bode, no rio Zêzere, afluente do Rio Tejo [Foi construída entre 1945 e 1951]


Foto nº 394 > Tomar: Rio Nabão: moínhos e lagares de El-Rei 


Foto nº 350 > Tomar: Parque do Mouchão e Rio Nabão


Foto mº 380 > Tomar: Parque do Mouchão e Rio Nabão



Foto nº 332 > Tomar_ Parque do Mouchão


Foto nº 323 > A antiga rua da Judiaria, onde fica a antiga sinagoga (descoberta em 1923 pelo avô do Pepito, Samuel Schwarz, e pai da Clara Schwarz, a decana do nosso blogue; hoje monumento nacional, e museu hebraico Abraão Zacuto)...No sítio oficial da Sinagoga de Tomar pode ler-se: "Em 1921, na sequência de uma visita (1920) de membros da Associação de Arqueólogos Portugueses, viria a ser classificada como Monumento Nacional. Em 1923, Samuel Schwarz, um judeu polaco engenheiro de minas chegado a Portugal seis anos antes, adquiriu a Sinagoga de Tomar, recuperando-a do estado de abandono em que se encontrava, e doou-a ao Estado Português (1939) para aí ser instalado um museu: o Museu Luso-Hebraico de Abraão Zacuto."...

Há uma Associação dos Amigos da Sinagoga de Tomar (AAST), criada em 28 de Junho de 2011, em Tomar. "Sem fins lucrativos, a Associação tem objectivos de carácter técnico, cultural e científico, nomeadamente preservar a identidade religiosa bem como restaurar e conservar os bens culturais que lhe estão associados (...) A Direcção da Associação é presidida por João Schwarz da Silva, neto de Samuel Schwarz [, e irmão do nosso amigo Pepito,] que doou a sinagoga ao Estado português por escritura datada de 28 de Março de 1939".




Foto nº 324 > Estátua de Gualdim Pais, o grão-mestre da Ordem do Templo, que em 1160 fundou a cidade e mandou erguer o castelo. Tomar tem um valiosíssimo património que é preciso conhecer e divulgar... As fotos acima são uma pequena amostra. faltam aqui jóias da coroa como o Convento de Cristo, por exemplo... O giro que dei, revisitando a cidade, foi curto (LG)...


Fotos (e legendas): © Luís Graça (2013). Todos os direitos reservados.


1.  Que este Mundo é Pequeno, é... Já o sabíamos. Ainda ontem, os 115 cardeais da Igreja Católica foram buscar, quase aos confins do mundo, a Argentina, o sucessor de Pedro, o novo papa Francisco I... Que a nossa Tabanca é Grande, é... Já somos 609 os grã-tabanqueiros... E estamos espalhados um pouco por todo o lado, do Minho...ao Canadá. Não disse Timor, porque não tenho a certeza.

Mas temos amigos e camaradas um pouco por todo o lado... Por exemplo, em Tomar, em Abrantes....  A prova dísso é que ontem fui fazer a Tomar a apresentação de um livro, de um antigo aluno meu, o doutor Luís Morais, e antes passámos pelo restaurante "A Lúria", para almoçar... E sabem quem é que vou encontrar na mesa ao lado ? Nada mais nada menos do que o Benito Neves, que é de Abrantes, e que estava ali com a mãe e com a esposa, a celebrar o 90º aniversário da mamã... Que bela, senhora, que bela cabeça!... Ele com 70, a mamã com 90... Que fantástico e inesperado encontro!...

Não o conhecia pessoalmente, foi aliás ele que me reconheceu... Viemos os dois ao cheiro do sável e da lampreia, pois claro. Fiquem, de resto, aqui com a referência: "A Lúria" é uma das catedrais da gastronomia da região, já lá tinha ido antes duas vezes... Tomem boa nota do sítio, do preço e dos  pestiscos (*).

Recorde-se que o Benito Neves, bancário reformado (há 14 anos, acrescentou ele) foi fur mil atirador da CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67, sendo membro da nossa Tabanca Grande desde Abril de 2007.

2. Estando com o Benito, tivemos que falar inevitavelmente do nosso saudoso Vitor Condeço (1943-2010), que era natural do Entroncamento, e um dos nossos grã-tabanqueiros que a morte já levou nos seus frios e cruéis braços... O seu desaparecimento afetou-o muito, ao Benito. Éram amigos e contemporâneos de Catió. Eis o que,  já na fase terminal da doença do Victor,   nos escreveu o Benito:

(...) O Victor é meu 'amigo do peito' desde há muito tempo, inclusivé estivémos juntos em Catió. E apadrinhou a minha entrada na Tabanca Grande.

A meu convite tem participado nos almoços de confraternização da minha Companhia, que esteve adida ao Batalhão do Victor, embora não eu fizesse parte do Batalhão. Era uma Companhia independente que esteve em Catió em intervenção ao Sector.

Entre muitas vezes que nos encontramos, em finais de Abril estive com o Victor Condeço na festa de aniversário do meu "cabo pastilhas" e nada fazia prever que 30 dias depois se viesse a revelar a doença [que ele tem]. Desde que nos reencontrámos há uns anos - e foi através do blogue - que temos contactado e privado com frequência. Tornámo-nos mais amigos.

Ontem voltei a telefonar ao Victor. Atendeu-me o genro (o Victor só esporadicamente atende o telefone). O Victor apercebeu-se de que era eu e quis falar comigo (...).

Um camarada nosso, ex-Fur Mil da minha CCav 1484, é médico homeopata e também tem estado a acompanhar o Victor com a ajuda possível (...).

Há alturas na vida muito difíceis, tanto mais quando temos apenas palavras parapoder dar força num sofrimento que quereríamos ver atenuado.

Estou triste mas a acompanhar a situação muito de perto e a dar a ajudapossível. No meu intimo temo perder um amigo que ao mesmo tempo é um homem bom,mas ao mesmo tempo quero acreditar em milagres.

Desculpa este meu desabafo, mas sei que gostas de saber o que se passa com o pessoal da tua Tabanca Grande. (...) 


3. Inevitável foi também falarmos do trágico (e ainda hoje misterioso) desaparecimento do José Henriques Mateus, soldado da companhia do Benito, a CVAV 1484, que era natural do meu concelho, Lourinhã. Nascido à beira-mar, na Areia Branca, entre moinhos e dunas de areia, era muito provável que o Mateus soubesse nadar... É por isso muito estranho o seu desaparecimento no Rio Tombar, no sul da Guiné (actual região de Tombali) e sobretudo, uns dias depois, a localização da sua camisa com uma imagem da Nossa Senhora de Fátima, uma nota de 50 pesos e a sua identificação... Essa estranha e trágica história já foi contada, em 2007, pelo seu e nosso camarada Benito Neves. Disse-lhe que está prevista, para este ano, uma homenagem de gente da terra ao malogrado José Henriques Mateus.

A companhia teve este desaparecimento em combate. E outra baixa mortal, por acidente no quartel. Teve muitos feridos em combate. Procurei animar o Benito para que ele possa continuar a colaborar connosco. Sei que ele nos lê com regularidade. Falou-me do fabuloso arquivo fotográfico do Victor Condeço que seria uma pena perder-se um dia. Temos dezenas cópias, digitalizadas, que ele nos mandou em vida, mas julgo que estão longe de ser a totalidade do seu espólio. Segundo o Benito, ele tinha um laboratório de fotografia em Catió. Seria uima alegria  um dia podermos fazer uma exposição fotográfica sobre Catió, com o material do Victor, e em sua homenagem Oxalá a família queira e possa colaborar connosco. Seria também preciso encontrar um parceiro institucional que quisesse financiar e  patrocinar  a exposição... 

Enfim, ainda falámos uns longos minutos, enquanto não vinha o sável e a lampreia... Mas não me ocorreu perguntar ao Benito se o meu primo, o alf mil capelão Hiorácio Fernandes , natural de Ribamar, Lourinhã. ainda foi do seu tempo: ele esteve em Catió, na CCS/BART 1913, entre setembro de 1967 e maio de 1969.   Mas reparo agora  que ele já não deve tê-lo apanhado, uma vez que a CCAV 1484 esteve de intervenção ao setor de Catió de 8 de junho de 1966 a finais de julho de 1967... 

Benito, fiquei por feliz por te encontrar num sítio como A Lúria, na companhia da tua esposa e da tua mãe. Muita saúde, e alegrias para a família toda. Seria bom voltarmos a encontrar-nos, agora em Monte Real, no dia 22 de junho de 2013, no nosso VIII Encontro Nacional, em que vamos celebrar os 9 anos de vida do nosso blogue.

__________________

Notas do editor:

(*) Restaurante "A Lúria" (=toca do coelho)... Era uma antiga taberna, até 1979...Francisco Rodrigues transformou-na num dos melhores, se não o melhor, restaurantes da região dos templários. Fica em Portela, freguesia de São Pedro de Tomar ( a 9 km de Tomar e a 3 da barragem de Castelo de Bode)... Tome-se a estrada de Santa Cita para o Castelo do Bode. Tudo ali é bom... Veja-se o que diz o Expresso > Escape (e eu confirmo):

(...) É um dos restaurantes mais conhecidos da região de Tomar e nas duas salas de refeição desfilam bons pratos regionais e de cozinha tradicional portuguesa. Quem diria que a velha tasca do Chico da Beca fosse transformada, pelo talento da filha, num templo de bem comer! Assim, para começar chegam umas cilercas [, cogumelos] com ovos, seguindo-se um desfilar de pratos saborosos e bem confecionados, como é apanágio da casa: polvo no forno com migas, cabrito assado no forno e magusto de carnes grelhadas com cilercas. Em época própria, a lampreia e o sável são imperdíveis. (...)

(**) Último poste da série > 4 e fevereiro de 2013 > Guiné 63/74 - P11053: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca...é Grande (62) ): Aníbal Silva, através da filha, procura e encontra o seu antigo comandante do 1º Pel da 1ª CCAÇ/BCAÇ 4513 (Buba, 1973/74), António Manuel Gaudêncio Nunes, ex-alf mil op esp, natural de Lisboa

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Guiné 63/74 - P9042: O nosso blogue em números (16): A propósito dos 3 milhões de visitas... Nem só mel nem só castanha amarga (J. L. Mendes Gomes) / Fotos de Catió, 1967, de Benito Neves




Guiné > Região de Tombali > Catió > Álbum fotográfico de Benito Neves (ex-Fur Mil Atirador da CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67, membro da nossa Tabanca Grande desde Abril de 2007) >Foto-010 > Catió 1967- Lagoa entre Catió e Priame.



Guiné > Região de Tombali > Catió > Álbum fotográfico de Benito Neves (ex-Fur Mil Atirador da CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67, membro da nossa Tabanca Grande desde Abril de 2007) > Foto-011 > Catió 1967- Lagoa entre Catió e Priame.



Guiné > Região de Tombali > Catió > Álbum fotográfico de Benito Neves (ex-Fur Mil Atirador da CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67, membro da nossa Tabanca Grande desde Abril de 2007) > Foto-017 > Catió 1967- Zona da lagoa entre Catió e Priame.




Guiné > Região de Tombali > Catió > Álbum fotográfico de Benito Neves (ex-Fur Mil Atirador da CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67, membro da nossa Tabanca Grande desde Abril de 2007) > Foto-022 Catió 1967- Vista aérea na região de Catió.



Guiné > Região de Tombali > Catió > Álbum fotográfico de Benito Neves (ex-Fur Mil Atirador da CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67, membro da nossa Tabanca Grande desde Abril de 2007) > Foto-021 > Catió 1967- Vista aérea de tabanca na região de Catió.


Fotos e legendas: © Benito Neves (2007)  [, foto atual, à esquerda]. Todos os direitos reservados.



1. Mensagem, com data de hoje,  enviada pelo nosso camarada Joaquim Luis Mendes Gomes (ex-Alf Mil da CCAÇ 728, Os Palmeirins de Catió, Como, Cachil e Catió, 1964/66),  com reflexões sobre o nosso blogue, a propósito dos 3 milhões de visitas (*):

Não sei o que está mal no nosso blogue. Porque tudo o que lhe acontece faz parte do crescimento. Como nos casais. Nem só mel nem só castanha amarga...

É-me mais fácil pensar ao contrário. O que seria se não tivesse nascido e se desenvolvido?...O nosso passado pela guerra da Guiné, todo o manancial de vivências muito nossas, muito iguais, que só nós experimentámos, acarinhados pelos nossos amigos do continente, mais uns poucos anos, ficariam, para sempre,  sepultadas na inexistência, como aconteceu com  as civilizações perdidas no passado. Apenas vestígios e muitas suposições.

Assim, mesmo que ele acabasse agora, oxalá nunca acabasse, pelo bem que fez e revelou, pelas amizades que fez renascer e propagar, já teria cumprido o seu papel. Como um fio de água, na ideia luminosa de um só, o seu autor, Luís Graça, se desprendeu e se fez rio volumoso, com o contributo de todos nós, como ele pediu...

Preocupa-me que se garanta, no presente e no futuro,  a exacta utilização do que ele tem e é. Estamos todos felizes e de parabéns.

Um grande abraço

J. L. Mendes Gomes [, foto atual, à direita]
 
______________

Nota do editor:

(*) Vd. último poste da série > 13 de Novembro de 2011 > Guiné 63/74 - P9038: O nosso blogue em números (15): A propósito dos 3 milhões de visitas... Comentários de Felismina Costa, Manuel Moreira e Carlos Pinheiro... Fotos de Cufar, de Victor Condeço (1943-2010)

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Guiné 63/74 - P6563: Banco do Afecto contra a Solidão (11): Vamos telefonar ao Victor Condeço (que vive no Entroncamento)



Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS/BART 1913 (1967/69) > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Catió - Quartel > Foto 11:  "O Fur.Mil. Vitor Condeço sentado na raiz do Poilão, tendo por fundo o edifício do comando".





Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS/BART 1913 (1967/69) > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Catió - Quartel > Foto 13: "Na parada o Alf Mil Barreto e o Fur Mil Gil, tendo por fundo o edifício do comando e a caserna nº 3".



Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS/BART 1913 (1967/69) > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Catió - Quartel > Foto 14: "Fur Mil Machado,  de serviço, na porta de armas tendo por fundo a ainda em construção camarata dos oficiais, mais ao longe a caserna nº 3.



Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS/BART 1913 (1967/69) > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Catió - Quartel > Foto nº 21: "Na arrecadação antiga de material de guerra, o 1ºCabo Camarinha e o Fur Mil Victor Condeço. A motorizada que se vê não eramaterial de guerra, foi comprada avariada ao electricista da central civil sr.Jerónimo por 250 pesos, foi reparada e ainda serviu para dar umas voltas". 

Fotos (e legendas): © Vítor Condeço (2006). Direitos reservados




1. Mensagem do Alcides Silva (*) [, foto à esquerda]:

Data: 5 de Junho de 2010 13:11
Assunto: Solidariedade


Amigo Luís Graça, li a mensagem referente ao Victor Condeço (**), é triste saber estas notícias, nestas circunstâncias é muito difícil dizer alguma coisa.

Eu digo ao Victor que viva um dia de cada vez, não pense no pior, com a ajuda de Deus ele pode vencer, porque por aquilo que conheci em Catió ele sempre foi um vencedor. Victor, não te deixes arrebatar por pensamentos demolidores, pensa sempre que o amanhã será um dia melhor. 

O telefone fixo do Victor é: 249 718 626.

Com votos de recuperação,  um grande abraço.
Alcides






2. Mensagem do Benito Neves  (***) 

Luís, bom dia e obrigado pela informação [sobre os Melech Mechaya], embora nãová poder estar presente. Já vi, no programa das festas de Abrantes, que osMelech Mechaya irão actuar em Abrantes, no dia 10 do corrente mês, às 23 horas.A actuação será na Praça Barão da Batalha, em palco a descoberto. Atendendo aque está anunciado tempo de chuva até ao fim-de-semana, não sei como irá ser,mas vamos acreditar que não vai chover.Pergunta que se impõe: Vais acompanhar a banda até Abrantes? Em caso afirmativonão quero deixar de te dar um abraço. Caso não venhas, o teu filho não me vaiescapar.

[Comentário de L.G.: Benito, obrigado pela tua gentileza e pela tuainformação sobre o concerto na tua terra, que eu desconhecia. Não, não irei atéaí... Vou estar para o sul. Se puderes, dá ao João -  o rapaz do violino -um abraço da malta toda, que está atabancada. Bom concerto, boas festas, diverte-te!]
Outro assunto: Victor Condeço 

Benito Neves


O Victor é meu "amigo do peito" desde há muito tempo, inclusivéestivémos juntos em Catió. E apadrinhou a minha entrada na Tabanca Grande.

A meu convite tem participado nos almoços de confraternização da minha Companhia,que esteve adida ao Batalhão do Victor, embora não eu fizesse parte doBatalhão. Era uma Companhia independente que esteve em Catió em intervenção aoSector.

Entre muitas vezes que nos encontramos, em finais de Abril estive com o VictorCondeço na festa de aniversário do meu "cabo pastilhas" e nada faziaprever que 30 dias depois se viesse a revelar a doença [que ele tem].

Desde que nos reencontrámos há uns anos - e foi através do blogue - que temoscontactado e privado com frequência. Tornámo-nos mais amigos.

Ontem voltei a telefonar ao Victor. Atendeu-me o genro (o Victor sóesporadicamente atende o telefone). O Victor apercebeu-se de que era eu e quisfalar comigo (...).







Victor Condeço



Um camarada nosso, ex-Fur Mil da minha CCav 1484, é médico homeopata e tambémtem estado a acompanhar o Victor com a ajuda possível (...).

Há alturas na vida muito difíceis, tanto mais quando temos apenas palavras parapoder dar força num sofrimento que quereríamos ver atenuado.

Estou triste mas a acompanhar a situação muito de perto e a dar a ajudapossível. No meu intimo temo perder um amigo que ao mesmo tempo é um homem bom,mas ao mesmo tempo quero acreditar em milagres.

 Desculpa este meu desabafo, mas sei que gostas de saber o que se passa com opessoal da tua Tabanca Grande.

Um abraço

Benito Neves
3. Comentário de L.G.:

Alcides, Benito e demais amigos e camaradas que conhecem o Victor: Vamosdar-lhe força,  ao Victor. É importante que ele se sinta rodeado docarinho dos velhos camaradas da Guiné.  Ele vive no Entroncamento comuma família maravilhosa. O telefone fixo dele é o 249 718 626.Procurem saber qual é a melhor hora para lhe darem uma palavrinha...  Umpor todos, e todos por um!
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Notas de L.G.:

(*) Vd. poste  de 15 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6394: Tabanca Grande (219): Alcides Silva, ex-1º Cabo Estofador (e não ex-Sold Cond Auto...), CCS / BART 1913, Catió, 1967/69


(...) Senti, ao telefone, que o Vitinho não está na melhor forma. Ia começar a radioterapia, esta semana, em Lisboa. Tem um belíssimo genro que o leva e  traz. Uma filha que ele adora. Dois netos. A esposa. Uma família, encantadora, que é um importante esteio e vai ser meia cura. O suporte social, nestes casos de doença crónica, é muito importante. Para além da efectividade, cada vez maior, das terapêuticas, e da competência dos nossos profissionais de saúde que trabalham no IPO, os aspectos não-médicos, psicológicos e sociais, são também decisivos no processo terapêutico. Foi essa mensagem que eu reforcei, ao telefone, ontem, junto do Vitinho.

A Tabanca Grande é também um grupo de amigos e de camaradas que estão aqui para ajudar, apoiar, aconselhar, animar... Vamos torcer pelas melhoras do Vitinho. Vamos fazer-lhe sentir, de preferência de viva voz, por telemóvel (963 139 769) ou telefone fixo (deixei escapar o nº dele....), ou passando pela casa dele, no Entroncamento, que ele não está sozinho, neste momento difícil. (...)


(***) Vd. poste de 18 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1673: O blogue do nosso contentamento (Benito Neves, CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67)

(...) Mensagem do Benito Neve, com data de 14 de Março de 2007, com o pedido formal de entrada na nossa tertúlia. Começo por lhe pedir desculpa, a ele e ao seu padrinho, o Victor Condeço, pelo atraso. Houve uma engarrafamento de trânsito nas minhas caixas de correio. Ou melhor: tem havido muito embrulhanço, no meu sector...A explicação, um pouco tosca e esfarrapada, está dada e é sincera.
O Benito já é dos nossos há muito. Só espero que por cá se sinta bem. Para já adorei as tuas palavras de grande camarada: que o blogue é mato e bolanha por onde te metes todos os dias, não já com o coração em sobressalto, mas com a emoção do reencontro, da redescoberta, da memória... Espero poder abraçar-te em breve, a ti e ao Condeço. Em Pombal ou noutro sítio. L.G. (...
)

(...) Posto > Ex-Furriel Mil Atirador de Cavalaria: nUnidade > Companhia de Cavalaria 1484 - Guiné 1965/67 (Nhacra e intervenção ao Sector de Catió de 8/6/66 a finais de Julho/67).

Referências ao blogue... quase me dispenso de as fazer. Mas digo que é mata e bolanha onde me meto e atasco todos os dias (com a melhor boa vontade), não por vício mas para continuar a sentir os sons, as cacimbadas, os medos e tudo o mais que faz parte das nossas recordações de há 40 anos. E é também a saudade das gentes, das tradições, dos usos e costumes que nos acicatam a vontade de voltar um dia. (...)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Guiné 63/74 - P5443: Memória dos lugares (59): Fotos de Catió, Ilha de Como e Cufar III (Benito Neves)


1. O nosso Camarada Victor Condeço solicitou ao Benito Neves, que foi Fur Mil Atirador da CCAV 1484 (1965/67) (Nhacra e intervenção ao Sector de Catió de 08JUN66 a finais de JUL67), que nos permitisse publicar uma série de 28 fotografias do seu álbum de memórias, belíssimas e que detêm excelente qualidade e interesse pelos motivos retratados.

2. Nos postes P5366 e P5411, publicamos duas séries dessas estimadas e bem conservadas fotos, num total de 19 peças, e hoje, com os nossos melhores agradecimentos e cumprimentos ao Condeço e ao Benito, completamos com as restantes 9 dessas invulgares fotografias:

Foto 15: Catió, 1967 - Material capturado em Cabolol, operação “Penetrante” em 27JUN67.

















Catió, 1967- Material capturado em Cabolol na operação “Penetrante”, em 27JUN67. Fotos 14 e 16.

















Cachil > 1965 > Ilha do Como. Foto 24: Um abrigo onde se albergavam-se 3 ou 4 militares e Foto 25: Interior do aquartelamento.



Foto 1: Catió 1967 - Casa do então Tenente João Bacar Djalo, em Priame.




















Catió 1967 > Foto-026: Sargento Baldé ajudando a ataviar o Ten João Bacar Djalo. (O velho Sargento tinha por alcunha o “Furadinho”, tal a quantidade de cicatrizes de ferimentos que tinha sofrido em combate, como já não ia para o mato, era uma espécie de impedido do João Bacar e de 1º da Companhia); e Foto-027: O Tenente João Bacar Djalo comandante da Companhia de Milícia 13 à porta da sua casa em Priame. (Pela presença da viatura, provavelmente ia deslocar-se ao Comando do Batalhão para participar em mais um planeamento de uma operação, era normal pedirem a sua presença e atenderem as suas recomendações. Com o seu saber e a sua experiência no terreno, a ele se deveram por certo o êxito de muitas operações e o reduzido número de baixas sofridas. Nesta altura já lhe tinham sido atribuídas 2 Cruzes de Guerra, 1 em 1964 e 1 em 1965, em 1970 já ao serviço dos Comandos é-lhe atribuída a Torre Espada.)

Foto-028: Cufar 1966- Artilharia no quartel de Cufar, Obus 8,8 cm.
Benito Neves
Fur Mil At CCAV 1484


Fotos e legendas: Benito Neves (2009). Direitos reservados.
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Nota de MR:
Vd. poste anterior desta série em: