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terça-feira, 29 de junho de 2010

Guiné 63/74 – P6652: Parabéns a você (126): Santos Oliveira, nasceu a 29 de Junho de 1942 (Os Editores)

1. Hoje, dia 29 de Junho de 2010, cumpre mais um aniversário o nosso camarada Santos Oliveira, que foi 2.º Sarg Mil Armas Pesadas Inf, Pel Mort 912, Como, Cufar e Tite, 1964/66.

Recordamos que foi no poste P2282, de 19 de Novembro de 2007, que o Luís Graça endereçou a seguinte mensagem ao Santos Oliveira:

“Santos,
És bem-vindo à nossa Tabanca Grande, e ainda para mais pertencendo tu a uma camada, mais velha, da chamada geração da guerra colonial... De facto, a malta de 1961/66 está menos representada no nosso blogue... Em número, não em qualidade...
Podes pertencer à nossa tertúlia, juntando aos teus elementos de identificação (que tiveste a gentileza de nos mandar) mais duas fotos (digitalizadas, em formato .jpg), uma do teu tempo de Tite e do Como e outra actual...
Já agora, e como é da praxe, escreve mais umas tantas linhas sobre o teu Pelotão, a tua actividdade operacional, a Operação Tridente (1), os teus camaradas, a Guiné do teu tempo, etc. Se tiveres fotos e/ou estórias de Tite, manda, que é raro aparecerem referências a essa terra onde, oficialmente (segundo o PAIGC e as autoridades portuguesas da época), a guerra começou, a 23 de Janeiro de 1973 (2)...”

Postal da autoria do nosso Camarada Miguel Pessoa.
2. Independentemente das mensagens e comentários que os nossos Camaradas enviarem e colocarem, futuramente, no local reservado aos mesmos neste poste, em nome do Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Briote, Magalhães Ribeiro e demais Camaradas da Grande Tabanca, que por vários motivos não puderem enviar-te as suas mensagens, queremos:
Desejar-te neste teu aniversário os nossos maiores e melhores votos, para que junto da tua querida família sejas muito feliz e que esta data se repita por muitos, bons e férteis anos, plenos de saúde, felicidade e alegria.
E mais te desejamos, que por longas e prósperas décadas, este "aquartelamento" de Camaradas & Amigos da Guiné te possa dedicar mensagens idênticas, às que hoje lerás neste teu poste e no cantinho reservado aos comentários.


Estes são os mais sinceros e melhores desejos destes teus Amigos e Camaradas, que como tu, um dia, carregaram uma G3 por matas e bolanhas da Guiné.


Com montanhas de abraços fraternos.
__________
Nota de M.R.:
Vd. último poste desta série em:
24 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6636: Parabéns a você (124): Vasco Joaquim, ex-1.º Cabo Escriturário da CCS/BCAÇ 2912, Galomaro, 1972 (Os Editores)

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Guiné 63/74 - P5492: Historiografia da presença portuguesa em África (34): Roteiro (Parte II) (Santos Oliveira / Luís Graça)

Bissau > "Estádio Sarmento Rodrigues"
Bafatá > "Pontre Salazar, sobre o Rio Geba"



Bissau > "O aeroporto de Bissalanca" [, a 10 minutos do centro]



Bissau > "Aldeamento indígena perto de Bissau"






Bissau  > Edifício do Centro de Estudos
Bissau > Laboratório da doença do sono





Homerm fula da região do Boé; Mulher futa-fula do Gabu








Fonte: Excertos de Roteiro do Ultramar, 1958 > pp. 5-10. (Com a devida vénia...)


1. Segunda e última parte da publicação de excertos do livro Roteiro do Ultramar, relativamente à Guiné, que nos foram enviados pelo nosso camarada Santos Oliveira, em 16 de Fevereiro de 2008 sob a forma de imagens digitalizadas (*).  Trata-se de uma publicação da autoria de Manuel Henriques Gonçalves (Lisboa, s.n., 1958, 131 pp. + ilustrações).

Vejam-se alguns dados económicos sobre a província (1952), que funcionava basicamente como um fornecedor de matérias-primas (basicamente produtos agrícolas) para a indústria portuguesa, e com um relação praticamente de monopólio com a CUF - Companhia União Fabril, cujos interesses eram represenatdos a nossa Casa Gouveia. Destaque para as exportações das oleaginosas (amendoím, coconote, óleo de palma)...  Destaque ainda para a  produção de arroz, num  total de 100 mil toneladas, o que significava 200 quilos "per capita". Hoje com o tripo plo da população (c 1,5 milhões), a produção der arroz terá aumentado em menos de 180% (c. 175 mil toneladas).

Outro apontamento que resulta da leitura deste "roteiro" é o fascínio que a Guiné exercia sobre os portugueses, antes da guerra colonial, e de algum modo a sua redescoberta, após a II Guerra Mundial, com o desenvolvimento discreto de Bissau  e o plano de obras públicas do Estado Novo. Paralelamente, é de reter e analisar as "representações sociais" de cada um dos grupos étnicos-linguísticos que compunham a população guineense, e a reprodução (que chegou até aos nosso tempo) dos "estereótipos" que lhe estão associados, e aqui reproduzidos numa citação do melhor Governador-Geral do pós-guerra, Sarmento Rodrigues:  (i) os felupes, "bravios, honestos e sóbrios"; (ii) os balantas, "ladrões sentimentais, trabalhadores foliões e bêbados"  [três atributos] [ou cinco ? ..."ladrões, sentimentais, trabalhadores, foliões e bêbados" ?]; (iii) os bijagós, "cheios de pitoresco"; (iv) os fulas e os mandingas, herdeiros da cultura "árabe"... (LG)

_______________

Nota de L.G.:

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Guiné 63/74 - P5485: Historiografia da presença portuguesa em África (33): Roteiro (Parte I) (Santos Oliveira / Luís Graça)

Roteiro do Ultramar, 1958  >  "Sagres - Lugar sagrado da Pátria donde o Infante concebeu a gesta dos Descobrimentos"

Roteiro do Ultramar, 1958 >   "Mapa da Guiné Portuguesa"... Na época havia apenas três concelhos (Bissau, Bafatá e Bolama) e oito circunscrições (Cacheu S. Domingos, Farim, Mansoa, Gabú, Fulacunda, Bijagós, Catió)...



Roteiro do Ultramar, 1958 >  "Moderna esplanada da pousada da Praia de Varela, sobre o Atlântico"









Roteiro do Ultramar, 1958 > Guiné, pp. 3-5

1. Excertos do livro Roteiro do Ultramar, que nos foi enviado pelo nosso camarada Santos Oliveira, em 16 de Fevereiro de 2008.  Por pesquisa através da Porbase - Base Nacional de Dados Bibliográficos, fica-se a a saber que esta publicação  é da autoria de Manuel  Henriques Gonçalves (Lisboa, s.n., 1958, 131 pp. + ilustrações).

Deste autor há, na Biblioteca Nacional Portuguesa, outros títulos sobre o Ultramar, incluindo Jornadas na Guiné : impressões da viagem presidencial à Guiné / Manuel Henriques Gonçalves. Lisboa : [s.n.], 1955.

Publica-se agora a primeira parte desses excertos, na parte relativa à Guiné. Este tipo de informação sobre as colónias portugueses de África (rebaptizadas como províncias ultramarinas em 1951) tem de ser enquadrada no contexto da época (já fortemente marcado pela movimento de descolonização), e no esforço "nacionalista"  do Estado Novo para, tardiamente, "levar a civilização e o progresso" à Guiné, depois de terminada, em 1936 (!), a última "campanha de pacificação"...

A capital tinha sido transferida de Bolama para Bissau em 1943. Em 1956, Bissau tem já cinco hotéis: além do Grande Hotel, o Avenida, o Internacional, o Miramar e o Portugal...

Há três concelhos: Bissau, Bolama e... Bafatá. E oito circunscrições: Cacheu, S. Domingos, Farim, Mansoa, Gabú, Catió, Fulacunda e Bijagós... Há governadores da província empreendedores como Sarmento Rodrigues.  Bissau passa a ter infra-estuturas aero-portuárias. Há ligações: (i) marítimas, entre Bissau e Lisboa (aseguaradas por bracos mistos da Sociedade Geral); (ii) terrestres (com a África Ocidental Francesa, até Dakar, através de Zinguichor); e (iii) aéreas (bi-semanais, de Bissalana com Dakar, e daqui diariamente com o resto do mundo; e internas, com todas todos os concelhos e circunscrições).

O autor aponta três razões para justificar o relativo desconhecimento e abandono da Guiné: (i) clima quente; (ii) doenças tropicais; e (iii) ostracismo... A população branca é escassa, mas aumenta nas décadas de 1930 e 1940, passando de menos de mil (em  finais de 1920) para cerca de 2300 (em 1950). Os guineenses, por sua vez, são meio milhão, em 1950.

Enfim, um documento datado, mas nem por isso menos  interessante pata o conhecimento da Guiné desta época, anterior à guerra colonial, bem como da mentalidade  dos tugas que lá viviam ou por lá passavam, como seria o caso do autor do Roteiro do Ultramar. Os nossos agradecimentos ao nosso camarada Santos Oliveira (ex-Srg Mil Armas Pes / Op Esp, Pelotão  Independente de Morteiros 912, 1964/66). Oportunamentem publicar-se-á a II e última parte. (LG)

____________

Nota de L.G.:

Vd. último poste desta série > 22 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5317: Historiografia da presença portuguesa em África (32): O que José Henriques de Mello viu no Cuor e em Bissau (Beja Santos)

sábado, 19 de setembro de 2009

Guiné 63/74 - P4977: Convívios (165): Almoço/Convívio: BCAÇ 237/599, PEL MORT 912 e PEL AM DAIMLER 807 - Como/Cufar/Tite 1964/66 - (Santos Oliveira)

1. Mensagem do nosso camarada Santos Oliveira, ex-2.º Sarg Mil Armas Pesadas Inf/RANGER, esteve no Pel Mort 912, Como, Cufar e Tite, 1964/66:



CONVÍVIO

BCAÇ 237/599,
PEL MORT 912
e
PEL AM DAIMLER 807

Camaradas,

Como havia sido programado, realizou-se ontem, 5 de Setembro o GOLPE DE MÃO ao Restaurante FLOR DO PARAÍSO, em Arcozelo - V.N. de Gaia.

O empenho e valentia dos Veteranos, que pertenceram aos Batalhões 237/599, Pel.de Morteiros 912, CCav 677 e outros, é documentado por imagens da Divisão de Fotografia e Cinema, da Unidade.


No final da Operação, ficou apurado que os objectivos foram integralmente cumpridos, tendo as Tropas regressado, em Paz, aos acantonamentos habituais.



Assinado
Pel'O Comandante









Foto da esquerda: O Santos Oliveira , a solicitação do Cor Gama, a fazer as descrições da Guerra na Ilha do Como. A atenção é manifesta no Furr Mil Machado(PelRecInf) e Cor Gama, Foto da direita: 1º Cabo Catarino(CCS), SrgtºMilº Santos Oliveira(PM912) e Cor Gama(2ºCMDT)










Foto da esquerda: Furr.Milº Rodrigues(CCav677),Alf.Milº Rodrigues (PM912) e Alf.MilºAlmeida (PRecInfª), Foto da direita: Furr's Mil.Machado(PRecInf), Franklin(CCav677) e Furr Liberato(CCS)













Foto da esquerda: Foto da Família, Foto da direita: Filho de Camarada atento aos ditos entre o Cor Gama e o Srgt Santos Oliveira












Aspecto de duas das mesas da confraternização












Foto da esquerda: O Coronel Dias da Gama (2º Comandante do BC599) no uso da Palavra

Fotos: © Santos Oliveira (2009). Direitos reservados.
Santos Oliveira
2º Sarg Mil AP Inf/RANGER do Pel Mort 912,
__________
Nota de M.R.:

Vd. último poste da série em:

17 de Setembro de 2009 >
Guiné 63/74 - P4972: Convívios (162): Ex-combatentes da Guiné do Concelho de Godomar, no dia 5 de Outubro

domingo, 26 de julho de 2009

Guiné 63/74 - P4741: Convívios (155): Pessoal dos BCAÇ 237/599, PEL MORT 912 e PEL AM DAIMLER 807 - Como/Cufar/Tite 1964/66 - (Santos Oliveira)


1. Mensagem do nosso camarada Santos Oliveira, ex-2.º Sarg Mil Armas Pesadas Inf, esteve no Pel Mort 912, Como, Cufar e Tite, 1964/66:


CONVÍVIO

BCAÇ 237/599, PEL MORT 912 e PEL AM DAIMLER 807

ORDEM DE OPERAÇÕES - 05SET09

Por ordem do Comando de Sector de TITE, são convocados todos os Veteranos, que pertenceram a estes Batalhões e Pelotões Independentes, para um GOLPE DE MÃO a levar a cabo no Restaurante FLOR DO PARAÍSO (Estrada Nacional 109 5087-Tel.227 531), em Arcozelo - V.N. de Gaia.

A hora de início da Acção, será conforme a seguinte ORDEM DE OPERAÇÕES.

Concentração das Forças junto á Santa Maria Adelaide, Arcozelo, Vila Nova de Gaia.

NOME DE CÓDIGO:

CONVÍVIO/2009

EQUIPAMENTO:

- Cantil (atestado de boa disposição);
- Armas (braços para apertar os velhos Camaradas);
- Mão firme (para segurar o Talher);
- Histórias para serem contadas ou recontadas.

INÍCIO DA ACÇÃO:

- 11h00 – Concentração na Santa Maria Adelaide;
- 12h30 – Saída com destino ao OBJECTIVO;
- 13h00 – Início do GOLPE DE MÃO;
- hh/mm – Final da ACÇÃO até ao ano de 2010.

CUSTO DA OPERAÇÃO:

- 25€/Militar ou Acompanhante Adulto e 15 € / Criança.

INSCRIÇÕES:

- até ao dia 25 de Agosto de 2009.

CONTACTOS:

- Manuel Paiva (Pedreiras) - tel.: 220808693 / tlm.: 938526228
- José Oliveira (Sinqueiral) - Tel.227823806 / Tlm.: 918180724
- Santos Oliveira – Tel.: 227112117, ou, santosoliveira912@gmail.com
____________
Nota de M.R.:

(*) Vd. último poste da série em:


terça-feira, 30 de junho de 2009

Guiné 63/74 - P4608: Eu e o João Bacar Jaló, em Catió, em finais de 1964 (Santos Oliveira)

Quinta do Paul, Ortigosa, Monte Real, Leiria > IV Encontro Nacional do nosso blogue > 20 de Junho de 2009 > Da esquerda para a direita, o Carlos Silva, o Santos Oliveira e o José Rocha.

Foto: © Santos Oliveira (2009). Direitos reservados.

1. Mensagem enviada ao nosso co-editor, em 22 de Fevereiro de 2008, pelo Santos Oliveira (*), e que nunca chegou a ser publicado no nosso blogue... Porque ele ontem fez anos, achámos oportuno repescar este texto em que, ao evocar a figura do João Bacar Jaló que ele conheceu em finais de 1964, em Catió, o próprio Santos Oliveira acaba também por revelar facetas da sua personalidade de grande homem, militar e português, a sua nobreza de carácter e o seu sentido de justiça.

Recorde-se que o nosso camarada Santos Oliveira, ex-2.º Sarg Mil Armas Pesadas Inf, estve no Pel Mort 912, Como, Cufar e Tite, 1964/66 (**)...

Caro Briote,

Saudações fraternais

Em 29 de Janeiro [de 2008], escrevi-te:

Caro Briote:

Obrigado pela tua consideração para comigo. Eu ajudo qualquer um de nós, porque um Ranger com preparação especial para ser infiltrado sozinho, é sempre um Homem solitário.

E se isso parece não me ter perturbado (pela preparação que então tive), com o passar dos anos vai-se tornando um enorme e gigantesco problema psicológico em que o pivot principal é a solidão.

Disso, creio, não me livro mais. É demasiado profundo. Portanto só resta abrir um pouco a mente e tentar ser o Eu original (sensível, atento, prestável, etc.).

Fiquei em sentido (e com as lágrimas nos olhos) com a continência que me fizeste.

Fizeste-me lembrar um episódio que se passou em Catió, em finais de 1964, quando aí me desloquei para assistência Médica mais especializada (urinava sangue, porque apenas bebia água, a qual era transportada em pipos de tinto e que a tinto sabia e cheirava).

Estava encostado ao muro da Messe de Sargentos e vejo, vindo desde o Quartel, um Militar Nativo, que, uns dez passos antes, se perfila e me faz continência, conforme os Regulamentos.

Olhei para um lado e para o outro, não vejo ninguém ali perto, correspondi à mesma e só então reparei que era um Alferes (segundo os galões que ostentava). Hesitei, mas acabei por ganhar coragem e chamei:
- Oh, meu Alferes! Por favor. Eu sou quem tem de lhe fazer continência.

Atrás de mim uma risada colectiva de vários camaradas.
-Ele não te conhece e por isso é que te fez continência.
-Porquê ? - perguntei.
-É que ele é Alferes de Segunda Classe.
-Segunda Classe? O que é isso? - retorqui.
-Os nativos, quando comandam tropas, são uma espécie de Graduados, mas são sempre inferiores - esta doeu-me e ainda me dói - aos brancos.

Eu, nunca havia ouvido tal e fiquei escandalizado. Voltei-me para o meu Alferes (de 2ª) e disse:
-Meu Alferes, quando se cruzar comigo, sou eu quem lhe deve continência. Está bem?
-Sim, meu Furrié.

Ali, fiquei a saber (o que era normal em Portugal, mas não desta forma) que havia, classificados, Portugueses de primeira e de segunda.

Foi deste modo que conheci, pessoalmente, o saudoso João Bacar Djaló, a quem, postumamente, homenageio.”

Agora, no Post de 21 de Fevereiro [de 2008] (***), informas que:

Há qualquer coisa que não bate certo. Na altura, finais de 1964, o nosso João Bacar Djaló já usava os galões de Alferes e era filho do Régulo. Tive mesmo uma “competição curiosa” (apostas de Furriéis), num dos dias seguintes ao meu 1º encontro com ele, que me custou uma data de cervejas, apenas porque o mítico Djaló disparou, com a sua velha Mauser, não só mais rapidamente que eu com a G3 em semiautomático, como acertou 4 e eu apenas 3, em cinco tiros. Senti-me envergonhado e nunca, na vida, vou esquecer o seu valor.

É, também por este episódio, que estou seguro que o Alf João Bacar Djaló já usava os galões de Alferes, que, aliás, eram de inteiro mérito, ante o que ouvia ter ele feito pelos nossos.

Sem polémicas, admirável amigo. Não quero, mesmo, polémicas. Já tenho, só pelo que se passou comigo, erros e polémicas Administrativas a mais.

Grato por me leres.

Aquele enorme abraço, do Santos Oliveira
__________

Notas de L.G.:

(*) 24 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2301: Tabanca Grande (41): Santos Oliveira, 2.º Sarg Mil de Armas Pesadas Inf (Como, Cufar e Tite, 1964/66)

(**) Vd. postes da série Álbum Fotográfico de Santos Oliveira:

15 de Outubro de 2008 Guiné 63/74 - P3318: Album fotográfico de Santos Oliveira (1): Tite

6 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3416: Album fotográfico de Santos Oliveira (2): Tite, Tempestade tropical

10 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3434: Album fotográfico de Santos Oliveira (3): Tite, dia de ronco

15 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3458: Album fotográfico de Santos Oliveira (4): Tite

23 de Novembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3505: Album fotográfico de Santos Oliveira (5): Tite, Outubro de 1965

6 de Dezembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3577: Album fotográfico de Santos Oliveira (6): Tite e Enxudé

24 de Novembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2301: Tabanca Grande (41): Santos Oliveira, 2.º Sarg Mil de Armas Pesadas Inf (Como, Cufar e Tite, 1964/66)

(***) Vd. poste de 20 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2569: Tugas - Quem é quem (3): João Bacar Djaló (1929/71) (Virgínio Briote)

Vd. também:

2 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 – P4275: Tugas - Quem é quem (4): João Bacar Djaló (1929/71) (Magalhães Ribeiro)

9 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 – P4313: Tugas - Quem é quem (5): João Bacar Jaló (1929-1971) (Benito Neves, Mário Fitas e João Parreira)

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Guiné 63/74 - P4605: Parabéns a você (10): Santos Oliveira, nasceu a 29 de Junho (Carlos Vinhal)

Dia 29 de Junho de 2009, faz anos o nosso camarada Santos Oliveira

Porquê só agora o poste que deveria ter saído pouco depois da meia-noite de hoje?

Trabalho, muito trabalho e registos aos montes por actualizar.

Ao nosso camarada quero publicamente pedir desculpa, porque ele não é menos que aqueles que até aqui têm merecido relevo no dia do seu aniversário.

Prometo no próximo ano um poste com toda a pompa e circunstância.

Se a esta hora começasse a pesquisar todo o trabalho desenvolvido pelo Oliveira, desde a sua entrada no Blogue até hoje, jamais conseguiria fazer sair um poste antes de findar este dia. Na verdade o nosso camarada Santos Oliveira é um dos principais colaboradores, quer contando as suas histórias, quer colaborando com os editores nas mais diversas pesquisas de camaradas procurados por outros camaradas que se nos dirigem, e a quem abusivamente peço ajuda.

Devo dizer com toda a honestidade que fui alertado pelo Juvenal Amado em mensagem enviada durante a tarde. Só que para piorar a situação, a segunda-feira de tarde é a minha folga e só agora fui à caixa do correio.

Para não perder mais tempo, vou publicar este poste que salva um pouco a minha face que não ficou nada bem nesta fotografia.

PARABÉNS CAMARADA. MUITOS ANOS DE VIDA, COM MUITA SAÚDE JUNTO DOS TEUS FAMILIARES E AMIGOS, NÃO ESQUECENDO OS TEUS BICHINHOS A QUEM DEDICAS TANTO TEMPO DA TUA VIDA.

Disseste no dia 6 à Dina que tratas os animais como pessoas. Isto diz tudo de ti.
Merecias que eu tratasse melhor.

Santos Oliveira foi 2.º Sarg Mil Armas Pesadas Inf, Pel Mort 912, Como, Cufar e Tite, 1964/66, e nasceu no dia 29 de Junho de um ano qualquer da década de quarenta.
__________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 17 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4538: Parabéns a você (9): Juvenal Amado nasceu a 17 de Junho de 1950

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Guiné 63/74 - P4512: Fauna & flora (23): “Por pouco não nos caçamos a nós próprios… em Cufar” (Santos Oliveira)





1. O nosso Camarada Santos Oliveira, ex-2.º Sarg Mil Armas Pesadas Inf, Pel Mort 912, Como, Cufar e Tite, 1964/66, enviou-nos a seguinte mensagem com data de 11 de Junho de 2009:



Camaradas,


Hoje vou-vos contar como num verdadeiro dia de caça, por pouco não nos caçamos a nós mesmos, em Cufar.

Embora eu tenha sido um dos intervenientes activos nesta Aventura, entendo que devia ser o Mário Fitas a contar este pequeno episódio em que, os Caçadores, estiveram em vias de ser caçados pelos seus “pares”.

Cerca de Março/Abril de 65, um Grupo constituído pelo Santos Oliveira, do PMort. 912, pelo Fur. Milº Alves, chefe da Equipa do Destacamento da CEngª 447, pelo Srgº da Sec AM Daimler e um outro Furriel (que não lembro o nome – seria o Fitas?) com um conjunto de mais 14 Cabos e Soldados, “destinamo-nos a ir á caça aos patos” (ou ao que quer que fosse comestível).

Ao lado e quase na extensão da Pista, havia uma bolanha, há muito abandonada, que mais se assemelhava a uma lagoa.

Deixei instruções ao Pessoal dos Morteiros; o Srgt AM Daimler deixou aos seus e para ali seguimos, não tanto com o sentido de caçar mas de desanuviar um pouco o ambiente que sempre se vive num Quartel, na sua quase totalidade constituído de abrigos subterrâneos, sem camas, mosquiteiros ou outras benesses, mas com o Ar Condicionado ligado quer de dia, quer de noite, tal como a Natureza nos proporcionava com as suas cambiantes.

Se apanhássemos algo que desse para mastigar, tanto melhor, já que a massa e o feijão-frade seriam certamente o prato base.

Foi um andar sem paragens, vagarosamente, para fazer render o tempo. Falava-se de tudo: das saudades, dos projectos, das ansiedades, dos desejos…

Pelo regresso, mais ou menos pelo bordo da lagoa, capim ainda macio, já a subir rapidamente e com um bom meio metro de altura, que convidava a um rebolar refrescante.

Num repente, sem aviso prévio, os Praças que nos seguiam a uns 30/40 metros, desataram a disparar as G3, de rajada, na direcção de nós quatro.

Lançamo-nos de imediato para ao chão, gritando ordens de suspensão de fogo, e rastejando como nunca, continuávamos a ver os ricochetes a lamber a parte superior do Capim e isso trazia-nos á lembrança a possibilidade aterradora de sermos massacrados pelos nossos.

Quase como começou (uma eternidade depois) tudo acabou, pudera, cada um dos soldados havia acabado de disparar os seus 5 carregadores! Mais não tinham!

Só que, agora o alarido era tremendo.

O que terá acontecido, interrogávamo-nos?

Quase de imediato ficou tudo esclarecido.

Uma Grande Gibóia, a quem devemos ter incomodado o sossego da sua sesta, ou caça, depois que passarmos (os quatro), ergueu-se um metro acima do Capim a lamentar-se haver perdido a perninha de qualquer um de nós.

A reacção dos Militares, foi espontânea, embora impensada; é que estávamos na linha do seu enfiamento de tiro. Não havia por onde sair com a rapidez necessária.

Uns 400 metros adiante, no início da Pista e entrada do Quartel, já nos aguardava, praticamente, tudo o que sobrava da CCaç763 e Adidos.

Por mim, ainda hoje sinto o gelo daquela pele, nas costas do meu dedo indicador.

Foi um Ronco de tirar fotografias ao, e com, o Bicho. Para mim, ou comigo, não!

O mais impressionante foi ver a arte como, com a minha faca, os elementos do Pelotão Nativo, cortavam finíssimas tiras e comiam crua aquela carne rosada e linda, mas que eu, meus amigos, ainda não estava à data, nunca estive durante todos estes anos e jamais estarei preparado, para tal experiência.

Estou a escrever “isto”, mas literalmente com pele de galinha.

Uma galinha seria decerto uma boa refeição a disputar: por nós e… pela esbelta e arrepiante Gibóia.

Ehrr, fiquei enjoado, agoniado, ou... já nem me apetece Galinha!

Cufar-Esquadra de Morteiros com Guia Nat.,sobre o abrigo, sem cama e mosquiteiro, mas com Ar Condicionado (Conforme o Tempo). Abr65.


Cufar-Giboia-Pose de Elementos da CCAÇ. 763, onde ressaltam Os Fur.Milº Juvenal (já falecido) e o Mário Fitas. Eu, nem para a pose!..

Fotos: © Santos Oliveira (2009). Direitos reservados

Abraços,
Santos Oliveira
___________

Nota de M.R.:

Vd. último poste da série em:

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Guiné 63/74 - P4401: Quartel de Tite: Levantamento documental (Santos Oliveira)


Quartel de TITE 

O nosso Camarada Fernando Santos Oliveira, que foi 2.º Sarg. Milº de Armas Pesadas de Inf.ª, esteve em Como, Cufar e Tite entre 1964/66, enviou-nos para publicação um completo estudo documental sobre o aquartelamento de Tite, constituído por uma planta e várias fotografias, que aqui apresentamos.  

O Santos Oliveira está em crer, que o levantamento apresentado na planta do quartel, é da autoria do Furriel Mil.º SAM José Soares, da CCS do BCaç 1860, que foi comandado pelo Ten. Cor. Costa Almeida. 



Planta do quartel de Tite onde se pode ver a evolução das novas construções (ABR65 a ABR66) 


Quartel de Tite (Vista do Google) 


Tite -Vila e Quartel (Vista do Google) 

Tite - Vila, Quartel, Pista de aviação, Estrada para o Enxudé e Canal do Enxudé 
(Vista do Google) 

Tite - Foia - Enxudé - Jabadá - etc. (Vista do Google) 

Tite - Vista aérea 1 

Tite - Vista aérea 2 

Estrada do Enxudé 

Nativos do Enxudé 

(Fotos: © Santos Oliveira (23 de Maio de 2009) Direitos reservados.) 

(Santos Oliveira) 


__________ 

Nota de MR: 

(*) Vd. último poste do autor em: