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terça-feira, 2 de junho de 2020

terça-feira, 26 de maio de 2020

Guiné 61/74 - P21010: Memórias de um Soldado Maqueiro (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS / BCAÇ 2845) (8): Álbum fotográfico - Parte I

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70) com data de 25 de Maio de 2020:
 
Caro Carlos Vinhal
Hoje envio-te a primeira página de meu Álbum de fotos, digo primeiro porque, no total são 9 páginas. Em todas as páginas diz, CONTINUA.
Assim, e para dar trabalho aos Chefes de Tabanca, vou partilhando com todos os Tertulianos coisa que gosto de fazer.
Para todos vocês, vai um grande abraço, também para os Tertulianos e Régulo Luís Graça.
Depois de estar muito tempo parado, aqui está o Albino Silva a disparar...


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Nota do editor

Último poste da série de 19 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P20991: Memórias de um Soldado Maqueiro (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS / BCAÇ 2845) (7): Composição da CCAÇ 2368/BCAÇ 2845

terça-feira, 12 de maio de 2020

Guiné 61/74 - P20966: Memórias de um Soldado Maqueiro (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS / BCAÇ 2845) (6): Composição da CCAÇ 2367/BCAÇ 2845

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70), com data de 6 de Maio de 2020:

Boa tarde Carlos Vinhal
Mais trabalho para ti e para a Tabanca. Para completar o BCAÇ 2845, envio a composição das CCAÇ 2367 e CCAÇ 2368.
Tenho acompanhado tudo que na Tabanca é publicado e, claro está, gosto de nela passar algum tempo.
De momento resta-me enviar um abraço para todos, especialmente para vocês Chefes de Tabanca.


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Nota do editor

Último poste da série de 5 de maio de 2020 > Guiné 61/74 - P20945: Memórias de um Soldado Maqueiro (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS / BCAÇ 2845) (5): Composição da CCAÇ 2366/BCAÇ 2845

terça-feira, 5 de maio de 2020

Guiné 61/74 - P20945: Memórias de um Soldado Maqueiro (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS / BCAÇ 2845) (5): Composição da CCAÇ 2366/BCAÇ 2845

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70), com data de 28 de Abril de 2020:

Boa tarde Carlos Vinhal.
Já vi que publicaste todo o trabalho que te tinha enviado e por isso mesmo aqui vai mais um. Desta vez é a Companhia de Caçadores 2366, do Manuel Carvalho aqui na Tabanca, Periquito Atrevido - Jolmete.

Sem mais de momento, um grande abraço para todos os Chefes de Tabanca e, ainda para todos os Tertulianos.
Albino Silva

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Nota do editor

Último poste da série de 28 de abril de 2020 > Guiné 61/74 - P20915: Memórias de um Soldado Maqueiro (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS / BCAÇ 2845) (4): Composição da CCS/BCAÇ 2845 e vídeo do Convívo de 2011 dos Vampiros

terça-feira, 28 de abril de 2020

Guiné 61/74 - P20915: Memórias de um Soldado Maqueiro (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS / BCAÇ 2845) (4): Composição da CCS/BCAÇ 2845 e vídeo do Convívo de 2011 dos Vampiros

1. Mensagem do nosso camarada Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS/BCAÇ 2845 (Teixeira Pinto, 1968/70), com data de 14 de Abril de 2020:

Carlos Vinhal
Estive a ver a Tabanca quase toda a manhã e também comecei a tarde a ler tudo o que nela está, e vi que já estava publicado o meu trabalho.
Já vi que recebeste o vídeo da CCaç 2367, "Vampiros", do Alferes Rocha, que de certo vai gostar porque também ele lá está.
Não podendo sair de casa como aliás todos nós, aproveito e vou fazendo uns trabalhos para a Tabanca Grande e, para assim compensar todo o tempo em que estive ausente por motivos já conhecidos. Hoje envio mais um destes trabalhos e mesmo para vos dar que fazer. É a meu gosto mas, espero que todos gostem também.

Para todos os tertulianos vai um abraço e em especial para todos vocês que mantém a Tabanca activa e da qual gosto.
Albino Silva



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Vídeo do Encontro anual dos Vampiros de 2011 na Mealhada

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Nota do editor

Último poste da série de 21 de abril de 2020 > Guiné 61/74 - P20885: Memórias de um Soldado Maqueiro (Albino Silva, ex-Soldado Maqueiro da CCS / BCAÇ 2845) (3): Amigos que não esqueço

terça-feira, 21 de abril de 2020

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Guiné 63/74 - P15416: Notas de leitura (780): “Sopros de vida”, por José Lemos Vale, Fonte da Palavra, 2011 (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 5 de Fevereiro de 2015:

Queridos amigos,
É uma leitura que nos permite ficar a conhecer a formação dos enfermeiros militares. Temos aqui um registo de exaltação do enfermeiro a falar desses enfermeiros, alguém que escreveu que os feridos da guerra colonial, na sua agonia e sofrimento aprenderam a só reconhecer um verdadeiro herói na pessoa do enfermeiro de combate que, desarmado e debaixo de fogo, os socorria nas picadas lamacentas. E dei comigo a pensar que ainda não li um elogio semelhante aos maqueiros, falando por mim tive o privilégio da colaboração de maqueiros extremosos que me acompanhavam nas operações, as populações do Cuor confiavam neles, acompanhavam os doentes até à consulta médica, faziam pequenos tratamentos a qualquer hora do dia e da noite.
Por favor, se conhecerem relatos sobre estes maqueiros peço-vos a amabilidade de mos transmitirem.

Um abraço do
Mário


Sopros de vida, por José Lemos Vale

Beja Santos

“Sopros de vida”, por José Lemos Vale, Fonte da Palavra, 2011, é uma homenagem de quem foi enfermeiro na CART 3505 de 1972 a 1974 e atuou em Diaca, Cabo Delgado, Moçambique. O autor esclarece: “O principal objetivo deste livro é o de relembrar a ação humanitária dos ex-enfermeiros militares e sobretudo a abnegação, coragem, sentido de entrega e generosidade de todos os ex-enfermeiros operacionais e das ex-enfermeiras paraquedistas que prestaram serviço na guerra colonial”. E exalta o combatente enfermeiro: “Era ao enfermeiro que cabia dizer ao companheiro caído, trespassado por uma rajada de metralhadora, que tivesse coragem, que não iria morrer, que tivesse fé e era a ele que cabia procurar, na picada ou no capim, o que restava do homem feito em pedaços por uma mina e depois arrumar o que pode encontrar para que as famílias viessem a ter algo dos seus entes queridos para velar. Quando se ouvia o sinistro estrondo de uma mina, ou o ladrar raivoso das metralhadoras a disparar a morte em pedaços de chumbo em brasa, todos os soldados se atiravam ao chão e se protegiam debaixo das viaturas ou num buraco qualquer. Todos, não! Carregando uma singela maleta com alguns medicamentos de primeiros socorros, os enfermeiros de combate corriam desarmados, debaixo de fogo inimigo, sob chuvas diluvianas ou sol abrasador, rastejavam nas tormentosas picadas tentando socorrer um companheiro em dificuldades ou em risco de morte que, em desfalecimento, suplicava: enfermeiro, aqui”.

O autor introduz um punhado de relatos de feridos em combate, onde constam os de Arquimínio Carrasco Marcão, da Companhia de Caçadores Paraquedistas 121, Guiné, 1970-1972, José Pereira Lopes, Guiné, 1972-1974 e Victor Tavares, também da Companhia de Caçadores Paraquedistas 121. Arquimínio Marcão depõe: “Eu regressei ferido. Fui apanhado numa emboscada quando já tinha 19 meses de comissão e ia ser distinguido com o Prémio Governador da Guiné. Depois deram-me um louvor. Uma rajada de metralhadora atingiu-me na barriga, no braço esquerdo, e o mais grave na perna esquerda: a bala entrou junto ao joelho e saiu entre as pernas”. José Pereira Lopes vivenciou o inferno de Gadamael: “Eramos obrigados a ir para as valas de água para fugirmos aos ataques. O pouco que comíamos era debaixo de fogo. Alguns, com a aflição de tentar fugir, atiraram-se ao mar e acabaram por morrer afogados”. Victor Tavares recorda a operação “Pato Azul”, na zona de Tite, o Alferes Afonso Abreu pisou uma mina antipessoal, improvisou-se uma maca alguns metros à frente um dos paraquedistas que pegava na maca acionou o fornilho que matou seis militares, incluindo o sinistrado alferes. E expõe a situação: “O Sousa, enfermeiro, que até aí tinha sido um herói no socorro ao Alferes Abreu e que seguia ao lado da maca segurando o frasco do soro, viria a morrer ficando sem um dos braços. Regressados ao destacamento, os feridos mais graves foram conduzidos para tendas onde lhes foram prestados os primeiros socorros por enfermeiros e socorristas que não tinham mãos a medir para aqueles que mais sofriam: uns choravam em sofrimento, porque os paraquedistas também choram”.

Esclarece a formação dos enfermeiros militares. No Hospital Militar Principal especializavam-se os cabos milicianos que seguiam para África como furriéis enfermeiros. No Regimento do Serviço de Saúde preparavam-se os soldados que eram enviados para a guerra como primeiros cabos enfermeiros. A instrução e especialização consistiam essencialmente em aulas teóricas onde os instruendos aprendiam matérias como: avaliação e tratamento do estado de choque; traumatismo craniano e torácico; improvisação de talas ortopédicas; urgências respiratórias e reanimação cardiorrespiratória; tratamento do choque anafilático; noções de traqueostomia (teoria); prática de pequenas cirurgias; estancamento de hemorragias; imobilização de fraturas internas; analgesia e sedação; tratamento de feridas extensas; injetáveis de vária natureza; tratamento antiofídico e antipalúdico; tratamento de doenças venéreas. No Regimento de Serviço de Saúde era também dada formação às especialidades de maqueiros e analistas de águas. Refletindo sobre as condições terríveis do trabalho do enfermeiro, recorda-nos que por vezes ele cedia às emoções e dá a sua interpretação: “Não é fácil ver um homem com os intestinos a saírem-lhe do abdómen e derramados pelo chão. É algo de pavoroso ver um corpo sem pernas, sem braços, às vezes sem as pernas e os braços. É arrepiante ver a massa encefálica a escorrer do crânio desfigurado por ter ficado sem parte da cara”. E comenta seguidamente o tratamento-tipo destes feridos e como se procurava aplacar as dores em estado de choque ou para impedir o aparecimento de gangrenas, por exemplo. Refere ainda o apoio psicológico do enfermeiro a militares deprimidos e em quadros de tentativa de suicídio. Menciona mesmo que o número de mortes de militares por suicídio foi muito significativo, o que sinceramente me deixou confuso, nunca considerei esta possibilidade. Para os grandes feridos era pedida uma evacuação e aí entravam as enfermeiras paraquedistas. Lemos Vale recolheu testemunhos de dois enfermeiros militares, dois deles antigos combatentes da Guiné: Hugo Rodrigues Coimbra e José Eduardo Reis Oliveira que nós aqui no blogue conhecemos por JERO.

A recordatória das enfermeiras paraquedistas tem sido alvo de vários livros dos últimos anos, a sua formação, a mudança que trouxeram as tradições militares, os primeiros cursos destas boinas verdes, são assunto sobejamente conhecido. Ganham realce alguns depoimentos destas briosas profissionais de saúde como o de Zulmira André que foi buscar a Guileje o Capitão Peralta, no âmbito da operação “Jove”. O autor tece-lhes uma homenagem tocante, lembra como elas excederam todas as expetativas dos responsáveis daquele projeto pioneiro, estas enfermeiras levaram os combatentes o carinho, o profissionalismo, o altruísmo e o elevado sentido de missão, pondo a mulher num plano jamais observado, não como enfermeira num Hospital de Guerra mas indo fisicamente a locais de muito risco, salvar vidas.
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Nota do editor

Último poste da série de 25 de novembro de 2015 Guiné 63/74 - P15410: Notas de leitura (779): "Combater duas vezes: as mulheres na luta armada em Angola", da antiga combatente do MPLA e hoje antropóloga Margarida Paredes (Vila do Conde: Verso da História, 2015)