domingo, 1 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8194: Álbum fotográfico do Florimundo Rocha, ex-sold cond auto (CCAÇ 3546, Piche e Ponte Caium, 1972/74) (Parte III)



Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Piche > CCAÇ 3546 (Piche, Ponte Caium e Camajabá, 1972 / 1974) > Destacamento da Ponte Caium >  3º Grupo de Combate >  1973 >  Foto nº 6 > "O meu pai só se recorda que teriam ido à água,e também se recorda  apenas de dois camaradas, o Pinto,  sentado na frente, o Silva atrás de Pinto, e o meu pai" (SR)...



Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Piche > CCAÇ 3546 (Piche, Ponte Caium e Camajabá, 1972 / 1974) > Destacamento da Ponte Caium >  3º Grupo de Combate >  1973 >  Foto nº 4 > "No burrito, Florimundo, Pinto, Furriel Ribeiro, Sobral, Wolkswagen e Serra junto ao  Xerife [, Sherifo,] e Djaló, como eram chamados estes miúdos lá da tabanca [, de Sinchã Tumane],  eram amigos; infelizmente o meu pai não se recorda do nome do resto do pessoal" (SR)...





Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Piche > CCAÇ 3546 (Piche, Ponte Caium e Camajabá, 1972 / 1974) > Destacamento da Ponte Caium >  3º Grupo de Combate >  1973 >  Foto nº 5> A Ponte Caium



Guiné > Zona Leste > Região de Gabu > Piche > CCAÇ 3546 (Piche, Ponte Caium e Camajabá, 1972 / 1974) > Destacamento da Ponte Caium >  3º Grupo de Combate >  1973 >  Foto nº 3 > O Rocha, em cima do tabuleiro da ponte, num momento de descontracção.


Fotos: © Florimundo Rocha (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados.

1. Mensagem da Susana Rocha, com data de ontem, em nome de seu pai, Florimundo Rocha:




Olá, senhor Luís, espero que se encontre bem, tenho andado sem dar notícias,  venho aqui identificar os companheiros do meu pai nas fotos que o senhor ainda não pôs no blogue:




(i) na foto nº 2 [, já reproduzida, vd miniatura à esquerda],  o meu pai disse me que estavam de chegada à  Ponte Caium: condutor, ele, Florimundo; atrás do condutor,  o Silva, em último de pé em cima da lenha o Chaves; sé esses ele conseguiu identificar;

[Confronte-se com a legendagem do Carlos Alexandre, o Peniche: (...)  temos o Rocha a conduzir. A seu lado o Ribeiro (o companheiro que desventrava e tratava a carne das caçadas ). Atrás do Rocha está o Silva, que na altura era sonâmbulo. Atrás do Silva,  o Cristina, claro o nosso padeiro (...).  A seu lado,  o Pereira, que é natural de uma aldeia perto do Pinhão, foi identificado pelo Barbeiro (...). Atrás do Silva e de bigode, o Gordinho. Atrás do Gordinho,  o José Alberto, de que só se vê a cabeça (...). O companheiro no cimo da lenha, [no atrelado,] onde a foto está em piores condições, tenho mais dificuldade em identificar, mas é concerteza o Chaves, companheiro que não vejo desde África].

(ii) o meu pai na seguinte [foto nº 3, vd. acima], num momento de descontração,

(iii) na foto nº 4 [vd. acima),  no burrito, Florimundo, Pinto, Furriel Ribeiro, Sobral, Wolkswagen e Serra junto a "xerife" e Djaló  (como eram chamados estes miúdos lá da tabanca, eram amigos); infelizmente o meu pai não se recorda do nome do resto do pessoal:

(iv) na foto nº 5 [vd. acima], a famosa Ponte Caium;

(v) no foto no 6 [, já reproduzida anteriormente, miniatura à esquerda], "Florimundo, Sobral no meio,  e Alexandre, de Peniche, num momento de descontraçao na Ponte Caium"... [ Há aqui um lapso, na identificação do último elemento, que não é o Carlos Alexandre, mas sim o Jacinto Cristina].



(vi) a foto nº 6: o meu pai só se recorda que teriam ido à água,e tambem recorda-se apenas de dois camaradas, o Pinto,  sentado na frente, o Silva atrás de Pinto, e o meu pai;

(vii) a foto nº 7 [, já reproduzida anteriormente, vd. miniatura à esquerda]: antes duma partidinha de futebol, Furriel Ribeiro de blusa branca, Santiago, Furriel Barroca, o Barbeiro, o Pinto, o Florimundo. [A legenda do Carlos Alexandre é mais completa: (...) Temos  o Rocha ao centro, à direita o José Alberto, à esquerda o Pinto. Em cima,  à direita, o Barbeiro, o furriel Barroca, o Santiago que tem a fita na cabeça, e o furriel Ribeiro].

(vii) por último [,foto nº 9 ] o meu pai e o Alexandre junto a uma máquina da TECNIL, alvo de uma emboscada. [Já reproduzida anteriormente, vd. miniatura à direita].

Peço desculpa pela demora, aguardo notícias suas e o meu pai também ,todos os dias me pergunta por noticias. Um Abraço. Susana Rocha

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Nota do editor:

Vd. Postes anteriores:


Guiné 63/74 - P8193: Convívios (321): O encontro da CCAÇ 3477 - Gringos de Guileje -, vai decorrer em 28 de Maio 2011, na Ericeira (Abílio Delgado)




1. O nosso Camarada Abílio Delgado, ex-Cap Mil da CCAÇ 3477 “Gringos de Guileje”, Guileje, 1971/73, enviou ao Luís Graça, com pedido de publicação, o programa da festa anual da sua companhia.

ENCONTRO DA CCAÇ 3477 “GRINGOS DE GUILEJE”
DIA 28 de MAIO NA ERICEIRA


O encontro da CCAÇ 3477 - Gringos de Guileje -, vai decorrer no dia 28 de Maio 2011, no Restaurante "Estrela do Mar"- em Ribamar -, na Ericeira, com o seguinte programa:
10H30 - Concentração frente o Convento de Mafra;
11H00 - Passeio em comboio turístico pela Tapada Real de Mafra;
13H00 – Almoço.

Se nos quiseres honrar com a tua presença, será um enorme prazer.

Abraço
Abílio Delgado Cap Mil da CCAÇ 3477
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Nota de M.R.:
Vd. último poste da série em:
1 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8192: Convívios (315): Lampreiada e visita ao aproveitamento hidroeléctrico de Crestuma-Lever, 30 de Abril (Magalhães Ribeiro)

Guiné 63/74 - P8192: Convívios (320): Lampreiada e visita ao aproveitamento hidroeléctrico de Crestuma-Lever, 30 de Abril (Magalhães Ribeiro)

Cumpriu-se ontem, num agradabilíssimo ambiente de boa disposição, alegria e satisfação geral das pessosas presentes, a iniciativa do nosso camarada António Carvalho, ex-Fur Mil Enf da CART 6250, Mampatá, 1972/74, que contava levar cerca de três dezenas de convivas a “devorarem” um bom prato de lampreia no restaurante “Freitas”, localizado na margem direita do Rio Douro, mesmo junto ao aproveitamento hidroeléctrico de Crestuma-Lever e que incluiu uma visita à central deste empreendimento.

Eclusagem de um barco, de jusante para montante do aproveitamento

Tal como o programado, pelas 11H00, o pessoal começou a concentrar-se no parque de estacionamento do restaurante e, passados uns minutos, deu-se início à visita das instalações da central de Crestuma, guiadas pelos Sr. Engº Costa e Silva e Sr. Engº Alfredo Cerqueira.


Explicações prévias aos visitantes, no hall de entrada e na sala de comando, sobre as características fundamentais, o funcionamento e a exploração do aproveitamento


Pelas 13H30, juntaram-se no almoço 44 convivas, excedendo assim as melhoras expectativas do nosso dinâmico e entusiasta organizador.


O convívio contou também com uma breve e amigável presença do nosso Camarada Aníbal Couto, que além de ser um dos sócios-gerentes do restaurante, também foi combatente na Guiné - CCS do BART 6523/73 -, Nova Lamego, 1973/74, e que deixou um convite a todos nós para aparecermos no seu estabelecimento, onde além da promessa de nos saciar com uma boa refeição nos oferece um digestivozinho.

Aníbal Couto da CCS do BART 6523/73

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Nota de M.R.:

Vd. último poste da série em:




Guiné 63/74 - P8191: As Nossas Mães (12): Sorriso português, de Artur Augusto da Silva (1912-1983)

1. Em homenagem a todas as mães, de todos os homens e mulheres, do mundo  lusófono, em geral, e à Mulher Grande da nossa Tabanca Grande, que é a Clara Schwarz, 96 anos, em particular (vendo nela também todas as nossas mães):


SORRISO PORTUGUÊS


A Ribeiro Couto
Gentil homem do Brasil




Lanço os olhos para o Norte
e vejo Lisboa, a mais pequena cidade do mundo,
porque cabe inteira no meu coração;
lanço os olhos para o Sul
e vejo as terras de Angola,
tão grandes, que meu coração teve de crescer
para que elas nele pudessem caber;
lanço os olhos para o Ocidente
e vejo o Mundo - Novo - Brasileiro,
tão vasto, que só Deus nos altos céus,
o pode ver;
lanço os olhos para o Oriente
e vejo a grande babel de Macau
nascer das águas como uma flor de lótus.


E por todas essas terras que meus olhos vêem,
por todos os oceanos que as banham,
por todos os sóis que as cobrem,
vejo pairar o doce sorriso português
— O terno sorriso de minha mãe...


Artur Augusto da Silva 


In: Artur Augusto da Silva -  E o poeta pegou num pedaço de papel e escreveu:  Poemas.


Bissau, Instituto Camões: Centro Culturtal Português.


1997. p.29


(Com a devida vénia...)

Guiné 63/74 - P8190: As Nossas Mães (11): Mãe Querida (Luís Graça)

1. Mensagem enviada hoje mesmo à tertúlia pelo nosso tertuliano-chefe Luís Graça:

Amigos/as, camaradas, camarigos/as:
No dia mãe, peguem nestes versos, singelos, quadras de 7 sílabas, ao gosto popular, que eu acabei de fazer esta manhã a pensar em todas as nossas queridas mães, as que estão vivas e as que morreram, bem como as mães dos nossos filhos...

Usem-nos, os versinhos, como quiserem, tirem uma cópia, juntem ao vosso ramo de flores... São vossos...

Um bom Dia da Mãe.
Luís Graça


Mãe querida!

Não há dia como este,
O Dia das Nossas Mães,
Pela vida, Mãe, que me deste,
Obrigado, parabéns!

Obrigado, parabéns,
Um beijinho com ternura,
Pelo amor que me tens,
E que foi sempre com fartura.

Que foi sempre com fartura,
Nada me tendo faltado,
Foste mãe, sempre à altura,
Minha mãe, muito obrigado!

Minha mãe, muito obrigado,
Por me teres deitado ao mundo,
Pago-te com amor redobrado,
Teu admirador profundo.

Teu admirador profundo,
Nas sete vidas da vida,
Do coração, do mais fundo,
Te digo que és mãe querida!
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 1 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8189: As Nossas Mães (10): Domingo, 1 de Maio de 2011 - Dia da Mãe (Joaquim Mexia Alves)

Guiné 63/74 - P8189: As Nossas Mães (10): Domingo, 1 de Maio de 2011 - Dia da Mãe (Joaquim Mexia Alves)

1. Mensagem do nosso camarigo Joaquim Mexia Alves, com data de 1 de Maio de 2011:

Caros camarigos
Para vosso conhecimento, anexo texto que escrevi sobre o Dia da Mãe, na minha perspectiva e vivência cristã católica.

Publiquei-o no meu blogue (http://queeaverdade.blogspot.com/2011/05/dia-da-mae.html).

Podê-lo-eis divulgar, obviamente, se assim achares oportuno.

Um abraço amigo do
Joaquim


Domingo, 1 de Maio de 2011
DIA DA MÃE


Evangelho segundo S. Mateus 28,1-10.

Terminado o sábado, ao romper do primeiro dia da semana, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro.
Nisto, houve um grande terramoto: o anjo do Senhor, descendo do Céu, aproximou-se e removeu a pedra, sentando-se sobre ela.
O seu aspecto era como o de um relâmpago; e a sua túnica, branca como a neve.
Os guardas, com medo dele, puseram-se a tremer e ficaram como mortos.
Mas o anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; não está aqui, pois ressuscitou, como tinha dito. Vinde, vede o lugar onde jazia e ide depressa dizer aos seus discípulos: 'Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis.’ Eis o que tinha para vos dizer.»

Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, as mulheres correram a dar a notícia aos discípulos.
Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Salve!» Elas aproximaram-se, estreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante dele.
Jesus disse-lhes: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.»

Ao ouvir proclamar este Evangelho na Vigília Pascal e depois durante a homilia, lembrei-me das mães, lembrei-me da minha mãe.

Porque me veio ao coração o facto de ter sido dada às mulheres essa primeiríssima missão, de anunciar aos próprios Apóstolos a Ressurreição de Jesus.

Foram as mulheres que tiveram a primeiríssima missão de avisar os Apóstolos que se deviam encontrar com Jesus Cristo Ressuscitado.

Foram as mulheres, sem dúvida, que pressurosamente e sem duvidarem, fizeram o primeiro anúncio àqueles que nasciam para uma vida nova, a vida que haviam de receber do Espírito Santo, depois do seu encontro com Jesus Cristo Ressuscitado.

E então lembrei-me, (por associação de pensamentos do coração), dessas mulheres que são mães, e que acreditando em Jesus Cristo, são sempre as primeiras a d’Ele falarem aos seus filhos.

Ainda com os seus filhos no ventre, e já as mães falam deles a Jesus, e Lhe pedem protecção e amparo para essas vidas que hão-de vir ao mundo.

Pequeninos, bebés frágeis ao seu colo, e essas mulheres, as mães, vão falando com eles, numa linguagem que só eles entendem, falando-lhes em surdina de Jesus, apresentando-os, entregando-os à sua protecção.

Assim que eles vêem, andam, falam e podem entender alguma coisa, logo no primeiro Natal explicam aos seus filhos pequeninos, quem foi Aquele outro Menino que nasceu num presépio em Belém.

E depois … depois, continuam pela vida fora, levando-os aos primeiros encontros com Jesus na catequese familiar e depois na catequese na Igreja.

E não cessam de por eles rezarem e de os exortarem ao encontro pessoal e decisivo com Jesus Cristo Senhor.

Colocam até como maior o amor que os filhos devem ter a Jesus, do que a si próprias, pois sabem que é nesse amor que os filhos podem encontrar a verdadeira felicidade.

E não cessam de fazer sacrifícios, de desistirem do que para si desejam, de darem tudo de si, para que os seus filhos cresçam e sejam felizes e bons.

E sabem, oh se sabem, que o melhor que podem dar aos seus filhos, é um amor forte e fiel a Jesus Cristo, pois reconhecem que é nesse amor que uma boa vida, que uma vida boa, se constrói e edifica.

E como elas, as mães, se desempenham bem desta missão!

Como elas, as mães, têm as palavras e os gestos certos para falarem de Jesus aos seus filhos.

E se não os alcançam para Jesus pelas palavras que lhes dizem, não desistem e oram constantemente, para que Jesus vá ao encontro daqueles que elas tanto amam.

Terá sido por isto, que Deus deu aquela primeiríssima missão de anúncio da Ressurreição às mulheres?

Sem pretensões de interpretação teológica, (pobre de mim, que para tal não tenho conhecimentos), deixo “apenas” o meu coração dizer-me que sim, que foi essa a razão, porque Deus sabe que uma mãe nunca desiste de dar aos seus filhos o melhor de si, o melhor de tudo, e para uma mãe que acredita, o melhor de si que pode dar ao seu filho, é sem dúvida, Jesus Cristo Nosso Senhor, vivo e constantemente presente na vida dele.

Hoje, Dia da Mãe, homenageio assim todas as mães, rezando por elas, as que já o são, as que estão para o ser, e as que ainda o vão ser.

E dou graças infindas a Deus pela mãe que me deu, que tão bem me apresentou a Jesus.

De tal modo O colocou em mim e me apresentou a Ele, que mesmo tendo-me afastado tanto tempo d’Ele, a Ele tive que regressar, sem dúvida para colocar um sorriso de felicidade no rosto da minha mãe, a quem Jesus, (que a tem no seu regaço), diz agora com certeza:
«Conheço esse teu sorriso, mulher!»

Monte Real, 1 de Maio de 2011
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 23 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8160: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (17): Parabéns, Camarigos, dia 23 é o “Dia do Amor” sentados na Tabanca Grande (Joaquim Mexia Alves)

Vd. último poste da série de 1 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8188: As Nossas Mães (9): À minha Mãe, lembrada a cada momento (Felismina Costa)

Guiné 63/74 - P8188: As Nossas Mães (9): À minha Mãe, lembrada a cada momento (Felismina Costa)

1. Mensagem da nossa tertuliana Felismina Costa , com data de 26 de Abril de 2011:

Caro Editor e Amigo Carlos Vinhal, muito Boa-tarde!

Domingo, dia 1 de Maio, é dia da MÃE!

Mais uma vez aqui estou, para realçar outra efeméride, (se de efeméride se trata, uma vez que não tem data fixa).

Desta vez pretendo prestar a minha homenagem às nossas mães, mães, que de uma forma ou de outra, foram e são, modo geral, a base da família e por conseguinte da sociedade.

Muitas foram e são, grandes heroínas!
Lutaram e lutam contra diversas adversidades: incompreensão, miséria, mãos tratos, injustiça, doenças e guerras.

Homenageio na minha, todas as mães que, contra todas as adversidades, souberam e sabem proteger os seus filhos, e que, com o seu amor, são capazes de semear a esperança, e o gosto pela vida.

Carlos, se entender publicar... o meu obrigada.
Felismina Costa



(…À minha MÃE, lembrada a cada momento, lembrada ao longo do tempo, porque há muito que partiu, à minha Mãe, doce Mãe, que escondia o mal sofrido, e nos mostrava sorrindo, a alegria e o bem...)


Felismina Costa


(As flores, que ora te ofereço, minha mãe, são flores desta Primavera, da varanda do teu neto João, que se encanta nelas, como tu te encantavas).

Mãe!

Na véspera do fim
Disseste-nos um poema
Que começava assim:

(…Um ósculo de sol amanhecente
Raio de luz tremulante, feito vidas
Arrebatou, gota a gota, a fonte querida
Emula de força transcendente!

Agora, caí em pranto sobre a terra.
Fecunda a semente e a árvore robustece!
É sopro de vigor que se engrandece,
Cada vez mais, no mistério que encerra… etc, etc, etc…)

Desconheço o autor, mas… para ti o escreveu, pois te define, melhor do que eu!

PORQUE…

Um ósculo de sol, tu foste sempre
Iluminando as nossas pequenas vidas
E um raio de sol tremulante
Que esteve sempre à nossa beira,
Acarinhando, educando, formando,
Misteriosamente doce… e guerreira!

Emula de força transcendente?
Quem dúvida?
Ninguém! Creio…
Quem mais corajosamente
Fez o Natal estar presente em cada dia de vida?
Quem digeriu frustrações, doenças, dificuldades?
Quem trabalhou noite e dia
Sem olhar ao que fazia
Mas, ao que faltava fazer?
Quem fez a noite ser dia
Tantos dias, tantos anos?
Quem nos guardou os desenganos
Fechados a sete chaves?
Quem fez as dores suaves?
Quem rezou e fez promessas?
(promessas, que não cumpriu,
Porque a vida não lhe deu
O tempo para as cumprir)!

Quem benzia, as minhas dores de cabeça
Em nome de Santa Teresa?
E as minhas dores de barriga
Em nome de Santa Margarida?

Quem fazia os meus vestidos, dos tecidos,
Que a minha tia trazia,
Das terras por onde ia, dar aulas a outras crianças?

Quem me penteava os cabelos e punha uma fita
Todos os dias de manhã, quando ia para a escola?
E depois, quando eu chegava, olhava para mim e dizia:
Felismina! A tua fita?
E eu jogava a mão à cabeça… e não encontrava a dita…
Tinha ficado perdida, em qualquer sítio… no chão!
Mas… isso não tinha importância
- mais fita, ou menos fita!

E eu corria, e eu saltava, na minha liberdade infinda!
Pintei de oiro as flores!
Porque, apesar das muitas cores, que a Natureza lhes deu,
Eu via-as, mais belas ainda!

E à noite, quando cansada, eu chegava da jornada
Deste doce labutar,
Tinha em ti, o doce bálsamo…
Prontinha, para me tratar.
E eu dormia a noite inteira
Porque à minha cabeceira
Um anjo, estava a guardar!

E, no trabalho árduo,
Ao longo da vida, fecundaste as sementes!
(para além das carnais)
Fecundaste mais, mais e muitas mais
Sementes reais, que com a tua força
Se transformaram na nossa medrança
Que fez crescer segura, a nossa infância!

Tu própria, transformaste-te numa árvore robusta
E o teu vigor te engrandeceu!

Mas, chegaste ao fim!
Ao fim da jornada!
Doente, cansada.
Frustrada?
Não creio!
Tiveste os filhos,
Plantaste as árvores,
E o livro, MÃE… escrevo-to eu!

Orgulhosamente… sou a tua filha… Felismina.

Felismina Costa
Agualva 2005
____________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 21 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8147: 7º aniversário do nosso blogue: 23 de Abril de 2011 (12): Quero felicitar todos os 490 amigos desta cadeia, ligados por um denominador comum, a Guerra da Guiné (Felismina Costa)

Vd. último poste da série de 8 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7911: As Nossas Mães (8): O tempo passa depressa - Homenagem à Mulher, à Mãe (Juvenal Amado)

Guiné 63/74 - P8187: Parabéns a você (253): José Carlos Neves, ex-Soldado Radiotelegrafista do STM (Tertúlia / Editores)


PARABÉNS A VOCÊ

01 DE MAIO DE 2011


NESTE DIA DE FESTA, A TERTÚLIA E OS EDITORES VÊM DESEJAR AO NOSSO CAMARADA ANIVERSARIANTE AS MAIORES FELICIDADES E UMA LONGA VIDA COM SAÚDE JUNTO DE SUA ESPOSA, FILHA, DEMAIS FAMILIARES E AMIGOS.

UM ABRAÇO ESPECIAL DO COLEGA DE TRABALHO, CAMARADA E AMIGO CARLOS VINHAL
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Notas de CV:

José Carlos Neves foi Soldado Radiotelegrafista do STM, Cufar, 1974.

Vd. último poste da série de 29 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8180: Parabéns a você (252 ): Giselda Pessoa, ex-2.º Srgt Enf.ª Pára-quedista, Guiné 1972/74 (Tertúlia / Editores)

sábado, 30 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8186: Missão na Guiné no século XXI (José Teixeira)

1. Mensagem de José Teixeira* (ex-1.º Cabo Enf.º da CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70), membro da Direcção da Tabanca Pequena, Grupo de Amigos da Guiné-Bissau (ONGD), com data de 28 de Abril de 2011:

Caríssimos editores.
Na sequência da minha recente viagem à Guiné-Bissau, junto um artigo sobre mais uma aventura.

Abraços
Zé Teixeira


Missão na Guiné no século XXI

Cinco horas da manhã. Como combinado na noite anterior, as pessoas que voluntariamente se dispuseram a avançar para a operação, aproximaram-se do local da formatura.

O primeiro a aparecer foi o guia. Feitas as saudações matinais, explicados os objectivos, e verificadas as máquinas, deu-se o sinal de partida com o guia à frente. Seguiam-no de perto, os periquitos que não conhecendo o terreno que pisavam tinham receio de se perderem.

Em silêncio e passo rápido lá fomos mata dentro por trilhos e picadas que há muito tempo não se sentiam pisados por gente de pele tão branca.

O Caminho

 Os aventureiros

Entramos numa tabanca amiga, ainda adormecida. Uma ou outra mulher preparava o mata-bicho para um acordar saudável. Aqui, esperava-nos um segundo guia. Este, tinha andado na noite anterior a vigiar as andanças do numeroso inimigo e sabia, mais ou menos, onde este se acoitou para passar a noite e gozar de merecido descanso.

Uma pausa, para reunir com os guias e definir a estratégia a seguir, face à possibilidade de planificações de última hora tenham levado o “terrível” adversário a mudar de poiso durante a noite.

É pedido silêncio absoluto durante a lenta marcha que se segue de olhos apontados ao escuro da noite e ouvidos atentos. Uma simples folha seca ao queixar-se do pé periquito que a pisou pode ser factor para assustar quem procuramos tão afincadamente, que nos fez saltar da tarimba, alta madrugada.

O guia ia apontando para a dianteira como quem diz, estão ali, mesmo à frente no nosso nariz e nós, lá o seguíamos com o máximo de cuidado, sem conseguirmos descortinar absolutamente nada.

Devem estar ainda a dormir, cogitava eu, de máquina aperrada e dedo no gatilho, pronta a disparar um flash.

Emboscamos temporariamente numa clareira. Olhos e ouvidos bem abertos, comunicávamos uns com os outros através do olhar que o sol renascido da noite foi denunciando.

Por ordem dos guias fomos avançando pelo mangal dentro, tendo muito cuidado com o chap-chap que nossos passos provocavam na tarrafo.

Eis que surge a notícia há muito esperada. Estão ali! Estão ali!

 O posto de observação

 Lá estão eles

Máquinas apontadas. Olhar centrado nas copas do palmeiral. As ramagens abanam, sem que haja a mais leve brisa. Sinal de presenças estranhas.

Lá vai um… outro ali…

clic, clic. Os primeiros disparos que não apanharam ninguém, penso eu.


Durante cerca de meia hora, eles saltavam de árvore em árvore e nós corríamos atrás deles com a esperança de sacar uma foto inédita.

Os famosos chimpanzés da mata do Cantanhez que vivem nas imediações de Iemberém, acordados pelo radioso sol daquela manhã, depois de umas saudáveis espreguiçadelas, decidiram pôr-se em marcha, à procura do mata-bicho, deixando-nos a olhar para o lindo sol que espreitava por entre a ramagem da densa floresta.

Que belos momentos de diálogo com a natureza se viveram naquela madrugada de Abril de 2011!

Para mim, foi uma esplêndida oportunidade de voltar aos tempos em que com a bolsa de enfermeiro às costas, rodeado de homens bem armados e dispostos a tudo para salvar a vida, trilhava caminhos idênticos, em madrugadas tiradas a papel químico, em que não se via nada, mas mesmo nada, à frente do nariz. O inimigo era outro e bem real.

Tempos que já lá vão, mas não se conseguem esquecer, pelo que tiveram de bom e de menos bom. Uns belos momentos revividos agora para ajudar à catarse que continuamos a precisar de fazer.

Presentes nesta aventura estiveram o Eduardo Moutinho Santos, o Jorge Cruz, o Tiago, a Joana e o Zé Teixeira, acompanhados dos dois simpáticos guias que se prontificaram a levar-nos até ao local onde se previa estivesse acoitados os chimpanzés.

(Texto, fotos e legendas de José Teixeira)
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Nota de CV:

Vd. último poste de 14 de Fevereiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7783: Ser solidário (102): Sementes e água potável - Um projecto inovador (José Teixeira)

Guiné 63/74 - P8185: Viagem à volta das minhas memórias (Luís Faria) (41): De volta a Bula - Destacamentos





1. Mais uma viagem à volta das memórias de Luís Faria (ex-Fur Mil Inf MA da CCAÇ 2791, Bula e Teixeira Pinto, 1970/72), enviada em mensagem com data de 26 de Abril de 2011:





Viagem à volta das minhas memórias (41)

De volta a Bula
Destacamentos


Teixeira Pinto e a sede do CAOP 1 ficavam para trás juntamente com uma actividade operacional interventiva de relevo, seja no plano de esforço físico e psicológico ou, ao que sei, no estritamente operacional e a prová-lo há os vários louvores determinados pelo Cor Pára R. Durão, Comandante desse CAOP 1, com que variada rapaziada foi distinguida, para além de Prémios Governador e Cruz de Guerra.

Luís Faria > Augusto Barros em fundo

Também para trás ficara há já muito, se assim se pode dizer, a nossa “periquitice” e a “meia-idade” começava a dar lugar a uma “velhice” já bem merecedora de “sopas e descanso” enquanto os dias corressem para Julho de 1972, altura falada para o regresso a casa. Era de crer que o pior estaria passado e a partir dessa altura iríamos resolver o resto da comissão sem problemas de maior e da melhor forma possível que conseguíssemos. Pelo menos era o que esperávamos e acidentes eram de evitar.

No entanto e para alguns onde me incluíram, tal acabaria por não acontecer por terem sido “bafejados” com surpresas menos agradáveis e de índoles diferenciadas, durante períodos dessa “velhice” que, julgava eu, deveria (?) ser sossegada.

Retornados ao sector de Bula, onde novamente ficamos na dependência do BCAÇ 2928, os GCOMB foram distribuídos pelos destacamentos, cabendo o de João Landim ao 1.º GCOMB, Mato Dingal ao 4.º e Augusto Barros ao 2.º e Comando. Neste último já se encontrava instalado e ambientado o 3.º GCOMB, regressado de Bissum pelos meados de Novembro, comandado pelo Alf Mil Aires Ornelas (Goês?) coadjuvado pelos Fur Mil Almeida e Ferreira.

Destes destacamentos que conheci e por onde também acabei por assentar arraiais em substituições, para mim o mais simpático e digamos acolhedor, era o de Mato Dingal, segundo no sentido de Bula a partir da travessia do Mansoa.

Não recordo porque razão, a “FORÇA” sofre nova alteração, tendo o Capitão Branco ido para a CCAÇ 3328 por troca de comando com o Capitão Silva Rolão (de que não fiquei com as melhores recordações como militar e comandante).


Augusto Barros > Luís Faria e a metralhadora Breda(?)

Tirado o “azimute” ao cantos das novas e belas instalações e às defesas daquele meio - “burako”, por comparação com Capó, há que começar a organizar a vidinha de molde a passá-la o mais agradavelmente possível, de preferência evitando atritos com a população local, pouco confiável e ao que se suspeitava, infiltrada em noites por “passeantes” das matas. Ao que julgo recordar e por via das dúvidas, uma das metralhadoras pesadas Breda(?) estava virada para as bandas da tabanca, não fosse o diabo tecê-las.


Augusto Barros > Luís Faria > Sopas, descanso e banhos se sol
Ao fundo algumas das instalações

Os dias iam-se somando e a breve prazo começou a instalar-se uma espécie de rotina a que estávamos pouco habituados e que se ia processando no dia-a-dia, sinal de uma nova vida diferente em variadíssimos aspectos e onde o “trabalho” era de certo modo na razão inversa das “sopas e descanso” que marcavam presença a par dos banhos de sol com o corpo besuntado de coca-cola - na tentativa de dar mais “bronze”… (dizia-se ?!!) – e dos litros e mais litros de cerveja, vinho e vinho de caju (adorava este vinho) bebidos com ou sem acompanhamento petisqueiro.

Logo ali à beira existia um pequeno aglomerado de cajueiros, onde passava bastante do tempo em sornas à sombra, ouvindo a algaraviada dos pássaros, ao mesmo tempo que ia comendo daqueles frutos de que também muito gostava e muitas vezes escrevinhando uns “bate-estradas”. Bastantes por sinal.

Engraçado, eficaz e grátis, este meio de comunicação de sentimentos, amores, saudades e novas, onde todo o milímetro de espaço era aproveitado para desenhar mais umas letras construtoras de algumas frases que para serem lidas obrigavam ao voltear do papel e a certa perspicácia de observação sequencial, que chegava a pôr os olhos em bico. Tenho para mim, que esses aerogramas tiveram um papel de muito relevo nessa nossa guerra, ainda que muitas vezes criticados mas sempre bem aparecidos e ansiados.

Aproximando as minhas férias os dias iam-se sucedendo entremeando trabalho, descanso e lazer, por essa altura mais descanso e lazer, com excepção para uma Secção, creio que do 3.º GCOMB que foi para Bula alinhar na segurança da construção da estrada Bula-Binar e mais tarde, por finais de Maio72, um GCOMB seguiu o mesmo caminho, abandonando o bem-bom e entrando em várias Operações.

Assim se foi escoando o tempo até final de Junho altura em que toda a CCAÇ 2791 se viria a reunir de novo em Bula, recomeçando a actividade operacional interventiva.

Texto, fotos e legendas: Luís Faria
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 9 de Março de 2011 > Guiné 63/74 - P7918: Viagem à volta das minhas memórias (Luís Faria) (40): Teixeira Pinto - Lusco-fusco em Capó

Guiné 63/74 - P8184: Notas fotocaligráficas de uma viagem de férias à Guiné-Bissau (João Graça, jovem médico e músico) (9): 14/12/2009, depois das 18h: ida ao centro de Bissau, Residencial Cloimbra, feira da CPLP...















Guiné-Bissau > Bissau > Imagens de Bissau > 13, 14 e 15 de Dezembro de 2009 > O trânsito caótico da cidade, a ausência de iluminação pública... Mas está-se bem entre amigos, seja na Residencial Coimbra (1ª foto, de cima), ou na casa do Pepito e da Isabel (última foto).

Fotos: © João Graça (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


1. Continuação da publicação das notas do diário de viagem à Guiné, do João Graça, acompanhadas de um selecção de algumas das centenas fotos que ele fez, nas duas semanas que lá passou (*)...


(i) Nos cinco primeiros dias (de 6 a 10 de Dezembro de 2009) fomos encontrá-lo, como médico, voluntário, no Centro de Saúde Materno-Infantil de Iemberém;

(ii) O fim de semana, de 11 a 13 (6ª, sábado e domingo) de Dezembro de 2009, foi passado em Bubaque e Rubane, no arquipélago de Bolama-Bijagós, como simples turista;

(iii) Dia 13, domingo, à tarde, regressou a Bissau, ao bairro do Quelelé, onde se situa casa do Pepito e da Isabel, que lhe deram guarida;

(iv) É também aqui a sede da AD - Acção para o Desenvolvimento, cujos trabalhadores tiveram, na segunda feira de manhã, exame médico de vigilância... Viu 18,  de manhã (e no dia 17, viu mais 5);

(v)  À tarde, nesse dia 14,  segunda-feira, o João Graça foi, de carro, visitar, nos arredores de Bissau o Hospital de Cumura, gerido por um Missão Católica portuguesa... 

(vi) Ao fim da tarde e noite, esteve no centro de Bissau...

(vii) E no dia seguinte seguirá para o Leste (Bambadinca, Bafatá, Contuboel, Tabatô, Gabu...) (LG)




14/12/2009, 2ª feira, fim da tarde e noite, Bissau, Centro



10.9. [Depois de Cumura, das 16h-18h,] Ida ao centro de Bissau.


10.10. Feira de empreendedores da CPLP [Comunidade de Países de Língua Portuguesa].


10.11. Pensão Coimbra. Hotel 4 estrelas. Jantar chique com Catarina M... (médica de saúde pública, ex-aluna de meu pai), Luísa (Enf), Alex, Ana, Victor [,espanhol, meu companheiro de fim de semana em Bubaque], Miguez (dono do restaurante) e Mamadu (músico de Tabatô, dos Super Camarimba).


10.12. Falei imenso tempo sobre o budismo, choviam perguntas.


10.13. Mamadu contou-me que foi a Bamako [ capital do Mali e da música afro-mandinga]. expressamente para conhecer o Salif Keita. Esteve duas semanas no bar de um primo dele, no final foi ao estúdio dele, tocaram juntos. No 1º dia foi preso pela polícia que não deixaram ir buscar os documentos ao carro.


10.14. Catarina, [projecto de] doutoramento sobre comissões de ética na Guiné, experimentação humana –temas que gostaria de explorar melhor.


10.15. Concerto da CPLP, som muito mau.


João Graça


(Continua)


[ Revisão / fixação de texto / selecção, edição e legendagem de fotos: L.G.]


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Nota do editor


(*) Vd. último poste da série > 21 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8146: Notas fotocaligráficas de uma viagem de férias à Guiné-Bissau (João Graça, jovem médico e músico) (8): 14/12/2009, das 16 às 18h: Visita ao hospital de Cumura: lepra, sida, tuberculose... e compaixão

Guiné 63/74 - P8183: Convívios (319): 28.º Encontro do pessoal da CCAÇ 2317/BCAÇ 2835, dia 4 de Junho de 2011 em Fânzeres/Gondomar (Joaquim Gomes Soares)

28.º ENCONTRO DO PESSOAL DA CCAÇ 2317/BCAÇ 2835, DIA 4 DE JUNHO DE 2011 NO RESTAURANTE CHOUPAL DOS MELROS, QUINTA DO CHOUPAL, FÂNZERES/GONDOMAR.

Amigo e companheiro:
Pela 28.ª vez escrevo para te convidar para um dia único na vida, mais uma página nesta história que foi escrita com o nosso sangue, suor e lágrimas, este capitulo que contamos aos nossos filhos, netos, amigos e conhecidos, talvez até a desconhecidos pois isto faz parte da nossa historia e faz parte da de Portugal.

Faz 42 anos que terminamos um capitulo da vida e dissemos adeus a Gandembel, mas não ao nossso passado, por isso todos os anos sempre pela mesma altura viramos mais uma página e comemoramos os tempos vividos longe de casa e familia mas ao lado de companheiros de armas.

Este ano para o nosso convívio, escolhi o Restaurante Choupal dos Melros, um restaurante com uma confecção em fornos de lenha com uma decoração tradicional ligada à agricultura e vida no campo com a sua localização na Quinta do Choupal, um local onde a tranquilidade do campo se encontra no centro da cidade de Fãnzares-Gondomar mais propriamente na Rua das Cabanas.

Como todos os anos, espero poder contar com a tua alegria, boa disposição, camaradagem e este ano não podia deixar de ser diferente por isso espero que no dia 4 de Junho a partir das 12 horas, estejas junto de nós para participar neste convívio.

Como de costume deixo-te aqui o meu contacto, para que possas marcar a tua presença, dar noticias ou saber informações:

telefones: 225 361 952 ou 224 015 462
telemóvel: 936 831 517
email: joaquim.gomes.soares@hotmail.com
Restaurante: 224 890 622
ou através da internet vai a www.quintadoschoupos.com

Se puderes, não percas um dia diferente estamos à tua espera.

Um abraço
Joaquim Soares


EMENTA

APERITIVOS E ENTRADAS:
Rissóis
Croquetes
Pataniscas
Morcela assada
Bolinhos de bacalhau
Presunto
Salpicão

BEBIDAS:
Vinho maduro ou tinto
Vinho verde branco ou tinto
Cerveja
Água e sumos

PEIXE:
Lombinhos de pescada c/molho de camarão

CARNE:
Misto assdo à Choupal
(cabrito,vitela e lombo)

SOBREMESA:
Bolo comemorativo
Frutas diversas
Doces variados
Café e digestivo da Casa
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 22 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8154: Convívios (313): Ex-Combatentes da CART 2412 Sempre Diferentes, dia 14 de Maio de 2011 em Castelo Branco (Jorge Teixeira)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Guiné 63/74 - P8182: O Mundo é Pequeno e a Nossa Tabanca... é Grande (41): Projecto de investigação da Universidadade do Minho ["Narrativas identitárias e memória social: a (re)construção da lusofonia em contextos interculturais" ] selecciona o nosso blogue numa amostra bloguística portuguesa, brasileira e moçambicana

1. O nosso editor (e fundador do blogue) Luís Graça [, foto à esquerda,] recebeu no passado dia 23 de Março a seguinte mensagem da investigadora da Universidade do Minho, Lurdes Macedo:



Data: 15 de Março de 2011 12:00 AMCaro Prof. Luís Graça,
Obrigada pela sua disponibilidade. Terei que ir a Lisboa no início de Abril para entrevistar outros bloguistas. Por isso, organizar-me-ei de modo a entrevistar todos os bloguistas na mesma deslocação. Diga-me, por favor, em que dias da semana e em que horários tem disponibilidade para me conceder a entrevista.

Também gostaria de entrevistar alguns dos colaboradores e seguidores do seu blogue. Estas entrevistas são enviadas por e-mail. Por isso, quando eu o entrevistar, aproveitarei para lhe pedir o contacto de alguns colaboradores e seguidores. Pode ser?

Saudações,

Lurdes Macedo.


3. Tive há dias uma agradável e estimulante conversa, de mais de 3 horas, no meu local de trabalho,  com a Dra Lurdes Macedo,  e já pedi aos restantes editores e colaboradores do blogue para darem o seu OK, no seu caso de virem convidados para serem entrevistados no âmbito deste projecto... Aqui vai o meu mail enviado em 28 do corrente:Caros editores e demais conselheiros/colaboradores permanentes do nosso blogue:

Peço a vossa melhor atenção para este pedido da investigadora e doutoranda Maria de Lurdes de Sousa Macedo, da Universidade do Minho, Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS).



O projecto de investigação "Narrativas identitárias e memória social: a (re)construção da lusofonia em contextos interculturais" (coordenado pela Prof. Rosa Cabecinhas) parece-me interessante, e a equipa idónea. A lusofonia é também uma das nossas bandeiras.Dei-lhe os vossos contactos para poderem eventualmente serem contactados e entrevistados sobre a vossa experiência como antigos combatentes e como membros de nosso blogue bem como sobre a vossa percepção da importância do nosso blogue em termos de contributo para o desenvolvimento da lusofonia... Ele já esteve comigo, aqui em Lisboa, respondi-lhe a uma longa (mas interessante) lista de questões.

Um Alfa Bravo. Divirtam-se: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca é... Grande. Luis

PS - A Dra. Lurdes Macedo mora em Espinho, embora seja de Viseu. 

  
4. Comentário do nosso colaborador permanente Hélder Sousa:


Olá Luís


Esta é mais uma prova de como o nosso Blogue tem sabido ganhar créditos junto de uma ampla camada de 'observadores' que o consideram credível, passível de ser utilizado em investigações, em consultas, em parcerias. Isso deve-se à postura de grande abrangência que tem sabido manter (apesar das dificuldades) e da coerência e constância da sua linha de rumo.


O Blogue dá confiança. O Blogue transmite a ideia de rigor. Não se trata de não falhar a indicação de um dia exato para um determinado acontecimento... O rigor vem da postura da procura de apresentar os factos o mais documentados possível, sempre corrigindo, quando é caso disso e também ilustrando as situações.


Pois que contem connosco. O que interessa é que os depoimentos, as intervenções, sejam 'escorreitas', 'certinhas'. Digo isto porque não nos caberá determinar o sentido das conclusões do estudo, que será certamento o que for (la Palisse não diria melhor...) e podem até chegar a conclusões que nos pareçam desajustadas, mas o que importa é o fundo do que se vier a dizer ou escrever.


Abraço


Hélder
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Nota do editor:


Último poste da série > 12 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8086: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (40): O Domingos encontrou-me!.. Ele era a mascote da CCAÇ 462, Ingoré (1963/65) (J. Marques Ferreira)

Guiné 63/74 - P8181: In Memoriam (75): Gen Bettencourt Rodrigues (1918-2011), último Com-Chefe e Governador Geral da Guiné (Joaquim Mexia Alves / José Martins / Fernando Costa / Editores)



Guiné > Região de Tombali > Aldeia Formosa > s/d [1973 ?] > BCAC 4513 > A última visita do Com-Chefe e Governador Geral Bettencourt Rodrigues (de costas, de camuflado, à direita, recebendo honras militares). Foto (editada por L.G.) do ex-Fur Mil Trms da CCS/ BCAÇ 4513,.Fernando Costa. Segundo ele, o Gen tinha lá um sobrinho, madeirense, em Aldeia Formosa. Esta visita terá sido feita em finais de 1973 ou princípios de 1974.


Foto: © Fernando Costa (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados


1. Mensagem do nosso colaborador permanente (e membro da nossa Tabanca Grande) Joaquim Mexia Alves [, foto à direita quando Alf Mil], com data de 28 de Abril de 2011, 18:20:


Meus caros camarigos

Hoje morreu um brilhante militar. Um homem frontal, inteligente e honesto. Morreu um dos grandes Generais das nossas Forças Armadas, [Bettencourt Rodrigues].
Eis a notícia (*):

http://diario.iol.pt/sociedade/ultramar-general-bethencourt-rodrigues-guine-obito-tvi24/1249518-4071.html

O não ter estado no 25 de Abril não significa nada, nem diminui este homem digno e grande militar.

Paz à sua alma!

Um abraço

Joaquim Mexia Alves

2. Mensagem de L.G., com data de 28 de Abril de 2011, 22:22, dirigida ao Joaquim e com conhecimento à equipa de editores e colaboradores:

Joaquim: Obrigado por nos teres feito chegar a triste notícia (que é sempre a morte de alguém que nos está próximo, por parentesco, pela história, pela nacionalidade, pela língua, etc.)... O Gen Bettencourt Rodrigues foi um dos nossos, e um dos nossos comandantes no TO da Guiné... Tal como Spínola, Hélio Felgas, Fabião, etc. Prestei a minha última homenagem ao
Ten Gen Hélio Felgas, independentemente de eventuais simpatias ou antipatias, pessoais, políticas ou outras... Bastou-me para tal ter sido alertado pelo seu neto, que me deu a notícia do seu falecimento... E eu fiz a notícia, do meu próprio punho, na altura... Foi um homem da Guiné, e um português, e isso basta-me.

Não uso esse critério (político-ideológico) no nosso blogue, que é centrado na nossa experiência (factual) da guerra da Guiné... Todos os actores, todos os protagonistas, do soldado ao general (independentemente do seu percurso posterior, como militares, cidadãos, políticos, independentemente da sua posição no 25 de Abril, 11 de Março, 25 de Novembro, etc,), merecem a nossa atenção: mais, têm direito às luzes da ribalta (mesmo que modestas, do nosso blogue)... Em vida e na morte... Todos os que combateram connosco e até aqueles que combateram contra nós: veja-se o espaço que procuramos dar também ao inimigo de ontem... Só assim poderemos reconstituir o puzzle da memória e fazer a "ponte" com o passado, com a Guiné, com os combatentes do PAIGC, etc.

Queres (ou alguém mais quer) fazer uma notícia mais detalhada ? Ele foi do teu tempo (quando estavas em Mansoa,na CCÇ 15)... Convinha editar amanhã, na série In Memoriam (**)... Haverá alguém que o tenha conhecido melhor ? Há pelo menos 2 referências ao
General no nosso blogue, uma delas escrita pelo Fernando Costa.

Um abraço. Luis


3. Resposta de outro dos colaboradores permanentes do nosso blogue, o José Martins, com data de hoje
Data: 29 de Abril de 2011 11:27

Assunto: Falecimento do Gen Bettencourt Rodrigues

Caro Luís

Escrever sobre Bettencourt Rodrigues ou sobre qualquer outra personalidade que teve/tem relevância na nossa história colectiva, mormente em teatro de operações, se se não tiver um conhecimento profundo, a nivel pessoal e/ou muito próximo, todo e qualquer texto dará a sensação de que estamos a "tentar reescrever a história".

Muitos textos já existem sobre este nosso camarada de armas, independentemente do tempo e local onde nos cruzamos e/ou desencontramos. Porém, foi um combatente de África e, nomeadamente, recebeu uma tarefa dificil, que nós conhecemos bem: dirigir a Guiné (militar e civilmente), no periodo em que se intensificavam os combates com o recurso a armas que nós não possuíamos.

Tambem teve a desdita de substituir um homem carismático, o então General António de Spínola, que tinha um capital de aceitação entre os chefes e naturais da nossa Guiné.

A imagem que retenho de Bettencourt Rodrigues [, foto à direita, de fonte desconhecid,] é a partida de Spínola, de avião, da Base Aérea 12, em que as câmaras de filmar focavam um homem, aparentemente só, acenando para a aeronave que regressava ao continente.

Independentemente de toda e qualquer conjectura, militar e/ou politica, foi "um de nós que partiu". Partiu mais um combatente. Estamos mais pobres. Infelizmente cada vez somos menos. Onde quer que esteja, honrou o país que o viu nascer.

José Martins
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Notas do editor:


(*) Exttraída com da devida vénia do Semanário IOL, versão 'on line':

Morreu o General Bettencourt Rodrigues > Foi um dos mais importantes generais da guerra colonial e último Governador-Geral da Guiné portuguesa

José Manuel Bettencourt Rodrigues, um dos mais importantes generais da guerra colonial e último Governador-Geral da Guiné portuguesa, faleceu esta quinta-feira, aos 92 anos, escreve a Lusa.

Nascido na Madeira em Junho de 1918, Bettencourt Rodrigues frequentou, já em Lisboa, os estudos preparatórios militares na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, ingressando depois no Curso de Infantaria da Escola do Exército, que terminou em 1939, como primeiro classificado do seu curso.

Anos mais tarde, em 1951, concluiu o curso de Estado-Maior com a classificação de «Distinto». Dois anos mais tarde, em 1953, frequentou o curso de Comando e Estado-Maior do Exército Norte-Americano, no Command and General Staff College, em Fort Leavenworth, Kansas. Em 1968 foi promovido a brigadeiro após a frequência do curso de Altos Comandos do Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM) e em 1972 foi promovido a general.

Comandante do Regimento de Artilharia nº 1, Bettencourt Rodrigues notabilizou-se como chefe do Estado-Maior do Quartel-General da Região Militar de Angola, comandante da Zona Militar Leste de Angola e comandante-chefe e governador da Guiné Portuguesa, a partir de Setembro de 1973 em substituição do general António de Spínola.

Entre 1968 e 1970, o general desempenhou as funções de ministro do Exército de Marcelo Caetano.Após a revolução de 25 de Abril de 1974 - com a qual não concordou - passou à reserva por despacho da Junta de Salvação Nacional.

Bettencourt Rodrigues foi agraciado ao longo da sua carreira militar com a Medalha de Ouro de Valor Militar, Medalha de Ouro de Serviços Distintos e Grã-Cruz da Medalha de Mérito Militar.

O corpo de Bettencourt Rodrigues estará na Academia Militar a partir das 17h00 e será celebrada missa no sábado às 10h30.

(**) Vd. último poste da série de 13 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8092: In Memoriam (74): No dia 9 de Abril de 2011, a cidade de Matosinhos homenageou os pescadores mortos no naufrágio de 2 de Dezembro de 1947 e os combatentes da Guerra do Ultramar caídos em campanha (Carlos Vinhal)