quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Guiné 61/74 - P17076: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte IV: por castigo ("falta de brio e aprumo" de alguns militares no desfile de embarque!...) , o 1.º Batalhão do Onze é impedido de ostentar a Bandeira do Exército Português... (O cmdt do Onze era o cor inf Florentino Coelho Martins, um português da "escola de Mouzinho")... Na ilha do Sal, "a vida e a morte lá iam decorrendo"...


Cabo Verde > Ilha de Santo Antão > 19943 > "Pesca de um grande tubarão". Foto nº 26 do álbum fotográfico de Feliciano Delofim Santos (1922-1989), ex-1º cabo expediionário, 1ª compangia, 1º batalhão, RI 11 (Ilha do Sal e Ilha de Santo Antão, 1941/43), pai do nosso camarada e grã-tabanqueiro Augusto Silva dos Santos (que reside em Almada e foi fur mil da CCAÇ 3306/BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73)

Foto (e legenda): © Augusto Silva Santos (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

[20]


"Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp. inumeradas, il.)

Parte IV (pp. 19-20)



[19]



[20]

(Continua)


Continuação da publicação da brochura "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do Capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp. inumeradas, il.) [, imagem da capa, à esquerda].(*)

O autor é José Rebelo, Capitão SGE que foi em 1941/43 um dos jovens expedicionários do RI I1, então com o posto de furriel. Não sabemos se ainda hoje é vivo, mas oxalá que sim, tendo então a bonita idade de 96 ou 97 anos. Em qualquer dos casos, este nosso velho camarada é credor de toda a nossa simpatia, apreço e gratidão.

O nosso camarada Manuel Amaro diz-nos que o conheceu pessoalmente: (...) "Por volta de 1960, fez a Escola de Sargentos, em Águeda e após promoção a alferes, comandou a Guarda Nacional Republicana em Tavira, até 1968. Como homem de cultura, colaborava semanalmente, no jornal "Povo Algarvio", onde o conheci, pessoalmente. Em 1969, já capitão, era o Comandante da Companhia da Formação no Hospital Militar da Estrela, em Lisboa." (...)

O então furriel José Rebelo,
expedicionário do 1º batalhão
 do RI 11
A brochura que estamos a reproduzir é uma cópia, digitalizada, em formato pdf, de um exemplar que fazia parte do espólio do Feliciano Delfim Santos (1922-1989), que foi 1.º cabo da 1.ª companhia do 1.º batalhão expedicionário do RI 11, pai do nosso camarada e grã-tabanqueiro Augusto Silva dos Santos (que reside em Almada e foi fur mil da CCAÇ 3306/BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73) (*)

Trata-se de um conjunto de crónicas publicadas originalmente no jornal "O Distrito de Setúbal", e depois editadas em livro, por iniciativa da Assembleia Distrital de Setúbal, em 1983, ao tempo do Governador Civil Victor Manuel Quintão Caldeira. A brochura, ilustrada com diversas fotos, tem 76 páginas, inumeradas.

O batalhão expedicionário do Onze partiu de Lisboa em 16 de junho de 1941 e desembarcou na Praia, ilha de Santigao, no dia 23. Esteve em missão de soberania na ilha do Sal cerca de 20 meses (até 15 de março de 1943), cumprindo o resto da comissão de serviço (até dezembro de 1943) na ilha de Santo Antão.

No texto acima há referência a um castigo ao RI 11, impedido de usar a Bandeira do Exército Português, por alegada falta de aprumo, disciplina e brio de alguns militares durante o desfile de embarque a que a um ministro (não se diz qual) assistiu... O autor da brochura, o Cap  SGE José Rebelo, sugere que a punição também seria devida ao facto de o comandante do Onze, "um homem com H", não jogar no mesmo clube (sic) do ministro... Ou seja, devia ser um militar republicano (, era alferes em 1911 no BCAÇ 5), que não devia morrer de amores pelo  Estado Novo...

Na altura, o ministro do exército (ou da guerra) era o próprio Salazar, que acumulava, interinamente (1936-1944),  com o cargo de Presidente do Conselho... mas que não é crível que estivesse presente da cerimónia de despedida...

O comandante do Onze era o Coronel de Infantaria Florentino Coelho Martins, "que era daqueles portugueses da 'Escola de Mouzinho' " (sic) (página, inumerada, 1). O Comandante do Batalhão Expedicionário era o Major Abel Alfredo da Costa.

Na comunicação social (ou, pelo menos, no "Diário de Lisboa") não há notícia deste embarque de tropas para Cabo Verde.
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Nota do editor:

Último poste da série > 20 de fevereiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17062: "Expedicionários do Onze a Cabo Verde (1941/1943)", da autoria do capitão SGE José Rebelo (Setúbal, Assembleia Distrital de Setúbal, 1983, 76 pp) - Parte III: Mobilização do batalhão e composição das companhias (3)

Guiné 61/74 - P17075: Parabéns a você (1211): José Carlos Gabriel, ex-Soldado TRMS da CCAÇ 2401 (Guiné, 1968 / 70); José Ferreira da Silva, ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689 (Guiné, 1967 / 69) e José Maria Claro (DFA), ex-Soldado Radiotelegrafista da CCAÇ 2464 (Guiné, 1969)



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Nota do editor

Último poste da série de 21 de Fevereiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17066: Parabéns a você (1210): Veríssimo Ferreira, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 1422 (Guiné, 1965/67)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Guiné 61/74 - P17074: Consultório militar do José Martins (20): Pelotão de Reconhecimento AML/Panhard 1106 (Guiné, 1966/68)



1. Em mensagem do dia 3 de Fevereiro de 2017, o nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), responde a mais uma solicitação ao seu consultório militar, a propósito da busca de elementos sobre o malogrado Soldado Atirador Explorador António Dias Simão, por parte da sua sobrinha Cristina Carvalho, conforme a mensagem que se publica:

Data 2 de Fevereiro de 2017
Assunto: Combatentes da Guiné

Saudações cordiais. 
Estou neste momento a tentar fazer um memorial acerca do meu tio António Dias Simão que morreu na Guiné em 15 de janeiro de 1967. 
Se puderem ajudar-me com algumas informações ficaria muito grata. Da família já só vive a minha mãe, irmã mais nova dele e as recordações são poucas para além de algumas fotos. 
Não queria que o nome do meu tio caísse no esquecimento e por isso vou tentar escrever um pequeno livro. 

Grata pela atenção 
Maria Cristina Pereira


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Nota do editor

Último poste da série de 5 de setembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16451: Consultório militar do José Martins (19): Notícia da criação da "Agência de Leiria" da Liga dos Combatentes da Grande Guerra, em 12 de abril de 1924, sendo seu presidente o cor inf Francisco de Lacerda e Oliveira, comandante do RI 7

Guiné 61/74 - P17073: Álbum fotográfico de Luís Mourato Oliveira, ex-alf mil, CCAÇ 4740 (Cufar, dez 72 / jul 73) e Pel Caç Nat 52 (Mato Cão e Missirá, jul 73 /ago 74) (12): Bambadinca (a "cova do lagarto", em mandinga) e algumas das suas gentes


Foto nº  1 > Tabanca mandinga


Foto nº 2 > Na messe de Bambadinca, o Luís Oliveira, à direita, fardado


Foto nº 3 > Na ação psicossocial, ou "psico", simplesmente 


Foto nº 4 > Ferreiro


Foto nº 4 A> As ferramentas do ferreiro


Foto nº 5 > Ajudante de ferreiro


Foto nº 5 A > A forja

Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > c. 1973/74 > Fotos várias

Fotos (e legenda): © Luís Mourato Oliveira (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1.  Continuação da publicação do extenso e valioso álbum fotográfico do Luís Mourato Oliveira, nosso grã-tabanqueiro, que foi alf mil da CCAÇ 4740 (Cufar, 1972/73) e do Pel Caç Nat 52 (Mato Cão e Missirá, 1973/74). (*)

Foi o último comandante do Pel Caç Nat 52. Irá terminar a sua comissão em Missirá, depois de Mato Cão, e extinguir o pelotão em agosto de 1974.

De vez em quando ia a Bambadinca, sede do setor L1, Para isso tinha de cambar o Rio Geba. Levava sempre a sua máquina fotográfica.
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Nota do editor:
(*) Último poste da série > 21 de fevereiro de  2017 > Guiné 61/74 - P17068: Álbum fotográfico de Luís Mourato Oliveira, ex-alf mil, CCAÇ 4740 (Cufar, dez 72 / jul 73) e Pel Caç Nat 52 (Mato Cão e Missirá, jul 73 /ago 74) (11): Bambadinca, o porto fluvial, onde atracavam os heróicos e lendários "barcos turras"

Guiné 61/74 - P17072: Os nossos seres, saberes e lazeres (200): Central London, em viagem low-cost (2) (Mário Beja Santos)


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70) com data de 17 de Outubro de 2016:

Queridos amigos,
O viandante sente a alma libertária, Londres está com bom tempo e alguns dos melhores museus do mundo podem acolhê-lo a custo zero. Escreveu na lista: Tate Britain, Tate Modern, Museu Alberto e Victória, Museu Britânico, National Gallery, National Portrait Gallery, Wallace Collection, Royal Academy of Arts... Impossível dar vazão a tantos empreendimentos.
Seja o que Deus quiser, começa o passeio de Old Street para Liverpool de Street Station, compra de um passe para o centro. Aqui, houve hesitações e depois decisões categóricas. Voltar à National Gallery e seguir os princípios de José Saramago: ver de manhã o que já se viu à tarde, assombrar-se com os Girassóis de Van Gogh, cumprimentar Miguel Ângelo, e por aí fora. Foi um dia e peras, até deu para comer Fish and Chips e à noite salsichas Cumberland, puré de batata e legumes com uma boa cerveja.
Amanhã vou para o mundo das guerras, daquelas que trucidaram milhões, em trincheiras, desembarques e batalhas.

Um abraço do
Mário


Central London, em viagem low-cost (2)

Beja Santos

A National Gallery é sinónimo de pintura, ninguém que goste de arte pode fugir a este poderoso espaço onde nos aguardam obras, entre outros, de Botticelli, Leonardo, Rafael, Bruegel, Michelangelo, Rembrandt, Velázquez, Cézanne, Goya, Turner e Van Gogh. A entrada é sumptuosa e tem história, o que estamos a ver era a entrada de um palácio concebido por Jorge IV, que delapidou uma fortuna em construções e obras de arte. O Parlamento secou-lhe a teta, ficou esta entrada, e depois surgiu o projeto da Galeria Nacional, uma das mais ricas do mundo.


O chão da entrada é uma obra de arte. Estão aqui os famosos mosaicos de Boris Anrep (1885-1969) que nasceu na Rússia mas deixou o seu trabalho em Inglaterra. Nos anos 1920 começou a trabalhar na Tate Gallery e depois veio para a National Gallery onde durante décadas foi compondo uma série de trabalhos que desafiam a imaginação: encontramos musas e outros temas clássicos, em que Virginia Wolf é Clio, Greta Garbo aparece como a musa da tragédia. O viajante está pronto a regressar só para aqui passar calmamente uns bons pares de horas a deleitar-se com este génio do mosaico. Não se esqueçam de ver atentamente Churchill a enfrentar o monstro, já sabem quem.




Depois da pintura segue-se o retrato em diferentes formas no museu ao lado, a National Portrait Gallery, há aqui retratos de tudo e de todos do Reino Unido: os Tudor, os Stuart, o século XVIII em peso, os vitorianos, muita profusão do século XX. Andava o viandante a deliciar-se com escultura e pintura dos contemporâneos quando encontrou o busto de um escritor a todos os títulos famoso, John Buchan (1875-1940), é o autor de uma prodigiosa história de espionagem "Os 39 Degraus" que Hitchcock passou a cinema em 1935. Acontece que o viajante levava consigo uma destas edições para aprendizes de inglês, ele fala um inglês de sobrevivência e nestas viagens tem a manifesta ilusão de que está mais protegido quando lê romances condensados e num inglês facilitado. O importante foi a coincidência. Olha John Buchan, obrigado pela boa companhia que me dás!


Em frente à National Portrait Gallery temos St Martin-in-the-Fields, é um lugar de culto e um santuário da música, entra-se gratuitamente para visitar o templo e pode dar-se a circunstância da assistir a um ensaio-geral, e foi isso que aconteceu, o viandante descansava as pernas, contemplava a cúpula da igreja, ouvia Hendel, Pergolesi e Vivaldi. Em low-cost mais é impossível.



Esta é a fachada do famoso Coliseu, noite de estreia de ópera. Benevolentes, os empregados deixaram entrar o viandante enquanto saíam de carros luxuosos a clientela da estreia. Entrada sumptuosa, temos aqui um dos indicadores da Londres feérica.


Estamos agora no segundo dia, o viandante vai para a outra margem do Tamisa, para Barbican, é aqui que se situa o Imperial War Museum, casa impressionante. Anos atrás, o viandante apanhou uma exposição sobre a I Guerra Mundial, ficou paralisado a ler cartas de militares aos seus familiares, cartas que foram as últimas comunicações de quem em breve morreria nas trincheiras ou fora delas. Aqui encontrou substância para um trecho que faz parte de um dos seus trabalhos A mulher grande. Vamos adiante. Sai-se do metro e como é habitual anda-se uns quilómetros até chegar ao destino. Eis se não quando se dá de frente com um dos mais míticos teatros do mundo, o Old Vic. Para quem gosta de teatro, estamos em Roma, em Meca ou no Ganges, nesta casa representaram figuras lendárias e neste momento Glenda Jackson faz de Rei Lear. Vamos adiante.



Ameaça chuva pelo que à cautela se fotografa a opulenta fachada com canhões de meter medo. O viandante sabe o que lhe espera: aviões, bombas voadoras, carros de combate, cenas estarrecedoras de guerra. Neste momento em que acaba de fotografar a fachada a que se seguirá um café servido num quiosque por uma brasileira de Campinas, ele ainda não sabe que lá dentro o espera uma fotografia que lhe lembrará, como ferrete em brasa, os seus tempos de combatente.

Lá chegaremos.

(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 18 de fevereiro de 2017 Guiné 61/74 - P17058: Os nossos seres, saberes e lazeres (199): Central London, em viagem low-cost (1) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P17071: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (108): O reencontro, através do nosso blogue, de dois camaradas da Polícia Aérea, BA 12, Bissalanca, 1972/74: os ex-alf mil Francisco Feijão de Oliveira, nosso próximo grã-tabanqueiro, e o nosso grã-tabanqueiro Eduardo Jorge Ferreira

1. Mensagem do nosso leitor e camarada Francisco Feijão de Oliveira, com data de 20 do corrente:

Meus Caros

Estive na Guiné de 1972 a 1974 na Base Aérea n.º 12, como Alferes Miliciano.

Que devo fazer para pertencer à vossa Tabanca?

Abraço
Francisco Feijão

2. R
esposta dos nossos editores:


Olá,  Francisco: é muito simples, mandas duas fotos, uma do teu tempo de tropa ou de guerra, e outra atual, além de uma pequena apresentação da tua pessoa, com um breve CV militar...

Se tiveres fotos e histórias para partilhar, melhor ainda... Somos já 736 camaradas e amigos ("paisanos", menos de 10%, sobretudo filhos e outros familiares de camaradas falecidos, malta da Guiné, investigadores...), dos quais 52 infelizmente já morreram, desde 2004, ano em que nasceu a Tabanca Grande... Também estamos no Facebook: Tabanca Grande

Do teu tempo da BA12, devemos conhecer ou lembrar-te de camaradas como os pilav Miguel Pessoa e António Martins de Matos ou o alf mil PA Eduardo Ferreira Jorge... Vou-lhes dar conhecimento... (Mas temos mais malta da Força Aérea, malta do BCP 12 e enfermeiras paraquedistas.)

Somos um blogue de partilha de memórias (e de afetos). Como camaradas que somos, tratamo-nos por tu... E costumamos reunir-nos todos os anos em Monte Real, na primavera... Este ano será a 29 de abril... Sê bem vindo à Tabanca Grande..

Um alfabravo do
Luís Graça


3. Resposta do Francisco Feijão:

Do Miguel lembro-me bem pelas razões, sobejamente conhecidas, da sua história na Guiné. Ao Eduardo conheço ainda melhor porque era meu comandante de pelotão na 1.ª Companhia da PA.

Vou arranjar as fotos e enviá-las com o tal descritivo da minha passagem pelas Forças Armadas..

Abraço
Francisco Feijã


4. Comentário do Eduardo Jorge Ferreira [ex-alf mil, Polícia Aérea,  BA 12, Bissalanca, 1973/74, presidente da assembleia geral da Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro]

Data: 21 de fevereiro de 2017 às 01:36

Assunto: Tabanca Grande

Boa noite aos dois - meu grande amigo Luís e meu antigo camarada e Comandante de Companhia (a 1ª) da PA da BA 12, Feijão de Oliveira.

Realmente, é bem verdade o que se afirma no blogue: "O mundo é pequeno e a ... nossa tabanca é grande"! Longe estava eu de dar de caras com o Feijão e ele aparece-me no meu mail graças ao Luís Graça.

Já desesperava de "encontrar" mais camaradas da BA12 do meu tempo pois além de alguns Especialistas (que também vou encontrando no respetivo blogue) só tenho mantido contacto (muito pouco, infelizmente) com o [Miguel] Pessoa, o Martins de Matos e a Giselda, frequentadores assíduos da Tabanca Grande e das suas atividades. Mas pilotos, eles, e a Giselda, enfermeira paraquedista muito pouco tempo lhes sobrava para conviver com os camaradas de outras especialidades.

Agora com o Feijão o caso é bem diferente pois partilhávamos os mesmos espaços e as mesmas preocupações no dia a dia, quase posso afirmar, na hora a hora. Nós, os 9 alferes milicianos da Esquadre de Defesa Terrestre da Base éramos bem unidos pese embora o facto de irmos em rendição individual (assim como todos os soldados, sargentos e demais oficiais) e termos frequentado incorporações diferentes. E daí regressarmos em datas diferentes sem contactos uns dos outros e por isso com muito poucas probabilidades de organizar encontros anuais como os camaradas dos outros ramos.

Foi com muita alegria que li o mail do Luís a dar as boas vindas ao novo - assim o espero - Grã-tabanqueiro Feijão de Oliveira! Também eu te dou as Boas vindas e espero com ansiedade o momento de nos reencontrarmos.

Por sinal visitei o Feijão, não sei se te recordas, uns breves anitos depois da vinda da Guiné, no seu/teu local de trabalho no Calhariz em Lisboa. E apenas reencontrei há meses, um camarada desse tempo, o Sérgio Vaz. Dos restantes nada mais sei.

Um grande abraço aos dois
Eduardo Jorge Ferreira
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terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Guiné 61/74 - P17070: Convívios (778): XI Encontro dos Combatentes da Guerra do Ultramar do Concelho de Matosinhos, a realizar-se no próximo dia 11 de Março de 2017, em Leça da Palmeira (Carlos Vinhal)



XI CONVÍVIO DOS COMBATENTES DA GUERRA DO ULTRAMAR DO
CONCELHO DE MATOSINHOS

DIA 11 DE MARÇO DE 2017
LEÇA DA PALMEIRA

O dia começará às 11 horas da manhã com uma Missa de Sufrágio, celebrada pelo senhor Padre Marcelino, na Capela do Ruas, pelos camaradas caídos em Campanha e pelos que regressados, ao longo do tempo nos foram deixando. Lembramos a propósito que em 2016 partiram os nossos saudosos amigos José Eduardo Alves e Manuel Castanheira.

Depois da foto de família começará o convívio com o almoço servido, às 13 horas no Tryp Expo Porto Hotel, o mesmo do ano passado, junto à Exponor, com o mesmo preço também, 20€. 

Da ementa constarão: 
Entradas variadas, 
Sopa
Bacalhau com broa
Grelhada mista de carnes 
Sobremesas variadas
Vinhos tintos e brancos, cerveja, água mineral e refrigerantes
Café
Bolo comemorativo e espumante

Durante a tarde haverá animação musical a cargo do Grupo Coral do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, assim como dos espontâneos que a isso se propuserem.

As inscrições estão já abertas, podendo ser feitas para:

Carlos Vinhal - 916 032 220
Ribeiro Agostinho - 969 023 731
email: combatentesdematosinhos@gmail.com

Chamamos a atenção para a lotação da sala, máximo 120 pessoas.

Camarada Combatente, traz outro camarada, traz a tua família!!!

Os organizadores
Abel Santos
Francisco Oliveira
Ribeiro Agostinho
Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 20 de Fevereiro de 2017 > Guiné 61/74 - P17067: Convívios (777): Encontro do pessoal do BCAV 3846, a realizar-se no próximo dia 12 de Março em Ourém (Delfim Rodrigues)

Guiné 61/74 - P17069: Outras memórias da minha guerra (José Ferreira da Silva) (26): Sonhos em perigo

Furriéis da CART 1689 na Av. de Bissau, no final da comissão. Silva, Campos, Valente, Carvalho, Lopes, Miranda, Cepa, Borges e Faria.


1. O nosso camarada José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), em mensagem do dia 17 de Fevereiro de 2017 enviou-nos mais uma das suas outras memórias da guerra.


Outras memórias da minha guerra

25 - Sonhos em perigo

Aqueles pesadelos que nos atormentavam as noites, durante os primeiros meses, foram-se diluindo e amenizando à medida que o tempo ia passando. Pelo caminho, ficavam os intermináveis dias de sofrimento, carregados de angústia, de tristeza e de medo. Por melhores que fossem os camaradas e por maiores que fossem as bebedeiras, nada nos fazia esquecer os dias mais marcantes das nossas vidas.

Com a aproximação do fim da comissão acentuavam-se os anseios pela concretização dos nossos principais sonhos. Não havia dia nem hora em que não nos imaginássemos num outro mundo cheiinho de projectos, onde a felicidade é obrigatória. As habituais manifestações de lamento e de revolta deram lugar à vontade de cada um falar dos seus próximos projectos. Tudo coisas bem pensadas e aparentemente de fácil resolução. Paralelamente, íamos antegozando a alegria do regresso, recuperando, desta forma, a alegria de viver que nos fora roubada.

Foi a 3 de Dezembro de 1968 que a nossa CART 1689 iniciou o seu percurso do ansiado regresso. Ficámos em Bambadinca e no dia 5 dali seguiram para Bissau mais de 2/3 dos nossos camaradas. Eu e os restantes, ficámos ali à espera de novo transporte fluvial até ao dia 9.


Militares da CART 1689 na barcaça de transporte de Bambadinca para Bissau.

Embora o ambiente fosse de paz e de relaxamento, nós, os que ficámos em terra, sentimos algum refreamento na alegria que vínhamos vivendo e muita angústia nos dias seguintes. E, tal como acontecera nos dias anteriores a 1 de Maio de 1967, quando outros militares esperavam no cais pela chegada do “seu” barco, lá estávamos nós na situação invertida, olhando de manhã à noite, para o horizonte do Rio Geba, a reclamar, ansiosamente, pela chegada do “nosso”.

Depois do jantar, não apetecia ir para a cama, nem havia sono que chegasse. Eram horas de espera em que a “sede” se acentuava.

Precisamente na véspera (dia 8), fui chamado por um Furriel (de serviço) da tropa local, para ajudar a resolver uma situação anormal, com possibilidade de consequências dramáticas. Sussurrou-se no bar que na casa do Comando, haviam visto uma senhora branca, curiosidade difícil de admitir pelos nossos militares, porque não as viam (mulheres brancas) há cerca de 20 meses.

O Areosa, já com um copito, exteriorizando um exagerado à vontade, não acatou o conselho/ordem/advertência do Furriel e, armado em conquistador, parou por ali e continuava a lançar piropos, à moda do norte e em voz alta. Fiquei preocupado com o seu comportamento, agravado com a desobediência e desrespeito ao Furriel. Puxei o Areosa e empurrei-o para que saísse dali. Claro que me devo ter excedido em linguagem para com o Areosa, mas teria que o libertar de uma provável participação do Furriel. Por outro lado, desta forma, assumi a responsabilidade da condenação de tal comportamento.

O Areosa, possivelmente ferido no seu orgulho, acabou por acelerar o passo e adiantar-se de mim. Ia a praguejar e, de repente, correu na direcção onde os nossos militares estavam acantonados com os seus haveres. Pegou numa G3, veio para o meio da rua, virou-se na minha direcção. Nunca esquecerei aquela imagem, iluminada pelo luar, mais parecendo uma cena de um duelo de “cowboys”, no Texas. Apontou-me a arma, em posição de tiro instintivo e gritou:
- Vou-te matar! Vais com o caralho!

Como não parei, ele repetiu o grito, ao mesmo tempo que puxou o gatilho. Não houve disparo porque não havia bala na câmara. Porém, quando ouvi o estalido, fiquei fora de controlo e avancei sobre ele, a murro e a pontapé. Valeu-lhe a malta que se envolveu a afastar-me.

Foi uma noite muito mal dormida, a última vivida no interior da Guiné. Massacravam-me a cabeça um montão de coisas. Podia ter sido atingido por um soldado do meu próprio grupo. Nós, que tivemos em comum tantas lutas contra o IN. E eu que estava convencido de que o Areosa era um dos militares mais dedicados.

Logo de manhã, apercebi-me da excitação dos militares. A barcaça já se avistava ao longe e ninguém parava naquele alegre frenesim. Apenas o Areosa estava parado. Estava à minha espera e, cabisbaixo, abeirou-se mais de mim:
- Ó Silva, estou aqui sem dormir. Quero pedir-lhe perdão pelo meu comportamento de ontem. Sabe que nunca tive nada contra si. Tem de me perdoar.

Eu não sabia que dizer, nem o que cobrar.
E ele continuou:
- Eu estava “alegre”, comecei a cantar e veio o caralho do Furriel gozar comigo. Fiquei ainda mais fodido quando chamou por si. Pensava que o Silva me ia defender e ainda ajudou à missa. Eu estava tão marado que nem vi que você me estava a safar. Sempre que bebo um copo a mais, faço merda.

Este dia 9 de Dezembro também foi muito marcante. As fortes emoções parecem ter sido abençoadas pela brisa refrescante que nos acariciava, cada vez mais, à medida que nos aproximávamos de Bissau. Até deu para relaxar e descansar na viagem.

Chegados a Bissau, foi o reencontro de toda a família da CART 1689. Parecia que já estávamos salvos. Foi, possivelmente, o dia mais alegre que lá sentimos. E eu fiquei duplamente feliz e grato porque o grupo dos Furriéis estava à minha espera para exteriorizar tanta alegria. Foi uma noite de arromba. Quase não se dormiu naquele quarto do Quartel-General, onde se meteram 8 camas (!), para ficarmos juntos até ao ansiado regresso. Um tanto contra a corrente de alegria, o nosso Primeiro Viscoso, com o seu permanente aspecto trombudo, continuava a procurar ensombrar a alegria dos outros, especialmente a dos Furriéis.

Logo de manhã, fomos convocados para uma reunião com o 2.º Comandante do Quartel-General. Fomos perdoados e compreendidos pelos excessos, mas avisados de que teríamos que respeitar o silêncio a partir da meia-noite. Foi o Viscoso quem fez a queixa. Havia-se aproveitado da ausência do Capitão da nossa CART e, ultrapassando os nossos Alferes, foi-se “armar” junto do Comando do QG.

Entre os serviços e as folgas, o tempo passava-se da melhor forma. Porém, o Primeiro Viscoso continuava atento e pronto para destilar o seu ódio aos milicianos, especialmente aos que não lhe falavam (que era o meu caso).

Faltavam menos de 15 dias para o regresso. Estava eu de serviço no QG e as orientações superiores eram que, numa Companhia de 150 militares, apenas um terço estava autorizada a sair do Quartel. Ordens são ordens, mas nem sempre se levavam à risca, especialmente em quartel de maior acalmia.

Ora, os soldados, mesmo sem dispensa, procuravam “desenfiar-se”. Por norma e lealdade, antes do “desenfianço”, cada um perguntava se podia sair. E eu só lhes dizia: Se acontecer alguma coisa, avisem logo, porque tenho que fazer o relatório das anomalias antes das 8H00 horas (hora do render da guarda). Era arriscado, mas, como estávamos nos últimos dias, sentia-me bem com a satisfação da “malta”.

- Aquele que vai ali não é o Tripeiro? - perguntava o 1.º Sargento ao Sargento que o acompanhava, ambos a passear na avenida do Pilão.
- É mesmo, respondeu-lhe.
- Ouve lá, ó Tripeiro, anda cá - chamou - Como é que andas cá fora, se estás detido, e sem qualquer dispensa?
- Sabe, é o Furriel Silva que está de serviço e com ele não há problema. É um gajo porreiro – confiou o Tripeiro.
- Ah, sim? Então quando é o Furriel Silva, é tudo à balda? – questionava de, fala amolecida, o Viscoso, que, para melhor tirar dele, aproveitou para lhe pagar uma cerveja no Bar Jagudi.

Era caso de admiração, porque o somítico, para não gastar um tostão, só bebia água del cano. Cerveja só se alguém lhe pagasse. E assim, estando no Bar a beber, também se mostrava à nossa tropa, a confraternizar!

- Silva, acorda que estás fodido. O detido, o Tripeiro, foi visto pelo Primeiro perto do Pilão – alertou-me, bastante aflito, o Campos.

Virei-me para o outro lado e, meio a dormir e meio acordado, devo ter-lhe respondido mais ou menos:
- Caga nisso, que eu cago no Primeiro.

Seriam cerca de 8h30 quando entraram no meu quarto o Machado e o Faria, e em tom muito sério, dispararam:
- Olha que o Primeiro esteve à espera para ver se apresentavas faltas até ao render da guarda. Agora está a fazer uma participação contra ti, por o Tripeiro andar a passear em Bissau. Já mandou chamar o Tripeiro para depor. E aquele gajo, que gosta tanto de ti, vai-te foder. Mexe-te rapidamente.

Vi num relance a gravidade da situação. Mas, que hei-de fazer? (questionava-me repetidamente). Tantas vezes debaixo de fogo, estava, afinal, numa outra situação perigosa. Tudo de mau me vinha à cabeça e por momentos fiquei paralisado. Qualquer processo naquela altura iria obrigar-me a ficar na Guiné, como tantos outros condenados, e precisamente no momento mais ansiado e carregado de projectos. Havia de aparecer aquele filho da mãe a lançar, mais uma vez, a peçonha, a sua inveja e a gozar com o sofrimento alheio.

Assaltou-me uma ideia. Dirigi-me rápido à caserna e vi que os soldados pareciam já estar à minha espera, adivinhando o que me ia na mente. Logo ali, à entrada, perguntei em voz alta:
- Atenção malta, Vocês viram ou não viram o Tripeiro, ontem, no recolher obrigatório?

A resposta surgiu unânime e categórica:
- Vimos! - Por acaso ele até estava mesmo à minha beira – respondeu logo em voz alta e firme o Cabo Felgueiras.
- Ok, era só isso. E afastei-me. (Por sinal o Cabo Felgueiras não tinha estado na formatura do recolher.)

Assim, o Viscoso não conseguiu testemunhas para promover o processo. E o próprio Tripeiro, chamado a depor, também negou tudo, incluindo a cerveja que tanto havia custado a esse nosso querido Primeiro-Sargento.
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Nota do editor

Último poste da série de 9 de agosto de 2016 > Guiné 63/74 - P16374: Outras memórias da minha guerra (José Ferreira da Silva) (25): Relatório de Operações do último almoço-convívio da CART 1689

Guiné 61/74 - P17068: Álbum fotográfico de Luís Mourato Oliveira, ex-alf mil, CCAÇ 4740 (Cufar, dez 72 / jul 73) e Pel Caç Nat 52 (Mato Cão e Missirá, jul 73 /ago 74) (11): Bambadinca, o porto fluvial, onde atracavam os heróicos e lendários "barcos turras"


Foto nº 1 


Foto nº 1A


Foto nº 1B


Foto nº 2


Foto nº 2 A


Foto  nº 2B

Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > c. 1973/74 > Rio Geba Estreito, porto fluvial, visto da margem esquerda (do lado de Finete e Missirá)...

Parece que a grua do nosso tempo (novembro de 1969, a autogrua Galion)  terá sido substituída (?)... Ou então não aparece na foto... È possível que, com o aumento do tráfego fluvial, o porto de Bambadinca se tenha modernizadio em  termos de equipamentos... A grua, com cabine, era mais potente que a Galion (?)... Pelo menos parece ter um braço maior....


Foto nº 2 C


Foto nº 2 D

Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 > Bambadinca > c. 1973/74 > Rio Geba Estreito, porto fluvial, visto da margem direita

Fotos (e legenda): © Luís Mourato Oliveira (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Continuação da publicação do extenso e valioso álbum fotográfico do Luís Mourato Oliveira, nosso grã-tabanqueiro, que foi alf mil da CCAÇ 4740 (Cufar, 1972/73) e do Pel Caç Nat 52 (Mato Cão e Missirá, 1973/74). (*)


Lisboeta, com família do lado materno na Lourinhã (Miragaia e Marteleira), hoje bancário aposentado, cicloturista, o Luís Mourato Oliveira esteve na Guiné, em rendição individual de 1972 1974. Foi, portanto, um dos últimos "guerreiros do Império"... 

Foi, seguramente, o último comandante do Pel Caç Nat 52. Ele irá terminar a sua comissão em Missirá e extinguir o pelotão em agosto de 1974. Também visitava Bambadinca (a cujo batalhão estava adido) e Fá Mandinga e dava a devida importância aos convívios (entre militares e entre estes e a população).

Em meados de 1973 (por volta de julho), o Luís Mourtao Oliveira veio de Cufar, no sul, região de Tombali, para o CIM de Bolama, para fazer formação específica antes de ir comandar, em agosto, o Pel Caç Nat 52, no setor L1, zona leste (Bambadinca), região de Bafatá, subunidade que era composto maioritariamente por fulas. Enfim, terras que vários de  nós conheceram bem, do "alfero Cabral" ao Beja Santos, do Joaquim Mexia Alves ao Henrique Matos.

Recorde-se que a missão principal do destacamento do Mato Cão era proteger as embarcações que circulavam no Rio Geba Estreito, entre o Xime e Bambadinca. As condições de alojamento e segurança eram precárias.

Sobre o Mato Cão, que era um lugar mítico, temos já mais de 70 referências... Pertencia ao subsetor do Xime.

O Luís Mourato Oliveira conheceu os dois últimos batalhões de Bambadinca, o BART 3973 (1972/74) e o BCAÇ 4518/73 (que "fechou  a guerra").

Pelas fotos acima publicadas, fica-se com uma ideia da dimensão (e importância) do porto fluvial de Bambadinca que, a par do Xime, era o grande porto de entrada de abastecimentos do leste. O porto fluvial de Bambadinca eram sobretudo demandado pelas embarcações civis, fretadas pela Intendência. Os lendários e heróicos "barcos turras", como a tropa lhes chamava, que tinham passar por pontos sensíveis como a Ponta Varela e o Mato Cão, no Geba Estreito... . Na foto nº 2C são visíveis as amplas instalações (armazéns) do pelotão de intendência de Bambadinca.

Ao Xime aportavam sobretudo as LDG (Lanchas de Desembarque Grande) com homens e material (incluindo viaturas, armamento, equiamentos mais pesados, etc.) que depois seguiam a estrada (alcatroada) do leste que, no final da guerra, ia praticamente até à fronteira com a Guiné-Conacri: Xime, Bambadinca, Bafatá, Nova Lamego, Piche, Buruntuma...
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Nota do editor: