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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Guiné 63/74 - P10497: O nosso livro de visitas (147): Ansumane Cassamá, engenheiro agrónomo, natural de Sare Bacar, a viver em Portugal desde 1997




Guiné > Zona leste > A posição relativa do destacamento de Sare Bacar , mesmo junto à fronteira com o Senegal,  parte de um triângulo que compreende Cambaju e Contuboel. Fajonquito fica na carta de Colina do Norte (1956)

Fonte: Carta da Provínica da Guiné (1961). Escala 1/500 mil  (Pormenor)

1. Mensagem do nosso leitor Ansumane Cassamá:

De: Ansumane Cassamá

Data: 6 de Outubro de 2012 20:49

Assunto: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné


Venho por este meio informar que sou filho e natural de Sare Bacar, Contuboel, Bafatá.

Chamo-me Ansumane Cassamá, nascido a 3 de março de 1969, em Sare Bacar, Guiné-Bissau.

Sou engenheiro agrónomo.

Vivo em Portugal desde 1997, em Monte Abraão, Queluz.

Gostaria de participar nos vossos convívios.

Estive em Sare Bacar há seis meses para visita familiar.

Aguardo. As minhas [saudações], até à próxima oportunidade. Obrigado

Ansumane Cassamá

2. Comentário de L.G.:

Caro Ansumame, agradeço a sua mensagem e vou considerar o seu pedido como um honra para todos nós, amigos e camaradas da Guiné. Este blogue agrega já mais de 580 membros, a maior parte deles antigos combatentes portugueses da colonial colonial (1963/74). Mas também amigos da Guiné, portugueses, guineenses, caboverdianos e outros, que não são ou não foram militares. O Ansumane cabe nesta última categoria. E a propósito, fica deste já convidado a juntar-se a esta comunidade virtual, constituída justamente para "partilhar memórias e afetos".

Muito provavelmente o Ansumane não tem grandes memórias da guerra colonial. Tinha cinco anos e meio quando os últimos "tugas" saíram de Bissau. Mas passou a outra parte da sua infância, bem como a adolescência (e possivelmente a juventude), no novo país lusófono, a Guiné.-Bissau. Talvez nos possa (e queira) contar um pouco da sua vida nesse tempo, até vir para Portugal, em 1997,

Leia as nossas 10 regras editoriais (disponíveis na coluna do lado esquerdo do blogue). Se estiver de acordo com elas, pode mandar-nos uma fotografia atual e um foto (ou mais) da sua região...Queremos apresentá-lo formalmente aos outros grã-tabanqueiros. Reunimo-nos, a Tabanca Grande, pelo menos um vez por ano (nos últimos 3 anos, em Monte Real, Leira).

Não temos muitas referências a Sare Bacar (Clique aqui). A maior parte estão relacionadas com a malta da CCAÇ 3414, que passou por Bafatá e Saré Bacar, em 1971/73, e em especial o nosso amigo e camarada Joaquim Peixoto. Pode consultar a carta (1/50 mil) de Paunca (1957), que englobaa sua terra. Também não temos muitas fotos de Sare Bacar. Eu passei menos de dois meses em Contuboel, em junho e julho de 1969, mas nunca cheguei a ir até à fronteira. Conheci Contuboel, Sonaco e tabancas em redor...  Nesse tempo, era uma região pacífica, podia andar-se em Contuboel num raio de 15 quilómetros, desarmado... Tenho boas recordações dessa região.

Em resumo, Ansumane, obrigado pela sua visita, gostava que nos mandasse uma foto sua, atual, podendo vir acompanhada de mais algumas da sua terra, recentes ou mais antigas. Felicidades pessoais e profissionais. Que Deus, Alá e os bons irãs protejam a  nossa Guiné. Mantenhas. Luís Graça.
_____________________

Nota do editor:


Último poste da série > 27 de agosto de 2012 > Guiné 63/74 - P10302: O Nosso Livro de Visitas (146) ): Jaime Segura, ex-alf mil cav, CCAV 488 / BCAV 490 (Mansaba Bissorã, Ilha do Como, Jumbembem, Bissau, 1963/65)

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Guiné 63/74 - P9972: Efemérides (100): Guidaje foi há 39 anos... A coluna do dia 29 de maio de 1973: a participação da 38ª CCmds (Pinto Ferreira / Amílcar Mendes / João Ogando)







1. Reprodução, com a devida vénia, de um artigo, da autoria de João Ogando e Amílcar Mendes, publicado no Boletim Informativo da delegação de Comandos de Almada e Seixal, nº 11-II Série, Dezembro de 2011, p. 8. Acrescenta, à guisa de explicação, o nosso camarada Amílcar Mendes, grã-tabanqueiro: 

"Todo o relato desta coluna é feito na 1ª pessoa pelo então comandante da 38ª Companhia de Comandos Sr Capitão de Inf Cmd Victor Manuel Pinto Ferreira e constante na história da companhia. Foi publicado neste Boletim com arranjos meus e do ex-furriel mil cmd João Ogando".

Este recorte já tinha sido publicado por nós, em poste de 25 de março último, mas está  lá com resolução mais fraca, e portanto menos legível ou pouco amigável para o leitor... (*). Esta republicação do recorte faz sentido na série Efemérides, numa altura em que estamos a reviver os 39 anos da "batalha de Guidaje" (**) (***), fazendo jus aos vivos e aos mortos.

2. Sobre o "novo tipo de minas", usadas pelo PAIGC em Guidaje, e que é referido  no artigo supra,  logo no segundo parágrafo,  cite-se José Moura Calheiros (A Última Missão, Lisboa: CR - Caminhos Romanos, 2010, pp. 460/461): 

"(...) em quase todos os relatórios  eram referidos rebentamentos de minas anticarro por simples acção de 'picagem' e era-lhes atribuída a designação  de minas antipessoal reforçada com mina anticarro. Apenas o Cap Mil Inf Carlos Alberto Pereira da Silva, comandante da [2ª CCaç/BCaç] 4512/72 (que realizou a coluna de 15 de Maio) refere no seu relatório datado de 1JUN73 que o inimigo utilizava minas com dispositivo eléctrico antipicagem. E, apesar de a Repartição de Operações do Quartel-General ter sido alertada para o novo tipo de mina no final da coluna realizada pela CCP 121 e DFE4, em 23 de Maio, a coluna realizada a 30 de Maio ainda utilizou o mesmo método de detecção de minas, o que originou mais uma morte.

"No seu realatório, o Cap Cav Fernando Salgueiro Maia refere 'face ao accionamento de minas por picas, é de substituir estas por paus aguçados' (...)".

3. Ainda segundo esta fonte (Moura Calheiros, 2010, pp. 458/459), a operação para a abertura de novo itinerário, realizada a 29 de maio de 1973, teve a participação de seis agrupamentos, "cada um deles com efectivos de cerca de uma Companhia"):

(i) Agrup A: 38ª CCmds + Pel Sap / BCaç 4512;
(ii) Agrup B: 1ª CCaç / BCaç 4512 + GEsp Mil 342 (Olossato);
(iii) Agrup C: CCav 3420 + grupo de picadores de Binta;
(iV) Agrup D: CCP 121 / BCP 1;
(v) Agrup E: DFE1;
(vi) Agrup F: CCaç 3414 (Cumeré).

Os agrupamentos A, B, C e F partem de Binta, comandados pelo Cap Inf Comando Pinto Ferreira, da 38ª CCmds.  Os agrupamentos D e E (os páras e os fuzos) partem de Guidaje.

4. Depois da "batalha de Guidaje" e do seu regresso a Mansoa,  foram concedidos ao pessoal da 38ª CCmds 15 dias de descanso operacional em Bolama, na 2ª quinzena de junho de 1973, conforme se pode ler na história da unidade (vd. excertos a seguir):





38ª CCmds (Brá, 1972/74): História da Unidade > Atividade operacional entre os dias 25 de maio  e 19 de junho de 1973 (Documento disponibilizado pelo Amílcar Mendes)
___________________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 25 de março de 2012 > Guiné 63/74 - P9662: Guidaje, Maio de 1973: 2ª coluna a 4 companhias, a caminho de Guidage - 29/05/1973 (Amílcar Mendes/João Ogando)


(**) Último poste da série > 31 de maio de 2012 > Guiné 63/74 - P9970: Efemérides (65): Guidaje foi há 39 anos: Relembrando a primeira trágica coluna, dos dias 8 e 9 de maio de 1973 (Manuel Marinho, 1ª CCAÇ / BCAÇ 4512, Nema, Farim e Binta, 1972/74)

(***) Sobre a participação do Salgueiro Maia e dos seus homens, nesta coluna, ver o poste 26 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1213: A CCAV 3420, do Capitão Salgueiro Maia, em socorro a Guidaje (João Afonso)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Guiné 63/74 - P8880: O Nosso Livro de Visitas (119): Notícias de familiares e amigos do nosso saudoso camarada Fur Mil Fernando Ribeiro, da CCAÇ 3414 (Sare Bacar e Bafatá, 1971/73) (José Gaspar Fernandes Baptista / Joaquim Peixoto)

1. De uma leitora nossa, M.L. [, aqui referida apenas pelas iniciais do nome, porque fazemos questão de mantê-la no anonimato, para proteção da sua vida privada], recebemos a seguinte mensagem, datada de 23 de setembro último, com notícias que interessam a todos aqueles  - familiares, amigos, camaradas -  que privaram com o nosso malogrado camarada Fernando Ribeiro (*):

Assunto - Furriel Fernando Ribeiro (**)


[Foto à esquerda > Guiné > Zona Leste > Sare Bacar > CCAÇ 3414 (Sare Bacar e Bafatá, 1971/73) > O Fernando Ribeiro, de pé, ao lado do seu amigo e camarada Joaquim Peixoto, membro da nossa Tabanca Grande. Morreu em 26 de Julho de 1973, já no final da sua comissão]. 
 



Boa noite (....): Sou a [M.L.] que pela história a seguir [....] vai identificar.

Mais alguém apareceu com notícias do Fernando Ribeiro, o seu sobrinho, a quem ele deu parte da vida a educar. Deus não quis que isso acontecesse. Então depois de eu o ter contactado, ele, José Gaspar Fernandes Baptista, escreveu, penso que num outro blog. Copiei e colei aqui para a nossa história ter continuação. O Zé Gaspar ainda continua à ]espera de resposta de alguém. 

"Um pouco por mero acaso e também com ajuda da M.L., finalmente encontro alguma informação concreta do meu muito saudoso tio, Furriel Fernando Ribeiro.

"Posso dizer que fui o sobrinho favorito do Fernando. Quando ele morreu na Guiné, ia eu fazer 12 anos em Julho, a 26. Ele deve ter conversado com os camaradas, do sobrinho Zézito, o que nasceu em Timor, filho do irmão João que também era militar. 

"A morte do Fernando foi a devastação completa na família, o meu falecido avô, José Fernandes Ribeiro e a avó Maria do Céu Gaspar, (pais do Fernando, e na altura eu vivia com eles),'agarraram-se' a mim e passei a ser o filho mais novo, uma 'espécie' de substituto…. 

"Tenho algumas fotografias do tio Fernando na Guiné… com os camaradas. Também tenho a foto acima publicada. Tenho em meu poder a máquina fotográfica dele, a velhinha CANON, ainda funciona e bem.( Eu fui o 'herdeiro universal' da mala do Fernando que veio mais tarde da Guiné. 

"A todos os que tiverem recordações do Fernando e que queiram partilhar comigo, agradecia. Gostava muito encontrar e conversar com os amigos de armas do Fernando. 

"Tenho algumas fotos que vou digitalizar para partilhar com todos, em especial com a sobrinha do Furriel Pedro Pereira. Ainda o conheci, era pequenito na altura, mas ficou a recordação, muito vaga mas com muita saudade.

"Um grande abraço a todos. José Gaspar Fernandes Baptista"


2. Comentário do Joaquim Peixoto [, foto à direita , no T/T Niassa, na viagem para o TO da Guiné, em 1971], com data de 3 do corrente:

 Caro camarada  Luís:

Antes de mais as minhas desculpas pelo atraso em relação ao teu mail, mas a vida de aposentado é muito complicada!...

Recebi há já algum tempo ( em Junho) um mail do José Gaspar F. Batista (penso que é sargento da GNR em Coimbra)  em que se identificava como sobrinho do falecido Fur Ribeiro. Nesse mail, enviou-me várias fotos e solicitou-me que as legendasse.

Respondi ao mail,  legendando as fotos e acrescentando alguns comentários. Falei-lhe da organização do nosso primeiro convívio. Confirmou a recepção do meu mail e que mais tarde entraria em contacto comigo 

Na realidade, pelo contacto e amizade que tive com o Fernando Ribeiro, tinha conhecimento desse seu sobrinho. O Fernando falava muito de um irmão militar que tinha um filho nascido nas ex-colónias. Pela forma como se referia ao irmão e sobrinho, não havia dúvidas que esse seu sobrinho era o eleito dele e por quem nutria um grande carinho e amizade.

 Um grande abraço, 

 Joaquim Peixoto

3. Comentário de L.G.:

E uma grande história de amizade!... Gostaria de poder contar, nas nossas fileiras, com a presença do José Gaspar. Fica o convite formal para ele integrar a nossa Tabanca Grande e partilhar connosco a(s) memória(s) do nosso saudoso camarada, e seu tio, Fernando Ribeiro que a morte, traiçoeira, levou cedo desta vida. Ele que nos contacte. Obrigado também à nossa amiga, M.L., que tudo tem feito para que a memória do seu amigo Fernando não se perca.


_____________________ 

Notas do editor: 

(**) Sobre o Fernando Ribeiro, vd. postes de:



terça-feira, 6 de setembro de 2011

Guiné 63/74 - P8740: Convívios (372): Tabanca de Guilamilo, 21 de Agosto de 2011: A arte de bem receber da Margarida e do Joaquim Peixoto (ex-Fur Mil, CCAÇ 3414, Saré Bacar e Bafatá, 1971/73)


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 > Não é fácil de lá chegar... O dono da casa foi-nos esperar à saída da autoestrada...

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 >  Os sete magníficos; a contar da direita, António Carvalho (ou simplesmente Carvalho de Mampatá), Zé Rodrigues, Zé Manel Lopes, Zé Cancela, Joaquim Peixoto - régulo da tabanca -, Manuel Carmelita, Brito da Silva;  mais um, Luís Graça, na ponta esquerda...  

Aqui reunem-se, de vez em quando, os amigos da Guiné, diz o letreiro, bem humorado, afixado no alpendre da casa, centenária, cheia de mistério e de história, ensombrada por um irã, que repousa sobre um diospireiro (Diospyros kaki, originário da China) , e que dizem ser a alma (penada) de um frade que terá sido morto durante a guerra civil de 1828-1832...  Em suma, dizem os pergaminhos da casa (que em tempos até serviam para os caseiros fazer os porta-enxertos das vides...) que o casarão já foi convento, extinto provavelmente em 1834, como todos os outros em Portugal...
 


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães >  21 de Agosto de 2011 >  Algumas das iguarias com que nos brindaram os donos da casa, a Margarida e o Joaquim Peixoto, professores do ensino básico, reformados, a viver habitualmente em Penafiel... O cabritinho (não confundir, com o anho ou o cordeiro a que tinham direito os senhores professores quando no activo...) e o respectivo arroz de forno (com açafrão) eram dignos de uma página de finmo recorte literário do grande gourmet que também era o Eça de Queiroz... Ou melhor, e passe a publicidade: A Margarida teve a nota máxima... Um dia ainda haveremos de editar o livro de receitas de todas as nossas tabancas... E o cabrito de Guilamilo, à moda da professora Margarida Peixoto, deverá lá figurar como uma das nossas maravilhas gastronómicas...
 

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães >  21 de Agosto de 2011 >  Os aperitivos, cá fora, na antiga eira da quinta... Do lado esquerdo, O Zé Cancela (Penafiel) e  o Zé Manel Lopes (Régua); do lado direito, duas das esposas, a do Zé Cancela e a do António Carvalho (Gondomar)...  (As duas são Luísas, se não me engano... Não fixei todos os nomes, lapso de que peço mil perdões.)

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 >  Em primeiro plano, a esposa do Brito da Silva (cuja entrada, na Tabanca Grande, se aguarda...) e a Alice, da Tabanca de Candoz...  O Brito da Silva, natural de Baião (e, portanto, vizinho da Tabanca de Candoz) vive, por sinal, na Madalena, Vila Nova de Gaia, onde eu (e a Alcie) costumo ir com frequência...
 

Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 >  O Joaquim Peixoto - régulo da tabanca - exibindo uma surpreendente oferta do Manuel Carmelita à Tabanca Grande, representada por mim, um relógio de parede com o logótipo da solidária e alegre Tabanca de Matosinhos... 

O Manuel Carmelita, que é um verdadeiro artista, casado com a Joaquina Carmelita, vive em Vila do Conde, ofereceu igual prenda ao Pepito, director executivo da AD - Acção para o Desenvolvimento, a passar férias em Portugal (e réguo da Tabanca de São Martinho do Porto),  aquando da sua  visita (muito comentada) à Tabanca Pequena, no passado dia 17 de Agosto...

O Joaquim estava superfeliz, por  uma série de razões: (i) acabava de se reformar; (ii) tinha conseguido, em finais de Julho, realizar o 1º encontro da sua companhia, a CCAÇ 3414 (Sare Bacar, 1971/73), "graças ao teu/nosso blogue"; (iii) trazia a Guilamilo alguns dos seus amigos e camaradas da Tabanca de Matosinhos, mais chegados, incluindo o Brito da Silva (ex-Fur Mil Mec da sua companhia); (iv) tivera a agradável surpresa da vinda dos já velhos amigos Luís Graça e Alice Carneiro, da Tabanca de Candoz; (v) juntava também os seus filhos e genro... E, last but not the least, (vi) através do nosso blogue, um ilustre parente desconhecido contactou-o, por mail e depois por telefone, dando-lhe conhecimento dos desenvolvimentos da árvore genealógica dos Peixoto e da história de Guilamilo...


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 > Os anfitriões, Margarida e Joaquim, na hora dos discursos... Antes do Old Parr ("from Scotland for The Portuguese Armed Forces with love"...) e da aguardente, amarelinha,  do frade, feita outrora na quinta... (O Joaquim fez questão de presentear cada um dos seus convidados com uma garrafa desse precioso líquido, em cuja feitura estava presente o alquimista do frade; a Margarida, por sua vez, e mais uma vez, surpreendeu-nos com os seus delicados mimos, para as senhoras, que também eram oito... No seu brilhante e bem disposto improviso, a Margarida fez questão de sublinhar o quão bem tinha feito ao seu marido o reencontr com os camaradas da Guiné.)
 


Tabanca de Guilamilo, freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães > 21 de Agosto de 2011 >  À hora refeição, em que participou também a família Peixoto (Margarida e Joaquim, mais os seus dois filhos e o genro, marido da Joana).

 A Tabanca de Guilamilo (que já foi falsamente baptizada, por mim, como Guilhomil) dá assim mais um magnífico exemplo de camarigagem e de gosto pela convivialidade, sã e fraterna,  dos camaradas da Guiné que, de norte a sul, se reúnem sob o poilão da nossa magnifica Tabanca Grande... Neste caso, os convivas (incluindo eu) têm uma dupla pertença, são também "tabanqueiros" da Tabanca de Matosinhos, e fazem jus ao slogan, "Uma, duas, três, muitas tabancas"...

O Joaquim Peixoto (bem com os seus convidados nortenhos, acima identificados) reúne-se regulamente, às 4ªas feiras, para o já sacramental e célebre almoço no restaurante  Milho Rei  (A chamada Tabanca Pequena, que tem também uma página no Facebook, é descrita como um "espaço feito para e por ex-combatentes da Guerra do Ultramar na Guiné e que se juntam semanalmente em Matosinhos para perpetuarem uma amizade iniciada na sua juventude em África em tempos de Guerra").


Fotos (e legendas): © Luis Graça (2011). Todos os direitos reservados 

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terça-feira, 2 de agosto de 2011

Guiné 63/74 - P8631: Convívios (365): I Encontro da CCAÇ 3414, Coimbra, dia 30 de Julho de 2011 (Joaquim Carlos Peixoto)

1.º ENCONTRO DA CCAÇ 3414
SARE BACAR, BAFATÁ

COIMBRA - 30 DE JULHO 2011

Sendo um frequentador assíduo da Tabanca Pequena de Matosinhos e companheiro inseparável dos encontros da Tabanca Grande, onde num e noutro lado, revivo com muita emoção e franca camaradagem a vida passada nesse mundo quase irreal que é a Guiné. Revivendo momentos maus e menos maus que lá passámos, ficava pensativo e com certa mágoa ao recordar os meus camaradas e amigos da CCAÇ 3414 e não nos encontrarmos nem sabermos nada uns dos outros.

Tinha conhecimento que esta e aquela Companhias tinham convívios.
E a C CAÇ 3414?
Nada !!!

Compreendia, que sendo esta Companhia formada na maioria por soldados açorianos (apenas os graduados e os soldados especialistas eram do Continente), havia mais dificuldade em organizar um encontro, mas isso não me satisfazia, nem servia de justificação.

Algo tinha que ser feito. Através do nosso Blogue, mails, sms, net e alguns telefonemas, consegui o contacto do Silva nos Estados Unidos e do Caldeira nos Açores. Com muito empenho, trabalho e alguma sorte conseguimos muitos contactos e marcamos o nosso primeiro encontro para Coimbra no dia 30 de Julho.

Conseguimos contactar com todos os camaradas que residiam no Continente. Apenas quatro não puderam comparecer por motivo de trabalho ou saúde.

No dia marcado parti com o Brito para Coimbra. Como iria ser o nosso primeiro encontro passados trinta e oito anos?

Chegados ao local do encontro (antes da hora marcada) já lá se encontravam alguns camaradas mais apressados e ansiosos. Mas, quem seriam eles? Não reconheci nenhum, apenas o Capitão (hoje Coronel) Ribeiro de Faria. Aos outros, o Chaves, o Silva da secretaria e o Macedo, não os reconheci.

Era impressionante, um a um iam chegando e a chegada de cada um trazia mais emoção e mais alegria. Era uma “granada” de sentimentos, de emoção, era um reviver de situações que nos confundia, que nos animava. Não há palavras para exprimir semelhantes sentimentos.

Que lindo retrato!!!
Parecidos com os periquitos de 1971/73 ?!

Aos poucos foram aparecendo o Zé Maria, Caldeira, Pires, Gomes, Alcides Rocha, Vieira, Neves, Pinto, Coutinho, o Silva Enfermeiro, Abreu, Tavares e Bacalhau. Certamente que não foi bem por esta ordem, mas não recordo exactamente os que chegaram primeiro.

Após os primeiros abraços e as primeiras impressões:
- Já não te conhecia.
-Estás mais gordo.
- Onde está o teu cabelo?
-Tás velho pá.
-Eras metade!
E tantos, tantos comentários.

Dir-se-ia, à primeira vista que nada mudara mas não era bem assim.Explicações que dávamos da vida e situação actual, cruzavam-se com as recordações de outrora.

Depois deste primeiro contacto e acabados os aperitivos, passamos à sala onde iria ser servido o almoço.

Após cada um ter tomado o seu lugar, o nosso “Capitão” (Coronel) Ribeiro de Faria proferiu algumas palavras. Palavras essas de amizade e de reconhecimento. Porém, a emoção traiu-o aquando da lembrança dos camaradas que não regressaram: o Ribeiro e o Parreira. A voz falhou-lhe e a emoção tomou conta dele, e no rosto de cada um, era notória a tristeza e a desilusão dessas perdas.

A refeição decorreu animada e cada um ia relembrando o passado. Em cada rosto estava estampada a alegria.


A sobremesa foi coroada com um bolo onde se destacava a CCAÇ 3414 – OS FALCÕES – LEALDADE E JUSTIÇA.


Sem ninguém se aperceber o Lopes tinha uma surpresa para todos: fomos presenteados com “ Fados de Coimbra”, que fizeram a delícia de cada um de nós.

Também o Alcides Rocha, nos surpreendeu ao oferecer-nos umas garrafas do seu vinho “Aravos”.

Não posso deixar de referir a forma curiosa como o Silva (da secretaria) ia reconhecendo alguns camaradas que iam chegando: Pela maneira de andar, por alguns tiques e por algumas atitudes que tomavam.

Antes da despedida, formou-se uma comissão que irá organizar o próximo convívio em Setembro de 2012 na Ilha Terceira, onde a Companhia foi formada.

O encontro foi registado com várias fotos, e no regresso a casa todos levávamos a alma mais leve, pois partilhamos uns com os outros, as vivências de uma guerra que não era nossa. Recordamos, revivemos e abraçamo-nos com a esperança que outros encontros surgirão.


Foi feito um convite a todos, que ao passarem pelo Norte se juntem na Tabanca Pequena de Matosinhos (às Quartas-feiras).

Obrigado a todos pela vossa presença e pelo bem que fizemos uns aos outros neste convívio

Até sempre.
Joaquim Carlos Peixoto
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 26 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8607: Convívios (358): 2º Almoço-Confraternização do BCAÇ 4610/73, 3 de Setembro de 2011 em Pombal (José Romão)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8415: Monte Real, 4 de Junho: O nosso VI Encontro, manga de ronco (8): Visto pela especial sensibilidade da nossa amiga Margarida Peixoto, esposa do Joaquim Peixoto (CCAÇ 3414, Bafatá e Sare Bacar, 1971/73)


Monte Real  > Palace Hotel > 4 de Junho de 2011 > VI Encontro Nacional da Tabanca Grande > (*) Que bela paisagem!.. Que fariam os camarigos sem estas bajudas ?!!!.  [Da esquerda para a direita: Carminda Cancela, Margarida Peixoto, Maria Luís - filha do Paulo Santiago -, Lígia Guimarães e Gina Marques]


Aqui põem a escrita em dia, as amigas Alice e Margarida… enquanto a Carminda diz: Que têm tanto elas para dizer?




Os três Magníficos



A Margarida tentando aprender alguma coisa com a Felismina.






Que coincidência! Não é que se juntaram… só por acaso… os camarigos da  Tabanca Pequena de Matosinhos. São du Puôrto.



Finalmente o Brito e o Peixoto juntos! Ao longo de trinta e muitos anos…, sempre ouvi o meu marido a falar do Brito com carinho e amizade e a relembrar que no dia 9 de Julho comemoravam o aniversário dos dois. Que esta amizade dure para sempre!

Fotos: © Joaquim Peixoto  (2011) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados. 

1. Texto e legendas das fotos: Margarida Peixoto, professora do ensino básico, aposentada, a viver em Penafiel; é esposa do nosso camarada e amigo, Joaquim Peixoto, também ele professor (ainda no activo), régulo da Tabanca de Guilhomil, ex-Fur Mil Inf MA da CCAÇ 3414 (Bafatá e Sare Bacar, 1971/73)   [, foto à esquerda, com a Margarida, tirada no V Encontro, 2010, pelo Manuel Carmelita]:

Monte Real – Palace Hotel – 4 de Junho de 2011

Parabéns, Tabanca Grande!
Parabéns, Luís Graça!
Parabéns, Joaquim Mexia!
Parabéns, Carlos Vinhal!
Parabéns,  Miguel Pessoa!


Parabéns a quantos trabalharam e se esforçaram para que este dia fosse tão rico! Não posso enumerar todos os elementos, pois ainda sou muito maçarica nestas andanças, mas a todos quero agradecer, do fundo do coração, os momentos inesquecíveis passados neste convívio. A alegria, camaradagem, espírito de solidariedade que vejo estampada no rosto de cada ex-combatente; a amizade retratada em cada gesto e atitude de cada um, até à camaradagem que envolve, mulheres e companheiras destes camarigos, é algo de extraordinário, de mágico, de comovente.Como pode, como é possível, depois de vos terem roubado parte da juventude, numa guerra que não era vossa, que fizeram perder alguns dos vossos sonhos de ainda meninos, hoje já sexagenários, se abraçam com uma alegria tal e um entusiasmo que emociona e arrepia? Foi com muito orgulho que assisti pelo terceiro ano consecutivo a este encontro e pretendo continuar a fazê-lo. Todos eles me trazem algo que me faz reviver o passado e querer reforçar o futuro.

No primeiro ano, conheci a Alice e o Luís Graça, que por motivos vários nos tornaram amigos. 

No segundo ano, pude relembrar a minha adolescência ao recordar uma grande amiga que passava as férias neste local. Também pude reforçar a minha amizade com a Carminda [, esposa do José Manuel Cancela, igualmente de Penafiel], uma vez que estivemos mais tempo juntas. 

Este ano, mais uma vez enriqueci a minha existência ao conhecer a Felismina [ Costa]. Pessoa tão simples, como simples é o Alentejo, tão alegre e tão rica em sabedoria. Bem haja a todos quantos fazem parte da Tabanca Grande e proporcionam estes encontros. Mas, em tom diferente, peço-vos que não esqueçam a Tabanca Pequena de Matosinhos, que é pequena no nome, mas grande em solidariedade. Sem desprimor para todos os outros, queria dar um abraço com muito carinho ao Sr. Rolando [Basto, pai do Álvaro Basto, régulo da Tabanca de Matosinhos], pois é um exemplo de simpatia,  camaradagem e educação.

Margarida Peixoto
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 Nota do editor:


terça-feira, 5 de outubro de 2010

Guiné 63/74 - P7081: O Mundo é pequeno e a nossa Tabanca... é grande (27): Manuel Lopes, há 34 anos nos EUA, procura camaradas da CCAÇ 3414, mas já encontrou o Joaquim Peixoto



1. Mensagem do camarada Manuel Lopes, que está nos EUA, com data de 28 de Setembro

Assunto - Guiné

Luís, sou um antigo combatente da companhia CCAÇ 3414, 1971/73, estou fora de Portugal há 34 anos mas não me esqueço de onde vim estou a escrever para lhe pedir uma informação à cerca de onde é que poderia arranjar uma lista com todos os nomes dos meus antigos camaradas...

Já encomtrei o Joaquim Peixoto, natural de Penafiel [, aqui na foto, à esquerda, ao lado do malogrado Fernando Ribeiro, de pé] e vejo muito o seu blog e sempre estou procurando grato pela sua atenção

M.L. [ Manuel Lopes]
1º cabo 10364270
CCAÇ 3414, 1971/73

2. Comentário de Joaquim Peixoto  [ ex-Fur Mil Inf MA da CCAÇ 3414, Bafatá e Sare Bacar, 1971/73]:
, no mesmo dia, depois de ter conhecimento da mensagem do Manuel Lopes:

Amigo Luís: Agradeço-te imenso teres reencaminhado esta mensagem.


Este princípio de ano lectivo tem sido muito trabalhoso e ainda não tive disponibilidade e "tempo" para te agradecer as elogiosas palavras que me dirigiste aquando da ida à Tabanca de Guilhomil.

Relativamente ao camarada Manuel Lopes, foi com grande espanto e alegria que recebi, há dias, um telefonema dos Estados Unidos e, ao fim de algum tempo, verifiquei que estava a falar com um enfermeiro da minha companhia que não encontrava há 37 anos.

Cheguei à conclusão que soube do meu contacto através do "nosso Blogue", ao ler o artigo que escrevi sobre o meu amigo Fernando Ribeiro.

É caso para dizer "O mundo é pequeno e o nosso blogue é grande".

Tinha a esperança que através deste artigo conseguisse encontrar camaradas da 3414. Tenho-me correspondido com ele através de mails, e soube que um sobrinho do Fernando Ribeiro é Sargento do Exército em Coimbra e também quer saber pormenores da morte do tio.

São estas coisas que nos dão força para recordarmos os tempos passados e fazermos parte activa do nosso blogue.

E é com este espírito de camaradagem que irei satisfazer o pedido do Manuel Lopes.

Aproveito a ocasião para perguntar como têm passado e enviar um alfa bravo para ti e Alice.

Os amigos da Tabanca de Guilhomil

Joaquim Carlos e Margarida

3. Comentário de L.G.:

Obrigado, Manuel Lopes, obrigado, Joaquim e Margarida. Um abraço, aqui do Porto, para vocês. Os Estados Unidos da América é o 3º país onde o nosso blogue é mais visto ou lido. A entrada do Manuel Lopes na nossa Tabanca Grande será bem vinda. E de certo na novel Tabanca de Guilhomil... E a propósito, senhor professor Joaquin Carlos Peixoto, a grafia correcta é Guilhomil ou Guilhumil ? O nome de baptismo é de V. Excia, Visconde de Guilho(u)mil... Um abraço aos camaradas. Um bj para a nossa amiga Margarida.

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domingo, 12 de setembro de 2010

Guiné 63/74 - P6978: Convívios (270): Tabanca de Guilamilo, Polvoreira, Guimarães, 30 de Agosto de 2010,com o Joaquim e a Margarida Peixoto (Luís Graça)




A festa do carneirinho é uma tradição única no nosso país. Em Penafiel, o carneirinho é festejado na véspera o dia do Corpo de Deus. Em que consiste ? Nesse dia as crianças do 1º ciclo do ensino básico  (antiga 4ª classe) fazem um desfile,  ao longo das ruas de Penafiel. À frente seguem os bombos e os divertidos gigantones. Cada turma leva consigo um carneirinho, um anho,  enfeitado com flores de papel multicolores, oferenda ao seu(sua) professor(a)... Os miúdos vão vestidos com roupas tradicionais, levam bandeiras de papel e cartazes com frases alusivas aos professores. Desfilam entoando canções feitas por eles sobre o carneirinho, a escola e os professores. E no passado, a palmatória... Como recordam, aqui, os nossos amigos Joaquim e Margarida Peixoto, ambos professores, residentes em Penafiel. Ele, membro da nossa Tabanca Grande.

Esta tradição remonta a 1880, segundo Teresa Soeiro, autora do livro Penafiel. Nesse ano “um grupo de alunos da Casa Escolar do Sr. Henrique de Carvalho resolveram brindar o seu professor com um carneiro e fizeram-no por modo vistoso (…) indo na frente montado num jerico um aluno tocando corneta, e o carneiro muito enfeitado entre duas alas de pequenos estudantes vestidos a capricho. Todos acharam graça à lembrança.”

A nossa amiga Guida lembra-se, do seu tempo de menina e moça, das quadras que os  alunos cantavam durante o desfile, frente à casa da professora:

Viva o Carneirinho, / Viva a Professora, / Morra a palmatória, / Morra!

... No dia 30 de Agosto de 2010, nasceu mais uma Tabanca, a de Guilhomil, nome da quinta do Joaquim, sita na freguesia de Polvoreira, concelho de Guimarães. Fui lá, com familiares, almoçar, em resposta a um convite a este simpatiquíssimo casal de quem,  eu e a Alice,  já nos tornámos amigos.


 Vídeo (3' 38''): Luís Graça (2010). Alojado em You Tube > Nhabijoes




Guimarães, berço da nacionalidade, património mundial da humanidade... preparando-se para ser  a Capital da Cultura 2012...


Guimarães > Centro histórico, zona intra-muros (Classificada como património mundial da humanidade)  > Os antigos paços do concelho




Guimarães > Centro histórico > O célebre Largo da  Oliveira...



Guimarães > Centro histórica > Cada recanto, um encanto...



Guimarães < Polvoreira >  Quinta de Guilamilo, doravante Tabanca de Guilamilo ... A nobreza do granito esconde um antigo convento, de cuja história se sabe pouco... A casa está assombrada por vários fantasmas: o do Zé do Telhado, que a terá assaltado em emados do Séc. XIX; a de um frade que lá foi assassinado, possivelmente depois da extinção dos conventos em 1834... Mas foi lá que o Joaquim conheceu a Guida, numa festa que ele organizou depois do seu regresso da Guiné, creio que na passagem de ano de 1974...


Em casa é em U... Um pormenor do pátrio exterior, visto do 1º piso...


Vista para o pátio de entrada da quinta e da casa...


A belíssima cozinha do convento, que chegou a ter três fornos... Restam agora dois...


O oratório... e alguns dos livros que sobreviveram ao passar dos anos...


Fazendo as honras à casa: o Joaquim é exímio na arte de bem receber... O Joaquim e a Guida fazem, de resto,  uma belíssimo par.


Ainda em obras, a casa (o casarão) é um encanto... Da direita para a esquerda, o Joaquim (que a Guida trata por Carlos), a Alice, e os meus cunhados (e sócios de A Nossa Quinta de Candoz) Gusto e Nitas.


Vamos lá então ao cabritinho... com o estômado já bem composto pelas magníficas entradas confeccionadas pela Guida... Os vinhinhos eram verdes, monocastas, não da quinta (que produziu 40 pipas no tempo do pai do Joauqim) mas da  Região Demarcada dos Vinhos Verdes: um azal, outro avesso...À mesa estavam apenas, além dos anfitriões, a minha mulher Alice, e os meus cunhados, Ana Carneiro e Augusto Soares... Foi uma tarde de amena cavaqueira... Ainda iríamos depois à Penha (Guimarães) e ao Santuário de São Bento (Vizela)... Com esta história regressámos, eu e a Alice, a Candoz (e os meus cunhados ao Porto) já no dia seguinte...




A Guida, aliás Margarida... que na infância viveu em Angola.


Depois de uma magnífica refeição, ficámos os dois, eu e o Joaquim, a lembrar as coisas e as loisas da Guiné, com o Old Parr como digestivo...



 
A chave da nova Tabanca... de Guilamilo



O portal da casa do caseiro...



O velho brasão... A quinta foi herança do Joaquim, por via paterna... O pai foi nado e criado em Penafiel.




O senhor professor Joaquim Carlos Rocha Peixoto... ainda no activo...  A Guida já está reformada...

Recorde-se que era foi Fur Mil, da CCAÇ 3414, Sare Bacar, Cumeré, Brá, tendo estado no CTIG entre Julho de 1971 e Setembro de 1973.

A CCAÇ 3414 era uma companhia açoriana, comandada pelo Cap Inf Manuel José Marques Ribeiro de Faria... Unidade mobilizadora, BII 17. O Joaquim era amigo do Fernando Ribeiro, morto já no final da comissão...Falámos disto, das peripécias da Guiné, das (des)venturas dos nossos camaradas (alguns velhos, gastos, doentes, solitários, e com dificuldades financeiras, garante ele que é um homem atento, observador e sensível). Falámos das nossas Tabancas, a Grande e a Pequena (a de Matosinhos, de que o Joaquim é presença habitual nos almoços de 4ª feira)... O Joaquim fez o antigocurso do magistério primário já depois de regressar da Guiné... A ele e à Guida o meu muito especial Oscar Bravo (obrigado) pela hospitalidade e a amizade com que me honraram, a mim, à Alice e aos meus cunhados.





Vizela > Santuário de São Bento, a 410 acima do nível do mar, ao pôr do sol... Dois camaradas da Guiné, Joaquim Peixoto e Luís Graça, os dois primeiros inscritos na Tabanca de Guilamilo (e não Guilhomil...). Obrigado, Joaquim, por esta bela jornada...

Fotos (e legendas): © Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados

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Nota de L.G.: