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sábado, 22 de abril de 2023

Guiné 61/74 - P24240: Convívios (955): 38º Encontro Nacional dos Ex-Oficiais, Sargentos e Praças, BENG 447, Brá, Guiné: Caldas da Rainha, 20/5/2023... E ainda: almoço-convívio dos Antigos Aunos do Externato Ramalho Ortigão (ERO), também nas Caldas da Rainha, a 6/5/2023 (João Rodrigues Lobo)


Anúncio do 38.º Encontro Nacional dos Ex-Oficiais, Sargentos e Praças, BENG 447, Brá, Guiné, a realizar nas Caldas da Rainha, no restaurante O Cortiço, em 20 de maio de 2023.



Fonte: Página do Facebook dos Antigos Alunos do Externato Ramalho Ortigão



1, Mensagem do nosso camarada João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, cmdt do Pelotão de Transportes Especiais, BENG 447 (Brá, 1968/71):


Data - quinta, 30/03/2023, 10:52Assunto . Almoços de confraternizaçáo

Bom dia,

Primeiro com um grande abraço de solidariedade pelo momento que passas, e esperando também que as maleitas fisicas já estejam ultrapassadas.

Depois solicitando , se possível, a publicação no blog deste dois convites que as organizações me enviaram.

O da Guiné (pessoal do BENG 447) é óbvio, é pena eu não poder ir, mas nesse dia estou longe.(Contactos do BENG 447 : Lima Ferreira 919977304 - F. Araújo 963154718.

O dos Antigos Alunos do Externato Ramalho Ortigão (ERO), das Caldas da Rainha é no pressuposto que de tantos alunos que este teve ao longo da sua existência, e pelas datas, é altamente provável que alguns tenham passado pela Guiné e leiam o "nosso" blog. A este vou pois ainda cá estou.

Realiza-se a 6 de maio de 2023, nas Caldas da Rainha, no restaurante a Lareira. Facebook do grupo (público): (20+) ANTIGOS ALUNOS DO EXTERNATO RAMALHO ORTIGÃO | Facebook

Contactos do ERO: João Jales 962638683 - João Santos 968573660 - Audiomanias 262823380)
___________

Nota do editor:

Último poste da série > 10 de abril de 2023 > Guiné 61/74 - P24213: Convívios (954): 51.º Almoço/Convívio do pessoal da CCAÇ 414, a levar a efeito no próximo dia 30 de Abril de 2023 em Arcozelo, Vila Nova de Gaia (Manuel Barros Castro, ex-Fur Mil Enfermeiro)

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Guiné 61/74 - P24076: In Memoriam (469): Manuela Gonçalves (Nela) (Castelo Branco, 1946 - Caldas da Rainha, 2019), professora aposentada, cooperante, esposa do ex-alf mil, Nelson Gonçalves, cmdt Pel Caç Nat 60, 1969/70, vítima de mina A/C , em 13/11/1969, na estrada São Domingos-Susana


Guiné-Bissau > Região do Cacheu > Rio Cacheu > 1981 > A caminho de Ingoré... A Nela, turista, de perfil...Aqui com os filhos 
.


Guiné-Bissau > Bissau > 1982 >  A Nela, cooperante,  e os filhos...


Cortesia do seu blogue Viagens, Fotos e Palavras 
(https://viagensdanela.blogspot.com/)


1. Há muito que não tínhamos notícia da nossa amiga Manuela Gonçalves (Nela), que residia as Caldas da Rainha, professora do ensino secundário, esposa do infortunado alf mil Nelson Gonçalves, um dos comandantes (o segundo, por ordem cronológica) do Pel Caç Nat 60 (criado em São Domingos em 1968).

Foi a primeira, ou uma das primeiras mulheres, companheiras de camaradas nossos, a integrar a nossa Tabanca Grande. Não eram (nem são)  muitas, contam-e pelos dedos... O marido (o "maridão", como ela o chamava) foi alf mil, cmdt do Pel Caç Nat 60 (São Domingos, Ingoré e Susana, 1969/70): o Nelson Gonçalves foi vítima de uma mina anticarro, nas imediações de Nhambalá, na estrada São Domingos-Susana, em 13/11/1969, que lhe levou uma perna (*).

Infelizmente, confirmámos há dias que a nossa amiga, que estava reformada e era avó , já nos deixou, conforme página do Facebook "Em memória de Manuela Gonçalves". Confirmámos a notícia noutra fonte: segundo a AgênciaNeves - Serviços Funerários, das Caldas da Rainha, a nossa amiga Nela, de seu nome completo, Maria Manuela Fernandes Gonçalves , nasceu a 12 de dezembro de 1946, em Castelo Branco,  e morreu, nas Caldas da Rainha, em 2 de setembro de 2019. Era casada com Nelson Gonçalves, mãe de Tânia Manuela Gonçalves e do  Nelson Alexandre Gonçalves.

Daí a razão de ser deste In Memoriam (**). 

Apaixonada por viagens à volta do mundo, escrevia no blogue Viagens, Fotos e Palavras, em 26 de janeiro de 2019: 

"Faltam-me Tantos Países Para Visitar....Visitei 37 países das Nações Unidas (19.1%) num total de 193"... (Do México ao Japão, da Guiné-Bissau à Suécia, do Brasil à Índia, de Marrocos à África do Sul, de São Tomé e Príncipe a Moçambique, do Reino Unido à Itália...).   Seria já uma despedida ?... Aliás, é em meados desse ano, 2019,  que os seus blogues ficam inativos.


2. A Nela manteve ao longo do tempo da sua vida ativa (e depois na reforma) diversos blogues (nada menos que seis) e seguia muitos mais (cerca de duas dezenas e meia), incluindo o nosso, blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné e o blogue do Pel Caç Nat 60, criado pelo Manuel Seleiro.

Na altura, em 1970,  a Nela, jovem estudante universitára, a frequentar a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa,  e então namorada do Nelson, viveu a guerra à distância, com a morte na alma (***)... 

Já casada, anos depois, desloca-se à Guiné-Bissau, com o marido e os seus dois filhos pequenos, em 1981, para exorcizar os seus fantasmas... Da paixão à cooperação foi um passo... Viveu lá, na Guiné-Bissau, em 1981/82 (***)... 

Mais tarde, no início de 2006, descobriu o nosso blogue, que passou a visitar regularmente, e mais do que isso mantinha nessa altura o seu próprio blogue: Caminhos por onde andei...(infelizmente já descontinuado, não foi sequer capturado pelo Arquivo.pt) (****).
 
No seu perfil, no Bogger, definia-se nestes termos: "Mulher, sempre pronta a fazer malas e partir... com uma máquina fotográfica, uns livrinhos e, claro, de tenis... Também gosto de dar a minha opinião... e não prescindo dos meus direitos".

Era natural de Castelo Branco. Viveu e trabalhou nas Caldas da Rainha. Um abraço na dor ao marido (e nosso camarada Nelson Gonçalves, de quem não temos nenhum contacto), filhos  e restante família.

Requiescat in Pace, Nela!


(...) Que se passava? Um aerograma de um amigo, Alferes Baptista, no Q.G. em Bissau, deu – me a notícia: uma mina tinha rebentado com o Unimog, quando ele [o NEpson Gonçalves] e o seu pelotão, o Pel Caç Nat 60,  seguiam numa patrulha. Ele estava no HMP em Bissau, em coma. Era dia 13 de Novembro de 1969, 10:30 da manhã.

Restava-me esperar que o trouxessem para Lisboa e falar diariamente com um médico, amigo de uma tia, que prestava serviço no Hospital em Bissau. E de longe fui acompanhando o seu estado! Mais tarde um lacónico aerograma dele, muito parco em palavras, cheio de silêncios, confirmava-a.

Apesar de toda a dor e angústia sentidas, uma grande alegria: ele estava vivo. Os sonhos continuavam adiados, mas não jogados fora. Uma nova etapa nas nossas vidas havia começado! (...)

26 de março de 2006 > Guiné 63/74 - P634: Uma mina na estrada de São Domingos para Susana (Manuela Gonçalves)

 (...) O flagelo das minas continua e não sei mesmo se muitas delas não serão ainda daquelas que foram colocadas na guerra colonial.  A coincidência transportou-me até  [13 de] Novembro de 69.

Foi naquela mesmo estrada - de São Domingos para Susana - numa operação de reconhecimento da via, que o Unimog em que o maridão seguia, pisou uma mina anti-carro. No Unimog, uma outra mina anti-carro, levantada cerca de 300 metros antes, era transportada atrás e, por mero acaso, não rebentou, o que teria sido catastrófico para todo o pelotão!

A mina tinha sido accionada pelo pneu do lado direito, pelo que o maridão foi atirado para fora, em estado crítico, não tendo o condutor sofrido senão pequenos ferimentos, apesar da força do embate!

Um helicópetro transportou-o para Bissau, tendo acordado uns dias mais tarde numa cama no Hospital Militar, sem uma perna e tendo por companheiro de quarto o capitão Peralta, cubano, cuja captura tão noticiada era nos media de então. (...)



Sábado, Janeiro 7, 2006

Guiné- Bissau (1)

Esta noite, ao navegar pelos blogs que visito habitualmente, fui parar , através de hiperligações de posts, ao Blogue Fora-Nada, que reúne documentos e memórias de ex-combatentes da Guiné-Bissau!

Não fui combatente na Guiné, mas esses caminhos foram percorridos por mim de modo e tempo diferentes... Tornaram-se mesmo decisivos na minha vida de jovem estudante universitária rebelde , namorada de um alferes miliciano que para ali fora enviado para a guerra , mais tarde meu companheiro de vida (já lá vão 35 anos) e de mulher e mãe, que considerou importante ir para Bissau, como cooperante!

A Guiné dos aerogramas despertara um desejo imenso de conhecer a Guiné das bolanhas, das tabancas, dos mosquitos, dos rios e pântanos e das gentes que ali viviam, dos felupes, dos mandingas, dos papéis, de Amílcar Cabral, dos guerrilheiros do PAIGC...

Nunca tinha aceite a Guerra Colonial, mas uma vez que ela tinha entrado nas nossas vidas abruptamente e deixado incapacidades físicas ao maridão, senti uma vontade imensa de viajar para aquele pequeno país e conhecê-lo bem!

Era como que uma necessidade intrínseca de compreender bem uma etapa importante da vida vivida pelo companheiro de route!

Bissau, Bafatá, Mansoa, São Domingos, Ingoré eram locais que precisávamos (re)visitar.

E fomos lá! Também os nossos filhos nos acompanharam , crianças ainda, viram e pisaram as picadas que, anos antes, o pai cruzara, sempre alerta! Agora podíamos circular livremente, apesar do mau estado das estradas, mas em paz e liberdade!

Gostei da Guiné-Bissau! Voltar lá foi um modo de "exorcizar" fantasmas de guerra que habitavam a nossa casa! (...)

quinta-feira, 24 de novembro de 2022

Guiné 61/74 - P23814: "Um Olhar Retrospectivo", autobiografia de Adolfo Cruz, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 2796. Excerto da pág. 407 à 483 - Parte I - "e toma lá com o edital!" e Caldas da Rainha

1. Damos hoje início à publicação de um excerto do livro "Um Olhar Retrospectivo", de Adolfo Cruz (ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 2796 - Gadamael e Quinhamel, 1970/72), parte que diz respeito à sua vida militar.



(extracto do meu livro ‘um olhar retrospectivo’ 2018 - adolfo cruz da pág 407 à 483)

I - "e toma lá com o edital!"

E Daniel, esta foi forte!...
Sábado, dia 4 de Outubro, perto da hora do jantar, o meu pai resolve massacrar-me com a história do resultado negativo da matemática e com a vida que eu continuava a ‘cultivar’, embora eu defendesse que estava feito e não podia voltar atrás - resposta fácil…
E aproveito para lembrar que poderia vir a ser chamado para o serviço militar, em virtude do chumbo que impedia um eventual pedido de adiamento.
O meu pai logo explode dizendo que tinha muito tempo para pensar em serviço militar, que era muito cedo para isso.
Acaba de dizer isto e tocam à campainha.

Vou abrir e vejo o Zé Luís da Deusa, de Arcos de Valdevez, que me diz:
 - Até que enfim encontro a casa! Procurei, procurei, até conseguir que alguém me dissesse onde morava o Dr. Cruz!
- Gosto em vê-lo, Zé Luís, mas o que faz por aqui?!
- Fui colocado aqui no CICA 2, para fazer a especialidade, e trago uma notícia para si, de um edital que colaram numa das montras lá do nosso café.

Passa-me o papel e lá está o meu nome, para me apresentar no RI 5 (regimento de infantaria), nas Caldas da Rainha, no dia 6 de Outubro!
Mostro o papel ao meu pai e continuo a conversa com o Zé Luís, pois tinha curiosidade em saber notícias sobre malta dos Arcos de Valdevez, em geral, sem esquecer o Atlético, claro, onde ambos tínhamos jogado.
Perguntou-me quando tencionava lá ir, pois tinha pessoas a perguntarem por mim, o que era natural, pois tinha lá vivido, embora pouco tempo, mas o suficiente para criar amizades e com algumas histórias.

Depois disto, preparar as coisinhas para uma nova etapa, esta, sem interesse nenhum!
Tinha o dia seguinte, domingo, para tratar de tudo.
Nesse mesmo dia, após o jantar, a esposa de um croupier do casino, em conversa com a minha mãe, sobre o serviço militar e possibilidades de eu ir parar ao ultramar, o que era um susto para as famílias, sugere que eu aproveite uma oportunidade: ir para Londres.
Lá, tinha um primo bem colocado na General Motors e eu tinha lugar garantido, casa, carro da empresa, pagamento de curso superior, com facilidades, era só um telefonema.

A minha mãe ficou como que num beco sem saída, pois achava boa ideia, apesar da dificuldade e risco do ‘salto’, mas dizia que nunca mais me via, dadas as circunstâncias.
Aliás, situação idêntica já tinha sido equacionada, França ou Suécia, mas ficou no tinteiro, pelas mesmas razões.
O amor misturado com o egoísmo, sempre perspectivando a possibilidade de eu ficar na metrópole, o tempo todo.
E eu também não estava muito para aí virado, talvez mais por comodismo e também pensar que o ultramar acabaria por não me tocar, mas o pior aconteceu, um ano depois…
"Adolfo, nessa altura, como sou uns meses mais velho do que o Adolfo, já eu tinha uns meses de tropa e já estava no Casão Militar.
Eu tinha entrado em Abril de 69 e completei três anos em Abril de 72.
Comecei a trabalhar a seguir ao Verão."


caldas da rainha…

Oito da manhã de segunda feira, dia 6 de Outubro de 1969, data marcante: RI 5, aqui estou, meus senhores!
O que encontrei era o que me diziam, mais ou menos, mas não contava com tamanhas e frequentes filas, para isto e para aquilo, durante três dias, alternando com exercícios diversos.
Mas, confesso, nada que me metesse medo.
Como sempre detestei filas, andei à civil durante os três dias, para fugir às filas, embora tivesse de fazer alguns exercícios, vestido daquela maneira, os que não consegui evitar, e não era nada agradável.
Sempre que confrontado com aquela situação:
"Já não há o meu número e disseram-me para esperar.
Os meus colegas conseguiram, tiveram mais sorte do que eu."
"Colegas?! Aqui não há colegas, há camaradas!"

Aquilo mexeu com algumas células mentais e levou-me para cenários ideológicos, políticos, conotados com a esquerda, nada de acordo com os motivos e objectivos que me tinham sido impostos, levando-me para o serviço militar…
Terminados os três dias, já não tinha de andar em filas e acabei por receber as roupas e tudo o mais.
Nunca esquecerei aquela caserna, com frio das janelas que pareciam facas, com camas de ferro em beliche, colchões com recheio em palha, roupa nojenta, casas de banho, ou coisa parecida, com manchas por todo o lado.
Consegui arranjar um soldado que me tratava da cama, me pregava os botões, me engraxava as botas e limpava as instalações, sempre que me calhava em escala.
Tudo o que tinha de fazer, a contar para classificação, tentava que ficasse com nota média, pois pensava que poderia ficar cá, sem ter de ir ao Ultramar, segundo orientações que me tinham dado.

Uma coisa tinha de conseguir: não ficar no quartel um só fim de semana que fosse, e consegui!
Fácil: pagava a quem fizesse o serviço por mim, pois havia malta de longe, que não tinha interesse em ir de fim de semana e podia ganhar umas massas.
Assim foi acontecendo a recruta, com alguns momentos razoáveis, sempre com fins de semana na Figueira da Foz ou Lisboa, nem outra coisa eu poderia aceitar…
Já nos finais da recruta, Dezembro, um frio de rachar, e chegam as célebres patrulhas pela Serra do Bouro.

Nomeiam-me comandante de uma patrulha e lá vamos, estrada fora, até à Serra do Bouro, onde está escuro como breu, sem se conseguir perceber de que lado é a cidade, de que lado é o mar, pois os barquinhos de pesca nocturna, com as luzinhas, confundem-se com as luzes da cidade.
Cada passo, uma espécie de miragem, pois cada vulto parece uma casa, uma árvore, mas nada é o que se pensa ou imagina.
A certa altura, mesmo no cimo da serra, três militares, sem saberem quem são.
Afinal, eram três comandantes de patrulha que tinham perdido as respectivas patrulhas!
Falámos e conseguimos descer a serra até encontrarmos uma casita antiga, com uma luz muito ténue no interior.

Batemos e atende uma senhora idosa que logo nos oferece, além de um sorriso espontâneo e meigo, uma malguinha de café e um pedaço de pão saloio, uma verdadeira delícia!
Continuámos a descer até chegarmos à cidade, onde dispersámos, cada um seguiria um caminho diferente, até ao quartel, de forma a disfarçar o insucesso das nossas missões.
Eu, em vez de ir direito ao quartel, passei por um restaurante que conhecia, já fechado, mas lá estava alguém ainda a tratar de contas, a filha mais nova, que eu já conhecia, e me abriu a porta, mas logo se desfez em pedidos de desculpa por já não ter nada de comida feita, claro.
Consegui convencê-la a arranjar-me qualquer coisita, uns ovos mexidos, a única coisa possível e que muito agradeci.

Eu estava com a barba grande, de farda número três, a designada farda de trabalho, toda suja, de arreios, bornal, cantil, G3 e cartucheiras.
Ali estava eu, a conversar com a miúda, enquanto fazia os ovos, quando alguém bate no vidro da porta de entrada.
A irmã aparece, abre a porta e entra um indivíduo que logo me pergunta o que faço ali, àquela hora e naquele estado.
Respondo, naturalmente, que tinha estado em exercícios nocturnos e que estava de regresso ao quartel, mas tentando comer alguma coisita.
A outra faz-me um sinal, dando-me a entender qualquer coisa desagradável, logo, fiquei de pé atrás.
O indivíduo mandou-me sair, sem me deixar comer os ovos, e fazendo notar que era melhor assim.
Na dúvida, era melhor zarpar, o que fiz, sem pestanejar.

Voltando à nossa tentativa de disfarçar o insucesso da operação, o disfarce não pegou e fomos castigados, pois tínhamos perdido as nossas patrulhas, grave.
Castigo: banhos e massagens na estância balnear e termal da Foz do Arelho!
Ordem de partida do quartel, rumo à Foz do Arelho, a pé, uns bons quilómetros e, depois, várias vezes a percorrermos a praia de um lado para o outro, junto à água, carregados de material, e voltar ao quartel a pé, sem descanso - muito duro!
Só o percurso quartel - Foz do Arelho - quartel, cerca de vinte quilómetros.
Dois dias depois, passei pelo tal restaurante e perguntei à miúda quem era o namorado da irmã: um tenente do quadro do quartel RI 5!...

Terminada a recruta, desfile pela cidade e formatura na parada, de todas as companhias, perante a tribuna de honra, no edifício do comando.
Estamos formados e achamos alguma familiaridade em três dos oficiais que compunham a tribuna, mas era difícil descobrir porquê.
Discursam, discursam, até que se ouve um deles a enunciar uma lista de instruendos destinados a Lamego:
-………………
-………………
-Adolfo (…) Cruz
-………………
-………………

Eu fiquei de boca aberta e ansioso por poder perguntar o que queria dizer aquilo.
Logo que pude falar, mostrei estranheza e desagrado ao comandante do pelotão, o alferes Macedo, um alferes do quadro, rigoroso e duro, que me mandou calar, que era assim, e mais nada!
No final da sessão, falei com ele e perguntei como era possível ter sido seleccionado, dadas as minhas fragilidades e problemas de saúde.
Só me responde que estava tudo registado e eu tinha todos os exercícios com nota muito bom, embora os tivesse feito nos intervalos, para esconder as minhas capacidades, e que alguém esteve a seguir-nos, desde o início da recruta.

Resumindo: aqueles três oficiais que estavam na tribuna e nos pareciam familiares, andaram o tempo todo vestidos de trabalhadores da construção, em fato de macaco, misturados com os verdadeiros que faziam umas obras no quartel!

Não fiz mais nada e fui agarrar-me a um médico do quartel queixando-me de tudo e mais alguma coisa, nomeadamente, problemas de estômago, lesões na coluna e nas pernas, etc.
Afinal, já ninguém me tirava o ser atirador de infantaria e preferia ir para Tavira, fazer a especialidade, o que me daria uns bons momentos de Algarve, nada que se parecesse com o frio gelado do Norte, principalmente, naquela zona de Lamego, e com tempo de inverno.
"Teve razão em evitar a especialidade em Lamego, pois sempre ouvimos falar da violência dos treinos e preparação para o ultramar, além do frio e neve…"

Pois, mas já verá que não foi assim tão boa opção…


(Continua)
____________

Notas do editor

- Ortografia de acordo com o texto original

Vd. poste de 8 DE ABRIL DE 2017 > Guiné 61/74 - P17222: Tabanca Grande (431): Adolfo Cruz, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 2796 (Gadamael, Vicente da Mata, Ome (Bijemita), Quinhamel, Biombo e Bissau, 1970/72)... Grã-tabanqueiro n.º 740

segunda-feira, 27 de junho de 2022

Guiné 61/74 - P23387: Convívios (936): 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67): Caldas da Rainha, 28/5/2022: Fotos - Parte II (João Crisóstomo)


Foto nº 1 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 >   Os participantes da CCAÇ 1439 presentes: "Mafra", Teixeira e eu. O "Mafra", de seu nome o Manuel Calhandra Leitão,  foi o organizador do último encontro, de resto excelente (do ponto de vista da escolha do restaurante e do agradável convívio), do pessoal da CCAÇ 1439, na Ericeira, em 18/5/2019.


Foto nº 2 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) >Os  mesmos da foto nº 1  com os familiares que nos acompanharam; falta o Pedro, filho do "Mafra", Pedro Leitão,  que tirou a fotografia. O Teixeira veio de Faro com a esposa e a neta.


Foto nº  3 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) > "Junta-te aos bons e serás bom", disse eu ao Beja Santos, nosso sucessor em Missirá, Finete, Mato Cão, como comandante do Pel Caç Nat 52 (1968/70)… E ele não se fez rogado.


Foto nº 4 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) > O grupo dos camaradas participantes (*); falta o Teixeira que chegou mais tarde. Foto tirada pela Vilma.



Foto nº 5 > Mafra > 1/6/2022 > Visita ao "Mafra", na sua casa: a Vilma tirou a foto e ficou de fora… Em primeiro plano,  sentados, o "Mafra" e a esposa; na fila de trásm de pé,   os filhos do "Mafra"  a meu lado.
 
Fotos (e legendas): © João Crisóstomo (2022). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].



1. Mensagem do João Crisóstomo, ex-alf mil at inf, CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67),  que regressou entretanto, há dias, à sua casa, em Queens, Nova Iorque, depois de um périplo de dois meses por Portugal, Inglaterra e Eslovénia;

Data - sexta, 3/06/2022, 00:11
Assunto - Encontro nas Caldas da Rainha

Caro Luís Graca,

Como sabes,  a nossa planeada multifacetada estadia em Portugal (ver amigos; férias, tratamento dentário, encontros e outros) não saiu exactamente como esperávamos.  Alguns encontros planeados tiveram de ser cancelados ou modificados, na maioria dos casos ainda causados pela Covid, ou simplesmente pela chatice da idade que não excepciona ninguém. 

A participação da CCAÇ 1439 no encontro de 28 de Maio,  nas Caldas da Rainha, acabou por ser muito reduzida: eu, na expectativa de poder dar um abraço aos meus amigos dos tempos da Guiné, fiquei mais duas semanas para esse encontro (adiando a partida para a terra da Vilma, a Eslovénia), mas no fim éramos apenas três: eu, o Teixeira (que veio do Algarve) e o "Mafra", felizmente acompanhados por alguns familiares dando-nos o preciso suporte moral… Mas mesmo assim valeu a pena.

(...)   Falando ainda do encontro de 28 de Maio: foi uma pena tu não teres podido lá estar; felizmente a presença do Beja Santos preencheu essa lacuna dando-lhe brilhantismo e vida. Com certeza o José Fernando Almeida vai-te enviar fotos (*),  etc.,  sobre este encontro. Entretanto no que me/nos diz mais especialmente respeito aqui te envio umas fotos sobre o encontro (...).
 
Quando me apercebi que a maioria dos nossos camaradas da CCAÇ 1439 não podiam aparecer, eu pus-me a magicar como havia de fazer para os ver; mas desta vez por razões várias não me foi possível viajar tanto como desejava; o único que ainda tive maneira de visitar foi o Leitão (de alcunha "Mafra"), como podes ver numa das fotos que envio (Foto nº 5)

Um abraço, João (**)

___________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 24 de junho de 2022 > Guiné 61/74 - P23381: Convívios (934): 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67): Caldas da Rainha, 28/5/2022: Fotos - Parte I (José Fernando Almeida)

(**) Último poste da série > 26 de junho de 2022 > Guiné 61/74 - P23385: Convívios (935): Rescaldo do 50.º Almoço dos militares e famílias da CCAÇ 414, levado a efeito no passado dia 29 de Maio em Aveiro (Manuel Barros Castro)

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Guiné 61/74 - P23381: Convívios (934): 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439 (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67): Caldas da Rainha, 28/5/2022: Fotos - Parte I (José Fernando Almeida)



Foto nº 1 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) > Grupo só de ex-combatentes:

Sentados da direita para a esquerda; José Carlos Lopes (BCAÇ 2852); Fernando Sousa (CCAÇ 12); A. Adão (BCAÇ 2852); Beja Santos (Pel Caç Nat 52); João Ramos (CCAÇ 12); Humberto .Reis (CCAÇ 12); Fernando Oliveira (BCAÇ 2852); António F. Marques (CCAÇ 12); Luís Sousa (CCAÇ 12).

De pé; Otacílio Henriques (BCAÇ 2852); Silvino Carvalhal (BCAÇ 2852); Manuel Ferreira (CCAÇ 12); José Mourão (BCAÇ 2852); Joaquim Fernandes (CCAÇ 12); João Crisóstomo (CCAÇ 1439); Manuel Almeida (CCAÇ 12): "Mafra" (CCAÇ 1439); Bernardo Valente (BCAÇ 2852); Carlos Teixeira (BCAÇ 2852, Pelotão Daimler); Monteiro Valente (CCAÇ 12); Fernando Resende (BCAÇ 2852); Fernando Almeida (CCAÇ 12); Carlos Henriques (BCAÇ 2852); Virgílio Encarnação (CCAÇ 12); Francisco Patronilho (CCAÇ12); António Damas Murta (CCAÇ 1); Adelino Fernandes (BCAÇ 2852).


Foto nº 1A > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) > Grupo só de ex-combatentes (detalhe)... Recomheço, de imediato, na fila de pé, em 6º lugar, o José Fernando Almeida, e na ponta esquerda (11º), o Manuel Calhandra Leitão, o "Mafra, organizador do último encontro do pessoal da CCAÇ 1439, na Ericeira, em 18/5/2019. Em baixo, da esquerda para a direita, sentados, o Sousa (que veio do Funchal), seguido  do Antóno Marques (Cascais) e, em 4º lugar, o Humberto Reis (Alfragide), todos da CCAÇ 12. (Vd. legenda da Foto nº 1.)


Foto nº 1B > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) > Grupo só de ex-combatentes (detalhe)... Reconheço, de imediato, na fila de pé, logo à esquerda, o João Crisóstomo; e em baixo, sentados, o Mário Beja Santos (Pel Caç Nat 52) e e, em terceiro lugar, o Fernando Andrade Sousa (CCAÇ 12).  Dizem que o Fernando, o nosso valoroso  1º cabo aux enf, e que vive na Trofa, é totalistas dos 26 convívios até agora realizados. (Vd. legenda da Foto nº 1.)


Foto nº 2 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) >  Todo o grupo de participantes, ex-combatentes, familiares e amigos (1)


Foto nº 2 A> Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) >  Todo o grupo de participantes, ex-combatentes, familiares e amigos (detalhe)


Foto nº 2 B> Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) >  Todo o grupo de participantes, ex-combatentes, familiares e amigos (detalhe)


Foto nº  3 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) > Missa na Ermida de São Sebastião... Adjacente à Praça da República (também conhecida como a praça da fruta), é uma capela do séc. XVI, revestida, interiormente, de magníficos painéis setecentistas. Está classificada como imóvel de interesse público.


Foto nº  4 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) >  O José Fernando Almeida, a Vilma e o João Crisóstomo.


Foto nº  5 > Caldas da Rainha > 28 de maio de 2022 > 26º Convívio do Pessoal de Bambadinca (1968/71) + CCAÇ 1439  (Xime, Bambadinca, Enxalé, Porto Gole e Missirá, 1965/67) >  O  Mário Beja Santos.

Fotos (e legendas): © José Fernando Almeia  (2022). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


1. Fotos enviadas em 7 do corrente pelo José Fernando Almeida, o organizador do 26º Convivio do Pessoal de Bambadicna (1968/1), ex-fur mil trms, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (1969/71), a viver em Óbidos. 

O convívio, que se realizou no passado dia 28 de maio, nas Caldas da Rainha (*), reuniu mais de 7 dezenas de participantes, entre ex-combatentes, familiares e amigos. Estiveram presentes representantes da CCS/BCAÇ 2852 (1968/70), CCAÇ 2590/CCAÇ 12 (1969/71) e Pel Caç Nat 52 (1968/70), entre outras subunidades que estiveram em Bambadinca nesse tempo (por ex., Pel Mort 2206 e 2268; Pel Rec Daimler 2046 e 2206)... Por iniciativa do João Crisóstomo, juntaram-se também a este convívio algumas camaradas da madeirense CCAÇ 1439 (1965/67).

O próximo encontro do pessoal de Bambadinca (1968/71), o 27º convívio, será em Coimbra e será organizado pelo António Damas Murta  (ex-1º cabo cripto, CCAÇ 12, Bambadinca, 1969/71).



Bonito puzzle de brazões de unidades e subunidades que passaram por Bambadinca (Setor L1 da Zona Leste) entre meados de 1968 e meados de 1971. Composição do nosso editor Eduardo Magalhães Ribeiro.

Parabéns aos organizadores destes eventos, pela sua dedicação, generosidade  e camaradagem. De destacar que o José Fernando Almeida e o Fernando Andrade Sousa já realizaram mais do que um encontro (o Almeida já vai em três, nas Caldas da Rainha). E que o António Damas Murta vai também realizar o segundo (de novo em Coimbra, onde reside; um abraço especial para ele que ficou recentemente viúvo). (LG)
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Notas do editor:

(*) Vd. postes de:


17 de março de 2022 > Guiné 61/74 - P23087: Convívios (921): XXVI Convívio do Pessoal de Bambadinca, 1968/71: Caldas da Rainha, sábado, 28 de maio de 2022 (José Fernando Almeida, ex-fur mil trms, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12, 1969/71)

(**) Último poste da série > 21 de junho de  2022 > Guiné 61/74 - P23376: Convívios (933): Rescaldo do XVI Almoço/Convívio do pessoal da CART 1742 - "Os Panteras", levado a efeito no passado dia 18 de Junho, em Moreira da Maia (Abel Santos, ex-Sold At Art)

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Guiné 61/74 - P23372: Lembrete (41): 37º Encontro Nacional do Pessoal do BENG 447, Brá, Bissau, sábado, 25 de junho, Restaurante O Paraíso do Coto, Caldas da Rainha: há autocarros a partir do Porto e de Lisboa


Capa do livro "A Engenharia Militar na Guiné - O Batalhão de Engenharia". Coord. Gabinete de Estudos Arqueológicos da Engenharia Militar. Lisboa : Direcção de Infraestruturas do Exército, 2014, 166 p. : il. ; 23 cm. PT 378364/14 ISBN 978-972-99877-8-6. Índice da obra: ver aqui.

[Cortesia de Nuno Nazareth Fernandes].

Lembrete (*) do convívio aqui anunciado em 6 de abril de 2022 (**), por sugestão do nosso camarada João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, cmdt Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, dez1967/fev1971), meu vizinho de Torres Vedras (LG)

Programa


Preços e contactos



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Notas do editor:


quarta-feira, 6 de abril de 2022

quinta-feira, 17 de março de 2022

Guiné 61/74 - P23087: Convívios (921): XXVI Convívio do Pessoal de Bambadinca, 1968/71: Caldas da Rainha, sábado, 28 de maio de 2022 (José Fernando Almeida, ex-fur mil trms, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12, 1969/71)


Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector L1 > Bambadinca > 1970, ao tempo do BCAÇ 2852 (1968/70) > Espectacular vista aérea do aquartelamento, tirada no sentido leste-oeste, ou seja, do lado da grande bolanha de Bambadinca. 

(Vd. mapa da região)
(Vd. aqui as respetivas legendas.)

Foto (e legenda): © Humberto Reis (2006). Todos os direitos reservados. (Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné)



José Fernando Almeida,  o organizador do 26º Convivio,

ex-fur mil trms, CCAÇ 2590 / CCAÇ 12 (1969/71)

Guiné - Bambadinca 1968-1971 

(CCS/BCAÇ 2852, CCAÇ 2590/CCAÇ 12;
Pel Caç Nat 52, 54 e 63;
 Pel Mort 22106 e 2268; 
Pel Rec Daimler 2046 e 2206; 
e outros)

26.º Convívio, Caldas da Rainha, 

sábado, 28 de Maio de 2022


Camaradas e Amigos,

Saúdo-vos após estes dois anos de Covid,  tenho esperança que tenham passado bem este período assim como os vossos familiares .

Conforme ficou combinado no Porto, no ano de 2019, este ano o Convívio é realizado em Caldas da Rainha. 

Como sempre o Convívio é extensivo aos nossos familiares, camaradas e amigos, que nos têm acompanhado, apoiado e suportado todos estes cinquenta anos, (50 anos para uns, 51 e 52 para outros, tantos!). Se encontrares algum camarada que tenha perdido o contacto,  convida-o. 

I. Local de encontro: 

Parque D. Carlos I (Coreto),

Caldas da Rainha, 

entre as 10h00  e as 10h45

No Centro Comercical Vivaci, há estacionamento GRATUITO  nas duas primeiras horas. Fica à entrada das Caldas da Rainha,  ao lado do Hotel Lisbonense, Largo com a Estátua da Rainha


II. Missa em memória dos camaradas e familiares falecidos:

lgreja Nossa Senhora do Pópulo 

(Hospital Termal),

às 11h00.

III. Almoço- Recepção: 12.00 h 

Restaurante Paraíso do Coto,

Rua dos Outeiros 30-Qtª da Lage



IV. Preço por pessoa: Adulto- 27.50€

Crianças entre os 0 e 3 anos= Grátis | Crianças entre os 4 e 9 anos= 50 % |  Crianças com 10 anos ou mais = 100 %

Agradeço que sinalizes por Transferência Bancária : 

NIB 0035 0697 0037 1004 2007 9

ou envio de cheque em nome de José Fernando Gonçalves de Almeida


V. Agradeço a confirmação até ao dia 18 de Maio de 2022. 

VI. Contactos 

José Fernando Gonçalves de Almeida,

Estrada dos lngleses nº  9, Gracieira  

2510-339 A-dos-Negros

Telem 933 494 741   | Telef 262 958 178 | Email: josefgalmeida@gmail.com


Um abraço,

José Fernando Almeida

José Fernando Gonçalves de Almeida

Estrada dos Ingleses Nº 9

Gracieira

2510-339 A-dos- Negros

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Nota do editor:

Último poste da série >  28 de outubro de 2021 > Guiné 61/74 - P22667: Convívios (920): XI Encontro dos "Ilustres TSF", levado a efeito no passado dia 20 de Outubro em Lisboa (Hélder Valério de Sousa, ex-Fur Mil TRMS)

sábado, 1 de maio de 2021

Guiné 61/74 - P22162: Consultório militar do José Martins (65): Ao Povo de Moscavide reconhecido à tropa do RI 7 no 28 de Maio de 1926


Desta feita, o nosso camarada José Martins (ex-Fur Mil TRMS, CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), em mensagem de 8 de Abril de 2021, mandou-nos um trabalho dedicado ao Povo de Moscavide e às tropas do RI 7 do Destacamento das Caldas da Rainha,  que se deslocaram para aquela localidade aquando do Movimento de 28 de Maio de 1926.
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Nota do editor

Último poste da série de 30 DE ABRIL DE 2021 > Guiné 61/74 - P22157: Consultório militar do José Martins (64): Análise ao Artigo 19 (Honras Fúnebres) do Estatuto do Antigo Combatente - Anexos

sábado, 6 de março de 2021

Guiné 61/74 - P21976: Em busca de... (311): Ex-Soldados Instruendos do CSM - 3.º Turno de 1971, RI 5 - Caldas da Rainha, Luís Filipe Calado José da Costa e Luís Alberto Costa Pereira do 2.º Pelotão/5.ª Companhia (Carlos Jorge Pereira, ex-Fur Mil IOI)

1. Mensagem do nosso camarada Carlos Jorge Pereira, ex-Fur Mil IOI do COP 3, Bigene e Guidage, 1972/74, com data de 4 de Março de 2021, solicitando a publicação de uma foto do seu tempo de Recruta nas Caldas da Rainha na expectativa de encontrar os camaradas que estão retratados com ele:

Caro Carlos
Anexo fotografia tirada nas Caldas da Rainha em 4 de Agosto de 1971.
Assentamos praça no Curso de Sargentos Milicianos do 3.º turno de 1971, no 2.º Pelotão da 5.ª Companhia.


Caldas da Rainha, 4 de Agosto de 1971 > Da esquerda para a direita: Luís Filipe Calado José da COSTA, Carlos Jorge Lopes Marques PEREIRA e Luís Alberto COSTA PEREIRA.

Seguimos para Tavira e daí para o Ultramar.
Nunca mais soube deles. Não me recordo para onde foram.


Será que podes fazer uma publicação para tentar saber deles?

Um abraço
Carlos Jorge

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Nota do editor

Último poste da série de 31 de dezembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21715: Em busca de... (310): Hilário Peixeiro, capitão que conheci no Forte da Graça, em Elvas, em 1973/75 (João Rico, ex-fur enfermeiro)

terça-feira, 23 de fevereiro de 2021

Guiné 63/74 – P21938: Estórias avulsas (102): Um frango que voou depois de morto (Joaquim Ascenção, ex-Fur Mil Armas Pesadas de Infantaria)



1. Mensagem do nosso camarada Joaquim Ascenção (ex-Fur Mil de Armas Pesadas de Infantaria da CCAÇ 3460/BCAÇ 3863, Cacheu, 1971/73), com data de 21 de Fevereiro de 2021:


Um frango que voou depois de morto

Esta história passou-se em dezembro de 1970.

Finda a cerimónia de Juramento de Bandeira nas Caldas da Rainha eu o meu amigo José Alves Martins, natural de Almeida, apanhámos o comboio para o Porto.
Este meu amigo e colega já do tempo de estudante no ISEP teve a assistir à cerimónia de juramento de bandeira um irmão que no fim lhe deu um frango e uma garrafa de vinho, muito bem acondicionado, que seria um óptimo almoço.

Entrámos no comboio e ao arrumar a nossa bagagem na bagageira por cima das nossas cabeças, no momento que o meu amigo procurava arrumar o precioso almoço, o comboio ao passar nas agulhas de acesso à linha começou a oscilar violentamente provocando o desequilíbrio do meu amigo, por azar a janela estava aberta, resultando que o frango voou pela janela direitinho para a berma da linha.
Lá foi o almoço que iríamos partilhar!

Passámos uma fome de rato até sairmos para mudar da Linha do Oeste para a Linha do Norte, o dinheiro era pouco mas lá nos safamos enquanto esperávamos por novo comboio.

Nunca mais vi este meu amigo, sei que foi para a Escola de Oficiais e posteriormente para Moçambique.
Gostava muito de lhe dar um abraço, tem conta no Facebook mas parece-me que não visita a página.

Os meus cumprimentos.
Joaquim Ascenção

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Nota do editor

Último poste da série de 18 de janeiro de 2021 > Guiné 63/74 – P21780: Estórias avulsas (101): Um petisco indegesto para o jantar (Acácio Mares, ex-Fur Mil Inf)