segunda-feira, 25 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P16012: Manuscrito(s) (Luís Graça (82): Uma estranha maneira de dizer adeus… (ou quando os soldados partiam para a guerra)

v13  25abr2016

 Uma estranha maneira de dizer adeus… (ou quando os soldados partiam para a guerra)

por Luís Graça



Um estranha maneira de dizer adeus, um estranho povo este
que vem ajoelhar-se, no cais de partida,
não em oração, para aplacar a ira dos deuses, mas vergado,
vergado à toda poderosa razão de Estado.

A tentacular força centrífuga que, de há séculos,
te leva os filhos teus, 
ó Pátria, para fora,
paridos e expulsos do ventre da Mátria, para longe,
bem para longe, muito para lá do mar.

Ordeiros os soldados, como os cordeiros da matança da Páscoa,
anhos, dizem no norte,
alinhados no Cais da Rocha Conde de Óbidos,
como os elétricos amarelos que vão para a Cruz Quebrada,
empilhados, aboletados, requisitados às mães 
para servir a Pátria, o pai-patrão
que lhes cobra o dízimo em sangue, suor e lágrimas.

A mesma atitude, admirável, de patética resignação
perante o arbítrio dos deuses
que tudo pedem e podem, diz o capelão,
cheio de unto e de virtude,
que este é um povo religioso
porque tem o sentido do pathos, leia-se:
da tragédia inelutável.

Coitadas das mães que tais filhos pariram,
dizes tu, entre dentes,
para o teu camarada que vai subindo à tua frente o portaló,
o cadafalso, com um nó na garganta, mal disfarçado,
no meio dos lenços brancos ao vento,
em fundo preto, 
como em Fátima no 13 de maio.

Uma despedida breve com lágrimas salgadas no rosto,
com o Niassa
a última nau das Índias,  
a apitar três vezes,
sob a ponte de Salazar, ainda reluzente,
o velho abutre que alisa as suas penas,
dirás tu, Sophia, pitonisa de Delphos,
quase morto mas não enterrado.
Os últimos golfinhos do Tejo,
a última fragata de vela erguida,
a última caravela,
a última nau do cais da Ribeira,
o último império que ficou por haver,
o último marinheiro em terra,
sinal de tempestade,
o último uísque marado que ficou por beber no Cais do Sodré,
o Cristo Rei em terra que outrora foi de infiéis,
o Terreiro que continua do Paço, não do povo…
Ah! Lisboa, Lisboa, 
e o teu casario, branco, sujo,
um filme a preto e branco, riscado,
um gato preto à janela, sinal de mau agoiro.
Lisboa,  Lisboa, e lá longe a Guiné,
Lisboa, enfim,  as tuas ruínas,
pré-pombalinas,
o poço dos mouros, o poço dos negros,
o lundum, a umbigada
a procissão da Nossa Senhora da Saúde.
mais a Santa Inquisição,
zelando pela pureza da raça e do sangue,
zurzindo corpos e almas,
o Cemitério dos Prazeres, 
numa das tuas colinas,
com os seus altos ciprestes negros,
os mastros dos navios da carreira colonial,
o império por um fio dental,
a vida, curta, que se recapitula, de fio a pavio,
no último comboio que veio do campo militar de Santa Margarida,
pela calada da noite.

Lisboa revista, revisitada, revistada,
devassada, despojada,
em filme de oito milímetros, a preto e branco
ou a preto e negro, 
dizes tu, corrosivo.
Uma só nação, valente mas mortal,
ironiza alguém.
O Niassa colonial na azáfama do seu vai-e-vem,
antes de ir parar à sucata,
inglória a sucata da história que tu perdeste
aos dezoitos anos,
quando deste o nome para as sortes.
Estranha palavra esta, das sortes,
que rima com desnortes e com mortes,
e com os fracos de que não reza a história.

 Ah!, e os jacarandás que choram,
de lágrimas lilases, em pleno mês de maio,
e as santas das nossas mães que ficaram em casa,
a acender a vela à santa das santas,
a tecer o lenço de enxugar lágrimas,
um fado que tu ouviste no Bairro Alto,
e que já não era batido nem dançado nem cantado,
um fado apenas gemido, 
sussurrado.

 Passado o Bugio,
deixado para trás o velho do Restelo,
choradas as mães de xaile preto,
há um briefing às cinco da tarde, anunciam a bordo,
já em velocidade de cruzeiro,
no mar alto que outrora foi português,


Não, não uso a cruz, o crucifixo,
como colete de salvação, senhor capelão,
não vou para a guerra santa combater os infiéis,
alguém há de rezar por mim
para que eu volte são e salvo.
Do regulamento é apenas a chapa de zinco
com o número mecanográfico 13151468
e o picotado ao meio,
para mais facilmente ser cortada em duas partes
que seguirão caminhos distintos,
tudo isto face ao risco, bem real e concreto,
de eu morrer longe, bem longe da minha pátria,
para lá do mar, em terra que não me viu nascer.


E tu, camarada, descansa, que ninguém fica para trás,
se tu  morreres na batalha, alguém tratará da tua mortalha,
cerrará os teus dentes, puxará as persianas das meninas dos teus olhos,
porá um moeda na tua boca para pagares a viagem 
ao barqueiro de Caronte,
e fará o teu espólio e engraxará as tuas botas.

Sim, levarei comigo a pedra-chave que me liga ao além.
uma chapa de zinco, picotada ao meio,
outrora era de xisto ou de grés,
entre o meu antepassado calcolítico, castrejo, romanizado.

Pois, então, camaradas
se eu morrer, 
que me enterrem, de vez,
numa anta do meu país megalítico.



A bordo do T/T – Transporte de Tropas, Niassa,
a caminho da Guiné,
24-29 de maio de 1969.

Luís Graça

Revisto em 24nov2023.
 
__________

Guiné 63/74 - P16011: Álbum fotográfico do Fernando Andrade Sousa, ex-1º cabo aux enf, CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71) - Parte I: Uma ida ao Mato Cão


Guiné > Zona leste > Setor L1 > CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71) > Finete > "Eu à esquerda, na primeira fila, com a mala de primeiros socorros, e a minha G-3 (nunca usei pistola), com malta de da 1ª secção do 2º Gr Comb, da CCAÇ 12. Além do Arménio Monteiro da Fonseca [, que vive no Porto, em Campanhã], a secção era composta por:  (i) soldado arvorado  Alfa Baldé (Ap LGFog 3,7); e ainda os sold Samba Camará, Iéro Jaló,  Cheval Baldé (Ap LGFog 8,9) [, à direita do Arménio), Aruna Baldé (Mun LGFog 8,9) [, à minha esquerda], Mamadú Bari, Sidi Jaló (Ap Dilagrama) (FF) [, dado como tendo sido fuzilado depois da independência], Mussa Seide,  e Amadú Camará, todos fulas ou futa-fulas. Desta vez, também, a secção, o fur mil arm pesa inf Henriques [, o  nosso editor, Luís Graça], de óculos escuros, ao lado do Arménio".


Guiné > Zona leste > Setor L1 > CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71) > "Travessia do rio Geba, ao fundo Finete, no regresso de uma patrulhamento ao Mato Cão. Da popa para a proa da piroga, o alf mil at inf Carlão,  o 1º cabo Branco, o 1º cabo aux enf Sousa e, se não me engano, o soldado de transmissões Santos, [António Dias Santos, de alcunha,   'O Bacalhau', que já terá falecido, segundo informação do Humberto Reis]."

Fotos (e legendas): © Fernando Andrade Sousa  (2016). Todos os direitos reservados.


1. Algumas fotos que nos mostrou, em Monte Real, no passado dia 16, o Fernando Andrade Sousa, o último camarada a integrar a Tabanca Grande, com o nº 714.  Foi 1º cabo aux enf, CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadiinca, entre maio de 1969 e março de 1971).  

Sobre o famigerado Mato Cão recorde-se o seguinte. "O Geba Estreito (a partir do Xime) era traiçoeiro, sujeito às marés, e ao  fenómeno do macaréu (até para lá do Mato Cão)... Metia respeito... A segurança entre o Xime e Bambadinca era um  problema sério. Montávamos segurança às embarcações (, nomeadamente civis), no sítio do  Mato Cão, na margem direita do rio, frente a Nhabijões. No mínimo, era destacado um grupo de combate para fazer segurança próxima, no Mato Cão, sempre que havia embarcações a navegar no Geba Estreito. Para passar para a outra margem, a tropa de Bambadinca tinha que atravessar o rio,  de piroga, seguindo depois para o Mato Cão, atravessando o destacamento e tabanca em autodefesa de Finete". Entre o rio e Finete, havia uma bolanha... E o nosso destacamento mais avançado, no
regulado do Cuor, depois de Finete, era Missirá, guarnecido no nosso tempo pelo Pel Caç Nat 52, do Beja Santos, e depois pelo Pel Caç Nat 63, do Jorge Cabral" (LG) .
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Nota do editor:

domingo, 24 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P16010 Recortes de imprensa (80): João Paulo Diniz (,que vai estar mais logo no Jornal da Meia Noite, da SIC Notícias, para relembrar o seu papel no 25 de abril): "As minhas melhores amizades são do tempo da Guiné, quando fui locutor do PFA - Programa das Forças Armadas, em Bissau, em 1970/72" (Excerto de entrevista, DN -Diário de Notícias, 30/8/2015)

1. Excerto, com a devida vénia, de um entrevista dada pelo nosso camarada João Paulo Diniz, ao DN - Diário de Notícias, em 30/8/2015.

João Paulo Diniz, ex-1º cabo, BENG 447, ex-locutor do PFA - Programa das Forças Armadas, Serviço de Radiodifusão e Imprensa, Repartição de Assuntos Civis e Acção Psicológica, QG / Com-Chefe, Bissau, 1970/72; profissional da Rádio e da TV, com 50 anos de carreira; Oficial da Ordem da Liberdade em 2013; membro da nossa Tabanca Grande, com o nº 630, desde 19 de outubro de 2013]


DN - Díario de Notícias > 30 de agosto de 2015 > 

João Paulo Diniz: "Gostava que me deixassem trabalhar"

Entrevista por Paula Freitas Ferreira


Na noite de 24 de abril de 1974, anunciou a chegada da democracia na rádio. Aos 66 anos, e com uma carreira de cinco décadas celebradas amanhã, o jornalista confessa ao DN que gostava de experimentar ser pivô de TV.


P: Comemora amanhã 50 anos de carreira no jornalismo. Ainda se lembra do seu primeiro dia?

Foi na Rádio Peninsular e pela mão de Augusto Poiares. Desde os 13 anos que lhe pedia constantemente que me deixasse fazer um teste na rádio. Tanto insisti que ele acedeu. Dias depois de fazer o teste, o meu pai telefonou-me e disse que tinham gostado do meu registo de voz. O radialista Aurélio Carlos Moreira tinha gostado da minha gravação e convidou-me para apresentar o Pajú, que era um passatempo juvenil. Tinha 16 anos.

P: E passou a viver na rádio...

João Paulo Diniz, radialista do PIFAS (Bissau, 1970/72).
Foto de Garcez Costa
Atirei-me de cabeça. Passava lá os dias. Saía às duas da madrugada e entrava às seis da manhã. Foram tempos muito felizes e fartei-me de aprender. Tapava buracos. Se faltava alguém, porque estava doente, eu substituía-o. Eles chamavam-me: "Miúdo, anda para aqui para a cabine" e lá ia eu, com todo o respeito, observar o que faziam essas pessoas que tinham uma enorme experiência em rádio.



P: Também esteve ao microfone durante a guerra colonial...

Fui mobilizado para a Guiné, onde estive entre 1970 e 1972. Tive muita sorte. Nesse período foram fabricadas as minhas melhores amizades. Como tinha experiência em rádio, convidaram-me para apresentar o Programa das Forças Armadas, que era carinhosamente chamado de PIFAs. Era um programa do género de Good Morning Vietnam. Anos mais tarde, já a Guiné-Bissau era independente, cruzei-me com o Presidente Nino Vieira e disse-lhe que tinha sido militar na Guiné, que apresentava o PIFAs e ele confessou-me que também eles ouviam o programa.

P: Otelo Saraiva de Carvalho escolheu-o para dar o primeiro sinal que esteve na origem da Revolução de Abril de 1974. Como é que tudo aconteceu?

Estava na cabine da rádio [Peninsular] e chamaram-me à porta, porque estava ali alguém para falar comigo. Era o Capitão José Costa Martins. Chamou-me ao carro e disse que as Forças Armadas precisavam que eu desse um sinal na rádio que iria marcar o início de um golpe de estado. Respondi que não o podia fazer. Não o conhecia, até podia ser da PIDE. Ele identificou-se e fez-me esta pergunta: "E se fosse o Otelo a falar consigo?"

P: E falou?

Sim. Eu tinha-o conhecido na Guiné-Bissau. Respondi que até gostava de lhe dar um abraço. Então o Capitão Costa Martins perguntou-me quando é que eu podia encontrar-me com o Otelo. Estávamos a 22 de abril de 1974 e respondi que podia marcar o encontro lá para meados de maio. Olhou muito sério para mim e disse que teria de ser naquele dia, que era muito importante. Percebi que era. Combinámos encontrar-nos nessa noite no Centro Comercial Apolo 70.

P: Como foi esse encontro?

O Otelo explicou-me os objetivos da Revolução: fim da guerra no Ultramar, libertação dos presos políticos, instauração de uma democracia com eleições livres. E foi então que se escolheu a canção que eu teria que anunciar, logo após a transmissão da senha, que era a frase: "Faltam cinco minutos para as 24 horas". A hora foi depois antecipada e marcada para quando faltassem cinco minutos para as onze da noite. Ele queria que eu colocasse no ar uma cantiga do Zeca Afonso, que estava proibido de passar na rádio e eu sugeri a canção E Depois do Adeus, de Paulo de Carvalho. A música tinha ido ao Festival da Canção e não iria despertar desconfianças.

P: Aceitou logo? Não teve medo?

Claro que sim. Perguntei: "E se corre mal?"

P: Otelo respondeu-lhe?

Disse-me isto: "Se correr mal, nós, que somos militares, vamos para a Trafaria [prisão militar] e o João, que é civil, vai para Caxias [cadeia]".


P: Há quem lhe chame herói de Abril. Arriscou a vida. Podia ter corrido mal...

Não sou nenhum herói. Os heróis foram os militares das Forças Armadas. Não arrisquei a minha
vida, arrisquei a minha liberdade. Eles sim, arriscaram as vidas... (...)


2. Mensagem de hoje do Garcez Costa,  reencaminhando um mail do João Paulo Diniz, de ontem, e  que se retranscreve:

De: João Paulo Diniz
Data: 23 de abril de 2016 às 16:15
Assunto: SIC-Notícias

Olá,

Por este meio gostaria de informar as minhas Amigas e Amigos que fui convidado para estar presente no 'Jornal da Meia-Noite' da  SIC-Notícias. E decidi aceitar.

Data - de 24 para 25 de Abril.


O 'Jornal' começa à meia-noite, já nos primeiros instantes de dia 25 e eu aparecerei não sei exactamente a que horas. Se puderem ver, agradeço, e que depois me digam o que acharam...

Kisses & Abraços,
JP

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Nota do editor:

Guiné 63/74 - P16009: Convívios (736): I Encontro dos Combatentes de Lavra - Matosinhos, levado a efeito no passado dia 9 de Abril de 2016 (Abel Santos, ex-Soldado At Art da CART 1742)



1. Mensagem do nosso camarada Abel Santos (ex-Soldado Atirador da CART 1742 - "Os Panteras" - Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69), dando-nos notícia do I Encontro dos Combatentes de Lavra, levado a efeito no passado dia 9 de Abril de 2016:

Realizou-se no passado dia 09 de Abril 2016 o I Almoço/convívio dos Combatentes de Lavra.
Foi uma jornada de salutar convivência durante a qual se recordaram tempos idos e se trocaram impressões sobre a vida militar passada lá longe.

Os camaradas falecidos não foram esquecidos, pois foi respondido presente a cada nome citado e guardado por fim um minuto de recolhimento por aqueles homens que verteram o seu sangue, suor e lágrimas, perdendo a vida em defesa de uma causa, que hoje sabemos quanto essa guerra foi inútil.

A este I Convívio responderam à chamada 30 camaradas, (embora na foto estejam representados 20) o que superou as expectativas, criando um incentivo ainda mais audaz para realização de futuros encontros.

Para todos os camaradas presentes, e para aqueles que por qualquer motivo não puderam estar connosco, o meu muito obrigado, e bem hajam.

Abel Santos

Da esquerda para a direita: Abel Santos, Rodolfo Mesquita, Presidente da União das Freguesias de Perafita-Lavra e Santa Cruz do Bispo, e António Machado.
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Nota do editor

Último poste da série de 24 de Abril de 2016 Guiné 63/74 - P16006: Convívios (735): Em Fátima, dia 10 de maio, CCAÇ 1439 (Enxalé, Missirá e Porto Gole, 1965/67) + Pel Caç Nat 52 e 54 + Pel Mort 81.. Eu vou, diretamente de Nova Iorque (João Crisóstomo)

Guiné 63/74 - P16008: Efemérides (220): Cerimónia de comemoração do Dia do Combatente e VII Aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, dia 30 de Abril, em Matosinhos e Leça do Balio (Carlos Vinhal)



C O N V I T E

CERIMÓNIA DE COMEMORAÇÃO DO DIA DO COMBATENTE DO CONCELHO 
E DO
VII ANIVERSÁRIO DO NÚCLEO DE MATOSINHOS

A Direção do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes tem a honra de convidar V. Exa., seus familiares e amigos para a cerimónia em epígrafe, que terá lugar no próximo dia 30 de Abril (sábado) com o seguinte programa:

10:10 - Concentração dos participantes junto ao Monumento aos Combatentes do Ultramar na Rua Augusto Gomes, ao lado dos Bombeiros Voluntários de Leixões (gaveto da Rua Augusto Gomes com a Rua Alfredo Cunha).

10:15 - Início da cerimónia militar:
- Toque de Sentido; Deposição da coroa de flores; Toque de Silêncio; Toque de Homenagem aos Mortos; Minuto de Silêncio; Evocação religiosa; Toque de Alvorada; Toque a Descansar;
- Alocuções alusivas ao ato pelo Presidente do Núcleo Tenente Coronel Armando Costa, pelo Vice Presidente da Liga dos Combatentes General Fernando Aguda e pelo Presidente da Câmara Municipal Dr. Guilherme Pinto;
- Grupo Coral do Núcleo canta o Hino da Liga dos Combatentes; - Fim da cerimónia.

11:00 – Convívio VII Aniversário do Núcleo na Sede - Leça do Balio.
- Içar da Bandeira Nacional. - Descerramento de placa comemorativa (com referência à presença do Exmo. General Vice Presidente da Liga e do Exmo. Presidente da Câmara).
- Condecoração de combatentes com a Medalha Comemorativa das Campanhas.
- Entrega de Testemunhos de Apreço aos sócios com mais de quarenta anos de associados.
- Homenagem a um nosso sócio combatente ex- prisioneiro na Guiné Conacri (1968-1970).
- Almoço e animação musical (por inscrição).

A presença de todos é um dever de cidadania.
Não se esqueça, da boina, do emblema e da medalha.

O PRESIDENTE
Armando José Ribeiro da Costa
Tenente Coronel


ALMOÇO – EMENTA 

TÁBUA DE ENTRADAS
- Rissóis, bolinhos, croquetes, panadinhos, presunto e bola de carne.

QUENTES
- Creme de legumes.
- Rojões à moda do Minho com arroz de sarrabulho.

SOBREMESA
- Bolo de aniversário (acompanhado de espumante).
- Fruta laminada.

BEBIDAS
- Vinhos verdes e maduros.
- Sumos e águas.
- Café.
- Digestivo.

MAIS TARDE
- Caldo verde.

ANIMAÇÃO MUSICAL

Solicita-se inscrição até ao dia 28 de Abril (5ª feira) 
O preço por pessoa é de 15,00€.
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Nota do editor

Último poste da série de 13 de abril de 2016 Guiné 63/74 - P15971: Efemérides (219): Homenagem aos Combatentes da Guerra do Ultramar, mortos em combate nas 3 frentes (Angola, Moçambique e Guiné), em Cascais, levada a efeito no passado dia 31 de Março (Francisco Henriques da Silva)

Guiné 63/74 - P16007: Brunhoso há 50 anos (7): Uma terra de artes (Francisco Baptista, ex-Alf Mil da CCAÇ 2616 e CART 2732)

Brunhoso - Com a devida vénia


1. Em mensagem do dia 8 de Março de 2016, o nosso camarada Francisco Baptista (ex-Alf Mil Inf da CCAÇ 2616/BCAÇ 2892 (Buba, 1970/71) e CART 2732 (Mansabá, 1971/72), volta a falar-nos da sua terra natal há 50 anos.


Brunhoso há 50 anos

7 - UMA TERRA DE ARTES

Brunhoso não era somente uma terra rica e auto-suficiente pela variedade e quantidade de produtos agro-pecuários e florestais que produzia mas também pelos serviços que os seus artistas prestavam a essa comunidade agrícola laboriosa e a outras comunidades próximas.
Nesse tempo Brunhoso era conhecida como sendo uma terra de artes. Estas artes de que os povos dessas terras humildes falavam eram as artes mais utilitárias, que se confundem com os ofícios. Para vestir e calçar as pessoas e dar conforto e beleza aos lares havia as artes de alguns homens e de muitas mulheres:
As donas de casa que depois de transformarem num processo moroso que passava por várias fases a lã e o linho, em fio, só com as suas mãos hábeis ou com a ajuda dos teares ou das máquinas de costura, faziam as meias, os meotes, as saias, os saiotes, as blusas, as camisolas, os bordados, as camisas, as cuecas, as ceroulas, os lençóis, os carapins, as toalhas, as colchas, e outras utilidades, com a mesma entrega e a mesma dedicação com que tratavam dos filhos, das hortaliças e das flores nas hortas e do lar.

Senhoras trabalhando a lã
Com a devida vénia ao autor da foto e ao Blogue Aldeia de Castelões

Outras fazendas para roupas, diferentes da lã e do linho, eram vendidas pelos tendeiros de Campo de Víboras que periodicamente passavam pela aldeia com as mulas carregadas com peças de tecidos das mais variadas cores e qualidades.

Havia ainda os sotos em Mogadouro ou os dias de feira para compras semelhantes.

Havia três alfaiates que faziam fatos por medida.
Os homens, mais ainda os rapazes, estreavam geralmente os fatos no dia de Páscoa, costume antigo, talvez para celebrar o renascimento da vida, depois da Quaresma e da chegada da Primavera.

Havia quatro sapateiros que faziam sapatos novos de cabedal com brochas de quatro pancadas na sola do pé ou outras mais finas e arranjavam todo o tipo de sapatos;

Havia dois barbeiros, sendo um deles barbeiro-cirurgião, pois além de fazer as barbas e cortar os cabelos, sabia dar injecções, tratar das feridas, extrair carbúnculos, e tratar outros males de que as pessoas pudessem sofrer;

Havia duas parteiras, que tinham aprendido essa arte com outras mulheres mais velhas. Conheci melhor a senhor Cândida "Passarinho" mulher desenvolta, simpática, faladora, que se fechou muitas vezes no quarto dos meus pais, a sós com a minha mãe e uma amiga dela, para algumas horas depois o meu pai nos dizer, nem triste, nem contente, com o ar mais natural do mundo, que tinha nascido mais um irmão.

Para tratar das ferramentas, todo o tipo de apetrechos e equipamentos necessários à lavoura e ao bem-estar e resguardo de pessoas e animais havia os seguintes artistas:
Ferreiros, pai e filho, para tratar dos sachos, das picaretas, das enxadas, das relhas das charruas, dos arados, para arranjar ou fazer mesmo outras ferramentas e trabalhar o ferro para as mais diversas utilidades. Faziam aros de ferro que aplicavam ainda incandescentes, para se moldarem, nas rodas de madeira dos carros de vacas.
A forja do ferreiro era bem perto da casa dos meus pais, a cerca de 100 metros logo a seguir, separada por um terreiro, estava a antiga escola primária onde aprendi a amar as palavras escritas, a geografia e a história. Gostava de entrar na forja para ver o ferro a ficar incandescente e ver o ferreiro e o ajudante a moldar esse ferro em brasa com as marretas para construir ou arranjar ferramentas.
Para maior prazer meu e dos outros garotos da escola o ferreiro tinha um torno com que fazia piões de madeira que nos vendia por uma coroa, de freixo, de carrasco, de choupo e outras madeiras.

 Forjador
Imagem do Youtube

No terreiro da escola, os rapazes jogávamos ao pião, lembro-me que um dos jogos era lançar os piões sobre os dos outros para os danificar ou inutilizar. Para esse jogo, os piões bons, pela sua dureza, eram os de carrasco que dificilmente se danificavam, já os de choupo por vezes com uma ferroada certeira podiam rachar ao meio.

Noutro espaço desse terreiro as raparigas jogavam a macaca.

Havia carpinteiros de três áreas diferentes:
Os carroceiros ou carreiros que além dos carros de bois, faziam os jugos, os arados, os agrades, os trilhos para os cereais e outros;
Os carpinteiros da construção civil que montavam os soalhos, as vigas e as armações dos telhados;
Havia também dois artistas de carpintaria fina o que significa que além de outros trabalhos também fabricavam móveis, sendo um deles também fabricante de urnas.

Carro de bois
Imagem da internete

Havia duas parelhas de serradores que serravam manualmente as grandes ou pequenas árvores para fazer tábuas para os soalhos das casas, para os carros de bois e para as mais diversas aplicações. Era um trabalho muito duro que exigia muito músculo e muita precisão.

Havia um ferrador para aplicar as ferraduras nas bestas (gado asinino e muar) e nas vacas e bois;
Havia um capador que além de capar os animais também os curava de alguns males;

Havia os tosquiadores de carneiros e ovelhas que pelo mês de Maio faziam a tosquia da lã desses animais, que nesse tempo era muito bem paga pelos comerciantes;

Decorrentes da actividade agrícola havia:
Os segadores, quase todos os trabalhadores válidos que eram exímios na ceifa do trigo e do centeio:
Os gadanheiros que ceifavam a erva dos lameiros para fazer o feno para o gado comer nos estábulos sobretudo no Inverno.
Os limpadores de oliveiras que conheciam a melhor técnica para libertar essas árvores dos ramos em excesso sem as danificar.
No final da década 50 e no início da década de 60 do século passado vieram duas levas de alentejanos cada qual constituída por 6 trabalhadores para fazer a poda dos sobreiros, já que nesse tempo não havia em Brunhoso, nem nas redondezas trabalhadores habilitados para tal. Os da primeira leva, pela lenha extraída na poda com a qual fabricavam carvão vegetal, faziam esse serviço. Os da segunda leva fizeram esse trabalho pela cortiça que retiravam dos ramos cortados que depois vendiam para as fábricas para ser moída para várias aplicações.

Nas minhas andanças de garoto por montes e vales a guardar as vacas ou noutros afazeres, cruzei-me muitos vezes com eles. Eram homens simpáticos, pouco faladores, frugais, caçavam passarinhos com redes perto dos bebedouros deles, pediam aos lavradores conhecidos tomates, alfaces e batatas das hortas. Eram sóbrios, bebiam pouco vinho, o trabalho em cima dos sobreiros também não consentia abusos. Nem melhores ou piores mas diferentes dos meus conterrâneos, aprendi a apreciá-los pelas características enunciadas e por essa nostalgia meditativa que cresce na visão das grandes planícies, tão própria dos alentejanos.
Os tiradores de cortiça, seriam talvez dezoito (ainda hoje existirão no mesmo número) que sabiam tirar a cortiça com muita perícia, para não danificar o casco das árvores para futuras produções. Eram também solicitados para trabalhar noutras terras.

Descortiçamento
Com a devida vénia a Green Cork

Havia os albardeiros que além das albardas, fabricavam os atafais, as belfas para as mulas, meleias para as vacas, e outros artefactos. Os albardeiros além de trabalharem para a aldeia, montados em mulas percorriam todo o Nordeste Transmontano e ainda parte da Beira Transmontana . Ficavam alguns dias em cada aldeia, dependendo do trabalho que houvesse para fazer arranjos ou obras novas e em seguida mudavam-se para outra. Segundo testemunhos que recolhi por vezes chegavam a andar mais de um mês nesses trabalhos de terra em terra. Os albardeiros pertenciam todos, menos um, a uma família numerosa, cujo pai instruiu todos os filhos varões, penso que cinco, nessa arte. Eram homens fortes e grandes trabalhadores que deram fama a Brunhoso e às suas gentes por toda a zona, num raio de mais de 100 quilómetros.
O que não pertencia à família foi também ensinado pelo pai dos outros e era igualmente um bom profissional. Posteriormente, em meados da década de 50, os albardeiros deixaram de calcorrear as aldeias e passaram a fazer as feiras onde vendiam as obras feitas e recebiam também encomendas de outras obras ou de arranjos.

Os pedreiros, que com tanta perícia construíam as paredes dos edifícios da aldeia e os muros de muitos terrenos. Resta acrescentar que todos estes artistas praticavam também a arte milenar da agricultura.

Tudo isto se passa entre a minha meninice e a minha entrada na adolescência. Nesse período de tempo, quando em 1961, regressam dois soldados que tinham cumprido quase três anos na Índia onde estiveram presos quando a União Indiana invadiu esses territórios e foram recebidos com muita comoção e alívio por toda a aldeia, começa a guerra colonial em Angola que rapidamente atinge também a Guiné e Moçambique. Brunhoso tem um excesso populacional como nunca teve pois o Brasil seu destino tradicional de emigração está em crise e há alguns anos que impede a entrada de emigrantes.
Quando se descobre a França como destino de trabalho, embora em condições de partida clandestinas e difíceis é como uma válvula de escape que se abre e que os homens de todas as idades, artes e profissões aproveitam indiferentes aos riscos pois se nesse tempo não havia fome na aldeia, havia muita gente já no limiar da pobreza.

Pelos seus soldados mobilizados para a guerra do Ultramar as pessoas têm as mesmas saudades, que sentem pelos seus familiares emigrados com mais alguns receios que vão aplacando com choros, rezas e promessas. Felizmente não houve mortos ou feridos, nesses três destinos. Com a partida dos melhores trabalhadores do campo e de muitos artistas que lhe davam suporte, a agricultura tradicional irá morrer no espaço de poucos anos. Finalmente essa sociedade tradicional nas suas vivências, nos seus meios de produção, nos seus métodos e nos seus valores entra na era da globalização.
Nos processos de mudança há sempre uma crise e um choque a que nem sempre as pessoas e as sociedades conseguem resistir. No ano de 1960 viviam em Brunhoso 600 habitantes, actualmente vivem 200, e eu penso que por razões políticas regionais esse número está inflacionado.

A globalização, esse fenómeno mundial que o progresso económico e os meios de comunicação criaram, está a acabar com todas as sociedades tradicionais, nem sempre muita justas na distribuição da riqueza, mas infelizmente por ser movida pela ânsia do lucro das grandes empresas industriais e financeiras, que dominam os governos das nações, a globalização está a criar ainda uma maior miséria entre os povos e a destruir os rios, os mares, os solos, as florestas, enfim a ecologia que está na base da saúde mundial.
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Nota do editor

Último poste da série de 15 de março de 2016 Guiné 63/74 - P15860: Brunhoso há 50 anos (6): Uma terra rica e auto-suficiente (Francisco Baptista, ex-Alf Mil da CCAÇ 2616 e CART 2732)

Guiné 63/74 - P16006: Convívios (735): Em Fátima, dia 10 de maio, CCAÇ 1439 (Enxalé, Missirá e Porto Gole, 1965/67) + Pel Caç Nat 52 e 54 + Pel Mort 81.. Eu vou, diretamente de Nova Iorque (João Crisóstomo)



1. A notícia chegou-nos de Nova Iorque (!), por mail do João Crisóstomo. Ele vem de propósito para estar em Fátima com a malta do seu tempo e da sua companhia, antes de ir passar 5 semanas na Eslovénia, a terra da sua esposa Vilma:

trata-se do convívio da CCAÇ 1439 (Enxalé, Missirá e Porto Gole, 1965/67) + Pel Caç Nat 52 e 54 + Pel Mort 81.

Os nossos amigos Helena (a Lena do Enxalé) e Álvaro Carvalho (Caldas da Rainha) também vão estar. E o Henrique Matos, pois claro, o 1º comandante do Pel Caç Nat 52 (1966/68). E cremos  que também o José António Viegas, ex-fur mil do Pel Caç Nat 54.
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Nota do editor:

Último poste da série > 12 de abril de 2016 >  Guiné 63/74 - P15965: Convívios (734): 10.º Encontro do pessoal da CCS / BART 2719 (Bambadinca, 1970/72) e subunidades adidas, Viseu, 21 de maio de 2016 (Benjamim Durães)

Guiné 63/74 - P16005: (In)citações (87): Breve interpretação sobre a entrega do Ultramar Português (José Manuel Matos Dinis, ex-Fur Mil da CCAÇ 2679)

1. Texto do nosso camarada José Manuel Matos Dinis (ex-Fur Mil da CCAÇ 2679, Bajocunda, 1970/71), enviado ao Blogue em mensagem de 23 de Abril de 2016, subordinado ao título:

Breve interpretação sobre a entrega do Ultramar Português

Camaradas,
O assunto tem sido bastante debatido, embora com mais ou menos profundidade, por vezes até com a exaltação de quem bebeu argumentos das diferentes forças políticas. Já aqui referi que a minha interpretação e sentimento não encaixa nada, antes pelo contrário, nas apressadas justificações de que Portugal exercia a colonização com brutalidade, sem olhar aos interesses dos povos autóctones. Muito evoluía a realidade social ultramarina. Mas também referi que os verdadeiros colonos eram os trusts internacionais; que os antigos governos votaram ao desprezo o progresso daquelas terras e gentes; e que a partir da transição do final da década de 50 para a de 60 do século passado, as duas maiores "províncias" passaram a mostrar invejáveis quadros de desenvolvimento, que em Angola por altura dos anos sessenta atingia os 20% no crescimento económico, e em Moçambique rondava os 10%, enquanto a metrópole exibia com regularidade cerca de 7%, mas em boa parte à custa do mercado de privilégio ultramarino, onde colocava vinho, têxteis, sapatos, azeite, e pouco mais, produtos com que não concorria no mercado internacional, e estavam vedados para qualquer iniciativa na África Portuguesa. Do fluxo de pagamentos pelas matéria-primas exportadas, os cofres do Estado registaram elevadas somas de poupança, que conferiam a Portugal uma situação tão confortável, quanto pagava a guerra e ainda provia à construção de muitos e variados equipamentos (barragens, linhas de transporte de energia, rodovias, caminhos de ferro, pontes e modernização de portos marítimos, hospitais, etc) que dinamizavam ao desenvolvimento equilibrado.

Desde essa altura, com a emergência dos novos ventos da história e de uma frente emancipalista afro-asiática de países que passaram a constituir uma maioria no concerto das nações, maioria inspirada nas teses do socialismo e do comunismo, que os territórios colonizados foram objecto de grossas discussões em fóruns, e de grandes parangonas na comunicação social, sem que alguém ousasse olhar para os autocráticos processos que alcançavam as respectivas independências, e para os cortejos de miséria e indecências que esmagavam as populações e comprometiam as estruturas morais e de desenvolvimento.

É neste pressuposto de confusão entre o equilíbrio das sociedades e a ambição dos jovens líderes autonomistas, que vos quero apresentar alguns parágrafos de uma obra de Amorim de Carvalho, "O Fim Histórico de Portugal", onde ele aborda de forma luminosa o problema da descolonização portuguesa. Depois de afirmar que a existência histórica de Portugal começou com os descobrimentos e manteve-se pela colonização bem caracteristicamente portuguesa, marcada pela autodescolonização de que o Brasil é exemplo, e depois de ter demonstrado também a especialidade dessa colonização, define o que entende por autodescolonização nos seguintes termos: "Quando falei de autodescolonização quis fazer referência a uma tomada de consciência, no colonizador, da sua relação humana com o colonizado. A partir desta tomada de consciência e de uma acção de acordo com ela, a colonização rigorosamente falando deixa de existir... porque os colonos de ontem dão àqueles que eram ontem também os colonizados, o progresso e a civilização, que estes, por si próprios, não foram capazes de realizar no seu próprio território; este território torna-se então comum, de facto e de direito, e uma pátria multirracial"... "A colonização portuguesa foi no seu conjunto histórico - reabilitando-se do que ela pôde ou teve de ser cruel para tornar-se a mais humana de todas - autodescolonizadora no seu próprio processo de relação humana". "Eis o que distingue a independência pela autodescolonização ou aparente descolonização outorgada de um momento para o outro para satisfazer um compromisso ideológico sem fundamento real: o direito dos povos à independência pressupondo uma «consciência nacional» existindo já no povo colonizado".
"Se esta consciência nacional não existir, porque não existe senão uma consciência tribal ou um conjunto de consciências tribais de uma «independência» abandonada aos conflitos entre as diferentes etnias"... "Trata-se de um caso psico-social ou intelecto-moral muito frequente na nossa época, de hipocrisia final diferida porque se concede um direito dos povos à independência que só existe em pura teoria, mas que já se sabe não pode ser eticamente recebida porque o povo colonizado não está preparado para este género de independência" - págs. 88 e 89.

Como sustenta o citado autor, enquanto a descolonização outorgada não passa de hipocrisia e de uma falsa aplicação de um pretenso método democrático, a autodescolonização, através de uma progressiva destribalização dos autóctones, entre os quais se forma uma minoria de elite (enquanto a maioria se encontra ligada às suas tradições, usos e costumes), opera o processo de autodescolonização sob a influência das elites brancas, mestiças e negras, o que permite uma autodeterminação democrática e realista.

Abraços fraternos
JD

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Consultas:
"A Entrega do Ultramar Português e o 4 de Fevereiro de 1961 em Angola", de Álvaro da Silva Tavares;
"A Descolonização da África Portuguesa", de Norrie MacQueen;
"Angola, Anatomia de uma tragédia" e "25 de Abril de 1974 - A Revolução da Perfídia", de General Silva Cardoso.
A primeira das obras citadas está disponível na net.
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Nota do editor

Último poste da série de 21 de fevereiro de 2016 Guiné 63/74 - P15777: (In)citações (86): Opinião sobre os Governadores e Comandantes-Chefes das Forças Armadas da Guiné - 3 (Coutinho e Lima, Cor Art Ref)

Guiné 63/74 - P16004: Parabéns a você (1069): David Guimarães, ex-Fur Mil Art MA da CART 2716 (Guiné, 1970/72)

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Nota do editor

Último poste da série de 21 de abril de 2016 Guiné 63/74 - P15996: Parabéns a você (1066): António Branquinho, ex-Fur Mil Inf do Pel Caç Nat 63 (Guiné, 1969/71)

sábado, 23 de abril de 2016

Guiné 63/74 - P16003: Tabanca Grande (486): Fernando Andrade Sousa, ex-1º cabo aux enf, CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, 1969/71)... Valoroso, leal, afável, dedicado e corajoso... Vive na Trofa e vai fazer uma festa de arromba, no dia 30 de maio, ao perfazer 70 aninhos de vida... É o nosso grã-tabanqueiro nº 714



Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > A equipa de futebol de onze... Da esquerda para a direita: primeira fila:

 (i)  Luciano Pereira de Silva (1º cabo at inf, 4º Gr Comb, natural de São Mamede do Coronado, Trofa, emigrado em França);

(ii) Francisco Magalhães Moreira, capitão da equipa  (alf mil op esp, cmdt do 1º Gr Comb, Santo Tirso);

(iii) António Manuel Carlão (alf mil at inf, cmdt do 2º Gr Comb, destacado depois para a equipa do reordenamento de Nhabijões; vive em Fão, Ermesinde, onde explora um restaurante);

(iv) Abílio Soares (1º cabo  at inf, da 3ª secção (comandado pelo fur mil Branquinho) do 1º Gr Comb (vivia em Lisboa, terá sido morto há muitos anos em circunstâncias misteriosas);

(v) Arlindo Teixeira Roda (fur mil at inf, 3º Gr Comb, natural de Pousos, Leiria, vive em Setúbal); 

na segunda fila, de pé: 

(vi) guarda-redes João Rito Marques (1º cabo quarteleiro, ou Manutenção de Material; vive no Souto, Sabugal);

(vii) Fernando Andrade de Sousa (1º cabo aux enf, vive na Trofa);

(viii) Arménio Monteiro da Fonseca (sold at inf, natural da Campanhã, vive no Porto); 
(ix) Eduardo Veríssimo de Sousa Tavares (1º cabo escriturário, vivia em Miranda do Douro, faleceu em 29 de agosto de 2015] (*);

(x) Manuel Alberto Faria Branco (1º cabo at inf, 2º Gr Comb; vive na Póvoa do Varzim, e é grande amigo do Fernando Sousa);

e (xi)  Ernesto A. M. Rocha, 1º cabo at inf, 4º Gr Comb, que veio substituir o 1º cabo at inf António Pinto, também evacuado para o HMDIC; morada atual desconhecida,   [Vd. composição orgânica da CCAÇ 25690 / CCAÇ 12].


Guiné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > A valorosa equipa de futebol da CCAÇ 12, que disputou campeonatos em Bafatá... Da esquerda para a direita, na primeira fila:

(i)  Gabriel Çonçalves (1º cabo cripto, vive em Lisboa), 

(ii)  Francisco Moreira (alf mil op esp, cmdt do 1º Gr Comb, vive em Santo Tirso); 

(iii) Arlindo Roda (fur mil at inf,. do 3º Gr Comb, vive em Setúbal);

(iv)  Arménio Fonseca (sold at inf, 1º Gr Comb, vive no Porto);

(v) e o guarda-redes, João Rito Marques (o 1º cabo quarteleiro, vive no Souto, Sabugal); 

e na  segunda fila: 

(vi)  Fernando Sousa (1º cabo aux enf, vive na Trofa),

(vii) Luciano Pereira de Silva (1º cabo at inf, 4º Gr Comb, natural de São Mamede do Coronado, Trofa, emigrado em França); 

(viii) Fernando B. Gonçalves (1º cabo aux enf, que veio substituir o 1º cabo aux  José M. Sousa Faleiro, evacuado logo no início para o Hospital Militar de Doenças Infecto-Contagiosas;  morada atual desconmhecida)

(ix)  Alcino Carvalho Braga  (sold cond auto; vive em Lisboa) 

(xi) Manuel Alberto Faria Branco (1º cabo at inf, 2º Gr Comb; vive na Póvoa do Varzim)

(xi)  e o António Manuel Martins  Branquinho (fur mil at inf, 1º Gr Comb; falecido, vivia em Évora).

Fotos: © Arlindo Roda (2010). Todos os direitos reservados


Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real (Termas de Monte Real) > XI Encontro Nacional da Tabanca Grande > 16 de abril de 2016 > Três bambadinquenses: da esquerda para a direita, o Fernando Andrade de Sousa (Trofa), o José Armando Almeida (Albergaria a Velha) e o José Fernando Almeida (Óbidos)... O Sousa foi 1º cabo aux enf, na CCAÇ 12 (1969/71), e é a primeira vez que vem ao nosso encontro. É hoje apresentado formalmente à Tabanca Grande, como o membro nº 714.

Foto: © Luís Graça (2016). Todos os direitos reservados


1.  Finalmente o valoroso, leal, afável, dedicado e corajoso Fernando Andrade Sousa, ex-1º cabo aux enf, da CCAÇ 2590/ CCAÇ 12 (Contuboel e Bambadinca, maio 1969/março 1971), entra formalmente para a nossa Tabanca Grande.

Encontrámo-nos, na última vez, em Monte Real, por ocasião do XI Encontro Nacional da Tabanca Grande, em 16 de abril último.  Vive na Trofa e vai fazer 70 anos no próximo dia 30 de maio. Diz que, na ocasião, vai haver festa de arromba, e promete fazer uma exposição com suas 600 e tal fotografias dos todos os convívios que tem organizado e em que tem participado (,não falhou um, desde 1994, em Fão, Esposende, quando o revi, depois do nosso regresso a casa, em março de 1971).

Era e continua a ser um camarada voluntarioso, tendo feito parte da comissão organizadoras dos convívios da malta de Bambandinca (CCS/CAÇ 2852, e subunidades adidas, 1968/71):  em 1999 (Resende), 2002 (Póvoa do Varzim), Trofa (2006) e Trofa (2015).

Das várias operações onde a malta da CCAÇ 12 apanhou porrada da grossa, lembra-se, nomeadamente da primeira, de Madina Xaquilo (24/7/1969), que foi o seu batismo de fogo, e do Poindom/Ponta do Inglês (em 26/11/1970) (Op Abencerragem Candente, seis mortos e 9 feridos graves).

Felizmente  já tem um endereço de email para podermos comunicar, se bem que ainda não esteja muito à vontade com as TIC (tecnologias da informação e comunicação), como acontece com muitos camaradas da nossa geração. Tem já página no Facebook.


2. Quando da realização do encontro na Trofa, em 2006 onde estiveram reunidos, na casa do Fernando, 65 convivas (!),  nossos camaradas da CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71) e da CCS / BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70), eu telefonei-lhe, depois do almoço, a dar-lhe os parabéns pelo evento (**)...

Com muita pena minha, à última hora, não me foi possível dar lá um salto, já que tinha previsto com antecedência ir até à casa que tenho na região, não muito longe, no Douro Litoral (Candoz, Paredes de Viadores, Marco de Canavezes)...

Do outro lado do país, no norte, no Minho, o Fernando era um homem feliz!.. E continua a ser o mesmo, dez anos depois, um minhoto dos quatro costados, com a  cultura da hospitalidade... O Sousa, um dos nossos maqueiros (que termo tão injusto, depreciativo, usado no nosso tempo, para estes nossos anjos da guarda, os homens do soro que salvaram algumas vidas nas matas do Xime!).

Nesse ano, na Trofa, identifiquei 4 bons camaradas da CCAÇ 12, os furriéis Humberto Reis, o António Fernando Marques, e o Joaquim Fernandes,  mais o Sousa da Trofa, o nosso valente cabo enfermeiro... O Marques, o Fernandes e o Sousa são totalistas dos encontros da malta de Bambadinca. não falharam um, desde 1994.

Eram, então, para mim os quatro magníficos da CCAÇ 12, a quem eu aproveitei para prestar a minha homenagem, atribuindo-lhes, simbolicamente,  a Ordem da Torre e Espada, do Valor, da Amizade e da Camaradagem (, sendo eu, pomposamente, o presidente honorífico das ordens honoríficas portuguesas)...

Por tudo isto e muito mais, o Fernando Andrade Sousa tem, de há muito um lugar cativo, à sombra do poilão da nossa Tabanca Grande... Ele sabe qual é o nº do lugar: o 714 (***)... Espero que ele esteja connosco (ou com nós, como se diz no Norte) por muitos e bons anos. E nós com ele, pois claro! LG



Óbidos > Restaurante A Lareira > 22/5/2010 > 16º Convívio do Pessoal de Bambadinca 1968/71 > o Arménio Fonseca, o Humberto Reis e o João Rito Marques (o nosso Cabo Quarteleiro), todos da CCAÇ 12 (1969/71)...

O Arménio e o João, não os via há 40 anos! Fiquei feliz por os rever. E aproveito para revelar um segredo: foi o Arménio que, em grande parte, me inspirou na criação da figura do Campanhã (vd. poste de 13 de Setembro de 2005 > Guiné 63/74 - P168: A galeria dos meus heróis (1): o Campanhã (Luís Graça) que prometo reeditar, e que ele seguramente nunca terá lido)...




Óbidos > Restaurante A Lareira > 22/5/2010 > 16º Convívio do Pessoal de Bambadinca 1968/71 > Visionando as fotos do Arlindo T. Roda (que me chegaram finalmente, por mão do Benjamim Durães, ex-Fur Mil, Pel Rec Info, CCS / BART 2917, 1970/72 > Da esquerda para a direita: o Marques, o Fernando Andrade Sousa, o Joaquim Fernandes e a companheira deste (que conheci o ano passado, em Castro Daire).



Óbidos > Restaurante A Lareira > 22/5/2010 > 16º Convívio do Pessoal de Bambadinca 1968/71 > Quatro camaradas da CCAÇ 12 > Da esquerda para a direita: João Gonçalves Ramos (ex-sold radiotelegrafista), o José Manuel P.  Quadrado (ex-1º cabo ap armas pesadas inf), o Fernando Sousa (ex-1º cabo aux enf) e o Adélio Monteiro (organizador do encontro do ano passado, o 15º, em Castro Daire, e que era sold cond auto).


Fotos (e lengendas): © Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados




Foto A

Esposende > Fão > 1994 > A primeira vez que me reencontrei com a malta de Bambadinca (1968/70), incluindo os meus camaradas da CCAÇ 12, e outras subunidades adidas ao comando do BCAÇ 2852 (1968/70).

Na foto A, estão alguns camaradas que participaram comigo na Op Pato Rufia, 7 de Setembro de 1969, agora aqui evocada... Não tenho a veleidade de ter boa memória, mesmo assim arrisco uma legenda: na primeira fila, da esquerda para a direita:

(i) Fur Mil MAR Joaquim Moreira Gomes [, vivia no Porto, na altura ];

(ii)  sold cond auto Diniz Giblot Dalot [, empresário, vive em Aljubarrota, Prazeres];

(iii) um antigo escriturário da CCS/ BART 2917 (morava em Fão, Esposende) e cujo nome não me lembro,

Na segunda fila de pé, da esquerda para a direita:

(iv) Fernando Carvalho Taco Calado, Alf Mil Trms, CCS/BCAÇ 2852;

(v) Alf Mil Manutenção Ismael Quitério Augusto, CCS/BCAÇ 2852;

(vi) Fur Mil António Eugénio Silva Levezinho [, Tony para os amigos, reformado da Petrogal, vive em Martingal, Sagres, Vila do Bispo];

(vii) Capitão Inf Carlos Alberto Machado Brito [, Cor Ref, vive em Braga, passou pela GNR];

(viii) camarada, de óculos escuros,  que não sei identificar [, diz-me o Fernando Andrade Sousa que se trata do Pinto dos Santos, ex-furriel mil de Operações e Informações, CCS do BCAÇ 2852, natural de Resende];

(ix) major Cunha Ribeiro, mais conhecido por "major elétrico", 2º comandante do BCAÇ 2852, e que teve em Banbadinca, na rampa de acesso ao quartel um grave acidente com o seu jipe);

(x) Fur Mil Op Esp Humberto Simões dos Reis [, engenheiro técnico, vive Alfragide / Amadora; na foto, escondido, de óculos escuros];

(xi) outro camarada de cujo nome não me lembro.




Foto B


Da esquerda para a direita:

aa primeira fila:

(i) Alf Mil Inf António Manuel Carlão [,casado com a Helena, comerciante, vive em Fão, Esposende];

(ii) Fur Mil Arlindo Teixeira Roda [, natural de Pousos, Leiria; professor em Setúbal; damista, grande jogador de king e de lerpa, no nosso tempo, a par do Humberto Reis];

(iii)  Fur Mil Armas Pesadas Inf Luís Manuel da Graça Henriques [, prof univ., fundador deste blogue, vive em Alfragide / Amadora];

Na segunda fila, de pé,

(iv) Alf Mil Cav José Luís Vacas de Carvalho, Pel Rec Daimler 2206;

(v) Alf Mil Inf Mário Beja Santos, comandante do Pel Caç Nat 52 (Missirá e Bambadinca, 1968/70);

(vi) Fur Mil António Fernando R. Marques [, natural de Abrantes, vive em Cascais, empresário reformado];

(vii) Manuel Monteiro Valente (de bigode e de perfil, ex-1º Cabo, 1º Gr Comb, CCAÇ 12, apontador de dilagrama);

(viii) Abel Maria Rodrigues (hoje bancário reformado, ex-Alf Mil, 3º Gr Comb, CCAÇ 12);

(ix) Alf Mil Op Esp Francisco Magalhães Moreira [, vive em Santo Tirso].



Foto C

Da esquerda para a direita:

na 1ª fila;

(i) Arménio Monteiro Fonseca (taxista, no Porto, da empresa Invictus, táxi nº 69, mais conhecido no nosso tempo como o "vermelhinha");

(ii) Fur Mil José Luís Vieira de Sousa [, natural do Funchal, onde vive, agente de seguros]...

Na segunda fila, de pé,


(iii) Fur Mil Joaquim Augusto Matos Fernandes [, de óculos escuros, engenheiro técnico, vive no Barreiro];

(iv) 1º Cabo Carlos Alberto Alves Galvão [, o homem que foi ferido duas vezes numa operação, vive na Covilhã];

(v)   Fernando Andrade  Sousa (ex-1º Cabo Aux Enf, CCAÇ 12, vive na Trofa);

e, por fim, (vi)  2º Sarg Inf Alberto Martins Videira [, vive ou vivia em Vila Real].


Foto (e legenda): © Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados

(**) Vd. poste de 29 de maio de  2006 > Guiné 63/74 - P815: Ao Fernando Sousa: Sei que estás em festa, pá (Luís Graça)

(***)Ultimo poste da série > 19 de abril de 2016 > Guiné 63/74 - P15992: Tabanca Grande (485): Completando o processo de adesão do António Osório, que vive em Vila Nova de Gaia: foi fur mil rec inf, CCS/QG/CTIG (Bissau, Cacine, Gadamael, Cameconde, 1970/72)

sexta-feira, 22 de abril de 2016

Guiné 63/74 -. P16002: Em busca de... (264): Memórias e fotos, nomeadamente, precisam-se dos camaradas de Torre de Moncorvo mortos no TO da Guiné, para homenagem que está a ser organizada pelo Agrupamento Escolar dr. Ramiro Salgado: António Augusto Gil, António dos Santos Mano, Francisco António Cordeiro, Luciano Augusto Paula, Manuel Joaquim Fernandes, Serafim Fernandes dos Santos e Victor Paulo Vasconcelos Lourenço (Armando Gonçalves, professor)


Guiné-Bissau > Região de Tombali > Guileje > Núcleo Museológico Memória de Guiledje > c. 2011 > Memorial à CCAV 8350, "Piratas de Guileje" (1972/1974) e ao alf mil cav Victor Paulo Vasconcelos Lourenço, morto por acidente em 5/3/1973.  Natural de Torre de Moncorvo, está o Lourenço sepultado na Caparica. Foi uma das 9 baixas mortais da companhia também por "Piratas de Guileje" e um dos 75 alferes que perdeu a vida no CTIG.

Foto: © Carlos Afeitos (2013). Todos os direitos reservados





1. Mensagem de Armando Gonçalves, professor do Agrupamento de Escolas dr. Ramiro Salgado, de Torre de Moncorvo (*):


Data: 21 de abril de 2016 às 12:31
Assunto: Re: Furriel Miliciano António dos Santos Mano


Dr. Luís Graça,

Agradeço imensamente as diligências efectuadas. Sem dúvida, este trabalho só com o auxílio de muita gente se consegue concretizar.

E estas informações de João Crisóstomo [sobre o António dos Santos Mano] (*) são preciosas, preciosa é também a foto. De forma que lhe pedi autorização para poder divulgar o texto e a imagem, tal como já havia feito com os textos de Hélder Sousa, José Casimiro Carvalho e Manuel Augusto Reis sobre o relato da morte de Victor Paulo Vasconcelos Lourenço.

Não querendo abusar, remeto-lhe a lista dos soldados mortos na Guiné,  já enviada ao Sr. Carlos Vinhal, na eventualidade de aparecer um camarada, uma informação um   relato sobre os mesmos. [nome, posto, unidade, data da morte] (**)

António Augusto Gil  | sold ser , CCS / BCAV 1905, 29/5/67

António dos Santos Mano | fur mil at inf op esp, CCAÇ 1439, 6/10/1965

Francisco António Cordeiro | sold rt, CART 3567 / BCAÇ 4612, 21/51973

Luciano Augusto Paula | sold at, CART 2743 / BART 2920,  27/10/1971

Manuel Joaquim Fernandes |  sold art, CART 1486 / BCAÇ 1857, 23/3/1966

Serafim Fernandes dos Santos |  sold pa, CVd AT1, 29/1/1973

Victor Paulo Vasconcelos Lourenço | alf mil cav, CCAV 8350 / COP 5, 573/1973

Atentamente,
Armando Gonçalves

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