quarta-feira, 11 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8257: Convívios (335): Convívio da CCAÇ 816, dia 7 de Maio de 2011, em Barcelos (Rui Silva)




1. O nosso Camarada Rui Silva, ex-Fur Mil da CCAÇ 816 - Bissorã, Olossato, Mansoa -, 1965/67, enviou-nos uma mensagem com notícias da festa da sua CCAÇ 816.
Convívio da CCAÇ 816

No passado sábado, dia 7, realizou-se mais uma bonita festa de convívio entre a malta da que foi a Companhia de Caçadores n.º 816, que esteve na Guiné, então Portuguesa, em operacionalidade na região do Oio, mais concretamente em Bissorã, Olossato e Mansoa, incluindo destacamentos como Encheia, Cutia, Braia, Uaque e Maqué, durante o biénio 1965/67.
O evento, sempre bem concorrido, com esposas, filhos, filhas, netos e netas, genros e noras e que se efectuou desta feita na cidade de Barcelos, começou com a concentração na praça junta à Igreja do Senhor da Cruz aonde o “bacalhau” foi logo distribuído emocional e efusivamente.
Seguiu-se a habitual missa sufragando os nossos queridos camaradas falecidos em combate (os nossos saudosos Machado Silva e Manuel Manso) e também pelos outros que têm tido a desdita de nos deixarem com o passar dos anos.
O Ofício religioso teve lugar na bonita e bem ornamentada Igreja do Senhor da Cruz.
Seguiu-se o almoço de confraternização no Restaurante Rodízio Tourão, ali perto, aonde houve lugar a um rodízio bem rodado e melhor regado, enquanto as peripécias eram entretanto lembradas aqui e acolá, sempre com remate de sonoras gargalhadas, como que ajudando a uma boa digestão. Sim, porque na guerra também houve lugar a episódios positivos, festivos e alegres.
Como habitualmente, o evento acabou com a sempre bem-vinda e esperada alocução do Capitão (na altura) e Comandante da Companhia Luís Riquito, cuja simbiose Homem/Militar a todos cativou naquele período bélico e até hoje.
Com a partir do tradicional bolo aonde, se destaca sempre o emblema da Companhia, e com os flutes a tocarem-se, seguiram-se os abraços de despedida até ao ano sem que não, antes, tenha havido um pezinho de dança.
Resta dizer que o Convívio foi organizado pelo camarada José Pereira, mais conhecido, no nosso então meio militar, por “Flector”, que se esmerou em apresentar uma festa muito completa, e que numa escala de valores de zero a dez se deve atribuir um onze.
Que estamos todos velhos, a gente já sabe, não é preciso ninguém dizer-nos, quanto ao espírito… já não diria tanto.
O nosso camarada de luta Luciano Mourão (distinto e actual presidente da junta da Freguesia do Estoril) com o Ex-Alferes mil. Brandão (lado direito) Comandante da guarnição de Artilharia que nos acompanhou no Olossato.

Eu entre dois ex-Alferes Milicianos da 816: O Esteves e o Castro

Eu, o Jorge e o “Doutor”

O Artilheiro ex-Alferes Miliciano Brandão, que mais uma vez teve o maior gosto em partilhar da nossa festa e que sempre muito nos apraz também, numa breve e significativa alocução.

O nosso Capitão catanando o bolo, e também como é praxe.
O organizador do Convívio deste ano, o nosso camarada e amigo José Pereira (Flector), também militar da 816.
Um abraço,
Rui Silva
Fur Mil da CCAÇ 816
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Nota de M.R.:

terça-feira, 10 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8256: Controvérsias (122): Exemplar de Bilhete Postal da Guiné, edição da Casa Mendes - Bissau (Augusto Silva Santos)


Bilhete Posta da Guiné / Execução da Foto Lisboa / Edição da Casa Mendes - Bissau


1. Mensagem de Augusto Silva Santos*, ex-Fur Mil da CCAÇ 3306/BCAÇ 3833, Pelundo, Có e Jolmete, 1971/73, com data de 9 de Maio de 2011:

Camarada e Amigo Carlos Vinhal,

Fiquei incrédulo quando li os comentários do tal senhor (?) "Jomal" relativamente ao editado nos Poste P8243 / Mulher, Menina, Bajuda de Bedanda, enviado pelo camarada António Teixeira.

Realmente é como tu dizes. Só quem não passou por terras da Guiné e não teve possibilidades de conviver de perto com as populações, pode dizer semelhantes barbaridades pelo simples facto de uma mulher indígena se apresentar com o peito desnudado.

Esse senhor (?) está completamente desfasado da realidade e dos factos. Lembro-me perfeitamente que muitas das vezes eram as próprias bajudas / lavadeiras que nos pediam para tirar uma foto, não sentido qualquer pudor por se apresentarem sem nada a cobrir o peito.

Se entenderes que ainda vale a pena publicar só para ajudar algumas mentes menos esclarecidas, em ficheiro anexo estou-te a enviar a digitalização de um Bilhete Postal da então Guiné Portuguesa que, curiosamente, até enviei à então minha namorada e agora minha mulher em Março de 73 (bons tempos), postal esse que era vendido normalmente nas lojas em Bissau, e no qual no verso consta o seguinte:

Bilhete Postal / Feito em Portugal
Execução da Foto Lisboa
Edição da Casa Mendes - Bissau
Campune Bijagó
Ilha de Uno

Este postal tem o Nº 7-A, pois fazia parte de uma colecção com fotos idênticas das várias partes da Guiné, sobre usos e costumes das várias etnias, onde eram retratadas diversas situações idênticas à apresentada. E isto passava-se no tempo da censura. Parece que agora estamos a ficar um pouco pior.

Um Abraço
Augusto Silva Santos
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 6 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8231: Resumo da actividade do BCAÇ 3833 (1971/73) (5): Pel Caç Nat 59 e Pel Milícias (Augusto Silva Santos)

Vd. último poste da série de 10 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8255: Controvérsias (120): Ainda, e sempre, o Dia dos Combatentes, um dia que seja nosso, em 10 de Junho ou em qualquer outro dia do ano (Joaquim Mexia Alves)

Guiné 63/74 - P8255: Controvérsias (121): Ainda, e sempre, o Dia dos Combatentes, um dia que seja nosso, em 10 de Junho ou em qualquer outro dia do ano (Joaquim Mexia Alves)

1. No dia 28 de Abril de 2011, às 14h30, o  Joaquim Mexia Alves  [, foto actual, à direita,]  escreveu-nos a seguinte mensagem:



Meus caros camarigos:

E continuo sem me calar quanto ao Dia dos Combatentes.

Ainda ontem o António Matos e eu falámos do assunto com o dirigente da Liga dos Combatentes de Leiria,  que esteve no almoço da Tabanca do Centro.

Julgo que a publicação deste novo texto devia ir acompanhada com a republicação do texto anterior (*), salvo melhor opinião.

Estou pronto para fazer o tal blogue para o Dia dos Combatentes, se assim for decidido, mas preciso de ajuda, pois claro.

Mais uma vez dou conhecimento a mais alguns camarigos que têm blogues, para que usem com entenderem este texto, publicando-o e trazendo mais gente para esta causa.

Que me perdoem aqueles que possa ter esquecido, ou porque não encontrei os seus mails, ou porque não os conheço ainda.

Um abraço forte e camarigo do


Joaquim Mexia Alves


2. AINDA, E SEMPRE, O DIA DOS COMBATENTES
por Joaquim Mexia Alves




Desculpem-me, mas é com alguma mágoa que volto ao assunto do Dia dos Combatentes tratado ultimamente neste meu texto:

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2011/04/guine-6374-p8128-controversias-119-10.html

Não por o texto ter sido escrito por mim e ter tido poucos ou quase nenhuns comentários, (porque isso para mim não tem qualquer importância), mas sim porque revela um alheamento de um assunto, que a meu ver se reveste de enorme importância para todos nós, Combatentes.

Dá a impressão, (ou pelo menos a falta de comentários passa essa impressão), de que perante a recusa por parte da organização do 10 de Junho, às pretensões que o António Martins Matos [, foto actual, à esquerda,] lhes revelou da nossa parte, todos se desinteressaram do assunto, assim à velha maneira portuguesa do “não vale a pena”.

Protestamos, queixamo-nos, revoltamo-nos, indignamo-nos, mas afinal não somos capazes de nos unirmos num projecto que leve a cabo um verdadeiro Dia dos Combatentes em Portugal.

O texto que escrevi não serve? Não é aquilo que se pretende? Não são aqueles os melhores passos a dar? Tudo bem, não há problema nenhum nisso!

Mas então critiquemos, tenhamos ideias, façamos propostas, mas ao menos testemunhemos que não nos calamos e vamos fazer o que é preciso, contando ou não com o apoio das instituições do país, sejam elas quais forem.

É que, quer queiramos, quer não, a imagem que passamos, é a de que a proposta de um verdadeiro Dia dos Combatentes é apenas a vontade de uns “carolas”, e que os combatentes no geral se estão “borrifando” para o assunto.

Assim vamos dando razão aos “profetas da desgraça”, que sempre profetizam a impossibilidade de nos unirmos, a impossibilidade de conseguirmos o nosso Dia dos Combatentes, a impossibilidade de sermos atendidos nas nossas pretensões, ou até de conseguirmos por nós próprios levar a cabo a realização de um tal evento.

E estes “profetas da desgraça”, não são só exteriores aos combatentes, pois também os há no meio de nós. Eu, (falo por mim), não quero fazer um qualquer desfile exterior a umas cerimónias de um determinado dia, como uma coisa do tipo: “Deixa-os lá desfilar, coitados, que depois já não chateiam mais!»

Não, eu quero um Dia dos Combatentes, (10 de Junho ou outro qualquer), mas um Dia que seja nosso, para homenagear os nossos mortos, para homenagear aqueles que deram o melhor de si ao serviço da Pátria, e que fomos todos nós.

Um Dia dos Combatentes que a eles pertença, e não um dia de discursos circunstanciais, de uns quaisquer políticos e umas outras figuras, de umas quaisquer instituições, mais ou menos “estatizadas”.

É nesse sentido que aponta o texto acima referido e que eu esperava bem, fosse criticado, analisado, apoiado, corrigido e servisse de partida para fazermos o que é nosso por direito próprio. Escusamos de pensar para agora, mas sim, para o futuro mais próximo, (o próximo ano?), dando passos seguros, firmes e inabaláveis, que não se deixem abater por umas quantas portas fechadas.

Mostremos a nossa determinação, a nossa vontade, o nosso querer, de tal modo que aqueles que têm de autorizar oficialmente o Dia dos Combatentes, percebam que não desistimos, que não quebramos, e que estamos unidos.

Abrimos estradas por matas densas, rompemos trilhos por matas desconhecidas, fizemos quartéis onde nada havia, levantámos minas que nos queriam armadilhar, levámos algum conforto a algumas populações. É tempo de cuidarmos de nós, antes que os nossos filhos e netos não percebam o que passámos, antes que nós próprios nos esqueçamos que existimos.

O tempo é agora, as propostas estão feitas nesse texto, que pode e deve receber o concurso de todos.

Por isso mostremos que não somos só palavras, que não estamos velhos, mas que ainda podemos mostrar aos de agora, e aos vindouros, que a determinação que vivemos, continua viva em nós.

Não somos velhos, não deixamos que nos esqueçam. Somos vivos e estamos aqui!


Ao trabalho pois então, pelo Dia dos Combatentes!

Monte Real, 28 de Abril de 2011


Joaquim Mexia Alves
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Nota do editor

(*) Vd. último poste da série > 18 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8128: Controvérsias (119): 10 de Junho: Ainda, o Dia dos Combatentes (Joaquim Mexia Alves)

Vd. também poste anterior:
 
7 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8063: Controvérsias (118): 10 de Junho: “Passagem final pelas lápides”, ou “Desfile” (António Martins de Matos)
 
E ainda: 3 de Abril de 2011 > Guiné 63/74 - P8040: Carta Aberta ao Presidente da República: o 10 de Junho, Dia dos Combatentes (Joaquim Mexia Alves)

Guiné 63/74 - P8254: Contraponto (Alberto Branquinho) (32): Teatro do Regresso - 7.º Acto - Prótese

1. Mensagem do nosso camarada Alberto Branquinho (ex-Alf Mil de Op Esp da CART 1689, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), com data de 25 de Abril de 2011:

Caro Carlos Vinhal
Aí vai o texto do CONTRAPONTO (32) - Teatro do Regresso - 7º. Acto.
Enviarei ainda mais alguns, assim, semanalmente.

Um abraço
Alberto Branquinho


CONTRAPONTO (32)

TEATRO DO REGRESSO
(Peça em vários actos)

7º. Acto – Prótese

Cenário

No passeio, em frente à Estação do Rossio, em Lisboa.
Dois homens, parados, conversam.


Personagens

Os dois homens atrás referidos e um outro, que entra em cena , proveniente da Praça dos Restauradores.


Acção

Enquanto as duas primeiras personagens, paradas, conversam, a terceira entra em cena, caminhando e olhando fixamente um dos homens que conversam. Pára e pergunta-lhe:

- Desculpem. Você esteve na Guiné?

- Sim.

- O seu nome é Andrade?

- Sim. Quem és tu?

- Sou o Alvarinho. Não me reconheces porque eu andava de barbas.

- Eh, pá!

Abraçam-se efusivamente.

- Alvarinho, deves ter chegado há pouco tempo…

- Há quase quinze dias.

E, olhando fixamente para as pernas do outro:

- Andrade, desculpa. Tu foste evacuado de Gambiel porque uma antipessoal te rebentou com uma perna.

- Foi. Olha.

E, debruçando-se sobre a perna direita, bateu nela com as articulações das falanges da mão direita:

- Toc, toc, toc…

(CAI O PANO)
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 3 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8210: Contraponto (Alberto Branquinho) (31): Teatro do Regresso - 6.º Acto - Que próximo-futuro?

Guiné 63/74 - P8253: Notas de leitura (237): Eduardo Malta, a Exposição Colonial Portuguesa (Porto, 1934) e a Guiné (Mário Beja Santos)

1. Mensagem de Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, Comandante do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 26 de Abril de 2011:

Queridos amigos,
 
Quem anda a catar pela Feira da Ladra pode ser compensado.
Numa banca de revistas e boletins antigos, numa secção de bilhetes postais encontrei estas preciosidades. Nunca fui muito à bola com os retratos de circunstância do Eduardo Malta, poses de gente poderosa, o Malta às vezes era cruel e enfatizava as linhas da fatuidade e do bacoco, tudo aquilo muito bem disfarçado de quadros a óleo quase com direito do retratado passar à posteridade.
No caso em apreço, vergo-me ao talento, não é qualquer um que desenha estes 3 guineenses que vieram até ao Porto, em 1934 e foram depois esses mesmos desenhos apresentados em 1937, numa exposição em que os parisienses olharam atónitos para o confronto das linhas maciças e varonis das artes soviética e nazi.

Um abraço do
Mário


Eduardo Malta, a Exposição Colonial Portuguesa (Porto, 1934) e a Guiné

Beja Santos

Um dos cunhos mais representativos do nacionalismo que fundamentou o regime de Salazar foi a elegia dos Descobrimentos entendida como “idade de ouro” da Nação. A Exposição Colonial Portuguesa (Porto, 1934) que foi o primeiro grande ensaio desta fé no Império. Realizou-se no Palácio de Cristal e abriu as suas portas ao público em 16 de Junho. Os visitantes iriam ser confrontados com 15 subsecções representativas do Império Colonial, isto enquanto certame; nos terrenos circundantes do Palácio de Cristal, era possível encontrar em miniatura uma floresta tropical, uma picada, aldeias típicas de todas as colónias, enfim, procurava-se dar a sensação ao visitante de que estava a viajar pelas diferentes parcelas do Império; num lago inclusivamente instalou-se um “arquipélago dos bijagós”. 

A exposição veio a encerrar com o cortejo colonial que percorreu algumas ruas do porto, era uma autêntica marcha etnográfica com homens e mulheres envergando trajes tradicionais, animais e veículos. 

Foi um verdadeiro ensaio para a exposição de 1937 que decorreu em Lisboa e intitulada Exposição Histórica da Ocupação, e que se realizou no Parque Eduardo VII, no mês de Julho. 

Um outro momento fulgurante será a Exposição do Mundo Português que se realizou em Lisboa em 1940 e foi, por ventura, o acontecimento mais espectacular de todos aqueles que o Estado Novo promoveu em torno da glorificação do Império.

Henrique Galvão foi o coordenador do certame do Porto. Entre os artistas que convidou figurou o nome de Eduardo Malta. Malta faz parte da galeria dos pintores retratistas do Estado Novo. Os três desenhos que aqui se reproduzem foram esboçados no Porto no decurso da Exposição Colonial Portuguesa e foram apresentados no Pavilhão Português na Exposição Internacional de Paris de 1937.

Nestes três desenhos alusivos à Guiné, é possível ver-se a grande qualidade do traço de Malta, um inequívoco artista do regime que hostilizava abertamente as correntes artísticas contemporâneas e que foi alvo de um maciço abaixo-assinado de protesto pela sua nomeação como director do Museu Nacional de Arte Contemporânea (hoje Museu do Chiado).

O primeiro desenho é um impressionante esquiço de Mamadu Sissé, um régulo mandinga que combateu ao lado de Teixeira Pinto, no chamado período das guerras da pacificação. O que impressiona é a posição lânguida, os traços do rosto, o desenho da sabadora, a posição das mãos, o venerando régulo parece meditar, o desenho da sua mão direita é sublime.


Segue-se o desenho de Abdulai Sissé, filho do régulo. Está sentado, tem a pose distinta de um africano europeizado. Novamente Malta recorre a linhas suaves para delinear o corpo, tornando-o evidente em toda a sua compleição. Abdulai é esguio, possui feições distintas e elegantes, tudo lhe assenta bem, olha-nos de frente como se testemunhasse com o seu olhar reflectido o futuro projectado. Atenda-se na elegância das pernas cruzadas que dá peso específico à dimensão deste homem de duas culturas.


E, por último, Rosinha. É uma jovem ensimesmada, com um olhar de modéstia e timidez. Nasceu para viver apagada, não dar nas vistas. É tudo extremamente correcto e marcado pela vontade do artista de enfatizar a africanidade: ao contrário de Abdulai, aquele manto não é europeu, são linhas muito suaves que escondem o busto, as próprias mãos estão escondidas, nem temos o direito de lhe ver o cabelo (no caso do régulo, é compreensível que o artista escondesse o cabelo de Mamadu Sissé com o cofió, um rei não se deixa desenhar ou fotografar de cabeça ao léu). Rosinha é a beleza africana mas tudo nela é secundário, adicional, é para ver e passar à frente. Mulher é mulher.


Diga-se o que se disser da arte de Eduardo Malta, a Guiné ficou-lhe a dever estes três belos retratos de cunho modernista, são desenhos para guardar.
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 6 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8230: Notas de leitura (236): Alvorada em Abril, de Otelo Saraiva de Carvalho (Mário Beja Santos)

Guiné 63/74 - P8252: Tabanca Grande (281): Hilário Peixeiro, Coronel Reformado, ex-Capitão, CMDT da CCAÇ 2403/BCAÇ 2851 (Guiné 1968/70)

1. Mensagem de Hilário Peixeiro, Coronel na situação de Reforma (ex-Capitão e Comandante da CCAÇ 2403/BCAÇ 2851, Nova Lamego, Piche, Fá Mandinga, Olossato e Mansabá, 1968/70), com data de 7 de Maio de 2011:

Caros amigos da Tabanca
Cumprindo o pedido do Carlos junto envio as duas fotos que me pediu.

Sou Coronel reformado e, como complemento à minha vida militar, contida na história da CCaç 2403 que vos enviei, acrescento que depois da primeira comissão na Guiné iniciei a segunda em Maio de 1972 em Moçambique.

Ofereci-me para os Comandos donde saí a meu pedido e ingressei nos GEP (Grupos Especiais Pára-quedistas) depois de fazer o respectivo curso, regressando em Junho de 1974.

Fui colocado no Forte da Graça em Elvas onde estive até Setembro de 1977. Seguiu-se Santa Margarida, 2 anos, Casa de Reclusão de Elvas, Curso de Estado Maior e colocação no Estado Maior do Exército, Regimento de Elvas, Quartel General de Évora e Tribunal Militar de Elvas onde, aproveitando a chamada lei dos Coronéis, passei à situação de Reforma.

Um grande abraço, parabéns e obrigado pelo blogue e muitas felicidades
Hilário Peixeiro


2. Apresenta-se agora a série de contactos estabelecidos entre o Cor Hilário Peixeiro e o nosso Blogue:

i - No dia 30 de Novembro de 2011, Hilário deixou este comentário no Poste 857:

Caro Luís Graça
Permita-me passar a tratá-lo assim. Diga-me como entrar na Tabanca e lá estarei com todo o prazer.
Vou comunicar com outros elementos da CCaç 2403 para virem ter connosco.
Um forte abraço
Hilário Peixeiro


ii - No dia 1 de Dezembro de 2010, Hilário Peixeiro enviou esta mensagem ao Blogue:

Caro Luís
Quero entrar na Tabanca e necessito que me indique os procedimentos porque sou pouco mais que principiante nestas coisas de Internet e computadores.
Um abraço
Hilário Peixeiro


iii - No dia 2 de Dezembro de 2010 era enviada menagem de resposta ao nosso novo camarada:

Caro Cap Hilário Peixeiro
Incumbiu-me o Luís Graça de vir junto de si fazer o convite para aderir à nossa Tabanca Grande, Blogue onde os ex-combatentes da Guiné podem e devem deixar as suas memórias escritas e em imagens.
Porquê eu? Porque temos em comum o facto de termos passado por Mansabá e de, até certo ponto, me caber a missão de receber os camaradas que nos chegam.
Não sei se afirmou que esteve em Mansabá, mas presumi (inventei?) pelo facto de a CCAÇ 2403 ali ter terminado a sua comissão de serviço. Poderá ter deixado a Companhia antes. Vai esclarecer este ponto.

O que queremos do Cap Peixeiro?
Que aceite entrar para o nosso convívio, que nos envie uma foto actual e outra dos tempos de CCAÇ 2403, que nos diga algo sobre si, tal como quando foi para a Guiné, quando regressou, por onde andou nos entretantos, se acabou a sua carreira com posto superior, e tudo o que achar conveniente sabermos desde que não viole o seu limite de privacidade.
Se tiver uma pequena história de apresentação que nos queira contar, será óptimo, assim como uma ou outra foto daquelas que pareciam nunca mais irem ver a luz do dia.

Sou particularmente "guloso" por fotos de Mansabá, que vou publicando com a devida vénia aos seus autores, no Blogue da CART 2732 (http://cart2732.blogspot.com/), pelo que se tiver por aí alguma coisa, não se esqueça de mim. Pareço atrevido, mas não sou. Sem dúvida que 22 meses de permanência no mesmo sítio, marcam para sempre.

Voltando ao assunto principal, deve ver o lado esquerdo da nossa página, onde poderá ler as nossas normas de conduta e de convívio, o que pretendemos com o nosso Blogue, além de outras informações úteis.
Tem também os marcadores/descritores que o levará às pesquisas que pretenda fazer, por exemplo relacionadas com as CCAÇs do seu BCAÇ 2851.

Ficamos a aguardar as suas notícias e a sua integração na Tabanca.
Receba um abraço dos editores Luís Graça e Eduardo Magalhães.

Um especial abraço de camarada mansabense
Carlos Vinhal


iv - No dia 4 de Dezembro de 2010, o Coronel Hilário Peixeiro mandava-nos esta mensagem:

Caro Carlos
Muito em breve conto mandar para o Blogue a historia, naturalmente resumida, que a minha memória permitir reconstituir, dado que não tenho qualquer documento de consulta, da CCaç 2403.
Um abraço
H Peixeiro


v - Mais recentemente, em 5 de Maio de 2011, nova mensagem de Hilário Peixeiro:

Caro Luis
Quero entrar na Tabanca e necessito que me indique os procedimentos porque sou pouco mais que principiante nestas coisas de Internet e computadores.
Um abraço
Hilario Peixeiro


vi - Finalmente a última mensagem mandada ao ex-Cap Mil Hilário Peixeiro, ex-CMDT da CCAÇ 2403 em 6 de Maio de 2011:

Caro camarada Hilário Peixeiro
Há muito que esperávamos notícias suas.
Estou a responder-lhe em vez do Luís porque no Blogue sou uma espécie de relações públicas, tendo como missão receber os camaradas que se nos dirigem ou querem fazer parte da nossa Tabanca.

Tenho um prazer especial em recebê-lo, porque a minha Companhia, a CART 2732, foi substituir a sua a Mansabá, embora na altura que comandava a CCAÇ 2403 fosse o Cap Carreto Maia que acabou a comissão a comandar a CART 2732.

Como forma de se apresentar, enviará por favor uma foto actual e outra militar (talvez do tempo da Guiné), de preferência tipo passe em formato JPEG. Ao que suponho será militar de carreira pelo que fará como melhor entender. Estas fotos encimarão os seus trabalhos a publicar no Blogue.
Poderá fazer um resumo do seu percurso militar, falar da 2403 e dos locais por onde andou. Gostávamos de saber o seu posto actual e se fez outras comissões. Tudo o que nos disser que não interfira com a sua privacidade e com o facto de ser militar do QP, poderá ser útil para o conhecermos melhor.

No lado esquerdo da nossa página poderá inteirar-se dos nossos objectivos e das nossas normas de conduta que são seguidas quase religiosamente para mantermos o blogue inalterável quanto ao fim para que foi criado.

Agradeço-lhe o facto de se querer juntar a nós.

A sua correspondência deve ser enviada para luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com e para mim, seu eventual editor, carlos.vinhal@gmail.com

Fico disponível para qualquer esclarecimento adicional.

Deixo-lhe um abraço fraterno
O camarada e amigo
Carlos Vinhal


2. Comentário de CV:

Caro Coronel
Muito obrigado por se juntar a nós.
Depois desta troca de correspondência está finalmente apresentado à tertúlia.
Não me disse se ainda comandou a sua Companhia em Mansabá, terra quente em clima e fogo IN.
Conheci o Capitão Carreto Maia que "herdámos" da "2403" e nos comandou até ao fim da sua comissão.

Diz a determinada altura da sua correspondência ter enviado para o Blogue a história da "2403". Não sei se esta afirmação é literal pois não me apercebi de que o tivesse feito. Se puder confirmar, agradecemos, porque eu pessoalmente gostaria de conhecer melhor as peripécias da Unidade que substituímos em Mansabá.

Fazendo parte da nossa Tabanca, tem a possibilidade de, rebuscando as suas memórias, escrever sobre a sua experiência enquanto combatente na Guiné, que tinha ainda por cima a responsabilidade de comandar uma Companhia operacional. Claro que compreendemos os condicionalismos a que está sujeito como Oficial do QP, mas há sempre histórias que não comprometem.
Felizmente temos entre a tertúlia alguns camaradas do QP dos três Ramos das Forças Armadas, Oficiais Superiores, e até um Oficial General, que nos deliciam com as suas histórias, quando não sérias, bem humoradas. Como eu costumo dizer, o Blogue não vive só da pólvora, porque na Guiné, fizemos a guerra, praticámos o bem junto das populações, tivemos muitos momentos bons e deixámos inúmeros amigos que hoje nos recebem como irmãos.

Caro Coronel Hilário Peixeiro, a terminar quero deixar-lhe um abraço de boas vindas em nome da tertúlia e dos editores, e esperar que se sinta na Tabanca como em casa.

Um abraço especial de quem ainda conviveu com a sua CCAÇ
Carlos Vinhal

OBS:- Não se esqueça da sua promessa. Traga-nos esses valentes da CCAÇ 2403.
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Notas de CV:

(*) Vd. poste de 29 de Novembro de 2010 > Guiné 63/74 - P7356: O Nosso Livro de Visitas (104): Hilário Peixeiro, ex-Cap Inf da CCAÇ 2403 (Nova Lamego, Piche, Fá Mandinga, Olossato, Mansabá e Bissau)

Vd. último poste da série de 8 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8244: Tabanca Grande (280): Armandino José de Jesus Oliveira, ex-Fur Mil da CCS/BCAV 1897 (Mansoa, Mansabá, Olossato, 1966/68)

Guiné 63/74 - P8251: Convívios (334): Almoço/convívio do pessoal da CART 2519, dia 7 de Maio de 2011, no Moita do Ribatejo (Mário Pinto)




1. O nosso Camarada Mário Gualter Rodrigues Pinto, ex-Fur Mil At Art da CART 2519 - "Os Morcegos de Mampatá" (Buba, Aldeia Formosa e Mampatá - 1969/71), enviou-nos a seguinte mensagem:

CART 2519 OS MORCEGOS DE MAMPATÁ OS COIRÕES

Camaradas,


Sábado, dia 07/05/2011, realizou-se mais um convívio da Cart 2519 - Os Morcegos de Mampatá -, na Moita do Ribatejo, com a participação de 64 Morcegos e alguns familiares.


Fez precisamente 42 anos que a Cart 2519 embarcou no Niassa a caminho da Guiné e o momento foi recordado por todos os presentes.


Saudamos com alegria, particularmente, pela primeira vez nas nossas festas a presença dos furriéis milicianos Manuel Canejo e José Severino.


O evento contou também com o Capitão da Companhia – Jacinto Manuel Barrelas -, hoje Coronel na reserva, tornando o convívio, já de si bastante participado, ainda mais animado.


Foi com saudade que vimos chegar a hora das despedidas.


Para o ano haverá mais, esperando que com todos os que este ano marcaram a sua presença, pois nos últimos anos alguns Morcegos, infelizmente, já “partiram”.
Um abraço
Mário Pinto
Fur Mil At Art da CART 2519
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Nota de M.R.:



Guiné 63/74 - P8250: Parabéns a você (258): Henrique Matos, ex-Alf Mil, 1.º CMDT do Pel Caç Nat 52, 1966/68 (Tertúlia / Editores)


PARABÉNS A VOCÊ

  10 DE MAIO DE 2011


NESTE DIA DE FESTA, A TERTÚLIA E OS EDITORES VÊM DESEJAR AO NOSSO CAMARADA ANIVERSARIANTE, HENRIQUE MATOS* (O 1.º COMANDANTE DO PEL CAÇ NAT 52), AS MAIORES FELICIDADES E UMA LONGA VIDA COM SAÚDE JUNTO DE SUA FAMÍLIA E AMIGOS.
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Notas de CV:

(*) Henrique Matos, ex-Alf Mil, foi o 1.º Comandante do Pel Caç Nat 52 em Enxalé nos anos de 1966/68.

Vd. último poste da série de 8 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8240: Parabéns a você (257): As nossas esposas merecem tudo. A Ana Carvalho (Tertúlia / Editores)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8249: Agenda cultural (122): Sexta feira, 13, estreia, em Lisboa, do documentário Quem vai à guerra, de Marta Pessoa: as histórias do heroísmo (invisível, no feminino) que ficaram por contar


O documentário, de 2 horas e 10 minutos, Quem Vai à Guerra, da jovem realizadora Marta Pessoa (born in Portugal, 24th March, 1974...), é um dos mais de 60  filmes (longas, médias e curtas metragens) que podem ser vistos na próxima sexta-feira, 13, em Lisboa, em seis salas de cinema, no âmbito do 8º Festival Internacional do Cinema Independente (Lisboa, 5-15 de Maio de 2011)... Tem a sua estreia (absoluta) marcada para as 21h30, na Culturgest, Grande Auditório. 




Quem Vai à Guerra (Portugal, 2011),  realizado por Marta Pessoa... Um dos fotogramas da rodagem do filme, disponíveis na sua página do Facebook... Reproduzido aqui com a devida vénia... 




Fonte:  Extraído de Indie Lisboa' 11 - 8 º Festival Internacional de Cinema Independente: Programa: Cinema São Jorge, Teatro do Bairro, Culturgest, Cinemateca Portuguesa, 5-15 de Maio, www.indielisboa.com, sessões especiais, p. 68

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Nota do editor:


Último poste da série > 9 de Maio de 2011 >Guiné 63/74 - P8247: Agenda cultural (121): António Graça de Abreu, no último dia da 81ª Feira do Livro de Lisboa, 15 de Maio, domingo, às 18h00, no Pavilhão da Livraria Turismo de Macau (Stand D44) para autografar os seus livros

Guiné 63/74 - P8248: VI Encontro da Tabanca Grande, dia 4 de Junho em Monte Real (4): As razões (ponderosas) por que este ano vou falhar (Manuel Reis, CCAV 8350, Guileje, 1972/73) ou não me vou poder estrear (António Dias, CCAÇ 2406, Saltinho, 1968/70)

1. Mensagem do nosso camarigo Manuel   Reis (ex-Alf Mil da CCAV 8350, Guileje, 1972/74; professor reformado, residente em Aveiro), em resposta a email nosso, de 4 do corrente:


Data: 7 de Maio de 2011 14:40


Assunto: VI Encontro Nacional: Uma vez camarigos... camarigos para sempre!... Vamos ultrapassar os 162 do ano passado!!!




Luís, equipa editorial e organizativa,  bem gostava de estar presente [, no VI Encontro Nacional da Tabanca Grande], pois são imensos os camaradas-amigos que conheci através do Blogue e dos seus convívios, e com os quais vou mantendo relações amistosas.

Seria o momento ideal para estar com todos e dar um forte abraço ao Briote com quem me sinto em dívida pela amabilidade com que se relacionou comigo da 1ª e última vez que nos encontrámos.

Acontece que o convívio dos meus irmãos (CCAV 8350), companheiros de luta, se realiza na mesma data e nele se prestará homenagem ao camarada e amigo ex-Fur Faustino, falecido exactamente a 4 de Junho,  e a quem já foi atribuído o seu nome, em Amiais de Cima, a uma das ruas e que será o local de concentração. 

Com muita desolação minha, a opção é inquestionável.

Um abraço para toda a tertúlia e o desejo de um óptimo convívio.
Manuel Reis 


2. Mensagem, de igual teor, do António Dias, com data de 4 do corrente:

Caro camarada d'armas (faca e garfo),

Gostaria muito de ir até Monte Real, o que seria a minha 1ª vez. (Se lá estiver,entre tantos, o Henrique Matos d'Olhão, dá-lhe um abração).

Acontece é que nesse dia 4 de Junho, aqui teremos o almoço anual da minha Companhia ("gloriosa"),a 2406, Tigres do Saltinho (1968/70).

O que vos estimo e desejo para esse dia é que se "portem" bem e que tenham muita atenção às multas, que as brigadas [de trânsito] agora não perdoam!

Aquele abraço para todos os camarigos.



António (Adolfo para os amigos, também baixinho) Dias (ex-alf mil).


3. Mail interno, com data de 4 do corrente, que circulou pela Tabanca Grande:

Amigos/as, camaradas, camarigos/as: 

A um mês do glorioso evento com repercussões em toda a blogosfera (refiro-me ao nosso VI Encontro Nacional), é registar que já ultrapassámos os 50% dos participantes do ano passado... Na altura, com inscrições de última hora, chegámos à bonita cifra de 162... Este ano temos que ultrapassá-la... Ou será uma Operação Impossível, com os senhores do fraque apertar-nos o cinto ? Espero poder dar um grande Alfa Bravo (ou um bjinho) a 162 + n.

Até Monte Real, Luís Graça.




PS - Confrontados com as estatísticas do último encontro, e ouvidos os nossos gestores de produto (neste caso, o Carlos Vinhal e o Joaquim Mexia Alves, membros da comissão organizadora), apurámos que dos tais 162 inscritos em 2010, houve 10 camaradas que, por razões de última hora (saúde, família, percalços...), não puderam comparecer (ao V Encontro Nacional, que se realizou também em Monte Real).
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Nota do editor
Último poste da série > 4 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8216: VI Encontro da Tabanca Grande, dia 4 de Junho em Monte Real (3) Falta exactamente um mês para o grande acontecimento (A Organização)


Guiné 63/74 - P8247: Agenda cultural (121): António Graça de Abreu, no último dia da 81ª Feira do Livro de Lisboa, 15 de Maio, domingo, às 18h00, no Pavilhão da Livraria Turismo de Macau (Stand D44) para autografar os seus livros

Guiné > Região do Oio > Mansoa > CAOP 1 > Março de 1973 > O Alf Mil António Graça de Abreu (1972/74) junto ao obus 14.... Antes estivera em Teixeira Pinto. Terminará a sua comissão em Cufar, no sul, nas vésperas do 25 de Abril de 1974.

Foto: © António Graça de Abreu (2009) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guíné. Todos os direitos reservados.



1. O nosso camarigo António Graça de Abreu, sinólogo, poeta, escritor, investigador, docente, vai estar também na 81ª Feira do Livro de Lisboa, no último dia,  próximo domingo, 15 de Maio de 2011, às 18 horas, no pavilhão de Macau, a autografar o seu Diário da Guiné e "os livrinhos sobre a China" (sic).

Informações sobre a LIVRARIA TURISMO DE MACAU

Morada: Av 5 de Outubro 115, r/c.
1069-204 Lisboa
Localização do stand na Feira do Livro Lisboa 2011 > D44
Telefone > 21 793 65 42


 
2. O António é autor de Diário da Guiné (2007), editada pela Guerra & Paz. Tem, além disso, publiccada mais um dúzia de obras, de poesia, de tradução de poesia chinesa clássica, bem como de investigação historiográfica.

É, além disso, presença no Jornal Tribuna de Macau. Veja-se, por exemplo, a sua última crónica, publicada hoje, na série China, Peregrinações 2.



Cópia (parcial) da crónica habitual que o António Graça de Abreu publica no Jornal Tribuna de Macau

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Nota do editor

Ultimo poste da série > 8 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8242: Agenda cultural (120): José Brás esteve na Feira do Livro de Lisboa, dia 7 de Maio de 2011 (Miguel Pessoa)

domingo, 8 de maio de 2011

Guiné 63/74 - P8246: Convívios (333): XXII Encontro do pessoal da CCAÇ 2381 - Os Maiorais - ocorrido no dia 30 de Abril de 2011 em Salir do Porto (Arménio Estorninho)

XXII Convívio da CCaç 2381 “Os Maiorais” de Empada, Guiné 1968/70


1. Mensagem de Arménio Estorninho (ex-1.º Cabo Mec Auto Rodas, CCAÇ 2381, Ingoré, Aldeia Formosa, Buba e Empada, 1968/70), com data de 7 de Maio de 2011:

Camarigo Carlos Vinhal, Saudações.
Depois de umas mini férias, como vai sendo hábito, aquando dos convívios e que teve o seu início no pretérito ano de 1990, irei descrever o XXII Convívio da CCaç 2381 “Os Maiorais” de Empada, Guiné 1968/70, tendo o registo fotográfico do evento, que também fala por si.

Por conseguinte, no aprazado dia 30 de Abril de 2011, a CCaç 2381 – “Os Maiorais” de Empada, comemorou o quadragésimo terceiro ano do embarque para a Guiné. Para o efeito, o camarada Agostinho Pereira e a sua simpática esposa Maria da Conceição Pereira, fizeram as honras da casa no Almoço/Convívio e escolheram como palco “O Restaurante Nascer do Sol” em Salir do Porto – Caldas da Rainha.

Conforme o dia programado pelo Organizador-Chefe, o ex-1.º Cabo Enfº José Teixeira, na Foz do Arelho, a partir das 10 horas, iam chegando os camaradas já “pesadotes” da felicidade de contarem mais um ano, acomodavam os seus bólides num parque junto ao rio e sendo a minha, a mais velhinha (1989).
“Em abono da verdade diga-se que o meu BX-GTI é uma grande máquina, porque a 29 de Abril p.p., pelas 15.30 horas, quando viajava para o Almoço/Convívio, ao transitar pela Ponte Vasco da Gama conseguira passar por um temporal de chuva intensa com queda de granizo, raios, relâmpagos e trovões quase em simultâneo. Contudo foram situações deparadas muito complicadas que até para pagar uma portagem na máquina (esta para viaturas pesadas) tive de me empoleirar com um pé na janela do automóvel e felizmente consegui chegar ao objectivo.”

Após a concentração quando eram cerca das 12,15 horas, o Organizador-Chefe e o seu Ajudante de Campo, dão instruções de partida para a lauta refeição e não era sem tempo porque muitos já tinham mingua. Chegados de forma moderada ao Restaurante (Estrada de Salir do Porto – Caldas da Rainha), com um ambiente que reflectia a natural expressão de irradiar alegria e que iria proporcionar mais um agradável Convívio de “Os Maiorais” de Empada.

O Restaurante e Snack-Bar “Nascer do Sol” recomenda-se porque reúne boas condições, tem sala para vários tipos de eventos e lotação para 400 pessoas. Localiza-se entre dois pólos turísticos com muita beleza natural, que são a Foz do Arelho e S. Martinho do Porto.

Pelo que tive a oportunidade de presenciar, quanto ao serviço de restauração, o mesmo fora efectuado por empregados devidamente fardados e com perfeito conhecimento das suas funções, solícitos quanto baste.

A acomodação na sala deu-se numa forma ordeira, os camaradas e seus familiares mais chegados, agrupavam-se em mesas e na perspectiva de colocarem as conversas em dia.
Todavia imperava alguma mágoa em virtude da ausência de alguns camaradas, mas os tempos estão difíceis e as dificuldades multiplicam-se, mas melhores dias virão.

Foto 1 – A partir da esquerda: Doutora Maria José Santos e esposo ex-Cap Mil Eduardo Moutinho Santos, D. Maria da Conceição Pereira a esposa do ex-1.º Cabo Agostinho Pereira e D. Armanda Teixeira a esposa do Camarigo ex-1.º Cabo Enf José Teixeira.

Foto 2 – De frente e pela direita: ex-1.º Cabo Manuel Godinho “O Sapateiro,” ex-1.º Cabo Agostinho Pereira “O Triguinho,” o ex-Soldado Nuno Santos, a sua esposa e o seu neto.

Foto 3 – A partir da direita: ex-1.º Cabo Agostinho Pereira, ex-1.º Cabo Francisco Franco “O Russo,” e o ex-Soldado José da Silva e esposa.

Foto 4 – Em primeiro plano na esquerda: o ex-Soldado António Úrsula, de pé o ex-Cap Mil Eduardo Moutinho Santos em amena cavaqueira com o ex-Fur Mil Hernâni Ferreira. Na direita: ex-Soldado Condutor José Zeferino “O Sobral,” e o ex-Soldado Hélder Correia e esposa.

O almoço constara da seguinte ementa:

I - Entradas: Taça com camarão e creme, morcela, rissóis de camarão, rissóis de bacalhau e “não esquecer que também havia pão.”
II- Pratos: Sopa de legumes, peixe - bacalhau “à nascer do sol”, carnes – churrasco de javali e escalopes de vitela.
III- Sobremesas: Gelado, pudim, mousse de chocolate e salada de frutas.
IV- Bebidas: Águas, sumos, cerveja, vinho verde, vinho branco e tinto, café e digestivos.

Quanto ao preço do almoço, pelo que se ofereceu o seu valor foi sugestivo.

Foto 5 – Na esquerda: D. Maria Eugénia Estorninho, a minha esposa, D. Isa Runa e D. Teresa Santos. Na direita: ex-1.º Cabo José Runa e ex-Soldado Arlindo Santos.

Foto 6 – Pela direita: ex-Soldado Celestino Ferraz e esposa, D. Henriqueta Catarino e esposo ex-1.º Cabo Enf Jorge Catarino e ex-Soldado João Pinheiro e esposa.

A Doutora Maria José Santos, esposa do ex-Cap Mil Eduardo Moutinho F. Santos, usando da palavra teceu o quanto é do seu agrado estar entre nós e nunca se esquecendo de ter passado connosco o Natal de 1969, em Empada - Guiné

Foto 7 – Sou eu ex-1.º Cabo Mec Auto Arménio Estorninho e um camarada já falecido, no sempre lembrado Jantar de Natal de 1969, em Empada – Guiné.

No toque a rebate do Camarigo ex-1.º Cabo Enfº José Teixeira, o incansável mentor dos convívios da CCaç 2381:

- Conseguira que entre os camaradas e seus familiares, houvesse no seu todo a presença de 75 convivas, em que fora-lhes servido um merecido repasto e o qual saborearam-no com esmero;

Foto 8 – De Frente e pela direita, em pé: o ex-Soldado José da Silva, ex-Soldado Condutor Idalécio “O Setúbal,” e o ex-Soldado António Lagrante. De costas em pé o palestrante ex-1.º Cabo Enf José Teixeira e o ex-1.º Cabo Enf Jorge Catarino.

- Mencionou os nomes de camaradas, dos quais há conhecimento que já não estão entre nós e foi feito um minuto de silêncio em suas memórias;

- Dos que para mim já se tornavam habituais as suas presenças, notei as ausências de vários camaradas e muitos comunicaram ao Organizador-Chefe José Teixeira e as devidas justificações foram transmitidas aos presentes.

E ainda… “O Bolo da Companhia,” para adoçar os mais gulosos, em que a Doutora Maria José Santos e o esposo ex-Cap Mil Eduardo Moutinho Santos, esmeraram-se no corte e na distribuição do mesmo.

Foto 9 – A sempre simpática Doutora Maria José Santos, ladeada pelo seu esposo ex-Cap Mil Eduardo Moutinho Santos e pela D. Teresa Santos, a esposa do ex-Soldado Arlindo Santos.

Foto 10 – O casal Moutinho Santos em amena conversa com o Camarigo ex-Fur Mil José Manuel Samouco, saboreando o delicioso bolo.

Foto 11 – A partir da esquerda: ex-Soldado Cozinheiro Pereira, ex-Soldado António Lagrante e o seu afilhado, ex-1.º Cabo José Runa e ex-Soldado Condutor Joaquim Martins “O Caldas.”

Foto 12 – A partir da direita: ex-1.º Cabo Francisco Franco, ex- 1.º Cabo José Runa, ex-Soldado João Pinheiro. Não consigo identificar o último camarada.

O Almoço Convívio decorrera num ambiente agradável tendo sido dado por findo quando eram cerca das 17.00 horas, em que se trocaram ofertas, deram-se as despedidas e uma boa viagem de regresso. Com o convite de um “até para o ano”, que fora marcado para a Cidade de Torres Vedras.

Cordiais cumprimentos Tabanquenhos.
Com um Abraço
Arménio Estorninho
CCaç 2381 “Os Maiorais” de Empada
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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 8 de Maio de 2011 > Guiné 63/74 - P8245: Convívios (326): XVIII Encontro do pessoal da CCS/BCAÇ 2912, dia 11 de Junho de 2011 na cidade da Maia (António Tavares)