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quinta-feira, 10 de março de 2022

Guiné 61/74 - P23065: (In)citações (196): Bissau, Safim e Nhacra: havia ir e voltar... (Victor Costa / Virgílio Teixeira /Carlos Pinheiro / José Colaço)


Guiné 61/74 > Região de Bissau > CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) > 11 de março de 1968 > Safim > O alf mil SAM Virgílio Teixeira, na esplanada... da "Marisqueira de Safim". Em Safim, havia um cruzamento: para norte,   seguia-se para João Landim e Bula; para leste e nordeste, seguia-se para Nhacra e Mansoa. De Bissau a Nacra, eram pouco mais de 20 km, e daqui até Mansoa mais uns trinta... De Bissau a Safim, por Bissalanca, também seriam uns 20 km...


Foto (e legenda): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Guiné > Bissalanca > BA 12 >  c. 1973/74 > O Eduardo Jorge Ferreira, alf mil da Polícia Aérea, à porta dos seus aposentos, pronto para partir para Nhacra, para comer umas ostras, à civil, de sandálias, e com capacete de segurança, conduzindo a sua motorizada, de 50 cm3 (?), Yahama, matrícula G5907, e levando à boleia o seu amigo Jorge Pinto, alf mil, 3.ª CART / BART 6520/72 (Fulacunda, 1972/74)...

Pormenor digno de registo: o Jorge Pinto, também à civil, de sapatinho de vela, meiinha branca, leva um capacete de segurança pouco ortodoxo: um capacete, branco, da polícia aérea... A ideia só podia ser do nosso saudoso Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019), um homem prático e desenrascado...

Foto (e legenda): © Jorge Pinto (2019). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Comentário do Victor Costa ao poste P23058 (*)

(i) (...) Nunca deixei nenhuma missão a meio e não é agora que irei começar, isto para vos dizer que irei responder a todas as questões colocadas em todos os comentários e em particular ao Luís Graça ou a outros comentários que possam chegar. Eu só preciso de tempo para o fazer. Posso desde já responder ao camarada Valdemar Silva por ser aquele que coloca menos questões.

No tempo em que estive com a CCaç 4541/72 e até Agosto 74,  os autocarros da A. Brites Palma e os táxis que faziam serviço de Bissau para Safim e vice-versa nunca tiveram segurânça por não ser necessário. 

De vez em quando um táxi até trazia meninas de Bissau para satisfazer necessidades fisiológicas do pessoal. Isto quer dizer que nas operações que fazíamos não brincávamos. Serviço é serviço e conhaque é conhaque e isto foi uma das coisas que me orgulho ter aprendido com os "velhos", levávmos as coisas muito a sério.

Irei também enviar mais fotografias sobre Safim, João Landim Porto e outros locais acompanhadas de mensagens.


(ii) (...) Os camaradas Virgílio Teixeira e Carlos Pinheiro em conjunto não podiam ser mais precisos para caracterizar aquilo a que chamo a "marisqueira de Safim", o que demonstra que eram clientes assíduos, mas o primeiro não foi preciso na placa de informação rodoviária localizada 200 m mais a Norte. 

Trata-se das 3 placas,  cujas fotas foram publicadas em 6/3/2022 (**):  a do lado esquerdo João Landim 8 Km, com seta à esquerda e por baixo Porto e na parte central a placa Bula e uma seta à esquerda. Do lado direito da placa Ensalma 5 km com seta à direita. Se consultarem o Mapa no Google ainda existe no local a citada "marisqueira" mas não deve restar nada do edifício antigo.

No mês de Julho de 1974 iniciámos uma operação contínua de controlo e revista de todas as viaturas e civis que entravam e saiam de Bissau, em que todas as viaturas eram obrigadas a parar. Instalamos uma tenda de campanha junto à Base Aérea nº 12, em Bissalanca, precisamente ao lado dos caças Fiat G 91. 

Esta operação contava,  além da secção que eu comandava, também com a participação de dois elementos da Polícia de Segurança Pública de Bissau. Num desses dias um condutor civil cabo-verdiano que circulava na direcção Bissau-Safim,  não parou à nossa ordem e abalroou um elemento nativo da PSP. 

Imediatamente corremos para o condutor da viatura e dei-lhe ordem para sair com as mãos bem levantadas. Começou a gesticular, eu puxei a culatra atrás e dei-lhe ordem de prisão, entretanto o outro elemento da PSP  aproximou-se e meteu-lhe as algemas. 

Chamámos a ambulância e a ramona e lá seguiram os dois para Bissau. No dia seguinte comuniquei para à PSP  para saber do estado de saúde do agente, entretanto falecido de noite. Nunca mais soube o que aconteceu ao preso, nem se houve posterior investigação, eu limitei-me a fazer o relatório.

Entretanto a CCaç 4541/73 com o fim da comissão regressa à Metrópole e eu em Setembro sou colocado na CCS do QG em Bissau até ao meu regresso em Outubro de 1974. Bissau foi uma cidade segura durante o tempo que lá estive. Constava no entanto que haviam alguns problemas entre a nossa tropa pelo controle do Pilão, o Bairro das meninas, mas não era nada comigo.

Havia muito trânsito de viaturas militares em Safim, quer de Bissau para Nhacra ou Cumeré, quer de Bissau para Bula e vice-versa, era a artéria principal de ligação ao interior da Guiné e nunca senti insegurança até Safim e mesmo até João Landim Porto. 

Mas todos os dias em particular à noite eram realizadas patrulhas no mato e nas bolanhas circundantes desta estrada com objectivos definidos pelo Comando. Um Unimog 404 deixava a secção perto da estrada ou se a picada fosse minimamente segura deixava-nos mais no interior, a operação da noite durava em média 6 horas, a pé até ao objectivo e depois regressavámos ao ponto de partida e aqui não havia facilidades, porque era isto que nos dava segurança. 

Contactos com o PAIGC, zero!, apenas o grito das hienas. Do rio Mansoa para Norte as operações eram executadas pelo nosso Destacamento de João Landim Norte que se estendia até às imediações de Bula, onde também estive. Aqui a segurança das Jangadas na travessia do Rio era feita nós e uma LDM da Marinha. Ao fim de um mês com os "velhos", já me sentia seguro e as coisas tornavam-se mais fáceis.

Desloquei-me várias vezes a Bissau á livraria do Sr. Manuel Moreira em Benfica, penso que era perto do Palácio do Governador, para comprar livros e jornais, ia ao Café Ronda, onde gostava de apreciar o bater dos tacões das botas na marcha do render da Guarda para o palácio do Governador feita pela PM ao longo da avenida, tive conhecimento do rebentamento da granada que neste café provocou um morto e 63 feridos, mas não era coisa que nos tirasse o sono e fui ao café Pelicano perto do quartel da PM na Amura. 

Em Bissau, só senti alguma apreensão em meados de Março quando visitei com meu amigo fur mil  José Bilhau,  penso que dos Piratas do Guileje (CCAC 8350), amigos seus no hospital e vi pela primeira vez os seus camaradas a esfregar os dedos das mãos nos braços, pernas e tronco e ver o ferro a sair do corpo,mas isto era no Hospital e este à data estava bastante preenchido. 

Numa das minhas últimas deslocações a Bissau e de regresso a Safim apanhei um táxi um Peugeot 404, estabeleci conversa com o condutor um cabo-verdiano que me garantiu que os efectivos do PAIGC rondava os 7.500 homens, ouvi, calei, mas não acreditei. Em Safim os transportes A. Brites Palma funcionaram antes e depois do 25 de Abril. (...)


Guiné > Carta geral da província (1961) > Escala 1/500 mil > Bissau e povoaçõs a norte: Safim, Landinm, Bula; Nhacra, Mansoa, Mansabá...

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2018)



 2. Outros comentários  ao poste P23058 (*)
 
(i) Virgílio Teixeira:

(...) Victor Costa, uma saudação especial pelo tema deste poste, pois sou um amante quer de Safim, Nhacra, João Landim, etc.

Nos anos de 67-68-69, fui lá muitas vezes, tantas quanto as minhas idas a Bissau, com a minha motorizada, não parava, por vezes acompanhado, a maioria sozinho. Ia à procura de mariscos em Safim, e à piscina do quartel de Nhacra. Depois era a aventura e conhecer novos sítios.

"Marisqueira de Safim", assim com este nome, não havia, era uma esplanada, café, cervejaria e servia uns petiscos para quem passava. Ficava perto do cruzamento e das marcas das estradas para João Landim e Mansoa / Nhacra. Tenho imensas saudades desses momentos, o pior era o regresso, na maioria das vezes já noite, e com uns copitos a mais.

Quanto ao assunto do Poste, e quanto à mensagem do amigo Lobo, não se preocupe pois não é só a idade e a memória. Na minha modesta opinião, e tanto quando me lembro, e somos dos mesmos anos, 68 e 69, nunca vi semelhantes viaturas tipo "ambulância", parecem-me da 2ª guerra mundial.

Por isso posso quase afirmar que não existiam no meu tempo estes autocarros. Podem ser posteriores, mas parece-me mais pós-independência.

Não reconheço nem as viaturas nem os lugares aqui ilustrados, lamento mas não é por falta de memória, se existiam passaram-me ao largo.

Quanto a segurança, nunca pensei no assunto, apesar de tantos quilómetros através do mato, em especial entre Bissalanca e Safim. Depois disso não sei nada.

Podem consultar as minhas fotos aqui publicadas nos meus postes. E quem puder acrescentar mais alguma coisa, que o faça, pois eram locais lendários. (...)

(ii) (...) Relembro aqui para quem já não se lembra ou não viu os postes, a minha narrativa do dia em que sonhei que tinha de ir de motorizada de Bissau até Mansabá, nem sabia onde ficava, era a seguir a Mansoa.

Depois de ir a uns banhos à piscina, encho o depósito da Peugeot, por vinte e cinco tostões, e vou para a estrada a caminho de Mansoa, mas a viagem foi curta, pois uma patrulha militar, teve de me identificar, pois eu ia à civil, eu não tinha documentos mas disse-lhes que era Alferes Mil do BCaç 1933, que estava nessa época em S. Domingos, e depois de pormenores que não me lembro, não me deixaram passar, e lá voltei desolado...

Com certeza se continuava a viagem nem chegava a Mansoa,  muito menos a Mansabá (**).  Era uma miragem, uma loucura, maluca da idade, e já tinha uns 25 ou 26 anos, que ficavam mais curtos com os copitos que nunca faltavam.

Um dia se melhorar da minha saúde, ainda me meto no jipe que tenho lá à minha disposição, com motorista privativo, e faço a vontade ao meu amigo do HOtel Coimbra, que teima em me ver lá... e vou até Mansab!... Até posso morrer por lá, é uma terra que ficou na alma, para sempre.

Perdoem estes comentários de quem já não bate bem... da mona!... São quase 80 anos!  (...)

Carlos Pinheiro:

(...) Estive 25 meses em Bissau e só me lembro das camionetas do Costa mas não sei para onde iam. Eram camionetas já com certa idade e algumas deviam ter o chassis empenado. A malta até dizia que camionetas do Costa "suma a cachorro de rabo de lado"...

Só fui uma vez a Safim. Tinha três dias de Guiné, tina ido em rendição individual para o BCAÇ 1911, mas nunca o cheguei a conhecer, era dia de Todos os Santos de 1968 e foi um camarada da Companhia de Transportes, que me arranjou cama lá na sua Companhia porque nos Adidos não havia nada, para além da confusão geral, e que me levou a Safim onde eu paguei o petisco, ainda com patacão da Metrópole, em agradecimento ao facto de ele me ter arranjado uma cama. 

Gostei do petisco, uns camarões, umas ostras, que eu nunca tinha comido e fiquei freguês sempre que podia e até um bocado de leitão aparaceu. A cerveja já não me lembro a marca mas estava fresca e escorregava bem. 

Foi nesse dia que houve um acidente grave com uma companhia que tinha ido comigo no Uíge, perto de Bula, por ter rebentado uma granada de bazuca em cima duma GMC da CT que já estava carregada de pessoal. Vi passar perto de uma dezena de helicópteros e com três dias de Guiné comecei logo a aperceber-me da situação. Nunca cheguei a saber se houve mortos, mas feridos foram imensos. 

Gostei do petisco mas nunca mais voltei a Safim. Para mim a fronteira era BA 12, em Bissalanca.  (...)


José Botelho Colaço:


(i) (...) Obrigado, Victor Costa, pelas fotos dos autocarros da empresa A. Brites Palma, é precisamente este modelo de autocarro que está gravado na minha mente de 1964/65. 

Quanto aos camaradas dizerem que a memória pifou,  talvez não... O que aconteceu foi que á medida que as malhas da guerra foram apertando,  os colonos deixaram de ter o seu papel activo e quase de certeza estes autocarros deixaram de circular,  por isso os camaradas não se lembram de os ver. 

Eu recordo de ver em Bafatá, ao lado do café do tio Bento, a carcaça de um autocarro abandonado, deste modelo. 

Resumindo, antes da Guerra, estes autocarros ciculavam em grande parte do território da Guiné, que se foram confinando com o rebentar e evoluir da guerra. 

A memória que eu tenho do dono da A. Brites Palma era um homem de baixa estatura,  já com os anos a pesarem sobre si mas um poligolota em vários dialetos na lingua nativa.

(ii) (...) Que a memória vai pifando não há dúvidas mas é devido á idade, é mais a doença da anosognosia do que a Alzheimer. Obrigado, 

Victor Costa,  por me avivares e confirmares tudo aquilo que guardo em memória e escritos pessoais.

O que me parece é que o sector de Bissau se manteve quase igual ou com pequeníssimas alterações pelo que nos contas durante o tempo que durou a guerra. Exemplo,  em 1964/65 até á jangada do João Landin ou via Nhacra era praticamente zona livre,  viajava-se sem qualquer problema, mas para Mansoaa também se ia mas já era uma pequena aventura e só durante o dia. No Pilão á noite só os mais aventureiros e alguma segurança. Quanto aos transportes em Bissau,  total acordo confirmas tudo o que guardo em memória.  (...) (***)

__________

Notas do editor:

(**) Vd. poste de 5 de fevereiro de 2018 > Guiné 61/74 - P18287: Álbum fotográfico de Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69) - Parte XIV: o dia em que eu queria ir de motorizada, de Bissau a Mansoa... e a Mansabá!

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Guiné 61/74 - P23011: Fotos à procura de... uma legenda (160): Transportes públicos de Bissau: ABP, que sigla seria esta ?






Guiné > Bissau > s/d [1971/73 ] > Um autocarro dos transportes colectivos de Bissau, carreira Bissau/Bissalanca!... Uma verdadeira peça de museu... Parece ser um autocarro com desenho dos anos 30, a avaliar pela carroçaria, uma estrutura em madeira chapeada (?!)... Tinha tejadilho,  onde se levava a "bagagem" dos passageiros, desde cabras a  produtos agrícolas... As portas e as janelas parecem "abertas"... Matrícula G-620... Empresa: ABP (?)... Foto do nosso saudoso Victor Barata (1951-2021), o "Vitinho".

Foto (e legenda): © Victor Barata (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementa: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do Carlos Pinheiro (ex-1.º cabo trms op msg, Centro de Mensagens do STM/QG/CTIG, 1968/70), a quem pedimos ajuda para identificar a empresa que operava os transportes publicos de Bissau no início dos anos 70.

Data - 19/02/2022, 19:19 
Assunto - Transportes públicos de Bissau: ABP, que sigla seria esta ?

Boa tarde, Luís

De facto não me lembro desta empresa, mas lembro-me bem de outra, a do Costa, que também tinha alguns autocarros(?) que a malta até dizia :  "Camionetas do Costa 'suma' a cachorro de rabo de lado"...

Um abraço, Luis, CP.

2. Comentários ao poste P23005 (*)

António J. Pereira da Costa:

A foto do autocarro é importantíssima, pois prova aquilo que muitas vezes se diz, um tanto jocosamente, que naquele autocarro até as cabras eram transportadas.

Havia um outro percurso (Bissau - Biombo) onde a viatura, talvez um pouco mais moderna do que esta, andava um pouco de lado, por ter uma mola dianteira partida.

O "serviço de peças"(?) das mais conhecidas marcas era mais do que incipiente e as "firmas importadoras" (Gouveia e similares) não se dedicavam a fazer importações tão complicadas. E oficinas para a manutenção do autocarro?

Enfim coisas boas de antanho...

Virgílio Teixeira:

No meu tempo (1967/69) nunca andei nem vi qualquer transporte público, mas eu não precisava, tinha as minhas motorizadas, e por outro lado havia o transporte militar de Santa Luzia - Bissau e Bra - Bissau. É possivel que houvesse táxis!

Quando lá estive em 1984 e 1985, havia um deficit de transportes públicos modernos. Pois o que existiam eram as carrinhas Toyota de caixa aberta, onde cabia de tudo, pessoas, gado, mercadorias de tudo. E muitos acidentes pois eles andavam a grande velocidade e com o pessoal sentado nos taipais, era uma desgraça.

Conheci e colaborei num projecto , uma empresa portuguesa, que colocou 3 autocarros Volvo, do mais moderno, onde cabia também tudo. Passado um ano, acabou por fechar, por falta de peças, oficinas etc. Ainda viajei de Bissau até Nova Lamego e regresso, num desses percursos, ocorreu um óbito de um homem local, mesmo ao meu lado.

Por isso ABP não me diz nada.

António J. Pereira da Costa:

Tenho notícias muito vagas e remontando a 1975 de que a União Soviética teria fornecido à Guiné viaturas de transporte de pessoal do exército. Eram viaturas mais do que obsoletas, de grandes dimensões, pesadíssimas, com uma invulgar largura de eixo, o que as tornava proibitivas na Guiné por não se puderem cruzar numa estrada. Tinham um consumo astronómico e tentaram constituir com elas uma empresa de transportes sob orientação de um português, ex-empresário na Guiné,  de nome Vilela. Falhou em poucos meses...

Mas não tenho confirmação.

João Rodrigues Lobo:

Quando estive em Brá, nos anos completos de 1969 e 1970 praticamente todos os dias fazia várias vezes o trajecto Brá / Bissau, conduzindo o meu jeep, para acompanhar as cargas e descargas nos portos, principal e Pijiquiti, e não me recordo destes autocarros. Presumo que, se me tivesse cruzado com eles, me lembraria. Mas a memória por vezes pode atraiçoar embora julgue que só teriam surgido depois de 1970.

3. Comentário do editor LG:

Perguntei ao Carlos PInheiro (com conhecimento a outros camaradas que conheceram Bissau nessa época):

Carlos, tu que és de longe o nosso melhor cicerone de Bissau do nosso tempo, vê lá se reconheces o patusco autocarro de que aqui se publica uma foto, com uma sigla ABP, na parte de trás, que nos parece ser a da empresa proprietária... Fazia o percurso Bissau - Bissalanca no princípio dos anos 70... Chegaste a andar de transportes públicos no teu tempo ? Lembras-te do nome da empresa ? E será que se manteve depois da independência ? Pode ter acontecido, se bem que improvável... E já agora havia no teu tempo autocarros mais modernos... e confortáveis ?

Dou conhecimento a alguns dos nossos grã-tabanqueiros que também conheceram Bissau como tu, e nomeadamente alguns camaradas da FAP, incluindo os que voltaram a Bissau depois da independência.


Mais comentários dos nossos leitores serão bem vindos (**).


domingo, 6 de fevereiro de 2022

Guiné 61/74 - P22974: In Memoriam (426): Paz para a alma de todos os nossos camaradas que morreram no desastre de Cheche, faz hoje 53 anos...Foram 47 vidas ceifadas na flor da idade... Estupidamente!... (Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, CCS / BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)




Infografia: Jorge Araújo (2019) (*)


1. Mensagem de Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM,  CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69):


Data - 6 frev 2022 18:26  
Assunto - Desastre do Cheche

Luis, boa tarde

Lembrei me agora que faz 53 sobre o desastre do Cheche,  com a jangada,  que ninguém ainda hoje sabe o que aconteceu na realidade.

Foram 47 vidas ceifadas na flor da idade. E estupidamente!  Da CCAÇ 2405 / BCAÇ 2852 e da CCAÇ 1790 / BCAÇ 1933.

O Cap José Aparício, comandante da nossa CCAÇ 1790,  já não nos podes contar, dizem que est
á doente, com doença degenerativa de evolução prolongada.

Paz para a alma de todos. (**)
.
Luís, se puderes fazer uma referência agradecia.

Saúde para todos.

Virgílio Teixeira (***)
_________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 15 de maio de  2019 > Guiné 61/74 - P19788: Jorge Araújo: Ensaio sobre as mortes por afogamento no CTIG: Os três acidentes na hidrografia guineense (Parte III)


(***) Vd. poste de 6 de fevereiro de 2019 > Guiné 61/74 - P19474: Efemérides (298): A minha homenagem às 47 vítimas da tragédia do Cheche, há 50 anos, os mortos da CCAÇ 2405 / BCAÇ 2852 e os mortos da CCAÇ 1790, do meu batalhão, BCAÇ 1933: que Deus e a Pátria jamais os esqueçam (Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, CCS / BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Guiné 61/74 - P22346: Fotos à procura de... uma legenda (152): Que estrada seria esta? Brá-Safim-Landim-Bula ou Brá-Safim-Nhacra-Mansoa? (João Rodrigue Lobo / Virgílio Teixeira / José Carvalho / Valdemar Queiroz)


Foto nº 1A


Foto nº 1


Foto nº 1B

Guiné > Bissau > Brá > BENG 447 > PTE (Pelotão de Transportes Especiais) > 1968/1971 > s/d: "uma enorme coluna do PTE".... A estrada (asfaltada) não está identificada, mas podia ser a de Nhacra - Mansoa - Mansabá... Não havia muitas na altura... Vê-se ao fundo aquilo que pode  ser um aquartelamento. Por outro lado, a vegetação é rasteira, dando indícios de capinagem relativamente recente... 

A coluna é encabeçada por duas viatuaras Mercedes, a terceira é um jipe e a quarta é uma viatura cicvil, uma carrinha, branca, de caixa aberta,  com população civil...

Diz-nos, posteriormente, em email,  o autor da foto,o João Rodrigues Lobo, ex-alf mil, cmdt Pelotão de Transportes Especiais / BENG 447 (Bissau, Brá, dez 1967/fev1971):

(...) "Não estive em Bambadinca, aliás só saía esporadicamente acompanhando as viaturas ás obras, especialmente das estradas. (Bem protegidos pelos camaradas de armas; embora levasse a minha G3 bem á mão, eu próprio conduzia, sempre, a viatura onde me deslocava).  A foto acima,  com  "uma enorme coluna de viaturas", e que vocês acharam que poderia ser a estrada Nhacra - Mansoa -Mansambá, foi uma dessas tais colunas. Mas a foto foi tirada após saída de Brá, julgo que para a estrada de Có / Pelundo.

Por essa estrada, de Brá a Có, cheguei a ir em carro civil com outros camaradas, pois a guarnição da jangada de João Landim nos transportou para a outra margem, por, nessa data, a estrada até Có ser considerada segura. (Mas pouco , como depois vim a saber". (...)


Fotos (e legendas): © João Rodrigues Lobo (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Comentários dos nossos leitores ao poste P22302 (*)

(i) José Carvalho:


(...) Na estrada Nhacra -Mansoa - Mansába - Farim, passei inumeras vezes e conhecia-a ao pormenor,mas parece-me decorrido meio século,que não havia no seu traçado uma zona com o declive que a foto revela, nem um aquartelamento em posição cimeira.

(...) Comparando com fotos tiradas (Out 70) na estrada de Nhacra para o Cumeré, verifico algumas semelhanças quer no tipo de orografia, quer no tipo de vegetação adjacente à via. Quem passou pelo Cumeré poderá opinar! (...)

(ii) Luís Graça:

Outra hipótese: as instalações que se veem do lado direito da estrada, e que parecem estar roeados de um extenso perímetro de arame farpado, não poderiam as da emissora da Guiné, em Nhacra ?... O edifício pricipal tem uma certa volumetria e há também algo que também pode ser um depósito de água como uma antena de transmissões... Era natural que o emissor estivesse instalado numa cota mais alta...

Enfim, só fiz este percurso em 2007, altura em que fui ao Cantanhez, passando por Bambadinca e Saltinho... E na volta fui a Mansoa e almocei em Nhacra...com o cor art ref Nuno Rubim!

Veja-se aqui a carta de Bissau (1949), escala 1/50 mil... As cotas são todas baixas...

https://www.ensp.unl.pt/luis.graca/guine_guerracolonial32_mapa_Bissau.html


(iii) Valdemar Queiroz:


Realmente, vendo a fotografia da coluna à primeira vista não parece ter sido tirada na Guiné.
Pelo traçado e estado da estrada, da vegetação envolvente, os postes eléctricos e os edifícios ao alto, não fora a pequena viatura descapotável com pessoal africano, diria tratar-se de uma coluna em instrução na metrópole.

Mas, tratando-se da estrada próximo de Bissau, julgo haver camaradas no blogue que iam de motorizada até Nhacra e mais longe e devem, pelo declive, conhecer este local



Guiné > Sector de Bissau > Carta de Bissau (1949)  > Escala 1/50 mil >Posição relativa de Bissau, Brá, Bissalanca, Safim e Nhacra.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné  (2021)


2. Mensagem do editor do blogue, enaviado ao VirgílioTeixeira:


Data: quinta-feira, 24 de junho de 2021, 16:02
Assunto: Que estrada seria esta ? Brá-Safim-Landim-Bula ou Brá-Safim-Nhacra-Mansoa ? (**)


Confere esta foto, que segue em anexo (Foto nº 1, acima reproduzida), com as tuas fotos... Andaste por estes sítios, de motorizada...Foste até Safim e paar lá de Safim, a caminho de Nhacra.

Numa das tuas fotos veem-se os postes telegráficos, do lado esquerdo... E de ambos os lados da estrada, há uma larguíssima faixa capinada... Mas o terreno é plano... Ao fundo, do lado esquerdo, há uma tabanca.

Os postes telegráficos são uma boa pista... No interior da Guiné, já não os havia, con as sabotagens do início da guerra...

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2018/02/uine-6174-p18287-album-fotografico-de.html

https://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2021/06/guine-6174-p22302-reavivando-memorias.html



Guiné > Sector de Bissau > Carta de Bissau (1949) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Bissau, Brá, Bissalana e Cumeré (na maregm esquerda do canal do Impernal)

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2021)

3. Memsagem do Virgílio Teixeira, com data de 24 de junho passado:

Começo logo por dizer que quando vi a foto do Lobo, no jeep, quando saiu o poste parecia que era eu mesmo! Tenho fotos nas deslocações do Gabu para Bambadinca, e numa delas muito parecida com esta. Mas não comentei na altura, faço agora.

Estive a ler o meu poste e comentários das minhas loucuras de motorizada, hoje tenho de confessar que, não fossem as fotos,  não acreditava nestes relatos, feitos a uma distância de 50 ou mais anos.

Vejo com alguma nostalgia as mudanças nos nossos comentários, mudou muito e para pior, não sei de quem é a culpa e pouco importa agora, terei a minha dose com toda a certeza.
Vamos ao que interessa e puxar pela tola e ler as minhas fotos, estas e muitas outras.

Nunca vi uma coluna com esta dimensão. Para onde iam tantos camiões? Cumere não era, conheço e não faz sentido uma colunas destas.

Naquele tempo, 68/69, estas estradas eu conhecia bem,  pois era eu o único interveniente, era asfaltada até Bissalanca, depois terra batida. A partir daqui não havia postes telegraficos, que me lembre. O declive que se vê, não era suposto ver de Bissalanca para Safim etc.

O capim era assim, tudo rapado de um lado e outro. Não se via quase tabanca nenhuma, nem pessoal na berma, há uma foto onde se vê um homem, e por ser anormal eu fiz a foto em andamento.

Neste percurso portanto não existia nenhuma instalação como aquela que se vê numa das fotos da coluna. Logo não pode ser depois de Bissalanca.

O mais natural é ser mesmo uma coluna, chegada num navio, toda nova, a caminho de Brá, instalações do BENG 447. Havia nos 10 km desde o mercado de Bandim, muitas zonas tipo rural, sem tabanca nem vegetação, mas com os tais postes.

A mata cortada era uma das necessidades daquele percurso tão movimentado, era afinal a 'cara da Guiné', para os militares e civis visitantes.

Assim concluo, sem absoluta certeza, que é na Guiné, a coluna vem de Bissau a caminho de Brá.

Não poderia ser noutro cenário, salvo outras conclusões que estou pronto a aceitar se tiverem mais força que as minhas.

Dado que fiz isto muitas vezes, algumas com receio por não avistar viva alma, haverá quem fez mais vezes, mas eu como 'turista' via com mais pormenor.

Também colocamos fora de questão que estas imagens sejam para lá de Safim ou Nhacra.
Espero ter ajudado.

Abraço do Virgílio Teixeira

4.
 Mensagem do Virgílio Teixeira, com dat de 25 de junho passado;

Bom dia.

Hoje estive a ver melhor outras fotos nas minhas viagens para Safim, João Landim e Nhacra.
Esta é a  única foto na estrada, e tenho tantas, foi feita a caminho de Bissalanca. Porque é estrada asfaltada. Dali para a frente era terra batida.

A vegetação baixa era uma constante. E vejo uma tabanca do lado esquerdo, coisa que não me lembro para cima.

Se existisse mata e selva,  é claro que eu não ia. Vejo, ou melhor dizendo, que nesta viagem fui acompanhado com o Furriel Riquito, pois foi ele que tirou as fotos onde eu apareço. De  outras  vezes fui sozinho.

As minhas dúvidas são :

1. O que fazia esta grande coluna e para onde se deslocava? Só pode ser na zona de Bissau.  

2. Aquelas instalações, por cima do camião da frente são grandes demais para estarem fora do perímetro de Bissau.

3. Por outro lado se a coluna vai na direcção de Bissau, as instalações do lado direito não vejo o que seria, pois só havia unidades militares do lado direito a caminho de Bissau, daí que seriam ao contrário.

4. As ligeiras elevações da estrada coincidem com aquelas existentes até Bissalanca.

5. Dali para cima era tudo linha recta sem altos e baixos.

6. Como diz o outro.. "penso eu de que"!

Agora também estou curioso. Mas falta-me a memória.
Ab Virgilio



Guiné > Sector de Bissau > Safim >  11 de março  de 1968 > O alf mil SAM Virgílio Teixeira (CCS/ BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69), de motorizada, vindo de Bissau, na estrada de Safim, onde havia um cruzamento para João Landim / Bula (a noroeste) e outro para Nhacra / Mansoa / Mansabá (a nordeste)- Foto tirada pelo fur mil Riquito.


Guiné > Sector de Bissau > Estrada de Safim-Nhacra   > O alf mil SAM Virgílio, Teixeira,  de motorizada, em Safim, a caminho de Nhacra.. Foto tirada pelo fur mil Riquito. (***)

Fotoa (e legendas): © Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 21 de junho de  2021 > Guiné 61/74- P22302: Reavivando memórias do BENG 447 (João Rodrigues Lobo, ex-cmdt do Pelotão de Transportes Especiais, Brá, 1968/71) - Parte I: sem falsa modéstia, um exemplo de empenhamento e competência

(**) Último poste da série > 6 de junho de 2021 > Guiné 61/74 - P22260: Fotos à procura de... uma legenda (144): Cecília Supico Pinto, em Có, em 2 de maio de 1969, distribuindo sorrisos e maços de cigarros da INTAR...

terça-feira, 22 de junho de 2021

Guiné 61/74 - P22306: Memória dos lugares (422): CTOE - Centro de Tropas de Operações Especiais, Lamego: reportagem da visita possível, mais de 60 anos depois (Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, CCS / BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)


Foto nº 1   > CTOE - Centro de Tropas de Operações Especiais (criado em 1960 c0mo CIOE - Centro de Instrução de Operações Especiais) (vd. o blogue do nosso coeditor Eduardo Magalhães Ribeiro, "Rangers & Coisas do MR")

Por detrás do Virgílio Teixeria, musealizada,  uma metralhadora quádrupla  AA CMK1 20mm m/953



Foto nº 2 > O velho convento de Santa Cruz, onde se instalou em agosto de 1839 o regimento de infantaria nº 9


Foto nº 3 >  Uma relíquia da história  da nossa artilharia, o obus 7.5, de montanha, de origem italiana (segundo o nosso especialista, cor art ref António J. Pereira da Costa, que faz hoje anos...)



Foto nº 4 > Legenda: "RI 9. As sentinelas dos terrenos dos paiois abrirão fogo sobre quem tente escalar os muros, 1948"...



Foto nº 5 > Làpide de homenagem a um dos primeiros comandantes da unidade militar de La,ego, o RI 9, no período de 1849-1862, o Cor José Manuel da Cruz



Foto nº 6 > Interior do quartel, visto da porta de armas...


Foto nº 7 > O Virgílio Teixeira, sessenta anos depois...


Fotos: © Virgílio Teixeira  (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem de 6 do corrente, enviada pelo Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); economista e gestor, reformado; natural do Porto,vive em Vila do Conde; tem cerca de 170 referências no nosso blogue.

Ontem fiz uma visita de estudo ao CTOE - Quartel dos Ex- Rangers de Lamego.

Eu passei por lá, no ano de 1960, acompanhando 
o meu querido irmão Jorge Teixeira (1941 - 2021, num camião militar, ele ia lá fazer um serviço, e demoramos um dia do Porto até lá, pelas curvas do Marão velhinho. Ainda não se falava da guerra de África.

Para os que lá passaram e para outros, tem interesse ver como hoje está aquilo? Se for de algum interesse posso fazer um pequeno comentário com foto. Bem como a visita a um Hotel Rural, Casa dos Viscondes da Várzea, em Lamego, da Maria Manuel Cyrne, um espectáculo do Douro, ou a rota dos Barcos do Douro, rio acima, rio abaixo, até ao Pinhão, com a passagem da Eclusa de Barragem da Régua; os antigos e actuais comboios até Barca de Alva... ou, as maravilhosas vistas e paisagens na rota do Túnel do Marão e obras de arte, em pleno Alto Douro...

Aguardo Respostas!

Ab, Virgilio Teixeira

2. Resposta do nosso editor, em 7 do corrente:

Virgílio, essa história de 1960 pode e dever ser contada... Como a tua visita de saudade, 60 anos depois... Mete nas legendas das tuas fotos... E podes fazer mais outro poste com a tua viagem pelo Douro: temos uma série, "Os nossos seres, saberes e lazeres", que também podes usar...

Aliás, dou-te os parabéns por te meteres ao caminho com a tua Manuela... Portugal tem muito por descobrir, de Norte a Sul, Leste a Oeste. (...)

Abração, Luis

3. Visita a a Lamego, em 5 de junho de 2021. Tcxto e fotos enviados em 14 do corrente;

Objectivos fotografar e visitar o antigo centro de formação de Rangers, termo americano importado, porque o primeiro curso foi dado por um ranger americano.

Conheci no início da sua formação com 17 anos, em 1960 numa deslocação com o meu falecido irmão Jorge, 2« sargento rádio montador profissional de transmissões. Numa coluna militar saída do Porto, ele ia com a missão de montar o sistema de rádio não existente entre as unidades. 

Eu fui à boleia na caixa do camião coberto de lona, não me lembro a marca, mas era tudo velho e avariavam na subida do Marão. Foi preciso um dia inteiro e passei frio. Dormi no quartel mas não me lembro de pormenores.

Nunca mais visitei o Centro, mas de Lamego o que mais me lembrava era daquela aventura, claro que a boleia não estava autorizada, fui clandestinamente, sem problemas visto que eu já nasci e fui criado quase dentro dos quartéis, como familiar de profissionais.

Regressamos 2 dias depois sem problemas que eu saiba.

Li nos comentários do blogue alguém que esteve nos Rangers, suponho que numa conversa com o João Crisóstomo em que ele sentia uma certa nostalgia desse passado, e como temos cá muitos Rangers, comecei a matutar na ideia, de ir ver o Quartel de Lamego, hoje quartel de Santa Cruz em homenagem a um ten cor, não sei bem se é assim, há uma placa pouco legível que fala no ten cor José Manuel da Cruz, há uma data parece 1846, mas vamos em frente porque não sei inventar.

Já não tendo pedalada para fazer a viagem e conduzir por aquelas estradas, combinei com a minha filha mais nova, e marido, com o pretexto de irmos revisitar a Régua e assim o meu genro nos levar.

É lá fomos, passando pelo túnel do Marão, seguindo os barcos rio Douro acima, a passagem pela eclusa da comporta da barragem da Régua, não sabia bem como funcionava aquilo, fomos ainda à uma bela quinta onde o meu genro tinha estado em grupo pela empresa, com umas vistas fantásticas e falei então que gostava de ir fotografar o Quartel dos Rangers, e assim fomos. Ele também tem um familiar que lá esteve e poderá ver as fotos.

Grande desilusão, passamos lá uma hora a fotografar o que havia à vista, não encontramos viva alma, tudo fechado a 7 chaves, era Sábado e o tasco fechou para fim de semana, penso eu, espreitei lá para dentro e nem um cão de guarda se via.

A ideia que fica é um local isolado como deve ser, mas que encerra ao fim de semana, pois chegamos antes do meio dia.

As fotos que junto não estão legendadas, mas dá para perceber, em especial para quem foi hóspede. As luvas brancas que uso é uma necessidade dermatológica, isto é uma chatice.
 
Lamento desiludir as pessoas, não fazia ideia de estar tudo fechado.

Despeço-me com amizade.
Virgílio Teixeira

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Nota do editor:

Último poste da série > 17 de junho de  2021 > Guiné 61/74 - P22290: Memória dos lugares (421): quartel do BENG 447, Brá, Bissau, um hotel de cinco estrelas

segunda-feira, 17 de maio de 2021

Guiné 61/74 - P22209: In Memoriam (395): António Pinto Rebolo (1944-2021), ex-fur mil amanuense, CCS/BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69), advogado do Porto, meu vizinho e meu amigo (Virgílio Teixeira)


Guiné > Região de Cacheu > Susana > Maio de 1968 > Perdidos no rio... Algures numa aldeia felupe... Havia um indígena morto... Em cina viatura um dos meus furriéis amanuenses, o António Pinto Rebolo, falecido em 15 de maio de 2021... (O outro furriel mil amanuense do Conselho Administrativo da CCS/BCAÇ 1933,  era o Riquito.)

Foto (e legenda): © Virgílio Teixeira (2017). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do Virgílio Teixeira, com data de 16/05/2021, 18h05


Boa tarde Luís. Acabou por falecer o meu amigo, António Pinto Rebolo. ex-furriel mil de administração  militar. Foi amanuense no meu conselho administrativo, um amigo, antes, durante e depois de acabar a guerra. Foi advogado, estava reformado, e dependente de hemodiálise diariamente.

Morava bem perto da minha casa no Porto. Pode ver-se a notificação no Fórum dos Veteranos da Guerra do Ultramar.

A foto militar está em muitas das minhas fotos, especialmente quando fomos dados como desaparecidos, vindos de Susana (*). Ele reconhece se pelo seu elevado volume.

Se puderes colocar um poste agradecia. Era pessoa sempre presente nos nossos encontros anuais.

Bom amigo dos amigos. Paz à sua alma. Não posso dar mais informações, são as mesmas que as minhas

Estou no Porto e só amanhã consigo mais dados

O funeral deve ser [estou à espera de confirmação] no cemitério de Paranhos (**). Desculpa incomodar numa tarde de descanso em Candoz. 

Virgílio Teixeira,
ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, 
CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); 
economista e gestor, reformado; 
natural do Porto,vive em Vila do Conde.

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Notas do editor:

(*) Vd. postes de:


domingo, 9 de maio de 2021

Guiné 61/74 - P22186: In Memoriam (394): Jorge Oscar Machado Teixeira (1941-2021), 2º srgt QP, radiomontador, DFA, reformado, irmão mais velho do nosso camarada Virgílio Teixeira, e que esteve prisioneiro na Índia, em 1961/62




Uma flor no último adeus: "Jorge, meu irmão, meu herói, meu amigo, descansa em paz. Nunca te esquecerei! Teu irmão Virgílio. 9 maio 2021"

Foto (e legenda): © Virgílio Teixeira (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso amigo e camarada Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, chefe do conselho administrativo, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69); economista e gestor, reformado; é natural do Porto; vive em Vila do Conde.



Date: domingo, 9/05/2021 à(s) 14:31

Subject: Morreu o meu irmão Jorge (, foto à esquerda)

Luís, estou com pouco tempo, por isso vou ser breve. Pelo titulo já viste que o meu irmão mais velho, 79 anos, fazia 80 em 29 de agosto, acabou os seus dias ontem dia 8. Por causa da 2ª dose da vacina. Não morreu da doença, morreu da cura.

Ele, sendo para mim, mais do que o meu pai, levei uma pancada grande.

Tentei por telemóvel informar as pessoas, mas algumas não são adeptas do WhatsApp,  a única forma de mandar fotos.
 
Ele vai estar agora em câamara ardente na Igreja de Paranhos. Amanhã será feita a cerimónia do funeral, com a presença de uma secção do aquartelamento da Serra do Pilar onde funciona a Central de Comando do Pessoal, para estes efeitos - Tel 222037300.

Depois o corpo será levado para a Senhora da Hora, Matosinhos, onde funciona a cremação.

Vou ao velório agora de tarde, levarei apenas uma flor, que será autorizada, não querem ramos nem coroas.

Junto a imagem e cartão de homenagem. A minha neta mais velha, mandou por WS uma foto com um ramo de flores dedicado a mim, é um amor.

O meu irmão, Jorge Oscar Machado Teixeira, 2º Sargento do Quadro Permanente, Rádio Montador, fez o curso em Paço d´Arcos. Foi enviado para a India, onde ficou prisioneiro, como já escrevi,

Depois em 1964 foi para Angola até 1966, chegou pouco antes de eu assentar praça. Muitos anos ausentes, mas sempre irmãos e do qual ainda agora escrevi, que foi mais que meu pai, por isso nunca o vou esquecer.

É tudo, não tenho fotos digitalizadas dele, nunca foram precisas. Saiu da tropa aos 30 anos, foi considerado como Deficiente das Forças Armadas, e pertence à ADFA.

Fez depois a sua vida de trabalho durante mais 40 anos, e estava reformado, com um coeficiente de invalidez de 91%.


Abraço,

Virgilio

2. Ainda há tempo aqui falámos do Jorge Teixeira e do seu pai, que serviram ambos na India... E eu sugeri ao  Virgílio Teixeira que partilhasse connosco o "álbum da família", respeitante à Índia. Veja-se o comentário dele, num poste do Cláudio Brito, neto do Fermando Brito (**): 

(...) O meu pai também embarcou para a India, não no Afonso de Albuquerque, mas no Quanza em finais de 1955, tinha então 38 anos. Era militar de carreira.

A primeira carta que recebemos com uma foto, no topo lá dizia: 'A bordo do Quanza a caminho da India' lembro-me como se fosse hoje. Depois mandou outra foto e carta também de Port Said no Egipto, um mês depois.

Ele foi em 1955 e regressou já no 3º trimestre de 1958. Tinha cá 5 filhos, um dos quais tinha acabado de nascer,  a 11 de dezembro desse ano.

O meu irmão mais velho, tem agora 79 anos, contra os meus 78 anos, também ele fez o mesmo percurso do pai, só que já no fatídico ano de 1961, tendo ficado prisioneiro durante mais de 5 meses, debaixo das botas daqueles indianos. Tinha então, apenas 20 anos, era militar de carreira e tinha ido antes do tempo para a tropa como voluntário, no intuito de arranjar uma profissão, que depois acaba por cumprir durante 10 anos. Ainda fez uma comissão em Angola de 63 a 66, ele a chegar de Angola e eu a partir para a Guiné.

A vida na India era dura, mas não sei se podemos comparar como um todo, com a nossa Guiné. O meu pai ainda fez uma comissão em Moçambique, entre 66/68, e voltou a fazer outra também na Guiné, entre 72/74, sendo um dos últimos militares Portugueses a abandonar a Guiné.

Tenho poucas fotos do meu pai na Ìndia, mas sei que ele se relacionava bem com as entidades locais, que lhe valeram, saber através deles de amigos, se o meu irmão estaria vivo ou não, essa noticia chegou antes da informação oficial, que era sempre filtrada.

 (...) Só queria saudar-te e gostava que mais jovens, da geração dos meus filhos, com 47, 48 e 50 anos, se virassem um pouco para a nossa história, que foi muito dura para tantas gerações.
Não tenho de me queixar muito, mas estão saturados de eu lhes falar sempre da Guiné, e das minhas mais de 1000 fotos que as coloco diariamente no meu computador, cada dia, tem uma como pano de fundo.

 (...) Obrigado também por honrares Portugal, uma grande Nação, que tinha um grande Império.

Um abraço, do filho de um companheiro do teu avô, que passou pelos mesmos locais. (...)

3. E depois em comentários dirido ao editor do blogue, acrescentou o seguinte, relativamente à proposta ara partikha das fotos da Índia:


(...) Luis, isto é um caso de família, que não é ainda altura de partilhar. Tudo isto está escrito naquilo que eu nomeei como a história da minha vida, há 10 anos que está lá. Existem pormenores que tenho de conversar com o meu irmão, já que o meu pai já não está, mas eu conheço toda a história que motivou a antecipação da tropa do meu irmão, e que levou a ter de ficar prisioneiro, que não foi fácil. 

Sabes, todos conhecem o episódio no campo de prisioneiros de Pondá, no qual foram perfilados uma quantidade de militares, entre os quais o meu irmão, com 20 anos, de frente a uma bateria de metralhadoras. Felizmente o fuzilamento não aconteceu. Ele agora está acamado há anos, totalmente dependente para todas as funcionalidades mais banais. Todos sofremos com isso. Vai fazer os 80 anos no nosso dia 29, não de janeiro mas em agosto.

(...) Falar da India e o inicio da nossa queda do Império, tem de ser feita com cautelas, pois como todos sabemos há diferentes sensibilidades, e pela minha parte, estou cético a um consenso sobre estas matérias, é o que deduzo destes anos que compartilhamos pensamentos. (...)

4. Comentário de LG:

Virgílio: é muito duro perder, depois dos nossos pais, os nossos manos. Percebo o teu sofrimento. E vai daqui, em meu nome e em nome da Tabanca Grande, a minha/nossa soliariedade na dor.  Afinal, somos já uma grande família. E quando alguém de nós, ou desta nossa  grande família, morre, estamos todos a morrer um pouco.  

É uma notícia dolorosa, e inesperada, a que nos dás.  Ainda há dias estávamos a falar do teu mano que ficara prisioneiro na Índia em 1961/62. Embora acamado, e dependente, estava vivo e falavas com ele. Nestas circunstâncias, com o fim da pandemia de Covid-19 (, assim o esperamos), a notícia da sua morte é, compreensivelmente, mais dolorosa ainda. 

Quando quiseres e puderes, diz-nos algo mais sobre o teu mano (, que foi também nosso camarada), e manda-nos mais fotos dele. 

Um abraço fraterno para ti e para a família. LG
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sábado, 1 de maio de 2021

Guiné 61/74 - P22160: Fotos à procura de... uma legenda (150): a continência à(s) bandeira(s) (Valdemar Queiroz)


Foto nº 1 > Guiné > Zona leste > Região de Gabu > CART 11 (Nova Lamego, Piche, Paunca, 1969/1970) > Nova Lamego > "Porta de armas": continência à bandeira nacional.

Foto (e legenda): © Abílio Duarte  (2013). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


Foto nº 2 > Guiné > Região de Tombali > Nhala > 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Nhala e Buba, 1973/74), > 1973 > Cerimónia do arriar da bandeira que ainda se repetiria por mais um ano, aproximadamente. Como se pode ver, estava um grupo de combate a entrar, que pára em sentido. Mesmo as mulheres que vinham da fonte com água à cabeça paravam nestas ocasiões, tal como os homens e as crianças.

Foto (e legenda): © António Murta (2016). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís GRaça & Camaradas da Guiné]

 

Foto nº 3 > Guiné > Região de Gabu > Nova Lamego > CCS/BCAÇ 1933 (1967/69) > Janeiro / fevereiro de 1968 > A cerimónia cheia de significado da continência à bandeira nacional. Trata-se do hastear da bandeira, pela manhã, depois o arriar era às 18 horas, já quase noite. Hoje onde se vê disto? Em Bissau, por exemplo, toda a gente em sentido, até na Estrada principal, paravam os carros e saiam as pessoas com destino ou vindas de Bissau, a passar em Brá.

Foto (e legenda): © Virgílio Teixeira (2019). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Foto nº 4 > Guiné > Zona Leste > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca) > Fá Mandinga > 1968 > CART 2339 (1968/69) > O Grupo de combate do Alf Mil Mendonça , antes de ser recambiado para Mansambo, para o trabalho de pá e pica , a construção do aquartelamento  > O arriar da bandeira ...  

Foto (e legenda): © Torcato Mendonça (2007). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís GRaça & Camaradas da Guiné]


Foto nº 5 > Guiné > Zona leste > Região de Bafatá > Setor L1 (Bambadinca) > Subsetor do Xime > Xime > Posto Escolar Militar nº 8 > 1972 > Alunos participando na cerimónia do içar da Bandeira Nacional em 10 de junho de 1972. Ao centro o professor da Escola de Mansambo [?], presente a convite do camarada Carvalhido da Ponte.. [Um dos miúdos era o José Carlos Mussá Bai, hoje engenheiro florestal a trabalhar e a viver em Lisboa]

Foto (e legenda): © Jorge Araújo (2014). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís GRaça & Camaradas da Guiné]


Foto nº 6 > Guiné > Canjadude > 1974 > O PAIGC toma posse do antigo aquartelamento da CCAÇ 5 e hasteia a bandeira da nova República da Guiné-Bissau. 

Foto (e legenda): © João Carvalho (2006). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís GRaça & Camaradas da Guiné]



Foto nº 7 > Guiné > Região do Oio > Mansoa > 9 de Setembro de 1974 > Uma foto para a história: O Fur Mil Op Esp Magalhães Ribeiro arriando a bandeira verde rubra... Esta terá sido a última cerimónia do arriar da bandeira portuguesa, no TO da Guiné, pelo menos com "honras de Estado", isto é, em cerimónia oficial, com altos representantes, de um lado (NT) e do outro (PAIGC)... Diz o Eduardo que estava prevista, inclusive, a presença do 'Nino' Vieira, anulada à última hora por razões (compreensíveis) de segurança.

Foto (e legenda): © Eduardo Magalhães Ribeiro (2005). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís GRaça & Camaradas da Guiné]



1. Mensagem do Valdemar Queiroz [ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70; tem mais de 120 referências no nosso blogue, e é um activo e incansável comentador; vive em Agualva-Cacém]

Date: terça, 13/04/2021 à(s) 15:00
Subject: Fotografis à procura de uma legenda 

As grandes fotografias da cerimónia diária do içar e arriar da Bandeira, que estão publicadas no blogue, representam perfeitamente o que se passava diariamente dentro e fora dos nossos Aquartelamentos.

Era um momento de cerimónia militar e de grande respeito de toda a população. Parava tudo, dos miúdos às bajudas, dos mulheres grandes aos velhos.

Estas fotografias à procura de uma legenda foram escolhidas por representarem as várias situações que se verificavam nesta cerimónia diária. Mas é apenas uma pequena amostra.

Desde a imagem em Nova Lamego que até dentro de casa havia cumprimento, passando pela correcta Continência à Bandeira dos poucos militares que ficavam no Quartel da minha CART.11, a particularidade de em Nhala a Continência ser feita com um "enxada arma", provavelmente por hábito agrícola, ou em Fá Mandiga ser um Pelotão a fazer a cerimônia, ficamos com uma ideia do escrupuloso cumprimento desta cerimónia diária.

Na Continência à Bandeira do PAIGC, em Canjadude, ressalta o respeito mútuo, apenas com um nosso militar bem fardado estar um bocado à balda calhando por estar contra o acontecimento.

Julgo que os autores destas extraordinárias imagens não se importarão que eu as utilize, agora venham lá legendas para estas fotografias.

Abraço
Valdemar Queiroz
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Nota do editor: