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domingo, 17 de julho de 2011

Guiné 63/74 - P8563: Parabéns a você (292): Álvaro Basto, ex-Fur Mil Enf da CART 3492/BART 3873 e José Manuel Pechorro, ex-1º. Cabo Op Cripto da CCAÇ 19 (Tertúlia / Editores)


Com um abraço do camarada Miguel Pessoa



PARABÉNS A VOCÊS

DIA 17 DE JULHO DE 2011

E

NESTE DIA DE ANIVERSÁRIO DOS NOSSOS CAMARADAS ÁLVARO BASTO E JOSÉ MANUEL PECHORRO, A TERTÚLIA E OS EDITORES VÊM POR ESTE MEIO DESEJAR-LHES AS MAIORES FELICIDADES E UMA LONGA VIDA COM SAÚDE, JUNTO DE SEUS FAMILIARES E AMIGOS.
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Notas de CV:

Álvaro Basto foi Fur Mil Enf na CART 3492 (Xitole) do BART 3873 (Bambadinca), 1971/74.

José Manuel Pechorro foi 1.º Cabo Op Cripto na CCAÇ 19, Guidaje, 1971/73

Vd. último poste da série de 13 de Julho de 2011 > Guiné 63/74 - P8547: Parabéns a você (291): António Tavares, ex-Fur Mil da CCS/BCAÇ 2912 e Rogério Ferreira, ex-Fur Mil da CCAÇ 2658/BCAÇ 2905 (Tertúlia / Editores)

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Guiné 63/74 - P8485: Os nossos médicos (29): O arraial minhoto do Alf Mil Med Pinheiro Azevedo no Xitole, em 4 de Abril de 1972 (Joaquim Mexia Alves, CART 3492 / BART 3873, 1971/74)


Guiné > Zona Leste > Sector L1 (Bambadinca) > Xitole > CART 3942 / BART 3873 (1971/73)  > Empenagens de granadas de canhão sem recuo, recuperadas depois da primeira flagelação ao Xitole em 04.04.1972. Ao fundo vêem-se as valas que utilizávamos durante as flagelações.

Foto: © J. Mexia Alves (2009). Todos os direitos reservados





Viseu> 15 de Junho de 2007> Encontro do BART 3873 ( Bambadinca 71/74)> Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Casimiro Barata, António Silva, Álvaro Basto, António Barroso; Silva, Eduardinho, Lima Rodrigues, António  Azevedo (assinalado com rectângulo a amarelo); Maçães, Mourão, Ceia, Artur Soares e Carlos Nunes.

Foto (e legenda) : © Álvaro Basto (2007). Todos os direitos reservados.

1. Mensagem do Joaquim Mexia Alves, aproveitando  este pequeno e feliz macaréu que foi a chegada, à nossa Tabanca Grande, mais um camarada doutor, o ex-Alf Mil Med José Pardete Ferreira (*):

De: Joaquim Alves [joquim.alves@gmail.com]
Enviado: quarta-feira, 29 de Junho de 2011 11:07
 Assunto: Falando de médicos


Meus caros editores: Como estamos a falar de médicos (*), envio-vos uma pequena história, que não sei se já contei aqui na Tabanca Grande.


O António Azevedo, não me leva a mal, tenho a certeza, por eu contar esta história, que foi ele próprio que a contou. O António Azevedo, médico, que o foi durante uns meses no Xitole, é uma pessoa excelente, que deixou saudades em todos nós e,  por isso mesmo, é um amigo que todos muito prezamos.


A história conta algo que, se calhar, alguns de nós vivemos assim mais ou menos parecida!


Lembro-me, como já uma vez contei aqui na Tabanca Grande, que no primeiro ataque na Ponte dos Fulas, salvo o erro, o meu pensamento ser qualquer coisa como:
- Aqueles gajos são doidos! Ainda matam alguém a disparar para aqui!


Enfim, a noção de guerra ainda era um "sonho"!


A fotografia [, acima,] mostra empenagens de granadas de canhão sem recuo, julgo que recolhidas no quartel do Xitole após a flagelação de 4 de Abril de 1972. Ao fundo, a chamada vala da "messe de oficiais", da qual se vê uma ponta do alpendre de entrada.


Um abraço bem camarigo e sorridente do
Joaquim Mexia Alves


2. Onde é o arraial ???
por Joaquim Mexia Alves


Num almoço que a CART 3492 teve em Monte Real, há dois anos, talvez, o António Azevedo, nosso médico, (que deixou saudades) (**), durante uns tempos no Xitole, contou-me a seguinte história que tenho a certeza não levará a mal que aqui a reproduza.

Conta ele que quando foi o primeiro ataque ao Xitole estava no exterior da "messe" de oficiais, e ao ouvir os sons das saídas de morteiro e canhão sem recuo, começou a olhar para o ar para ver onde era o "arraial", pensando estar em Viana do Castelo,  nas festas ou coisa parecida.

Conta ainda que se sentiu projectado no ar e caiu dentro da vala, comigo por cima!

Tinha sido eu que o tinha "atirado" para a vala,  ao dar-me conta que ele não percebia o que se estava a passar!

Se fosse hoje, com o meu peso,... esmagava-o!!!!


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Notas do editor:


(**) De seu nome completo, António Alfredo Viana Pinheiro Azevedo, natural do Porto, ou a viver e a trabalhar no Porto,  neurologista do Hospital Stº  António. É conhecido profissionalmente pelo apelido de família, Pinheiro Azevedo. 


A informação é do Álvaro Basto, que foi Fur Mil Enf da CART 3942 (Xitole).  No nosso blogue também aparece como António Alfredo Azevedo ou Alfredo Pinheiro Azevedo:


17 de Abril de 2009  > Guiné 63/74 - P4200: Ainda e sempre a tragédia do Quirafo. Sortes distintas para António Batista e António Ferreira (Mário Migueis / Paulo Santiago)

(...) Ora, esta alegada constatação do Álvaro Basto, cuja presença no Saltinho, bem como a do Alf Médico Alfredo Pinheiro de Azevedo, me passou despercebida no meio daquela verdadeira barafunda – pelo menos, não me lembro de os ter visto -, leva (ou pode levar) os leitores a concluírem que nenhum dos mortos terá sido identificado e os familiares a interrogarem-se mesmo sobre a realidade (o quê ou quem?) escondida naquelas urnas seladas, chumbadas, que um dia lhes remeteram para casa. (...)


(...)  P1985 (22/07/2007: “… O Álvaro Basto tem uma questão pertinente. No dia da emboscada, ele e o Alf Médico Azevedo, que prestava assistência no Xitole e no Saltinho, foram a este último quartel, a fim de passarem as respectivas certidões de óbito. O Dr Azevedo, apesar da insistência do Lourenço (capitão da CCaç 3490) recusou-se a passar certidões daqueles corpos carbonizados e desmembrados…”.(...)


(...) Não corresponde, pois, à realidade a ideia de que não terá sido possível a identificação dos corpos, conforme poderia inferir-se do teor do P4117. Na verdade, o Fur Álvaro Basto e o Alf Médico Alfredo Azevedo poderão não o ter conseguido fazer (e, se calhar, é justamente isso que o Álvaro pretende dizer), justificando-se perfeitamente a eventual recusa de emissão das certidões de óbito (não conhecendo pessoalmente as vítimas e perante corpos tão maltratados, mais não se lhes poderia exigir, mesmo disponibilizando-lhes os documentos de identificação, com foto, da totalidade das vítimas). Mas, outros puderam fazê-lo com segurança: traços fisionómicos e/ou outros característicos permitiram, felizmente, esse reconhecimento, pelo que não havia razões para inventar nada, como terá sido o caso em situações análogas (constava, não sei se de facto existiram) verificadas nos três teatros de operações. De qualquer modo, acredito que, na Guiné, durante o consulado de António de Spínola, isso seria absolutamente desaconselhável de tentar, dado o pendor patriarcal do General e a sua reputação de Comandante-Chefe implacável para com os incompetentes e irresponsáveis. (...).








(...) [Comentário a este poste] Mensagem do Álvaro Basto, nosso prezado camarada, que é trambém um dos animadores da Tabanca de Matosinhos, e que foi Fur Mil Enf, na CART 3492 (Xitole e Ponte dos Fulas, 1971/74)















Luis: Excelente texto, este do Mário Miguéis a quem na passada quarta-feira tive o prazer de conhecer pessoalmente embora não o relacionando nem de perto nem de longe com este assunto. O esforço pela síntese da verdade na amálgama de tanta informação, alguma até contraditória, é merecedora do nosso mais vivo respeito e daqui quero expressar-lhe desde já os meus parabéns.















Muito do que tenho procurado transmitir tem sido ventilado com o Dr. Pinheiro Azevedo com quem continuo a ter excelentes relações e que por diversas vezes tenho tentado trazer à liça com as suas informações obviamente credíveis e esclarecedoras.















Adianto que irei uma vez mais insistir para que, também ele, dê o seu contributo esclarecendo e confirmando alguns dos aspectos mais relevantes desta tragédia especialmente no que concerne à identificação dos corpos. 















O horror dessa tarefa teve em mim duas acções contraditórias no tempo, por um lado nunca mais esqueci as suas imagens mais gerais e por outro (se calhar ditado pelo meu inconsciente), o de ter esquecido muitos dos pormenores.















Ficou-me com especial nitidez a imagem do [Alf] Armandino que jazia inanimado em cima de um unimog e os corpos mutilados e carbonizados nas casas de banho. Recordo-me da dificuldade que reinava em reconhecer muitos deles. Recordo-me que dois deles estavam especialmente mal tratados e que não haveria concenso quanto a saber-se quem era quem. Acho que o Dr. Alfredo Pinheiro Azevedo se recusou mesmo a assinar as respectivas certidões de óbito desses dois tendo-me contado que, mais tarde, em Bissau de partida para férias, foi confrontado com a insistência do Capitão Lourenço e tanto quanto sei do primeiro sargento da companhia que queriam.... arrumar aquela papelada... tendo-se no entanto este mantido firme e não tendo assinado... 















Mas para evitar mais especulações estou a mandar cópia deste mail ao Dr. Alfredo Viana Pinheiro Azevedo com um pedido solene aqui expresso de se pronunciar.... Esperemos que ele se decida a faze-lo depois de ler a síntese do Miguéis no Post 4194 e no Post 4200.Um grande Alfa Bravo. Álvaro Basto (...)







  

Em 2008, o Dr. Pinheiro Azevedo estava também registado como investigador do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto (UP)


Fica uma dúvida:


 (i) o Joaquim Mexia Alves diz que ele, Dr. António   Azevedo, ou Pinheiro Azevedo [, foto da época, à esquerda], pertencia ao BART 3873 (Bambadinca, 1971/74), que tinha companhias sediadas em Xitole (CART 3492), Mansambo (CART 3493) e Xime (CART 3494); 


(ii) o Álvaro Basto garante-me que o médico em causa (Dr. Pinheiro Azevedo) pertencia ao BCAÇ 3872 (Galomaro, 1971/74), com companhias em Cancolim (CCAÇ 3489), Saltinho (CCAÇ 3490) e Dulombi e Galomaro (CCAÇ 3491)...



22 de Julho de 2007  > Guiné 63/74 - P1985: Prisioneiro do PAIGC: António da Silva Batista, ex-Sold At Inf, CCAÇ 3490 / BCAÇ 3872 (2) (Álvaro Basto / João e Paulo Santiago)

(...) O Álvaro Basto tem uma questão pertinente. No dia da emboscada, ele e o Alf Mil Médico Azevedo [, foto actual à direita], que prestava assistência no Xitole e no Saltinho, foram a este último quartel, afim de passarem as respectivas Certidões de Óbito. O Dr Azevedo, apesar das insistências do Lourenço [, capitão da CCAÇ 3490], recusou-se a passar certidões daqueles corpos carbonizados e desmembrados.

Pergunta o Álvaro e agora também eu [, Paulo Santiago,] pergunto :
- Quem assinou as ditas certidões? (...) 

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Guiné 63/74 - P7601: Ser solidário (97): III Concurso de Fotografia a levar a efeito pelos Lions Clube da Senhora da Hora (Jaime Machado / Álvaro Basto)

1. Aproveitando o trabalho feito pelo nosso camarada Álvaro Basto no sítio da Tabanca de Matosinhos, com a devida vénia e pedido de desculpa pelo atrevimento, levamos ao conhecimento da tertúlia a realização do III Concurso de Fotografia levado a efeito pelos Lions Clube da Senhora da Hora (Matosinhos), pelo que os interessados em participar podem e devem ler a Introdução e os Regulamentos, abaixo.



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Nota de CV:

Vd. último poste da série de 11 de Janeiro de 2011 > Guiné 63/74 - P7595: Ser solidário (96): Evento sobre a Guiné no próximo dia 15 em Coimbra (Carlos Silva)

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Guiné 63/74 - P7516: O Mural do Pai Natal da Nossa Tabanca Grande (23): Encontro de 1º grau na Tabanca de Matosinhos, no Milho Rei, 4ª feira, 29, às 12h30, para quem puder e quiser... (Luís Graça / Álvaro Basto)


1. Camaradas (...de armas), amigos e camarigos (sobretudo os da região de Portu Cale (*), nome primitivo da cidade do Porto em latinório...) :

Os Natais (o Natal por excelência, com letra maiúscula, e os outros) foram bons, cá em casa (Leia-se: no Hotel de Charme, SPA e Clínica da Madalena). 


Traduzida em números (já que sabemos do que somos melhor em numeracia do que em literacia), avaliação foi chapa 7, isto é,  numa escala de 1 (Péssimo) a 10 (Excelente), os natais, cá Madalena, foram 7 (Bons... podiam ter sido  8, Bastante bons,  9, Muito bons ou até 10, Excelente, mas o 10 é só reservado aos deuses e... aos professores, que os tipos mais somíticos que eu conheço; não confundir com semítico, que tem uma conotação racista...). 


Dar 10 nos tempos que correm é, além de pornográfico,  um insulto a quem não tem trabalho, passa mal, passa fome, vê o futuro negro, como acontece com muitos compatriotas nossos aqui à nossa volta, do Minho ao Algrave, da Madeira aos Açores, ou de outros homens e mulheres da nossa aldeia global, por exemplo de S. Domingos a Iemberém, na Guiné-Bissau, onde a maior parte das crianças, como a Alicinha de Farim do Cantanhez, não têm sequer água potável para beber.... Portanto, 7 só pode ser a classificação, bem ponderada, de um cliente do Hotel de Charme, Spa e Clínica da Madalena que, além de ser tratado como um nababo,  se acha (presunção...) um homem decente, razoavelmente optimista/otimista e feliz q.b., pese embora a ciaticazinha que o atormenta estes dias....


 Claro que na escala de 1 a 10, o 1 é Péssimo, o 2 é Muito mau, o  3 Bastante mau, 4 é  Mau,  5 Mais mau do que bom e o 6 Mais bom do que mau, e por aí fora….

 De Bom (7), porquê ? A ciática deixou-me sentar à mesa de Natal... mas a minha enfermeira cortou-me... na "ração de combate"... Em contrapartida, eu tenho a janela para o mundo, que é o meu portátil...e outras pequenas mordomias, as do afecto, as tais que o dinheiro não pode pagar...

Também ouvi contar outras notícias (boas ou menos más) dos tabanqueiros que andavam por baixo ou com baixa;  enfim, com o tempo a "coisa" melhora...(Cuidado, com o falar desta Naçom, que "coisar" é colher ou garfo ou faca para toda a obra; para "coisar", não há gente como a do norte; estão sempre de pau feito para o trabalho, do solstísicio do inverno para o do verão, tanto para a porrada como para a reinação, para a festa, a qualquer pretexto,  dentro e fora de portas, enfim, estão sempre afins para todas as coisas da vida, que são afinal as que importam, as que contam... Que as da morte, essas é com outro departamento (de que Deus nos livre... tão cedo!)...

Meio encalhado no estaleiro da Madalena (que eu já descrevi como misto de hotel de charme, spa e clínica, embora com  metade do pessoal engripado; não vou dar  a morada para não fazer concorrência desleal com outros camarigos que têm os seus negócios neste ramo, como o Jakim de Monte Real ou o Zé Manel da Régua...), já falei com os régulos da Tabanca de Matosinhos, e embora o negócio esteja presumivelmente fraco na 4ª feira, 29,  (depois das pantagruélicas festividades do Natal cá de cima, em que se gastou o pré de Dezembro de 2010 mais o de Janeiro de 2011...).  há sempre uns heróis que se mantêm no seu posto de combate, em terra, no ar e no mar. os tais que morrerão de pé como as árvores, a bandeira e o pau da bandeira...São os indefectíveis do Milho Rei, quer caia chuva, picaretas, ou morteiradas...

Eu e a Alice (de Lisboa), o Joaquim Peixoto  e a Margarida (de Penafiel), o Pimentel (o figueirense mais nortenho que eu conheço; não confundir com o Vasco, que é de Buarcos), o Zé Teixeira (,o Esquilo Sorridente do Cantanhez, cidadão do mundo), o Álvaro (que é o régulo dos régulos das tabancas do Norte), e mais uns tantos camarigos, paisanos ou "mulitares" da tropa como o Paulo Salgado e a São (os nossos africanistas da saúde, ontem na Guiné, hoje em Angola, com casa em Vila Nova de Gaia onde vieram passar o Natal), vamos lá, ao Milho Rei (**),  à hora do almoço, nem que mais não seja para beber um chá preto, rosé ou branco da Quinta da Senhora da Graça... Contamos lá estar à hora da bianda, antes das 12h30h... Já combinámos pelo telefone uns com os outros....


O resto, a malta do costume, essa tem sempre lugar cativo.



Obrigado a todos a todos/as pelas boas festas natalícias que enviaram à Tabanca Grande, à Tabanca de Matosinhos, à Tabanca dos Melros, à Tabanca do Centro,  e a todas as demais tabancas de Portugal, da diáspora, da Guiné-Bissau e do resto da blogosfera (da Linha, de São Martinho do Porto, de Candoz, de Piche & Arredores, do Montijo, da Lapónia, de Guilhomil, etc.) incluindo aqueles/as que desejaram melhoras e bom humor aos doentinhos, aos tristinhos, aos coitadinhos, e demais inhos... 


Um ganda xicoração e até amanhã do Luís e do Álvaro (que é o dono da casa).
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Notas de L.G.


 Vd último poste desta série > 27 de Dezembro de 2010 >Guiné 63/74 - P7510: O Mural do Pai Natal da Nossa Tabanca Grande (22): Cátix Félix, a nossa futura farmacêutica, e nossa menina de ouro, amiga de Cidália Nunes, viúva do nosso malogrado camarada António Ferreira, morto no Quirafo

(*) Já que o saber não ocupa lugar, aqui fica a resposta do meu querido  Ciberdúvidas da Língua Portuguesa a uma pergunta sobre o origem do nome ou topónimo Portugal:

O nome de Portugal, segundo o Dicionário Onomástico e Etimológico de José Pedro Machado (Editorial Confluência), vem do latim "Portucale", designação primitiva da cidade do Porto. "Portucale" resultou da aglutinação de Portu- + Cale-, do acusativo "Portum Calem", forma vulgar de "Cales Portus".
De acordo com este dicionarista, "Cales" era povoação (de origem obscura, talvez celta) junto do Douro.
José Pedro Machado, noutra entrada do dicionário (Gaia), indica que a origem de Vila Nova de Gaia "ainda não está esclarecida; provavelmente será pré-romana, de "Cale", "Cala", donde "Gaa" > Gaia. J.C.B. :: 23/03/2000

(**) Localização do restaurante Milho Rei:  R. Heróis França,  721 Matosinhos, MATOSINHOS, PORTO 4450-159 / Telef. 229 385 685  

terça-feira, 27 de julho de 2010

Guiné 63/74 - P6796: Ser solidário (82): Arrancou da melhor maneira a campanha de fundos para se abrir um poço em Medjo (José Teixeira)

1. Mensagem do nosso camarada José Teuxeira, com data de 25 de Julho de 2010:

Caríssimos
A campanha para abrir um poço em Medjo já está em marcha.
Agradecia que publicassem um poste com o texto que se segue
Zé Teixeira


Sementes e água potável para a Guiné-Bissau

Arrancou da melhor maneira a campanha de fundos para se abrir um poço em Medjo.

Para dar continuidade ao Projecto SEMENTES E ÁGUA POTÁVEL PARA A GUINÉ-BISSAU, agora que Amindara já tem água, vamos avançar com o projecto de abrir um poço em Medjo, tabanca por onde passaram muitos dos combatentes da Guiné.

Para o efeito, realizamos um ARRAIAL DE BENEFICÊNCIA* em que as estrelas foram a sardinha assada e o frango de chabéu aprimoradamente confeccionados pelo Emílio Ferreira e pela Gi. O Emílio que nunca esteve na Guiné, foi trazido para a Tabanca pela mão do seu irmão o Vitor. A Gi, guineense de gema, radicada no Porto, especialista em pratos típicos da sua terra.

Aconteceu no passado dia 17 em casa do Mário Graça ao Monte dos Burgos. À vontade de trabalhar de alguns, correspondeu uma vontade danada de saborear os petiscos por parte dos sempre bem-dispostos 74 convivas que por lá apareceram.

As sardinhas foram oferecidas pelo Jorge Cruz. À sua excelente qualidade, correspondeu um assador de alto gabarito com tecnologia de ponta – a técnica do vinagre, que lhe emprestou um aspecto e um sabor divinal.

Os frangos vierem gratuitamente dos talhos dos camaradas Casimiro e do Horácio. A Gi transformou-os num pitéu de requinte, que levou toda a gente a correr apressadamente aos tachos, apesar de já se terem consumido mais de 400 sardinhas.

Não fosse o “pito” voar e os convivas ficarem a chuchar no dedo. Felizmente a quantidade foi mais que suficiente. Deu para repetir e ainda sobrou.

O vinho, como sempre tem origem na Régua pela mão do Zé Manel, com a participação activa do Eduardo Moutinho Santos que não quis ficar atrás e nos presenteou com um saboroso néctar a concorrer com o já conceituado Pedro Milanos.

A fruta veio da Feira de Custóias, oferecida por um camarada que não pôde estar presente.

A doçaria, foi aparecendo pelas mãos de dedicadas companheiras de alguns dos convivas.

As alfaces arrancadas pelo cedinho da manhã da horta do Pacheco estavam fresquíssimas e saborosas. Foi um “ver se te avias” como complemento digestivo.

De Moncorvo, vieram pela mão do Moita o pão, o azeite e as azeitonas. Pena foi que o Moita “sonhasse“ com um jantar e só aparecesse no fim, depois de ser alertado por alguém que notou a sua ausência.

O Nelson, encarregou-se de adquirir o material de logística, como copos, pratos, talheres a que juntou as bebidas.

Os trabalhos de arranjo do espaço e complementos alimentares estiveram a cargo de uma equipa, onde pontificaram o Vítor, o Zé Rodrigues, o Emílio, a Chico Allen, o Carlos Teixeira, o Pires, o Xico Dias, sem esquecer o Manuel Graça, que esteve em todas, para além de ceder o espaço. Perdoem-me se falta alguém.

As cadeiras e mesas em falta apareceram como por encanto por mão dos manos Vítor e Emílio, que “desenrascaram” uma arca congeladora e o grelhador, para que nada faltasse.

Um grupo de senhoras disponibilizaram-se a dar um toque feminino a toda a festa. Foram incansáveis, como aliás toda a gente que se envolveu.

Não há palavras que cheguem para agradecer tanta generosidade e disponibilidade, pelo que vou usar a mais comum: OBRIGADO MINHA GENTE.

De realçar que o nosso Presidente, Álvaro Basto estava em festa. Neste dia contava sessenta e uma primaveras, pelo que teve direito a justa homenagem, com bolo champanhe, uma recordação e sobretudo o carinho e afecto dos presentes que em coro animado, lhe cantaram os Parabéns.

Por último registo a presença amiga de vários elementos do Clube Lions da Senhora da hora e da Trofa, nossos irmãos no ideal de servir os mais carenciados. Trouxeram com elas as ofertas recolhidas na Semana da Guiné que recentemente o Clube Lions da Trofa realizou para enviar para as crianças da Guiné-Bissau.

Os primeiros convivas começaram a chegar às 10 horas da manhã. Pelas 10 horas da noite, o Graça conseguiu fechar a porta. Deste modo se pode ajuizar do prazer com que se conviveu neste dia memorável.

Para encerrar com chave de ouro, apareceu já ao fim da tarde, uma jovem linda como o sol da primavera, a filha do Emílio que nos presenteou com dois lindos fadinhos, cantados à capela, por falta dos habituais guitarristas. Tem uma voz maravilhosa e promete voltar na próxima actividade do género que já está a ser preparada.

Registe-se que o objectivo desta actividade era iniciar o pecúlio monetário para fomentar a abertura de um poço de água potável em Medjo na Guiné-Bissau, cujo custo está orçado em 4.000,00€.

O objectivo de 1.000,00€ foi ligeiramente ultrapassado, pois obtiveram-se 1.036,00 €

A campanha vai continuar para que rapidamente se consiga o total da verba necessária. Como sempre contamos com a generosidade dos combatentes da Guiné e de todas as pessoas de boa vontade. Actualmente já ultrapassamos um terço da verba necessária.

Deposita a tua comparticipação na Associação Tabanca Pequena-Grupo de Amigos da Guiné-Bissau - NIB 0036 0086 99100057222 24

Zé Teixeira


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Nota de CV:

(*) Vd. poste de 29 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6656: Ser solidário (78): Arraial de Beneficiência, dia 17 de Julho de 2010, Monte dos Burgos - Matosinhos (Álvaro Basto)

Vd. último poste da série de 20 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6768: Ser solidário (81): A água já corre em Amindara (José Teixeira)

sábado, 17 de julho de 2010

Guiné 63/74 - P6755: Parabéns a você (133): Dia 17 de Julho de 2009 - Álvaro Basto, ex-Fur Mil Enf da CART 3492 (Editores)


1. Completa hoje 61 anos de idade o nosso Camarada, Álvaro Basto, ex-Fur Mil Enf da CART 3492 (Xitole) do BART 3873 (Bambadinca), 1971/74.

O Álvaro Basto apresentou-se à Tabanca Grande no poste P1888, de 26 de Junho de 2007, do qual retiramos o seguinte extacto:

[...] O meu nome é Álvaro Basto, tenho 58 anos e, tal como vocês, não escapei ao Servicinho Militar Obrigatório em 70.
Após algumas cabulices no liceu, fui incorporado nas Caldas da Rainha e posteriormente em Lisboa no HMP - Hospital Militar Principal - vindo, após os 3 meses obrigatórios da especialidade, a ser integrado como enfermeiro no HMR (Hospital Militar Regional) do Porto onde sempre vivi e onde permaneci um ano inteiro (pertinho de casa, vejam lá a sorte e os maus hábitos que adquiri)...
No início de Dezembro de 1971 sou informado que iria embarcar no dia 18 seguinte para a Guiné (imaginem o choque lá em casa, filho único... há um ano praticamente em regime de emprego civil perto de casa; enfim, foi o drama, um drama afinal igual a tantos e tantos outros que na altura grassavam pelas famílias portuguesas...).
Não embarquei no dia 18 mas em 22 desse mesmo mês (acho que a explicação já foi aqui, na tertúlia, avançada por um camarada) e foi nessa viagem que conheci o Mexia Alves, o António Barroso e o Artur Soares, digníssimos tertulianos aqui presentes, integrado na CART 3492 (Xitole) do BART 3873 (Bambadinca).
Temos pois muitas estórias em comum e um acervo fotográfico interessante que, apesar do desgaste do colorido provocado pelo tempo, se tem mantido em condições razoáveis.
Logo após o regresso da Guiné que para mim, por ser Furriel Enfermeiro, durou até ao dia 1 de Abril de 1974 (dia de enganos, daí eu dizer sempre que só regressei de lá vivo por engano...), ainda mantive o contacto com alguns daqueles com quem mais tinha privado, mas o stress era tal que decidi afastar de vez da mente aquela época vivida longe, que teve muitos maus momentos, mas teve sobretudo um papel importantíssimo na minha formação social com os seus incontáveis momentos de alegria e descontracção, que em conjunto aí vivemos todos. [...]

O Álvaro junto so seu jovial, inseparável e amigo pai Ronaldo Basto (postal da autoria do casal Miguel & Giselda Pessoa)

3. Independentemente das mensagens e comentários que os nossos Camaradas enviarem e colocarem, futuramente, no local reservado aos mesmos neste poste, em nome do Luís Graça, Carlos Vinhal, Virgínio Briote, Magalhães Ribeiro e demais Camaradas da Grande Tabanca, que por vários motivos não puderem enviar-te as suas mensagens, queremos:

  • Desejar-te neste teu aniversário os nossos maiores e melhores votos, para que junto da tua querida família sejas muito feliz e que esta data se repita por muitos, bons e férteis anos, plenos de saúde, felicidade e alegria.
    E mais te desejamos, que por longas e prósperas décadas, este "aquartelamento" de Camaradas & Amigos da Guiné te possa dedicar mensagens idênticas, às que hoje lerás neste teu poste e no cantinho reservado aos comentários.
    Estes são os mais sinceros e melhores desejos destes teus Amigos e Camaradas, que como tu, um dia, carregaram uma G3 & outras cargas de trabalhos por tarrafos, matas e bolanhas da Guiné.

Com montanhas de abraços fraternos.

Emblema de colecção: © Carlos Coutinho (2010). Direitos reservados.
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Notas de M.R.:

Vd. último poste desta série em:

17 de Julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6753: Parabéns a você (133): José Manuel Pechorro, ex-1.º Cabo Op Cripto da CCAÇ 19, Guidaje, 1971/73 (Editores)

terça-feira, 29 de junho de 2010

Guiné 63/74 - P6656: Ser solidário (78): Arraial de Beneficiência, dia 17 de Julho de 2010, Monte dos Burgos - Matosinhos (Álvaro Basto)

1. Mensagem do nosso camarada Álvaro Basto com data de 25 de Junho de 2010:

Caros amigos e amigas da Tabanca Pequena.
Porque a nossa cadeia de solidariedade para com a Guiné não pode parar e porque quase concretizado está o primeiro poço em Amindará é necessário continuar para que outros Amindarás surjam naquela Guiné que tanto amamos*.

Temos de levar mais sorrisos, mais bem estar, mais água potável e sobretudo mais saúde a mais populações que vivem em condições infra humanas na Guiné Bissau.

E como contribuir?
É fácil.

Ajudando-nos nas nossas iniciativas de angariação de fundos para fazer face à construção dos poço e das hortas comunitárias a que desde o início da nossa criação nos temos vindo a propor.



Desta feita será um ARRAIAL DE BENEFICÊNCIA que vamos realizar em 17 de Julho próximo.

Será um almoço cujo valor (15,00 €) reverterá quase na totalidade para o projecto das Sementes e Agua Potável para a Guiné.

Vamos todos divertirmo-nos, comer e beber, e sobretudo confraternizar para ajudar a nossa causa.

Temos de estar na primeira linha e dar uma demonstração inequívoca que estamos com a TABANCA PEQUENA e que somos de facto um Grupo de Amigos da Guiné Bissau empenhados no apoio no desenvolvimento daquela terra que tanto nos diz.

Tragam a família, tragam os amigos, e mesmo que não possam vir, colaborem connosco divulgando esta iniciativa para que o Arraial constitua um verdadeiro êxito.

Bem Hajam
Álvaro Basto
__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 6 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6543: Ser solidário (76): O projecto de sementes e água potável para a Guiné-Bissau já arrancou na tabanca de Amindará (José Teixeira)

Vd. último poste da série de 12 de Junho de 2010 > Guiné 63/74 - P6580: Ser solidário (77): Em busca de fotos da antiga escola do Gabu (José Bastos, União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa)

domingo, 20 de dezembro de 2009

Guiné 63/74 - P5511: Votos de Feliz Natal 2009 e Bom Novo Ano 2010 (15): Duas mensagens da tertúlia - III (Editores)





1. Recebemos mais duas mensagens de Natal, uma enviada pelo nosso Camarada Álvaro Basto, ex-Fur Mil Enf da CART 3492/BART 3873, com um cartão de Boas Festas personalizado, com data de 20 de Dezembro de 2009:



2. A segunda mensagem sem qualquer identificação, cujo envio atribuo ao “soldado desconhecido”, da autoria de João Coelho dos Santos , só é publicada dada a sua rara e única beleza filosófica:

Natal de quem?....

Envio o que considero ser o meu mais belo Poema de Natal, para circular pelo mundo lusófono, tal como no ano passado.

Agora é mais conhecido com o título: "ENTÃO E EU, TODO O MUNDO ME ESQUECEU?"

Que seja lido e interpretado em todos os lares cristãos. E que se não esqueçam de referir o autor!
Soldado desconhecido

NATAL DE QUEM?

Mulheres atarefadas
Tratam do bacalhau,
Do peru, das rabanadas
-- Não esqueças o colorau,
O azeite e o bolo-rei!
- Está bem, eu sei!
- E as garrafas de vinho?
- Já vão a caminho!
- Oh mãe, estou pr'a ver
Que prendas vou ter.
Que prendas terei?
- Não sei, não sei...
Num qualquer lado,
Esquecido, abandonado,
O Deus-Menino
Murmura baixinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Senta-se a família
À volta da mesa.
Não há sinal da cruz,
Nem oração ou reza.
Tilintam copos e talheres.
Crianças, homens e mulheres
Em eufórico ambiente.
Lá fora tão frio,
Cá dentro tão quente!
Algures esquecido,
Ouve-se Jesus dorido:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Rasgam-se embrulhos,
Admiram-se as prendas,
Aumentam os barulhos
Com mais oferendas.
Amontoam-se sacos e papeis
Sem regras nem leis.
E Cristo Menino
A fazer beicinho:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
O sono está a chegar.
Tantos restos por mesa e chão!
Cada um vai transportar
Bem-estar no coração.
A noite vai terminar
E o Menino, quase a chorar:
- Então e Eu,
Toda a gente Me esqueceu?
Foi a festa do Meu Natal
E, do princípio ao fim,
Quem se lembrou de Mim?
Não tive tecto nem afecto!
Em tudo, tudo, eu medito
E pergunto no fechar da luz:
- Foi este o Natal de Jesus?!!!

(João Coelho dos Santos in Lágrima do Mar - 1996)
___________
Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em:


sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Guiné 63/74 - P5306: Tabanca de Matosinhos (13): Jantar de Natal de 2009 no dia 12 de Dezembro no Restaurante do Café das Artes, Porto (Álvaro Basto)

1. Transcrição do P273* da Tabanca de Matosinhos convidando todos os ex-combatentes da Guiné e seus familiares para o tradicional Jantar de Natal

Face ao crescimento exponencial do número de inscrições para o nosso jantar anual de Natal, vimo-nos forçados a alterar o local do mesmo.

Assim, o jantar realizar-se-á na mesma no dia 12, já não em Matosinhos no restaurante Milho Rei, mas sim no Porto.

Por sugestão de um dos nossos camaradas, escolhemos o Restaurante do Café das Artes localizado no terraço do edifício do Teatro do Campo Alegre.

Vamos pagar 20,00 €uros e a ementa será constituida por:

Entradas,
Bacalhau com broa, batatas e legumes,
Bolo-rei e rabanadas de sobremesa.
Para terminar, café e digestivos.
Os vinhos serão os da Quinta Senhora da Graça do Zé Manel

Aspecto da sala de jantar

Como ir

Localização

IMPORTANTE
É necessário quanto antes proceder à marcação do jantar já que se prevê uma grande afluência e, atempadamente teremos de indicar no restaurante o número de pessoas para que a comida não falte.

ESPERAMOS PELA VOSSA MARCAÇÃO ATÉ AO DIA 09 DE DEZEMBRO

Marca a tua presença para o email: tabancapequena@gmail.com

Não te esqueças de trazer uma pequena lembrança por pessoa, no valor máximo de 3.00 €uros, para partilharmos entre os convivas.

__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste da Tabanca de Matosinhos com data de 19 de Novembro de 2009 > P273-O nosso jantar de Natal

Vd. último poste da série de 19 de Novembro de 2009 > Guiné 63/74 - P5298: Tabanca de Matosinhos (12): O orgulho de pertencer à Tabanca de Matosinhos (José Teixeira)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Guiné 63/74 - P4701: Parabéns a você (14): Dia 17 de Julho de 2009 - Álvaro Basto, ex-Fur Mil Enf da CART 3492

1. Fazendo fé na notícia inserta no Blogue da Tabanca de Matosinhos, hoje, dia 17 de Julho de 2009, completa mais um ano de vida, entrando para o glorioso grupo dos sexagenários, o nosso camarada, tertuliano das duas Tabancas, activo e sempre presente, ÁLVARO BASTO, ex-Fur Mil Enf da CART 3492 (Xitole) do BART 3873 (Bambadinca), 1971/74.

Não podíamos deixar passar esta data sem enviar ao nosso camarada Álvaro os nossos votos de que festeje esta data por muitos anos, sempre acompanhado dos seus familiares e dos imensos amigos que tem. Os nossos parabéns são também extensivos ao senhor Rolando Basto, tão jovem quanto o seu filho.

O senhor Rolando acompanhado de seu filho Álvaro num dos Natais da Tabanca de Matosinhos

Vamos recordar o que nos disse Álvaro Basto, quando se apresentou à Tabanca Grande em 5 de Junho de 2007:

[...]
O meu nome é Álvaro Basto, tenho 58 anos e, tal como vocês, não escapei ao Servicinho Militar Obrigatório em 70.

Após algumas cabulices no liceu, fui incorporado nas Caldas da Rainha e posteriormente em Lisboa no HMP - Hospital Militar Principal - vindo, após os 3 meses obrigatórios da especialidade, a ser integrado como enfermeiro no HMR (Hospital Militar Regional) do Porto onde sempre vivi e onde permaneci um ano inteiro (pertinho de casa, vejam lá a sorte e os maus hábitos que adquiri)...

No início de Dezembro de 1971 sou informado que iria embarcar no dia 18 seguinte para a Guiné (imaginem o choque lá em casa, filho único... há um ano praticamente em regime de emprego civil perto de casa; enfim, foi o drama, um drama afinal igual a tantos e tantos outros que na altura grassavam pelas famílias portuguesas...).

Não embarquei no dia 18 mas em 22 desse mesmo mês (acho que a explicação já foi aqui, na tertúlia, avançada por um camarada) e foi nessa viagem que conheci o Mexia Alves, o António Barroso e o Artur Soares, digníssimos tertulianos aqui presentes, integrado na CART 3492 (Xitole) do BART 3873 (Bambadinca).

Temos pois muitas estórias em comum e um acervo fotográfico interessante que, apesar do desgaste do colorido provocado pelo tempo, se tem mantido em condições razoáveis.

Logo após o regresso da Guiné que para mim, por ser Furriel Enfermeiro, durou até ao dia 1 de Abril de 1974 (dia de enganos, daí eu dizer sempre que só regressei de lá vivo por engano...), ainda mantive o contacto com alguns daqueles com quem mais tinha privado, mas o stress era tal que decidi afastar de vez da mente aquela época vivida longe, que teve muitos maus momentos, mas teve sobretudo um papel importantíssimo na minha formação social com os seus incontáveis momentos de alegria e descontracção, que em conjunto aí vivemos todos.
[...]

Portugal > Tabanca de Matosinhos > Restaurante Milho Rei > 10 de Junho de 2009 > Da esquerda para a direita: na primeira fila, a Fernanda e o Álvaro Basto; atrás, o Zé Teixeira e o A. Marques Lopes.... Os resistentes, mas não os últimos... Não, não houve deserção, apenas debandada geral... Habitualmente, às 4ªs feiras, a casa enche-se, chega à meia centena e é uma alegria!... E todas as semanas há novas caras, que a fama da Tabanca de Matosinhos já ecoa bem longe, na blogosfera.. (LG)

Viseu> 15 de Junho de 2007> Encontro do BART 3873 ( Bambadinca 72/74)> Da esquerda para a direita e de cima para baixo: Casimiro Barata, António Silva, Álvaro Basto, António Barroso; Silva, Eduardinho, Lima Rodrigues, António Azevedo; Maçães, Mourão, Ceia, Artur Soares e Carlos Nunes (os que vão assinalados a azul e a bold, são membros da nossa tertúlia).

Álvaro Basto é um dos fundadores da Tabanca de Matosinhos, e um dos dois administradores do Blogue Tabanca de Matosinhos & Camaradas da Guiné.

Se atentarem à lista de postes com o nome de Álvaro Basto, verificam que muitos deles dizem respeito ao nosso camarada António Batista. Na realidade, o Álvaro tem sido mais que um irmão deste nosso camarada, quer acompanhando a evolução do seu processo em busca dos direitos que o País lhe deve por ter combatido na Guiné, onde foi feito prisioneiro de guerra, quer fazendo-se dele acompanhar nos diversos convívios das tertúlias da Tabanca de Matosinhos e Tabanca Grande. Caro Álvaro, um bem-haja para ti porque és um camarada solidário.

O nosso camarada António Batista

Maia > 21 de Julho de 2007 > O nosso primeiro encontro com o António da Silva Batista (ao centro). À esquerda, o Álvaro Basto, ex-Fur Mil Enf da CART 3492, Xitole, 1971/74) ; à direita, o Paulo Santiago (ex-Alf Mil, cmdt do Pel Caç Nat 53, Saltinho, 1970/72).
__________

Notas de CV:

(*) Vd. postes de:

26 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1888: Tabanca Grande (19): Álvaro Basto, ex-Fur Mil Enf, CART 3492/BART 3873 (Xitole, 71/74)

16 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1957: Em busca de... (1): Antanho Victor Ribeiro Mendes Godinho, Cap Mil, CART 3492, Xitole, 1972/74 (Álvaro Basto)

17 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1959: Em busca de... (2): António da Silva Batista, de Crestins-Maia, o morto-vivo do Quirafo (Álvaro Basto / Paulo Santiago)

22 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1983: Prisioneiro do PAIGC: António da Silva Batista, ex-Sold At Inf, CCAÇ 3490 / BCAÇ 3872 (1) (Álvaro Basto / João e Paulo Santiago)

22 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P1985: Prisioneiro do PAIGC: António da Silva Batista, ex-Sold At Inf, CCAÇ 3490 / BCAÇ 3872 (2) (Álvaro Basto / João e Paulo Santiago)

28 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P2005: Convívios (21): BART 3873 (Bambadinca 72/74), em Viseu, no dia 16 de Junho último (Álvaro Basto)

30 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P2011: Vamos ajudar o António Batista, ex-Soldado da CCAÇ 3490/BART 3872 (Júlio César / Paulo Santiago / Álvaro Basto / Carlos Vinhal)

2 de Agosto de 2007 > Guiné 63/74 - P2023: A História da CART 3492 / BART 3873 (Xitole, 1972/74) ou mais de 2 anos em meia dúzia de linhas (Álvaro Basto)

4 de Agosto de 2007 > Guiné 63/74 - P2028: A História da CART 3492: Afinal, não regressaram todos (Álvaro Basto)

3 de Outubro de 2007 > Guiné 63/74 - P2151: Convívios (31): CART 3492/BART 3873 (Xitole, 1972/74), Monte Real, 5 de Outubro de 2007 (Álvaro Basto)

25 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2381: Diana Andringa, com o teu apoio, podemos ajudar o António Batista, o morto-vivo do Quirafo (Álvaro Basto)

25 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2680: O caso do nosso camarada António Batista (Carlos Vinhal / Álvaro Basto / Paulo Santiago e Pereira da Costa)

9 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4310: Tabanca de Matosinhos (11): As crianças da Guiné-Bissau precisam da nossa ajuda (Álvaro Basto)

11 de Junho de 2009 > Guiné 63/74 - P4502: Blogoterapia (106): Tabanca de Matosinhos, a tabanca mais portuguesa de Portugal (Álvaro Basto / Luís Graça)

7 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4653: Dando a mão à palmatória (21): A verdadeira fotografia do Alf Mil Cav Mosca, assassinado no dia 21 de Abril de 1970 (Os Editores)

Vd. último poste da série de 13 de Julho de 2009 > Guiné 63/74 - P4677: Parabéns a você (13): Dia 13 de Julho de 2009 - Rogério Ferreira, ex-Fur Mil da CCAÇ 2658/BCAÇ 2905 (Editores)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Guiné 63/74 - P4653: Dando a mão à palmatória (21): A verdadeira fotografia do Alf Mil Cav Mosca, assassinado no dia 21 de Abril de 1970 (Os Editores)


1. A propósito de um equívoco que se manteve durante largo tempo no nosso Blogue, relacionado com a identificação dos camaradas representados nas fotos alusivas ao Massacre do Chão Manjaco, com a devida autorização do nosso camarada e tertuliano Álvaro Basto (*), ex-Fur Mil Enf da CART 3492/BART 3873, reproduzimos o Poste 184, do Blogue da Tabanca Pequena de Matosinhos, por ele publicado.




2. Domingo, 7 de Junho de 2009
P184-desfazer as confusões


Um dos nossos mais queridos e assíduos companheiros de tertúlia na Tabanca de Matosinhos tem sido este simpático casal.

O Dr. Fernando Giesteira Gonçalves e a D. Joaquina Silva, sua simpática esposa.

Praticamente não falham à quarta-feira e não raro, vêm acompanhados de gente ligada à Guiné, quer ex-combatentes quer naturais de lá.
Ele é médico e vai abrir em breve uma clínica em Bissau com a ajuda da esposa que corajosamente o irá acompanhar desde a primeira hora.
Gente simpática, afável e sobretudo dotada de grande humanismo, basta relembrar como têm vindo a acompanhar o processo de auxilio às crianças da Clínica Pediátrica de Bor.

Há dias olhando para a foto abaixo que vinha publicada num destacável que é publicado todas as quartas feiras pelo Correio da Manhã diz surpreso: - Olha... eu estou aqui com os majores.
Logo um coro se fez ouvir... - Oh Dr. tem a certeza? Olhe que esse é o Alferes Mosca que foi morto juntamente com os majores. Ele não desarma e reafirma: - Desculpem, este sou eu, tenho a certeza. O Mosca foi-me substituir uns meses mais tarde à data desta foto ter sido tirada; o Mosca nem na Guiné estava nesta altura. Era eu que fazia parte do CAOP e ele foi-me substituir por ter chegado ao fim a minha comissão.
Bom... foi a estupacção total... tem vindo a ser propalado que esta foto reunia os quatro massacrados, mas afinal não.
Só agora é que o Dr. Giesteira viu esta foto porque habitualmente não vai à inernet e muito menos ao Blogue do Luís. Doutra forma, já teria obviamente desfeito o equívoco há mais tempo.


Fica aqui desfeita a confusão pois já na altura da primeira publicação da foto no Blogue do Luís quem o fez não estaria seguro quanto à identidade do alferes que nela aparecia.
Assim se vai fazendo História meus caros.
Álvaro Basto
__________

3. Para desfazer definitivamente quaisquer dúvidas fica agora a foto com os verdadeiros mártires do Chão Manjaco


Já no Poste 1510 o nosso camarada Paulo Raposo punha a hipótese de na foto estar um seu camarada de Mafra de apelido Giesteira.

Ao Dr. Fernando Giesteira Gonçalves e à família do nosso malogrado camarada Alf Mil Cav Joaquim João Palmeiro Mosca, apresentamos as nossas desculpas pelo lapso que grassou durante todo este tempo.

Se este poste chegar ao conhecimento do Dr. Giesteira, fica desde já convidado a aderir à nossa Tabanca Grande. Será um prazer para nós contar com a sua colaboração, quer falando do passado, como combatente, quer do presente, como médico interventivo na saúde daquele pequeno e pobre país.

Embora tardiamente, fica reposta a verdade.
CV

OBS:- Nos postes onde constavam as duas fotos acima publicadas, já foram substituídas pela que se apresenta mais abaixo, já como verdadeiro mártir Alf Mil Mosca. (**)
__________

Notas de CV:

(*) Vd. poste de 9 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4310: Tabanca de Matosinhos (11): As crianças da Guiné-Bissau precisam da nossa ajuda (Álvaro Basto)

(**) Vd. postes de 8 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1503: Dossiê: O Massacre do Chão Manjaco (Afonso M. F. Sousa) (6): Fotografia dos três majores (Sousa de Castro)

9 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1510: Os heróis do Chão Manjaco e o Alferes Giesteira (Paulo Raposo)

27 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P2004: Dossiê O Massacre do Chão Manjaco (Afonso M.F. Sousa) (Anexo A): Depoimento de Fur Mil Lino, CCAÇ 2585 (Jolmete, 1970)

30 de Julho de 2007 > Guiné 63/74 - P2008: Dando a mão à palmatória (1): A fotografia dos saudosos majores Pereira da Silva, Passos Ramos e Osório (João Tunes / Editores)

1 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2320: Relatórios Secretos (1): Massacre do Chão Manjaco: O resgate dos corpos (Virgínio Briote)

Vd. último poste da série de 25 de Maio de 2009 > Guiné 63/74 - P4412: Dando a mão à palmatória (20): O Arsénio Puim, capelão do BART 2917 (Bambadinca, 1970/72), só foi expulso em Maio de 1971