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sábado, 20 de novembro de 2021

Guiné 61/74 - P22733: Agenda cultural (789): Música afro-mandinga, com Mamadu Baio (voz e guitarra acústica) e João Graça (violino): hoje, das 20h30 às 22h30, no Com Calma - Espaço Cultural, Benfica, Lisboa




1. Hoje, sábado, dia 20 de novembro,  das 20h30 às 22h30, haverá nova sessão de música afro-mandinga  (*). Com o Mamadu Baio (guitarra acústica e voz) e e João Graça (violino) (**).

Local: @ Com Calma - Espaço Cultural, em Benfica (Lisboa). 

O Com Calma é um espaço associativo e cultural localizado em Benfica. Desde 2015 que é um local de promoção cultural, aberto ao debate e à partilha de conhecimento. Aqui podes Estar, Debater, Conviver, Ler, Petiscar, Aprender, Ouvir, Beber e Dançar... 

Com Calma - Horário: Quintas, sextas, sábados e domingos das 16h às 23h30

Com Calma - Espaço Cultural: Rua República da Bolívia nº5C 1500-543 Lisboa

O João Graça (médico e músico, ex-Melech Mechaya) tem 125 referência no blogue, e o Mamadu Baio 17. Ambos são membros da nossa Tabanca Grande. Conheceram-se em meados de dezembro de 2009, quando  o João foi à Guiné-Bissau e esteve na mítica tabanca de Tabatô, berço de grandes músicos, como o Mamadu Baio, que na Guiné-Bissau era então o líder do grupo Super Camarimba.

Ouvir aqui um "cheirinho" dos Super Camarimba, no vídeo (11' 03'') alojado em You Tube >  Jorge Ferreira (Cortesia do autor, membro da Tabanca Grande) (***). Mamadu Baio, com a colaboração de João Graça e outros músicos, está a gravar um segundo CD.


Guiné-Bissau > Bissau > 17 de dezembro de 2009 > Mamadu Baio, líder dos Super Camarimba, "experimentando" o violino do João Graça , instrumento que ele muito provavelmente nunca tinha pegado antes...

Foto (e legenda): © João Graça (2009). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

(***) Vd. poste de 5 de outubro de 2018 > Guiné 61/74 - P19071: Vídeos de guerra (17): "Buruntuma, algum dia serás grande", de Jorge Ferreira, no You Tube, com música de Mamadu Baio

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

Guiné 61/74 - P22686: Agenda cultural (787): Mamadu Baio Trio, sábado, dia 6, 20h00, no Camones CineBar, Graça, Lisboa... Música autoral afro-mandinga, um novo projecto dos nossos grã-tabanqueiros João Graça e Mamadu Baio, a que se junta o Avito Nanque


Cartaz do concerto do Mamadu Baio Trio, a realizar no próximo sábado, dia 6 de novembro, às 20h00 no Camones CineBar, na Graça, em Lisboa.


Reservas: camoneslisboa@gmail.com | Contribuição livre

1. É no sábado este espectáculo musical, a cargo do Mamadu Baio Trio, grupo de música afro-mandinga qie tem a extraordinária particularidade de incluir dois membros da nossa Tabanca Grande, o João Graça e o Mamadu Baio.

O João Graça (músico e médico) tem  124 referência no blogue, e o Mamamdu Baio 16. Fonheeram-se em meados de dezembro de 2009, quandoo João foi à Guiné-Bissau e esteve na mítica tabanca de Tabatô. O outro elemento do grupo é o Avito Nanque que veio recentemente da Guiné-Bissau para Portugal.


(...) É já no próximo sábado - Mamadu Baio Trio - o melhor antídoto para este frio invernal. Quem se junta?

(...) Sábado haverá música da Guiné-Bissau em Lisboa. Mamadu Baio , Avito Nanque e moi-méme. Vinde daí!

(...) Olá! Para quem quiser espreitar pelo meu novo projecto musical - música autoral afro-mandinga - venha até à Graça no sábado, dia 6, as 20h, no Camones. Ate lá! 

O nosso blogue faz questão de lembrar que apoia a música e os músicos da Guiné-Bissau. Daí o destaque que damos a este evento cultural. Sobre a música afro-mandinga temos 14 referências.

2. O que diz a Viral Agenda (a seguir, com a devida vénia):

Mamadu Baio Trio apresenta-se:

  • Avito Nanque - guitarra eléctrica
  • João Graça - violino
  • Mamadu Baio - guitarra acústica e voz

Originário da Guiné-Bissau, Mamadu Baio nasceu em Tabatô, uma pequena aldeia de griots (trovadores), onde todos os habitantes são músicos. Esta aldeia é reconhecida como o berço de vários artistas afro-mandingas, descendentes do Império do Mali, bem como da longa prática de construção de instrumentos tradicionais, como o balafon, o kora, o dundumbá ou neguilim.

O primeiro instrumento que aprendeu a tocar foi o djambé que lhe permite comunicar com crianças e adultos em muitos ritmos diferentes, inspirados pelas suas raízes. Foi através do djambé que Mamadu organizou vários intercâmbios entre jovens artistas de diversas origens, resultando em múltiplos workshops com distintas influências e sonoridades.

Mamadu tem uma vasta experiência como professor de percussão e deu aulas em centros culturais e escolas primárias, organizadas em níveis de conhecimento e idades. As oficinas têm como ponto de partida as histórias dos griots, para a aprendizagem do djambé, assim como a sua construção e afinação.

A sua curiosidade por diferentes sonoridades nasceu cedo. A principal fonte de inspiração para compor novas melodias surge no dedilhar da sua guitarra. Este jovem artista, reconhecido como um talento promissor da música afro-mandinga, está atualmente em Lisboa a promover o seu trabalho, que resulta da mistura de sons afro-mandingas, reggae, jazz e afro-beat.


Desde 2009 que partilha a sua estadia entre África e Europa, em particular Portugal, onde participou em vários festivais e concertos de solidariedade, realizou ainda vários concertos em
diversos espaços

3. Sobre o Camones CineBar, que fica na Graça, na R. Josefa Maria 4B, 1170-195 Lisboa (uma perpendicular à Rua Senhora do Monte, a que vai dar ao Mirador da Senhora do Monte, o  mais espectacular e deslumbrante de Lisboa):

(...) O Clube do Bairro Estrela D'Ouro, criado há mais de 110 anos pelo galego Agapito Serra Fernandes, surgiu para albergar os encontros sociais e culturais dos operários residentes neste Bairro. A vida do Clube foi interrompida algures no tempo para se transformar num casino clandestino, onde, à porta fechada, e durante quase 40 anos os homens (e só os homens...) jogavam a dinheiro. Antes de ser "Camones", e até 2017, o espaço acolheu as noites semanais Estrela Decadente, com jantares vegan, concertos, exposições e DJ sets.

Desde 2018, e pela primeira vez na sua já longa vida, as portas abrem-se ao público em geral para Concertos intimistas, noites de Stand-Up Comedy, Festivais de Curtas e noite de Open-Mic sob o lema "Todas as Artes, Todas as Idades". (...)
 


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Nota do editor:

Último poste da série > 4  de outubro de 2021 > Guiné 61/74 - P22597: Agenda cultural (786): Convite para a apresentação do livro "Nunca Digas Adeus às Armas (Os primeiros anos da Guerra da Guiné)", por António dos Santos Alberto Andrade e Mário Beja Santos, dia 18 de Outubro de 2021, pelas 18 horas, no Pálácio da Independência - Largo São Domingos, 11 - Lisboa

sábado, 4 de julho de 2020

Guiné 61/74- P21140: E as nossas palmas vão para... (20): o veteraníssimo Jorge Ferreira, que hoje faz anos, e foi o etnofotógrafo da Buruntuma de 1961/63 que não existe mais...


Capa do do livro de fotografia "Buruntuma: 'algum dia serás grande', Guiné, Gabu, 1961-63". (Edição de autor, Oeiras, 2016).]: o fotógrafo, em 1961, ao lado do então régulo Sené Sané, que era tenente de 2ª linha. junto ao marco fronteiriço ("República Portuguesa: Província da Guiné"), na fronteira com a República da Guiné. Cortesia do autor.

O autor, Jorge Ferreira, ex-alf mil da 3ª CCAÇ (Bolama, Nova Lamego, Buruntuma e Bolama, 1961/63), é membro da nossa Tabanca Grande, é um fotógrafo amador com mais de meio século de experiência, tem um página pessoal no Facebook, além de um sítio de fotografia, Jorge da Silva Ferreira.




Vídeo (11' 03'') alojado em You Tube > Jorge Ferreira (Cortesia do autor, membro da Tabanca Grande)

Vídeo: © Jorge Ferreira (2018). Todos os direitos reservados.


1. Está disponível, desde 10 de junho de 2018, no YouTube, na conta de Jorge Ferreira, este vídeo com uma seleção das belas fotos do seu livro "Buruntuma: 'algum dia serás grande', Guiné, Gabu, 1961-63". (Edição de autor, Oeiras, 2016).


Para quem ainda o não conhece, o vídeo merece as nossas palmas e uma "visita" por uma dupla razão:

(i) o Jorge Ferreira é um  bom amigo, um grande camarada, um excelente fotógrafo e um magnífico tabanqueiro, um calmeirão de um ser humano que eu, pessoalmente,  muito prezo e estimo; as suas fotos de Buruntuma inseram-se na categoria de etnofotografia; além disso, a Buruntuma que ele conheceu e fotografou, em 1961/63, não existe mais;

(ii) o vídeo tem a excecional colaboração de um outro grã-tabanqueiro (nº 642), talentoso músico guineense, lider do grupo musical Super Camarimba, Mamadu Baio, originário da tabanca de Tabató (, região de Bafatá, Guiné-Bissau), e hoje cidadão português, pai de um "djubi", português, de nome Malick, com costela alentejana; a música que ele disponibilizou é do primeiro CD dos Super Camarimba ("Sila Djanhará", c. 2010), gravado no Mali.

O nosso editor, Luís Graça, pôs na altura o Jorge Ferreira erm contacto com o Mamadu Baio e lá chegaram os dois a um acordo sobre a utilização de uma das faixas de música, com menção dos direitos de autor, na ficha técnica, no final.

O vídeo, disponível numa rede social de impacto gobal como o You Tube, não tem qualquer propósito comercial, é uma homenagem ao povo de Burintuma (que em mandinga quer dizer justamente "Algum dia serás grande"). Merece uma visita, já tem quase 800 visualizações.

Mamadu Baio:
foto de Luís Graça (2014)
2. Em dia de anos do nosso veteraníssio Jorge Ferreira, um camarada ainda do tempo da farda amarela, juntam-se mais uns versinhos, feitos este sábado, em cima do joelho, na Tabanca de Candoz, pelo nosso editor LG-

É também uma pequena homenagem aos nossos camaradas e amigos da Guiné que têm aguentado estoicamente esta pandemia de COVID-19 e que, desde março,  vêm celebrando sozinhos, trancados em casa, o seu aniversário natalício. Fazermos votos para que as nossas tabanca possam ir reabrindo, lentamente, com total segurança e confiança.  O Jorge é assíduo freqentador dos almoços-convívios da Magnífica Tabanca da Linha.


Ao Jorge Ferreira (e aos demais aniversariantes da nossa Tabanca Grande que foram obrigados a cantar "os parabéns a você", sozinhos em casa):


Amigo Jorge Ferreira,
És dos nossos veteranos,
Mas não caias na asneira,
De dizer que fazes anos.

Não há copos p’ra celebrar,
Nem na Tabanca da Linha,
Mas logo que a crise passar,
Abre o Resende a cozinha.

Em Buruntuma, as bajudas
Foram todas retratadas,
Fossem belas ou feiudas,
Solteirinhas ou casadas.

Desse tempo tens saudade,
Até marcos tu puseste,
Não te pesava a idade,
Grande alfero lá do Leste.

Retificaste a fronteira
C’o a Guiné-Conacri,
E juraste p’la bandeira:
 “Sou eu quem manda aqui”.

Saia um  peixinho da bolanha,
Feito à maneira, no forno,
Quem não tinha arte e manha,
Apanhava com um corno.


Paludismo, hepatite,
E até bilharziose,
Não faltava o apetite,
Cada um c’o sua dose.

De Paunca até Pirada,
Do Gabu até Bolama,
Não me queixo, camarada,
Dormi no mato e na cama.

Tive farda de caqui,
E chapéu colonial,
Mas só de amores morri
Pl' aquela terra, afinal.

Convivi com  o Sané,
Senhor de Canquelifá,
Percorri meia Guiné,
Fiz amigos como os de cá.

Em resorts de muitas estrelas,
Deixei pedaços de mim,
Não me lembro das caravelas,
Mas a história foi assim.

Buruntuma, hás de ser grande,
Não importa em que ano ou dia,
Seja o povo quem mais mande,
Em passando a pandemia.

Hoje o Jorge é menininho,
Vai ter ronco na tabanca,
Toda a gente, preta ou branca,
Lhe vai dar um carinho.

Luís Graça, 
Tabanca de Candoz, 4 de julho de 2020

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quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Guiné 61/74 - P19090: Ser solidário (219): "Nô pintcha tabanka Tabatô"!... Vamos dar um empurrão à construção da escola de música de Tabatô!... Hoje, no B.Leza Clube, Lisboa, Cais da Ribeira Nova, a partir das 22h30, com os nossos grã-tabanqueiros Mamadu Baio, Braima Galissá e outros músicos guineenses


Lisboa, 11 de outubro de 2018, a partir das 22.30 até às 2h00,. no B.Leza Clube,
Cais da Ribeira Nova, Armazém B, 1200-109 Lisboa.

Abertura de porta 21h30

Entrada 10€

1. Sinopse:

Tabatô é uma aldeia (tabanca) única de linhagem griot/djidiu perto de Bafatá, Guiné-Bissau, onde há séculos se passa, de geração em geração, a tradição da música mandinga que triunfou por completo a partir dos anos 90 com a explosão da «World Music' a partir de Paris. 

Hoje, o balafon e a korá são instrumentos universais que chamaram a si o interesse de todo o ocidente, resultado directo de gravações primorosas de centenas de mestres mandinga na costa ocidental africana, e vendas de discos pelo mundo inteiro.

Hoje também, um dos locais mais emblemáticos de origem de toda esta cultura, a Escola de Música de Tabatô, está de tal forma degradada que se perderam as condições para lá se aprender música. Esta noite de música e imagem no B.leza pretende angariar fundos para que a reactivação da escola seja uma realidade.

Fonte: B.Leza Clube

2. Apelo do nosso grã-tabanqueiro, médico e músico João Graça:

Apareçam na quinta no B.Leza! Por uma boa causa - a construção de uma escola de música na aldeia griot de Tabatô, na Guiné Bissau. 

Participarei no evento como músico ao lado do inspirador Mamadu Baio.

Foto à esquerda: Mamadu Baio, natural de Tabatô. Alfragide, 21 de janeiro de 2014.
Festa de anos do João.
Foto: © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados]

[Tabatô tem 25 referências no nosso blogue ]
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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Guiné 61/74 - P19071: Vídeos de guerra (17): "Buruntuma, algum dia serás grande", de Jorge Ferreira, no You Tube, com música de Mamadu Baio


Vídeo (11' 03'') alojado em You Tube > Jorge Ferreira (Corytesia do autor, membro da Tabanca Grande)

Vídeo: © Jorge Ferreira (2018). Todos os direitos reservados. 


Jorge Ferreira, foto da sua página do Facebook
1. Está disponível, desde 10 de junho último, no YouTube, na conta de Jorge Ferreira, um vídeo (*) com uma seleção das suas belas fotos do livro "Buruntuma: 'algum dia serás grande', Guiné, Gabu, 1961-63". (Edição de autor, Oeiras, 2016)(**).

O vídeo merece uma "visita" por uma dupla razão: 

(i) o Jorge Ferreira (ex-alf mil da 3ª CCAÇ, Bolama, Nova Lamego, Buruntuma e Bolama, 1961/63), é membro da nossa Tabanca Grande,  é um fotógrafo amador com mais de meio século de experiência, tem um página pessoal no Facebook, além de um "site" de fotografia, Jorge da Silva Ferreira; as suas fotos de Buruntuma inserem-se na categoria da etnofotografia;

Mamadu Baio: foto de Luís Graça (2014)

(ii) o vídeo tem a excecional colaboração de um outro grã-tabanqueiro (nº 642), talentoso músico guineense,  lider do grupo musical Super Camarimba,  Mamadu Baio, originário da tabanca de Tabató (, região de Bafatá, Guiné-Bissau), e hoje cidadão português; a musiquinha que ele disponibilizou  é do primeiro CD dos Super Camarimba ("Sila Djanhará", c. 2010), gravado no Mali.

O nosso editor, Luís Graça, pôs o Jorge Ferreira erm contacto com o Mamadu Baio e lá chegaram os dois a um acordo sobre a utilização de uma das faixas de música, com menção dos direitos de autor, na ficha técnica, no final.O vídeo, disponível numa rede social de impacto gobal como o You Tube, não tem qualquer propósito comercial, é uma homenagem ao povo de Burintuma (que em mandinga quer dizer justamente "Algum dia serás grande").


2. O Jorge Ferreira foi convidado do programa de Luiz Carvalho, Fotobox, o n.º 88, há 5 meses atrás. O vídeo pode ser visto aqui, no Vímeo > Fotobox. Luiz Carvalho, arquiteto de formação, é um conceituado fotógrafo, fotojornalista, professor de fotografia,  realizador.

O Fotobox é um programa de televisão da RTP3 sobre Fotografia, do autor e realizado  Luiz Carvalho. Sinopse: entrevistas a fotógrafos; fotografias com Histórias; as escolhas de Luiz carvalho da semana.

Sabemos, através do Jorge Ferreira, que o Luiz Carvalho está interessado em conhecer e eventualmente divulgar, no Fotobox,  alguns dos nossos melhores álbuns fotográficos sobre a Guiné e a guerra colonial (1961/74).
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5 de maio de 2017 > Guiné 61/74 - P17321: Notas de leitura (953): "Buruntuma - Algum Dia Serás Grande - Guiné-Gabú - 1961-63", por Jorge Ferreira (Mário Beja Santos)

14 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17139: Agenda cultural (546): Apresentação do livro de fotografia, "Buruntuma", do nosso camarada Jorge Ferreira, em Oeiras, no passado sábado, dia 4 (Parte II) - Fotos de tocadores de korá e atuação do mestre Braima Galissá

6 de março de 2017 > Guiné 61/74 - P17110: Agenda cultural (545): Apresentação do livro de fotografia, "Buruntuma", do nosso camarada Jorge Ferreira, em Oeiras, no passado sábado, dia 4 (Parte I) - As primeiras fotos

sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Guiné 61/74 - P18256: Agenda cultural (624): Vamos apoiar a música guineense: Mamadu Baio (e convidados, entre eles João Graça), na 8ª edição do Mundo Mestiço, Lisboa, "Titanic Sur Mer", Cais do Sodré, dia 3 de fevereiro, sábado


Mamadu Baio, foto da época em que era o líder dos "Super Camarimba"... Foto do Facebook do artista.


Mamadu Baio. Foto do Facebook do artista.


Amadora, Alfragide > 21 de janeiro de 2014 > Mamadu Baio em casa do nosso editor, Luís Graça. em dia de anos do João Graça. 

Foto (e legenda): © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís GRaça & Canaradas da Guiné]



Mamadu Baio (em segundo plano, à direita) e amigos (João Graça, à esquerda), em sessão de ensaio, para o espetáculo da 8ª edição do Mundo Mestiço (3 de fevereiro de 2018). Foto: cortesia de Aluísio Neves / Mamadu Baio (2018)




1. O nosso grã-tabanqueiro nº 642,  Mamadu Baio, originário da tabanca de Tabató (, região de Bafatá, Guiné-Bissau), vai atuar no "Titanic Sur Mer", no Cais do Sodré, em Lisboa, no dia 3 de fevereiro... O Mamadu Baio (voz e viola) é um talentoso músico do género afro-jazz e afro-mandinga... Tem, pelo menos,  dois amigos  convidados para essa noite: João Graça (violino) e, se não erro,  Ibo Galissá (kora) (nome a confirmar)...

O nosso bogue apoia os músicos guineenses. E, para mais,  os que integram a nossa Tabanca Grande ("onde todos cabemos com tudo o que nos une e até com aquilo que nos pode separar") Sábado, dia 3, o nosso editor Luís Graça lá estará no "Titanic Sur Mer" e gostava de lá ver mais amigos e camaradas, fãs da música guineense.

Recorde-se aqui que o João Graça, membro da nossa Tabanca Grande e elemento da banda musical portuguesa Melech Mechaya, conheceu, em finais de 2009, a mítica Tabatô (que é, na Guiné-Bissau, a tabanca que tem mais músicos por metro quadrado) bem como os Super Camarimba, de que o Mamadu Baio faz(ia) parte. O Mamadu é hoje cidadão português, por casamento, e pai de um menino adorável chamado Malick.



Programa da 8ª edição do Mundo Mestiço, cujo nome de cartaz são os Irmãos Makossa: Participação de Yaaba FunK (Gana / UK), Mamadu Baio (Guiné-Bissau), Silvino Branca y  Banda (Cabo Verde), Irmãos Makossa (Angola / Itália) e Guerrilha Soundsystem (Portugal)

Titanic Sur Mer > Cais da Ribeira Nova , Armazém B. Cais do Sodré, Lisboa

Horário: das 23h00 às 6h00

Telefone: 938 833 532

{Sobre o novo espaço Titanic Sur Mer, vd artigo do Público >  Fugas, de 20/2/2016)


2. Notícia transcrita, com a devida vénia, da página do Facebook Mundo Mestiço:

Mundo Mestiço #08 - Irmãos Makossa 10 anos

Mundo Mestiço apresenta “Irmãos Makossa – 10 anos”

A oitava edição do Mundo Mestiço está marcada para dia 3 de Fevereiro, como habitualmente terá lugar no Titanic Sur Mer e início agendado para as 23 horas, e será inteiramente dedicada à celebração dos 10 anos de carreira dos Irmãos Makossa.

Produzido pela Ritmo e Cultura,  o Mundo Mestiço, que celebrou no passado mês o seu primeiro aniversário, é o resultado miscigenado de uma experiência rica em ritmos, batidas e melodias. A celebração de um ideal. O ideal de um mundo livre. A apologia da diversidade e da mistura.

Depois de terem sido cabeças de cartaz da sexta edição, os Irmãos Makossa estão de volta ao evento que desta vez conta também com os apoios da Antena 3, do Largo Residências, do restaurante Pizzeria Mezzogiorno e da Afromats.

Esta dupla ítalo-angolana é referência incontornável na partilha da música africana, no seu todo, mas com particular destaque para a africanidade da década de 70. Os Dj sets dos Irmãos Makossa são a história de uma viagem por África e da foma como o continente influenciou o mundo musical, contada pela música extraída dos vinis que preenchem as suas malas e prateleiras apinhadas de cd’s.

Nesta década os Irmãos Makossa lotaram salas de espetáculo do norte a sul do país, ilhas e estrangeiro. De botecos a festivais, dos concertos na rua a sessões nas maiores rádios e editoras nacionais, onde quer que haja uma oportunidade, lá estão eles a girar discos e celebrar com muita alegria e ritmos quentes, uma das coisas que África tem de melhor, a Música nos estilos Afrobeat, Afrofunk, Soukous, Chimurenga, Rebita, Ethio Jazz e Afro Rock.

Os Irmãos Makossa não estarão sozinhos nesta comemoração. A noite será abrilhantada com as atuações de Yaaba Funk, Mamadu Baio, Silvino Branca e Guerrilha SOUND System.

De Londres, Reino Unido, chegam-nos os Yaaba Funk, um grupo com tendências tão ecléticas que conjuga jazz, funk, e claro, ritmos africanos. O seu segundo álbum “My Vote Dey Count”,  lançado na primavera de 2014,  recebeu muito boas críticas de praticamente toda a imprensa inglesa e foi considerado o melhor algum do mês de Junho pelos utilizadores da World Music Network.

O Guineense Mamadu Baio teve o seu primeiro álbum de originais “Silá Djanhara” apadrinhado por Salif Keita, e desde então tem apresentado o seu trabalho em diversos festivais em Portugal, casas da cultura e encontros de artistas guineenses.

Da Ilha de Santiago em Cabo Verde vem Silvino Branca, uma figura importante do funaná moderno. Os seus dedos conhecem a gaita desde os 7 anos de idade, resultando em música (ainda) mais rápida, com mudanças mais bruscas e um hipnotismo mais óbvio, largando as letras e referências a tempos com pobreza, seca e perseguição, vividos pela geração anterior e assim nasce o Cotxi Pó. Silvino Branca chegou há cerca de três anos a Portugal, Oeiras,  e tem uma banda explosiva com toda a velocidade e poder do funaná mais puro com esta nova visão nascida nos guetos de Cabo Verde.

Guerrilha SOUND System vem espalhar momentos de pura folia através dos seus ritmos afro-tropicais, que integram a vasta bagagem musical da dupla Guilherme Macedo & Walter Martins. Uma mestiça sonoridade com raízes africanas e afro-latinas que promete incendiar as pistas de dança de Lisboa e do resto do mundo com grooves calorosos e contagiantes.

Do Samba ao Semba, do Kuduro ao Funaná, do Funk ao Afrobeat, da Cumbia à Salsa, do Forró ao Merengue, uma viagem musical que não deixa ninguém indiferente.

Embarca dia 3 de fevereiro no Titanic Sur Mer e torna-te parte integrante da tripulação do oitavo cruzeiro ao Mundo Mestiço!

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Nota do editor:

Último poste da série > 23 de dezembro de 2017 >  Guiné 61/74 - P18131: Agenda cultural (623): Dois grandes concertos dos 'Melech Mechaya', a banda musical a que pertence o nosso grã-tabanqueiro João Graça: em Lisboa, no Tivoli, dia 27, 4ª feira; no Porto, Casa da Música, a 29, 6ª feira ( já esgotado este último concerto)

domingo, 10 de dezembro de 2017

Guiné 61/74 - P18071: Agenda cultural (618): Lisboa, Arroios, Mercado de Culturas / Mercado do Forno de Tijolo: concerto do nosso amigo Mamadu Baio (voz e guitarra) + Ibo Galissá (kora)...Sábado, dia 16, às 21h00...Djass Arte - Mostra de criadores africanos e afrodescendentes


Cartaz

Djass Arte – Mostra de Criadores Africanos e Afrodescendentes



Lisboa, Mercado Forno Do Tijolo | Entrada grátis


1. Com a devida vénia, transcreve-se da Viral Agenda:


Entre 15 e 17 de dezembro, o Mercado de Culturas, em Lisboa, acolhe a segunda edição da Djass Arte – Mostra de Criadoras/es Africanas/os e Afrodescendentes, uma iniciativa da Djass - Associação de Afrodescendentes.

 Uma exposição coletiva de artes plásticas e visuais, bancas de venda de livros, artesanato, vestuário e acessórios, uma mostra de cinema afrodescendente, a apresentação de uma nova edição de uma obra de Frantz Fanon, atividades para crianças, música, debates, dança e teatro: são estas as atividades que fazem parte do programa desta mostra, que tem como objetivos principais (i) contribuir para a promoção e valorização das culturas africanas e afrodescendentes; (ii) dar visibilidade aos trabalhos das/os criadoras/es participantes; e (iii) promover o debate em torno de questões ligadas à cultura, afrodescendência, racismo e colonialismo.

 PROGRAMA 

DURANTE TODO O EVENTO 

Exposição de artes plásticas e visuais: 

Chantal James (fotografia), Darsy Fernandes (ilustração), Domingas Ambriz, D'Son Pereira, Eduardo Malé, Gutemberg Coelho, Márcio Bahia, Mário Gerson Garcia, Sidney Cerqueira (pintura).

Bancas de venda:

Cassula (vestuário), Literaturas Afrikanas (literatura africana / afrodescendente), Macalongo - Capulana (manualidades e acessórios), Minouche (acessórios), Nina Manualidades (bonecas e acessórios) 

 SEXTA, 15 DE DEZEMBRO 

14h00: Abertura de portas 
18h30: Inauguração / boas-vindas 
18h45: Performance de dança 
19h00: Apresentação da nova edição, pela Letra Livre, do livro “Pele Negra, Máscaras Brancas”, de Frantz Fanon. Com Manuel dos Santos e Raja Litwinoff.
20h00: Música (DJ Paulo Dias) 
21h00: Fecho 

 SÁBADO, 16 DE DEZEMBRO 

10h00: Abertura de portas 

10h30-13h30: Djass Arte Júnior (atividades para crianças) 
6h00-17h30: Atuação do Grupo do Teatro do Oprimido de Lisboa 

18h00-20h30: Mostra de Cinema Afrodescendente.

 Sessão 1: curtas-metragens + conversa com realizadoras/es, com moderação de Kitty Furtado Filmes: “Até Chá Virar Café” (Celso Rosa); “Relatos de uma Rapariga Nada Púdica” (Lolo Arziki); “Si Destinu” (Vanessa Fernandes); “E Agora Pessoa?” (Lubanzadyo Mpemba); “Bastien” (Welket Bungué). 
Mamadu Baio, 21/1/2014, em casa do nosso editor.
Almoçámos  ontem na Praia da Areia Branca...
O Mamadu, a Sílvia,  o Malick, de 3 anos, 
o João Graça, a Alice e eu... Foto: LG

21h00: Concerto de Mamadu Baio (voz e guitarra) & Ibo Galissá (kora) 

 22h00: Fecho 

 DOMINGO, 17 DE DEZEMBRO 

12h00: Abertura de portas 

15h00-17h15: Mostra de Cinema Afrodescendente

Sessão 2: “Nôs Terra”, de Ana Tica, Nuno Pedro e Toni Polo + conversa com a realizadora Ana Tica, com moderação de Beatriz Dias (Djass)

17h30-20h15: Mostra de Cinema Afrodescendente 

Sessão 3: "O Canto do Ossobó", de Silas Tiny, + conversa com o realizador, com moderação de Joacine Katar Moreira.

20h20: Encerramento 


Rua Maria da Fonte, Anjos (freguesia de Arroios), Lisboa (ver no mapa)

HORÁRIO: sexta-feira: 14h00-21h00; sábado: 10h00-22h00; domingo: 12h00-20h20

 ENTRADA LIVRE 

 APOIO: Junta de Freguesia de Arroios 


 MAIS INFORMAÇÕES: Djass - Associação de Afrodescendentes
Tem página no Facebook. | Email: associacao.djass@gmail.com

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Nota do editor:

Último poste da série > 7 de dezembro de 2017 > Guiné 61/4 - P18057: Agenda cultural (617): o criminalista e antigo inspector-chefe da PJ, Barra da Costa, acaba de lançar o livro "Os crimes de João Brandão: das Beiras ao degredo" (Edições Macaronésia, Ponta Delgada, 2017)

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Guiné 63/74 - P15556: Memórias do Chico, menino e moço (Cherno Baldé) (50): Na minha língua materna, o fula, não existe a expressão "Feliz Natal"... Mas felizmente que a Guiné-Bissau é um país de tolerância religiosa, em que as duas religiões monoteístas, Islamismo e Cristianismo, coexistem bem com o animismo


Guiné-Bissau > Bissau >  2004 > Festa do Tabaski (ou do carneiro) (em árabe, Aïd el- Kebir ou Aïd el-Adha) > O nosso grã-tabanqueiro Cherno Baldé com os seus 4 filhos...  A festa do Tabaski (designação corrente nos países de forte tradição muçulmana da África ocidental)  é, a seguir à festa do fim do Ramadão, a mais importante do Islamismo, equivalente ao Natal cristão. A data é variável, em 2015, foi a 24 de setembro.

"Segundo o Islamismo, o filho herdeiro de Abraão foi Ismael e não Isaac. Esta festa é a comemoração do Livramento, do filho de Abraão que foi substituído por um cordeiro no momento exato em que seu pai iria sacrificá-lo, em obediência ao Senhor. Esta providência divina livrando (segundo o Islão) a Ismael, pai da nação árabe e antepassado do profeta, é lembrada anualmente por todo o povo muçulmano, como a Festa do Sacrifício ou a Festa do Cordeiro." (Fonte: Ordidja)

Foto: © Cherno Baldé (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legenda: LG]



Guiné-Bissau > Região de Bissau > Tabatô > 28 de Novembro de 2009 > A cerimónia do Tabaski... em que pela primeira vez participaram três europeus, não-muçulmanos, duas portuguesas e um espanhol... Uma das portuguesas foi a Catarina Meireles, médica, antiga aluna do nosso editor Luís Graça e amiga do nosso grã-tabanqueiro João Graça... Nesta foto temos uma vista geral da assembleia, durante a cerimónia do Tabaski, na aldeia mandinga de Tabatô, a escassos 10 km de Bafatá, na estrada Bafatá-Gabu. É a terra do nosso grã-tabanqueiro Mamadu Baio, ator e músico. (*)

Foto: © Catarina Meireles (2010). Todos os direitos reservados[Edição e legenda: LG]


1. Mensagem, de 29 do corrente, do nosso amigo  Cherno Baldé em resposta a um pedido do nosso editor ("Eh!, Cherno Baldé, aí em Bissau, bom dia!... Como se diz 'Feliz Natal'  na tua língua, em fula ?") (**)

Bom dia, amigo Luis! Que a paz esteja contigo e que tenhas um feliz Natal junto a familia.

Na minha lingua materna (Pullar), não existe a expressão "feliz Natal" porque o Natal é uma invenção recente, histórica e religiosamente falando, pois fosse mais antigo seria aceite e incorporado nas festividades religiosas muçulmanas porque o Profeta Mohamed sempre se via como o Profeta da continuidade das duas grandes religiões monoteistas anteriores e não enveredou pela ruptura, mesmo se os 'Surats' chamados de Medina são muito críticos em relação aos Cristãos e sobretudo aos Judeus que a habitavam e que estavam relutantes em o reconhecer como verdadeiro profeta e acima de tudo unificador.

Mas, ser Guineense significa, de uma certa forma, situar-se um pouco no meio das duas religiões e sobretudo solidarizar-se com os irmãos das outras confissões o que, penso eu,  representa uma particularidade específica da Guiné-Bissau, país onde a maioria muçulmana nunca esteve em confronto com a minoria cristã e onde os adeptos das religioes monoteístas nunca estiveram muito afastados das práticas e cultos animistas.

Esta convivência pacífica, em parte, é uma herançaa e resultou da prática colonial que ao mesmo tempo que promovia a religião cristã no seio dos povos do litoral animista e anti-colonial, era obrigada a colaborar com os muçulmanos por força da sua moderação e aliança no seio do "pacto colonial".

Já deixei os meus contactos para um possível encontro com o João Martel e a Ana Maria Gala [, voluntários na Missão da Cumura].

Para si e a todos os editores, assim como todos os restantes Régulos, Almamis, Conselheiros e Djargas da Tabanca Grande os meus votos de um bom e excelente novo ano, cheio de prosperidade, saúde e longa vida.

Um abraço amigo de muita saudade desde Bissau (Guiné-Bissau).
Cherno A. Baldé, Chico de Fajonquito

PS - Sobre o que disse antes, queria acrescentar o facto amplamente conhecido de que o venerando Cherno Rachid de Quebo (Aldeia Formosa) era um dos mais bem escutados Conselheiros do gen Spínola durante todo o período que esteve na Guiné como Governador e Com-Chefe da Provincia e, certamente os dois se terão influenciado mutuamente, facto que vem reforcar a tese da convivência pacífica.
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 8 de julho de 2010 > Guiné 63/74 - P6695: Memória dos lugares (89): Bafatá, Tabatô, Tabaski 2009: Não há preto nem branco, somos todos irmãos, disse a Fátima de Portugal numa cadeia de união... (Catarina Meireles)

 (**) Último poste da série > 1 de agosto de 2015 >  Guiné 63/74 - P14956: Relativamente ao desaparecimento do Alferes Leite, trata-se de um caso do qual ouvi falar desde a minha infância (Cherno Baldé)

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12646: Tabanca Grande (422): Mamadu Baio, nosso grã-tabanqueiro nº 642, músico de Tabatô, fundador dos Super Camarimba, casado com uma portuguesa... Vai estar amanhã, às 18h30, em concerto a solo, na Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella, Estrada de Benfica, Lisboa... Entrada livre.





Alfragide, 21 de janeiro de 2014 > Festa de anos do João Graça > O Mamadu Baio e a Silvia Mendes Baio

Fotos: © Luís Graça (2014). Todos os direitos reservados.


1. Conheci o Mamadu Baio [, leia-se: Baiô,] no 29 de janeiro de 2013, em dia de anos. Veio a minha casa pela mão do meu filho João Graça, médico, músico e nosso grã-tabanqueiro. Passámos, juntos, um serão muito agradável, em família, abrilhantado com a sua presença e a sua música.

Recorde-se que Mamadu Baio é oriundo da famosa tabanca de Tabatô, na Guiné-Bissau, e líder dos Super Camarimba, de que já éramos  fãs (a família toda...).

Festa é festa, pelo que estivemos até à 1 hora da noite na conversa e a ouvir música afromandinga...   O Mamadu Baio casou com uma jovem portuguesa, a Sílvia Margarida Mendes Baio, professora do ensino básico, natural de Évora, que também veio jantar connosco. O João tinha conhecido  o Mamadu Baio,  em Bissau, em dezembro de 2009, depois de ter passado uns dias antes uma noite inesquecível na sua tabanca de Tabatô.

O que é que eu posso dizer dele ? Que é  um jovem músico, na casa dos trinta e poucos anos (ele não sabe ao certo a sua idade: na sua sua página no Facebook  lê-se que nasceu a 16 de agosto de 1980). Talentoso. De fácil contacto. Extremamente jovial. Humilde. Amigo do seu amigo. Está há dois anos em Portugal, ainda não tem a nacionalidade portuguesa (só daqui a um ano, mesmo sendo casado com uma portugeusa...). Está a compor e a preparar o seu próximo CD. Por fim, e não menos importante, está à espera do seu  filho, português, que há-de nascer em meados de março. A Sílvia Mendes, de 36 anos, é uma mulher feliz, e prepara, com todo o amor e cuidado, o nascimento do seu primeiro filho. O Mamadu Baio, por seu turno, já compôs uam canção para o filho (ou filha) que aí vem...

Já aqui informámos que a tabanca do Mamadu Baio, única na Guiné, composta de de trovadores e músicos, chamava-se Dando, no nosso tempo, situando-se na antiga estrada Bafatá -Nova Lamego, a cerca de 12 km, a leste de Bafatá (vd.carta de Bafatá). Hoje é Tabatô. É seguramente a mais "internacional" das tabancas da Guiné-Bissau, e ainda mais afamada depois de nela ter sido rodado o filme "A batalha de Tabatô", do realizador português João Viana (2012). E em que o Mamadu Baio se estreou como ator.

Logo na altura, convidei os dois, o Mamadu e a Sílvia, para integrarem a nossa Tabanca Grande.  São ambos fãs do nosso blogue. A Silvia viveu cinco anos na Guiné-Bissau, como cooperante. 

2. Hoje, finalmente, vou apresentar à Tabanca Grande (**)  o Mamadu Baio, um verdadeiro "super camarimba" que na língua mandinga, significa jovem activo. "Super Camarimba" (os jovens ativos)  é o nome de um grupo musical, criado em 1997 na tradição da música afromandinga.  Todos os seus membros são de Tabatô, embora hoje estejam separados pela distância. De belíssima sonoridade acústica, as suas músicas são  tocadas nos instrumentos tradicionais afromandingas: balafon, kora, djembé, dundunba, cabace e viola... Mamadu Baio canta e toca (viola). As suas composições celebram a paz, a harmonia, a juventude, a alegria de viver e a esperança no futuro.  O primeiro CD dos Super Camarimba ("Sila Djanhará", c. 2010)  foi  gravado no Mali. É um CD de que gosto muito, com destaque para os temas 2 (Camarimba) e 10 (Dona Berta). Sendo edição de autor, não é fácil encontrar no mercado. Em Portugal, toca a solo e em grupo, com músicos guineenses da diáspora.

Sê bem vindo à nossa Tabanca Grande, Mamadu Baio! E fazemos votos para que neste ano de 2014 (em que vais ser pai) tenhas mais oportunidades de mostrar o teu talento e a tua criatividade, em Portugal e noutros países (como o Brasil onde já foste cantar e que adoraste).

PS - O Mamadu Baio é o primeiro músico guineense, da diáspora, a integrar a nossa Tabanca Grande.  Mas igual convite já foi feito ao Braima Galissá e ao Kimi Djabaté, dois grandes nomes da música e da cultura da Guiné-Bissau de hoje, com os quais no entanto não temos tido grandes oportunidade de conviver. (Em boa verdade, conheço o Braima mas não o Kimi, que de resto  é primo do Mamadu).

 O nosso blogue apoia a música da Guiné-Bissau e os seus artistas!



Guiné-Bissau > Bissau > 17 de dezembro de 2009 > Mamadu Baio, líder dos Super Camarimba, "experimentando" o violino do João Graça, instrumento que muito provavelmente ele nunca tinha pegado antes...

Foto: © João Graça (2009). Todos os direitos reservados.



Guiné-Bissau  > Região de Bafatá > Tabatô > Poilões > "A porta do meu coração", diz a Sílivia, na legenda a esta foto. Foto retirada da página do Facebook de Sílvia Margarida Mendes... Com  a devida vénia...

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Notas do editor:

(*) Alguns dos nossos  postes que fazem referência ao Mamadu Baio:

1 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12530: Agenda cultural (299): Uma janela para o mundo lusófono: um olhar sobre a Guiné-Bissau, no mês de janeiro, na Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella, Lisboa... Destaque para: (i) Filme "A Batalha de Tabatô", de João Viana (dia 8); e (ii) Concerto de Música Tradicional com o nosso amigo Mamadu Baio (dia 29)

11 de julho de  2013 > Guiné 63/74 - P11826: Agenda cultural (278): Estreia hoje, nos cinemas, em Lisboa (Nimas) e Porto (Medeia Cine Estúdio do Teatro Campo Alegre), o filme "A batalha de Tabatô", de João Viana. Os Super Camarimba, banda afromandinga do nosso amigo Mamadu Baio, atuam hoje no Espaço Nimas, em Lisboa

26 de abril de  2013  > Guiné 63/74 - P11478: (Ex)citações (219): Patrício Ribeiro, "pai dos tugas em Bissau", parte mantenhas com o Mamadu de Tabatô, a sua mulher, alentejana, Sílvia, o cineasta João Viana (, realizador do filme "A batalha de Tabaô"), e a antropóloga Joana Vasconcelos

26 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11475: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (67): Hoje há festa no "sempre em festa" (Ritz Clube, R da Glória, 57, Lisboa), a partir das 23h, com Mamadu Baio / Super Camarinda, de Tabatô...

23 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11449: Agenda cultural (264): Indie Lisboa 2013: A estreia, 4ª feira, na Culturgest, às 21h30, do filme de João Viana, "A batalha de Tabatô". O Jorge Cabral será o representante do nosso blogue, a convite da produtora... E 6ª feira, 26, às 23h00, há festa no Ritz Clube, com os "Super Camarimba" !

1 de fevereiro de 2013 > Guiné 63/74 - P11036: Agenda cultural (254): "Tabatô" (curta) e "A Batalha de Tabatô" (longa metragem), dois filmes portugueses, do realizador João Viana, na seleção oficial do Festival de Cinema de Berlim, 7-17 de fevereiro de 2013 (Luís Graça)

23 de dezembro de 2012 > Guiné 63/74 - P10848: Agenda cultural (243): Mamadu Baio, líder da banda de música afromandinga Super Camarimba no Clube B.leza, Lisboa, Cais da Ribeira, a seguir ao Natal, dia 26 de dezembro de 2012

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12530: Agenda cultural (299): Uma janela para o mundo lusófono: um olhar sobre a Guiné-Bissau, no mês de janeiro, na Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella, Lisboa... Destaque para: (i) Filme "A Batalha de Tabatô", de João Viana (dia 8); e (ii) Concerto de Música Tradicional com o nosso amigo Mamadu Baio (dia 29)


O programa é coordenado pela escritora Joana Ruas.  O nosso destaque vai para a intervenção do de dois amigos da nossa Tabanca Grande, o historiador Leopoldo Amado (dia 23) e o Mamadu Baio (dia 29). Oportunidade também para vere ou rever o filme de João Viana, "A Batalha de Tabatô" (dia 8).

Vídeo (2' 06''). Alojado em You Tube > SuperCamarimba...  Mamadu Baio, criador e lider da banda Super Camarimba, de Tabatô, região de Bafatá, Guiné-Bissau, executando o tema 2 do seu álbum de originais “Silá Djanhara”, gravado em 2011, nos estúdios do mítico Salif Keita, Bamako, Mali (Reproduzido com a devida vénia...).
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Nota do editor:

Último poste da série > 12 de dezembro de 2013 > Guiné 63/74 - P12437: Agenda cultural (298): Convite para assistir à apresentação do livro "Olhos de Caçador", de António Brito, integrada na Tertúlia Fim do Império, dia 17 de Dezembro na Livraria-Galeria Municipal Verney/Colecção Neves de Sousa. Convite para a apresentação da edição especial da obra "Portugal e a Grande Guerra", coordenação de Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes, dia 18 de Dezembro nas instalações da Liga dos Combatentes

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Guiné 63/74 - P11826: Agenda cultural (278): Estreia hoje, nos cinemas, em Lisboa (Nimas) e Porto (Medeia Cine Estúdio do Teatro Campo Alegre), o filme "A batalha de Tabatô", de João Viana. Os Super Camarimba, banda afromandinga do nosso amigo Mamadu Baio, atuam hoje no Espaço Nimas, em Lisboa




1. Estreia hoje nos cinemas, em Lisboa e Porto, "A batalha de Tabatô", segundo informação recolhida na respectiva página do Facebook, bem como Cinecartaz do Público.

Ver aqui o trailer oficial:  http://www.abatalhadetabato.com/pt_home.html

2. Ficha Técnica:

A Batalha de Tabatô
Título original:A Batalha de Tabatô
De: João Viana
Com: João Viana, Mamadu Baio, Fatu Djebaté, Imutar Djebaté
Género: Drama
Classificação: M/12
Outros dados: POR, 2013, Cores, 78 min.

Sinopes: "Depois de anos a viver em Portugal, o pai de Fatu regressa a África para assistir ao casamento da filha com Idrissa Djebaté. Ela é professora universitária e seu futuro marido é um músico conhecido. A festa de casamento é em Tabatô, um lugar extraordinário onde todos os seus habitantes são, há 500 anos, músicos djidius, cantores-poetas que narram contos e lendas representativos da vida africana. No caminho até lá, à medida que as recordações se avivam, o velho senhor começa a revelar traumas esquecidos da sua juventude, enquanto soldado mandinga na guerra colonial, décadas antes. Filmado na Guiné- Bissau, é a primeira longa-metragem de ficção de João Viana, que foi distinguido com uma menção honrosa na edição de 2012 do Festival Internacional de Cinema de Berlim."

Fonte: Público > Cinecartaz (Reproduzido com a devida vénia...)

Sessões:

Lisboa > Nimas >  Sala: Sala 1 >

 Sessões: 15h30, 18h30, 21h30

Av. 5 Outubro, 42B 1000-20 (GoogleMaps)

Telefone para Marcações: 213574362 >

Sessões: 18h30, 22h.

Morada: R. das Estrelas 4150-13 (GoogleMaps)

Telefone para Marcações: 226063000 > 

3. Concerto:

A banda Super Camarimba  (dirigida pelo nosso amigo Mamadu Baio, foto à direita) dá entretanto mais 2 concertos, em Lisboa,  hoje e no próximo dia 1 de agosto. 

11 de Julho > ESPAÇO NIMAS  (Avenida 5 de Outubro 42B - Lisboa, 1050-057 Lisboa, telef 21 357 4362)

1 de Agosto > B.LEZA

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Nota do editor:

Último poste da série > 6 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11677: Agenda cultural (277): Lançamento do livro "Gente Com Coragem", do nosso camarada Castro Ferreira - Padrão, em Espinho, dia 22 de Junho. Convite.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Guiné 63/74 - P11478: (Ex)citações (219): Patrício Ribeiro, "pai dos tugas em Bissau", parte mantenhas com o Mamadu Baio, de Tabatô, a sua mulher, alentejana, Sílvia Mendes Baio, o cineasta João Viana (, realizador do filme "A batalha de Tabatô"), e a antropóloga Joana Vasconcelos


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Tabatô > 16 de dezembro de 2009 > 8h30 > O grande poilão da aldeia...


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Tabatô > 16 de dezembro de 2009 > 9h30 > O chefe da aldeia, Mutar Djebaté [ou Djabaté ?], pai do músico Kimi Djabaté, e ele próprio um grande balofonista... É um dos atores principais do filme do João Viana, "A batalha de Tabatô", juntamente com Fatu Djebaté e Mamadu Baio.


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Tabatô > 15 de dezembro de 2009 > 22h07> Há magia no ar (1)...


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Tabatô > 15 de dezembro de 2009 > 22h17 > Há magia no ar (2)...


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Tabatô > 15 de dezembro de 2009 > 22h16 > Quem disse que Tabatô era terra de "didjius", grandes músicos e contadores de histórias ? E elas, o que são ? Grandes artistas, grandes intérpretes da alma afromandinga...


Guiné-Bissau > Região de Bafatá > Tabatô > 15 de dezembro de 2009 > 9h07 > "De pequenino é que se torce o pepino"... Neste caso, o balafon...

Fotos: © João Graça (2009). Todos os direitos reservados [ Edição e legendagem: LG]


1. Mensagem do nosso grã-tabanqueiro, Patrício Ribeiro, mais conhecido
 em Bissau como o "pai dos tugas"(leia-se: padrinho...)  [, foto à direita quando marinheiro..]


Data: 26 de Abril de 2013 à27 13:40

Assunto:O Mamadu de Tabatô

Aos nossos amigos.

Desde as tabancas de Sansambato, Ganjogude e outras tabancas da mesma zona, terras de Mandingas por onde tenho andado nos últimos meses a massacrar as minhas costa em caminhos quase inexistentes.

Vai um grande abraço para o meu amigo Mamadú e sua mulher Silvia.

Aconselho ouvir as suas músicas, aprendidas na sua tabanca de Mandiga de Tabatô,  tabanca de músicos, perto de Bafatá.

Foi nesta tabanca onde o João [Viana] com sua mulher Joana [Vasconcelos] e restante equipadormiram umas semanas, a colher imagens para o filme, foram comidos pelos mosquitos, e apanharam alguns paludismos pelo meio... É a vida destes paragens ... mas há quem goste... (**)

Um abraço a todos


Patricio Ribeiro

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Notas do editor:

(*) Na sequência de comentário ao poste de 26 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11475: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (67): Hoje há festa no "sempre em festa" (Ritz Clube, R da Glória, 57, Lisboa), a partir das 23h, com Mamadu Baio / Super Camarinda, de Tabatô... Cinco morteiradas... Eu vou lá estar...e pago um copo ao "nosso alfero Cabral" (Luís Graça)

(...) Mensagem enviada, internamente, ao pessoal da Tabanca Grande:

"É malta de Lisboa & arredores, grã-tabanqueiros: quem é que vai logo à noite beber um copo e ver e ouvir os Super Camarimba ao "sempre em festa" ? São cinco mocas.

"A Tabanca Grande vai estar lá a apoiar o Amandu Baio e a "sua/nossa" Guiné"... Por outro lado: (i) é preciso o pessoal da Tabanca Grande fazer a "prova de vida", aparecendo em público, em sítios decentes como o Ritz Clube; (ii) depois, é bom não esquecer que tristezas não pagam... "troikices".
Luis Graça, tabanqueiro nº 1".


(**) Último poste da série > 12 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11377: (Ex)citações (218): Sexo em tempo de guerra... e brancos mpelelé no pós-independência (Cherno Baldé / José Teixeira / António Rosinha)