quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Guiné 63/74 - P12195: Crónicas das minhas viagens à Guiné-Bissau (José Martins Rodrigues) (2): A minha primeira viagem em 1998 - O primeiro dia em solo da Guiné-Bissau

1. Segundo episódio da nova série do nosso camarada José Martins Rodrigues (ex-1.º Cabo Aux Enf.º da CART 2716/BART 2917, Xitole, 1970/72), dedicada às suas viagens de saudade à Guiné-Bissau, a primeira efectuada em 1998.




CRÓNICAS DAS MINHAS VIAGENS À GUINÉ-BISSAU

A PRIMEIRA VIAGEM - 1998 

2 - Acompanhem-me, até ao nascer do primeiro dia em solo da Guiné-Bissau

Éramos quatro pessoas, dois irmãos e suas esposas. Aprazamos a data da partida do Porto com destino a Bissau para o dia 5 de Abril de 1998. Já na posse dos bilhetes de avião, dos seguros e das vacinas, a minha cunhada, uma senhora francesa pouco dada a arriscadas aventuras, convenceu-me a contratar os serviços de um guia/segurança, exigência que me apressei a concretizar. A minha esposa, preparava-se para ter o seu baptismo de voo. A viagem do Porto a Lisboa, apesar de curta, foi bastante turbulenta devido ao tempo invernoso da época. Foi um tormento para ela. Enquanto aguardávamos o voo de ligação a Bissau, segredava-me que, se os 40 minutos do Porto a Lisboa haviam sido tão difíceis, o que não seriam as mais de 4 horas até Bissau. Tentei serená-la. Partimos depois das 21h30 em voo da TAP numa viagem que se revelou muito confortável.

Chegámos a Bissau ao início da madrugada. Desse momento guardo imagens e emoções de grande impacto. À saída do aparelho e, apesar da hora, eram aquele calor e aqueles odores que senti tão familiares. Era a primeira confrontação com os registos que a minha memória retinha. Sentia uma imensa e inexplicável alegria, como aquela criança a quem oferecem o brinquedo que já não sonhava receber. Só por vergonha e algum pudor, não beijei o solo que acabara de pisar. Era um momento único. Percebi que amava aquela terra, que senti também como minha. Amo esta terra não porque tivesse que ser. Mas porque, pela mais singela das ofertas ou por cada abraço partilhado com as suas gentes recebemos em troca demonstrações de gratidão e afecto. E, quando nos tocam assim, ficamos rendidos ao brilho de felicidade daqueles olhares, que é a forma mais genuína de nos dizerem como somos bem-vindos na sua terra. Só quem como nós, que aqui deixamos parte da nossa juventude, entenderá este turbilhão de emoções. Sentia-me tão feliz e tão jovem, que cheguei a duvidar que já haviam passado 26 anos desde que havíamos partido.

Os que me acompanhavam, limitavam-se a gerir o sufoco do calor, a tentarem decifrar o que conseguiam ver e, a registar as minhas reacções.

O dia da chegada do voo semanal da TAP era uma verdadeira romaria junto da antiga gare do Aeroporto Osvaldo Vieira. Era um mundo de gente que nos olhava com naturalidade, era o amarelo e azul dos táxis e dos toca-toca, na expectativa de um serviço. As primeiras impressões diziam-me que havia uma ligação muito forte a tudo o que vinha de Portugal. Não senti qualquer sentimento de insegurança. Tinha sido a terra de todos os medos e agora era a terra da descoberta de tudo e de nada. Lá estava o guineense que nos iria transportar, ostentando uma placa identificando o Hotti-Bissau. Assim se chamava o Hotel em que ficaríamos alojados na primeira noite, ou o que dela sobraria.

Deitamo-nos já alta madrugada. Dormir não seria propriamente a minha prioridade. O que mais ansiosamente desejava era assistir ao nascimento daquele primeiro dia, aos primeiros brilhos do Sol por detrás daquela palmeira que estava no caminho do meu olhar, lá para os lados da cidade de Bissau. Debruçado na janela do terceiro piso do hotel virada para a avenida e, munido da minha Sony, esperei por esses momentos. Defronte do hotel ficavam dois edifícios de três ou quatro pisos, que na época eram ocupados pela cooperação dos países de Leste e, um pouco mais à esquerda, uma estrada cruzava a avenida. Registei os primeiros raios do Sol, até que o seu brilho me castigou, e assisti assim ao nascimento daquele desejado dia que se adivinhava prometedor. Junto à vedação, do lado exterior do hotel, uma papaieira exibia os seus frutos e logo ao lado, lá estava uma paragem dos transportes de passageiros. Era o amarelo e azul dos táxis e dos toca- toca. De todas as direcções surgiam pessoas. Começava o formigueiro humano, num vai-vem agitado de quem procura sobreviver conforme as condicionantes desta terra.

Todos os meus sentidos estavam agora preparados para saborear novas emoções.

Bem cedo, começamos a fazer os preparativos para desfrutarmos do primeiro dia de viagem, que nos iria levar até Bafatá.

(Continua)

Já a bordo, a caminho de Bissau

A boa disposição a bordo, a caminho de Bissau

Fachada do Hotel Hotti-Bissau

Assistindo ao nascer do dia, na varanda do Hotel

O movimento ao início do dia em Bissau
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Nota do editor

Primeiro poste da série de 17 DE OUTUBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12162: Crónicas das minhas viagens à Guiné-Bissau (José Martins Rodrigues) (1): A asfixiante e inadiável ideia de voltar

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Guiné 63/74 - P12194: In Memoriam (164): Faleceu o Jerónimo Jesus da Silva, o "rebenta-minas", sold condutor auto da CART 2519 (Buba, Aldeia Formosa e Mampatá, 1969/71) (Mário Pinto)


1. O nosso Camarada Mário Gualter Rodrigues Pinto, ex-Fur Mil At Art da CART 2519 - "Os Morcegos de Mampatá" (Buba, Aldeia Formosa e Mampatá - 1969/71), enviou-nos a seguinte mensagem:

Camaradas


A minha homenagem a um saudoso camarada Morcego de Mampatá, que ontem, 22 de Outubro, nos deixou.

O JERÓNIMO, “O REBENTA MINAS”,  FALECEU 

Para os que nos lêem e não sabem, o rebenta-minas era a viatura que seguia, regra geral, apenas com o condutor, na frente, a “abrir” caminho para uma coluna motorizada.

Jerónimo Jesus da Silva, Sold Condutor da CART 2519,  OS MORCEGOS DE MAMPATÁ, devido à sua sempre disponibilidade para encabeçar a frente das colunas Buba-Aldeia Formosa com a sua GMC, conhecida pela HÉRCULES, foi baptizado e ficou conhecido pelo rebenta-minas.

O Jerónimo era um Minhoto de gema, natural de Guimarães,  e chegou à CART 2519 em Março de 1969, aquando do início do nosso IAO.

Era um mancebo robusto, bem disposto e sempre pronto para realizar qualquer serviço, ou outra eventualidade.

Na Guiné,  e ainda PIRIQUITO, o Jerónimo revelou-se um militar destemido e voluntarioso e foi na construção da estrada nova Buba-Aldeia Formosa, ao encabeçar as colunas que seguiam diariamente de Mampatá para o local de trabalhos, que ele se tornou célebre e respeitado por todos. 

Indiferente ao temível perigo oferecido pelas traiçoeiras minas, que todos dias sabíamos estarem *a nossa espera, colocadas pelo PAIGC todas as noites na estrada, o Jerónimo não deixava, mesmo assim, de ir com a sua viatura a assegurar o caminho a cada coluna motorizada, expondo-se ao eventual rebentamento de alguma delas, ou às balas do IN, que quase todos os dias fazia uma sortida com flagelação e, ou, emboscada. 

Mais tarde, abandonada a construção da estrada nova, o Jerónimo passou a integrar as colunas de abastecimento que iam à LDG, no cais de Buba, pela estrada velha, carregar os abastecimentos para o nosso Sector, nunca deixando de ser o "REBENTA MINAS".

Questionado, dizia sempre com alguma humildade:
- Alguém tem de ser o primeiro e eu,  como já estou habituado,  não me importo!

Foram várias as vezes que o meu Grupo de Combate picou a estrada à frente da sua GMC, tendo ele sempre afirmado que tinha uma confiança enorme nos camaradas que o precediam na picagem.

Tinha razão, pois foram imensas as minas que levantámos naquela estrada.

A sua Hércules era já sobejamente conhecida por todos, não só por encabeçar as inúmeras colunas, mas pelos zumbidos característicos do seu motor, quando em pleno esforço era submetida na frente das colunas, anunciando assim a sua presença aos que faziam as protecções e os trabalhos.

O Jerónimo Jesus da Silva foi louvado por escrito pelo comando devido à sua extraordinária coragem.

Mais tarde veio a sofrer de stress pós-traumático de guerra, com deficiência e incapacidade 36%, resultante dos traumas provocados pela sua continua voluntariedade em enfrentar o perigo.

À sua enlutada família aqui deixo os meus sentidos pêsames, desejando que o nosso Camarada Jerónimo descanse em paz e que um dia, esteja onde estiver, todos nos juntemos novamente.

Preparação de uma coluna

Distribuição do pessoal militar e civil pelas viaturas

Coluna em marcha picada fora

Evolução ao longo da picada

Uma das minas anticarro

 Viatura após explosão de uma mina

Avaliação dos estragos causados


Endireitamento da viatura
Fotos: © Mário Pinto (2013). Todos os direitos reservados 


Um abraço,
Mário Gualter Rodrigues Pinto
Fur Mil At Art da CART 2519
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Nota de M.R.: 

Vd. último poste desta série em: 



Guiné 63/74 - P12193: Historial das Escolas Práticas do Exército (José Marcelino Martins) (2): Escola Prática de Infantaria de Mafra




1. Historial da Escola Prática de Infantaria, localizada em Mafra, trabalho de compilação do nosso camarada José Marcelino Martins (ex-Fur Mil Trms da CCAÇ 5, Gatos Pretos, Canjadude, 1968/70), integrado na sua série Historial das Escolas Práticas do Exército.




















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Nota do editor

Primeiro poste da série de 20 DE OUTUBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12178: Historial das Escolas Práticas do Exército (José Marcelino Martins) (1): Preâmbulo

Guiné 63/74 - P12192: A guerra vista do outro lado... Explorando o Arquivo Amílcar Cabral / Casa Comum (4): O anúncio,em 4 de janeiro de 1961, do envio para a China, para a Academia Militar de Nanquim, dos futuros dez primeiros comandantes do PAIGC, João Bernardo Vieira [Nino], Francisco Mendes, Constantino Teixeira, Pedro Ramos, Manuel Saturnino, Domingos Ramos, Rui Djassi, Osvaldo Vieira, Vitorino Costa e Hilário Gomes.

1. Transcrição de uma carta,  dactilografado, assinada por Amílcar Cabral (nome de guerra, Abel Djassi), datada de Conacri, 4 de janeiro de 1961 (, dois anos antes do início oficial da guerra colonial na Guiné, ou "guerra de libertação", no vocabulário do PAIGC), e dirigida ao secretário geral adjunto do Instituto Popular de Negócios Estrangeiros, em Pequim.  Nessa carta, Amílcar Cabral dá conta do nível de "desenvolvimento da luta de libertação" no interior do país, e anuncia a partida para a China dos dez primeiros militantes do PAIGC que irão receber treino político-militar.

[À direita: foto do secretário geral do PAIGC, incluída em O Nosso Livro de Leitura da 2ª Classe, editado pelos Serviços de Instrução do PAIGC - Regiões Libertadas da Guiné (sic). Tem o seguinte copyright: © 1970 PAIGC - Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde. Sede: Bissau (sic)... A primeira edição teve uma tiragem de 25 mil exemplares, tendo sido impresso em Upsala, Suécia, em 1970, por Tofters/Wretmans Boktryckeri AB.]

Uns meses antes, em agosto de 1960. Amílcar Cabral em pessoa tinha-se deslocado a Pequim para negociar o treino dos quadros do PAIGC na Academia Militar de Nanquim.
Sabemos, por outras fontes, os nomes desses militamtes que irão tornar-se nos primeiros comandantes do PAIGC: veja-se aqui, no Arquivo Amílcar Cabral, a foto em que um grupo de quadros do PAIGC que ia receber treino militar na Academia Militar de Nanquim. é recebido pelo dirigente máximo da China, Mao Tse-Tung,  em Pequim, 1961 ... Eram eles: João Bernardo Vieira [Nino], Francisco Mendes, Constantino Teixeira, Pedro Ramos, Manuel Saturnino, Domingos Ramos [, irmão de Pedro Ramos e amigo do nosso Mário Dias], Rui Djassi, Osvaldo Vieira, Vitorino Costa ], irmão de Manuel Saturnino] e Hilário Gomes.

A carta, a entregar por mão própria, está escrita em frâncês, língua em que Amílcar Cabral  era fluente. Tradução de L.G., para efeitos meramente informativos e com destino exclusiva aos leitores do nosso blogue.   Agradecemos, mais uma vez, à entidade detentora do arquivo e dos respetivos direitos,  a amabilidade com que tem atendido os nossos pedidos de consulta de documentos e de cedência de imagens, que de resto estão  disponíveis para o grande pública. A cedência de imagens é condicionada, por razões que nos foram explicadas e que acatamos. (LG).

Fonte:

(1961), "Comunica a situação da luta de libertação na Guiné. Anuncia a partida de dez militantes do PAIGC para a República Popular da China [formação militar na Academia de Nanquim].", CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_39330 (2013-10-23)


Portal Casa Comum
Instituição: Fundação Mário Soares
Pasta: 07066.091.019.
Título: Comunica a situação da luta de libertação na Guiné. Anuncia a partida de dez militantes do PAIGC para a República Popular da China [formação militar na Academia de Nanquim].
Remetente: Amílcar Cabral (Abel Djassi), Secretário Geral do PAIGC.
Destinatário: Secretário Geral Adjunto do Instituto de Negócios Estrangeiros da República Popular da China.
Data: Quarta, 4 de Janeiro de 1961.
Observações: Doc. incluído no dossier intitulado Relações com a China, Coreia, Vietname (anos 60).
Fundo: DAC - Documentos Amílcar Cabral.
Tipo Documental: Correspondencia 


2. Transcrição do documento, traduzido de francês para português por L.G., para efeitos deste poste



Conacri, 4 de janeiro de 1961

Caixa Postal 289 –Conacri


Ao senhor secretário geral adjunto do Instituto Popular de Negócios Estrangeiros da China
Pequim


Caro camarada:

Recebi a sua carta, anunciando o regresso dos meus dois camaradas. Eles chegaram [bem] e estamos contentes. Nunca será demais sublinhar a importância da ajuda fraterna que o povo chinês está a dar ao nosso povo na luta comum pela liquidação total do imperialismo e do colonialismo.

O desenvolvimento da nossa luta de libertação está a decorrer de maneira acelarada, de acordo com o programa que vocês conhecem. Já mobilizámos uma grande parte das massas populares e o nosso povo está cada vez mais ligado ao nosso Partido cujas organizações de base estão presentes em todas as regiões e zonas do país. Estamos em vias de organizar as nossas bases de resistência, elemento fundamental da nossa luta decisiva contra os colonialistas portugueses. Enfrentamos, naturalmente, alguns problemas que gostaríamos de poder discutir convosco. Esperamos poder fazê-lo em breve.

Envio-vos alguns documentos – panfletos – distribuídos no nosso país. Apesar de serem em português, vocês podem ver como nós procedemos à agitação das massas populares, explorando ao mesmo tempo as contradições no seio do nosso inimigo.

Tenho o prazer de lhe anunciar a partida para a China de dez camaradas do nosso Partido, portadores desta carta, e cuja viagem tem a missão que você conhece. É uma nova grande contribuição para o desenvolvimento e vitória final da nossa luta. Temos pressa, mas caminharemos sempre na base da segurança, por etapas e sobre “os dois pés”.

Agradeço-lhe que apresente aos membros do Instituto os nossos melhores votos de prosperidade e de sucesso na luta contra o imperialismo e na construção do progresso e da felicidade do grande povo chinês.

Esperando notícias suas, peço-lhe, caro camarada, que aceite a expressão dos meus sentimentos muito fraternos.

Amílcar CABRAL (Abel DJASSI)

Secretário-Geral

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Guiné 63/74 - P12191: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (74): José Macedo, ex-1º cabo, CCAÇ 798 (Gadamael, 1965/67), descobre o nosso blogue quando estava a digitalizar fotos do seu álbum... E pede o contacto do ex-alf mil Manuel Vaz


Guiné > Região de Tombali > Gadamael > CCAÇ 798  (1965/67) > O José Macedo  é o primeiro da esquerda, sentado na borda de um barco sintex... O  terceiro é o Capitão Anacoreta Soares, "quando íamos a pesca,. à granada ofensiva, para o rancho e para umas caldeiradas para o pessoal".

Foto (e lgeenda)  © José Macedo (2013). Todos os direitos reservados.



1. Mensagem do nosso leitor (e camarada) Josè Macedo:


Data - 22 de outubro de 2013, 20:51
Assunto - Um abraço do tamanho do Mundo




Caro Amigo e Sr. Luís Graça

Se poder contactar o ex-alferes Martins Vaz, envie-lhe um abraço do tamanho do Mundo, da parte de:

José Macedo ( ex- 1º cabo 3430/64,   CCaç 798,   Gadamael- Guiné 1965/67).

Se tiver o endereço de e-eail dele, muito agradecia que me fosse facultado afim de entrar em contacto com o mesmo. Sucede que,  há dias atrás.  estive a digitalizar todas as minhas fotografias e não sei que me deu  na “mona ", quando estava a introduzir as mesmas no  nosso PC e procurei na Net, "CCaç 798, Guiné",,, para meu espanto,  dei com o vosso blog e com fotos de Gadamael e até uma, na qual estou incluído.

Tomo a liberdade de anexar foto: sou o 1º à esquerda. O 2º á esquerda é  o 1º Cabo 3428/64 Mário, sendo o 3º o capitão Anacoreta Soares, quando íamos a pesca (à granada ofensiva) para o rancho e para umas caldeiradas pró pessoal. 

Acerca do capitão Anacoreta Soares vivi,  com o mesmo, um episódio de Vida, de Homens e de Guerra… Só que por vezes a memoria é curta…

Desculpe-me o incómodo, pelo que apresento as minhas melhores saudações e cumprimentos

Na expectativa de suas prezadas noticias e agradecido

Atentamente

JMacedo

2. Resposta do editor L.G., 
com conhecimento ao Manuel Vaz


Camarada Macedo:

Deixemo-nos de rodeios, os velhos camaradas da Guiné tratam-se por tu. São as regras do nosso blogue para o qual gostaria que entrasses, apadrinhadio pelo nosso Manuel Vaz que está a fazer um trabalho fantástico de recuperação das memórias de Gadamael... 

Aqui tens o mail dele. (...)  Manda-me uma foto tua,  atual, e mais algumas do tempo de Gadamael.

Chamou-me também a atenção um parágrafo da tua mensagem: "Acerca do capitão Anacoreta Soares vivi, com o mesmo, um episódio de Vida, de Homens e de Guerra… Só que por vezes a memoria é curta"…

Pois eu, e os demais camaradas da Tabanca Grande, convidam-te a partilhar essa episódio... Para que a nossa memória de Gadamael e da guerra da Guiné seja cada vez menos curta...

Vejo, pela foto que nos mandaste, que deveria ser prática corrente, em Gadamael e em muitos outros sítios onde havia rios e braços de mar, o recurso à pesca com granadas de sopro... Porque era preciso matar a fominha e diversificar a dieta...Fala também sobre isso, camarada!

Um grande abraço. E se me permiites vou publicar a tua mensagem. Luis Graça

PS - Camarada Macedo, sabemos que o teu capitão miliciano Anacoreta Soares, de seu nome completo Luís Filipe Anacoreta Soares vivia em Matosinhos em 1967/68... Para além da CCAÇ 798 (Gadamel Porto, 1965/67) , comandou também a CCAÇ 1498 (Có, Binar, Bissau, 1966/67). Não sabemos se é vivo. E se continua a viver em Matosinhos. Se sim, um Alfa Bravo para ele.____________

Nota do editor:

Último poste da série > 7 de agosto de 2013 > Guiné 63/74 - P11913: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (73): Como o Micaelense Carlos Cordeiro, encontra Henrique Matos, um jorgense em férias na sua Ilha. (Carlos Vinhal / Carlos Cordeiro)

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Guiné 63/74 - P12190: Agenda cultural (289): Programa do Curso livre de história local: "O Concelho de Fafe e a Guerra Colonial (1961-1974)", a realizar-se às quintas feiras, das 18h30 às 20h30, de 24 de outubro a 21 de novembro de 2013 (Jaime Silva)













Programa do Curso Livre de História Local: O Concelho de Fafe e a guerra colonial (1961-1974), organizado pelo Núcleo de Artes e Letras de Fafe, com o apoio de diversas entidades, entre elas a Câmara Municipal de Fafe e o Museu da Guerra Colonial, com sede em  V. N. Famalicão.

O folheto foi enviado em 18 do corrente, com pedido de divulgação, pelo nosso amigo, conterrâneo e camarada Jaime Bonifácio Marques da Silva, ou Jaime Silva, lourinhanse, a viver em Fafe, ex- alf mil paraquedista (BCP 21, Angola, 1970/72), professor do ensino secundário reformado, e antigo vereador da CM Fafe, com o pelouro da Cultura e Desporto.

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Nota do editor:

Último poste da série > 21 de outubro de 2013 > Guiné 63/74 - P12183: Agenda Cultural (288): Sessão de lançamento do livro de viagens "Toda a China", 1º volume, de António Graça de Abreu... Museu do Oriente, Lisboa, Sala Beijing, 3ª feira, 22 do corrente, 18h30. Apresentação do embaixador João de Deus Pinheiro. Entrada livre