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quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Guiné 61/74 - P23672: Mi querido blog, por qué no te callas?! (6): A todos os meus confrades, aqui deixo o registo de um punhado de reflexões sobre o futuro do nosso blogue (Mário Beja Santos)


Guiné-Bissau > Região do Cacheu > Ingoré > 1998 > Esta foto, com a Zélia Neno, ex-companheira do Xico Allen, chegou-nos por mão do Albano Costa, com a seguinte legenda: “Esta foto vale pela imagem, e os brancos em África converteram-se? Não é que ficaram a ver a Zélia [Neno] a puxar o burro, mulher de armas!"... A propósito, não temos tido notícia desta nossa amiga, "veteraníssima", uma das primeiras a integrar a Tabanca Grande...

Qual entretanto a relação desta foto com o tema desta série "Mi querido blog, por qué no te callas? "... Metaforicamente falando, o nosso blogue pode ser comparado a um burro velho mas teimoso, que se recusa a envelhecer e, no fim, a ir para o matadouro... 

Dizem que os burros podem viver entre 30 e 40 anos, em média, podendo excecionalmente chegar ao meio século...  Na Guiné do nosso tempo, eram já uma raridade, mas houve quem ainda os visse a carregar pesados sacos de mancarra e até se faziam  com eles umas "burricadas"... 

Enfim,  a experança média de vida do burro depende muito dos trabalhos impostos pelo dono e pelos cuidados que lhe são prestados... No caso do nosso blogue, a sua expetativa de vida já não pode ser tão grande: não é que o "burro" seja muito velho (tem 18 anos), os "donos" é que estão a ficar velhotes... (Atenção: 18 anos na Web é quase uma eternidade!)

Mas ao nosso blogue também se aplica o provérbio da Guiné, em crioulo: "Buru tudu karga ki karga si ka sutadu i ka ta janti" (O burro, com pouca ou muita carga, se não é açoitado,  não anda)... 

Caros leitores, toca a... "tocar o burro"!... O mesmo é dizer: deem-nos dicas, façam-nos críticas, sugestões e comentários, depois de lerem este poste... que começa pro ser  um "aviso à navegação". 

Faltam-nos padrinhos e afilhados, o mesmo é dizer, "sangue novo"... A "velhice" tem que fazer a sua parte, "apadrinhar" os "periquitos"... Onde estão os "últimos soldados do império"? Qurem apanhou o 25 de Abril? Quem regressou nos últimos  aviões dos TAM e nos últimos navios T/T?

Este ano só entraram, até à data, 9 novos membros da Tabanca Grande, um por mês, e destes nove, três foram-no a título póstumo... O ano passado, que foi de pandemia (como o de 2020), tivems 31 novos membros, dos quais 13 a título póstumo...  

Amigos e camaradas da Guiné: não deixemos que sejam os nossos queridos mortos a alimentar os que ainda estão vivos...

Foto (e legenda): © Albano Costa / Zélia Neno (2006). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]

 

1. Texto do nosso colaborador permanente, Mário Beja Santos, com data de 3/8/2022, e que só agora é publicado, por razões de oportunidade (*):

A todos os meus confrades, aqui deixo o registo de um punhado de reflexões sobre o futuro do nosso blogue

Meu caro Luís,
 
É de elementar justiça, a todos os títulos, dirigir-me primeiramente a ti, foi graças ao nosso reencontro, em 2006, que me abriguei no blogue que tu fundaste em boa hora e que se tornou no eixo principal das memórias da guerra da Guiné, é possuidor de um acervo incomparável, merecedor da atenção dos estudiosos das novas gerações, tal o valor da informação ali acumulada, isto para já não referir aquele imbatível acervo fotográfico que fará inveja a qualquer arquivo, em qualquer ponto do globo. 

Daí de saudar calorosamente pela porta que abriste ao companheirismo, à permanente assembleia dos camaradas da Guiné e outros visitantes, só num país ingrato como o nosso é que tu não és alvo de uma distinta consideração pelo que criaste de raíz e pelo inultrapassável serviço público que o blogue presta ao país.

Acompanho diariamente o blogue, não posso escrever sem olhar para o fruto do tempo, e constato que a nossa idade introduz limitações que devemos aprender a ultrapassar. Admito que possamos crescer um pouco mais, aceito perfeitamente que ainda há muito para dizer, mas estou seguro de que há condicionalismos irrefragáveis:  a 
concorrência de redes sociais, o facto da nossa memória se ir esgotando sobre o que vivemos e partilhamos com outros,  há qualquer coisa como meio século ou mais, o que atualmente se publica espelha essa rarefação e considero que chegou a hora de conjugarmos esforços para que se faça uma reflexão séria sobre o futuro do blogue.
  • primeiro, temos um potencial invejável, podemos com ele conviver com outros parceiros, logo todos aqueles blogues de antigos combatentes que queiram entrar connosco em parceria, mais não seja no intercâmbio de informações, notícia de obras publicadas, realização de eventos, etc.; 
  • há as instâncias universitárias onde se estuda a guerra colonial, em vários pontos do país, bem podíamos procurar estabelecer protocolos; 
  • há as bibliotecas, se é facto que a Biblioteca Nacional teoricamente recebe todas as publicações, nós não temos acesso fácil a edições de autor
  • há outras bibliotecas que estão prontas a cooperar (eu próprio beneficio da delicadeza do bibliotecário da Biblioteca da Liga dos Combatentes), 
  • há nas Forças Armadas instituições e publicações com quem nós podíamos intensificar o intercâmbio.
O blogue ganharia dimensão de um espaço mais amplo, sem detrimento da manutenção dos nossos conteúdos específicos.

Mais cabeças poderiam seguramente contribuir (e de certeza com aportes mais válidos) sobre o futuro do nosso blogue. É esta dimensão de património histórico-cultural que eu venho pôr à vossa consideração, sugerindo ao fundador do blogue que organize oportunamente um encontro de gente disponível que traga na sua agenda sugestões de engrandecer o futuro do blogue, não devemos desdenhar as nossas idades e legar às novas gerações este dever de memória que diariamente acarinhamos aqui. 

É o que sumariamente me ocorreu de dizer-vos, tenho 77 anos, gozo felizmente de alguma saúde e não sinto qualquer abalo no meu entusiasmo em manter de pedra e cal a colaborar regularmente com o blogue

Que o debate nos ajude a preparar um risonho amanhã, para que todos os nossos testemunhos não fiquem gelificados num qualquer arquivo. 

Recebam a muita cordialidade do Mário


2. Já em tempos, em  21/11/2017, o Mário tinha partilhado connsoco algumas das preocupações e reflexões sobre o futuro do blogue. Como não temos a certeza de ter sido publicado, aqui fica o texto, em complemento do que acima reproduzimos:

Caríssimo Luís,
Saúde e fraternidade,
De há uns meses a esta parte que te ando para escrever. Cumpre-se a ordem natural da vida, nós e os nossos companheiros de blogue vamos envelhecendo, as inscrições de novos bloguistas chega naturalmente a conta-gotas, enfim, não podemos reinventarmo-nos, estamos insistentemente numa atmosfera de manutenção, a criatividade terá os seus dias contados.

Devemos saber prever os próximos anos, é uma pertinência e é um ato de responsabilidade: como manter vigoroso, interativo e muito útil o nosso blogue? Só a ti cabe tomar uma decisão de revigoramento.

Eu venho dar uma sugestão e nada mais. Faria uma curta reflexão sobre o futuro do nosso blogue a partir dos dados da atualidade, convidaria aí uns 20 camaradas para uma jornada de reflexão, num qualquer ponto do país, umas boas horas a partir pedra e a juntar ideias salutares para um futuro promissor.

Adianto algumas ideias da minha lavra:

  • alargar as parcerias com os três ramos das forças armadas, pedindo-lhes intercâmbio do que tem a ver com o passado e presente da Guiné – artigos, memórias, cooperação, etc;
  • estabelecer um protocolo com os demais blogues relacionados com a guerra da Guiné, sempre na perspetiva do intercâmbio, do noticiário, de uma bolsa de artigos de opinião
  • pedir entrevistas aos Pupilos do Exército, ao Colégio Militar, Academia Militar, propondo-lhes visitas de camaradas nossos para falar da Guiné e daquela guerra.

    Não me quero estender mais, exigi a mim próprio notificar-te que temos uma vida curta pela frente e gerámos um património que é inalienável e fulcral para qualquer investigaçã séria que se venha a fazer no futuro sobre a guerra da Guiné, seja a que título for. Depois dizes-me o que pensas.

    Um abraço sempre fraterno do Mário.
    __________

    Nota do editor:

    Último poste da série > 3 de março de  2021 > Guiné 61/74 - P21964: Mi querido blog, por qué no te callas?! (5): O que irá acontecer aos nossos blogues e demais sítios na Net quando, pela ordem natural das coisas, formos transferidos para o Batalhão Celestial? Considerações sobre o futuro (Rogério Freire, fundador e editor do sítio CART 1525 - Os Falcões)
  • terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

    Guiné 61/74 - P22955: O nosso blogue em números (79): Em 2021 publicámos em média 95 postes por mês... e não falhámos um único dia do ano... Palmas, por favor, para a nossa pequena equipa editorial que já pratica o teletrabalho muito antes da pandemia...



    Gráfico nº 11 - Nº de postes publicados por mês no ano de 2021(n=1142)

    Infografia: Carlos Vinhal (2022)





    Quadro nº 1 - Mapa-resumdo do nº de postes publicados por mês e por editor, no ano de 2021 (n»1142)

    Infografia: Carlos Vinhal (2022)


    Gráfico nº 12 - Nº de postes publicados por mês  e por editor no ano de 2021(n=1142)

    Infografia: Carlos Vinhal (2022)


    1. É bom que os nossos leitores saibam que este blogue é mantido por uma pequena equipa que funciona à distância, e há muitos anos: neste momento, temos 4 editores, mas na prática, o essencial do trabalho assenta em duas pessoas, o Carlos Vinhal (que vive em Leça da Palmeira, Matosinhos, distrito do Porto), e o Luís Graça (que vive, desde o início da pandemia de Covid-19, em março de 2020, essencialmente na Lourinhã, distrito de Lisboa).  

    Temos ainda o Eduardo Magalhães Ribeiro (Maia) e o Jorge Araújo (sediado em Almada, mas vivendo neste momento em Abu Dhabi, nos Emiratos Árabes Unidos). 

    Até 2009 ainda pudémos contar com a colaboração ativa (e preciosíssima) do Virgínio Briote.  Razões imponderáveis de saúde fizeram  com que ele hoje seja um editor jubilado, mas de cujo conselho nunca prescindimos sempre que a ocasião se oferece: contimua também a estar ao alcance de um clique ou de uma chamada de telemóvel.

    O Jorge Araújo devia já estar tecnicamente habilitado a editar os seus próprios postes, e nomeadamente os das séries "Memórias cruzadas...", "(D)o outro lado combate", "Tabanca dos Emiratos"... Na prática, quem é o "editor final" dos seus trabalhos é o Luís Graça. 

    2. Em 2021 publicámos 1142 postes: o mês de fevereiro foi o que teve mais postes (n=125) e o mês de agosto o que teve menos (n=80) (Gráfico nº 11). A média mensal andou nos 95. 

    No Quadro nº 1 e no Gráfico nº 12, faz-se a distribuição por mês e por editor.  No total de postes editados pelo Luís Graça (n=577) estão contabilizados 17  que são da autoria do Jorge Araújo.

    O Jorge Araújo tem passado, desde 2019, algumas temporadas nos Emiratos Árabes Unidos, onde a sua esposa é professora numa prestigiada universidade árabe. Por outro lado, no ano lectivo de 2020/21 ele estava ainda no activo, como professor do ensino superior politécnico, E neste momento continua em Abu Dhabi, a ultimar dois livros, o que lhe deixa pouco tempo livre para alimentar o nosso blogue com os seus postes sempre originais e surpreendentes.

    Em 2020  a havia já  mais de meia centena de referências com o marcador "Jorge Araújo". Boa parte tinha a ver com os postes da sua autoria, relacionados com séries como "(D)o outro lado do combate"  ou "Memórias cruzadas" ou ainda "Ensaios"... 

    Esses postes eram  enviados diretamente por ele para o blogue, em formato de rascunho. A inserção de fotos e os "acabamentos" ficavam por conta do editor Luís Graça. E como tal eram contabalizados.  Agora está a enviá-los só por email. Continuamos à espera de poder resolver esse problema, com tempo e vagar, e dando assim o seu a seu dono. 

    O Magalhães Ribeiro tem-se limitado, nos últimos anos, a editar os postes do José Saúde, que lhos envia diretamente.

    3. Como já o dissémos em anos anteriores, uma das  particularidades do nosso blogue é que, quer faça sol, quer faça chuva, seja domingo ou feriado, há sempre alguém a trabalhar e a publicar, todos os dias, um poste ou mais postes... E isso verificou-se ao longo de mais estes doze meses pandemia de Covid-19. Não creio que tenhamos falhado algum dia...

    Alguns dos postes que editamos todos os dias podem ficar "agendados" de um dia para o outro (, é o caso, por exemplo,  dos postes da série "Parabéns a vocês", que estão ao cuidado do Carlos Vinhal)... Como se costuma dizer, é comida pronta a usar, que fica no frigorífico de um dia para o outro...

    Há uma boa articulação entre os  editores, em especial o Carlos Vinhal e o Luís Graça, que se apoiam mutuamente... Estão de resto, os dois sempre à distância de um clique... tal como o Jorge Araújo (, também reformado de fresco...) e o Eduardo Magalhães Ribeiro (que se reformou já  em 2019).
     
    4. Como fazemos todos os anos,  fica aqui, desde já, registado, em letra de forma, um voto de louvor aos nossos coeditores, os dois  do Norte, o Carlos Vinhal e o Eduardo Magalhães Ribeiro, e o outro do sul, o Jorge Araújo: na qualidade de fundador do blogue, eu, Luís Graça, não me canso de louvar a sua lealdade, dedicação, generosidade e competência. 

    São valores que não têm preço, a par do forte espírito  de corpo que nos anima há muito. Mas tenho que destacar aqui o nome do Carlos Vinhal que, na realidade, tem sido o pilar do blogue, desde há muito... 

    Disse-o o ano passado, e não era exagero: se ele cair, o blogue cai...Por isso rezo todos os dias, aos nossos bons irãs, acocorados no alto do poilão da Tabanca Grande, para nos deem vida e saúde para continuar a poder dar voz aos "amigos e camaradas da Guiné". 

    (Infelizmente, para mim, o ano de 2021 foi um "annus horribilis" com problemas de saúde que ainda não superei na totalidade, daqueles que nos tocam a todos à medida que a idade vai avançando... Mesmo assim acho que me aguentei, menos mal!... E continuo  dizer, não sem algum  humor negro, citando  o "meu pai, meu velho, meu camarada": "Mais vale andar neste mundo em muletas do que no outro em carretas"...). 

    (Continua)
    ___________

    Nota do editor:

    (*) Último poste da série > 15 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22907: O nosso blogue em números (77): em 2021, apesar da dupla fadiga pandémica e bloguística, tivemos uma média de 4,5 de comentários por poste, igual à do ano anterior...


    Vd postes anteriores da série:

    10 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22895: O nosso blogue em números (76): Quem nos visita continua a usar o Chrome (38,7%) como navegador, e o Windows (72%) como sistema operativo.

    7 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22885: O nosso blogue em números (75): Globalizados, somos vistos em muitos países, com natural destaque para Portugal (40%), EUA (25%), Brasil (5%), França (5%) e Alemanha (4%)... Pela primeira vez, aparece a Suécia no "Top 10" e a Guiné-Bissau no "Top 20"

    4 de janeiro de 2022 > 4 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22875: O nosso blogue em números (74): em 2021, tivemos 25 "baixas mortais" e 31 novos membros da Tabanca Grande (dos quais 13 a título póstumo)... Somos agora, entre vivos e mortos, 855 grã-tabanqueiros

    4 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22875: O nosso blogue em números (73): em 2021, tivemos 25 "baixas mortais" e 31 novos membros da Tabanca Grande (dos quais 13 a título póstumo)... Somos agora, entre vivos e mortos, 855 grã-tabanqueiros

    domingo, 16 de janeiro de 2022

    Guiné 61/74 - P22910: O nosso blogue em números (78): Os vinte postes com maior nº de visualizações ao longo dos 12 meses do ano de 2021...






    1. Por curiosidade, fomos ver quais os postes "mais visualizados" nos últimos doze meses, ou seja, ao longo do ano de 2021 (*)... Mas a expressão  "mais visualizados" não quere dizer os "mais comentados"... Muito menos quer dizer que foram sequer "lidos"... O poste pode ter sido, num dado dia, clicado "n" vezes, sem nunca ter sido lido...

    Estes resultados têm, pois,  que ser vistos com muitas reservas e cautelas... Não significam necessariamente "maior popularidade" ... Por exemplo, não temos meios para distinguir o interesse dos leitores e as pesquisas feitas por robôs... 

    Por outro lado,  há "picos" nas visualizações (, um determinado dia, de um dado mês)... E há postes mais antigos, cujo nº excecional de visualizações fica por explicar: por exemplo, o poste P2352 é de 2007 e aparece, em 2021, com mais de 1,7 mil visualizações... (Está na lista dos 10 postes mais visualizados de sempre, em 6º lugar, tendo apenas 8 comentários, muito valiosos, mas de diferentes anos: 2007, 2008, 2012...)

    Aqui vão, em todo o caso, os "dez mais" do ano de 2021 (, o 1º, em destaque, vem em cima, e é da série "Da Suécia com saudade" e teve mais de 12 mil visualizações e 32 comentários)... 

    O título da série e os marcadores, descritores ou "tags", ou o próprio título do poste, também podem influenciar a pesquisa... Neste caso, o poste P21145 dirige-se a um público-alvo, o "macho ibério", muito mais vasto do que os antigos combatentes da Guiné...(**)





    20 de maio de 2015 > Guiné 63/74 - P14640: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (31): Em busca das minhas raízes nalus / In search of my Nalu family origins (Nigel Davies, historiador britânico, originário da Serra Leoa / British historian, specialising in the study of Sierra Leone Creole people)

    5,22 mil visualizações | 5 comentários





    10 de maio de 2021 > Guiné 61/74 - P22191: Casos: a verdade sobre ...(22): A deflagração de um engenho explosivo no Café Ronda, em Bissau, em 26 de fevereiro de 1974 (Carlos Filipe Gonçalves, Mindelo, São Vicente, Cabo Verde)

    4,88 mil visualizações | 38 comentários





    6 de novembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21522: FAP (124): A batalha das Colinas de Boé, ou a tentativa (frustrada) dos cubanos de fazerem de Madina do Boé o seu pequeno Dien Bien Phu (Abril-julho de 1968) - III (e última) Parte (José Nico, ex-ten pilav, BA 12, Bissalanca, 1968/70)


    3,94 mil visualizações | 25 comentários





    9 de junho de 2021 > Guiné 61/74 - P22267: (Ex)citações (386): Valeu a pena andarmos todos à porrada, nós, e os ingleses, e os bóeres, e os alemães, e os cuanhamas, e os hereros, naquele Cu de Judas que era o sul de Angola e o Sudoeste Africano? (António Rosinha / Valdemar Queiroz)

    3,74 mil visualizações | 11 comentários


    10 de novembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21531: Casos: a verdade sobre... (14): as razões da retirada de Madina do Boé em 6 de fevereiro de 1969... Já oito meses antes, em 8 de junho de 1968, havia saído uma Directiva do Comando-Chefe da Guiné para a transferência da unidade ali estacionada, a CCAÇ 1790, comandada pelo cap inf José Aparício

    3,61 mil visualizações | 11 Comentários
     
    2,6 mil visualizações | 23 comeentários |




    5 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2352: Ilha do Como: os bravos de um Pelotão de Morteiros, o 912, que nunca existiu... (Santos Oliveira)

    1,7 mil visualizações | 8 comentários


    759 visualizações | 18 comentários


    2. Na 11ª posição  (550 visualizações) até
     20ª (305 visualiações), ainda temos mais a seguinte lista:




    3. Também por curiosidade liste-se, por ordem descrecescente e em números absolutos, as visualizações do nosso blogue em 2021 (cerca de 900 mil), por país (com a Suécia, surpreendentemente,  em 3º lugar e a Guiné-Bissau em 9º lugar, antecedida pelo Brasil):


    Portugal > 264 mil
    Estados Unidos > 237 mil
    Suécia > 115 mil
    França > 58,6 mil
    Itália > 18 mil
    Indonésia > 16,8 mil
    Alemanha > 15,3 mil
    Brasil > 9,34 mil
    Guiné-Bissau > 7 mil
    Outros > 142 mil


    Vd. também poste de 8 de janeiro de2022 > Guiné 61/74 - P22888: (Ex)citações (397): Surpreendido com o aumento do nº de leitores do blogue, a partir da Suécia (José Belo, Key West, Florida, EUA)

    sábado, 15 de janeiro de 2022

    Guiné 61/74 - P22907: O nosso blogue em números (77): em 2021, apesar da dupla fadiga pandémica e bloguística, tivemos uma média de 4,5 de comentários por poste, igual à do ano anterior...





    Infografias: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2022)


    1. Prosseguindo a nossa "prestação de contas" (*) ... O número de comentários, em 2021, num total de 5410 (limpos de mensagens Spam) foi ligeiramemte inferior ao do ano passado (5410) (Gráfico nº 9) mas está acima da média dos últimos sete anos (2015-2021), que foi de 5043. (**)

    A dividir por 1140 postes publicados em 2021 (menos 62 que em 2020), temos uma média de 4,5 comentários por poste, no ano transato (Gráfico nº 10). Nos últimos sete anos,  a média anual  é de  4 comentários por poste!

    O nosso recorde continua a ser  os 6 comentários, em média, por poste, nos anos de 2011 e 2012 em que publicámos um total de 1756 e 1604 postes, com 11 mil e 10,5 mil comentários, respetivamente... Mas nessa época o controlo do SPAM não era tão rigoroso. Hoje há um despiste rigoroso do SPAM por parte do nosso servidor, o Blogger.

    2. Convém, entretanto, lembrar, mais uma vez, que estas "médias", como todas as médias estatístias, são "enganadoras": há postes sem um único comentário, a maior parte tem um, dois ou  três... Às vezes podem ter meia dúzia, ou até 10.... Outros podem ter, excecionalmente, algumas dezenas: 20, 30, ou até mais... Tudo depende do tema, do conteúdo, do interesse, do autor, da ilustração fotográfica, etc.
     
    Há, naturalmente, postes mais "polémicos" ou mais "interessantes" ou até mais "apaixonantes" do que outros. Tudo depende do assunto e da sua abordagem. Os postes com pontos de vista menos "consensuais" podem originar mais comentários. Em todo o caso, ler e comentar dá trabalho... E nota-se, ao fim destes anos todos (vamos fazer 18 anos em 23/4/2022!) uma "fadiga bloguística", agravada nestes últimos dois pela "fadiga pandémica"... O que é natural e, mais do que isso, humano...  LG

    Mas merece as nossas palmas (, dos editores e dos autores) os nossos leitores que, além de lerem os postes, ainda mostram interesse em os comentar. 

    3. Recorde-se que qualquer leitor (,  mesmo não registado no Blogger ou sem conta no Google), pode comentar como "anónimo"... As nossas regras exigem, no entanto, que no final da mensagem deixe o seu nome e apelido (,como é conhecido dentro ou fora da Tabanca Grande).

    Como "anónimo", o leitor terá sempre que "clicar" na caixa que diz "Não sou um robô"...

    O ideal é, pois, usar a conta do Google (, basta só criar uma conta, o que é gratuito): quase toda a gente, hoje em dia, tem um endereço de @gmail...

    Os comentários dão mais vida ao nosso blogue!... E são a prova de que estamos vivos!... O comentário não precisa de ser extenso: às vezes basta uma linha ou duas. (Há um limite de cerca de 4 mil carateres, incluindo espaços,  por comentário (cerca de página e meia em formato A4; mas podem desdobrar-se os comentários.)

    Recorde-se que uma parte desses comentários pode dar (e tem dado) origem a postes, por iniciativa em geral dos editores mas também, nalguns casos, por sugestão dos autores.

    Por outro lado, alguns camaradas nossos continuam a queixar-se de perderem, às vezes, extensos comentários, certamente por terem tocado numa tecla errada... Nestes casos, é preferível escrever o texto em word, à parte e no fim, fazer "copy & paste"... É mais seguro. Excecionalmente, há um comentário que não é publicado, mas não se perde, indo parar à caixa do SPAM. E nesse caso pode ser recuperado pelos editores.

    Já a meio de janeiro de 2022,  reforçamos os votos da Tabanca Grande para que os nossos leitores continuem a aparecer a comentar os nossos postes. E quem aparecer será sempre bem vindo, desde que dê a cara... Os autores (e os editores) agradecem o interesse. 

    ___________

    sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

    Guiné 61/74 - P22904: Tabanca dos Emiratos (8): O nosso blogue em números: os seguidores nas "Arábias" (Jorge Araújo)


    Emiratos Árabes Unidos > Dubai >  Setembro de 2021 >  Os camelos-árabes do deserto. Imagens do Deserto do Além

    Fotos (e legenda): © Jorge Araújo (2022). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].





    Jorge Araújo, ex-fur mil op esp / ranger, CART 3494 / BART 3873 (Xime e Mansambo, 1972/1974); nosso coeditor, a viver neste momenyo em Abu Dhabi, Emiratos Árabes Unidos.


    ► Comentário ao P22885 (07.01.22) (*)


    O camarada Luís Graça, de acordo com a sua cultura/formação científica, recorrendo à fonte de dados de que dispõe no Blogger (contador de visualizações ao blogue), vai partilhando no fórum, pelo menos uma vez no ano, à laia de “relatório de contas”, a análise estatística e a competente representação gráfica das variáveis quantitativas contínuas e discretas colectadas em cada caso.

    Daí que, também através de números, enquanto conceito matemático que representa quantidade, medida ou ordem, continua a “fazer jus” ao princípio de que este blogue colectivo de ex-combatentes no CTIG é (e continuará a ser!) uma fonte de informação e conhecimento… de verdadeiro serviço público.

    Assim, na sequência do parecer solicitado no P22885 (07.01.2022), onde fiquei surpreendido com os números apresentados relativos a “visitas” ao blogue da Tabanca Grande realizadas a partir dos Emirados Árabes Unidos (mais de vinte e sete mil). Seguramente que estes milhares de visualizações foram realizadas por diversos “visitantes”, ainda que aceite ter contribuído com algumas centenas no decurso dos últimos dois anos (2020/2021).

    Entretanto, em diálogo com a Diáspora Lusa mais jovem, nascidos maioritariamente nas décadas de 70 e 80 do século passado, residente em Abu Dhabi (capital) e no Dubai, e que fazem parte da nossa rede social local, temos vindo a constatar que os seus pais/avós e outros familiares mais próximos foram, tal como eu, combatentes nos diferentes TO ultramarinos e que, talvez por esse facto, tenham sido tocados pela curiosidade de contacto com o nosso blogue, depois de tomarem conhecimento da sua existência.

    Neste contexto, é relevante referir que residem neste país, no presente, cerca de quatro mil portugueses (informação oral), entre trabalhadores e seus familiares (esposas e filhos). No grupo dos primeiros vamos encontrar empresários, quadros superiores, engenheiros, arquitectos, psicólogos, informáticos, docentes universitários, enfermeiros, desportistas, guias turísticos, gráficos, empregados de hotelaria e de restauração, entre outras profissões.

    Quanto ao contributo para o aumento das “audiências” vindas do exterior, achei interessante a imagem simbólica ou metafórica utilizada pelo editor, nomeadamente as “renas” da Suécia, e os “camelos” dos Emirados Árabes Unidos.

    Em relação às primeiras, o camarada José Belo deu já o seu parecer no P22888.

    No que concerne aos segundos – os “camelos” – existem duas espécies: o camelo-árabe ou dromedário (Camelus dromedarius) de uma corcova (bossa), e o camelo-bactriano (Camelus bactrianus) de duas corcovas (bossas), sendo ambas as espécies domesticadas pelo Homem.

    No caso em apreço, estamos perante o primeiro exemplo – o camelo-árabe ou dromedário –, cuja expectativa média de vida se situa entre os 40 a 50 anos, podendo alcançar em adulto/crescido os 1,85 metros até ao ombro e 2,15 metros de comprimento. A corcova (bossa) mede 75 cm e a velocidade pode ir até aos 65 km/h.

    Em função da geografia do país, existem duas categorias de camelos-árabes (dromedários) domesticados: os do “deserto” e os da “cidade”. Seguidamente, apresentaremos imagens dos dois contextos obtidas recentemente.

     Fotogaleria: 

    ► OS CAMELOS-ÁRABES DO DESERTO

    ▬ Set’2021 - seis fotos no Deserto de Além (Dubai - UAE) (Vd. fotos acima

    ► OS CAMELOS-ÁRABES DA CIDADE

    ▬ Dez’2021 - fotos junto ao «Forte Al Hosn» (Abu Dhabi - UAE) (Vd. fotos abaixo)

    Espero que este apontamento de “reportagem” de Abu Dhabi, e dos seus camelos-árabes (dromedários), tenha sido do vosso agrado.(**)

    Continuação de um óptimo ANO de 2022, com muita saúde.

    Com um forte abraço de amizade.

    Jorge Araújo.

    11Jan2022


    Emiratos Árabes Unidos > Abu Dhabi  > Dezembro de 2021 > Imagens tiradas junto ao «Forte Al Hosn»

    Fotos (e legenda): © Jorge Araújo (2022). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].
    ____________

    Notas do editor:

    (*) Vd. poste de 7 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22885: O nosso blogue em números (75): Globalizados, somos vistos em muitos países, com natural destaque para Portugal (40%), EUA (25%), Brasil (5%), França (5%) e Alemanha (4%)... Pela primeira vez, aparece a Suécia no "Top 10" e a Guiné-Bissau no "Top 20"

    segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

    Guiné 61/74 - P22895: O nosso blogue em números (76): Quem nos visita continua a usar o Chrome (38,7%) como navegador, e o Windows (72%) como sistema operativo.


    Fonte: Blogger (2022). Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2022)


    1. Os principais navegadores usados pelos nossos leitores, os que visitam o nosso blogue, desde junho de 2010, são o Chrome, o Firefox, o MSIE (Microsoft Internet Explorer) e Safari (Gráfico nº 7).

    Relativamente aos dados de 2020,  não há alteraçãoes de maior, com um ligeiro crescimento do Chrome e  um descréscimo do Firefoz (menos 2,8 pontos percentuais) e do MSIE (2,4), a favor do Safari (mais 3,4)
     (*).



    Fonte: Blogger (2022). Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2022)



    2.  O Windows, por sua vez, continua, destacado (72%), à frente dos demais sistemas operativos (Gráfico nº 8)... 

    No entanto, desceu 5 pontos percentuais relativamente ao ano de 2020, a favor do Macintosh (que tem mais 3,9 pontos) e do Android (mais 1,1).

    Comparando estes dados de 2021 com os do ano de 2014, constatava-se que (**):

    (i) por navegador, o Internet Explorer ia à frente (38%), seguido do Chrome (28%) e do Firefox (22%); os restantes somavam, juntoss,  12% do total dos visitantes;

    (iv) por sistema operativo, o Windows era então (como continua a ser) o rei e o senhor (82%), destacadíssimo da concorrência: McIntosh (6%), Linux (5%) e outros (7%).


    (**) Vd. poste de 3 de janeiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14111: O nosso blogue em números (34): no final de 2014: (i) 6,8 milhões de visualizações de páginas; (ii) 676 membros registados; (iii) 14 mil postes publicados; (iv) 55600 comentários; (v) 1638 amigos no Facebook da Tabanca Grande...

    sábado, 8 de janeiro de 2022

    Guiné 61/74 - P22888: (Ex)citações (397): Surpreendido com o aumento do nº de leitores do blogue, a partir da Suécia (José Belo, Key West, Florida, EUA)


     
    A bola de cristal para se olhar o novo ano 2022... Imagem fornecida pro J. Belo (2022)




    1. Mensagem de Joseph Belo, foto acima:  

    (i)  José Belo, jurista, o nosso luso-sueco, cidadão do mundo, membro da Tabanca Grande, reparte a sua vida entre a Lapónia (sueca), Estocolmo e Key-West (Flórida, EUA); (ii) foi nomeado por nós régulo (vitalício) da Tabanca da Lapónia, agora jubilado;  (iii) na outra vida, foi alf mil inf, CCAÇ 2391, "Os Maiorais", Ingoré, Buba, Aldeia Formosa, Mampatá e Empada, 1968/70); (iv) é cap inf ref do exército português; (v) durante anos alimentou, no nosso blogue, a série "Da Suécia com Saudade";  (v) tem 213 referências no nosso blogue.

    Data - 7 jan 2022 20:37  
    Assunto - E….o tempo passa!

    Caro Luís:

    Surpreendido com o aumento de leitores do blogue desde a Suécia. (*) 

    Nos últimos anos as minhas leituras do blogue são mais frequentes desde os Estados Unidos, Key West/Florida, onde realmente passo grande parte do ano.

    Existe actualmente na Suécia um número de estudantes portugueses, somados a alguns outros que aqui se especializam depois de terminarem aí os seus cursos. Mas as suas idades não levam a crer que se interessem por blogues de ex-combatentes de África. Se é que sabem que no passado (!) houve umas guerras em África.

    Quanto às minhas renas a “computar” desde há muito que estão proibidas de o fazer. Seguiam unicamente os “sites” ligados à pornografia da mais avançada.

    A última explicação possível (, apesar de não querer ir por aí!) poderá estar ligada às nossas idades avançadas, quase bíblicas, que, com os inerentes esquecimentos, nos poderão levar até ao blogue 40 vezes por dia sem nunca nos recordarmos de o ter já feito anteriormente!

    Um abraço

    J. Belo 

    PS - Aqui segue a tal bola de cristal para se olhar o novo ano 2022.
    O céu está azul…em imagem invertida. Esperemos que. invertida ou não, seja céu azul todo o ano.

    _________

    Notas do editor:


    (**) Último poste da série >  20 de novembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22732: (Ex)citações (396): A maldição da canoa papel está ainda na cabeça daqueles guineenses, etnocêntricos e xenófobos, que continuam a ter muita dificuldade em aceitar a unidade na diversidade (Cherno Baldé, Bissau)

    sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

    Guiné 61/74 - P22885: O nosso blogue em números (75): Globalizados, somos vistos em muitos países, com natural destaque para Portugal (40%), EUA (25%), Brasil (5%), França (5%) e Alemanha (4%)... Pela primeira vez, aparece a Suécia no "Top 10" e a Guiné-Bissau no "Top 20"



    Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2022)

    Infografia: Adapt de Blogger (2022) (com a devida vénia...)


    Gráficos nº 5 e 6 - Principais localizações dos nossos "visitantes" (leia-se: visualizações de páginas, entre junho  de 2006 e o final de 2021): no Top 10, o destaque vai para Portugal (com cerca 40% do total), seguido dos Estados Unidos da América (25%) e o Brasil com 5%... Enfim, quando comparamos estes dois gráficos com os do ano passado (*), a estrutura mantem-se no essencial.


    1. É caso para continuar a dizer: "O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande"...

    A principal origem dos que visitam o nosso blogue, quase dois terços, é Portugal (40%) e os EUA (25%) (Gráfico nº 6)

    Segue-se, à distância, o Brasil (5%), a França (5%) e a Alemanha (4,1)%) e, pela primeira vez, a Suécia (1,3%) (a que poderá ser explicado, em parte, pela localização naquele país do...nosso  Zé Belo e das suas renas). E ainda com mais de 1%, o Reino Unido e a Rússia. No "Top 10" ainda estão a Polónia e a Espanha.

    Este perfil não se tem alterado desde 2014, ano em que o Brasil perdeu o 2º segundo lugar para os EUA.  Os  EUA (que tinham  7,6% do total de visualizações em 31/12/2013), deu então um salto  para os 17,6%). E o Brasil ficou-se pelos 7,8%... 

    Mas Portugal também vindo a perder peso relativo: em 2014 tinha uma "quota" de 48,2% (**). Há uma explicação: a crescente penetração da Internet em todos os países do mundo...(Veja-se  crescnte peso relativo do "Resto do Mundo".).

    No mundo globalizado em que vivemos, somos vistos em muitos lados... Seguem-se por ordem decrescente (com menos de 1%) (,entre parêntesis indicam-se os números absolutos, em milhares) os sguintes países que aparecem no "Top 20":

    Ucrânia > 62 mil
    Região desconhecida > 58,5 mil
    Itália > 56,3 mil
    Canadá > 55,6 mil
    China > 50,6 mil
    Hong Kong > 35,4 mil
    Países Baixos > 28,4 mil
    Emirados Árabes Unidos > 27,2 mil
    Guiné-Bissau > 23,5 mil
    Outros > 1,38 milhões

    Ficamos felizes por, no nosso "Top 20",  estarem 3 países lusófonos: Portugal (1º), Brasil (3º) e Guiné-Bissau (19º). E, nos restantes, há também muitos portugueses e outros falantes da íngua portuguesa que nos seguem ou visualizam, com regularidade, o nosso blogue, nomeadamente nos EUA, França e Alemanha. Destaque, já agora,  também para os Emiratos Árabes Unidos que aparecem, pela terceira vez (desde 2019), no nosso "Top 20"...  Seguramente que um dos nossos seguidores nas "Arábias" é o nosso coeditor Jorge Araújo... (***).

    __________

    Notas do editor:

    (*) Vd. poste de 7 de janeiro de  2021 > Guiné 61/74 - P21744: O nosso blogue em números (69): No mundo globalizado, fomos vistos em muitos países, com natural destaque para Portugal (41%), EUA (25%) e Brasil (6%)...Cabo Verde e a Guiné-Bissau, infelizmente, ainda não aparecem no Top 20... São dois pequenos países, de resto com taxas de penetração da Internet desiguais: 63,3% e 12,7%, respetivamente

    (**) Vd. poste de 3 de janeuiro de 2015 > Guiné 63/74 - P14111: O nosso blogue em números (34): no final de 2014: (i) 6,8 milhões de visualizações de páginas; (ii) 676 membros registados; (iii) 14 mil postes publicados; (iv) 55600 comentários; (v) 1638 amigos no Facebook da Tabanca Grande...

    (***) Último poste da série > 4 de janeiro de 2022 > 4 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22875: O nosso blogue em números (74): em 2021, tivemos 25 "baixas mortais" e 31 novos membros da Tabanca Grande (dos quais 13 a título póstumo)... Somos agora, entre vivos e mortos, 855 grã-tabanqueiros

    terça-feira, 4 de janeiro de 2022

    Guiné 61/74 - P22874: "Alfero Cabral ca mori": Lista, por ordem numérica e cronológica, das 94 "estórias cabralianas" publicadas (2006-2017) - Parte I: de 1 a 19



    Guiné 61/74 > Região de Bafatá > Sector L1 (Bambadinca) > Pel Caç Nat 63 (Fá Mandinga e Missirá, 1969/71) > Um intelectual das Avenidas Novas de Lisboa no meio dos Mamadu > Jorge Cabral, ex-alferes miliciano de artilharia, comandante desta unidade ao tempo do BCAÇ 2852 e do BART 2917.


    Guiné > Região de Bafatá  > Sector L1 > Bambadinca > Fá Mandinga > 1969 ou 1970 > "O 1º Cabo Monteiro, já falecido. Às costas, um pequenino Alfero Cabral " (JC)... 

    A par da tragédia, a guerra da Guiné foi também um peça do Teatro do Absurdo... Jorge Cabral teve o grande talento e o especial mérito de nos mostrar, com um toque de genial humor, esse outro lado da guerra, que era o nosso quotidiano de gente com um grão de saudável loucura que nos ajudou a sobreviver ao "non-sense", o não-sentido de tudo aquilo que ali fomos obrigados a representar ou viver...

    Fotos (e legendas): © Jorge Cabral (2006). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].



    1. Os restos mortais do Jorge Cabral (Lisboa, 1944 - Cascais, 2021) ficam doravante no cemitério do Lumiar. Mas o "alfero Cabral ca mori", o "Alfero Cabral" não morreu... Ficará connosco, na Tabanca Grande,  e as suas "estórias cabralianas"  estarão aqui, ao alcance de um clique, sempre que as quisermos (re)ler...

    Temos 94 "estórias cabralianas" publicadas, numeradas de 1 a 94. A primeira foi publicada em 6/1/2006 e última em 16/1/2017. Só parte destas "estórias" foram publicadas em livro, em vida do autor (*).  Por outro lado, lançado em plena pandemia o livro não chegou a muitos dos seus leitores e admiradores.
     
    Perdõem-me a imodéstia, mas fui eu quem descobriu, acarinhou, alimentou ... esse filão de humor do mais fino quilate que são as "Estórias Cabralianas"... O título, se não erro, também foi sugestão minha, que o "alfero" logo agarrou.

    Mês a mês, desde os princípios de 2006, com maior ou menor regularidade, como quem paga uma dívida a um amigo, o Jorge lá me foi mandando o seu material ... Sempre lacónica nos seus emails, dizia-me: Sai estória, aqui vai estória, para desanuviar, para desopilar... 

    Uma estória aqui, outra estória acolá (sem h, como fazia questão de sublinhar, que era para ninguém as confundir com a "realidade" e levar a sério o estoriador)... E, nesse ritmo de produção artesanal a que ele nos habituou, lá a chegou  às 64 ao fim de cinco  anos...(A nº 64 foi publicada em 9/11/2010)... A uma média, portanto, de doze por ano, 1 por mês...

    2006 - 16 | 2007 - 15 | 2008 - 12 | 2009 - 14 | 2010 -    7  || Subtotal= 64.

    Depois,  a produção tornou-se mais espaçada, a partir de 2011 (, cicno por ano, em média):

    2011 -  5 |   2012 -  6 |  2013 -  8 | 2014 - 2 | 2015 - 5 | 2016 - 2 | 2017 - 2 || Subtotal = 30.
     

    Eram short stories (ou micro-contos) que lhe vinham à cabeça e que ele passava a papel e depois a computador, entre duas aulas na Universidade ou duas audiências em tribunal. Um género literário que ele cultivava como ninguém... 

    Enfim, eram sempre um belíssimo pretexto para falar da sua querida Guiné e das suas gentes com quem ele, de resto, continuava a privar de perto, na Universidade Lusófona: agora filhos de ministros, de combatentes da liberdade da Pátria, ou descendentes das mais puras estirpes das aristocracias fulas, mandingas ou manjacas...

    E da Guiné ele só falava com (com)paixão e ternura, através dessa criação única, e que já entrou na galeria dos imortais da blogosfera, que é o nosso "Alfero Cabral", o seu "alter-ego", romântico, apaixonado, arrebatado, esotérico, excessivo, quixotesco, rocambolesco, pícaro, delicado, temerário, extravagante, poético, sensível, absurdo... Só não é brigão nem fanfarrão, mas tem uma vaga costela do pipi das Avenidas Novas e do Vavá, misturada com a máscara do furtivo irã do pensamento mágico que poisava nos poilões das tabancas balantas (Bissaque, Mero, Santa Helena, Nhabijões...).

    Desconcertante, sempre, o nosso "Alfero"!... Recordo-me de, há uns anos atrás, ele ter-me perguntado, com o ar mais sério deste mundo,  se não queria comprar, a meias com ele, a Tabanca de Finete:
    - Estás a ver, a bolanha, o Rio Geba, a rede preguiceira, uma bajuda para te enxotar as moscas!... O que é que um homem quer mais quando chega a SEXA ?!

    Noutra ocasião, confidenciou-me que tinha de voltar a Fá... Porquê ?
    - Deixei lá uns escritos importantes, escondidos num buraco tapado por um tijolo, no alto do depósito de água, que ainda lá continua de pedra e cal!...

    Nunca o ouviu queixar-se da triste sina, à boa maneira dos tugas, nem esconjurar Deus, Alá ou os irãs, sempre sabendo pelo contrário tirar o melhor prazer e sábios ensinamentos de cada momento: 

    "(...) Aqui estou novamente a falar dos meus tempos da Guiné. Tempos que não foram nem os melhores, nem os piores da minha existência. Foram sim, diferentes. Como se naquele período, eu tivesse vivido numa galáxia distante, onde fui outro Jorge, se calhar mais real, se calhar mais autêntico… Claro que essa experiência me marcou e muitas vezes aquele Alfero regre ssa e faz das suas… como aliás o prova a história de hoje. (...)

    Por outro lado, sempre discreto mas atento, paisano de corpo e alma, filho degenerado, desconjuntado na farda de "Alfero do Mato" que lhe enfiaram pela cabeça abaixo:

    (...) "Caros Amigos, hesitei muito em mandar mais uma estória. Ainda por cima sobre esquentamentos... Mas que raio de ex-combatente sou eu, que não falo da guerra? Pergunto-me, às vezes, se lá estive? Parece que sim. Um ano em Fá, outro em Missirá (acreditem, o mesmo do Beja Santos...), doze dias em Bambadinca, e dezoito na Ponte do Rio Undunduma. Conheci muito pouco e sempre de passagem. Enxalé, Xime, Mansambo e Xitole, de partida para operações. De Bafatá, o Teófilo e as Libanesas, mais umas damas simpáticas que trabalhavam na horizontal... à entrada da cidade. Não transitei por Bolama. Nem tive IAO. De rendição individual passei em quinze dias dos cafés da Av de Roma para a Ponte do Rio Undunduma...

    "Confesso que nunca percebi muito da guerra... Fui apenas um simples Alferes de Mato, que comandou Destacamentos e alinhou em todas as operações para as quais o Pel Caç Nat 63 foi escalado. Mas se não percebi então, hoje ainda percebo menos... Estou porém agora a tentar aprender no Blogue!" (...)

    Logo a seguir ao seu 77º aniversário (, em 6/11/2021), falando ao telemóvel e sentindo-se um pouco mais animado (depois do "grande ronco" que foi a ida à porta da sua casa, no Monte Estoril, de um numerosa representação das suas antigas alunas, as suas queridas "almas"), ele ainda me prometeu uma derradeira "estória", a propósito de um contacto de alguém da Guiné-Bissau... Já não teve, infelizmente forças para a escrever e ma mandar...
     
    Está na altura de as ler, quem as não conhece. Ou de as reler, quem as já leu no devido tempo mas mas precisa de refrescar a memória... Curiosamente, só a partir de 2008 é que os nossos leitores começaram a deixar comentários nos postes desta série...  Por exemplo, a "estória nº 29" (poste P2334, de 16/12/2007) (**), uma das mais conhecidas e populares (, tendo batido o recorde,  com um total até agora de 1738 vizualizações), não tem um único comentário...

    Vamos reparar essa injustiça. É a melhor forma de homenagearmos o seu autor e nosso já saudoso camarada Jorge Cabral.


    2. 
    Lista das estórias cabralianas, por ordem numérica e cronológica - Parte I: De 1 a 19:


    20 de Abril de 2007 > Guiné 63/7 4- P1682: Estórias cabralianas (1): A mulher do Major e o castigo do Alferes (Jorge Cabral)

    (...) Quando de Missirá me deslocava a Bambadinca, seguia sempre a mesma rotina. Primeiro visitava o Bar do Soldado, até porque aí tinha que liquidar as despesas alcoólicas efectuadas pelo meu Soldado Ocamari Nanque, que se encontrava preso. (...)

    23 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1688: Estórias cabralianas (2): O rally turra (Jorge Cabral)

    (...) Numa tarde de tédio convenci o motorista da viatura existente em Missirá, um humilde Unimog, a dar um passeio. Pretendia visitar o Enxalé, seguindo pela estrada de Mato Cão, pela qual não passava qualquer veículo há muito tempo. (...)


    23 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1689: Estórias cabralianas (3): O básico apaixonado (Jorge Cabral)

    (...) O Pel Caç Nat 63 esteve quase sempre em Destacamentos. Comigo em Fá e Missirá. Antes no Saltinho, e depois no Mato Cão. Para os Destacamentos eram mandados os especialistas que a CCS [do Batalhão sediado em Bambadinca] não queria. Assim, tive maqueiros que não podiam ver sangue, motoristas epilépticos e até um apontador de morteiros cego de um olho. Tudo boa rapaziada, aliás! (...)

    18 de Janeiro de 2006 > Guiné 63/74 - P437: Estórias cabralianas (4): o Jagudi de Barcelos.

    (...) Dos quatro Comandantes de Bambadinca que conheci, apenas o Polidoro Monteiro me mereceu consideração. Dos outros nem vou dizer o nome, e de dois a imagem que guardo é patética . Assim, no rescaldo do ataque ao Batalhão, lembro o primeiro, à noite, de G-3 em bandoleira, pedir-nos:- Se houver ataque, acordem-me (...).

    23 de Janeiro de 2006 > Guiné 63/74 - P454: Estórias cabralianas (5): Numa mão a espingarda, na outra...

    (...) Penso que, já em 1971, apareceu no Batalhão [de Bambadinca], um Alferes de secretariado, corrido de Bissau, por via de uns dinheiros. Chegou acompanhado de uma dama, sobre a qual corriam os mais variados boatos. Dizia-se, calculem, que ela tinha sido uma prenda de aniversário ao Alferes, enviada pelo pai, milionário do Porto. (...)

    13 de Março de 2006 > Guiné 63/74 - P605: Estórias cabralianas (6): SEXA o CACO em Missirá

    (...) Poucos dias faltavam para o Natal, e a tarde estava quente. Todo nu no meu abrigo, fazia a sesta, quando sou despertado por enorme algazarra misturada com os ruídos do helicóptero.-Alfero, Alfero, é Spínola! - gritam os meus soldados (...).

    17 de Março de 2006 > Guiné 63/74 - P620: Estórias cabralianas (7): Alfero poi catota noba

    (...) Finda a comissão, calculem (!), fui louvado. O Despacho do Exmo. Comandante do CAOP Dois referia, entre outros elogios, a minha “habilidade para lidar com a tropa africana e populações”, a qual me havia “granjeado grande prestígio”. Esquecido, porém, foi o essencial – evitei a dezenas de Bajudas o repúdio matrimonial e a consequente devolução do preço. Essa tão meritória actividade, sim, teria merecido, não um simples louvor, mas uma medalha (...).

    13 de Abril de 2006 > Guiné 63/74 - P690: Estórias cabralianas (8): Fá Mandinga no Conde Redondo ou o meu Amigo Travesti

    (...) Na década de 80, dava aulas nocturnas numa Escola na Duque de Loulé e costumava descer a Avenida para tomar o Metro. Eis que uma noite, me vejo perseguido por um Travesti que me grita:- Meu Alferes! Meu Alferes! Alferes Cabral!... Tomado de terror homofóbico parei, negando conhecer a criatura, de longas pernas e fartíssimos seios. (...)

    20 de Abril de 2006 > Guiné 63/74 - P707: Estórias cabralianas (9): Má chegada, pior partida

    (...) Com destino à Guerra, viajei no Alfredo da Silva, quase um cacilheiro, durante doze dias. Em primeira classe, sete oficiais e uma dona puta em pré-reforma habitavam um ambiente de opereta, jantando de gravata, com a estafada dama na mesa do comando. Depois havia a valsa… Cheirava a mofo, a decadência, ao fim do Império (...).

    3 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P836: Estórias cabralianas (10): O soldado Nanque, meu assessor feiticeiro

    (...) Desde que cheguei, e durante o primeiro ano, o Pel Caç Nat 63, foi pluriétnico. Mandingas, Fulas, Balantas, Manjacos, Bigajós, estavam representados. Pluriétnico e plurirreligioso, com um Manjaco, Pastor Evangélico, um Marabú Mandinga Senegalês, vários adoradores de muitos Irãs, e até alguns crentes na Senhora de Fátima, vivendo todos em Paz ecuménica, sob a batuta do Alferes agnóstico com tendências panteístas, que pensava que nada o podia surpreender (...).


    4 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P936: Estórias cabralianas (11): a atribulada iniciação sexual do Soldado Casto

    (...) À noite, após o jantar, nós os nove brancos do Destacamento, continuávamos à mesa, conversando. Falávamos de tudo, mas principalmente de sexo, mascarando a nossa inexperiência, com o relato de extraordinárias aventuras que assegurávamos ter vivido. O nosso motorista havia até desenhado num caderno as várias posições, indagando de cada um:- E esta, já experimentaram? (...)

    20 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P974: Estórias cabralianas (12): A lavadeira, o sobretudo e uma carta de amor

    (...) No dia seguinte a ter ocupado Fá Mandinga, apresentaram-se no quartel as lavadeiras, cinco ou seis bajudas, todas alegres e simpáticas. Uma, Modji Daaba, chamou-me logo a atenção pelo seu porte e beleza. Bonita de cara e perfeita de corpo, possuía um ar nobre e altivo que me cativou. Imediatamente a contratei como minha lavadeira exclusiva, tendo acordado uma remuneração superior na esperança de algumas tarefas suplementares… (Periquito, ainda não sabia, que com as bajudas mandingas era praticamente impossível ir além de algumas carícias peitorais…). (...)


    28 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1128: Estórias cabralianas (13): A Micá ou o stresse aviário (Jorge Cabral)

    (...) Terminada a especialidade de Atirador de Artilharia, permaneci como aspirante, em Vendas Novas, na respectiva Escola Prática. Aí me atribuíram variadas funções, Justiça, Acção Psicológica e Cultural, Revista Literária, etc, etc, pelo que quase nunca fiz nada. Quando me procuravam num lado, estava sempre no outro…Na Justiça, creio que apenas dei andamento a um processo, enviando uma deprecada para Angola, a perguntar se o Furriel Patacas possuía três mãos. (...).



    24 de Novembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1313: Estórias cabralianas (14): Missirá: o apanhado do alferes que deitou fogo ao quartel (Jorge Cabral)

    (...) Julgo que aconteceu em Março [de 1971]. O dia decorrera em Alegria. Chegara a Missirá uma arca frigorífica a petróleo, oferta do Movimento Nacional Feminino, e cedo começaram as libações.Seriam três ou quatro da manhã, sou abruptamente despertado. Tiros (?). Rebentamentos (?). Fogo! Saio do abrigo nu, e deparo com meio quartel a arder.Ataque nunca podia ser! O Tigre [Beja Santos] já estava na Metrópole, Missirá era agora um oásis de paz, vigorando um tácito pacto de não-agressão (...).

    14 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1344: Estórias cabralianas (15): Hortelão e talhante: a frustração do Amaral (Jorge Cabral)

    (...) Chamavam-lhe, os africanos, o furriel Barril, não sei se pela sua compleição física, se por via da fama e do proveito que ganhara como bebedor quotidiano e calmo. Estou a vê-lo ao serão, bebendo à colher, com paciência e estilo, enquanto o alferes declamava, e o maqueiro Alpiarça escrevia a uma das dezenas das madrinhas de guerra. (...)


    14 de Dezembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1369: Estórias cabralianas (16): As bagas afrodisíacas do Sambaro e o estoicismo do Sousa

    (...) Aos Domingos vestíamo-nos à paisana e dávamos longos passeios à volta da parada, imaginando praças, avenidas, ruas, adros de igreja e até estações de comboio. Depois entrávamos na Cantina e invariavelmente pedíamos 'Um fino e tremoços' (...).


    10 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1419: Estórias cabralianas (17): Tirem-me daqui, quero andar de comboio (Jorge Cabral)

    (...) Creio que foi em Fevereiro de 1971, que em Missirá, recebi a ordem de Bissau – um dos furriéis passava a ser Professor, com dispensa de toda e qualquer actividade operacional. Ponderada a situação, optei pelo Amaral , cujo porte rechonchudo e as maçãs do rosto vermelhuscas, lhe davam um ar prazenteiro e bonacheirão, nada condizente com as funções de comandante de secção combatente (...).


    26 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1463: Estórias cabralianas (18): O Dia de São Mamadu (Jorge Cabral)

    (...) Entre os dez militares metropolitanos do Destacamento de Missirá, apenas o Alferes era do Sul e de Lisboa – um rapaz de Alvalade, passeante da Praça de Londres e frequentador do Vává. Todos os outros, furriéis, cabos, e adidos especialistas, vinham do Norte ou das Beiras. (...).


    18 de Fevereiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1534: Estórias cabralianas (19): O Zé Maria, o Filho, Madina/Belel e um tal Alferes Fanfarrão (Jorge Cabral)

    (...) Bambadinca era então para o Alferes, feito nharro de Tabanca, a Cidade. Para lá ir, fazia a barba, aprumava o seu único camuflado apresentável, munia-se de alguns pesos e, acima de tudo, preparava o relim verbal sobre ficcionadas aventuras operacionais, que iriam impressionar o Comandante. Antes de entrar no Quartel, habituara-se a abancar no Gambrinus local, o tasco do Zé Maria, bebendo, petiscando e conversando. Um dia encontrou o Senhor Zé Maria, muito preocupado. O filho adolescente que estudava em Lisboa, ia chumbar. (...)

    (Continua)

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    Notas do editor:

    (*) Vd. poste de