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terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14036: Sob o poilão sagrado e fraterno da nossa Tabanca Grande: boas festas 2014/15 (2): Memórias do passado que são presente – o NATAL (Jorge Araújo)



1. O nosso camarada Jorge Araújo (ex-Fur Mil Op Esp / Ranger, CART 3494, Xime e Mansambo, 1972/1974), enviou-nos a seguinte mensagem de Natal: 

Caríssimos Camaradas,

Não podia deixar de vos enviar esta mensagem de BOAS FESTAS, desejando-vos um SANTO NATAL e um melhor ANO NOVO, com muita saúde, extensiva a todos os restantes familiares.

Para os outros membros da nossa «TABANCA», e leitores assíduos, seguem iguais votos, enquadrados por uma pequeníssima narrativa histórica relacionada com os três NATAIS da CART 3494, contabilizados durante a sua Comissão de Serviço no CTIG. 

Com os meus melhores cumprimentos,

BOAS FESTAS
AO COLECTICO TERTÚLIANO DA «TABANCA GRANDE»
- BOM NATAL E UM ANO DE 2015 COM MUITA SAÚDE-


Foto 1 [postal BF] – Bafatá - Dez/1972. Loja das Libanesas… uma das paragens obrigatórias quando nos deslocávamos a Bafatá… Aí comprávamos quase tudo… para consumo interno e externo.

I– INTRODUÇÃO

- Memórias do passado que são presente – o NATAL

Há quarenta e três anos atrás,ou seja, em 22 de Dezembro de 1971, 4.ª feira,no Cais da Rocha, em Lisboa, a tripulação do N/M NIASSA aguardava, para nova viagem ultramarina até ao Cais do Pidjiguiti, em Bissau, a chegada de mais algumas centenas de jovens milicianos nascidos maioritariamente no ano de 1950. A bordo estaria um novo contingente militar mobilizado para cumprir a sua missão no CTIGuiné, pelo menos por um período de dois anos.

Por volta do meio-dia, esse contingente metropolitano organizado em Batalhão [BART 3873 //CCS +CART3492; CART 3493 e CART 3494]e, ainda, a Companhia Independente CART 3521, formadas em Vila Nova de Gaia [Serra do Pilar] no Regimento de Artilharia Pesada n.º 2 [RAP 2], depois de cumpridos todos os procedimentos oficiais, seguiu o seu destino,traçado pelo Estado-Maior do Exército, despedindo-se pela última vez de familiares e amigos presentes ao acto, acenando-lhes e ecoando em uníssono, com a intensidade e amplitude vocal possível a cada um naquela ocasião, «Adeus… Adeus… Adeus; até ao meu regresso!».

A viagem demorou uma semana, com a chegada a verificar-se em 29 de Dezembro de 1971, a escassos dois dias de nascer um novo ano.

Porque o regresso só aconteceu em Abril de 1974, o tempo total contabilizado pelo nosso efectivo em território da Guiné foi superior a vinte e sete meses e meio,ultrapassando largamente o inicialmente previsto. Este período de tempo acabaria por ser considerado de “record de presença” durante o conflito militar [1963-1974].

Deste modo, foram três as Quadras Natalícias que a maioria de nós gravou no seu diário. A de 1971, a bordo do N/M Niassa; a de 1972, no Xime, e a de 1973, em Mansambo. 

Recordo, neste contexto, através de algumas imagens recuperadas do baú de memórias, cada um desses momentos, com excepção da viagem marítima de que não possuo qualquer prova, na medida em que não embarquei nesta data.

Por essa razão, se algum dos camaradas que fez esta viagem tiver alguma foto, independentemente da Unidade a que tenha pertencido… faça o favor de a(s) divulgar. O colectivo agradece.

1.º NATAL –>1971 = A BORDO DO N/M NIASSA


Foto 2 – Bissau - 29DEC1971. Chegada a Bissau do N/M Niassa com o contingente do BART 3873 [CCS; CART 3492; CART 3493 e CART 3494] e CART 3521 [Independente], dias depois de terem passado o 1.º Natal, fora do contexto familiar, algures no Oceano Atlântico. Foto do álbum de António Sá Fernandes, ex-Alf. Mil. CART 3521 e Pel. Caç. Nat 52[P10864-LG,com a devida vénia].

2.º NATAL –>1972 = NO AQUARTELAMENTO DO XIME


Foto 3 – Xime - Natal/1972. Mesas de militares da CART 3494, com excepção do 2.º GComb que, comandado pelo Alferes José Araújo [1946-2012] e pelos Furriéis Luciano de Jesus e Benjamim Dias, estava deslocado no Destacamento do Enxalé, margem direita do Rio Geba, em frente ao Xime. 


Foto 4 – Xime - Natal/1972. De pé, António Costa [1.ºC]; José Pacheco [20.º Pel Art]; Jorge Araújo e Mário Neves [Furriéis].

3.º NATAL –> 1973 = NO AQUARTELAMENTO DE MANSAMBO 


Foto 5 – Mansambo/1973. Da esquerda para a direita: Carola Figueira [Furriel]; António Costa, de pé [1.ºC-impd.M.Of.]; Orlando Bagorro [1.º Sarg]; Serradas Pereira [Alferes]; Luciano Costa [Cap Mil CMDT 3494]; Jorge Araújo, de pé [Furriel]; Lobo da Costa [Alferes Estagiáriodo Curso de Capitães]. 


Foto 6 – Mansambo/1973. 1.ª mesa: Orlando Bagorro [1.º Sarg] de costas; Serradas Pereira [Alf.]; Acácio Correia [Alf.] e Lobo da Costa [Alf. CC]. 2.ª mesa à esquerda: Carvalhido da Ponte; desconhecido; Jorge Araújo e Mendes Pinto [Furriéis]. 

Foto 7 – Mansambo/1973 [messe] – Da esquerda para a direita: Acácio Correia [Alf]; Jorge Araújo [Fur] e Lobo da Costa [Alf. CC] e Óscar Almeida [imp/messe, c/ óculos].


Foto 8 – Mansambo/1973 – Coluna de abastecimento -picada Bambadinca/Mansambo.

Termino, enviando a todos os camaradas tertulianos daTABANCA GRANDE, e aos leitores assíduos donosso blogue, uma MENSAGEM DE BOAS FESTAS, em particular aoLuís Graça, ao Carlos Vinhal e ao Magalhães Ribeiro, equipa de editores sempre operacionais na difícil tarefa[diária] de ordenar a prosa e as imagens enviadas pelos camaradas grã-tabanqueiros, realizadas nos seus tempos de lazer que deixam de o ser por amor a esta nossa causa colectiva, envolvendo, por isso, muitíssima dedicação, e a quem estou naturalmente grato.

QUE TENHAM UM BOM NATAL 
E UM ANO DE 2015, DIFERENTE PARA MELHOR,
COM MUITA SAÚDE E FELICIDADE.

Um abraço,
Jorge Araújo.
Fur Mil Op Esp / Ranger, CART 3494
____________
Nota de M.R.: 

Vd. Também o último poste desta série em: 


quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Guiné 63/74 - P12561: E fazíamos grandes jogatanas de futebol (3): O 'Jogo da Bola' nos intervalos da guerra: os craques da CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/74) ... (Jorge Araújo, ex-fur mil op esp)


Guiné > Zona leste > Setor L1 > Xime > CART  3494 > Uma equipa do 4.º Gr Comb (pormenor), o grupo que sofreu duas emboscadas na Ponta Coli (22 de Abril e em 1 de Dezembro de 1972). Em primeiro plano , da esquerda para a direita, estão o Teixeira (soldado), o Manuel Rocha Bento [fur mil, natural de Ponte Sor,  morto na emboscada de 22/4/1972, a única baixa em combate ao longo dos mais de vinte e sete meses de comissão da companhia],  o Jorge Araújo (furriel, autor deste poste), o Sousa Pinto (furriel) e o Monteiro (1.º cabo).

Foto (e legenda): © Jorge Araújo (2013). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: L.G.]


1. Mensagem do Jorge Araújo [ex-Furriel Mil. Op Esp / Ranger, CART 3494 (Xime-Mansambo, 1972/1974)]:

Data: 18 de Outubro de 2013 às 15:16
Assunto: O "Jogo da Bola" nos Intervalos da Guerra de Guerrilha ...


Caríssimo Camarada Luís Graça,

Os meus melhores cumprimentos.

A ideia de escrever mais um pequeno apontamento histórico relacionado com as nossas vivências na Guiné, nos já distantes anos de 1972 a 1974, nasceu por influência de nova consulta ao nosso baú fotográfico, ainda que reduzido, mas onde existiam algumas imagens dos nossos tempos de lazer, em particular os registos sobre a prática do «jogo da bola», vulgo futebol.

Como eram relativas, maioritariamente, a camaradas da minha companhia (CART 3494), foi para eles
que enviei a primeira versão sobre o tema, como seria natural e normal, e publicada no blogue CART 3494 & camaradas da guiné (Vd. Msg 190).

Agora, como membro da Tabanca Grande,  entendi que se justificava dar conta, também, deste facto, independentemente de se tratar de um tema pouco abordado neste contexto, mas que merece, tal como os outros, um espaço de debate e de contraditório.

Espero merecer a V. concordância.

Obrigado pela atenção.

Jorge Araújo [, foto de então, à esquerda]


2. Comentário de L.G.:

Jorge, obrigado por te teres lembrado de que o tema da bola em tempo de guerra também nos interessa (ou deve interessar). Ou não fosses tu um homem da educação física!... Estamos de acordo sobre a importância que tem o exercício físico não só na preparção e manutenção da capacidade operacional do combatente como na proteção e promoção da saúde do indivíduo...

Por outro lado, nada do que diz respeito aos tempos passados no TO da Guiné nos é indiferente, desde a atividade operacional  à ocupação dos tempos livres entre duas operações... Dito isto, o teu texto já deveria ter sido pubklicado, atendendo á ordem (cronológica) de chegada. Estava devidamente sibnalizado (, este mais outros dois que estão  pendentes,), mas tenho que reconhecer publicamente que houve, da minha parte, uma descoordenação na atribuição de editor, assunto de que já te escclareci, internamente.

Resta-me pedir desculpa pelo lapso que não representa qualquer juízo de desmérito. Pleo contrário: o teu texto ganha atualidade com o desaparecimento do nosso ídolo de adoslecência, o Eusébio da Silva Ferreira (1942-2014), e com o início da publicação desta nova série, "E fazíamos grandes jogatanas de futebol"...O teu texto é ouro sobre azul e não haveria outra melhor oprotunidade editorial para o divulgar do que este início de 2014. Recebe o meu abraçlo fraterno, extensivo aos "heróis da bola" que tu, tão carinhosamente, aqui evocas, e que é também também uma homenagem ao único camarada da tua companhia que morreu em combate o Manuel Rocha Bento, de Ponte Sor (Passa a ter um descritor no nosso blogue, em homenagem à sua memória).

PS - Como tu bem exemplificas com o teu caso, o "jogo da bola", nas condições duríssimas da Guiné (terreno do campo de jogos, humidade do ar, temperatura, situação de guerra, falta de equipamento...) também não era isento de riscos (físicos); cabeças, braços e pernas partidas, luxações e outras lesões músculo-esqueléticas...


3. Guiné  > O jogo da bola nos intervalos da guerra: memórias de há 40 anos do Xime, Bambadinca e Mansambo (1972-73) 

Jorge Alves Araújo
ex-Furriel Mil. Op Esp / Ranger
CART 3494
(Xime-Mansambo, 1972/1974)

[Jorge Araújo, foto de então, à direita]


Revisitando, uma vez mais, o baú de memórias relacionadas com as vivências e experiências que fazem parte do nosso currículo militar construído no CTIGuiné, entre 1972 e 1974, organizadas por contexto e estruturadas segundo uma classificação que varia entre factos bons e menos bons (ou maus!), eis que, pelo presente, vos quero dar conta de uma prática lúdica que, tradicionalmente, ocorria a meio da tarde, depois de cumpridas as principais tarefas impostas pela natureza dos diferentes deveres.

Era, então, o tempo da prática a que chamo do «jogo da bola», vulgo futebol, e que despertava sempre grande entusiasmo no seio da nossa companhia (provavelmente semelhante à esmagadora maioria de outras unidades, das menos às mais numerosas), estando sempre garantida elevada adesão, quer fosse na qualidade de agentes activos (os jogadores), quer se tratasse de agentes passivos (os assistentes), fenómeno que continua a ser recorrente nos dias de hoje.

Contudo, era necessário a existência do objecto que dá sentido ao jogo – a bola – suscitando, a partir de então, um desejo crescente de a pontapear, constituindo-se, por essa via, como um poderoso meio de socialização.

Esta bola mágica, como lhe chamam muitos estudiosos do fenómeno, porque tem a propriedade de entrar em movimento em função das suas cinco dimensões: direcção, colocação, velocidade, rotação ou trajectória, faz depender o seu resultado da acção exógena que sobre ela é exercida. Deste modo, esta bola (todas as bolas!) tem, assim, um movimento variável e aleatório, por via de seguir um itinerário dependente do modo como é impelida, batida ou arremessada. Daí se considerar que a bola continua a ser um brinquedo que exerce sobre o Homem, jovem ou adulto, uma atracção que se renova permanentemente.

Praticada nos intervalos da guerra de guerrilha, esta que por definição emerge da táctica que utiliza (ataques rápidos seguidos de fuga; confronto indirecto; emboscadas; ataques surpresa, por via da grande mobilidade dos seus intervenientes), o «jogo da bola» contribuiu, de facto, para o desenvolvimento de competências relacionadas com factores tácticos, técnicos, psicológicos e físicos, quando analisado numa perspectiva endógena de superação ou transcendência de que cada jogo está impregnado, e que ajudou a lidar melhor com o “jogo do gato e do rato”, driblando o melhor possível as dificuldades/adversidades e os problemas colocados em cada situação pelo IN.


Quando alguém fazia surgir um exemplar da dita «bola mágica», mesmo que o seu aspecto/estado fosse igual ou pior que a imagem ao lado, logo nascia a vontade de a fazer rolar, organizando-se de imediato dois grupos informais, ainda que alguns dos seus intervenientes se encontrassem na fase de aprendizagem, por ausência de prática anterior, garantindo, a maioria das vezes, sucessivas desforras ou “tira teimas”, em função dos resultados, em novo intervalo da guerrilha, mas que acabariam por se revelarem de importantes no reforço da coesão de todo o colectivo da CART 3494, com influência positiva em palcos (recintos) mais adversos.

Após a conclusão de cada «jogo da bola», o processo de socialização mudava de terreno de prática, sendo transferido para o bar, onde os golos tinham outro sabor, e as conservas, os enchidos, a mancarra, a castanha de caju, e outras iguarias de ocasião, eram digeridos/as, igualmente, com grande prazer e satisfação, muitas das vezes em substituição da ementa da semana «arroz de estilhaços».

Aqui a vitória estava sempre garantida, erguendo-se os diferentes troféus conquistados, ainda que o tempo de jogo não fosse igual para todos os jogadores, passe a metáfora.



Foto n.º 1 – Xime (Maio de 1972) – Fase do jogo fora das quatro linhas, em que se verificou prolongamento. Da esquerda para a direita, os furriéis: Ferreira, Godinho, Araújo.


Em função do exposto, os testemunhos fotográficos que seguidamente se apresentam por ordem cronológica, referentes a este tema, reportam a momentos onde a câmara esteve presente. A qualidade de cada um não é a melhor, mas não nos podemos esquecer que todas as fotos têm mais de quarenta “chuvas” de vida e, tal como os humanos, vão sofrendo mutações.

A todos os camaradas que estiveram na zona leste da Guiné, ou os que por lá passaram, espero que tenham recordado as boas memórias dos vários locais identificados: Xime-Bambadinca-Mansambo, em particular os camaradas da minha companhia (CART 3494), ou aqueles que, em cada ocasião, tiveram o privilégio de nelas estarem incluídos, numa época em que cada um de nós teria apenas 21/22/23 anos, pois foi esse o principal objectivo que me moveu ao escrever mais esta singela retrospectiva histórica.

FOTOGALERIA




Foto n.º 2 – Xime (Abril de 1972) – Eu com uma postura à imagem e semelhança do saudoso José Maria Pedroto (1928-1985), treinador de futebol de alguns dos mais importantes clubes portugueses (FC Porto, Académica, Leixões, Varzim, Setúbal, Boavista e Guimarães), considerado o primeiro treinador português a concluir um curso superior, nascido na Freguesia de Almacave, Município de Lamego.

A cidade de Lamego acabaria por ficar ligada ao meu itinerário militar, uma vez que foi aí que ficou traçado o meu destino de combatente, com guia de marcha para a Guiné (BART 3873/CART 3494, formado no RAP 2, em Vila Nova de Gaia), na sequência da conclusão do curso de especialização em “Operações Especiais/Ranger”, no complexo do CIOE, de Penude.



Foto n.º 3 – Xime (Abril 1972) – Uma equipa do 4.º Gr Comb, o grupo que sofreu duas emboscadas na Ponta Coli – a primeira, em 22 de Abril de 1972; a segunda,  em 1 de Dezembro d1972 (Vd. Postes: 9698 e 9802).

Na 1.ª linha, da esquerda para a direita, estão o Teixeira (soldado), o Bento (furriel), o Araújo (furriel), o Sousa Pinto (furriel) e o Monteiro (1.º cabo).

Esta imagem foi obtida três semanas antes da primeira emboscada, onde viria a falecer o camarada Furriel Manuel Bento, natural da Ponte de Sor, e que seria a única baixa em combate registada pelo contingente metropolitano da CART 3494, nos mais de vinte e sete meses de comissão.



Foto n.º 4 – Xime (Abril 972) – Uma equipa mista da CART 3494. Imagem obtida quinze dias antes da primeira  emboscada na Ponta Coli, com destaque, na 1.ª fila, para o furriel Manuel Bento (o 1.º da direita) e o furriel Sousa Pinto (o 2.º da esquerda), falecido em 1 de Abril de 2012.


Foto n.º 5 – Xime (Abril 1972) – Fase muito animada de um «jogo da bola» no centro da parada do aquartelamento.



Foto n.º 6 – Bafatá (28 de Janeiro de 1973) – Equipa da CART 3494 que se deslocou a Bafatá para realizar um jogo com um misto de militares aquartelados naquela região.



Foto n.º 7 – Bafatá (28 de Janeiro de 1973) – Imagem referente aos preparativos de regresso ao Xime, após a conclusão do jogo.



Foto n.º 8 – Bafatá (28 de Janeiro de 1973) – Imagem referente à fase que antecedeu o início do jogo.



Foto n.º 9 – Bafatá (28 de Janeiro de 1973) – Imagem após a conclusão do jogo.



Foto n.º 10 – Mansambo (Abril 1973) – Equipa de sargentos e oficiais organizada após a transferência do Xime para Mansambo, ocorrida em Março de 73, em substituição da CART 3493, deslocada para Cobumba, localidade situada em pleno Cantanhez.

Em 1.º plano, da esquerda para a direita: os Furriéis: Araújo, Ferreira, Oliveira e Godinho. Em 2.º plano, segundo a mesma ordem: Correia (Alferes), Luciano Costa (Capitão – o 3.º da Companhia), Jesus (Furriel) e Araújo (Alferes).




Foto n.º 11 – Bambadinca (30 Set 1973) – Equipa mista constituída por elementos da CCS/BART 3873 e da CART 3494, escalada para os jogos (dois) com a CCS/BCAÇ 3872 (Galomaro).

Em 1.º plano, da esquerda para a direita: Costa, Ferreira, Romão, Sousa e Adérito. Em 2.º plano: Mesquita, Santos, Carrasqueiro, Alberto, Rainha, Araújo, Gonçalves e Oliveira.



Foto n.º 12 – Bambadinca (Novembro de 1973) – Imagem obtida no campo de futebol de Bambadinca (instalações do BART 3873), a meio da tarde, num contexto informal de prática lúdica.


Na sequência da nossa deslocação a Galomaro, o “prémio do jogo” foi a de me ter lesionado no rádio (osso), entre o estilóide radial e o escafóide, do braço esquerdo, obrigando-me a andar durante cinco semanas com ele engessado, como aliás, é possível observar na foto.

Do meu lado direito, e entre postes, está o ex-Furriel Comando, da 35ª CCmds, Américo Costa, colocado na CCS do Batalhão, na sequência de ferimentos em combate.

Um forte abraço para todos, com muita saúde e energia.

Jorge Araújo

Fotos (e legendas): © Jorge Araújo (2013). Todos os direitos reservados.
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Nota do editor:

Último poste da série > 7 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12555: E fazíamos grandes jogatanas de futebol (2): Os craques da CCAÇ 12 e da CCS/BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) (Fotos de Benjamim Durães)


quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Guiné 61/74 - P22943: Tabanca dos Emiratos (9): Expo' 2020 Dubai UAE - Parte III: O Dia de Portugal, 14 de Janeiro de 2022 (Jorge Araújo)





Foto 1 - Expo’2020 Dubai  - Identificação do Pavilhão 
 de Portugal (parede frontal ao nível do solo). 


Foto 2 - Expo’2020 Dubai - “Peça artística” (“Pinguins de Magalhães”) da autoria de Bordalo II (Artur Bordalo), feito à base de plástico reciclável, colocada à frente do Pavilhão.



Foto 3 - Expo’2020 Dubai - Os repórteres lusos na Praça Central «Al Wasl»: da RTP (Inês Carranca) e da Tabanca Grande (Jorge Araújo).


Fotos (e legenda): © Jorge Araújo (2022). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


“APONTAMENTOS” DA «EXPO’2020»

(DUBAI - 01OUT2021 / 31MAR2022)

Parte III  - O DIA DE PORTUGAL -

14 DE JANEIRO DE 2022 (*)




Jorge Araújo, ex-fur mil op esp / ranger, CART 3494 / BART 3873 (Xime e Mansambo, 1972/1974); nosso coeditor, a viver neste momento em Abu Dhabi, Emiratos Árabes Unidos.



1.  – PROGRAMA DE ACTIVIDADES (13 E 14 DE JANEIRO’2022)

◙ ▬ DIA 13 DE JANEIRO DE 2022 (5.ª FEIRA)

● Na véspera do “Dia de Portugal” na Expo’2020 (Dubai - UAE), 13 de Janeiro, foram agendados três eventos para o interior do Pavilhão Nacional. O primeiro, designado por «Portugal Business Briefing», tratou-se de um seminário empresarial organizado pela AICEP Portugal Global - Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, com o objectivo de apresentar o nosso País nas áreas de comércio e de investimento.

No segundo, também em parceria com a AICEP, foram comemorados os 116 anos da fundação da Livraria Lello, com sede na Rua das Camélias, no Porto, também conhecida como “A Livraria Mais Bonita do Mundo”. O propósito desta celebração do seu aniversário na Expo’2020, no Dubai, coincidiu com a publicação das primeiras traduções para árabe de “Os Lusíadas”, de Luís de Camões, e de “Mensagem”, escrito por Fernando Pessoa (1888-1935). Para além do tradicional “bolo de aniversário”, foram ofertados 116 livros aos primeiros visitantes do dia.

A razão de ser desta iniciativa foi explicada por Aurora Pedro Pinto, a administradora da Livraria Lello, afirmando que “como exportadores e promotores da Literatura e da Cultura portuguesas, é com grande satisfação que contribuímos para que duas obras que retratam de forma tão especial o país e o seu povo cheguem ao mundo árabe”, num tempo em que a língua árabe tem cerca de 274 milhões de falantes.

Por último, a organização do terceiro evento foi da responsabilidade dos CTT - Correios de Portugal, S.A., que se traduziu no lançamento de um “postal comemorativo” relativo à participação portuguesa na Expo’2020, edição que abaixo se reproduz (frente e verso).


Foto 4 - Expo’2020 Dubai  – Reprodução do postal comemorativo editado pelos CTT.

 

◙ ▬ DIA 14 DE JANEIRO DE 2022 (6.ª FEIRA)

► A primeira Cerimónia Oficial do “DIA DE PORTUGAL” na EXPO’2020 (Dubai), decorreu na «Praça Al Wasl», com a chegada das delegações dos dois países – os Emirados Árabes Unidos (país anfitrião) e Portugal.

● Pelas 10:30 horas, procedeu-se ao hastear da Bandeira Nacional no mastro existente entre a dos UAE e a da Expo ao som d’ “A Portuguesa” (o nosso hino), seguindo-se os discursos oficiais a cargo dos principais representantes (vidé foto abaixo).

Concluída esta Cerimónia protocolar, as comitivas realizaram visitas aos pavilhões de ambos os países.     


Foto 5 - Expo’2020 Dubai – A Bandeira Nacional hasteada na Praça Central «Al Wasl».


► Espectáculo Musical com a presença da cantora Teresa Salgueiro

Pelas 15:00 horas, de novo na Praça Central «Al Wasl», um número significativo de visitantes da Expo’2020, de entre os quais se encontravam cerca de quatro centenas de portugueses, foram presenteados com um espectáculo musical de grande nível, onde actuaram a fadista Teresa Salgueiro, acompanhada por António Chainho, o nosso magno da guitarra portuguesa, com 84 anos, e por Marta Pereira da Costa, a primeira e única mulher guitarrista profissional de fado a nível mundial.

Foi, de facto, muito bom... e um grande orgulho para a diáspora lusa que teve o privilégio de a ele assistir.


Foto 6 - Expo’2020 Dubai – Actuação da fadista Teresa Salgueiro na Praça Central «Al Wasl», perante uma vasta plateia de convidados, com a repórter da RTP (Inês Carranca) em momento de gravação e transmissão para a redacção da RTP.


Pelas 17:00 horas, teve lugar a cerimónia de acolhimento da comunidade portuguesa, junto ao Pavilhão de Portugal, com o hastear da Bandeira ao som do hino Nacional, onde aconteceram diversas intervenções por parte dos responsáveis da Missão, seguido do visionamento da mensagem do Presidente da República, Professor Marcelo Rebelo de Sousa, que não pôde comparecer aos “actos oficiais” devido à situação pandémica do momento.






Fotos 7 e 8 - Expo’2020 Dubai – Cerimónia protocolar diante do Pavilhão de Portugal.


2 – MENSAGEM DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

         ▬ Professor Marcelo Rebelo de Sousa



Foto 9 - Expo’2020 Dubai – A mensagem “virtual”, enviada pelo Presidente da República, para assinalar o “DIA DE PORTUGAL” na Expo’2020.


Eis algumas passagens da sua intervenção, gravada a partir do Palácio de Belém, em Lisboa, e que foi divulgada no sítio oficial da Presidência da República.

(…) Considera que “a “Expo’2020 Dubai” é a primeira exposição universal realizada no Médio Oriente, o que reflecte o crescente dinamismo dessa região, bem como o seu empenho em cada vez mais se assumir como plataforma de intercâmbio e de diálogo político, económico, científico, tecnológico e cultural, que não são mais do que os princípios e valores das exposições mundiais desde a sua origem”.

São estes também os princípios e valores que inspiram a participação de Portugal nesta “Expo’2020 Dubai”, sob o mote «Portugal, um mundo num país» ”.

Deste modo, “marca o regresso do nosso país às grandes exposições mundiais. Quero, por isso, sublinhar como foi significativa esta presença nacional num acontecimento mundial, que foi um verdadeiro encontro entre culturas, países, formas de ver a vida, e que nos permite promover e projectar Portugal, a nossa história, a nossa cultura, a nossa economia, as nossas empresas, a nossa gastronomia, a nossa geografia e o nosso povo”. (…)

Termina a sua mensagem com três “vivas”: “viva o Dubai, vivam os Emirados Árabes Unidos, viva o nosso Portugal”… seguido por uma salva de palmas por parte dos presentes na cerimónia.

De seguida, a Organização procedeu à oferta de algumas lembranças, nomeadamente “Galos de Barcelos” em louça (miniaturas) com as cores da Bandeira: vermelhos, verdes e amarelos, e um íman de lapela com a designação “Portugal”.



Momentos depois, em dois balcões distintos [fotos 10 e 11], foram oferecidos aos visitantes, nacionais e estrangeiros, centenas de “pastéis de nata” e uma garrafa de água, e, ainda, pastéis de “carne”, “bacalhau” e “peixe” (uma unidade de cada), tipo “almôndega”, servidos numa pequena embalagem de papel de alumínio, confeccionados no Restaurante do Pavilhão «Al-Lusitano», dirigido pelo Chef Chakall.



Foto 10 - Expo’2020 Dubai - Filas para recepcionar os “doces” da gastronomia portuguesa. No balcão da esquerda, os “pastéis de nata” e a água, no da direita, “os bolinhos” de carne, bacalhau e peixe… Tudo foi acontecendo de forma ordeira, aliás, como se pode comprovar pelas imagens.



Foto 11 - Expo’2020 Dubai - idem do referido na foto anterior.


Pelas 18:00 horas, como constava no programa, deu-se início ao «AL QANTARA SHOW», designação dada ao espectáculo de música e multimédia concebido exclusivamente para esse momento, considerado como o “ponto alto” de encerramento do “DIA DE PORTUGAL” na «Expo’2020.

O espectáculo teve lugar num dos palcos principais do recinto – o JUBILEE STAGE – onde actuaram o “Grupo de Percussão Retimbrar”, de Espinho, seguindo-se a actuação da cantora Teresa Salgueiro, acompanhada pelos guitarristas António Chaínho e Marta Pereira da Costa, e o Músico Fred Ferreira.

Foram noventa minutos de muitas emoções, com a diáspora lusa, a oito mil quilómetros de distância, a sentir-se em “casa” e onde os estrangeiros, no final, não regatearam os seus aplausos aos artistas lusos.



Foto 12 - Expo’2020 Dubai - O palco «Jubilee Stage» onde decorreu o espectáculo de encerramento do “Dia de Portugal” na Expo’2020. 



Foto 13 - Expo’2020 Dubai - Actuação da fadista Teresa Salgueiro durante o espectáculo, em português, na Expo’2020.



Postal (montagem) dos três músicos portugueses que acompanharam a fadista Teresa Salgueiro no espectáculo de encerramento do “Dia de Portugal”, na Expo’2020.



Foto 14 - Expo’2020 Dubai  – Panorâmica do palco «Jubilee Stage» e da plateia que assistiu ao espectáculo de encerramento do “Dia de Portugal”, na Expo’2020, e onde se falou e ouviu a língua de Camões.

Fotos (e legendas): © Jorge Araújo (2022). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].


Foi uma “reportagem curta”. Mas, mesmo assim, espero que tenha sido do vosso agrado… pois o espaço não é ilimitado. (**)

(Continua)

 

Votos de um óptimo ANO de 2022, com muita saúde.

Com um forte abraço de amizade.

Jorge Araújo.

23Jan2022

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Notas do editor:


(*) Último poste da série > 14 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22904: Tabanca dos Emiratos (8): O nosso blogue em números: os seguidores nas "Arábias" (Jorge Araújo)

(**) Vd. postes de:


1 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22864: Tabanca dos Emiratos (6): Expo' 2020 Dubai UAE - Parte II (A): A Presença dos Países da CPLP: Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe... (Jorge Araújo)

2 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22869: Tabanca dos Emiratos (7): Expo' 2020 Dubai UAE - Parte II (B): A Presença dos Países da CPLP: Angola, Moçambique e Timor-Leste (Jorge Araújo)