Data - quinta, 23/03/2023, 18:23
Caro Luís
Sempre na busca de reviver diálogos com alguns Camaradas que aparentemente (e infelizmente) tem vindo a diminuir as suas interessantes participações activas (!), enviei, em 22/02/2023, um despretensioso texto intitulado “O caminho marítimo para um certo socialismo“.
Quanto a mim, a conclusão final do velhote protagonista engloba de forma genial, na sua simplicidade realista, o interessante tipo de dialética (não existente no período) entre alguns dos actuantes na “Revolução” e grandes massas de pseudo receptores.
A minha comparticipação nestes diálogos sempre procurados será improvável por regressar dentro de dias para os States onde me espera um período muito activo a nível pessoal e empresarial.
Abraço do JBelo
2. Resposta do editor LG:
José, não está esquecido. Mas primeiro tenho que enterrar uma pessoa que me é muito querida, a irmã da Alice e minha "mana"... Acaba de morrer... Sabes como é, quando morre alguém que muito amamos, morremos também um pouco. Ab, Luis
Meu Caro Luís: Sinceros Sentimentos. Eu infelizmente sei bem demais o que são tais situações e o que elas nos trazem quanto a sentimentos. Um grande abraco, JBelo.
4. Resposta de Luís Graça:
Data - 24/03/2023, 12:10
Obrigado, Zé. Foram 4 anos de sofrimento. Mas a minha mulher acompanhou-a nestes últimos dias, o que ajuda a fazer o luto. Eram "almas gémeas". E eu já lhe escrevi a oração fúnebre. Abraço fraterno. Luís
Assunto - Um texto já... fora de tempo.
Caro Luís
O pequeno texto que te enviei no qual, muito de passagem, referia Diniz de Almeida, tinha por intenção estabelecer um diálogo à volta deste importante membro do MFA em data próxima do 11 de Março de 1975.
E alguns dos militares-politicos que, após o ataque ao RALIS em 11 de Março, “flutuaram“ até Novembro de 75, e não menos no período imediato posterior, não teriam continuado nos seus resguardados “postos” se Diniz de Almeida não tivesse “aguentado” o RALIS naquela data.
Para os que se consolam com a “inventora” possível à volta destes acontecimentos, recordo-lhes que além do cerco das tropas pára-quedistas, o RALIS foi metralhado desde o ar com resultado em mortos e feridos.
Não me contaram a “história “.
embarque para Angola, no Regimento de Cavalaria 5, em Santa Margarida, estivemos de armas na mão nos muros do RALIS nas horas imediatas ao ataque.
As opiniões hoje, e de ambos os lados das barricadas, são risíveis por… ultrapassadas!
Um abraço, JBelo
Data - quarta, 1/03/2023, 18:49
Assunto - Esquizofrenias galopantes
As últimas semanas têm sido bem agitadas nas suas voltas e reviravoltas.
Demasiado agitadas para as nossas idades bíblicas.
Vou "descomputamizar-me" por uns tempos, o que desde há muito compreendi ser... terapêutico!
Não sabendo se será editorialmente publicável é no entanto uma daquelas histórias que definem um certo tipo de sociedade vista desde pequenas "alturas".
Com o saudoso (???)... Adeus até ao meu regresso...
Um grande abraco,
E... as tais esquizofrenias... JBelo
7. Resposta do editor Luís Graça
Data - 04/03/2023, 23:17
José, vou publicar... mas promete-me que não "desertas"... LG
Caro Luís
Em companhia do então major Diniz de Almeida, a quem me ligava forte amizade pessoal bem anterior a Abrir de 74, decidimos aproveitar a hora do almoço regimental para irmos comer uns famosos “coiratos” em restaurante humilde e discreto nos arredores de Sacavem.
Os “grelhados“ eram cozinhados num terraço onde estavam colocadas algumas mesas artesanais e cadeiras.
Mudou-se para junto de nós. Falou-se de tudo um pouco como era normal naquele período. Depois de o tal “copo” se ter tornado o terceiro, olhou-me frontalmente e disse quase num lamento:
Tudo dito de forma sincera, directa, com poucas palavras.
A vida deu muitas voltas mas esta conversa tem estado sempre presente no meu espírito. Como alguém escreveu: “São histórias que ficam na história da gente“.
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Nota do editor:
Último poste da série > 2 de abril de 2023 > Guiné 61/74 – P24187: (Ex)citações (423): Camaradas que se separaram na Guiné (José Saúde)