quarta-feira, 9 de junho de 2010

Guiné 63/74 - P6563: Banco do Afecto contra a Solidão (11): Vamos telefonar ao Victor Condeço (que vive no Entroncamento)



Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS/BART 1913 (1967/69) > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Catió - Quartel > Foto 11:  "O Fur.Mil. Vitor Condeço sentado na raiz do Poilão, tendo por fundo o edifício do comando".





Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS/BART 1913 (1967/69) > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Catió - Quartel > Foto 13: "Na parada o Alf Mil Barreto e o Fur Mil Gil, tendo por fundo o edifício do comando e a caserna nº 3".



Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS/BART 1913 (1967/69) > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Catió - Quartel > Foto 14: "Fur Mil Machado,  de serviço, na porta de armas tendo por fundo a ainda em construção camarata dos oficiais, mais ao longe a caserna nº 3.



Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS/BART 1913 (1967/69) > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Catió - Quartel > Foto nº 21: "Na arrecadação antiga de material de guerra, o 1ºCabo Camarinha e o Fur Mil Victor Condeço. A motorizada que se vê não eramaterial de guerra, foi comprada avariada ao electricista da central civil sr.Jerónimo por 250 pesos, foi reparada e ainda serviu para dar umas voltas". 

Fotos (e legendas): © Vítor Condeço (2006). Direitos reservados




1. Mensagem do Alcides Silva (*) [, foto à esquerda]:

Data: 5 de Junho de 2010 13:11
Assunto: Solidariedade


Amigo Luís Graça, li a mensagem referente ao Victor Condeço (**), é triste saber estas notícias, nestas circunstâncias é muito difícil dizer alguma coisa.

Eu digo ao Victor que viva um dia de cada vez, não pense no pior, com a ajuda de Deus ele pode vencer, porque por aquilo que conheci em Catió ele sempre foi um vencedor. Victor, não te deixes arrebatar por pensamentos demolidores, pensa sempre que o amanhã será um dia melhor. 

O telefone fixo do Victor é: 249 718 626.

Com votos de recuperação,  um grande abraço.
Alcides






2. Mensagem do Benito Neves  (***) 

Luís, bom dia e obrigado pela informação [sobre os Melech Mechaya], embora nãová poder estar presente. Já vi, no programa das festas de Abrantes, que osMelech Mechaya irão actuar em Abrantes, no dia 10 do corrente mês, às 23 horas.A actuação será na Praça Barão da Batalha, em palco a descoberto. Atendendo aque está anunciado tempo de chuva até ao fim-de-semana, não sei como irá ser,mas vamos acreditar que não vai chover.Pergunta que se impõe: Vais acompanhar a banda até Abrantes? Em caso afirmativonão quero deixar de te dar um abraço. Caso não venhas, o teu filho não me vaiescapar.

[Comentário de L.G.: Benito, obrigado pela tua gentileza e pela tuainformação sobre o concerto na tua terra, que eu desconhecia. Não, não irei atéaí... Vou estar para o sul. Se puderes, dá ao João -  o rapaz do violino -um abraço da malta toda, que está atabancada. Bom concerto, boas festas, diverte-te!]
Outro assunto: Victor Condeço 

Benito Neves


O Victor é meu "amigo do peito" desde há muito tempo, inclusivéestivémos juntos em Catió. E apadrinhou a minha entrada na Tabanca Grande.

A meu convite tem participado nos almoços de confraternização da minha Companhia,que esteve adida ao Batalhão do Victor, embora não eu fizesse parte doBatalhão. Era uma Companhia independente que esteve em Catió em intervenção aoSector.

Entre muitas vezes que nos encontramos, em finais de Abril estive com o VictorCondeço na festa de aniversário do meu "cabo pastilhas" e nada faziaprever que 30 dias depois se viesse a revelar a doença [que ele tem].

Desde que nos reencontrámos há uns anos - e foi através do blogue - que temoscontactado e privado com frequência. Tornámo-nos mais amigos.

Ontem voltei a telefonar ao Victor. Atendeu-me o genro (o Victor sóesporadicamente atende o telefone). O Victor apercebeu-se de que era eu e quisfalar comigo (...).







Victor Condeço



Um camarada nosso, ex-Fur Mil da minha CCav 1484, é médico homeopata e tambémtem estado a acompanhar o Victor com a ajuda possível (...).

Há alturas na vida muito difíceis, tanto mais quando temos apenas palavras parapoder dar força num sofrimento que quereríamos ver atenuado.

Estou triste mas a acompanhar a situação muito de perto e a dar a ajudapossível. No meu intimo temo perder um amigo que ao mesmo tempo é um homem bom,mas ao mesmo tempo quero acreditar em milagres.

 Desculpa este meu desabafo, mas sei que gostas de saber o que se passa com opessoal da tua Tabanca Grande.

Um abraço

Benito Neves
3. Comentário de L.G.:

Alcides, Benito e demais amigos e camaradas que conhecem o Victor: Vamosdar-lhe força,  ao Victor. É importante que ele se sinta rodeado docarinho dos velhos camaradas da Guiné.  Ele vive no Entroncamento comuma família maravilhosa. O telefone fixo dele é o 249 718 626.Procurem saber qual é a melhor hora para lhe darem uma palavrinha...  Umpor todos, e todos por um!
____________

Notas de L.G.:

(*) Vd. poste  de 15 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6394: Tabanca Grande (219): Alcides Silva, ex-1º Cabo Estofador (e não ex-Sold Cond Auto...), CCS / BART 1913, Catió, 1967/69


(...) Senti, ao telefone, que o Vitinho não está na melhor forma. Ia começar a radioterapia, esta semana, em Lisboa. Tem um belíssimo genro que o leva e  traz. Uma filha que ele adora. Dois netos. A esposa. Uma família, encantadora, que é um importante esteio e vai ser meia cura. O suporte social, nestes casos de doença crónica, é muito importante. Para além da efectividade, cada vez maior, das terapêuticas, e da competência dos nossos profissionais de saúde que trabalham no IPO, os aspectos não-médicos, psicológicos e sociais, são também decisivos no processo terapêutico. Foi essa mensagem que eu reforcei, ao telefone, ontem, junto do Vitinho.

A Tabanca Grande é também um grupo de amigos e de camaradas que estão aqui para ajudar, apoiar, aconselhar, animar... Vamos torcer pelas melhoras do Vitinho. Vamos fazer-lhe sentir, de preferência de viva voz, por telemóvel (963 139 769) ou telefone fixo (deixei escapar o nº dele....), ou passando pela casa dele, no Entroncamento, que ele não está sozinho, neste momento difícil. (...)


(***) Vd. poste de 18 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1673: O blogue do nosso contentamento (Benito Neves, CCAV 1484, Nhacra e Catió, 1965/67)

(...) Mensagem do Benito Neve, com data de 14 de Março de 2007, com o pedido formal de entrada na nossa tertúlia. Começo por lhe pedir desculpa, a ele e ao seu padrinho, o Victor Condeço, pelo atraso. Houve uma engarrafamento de trânsito nas minhas caixas de correio. Ou melhor: tem havido muito embrulhanço, no meu sector...A explicação, um pouco tosca e esfarrapada, está dada e é sincera.
O Benito já é dos nossos há muito. Só espero que por cá se sinta bem. Para já adorei as tuas palavras de grande camarada: que o blogue é mato e bolanha por onde te metes todos os dias, não já com o coração em sobressalto, mas com a emoção do reencontro, da redescoberta, da memória... Espero poder abraçar-te em breve, a ti e ao Condeço. Em Pombal ou noutro sítio. L.G. (...
)

(...) Posto > Ex-Furriel Mil Atirador de Cavalaria: nUnidade > Companhia de Cavalaria 1484 - Guiné 1965/67 (Nhacra e intervenção ao Sector de Catió de 8/6/66 a finais de Julho/67).

Referências ao blogue... quase me dispenso de as fazer. Mas digo que é mata e bolanha onde me meto e atasco todos os dias (com a melhor boa vontade), não por vício mas para continuar a sentir os sons, as cacimbadas, os medos e tudo o mais que faz parte das nossas recordações de há 40 anos. E é também a saudade das gentes, das tradições, dos usos e costumes que nos acicatam a vontade de voltar um dia. (...)

terça-feira, 8 de junho de 2010

Guiné 63/74 - P6562: Contraponto (Alberto Branquinho) (10): Grafia do crioulo da Guiné-Bissau

1. Mensagem de Alberto Branquinho (ex-Alf Mil de Op Esp da CART 1689, , Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), com data de 6 de Junho de 2010:

Karo Karlos Winhal
Não fiques peocupado, não ensandeci. Quando leres o texto que vai junto, entenderás a razão.

Um abraço do
Alberto Branquinho


CONTRAPONTO (10)

GRAFIA DO CRIOULO DA GUINÉ-BISSAU


Não tenho conhecimento que exista grafia oficial ou oficiosa do Crioulo da Guiné-Bissau.

Por outro lado, ninguém põe em dúvida que a sua língua-base é o Português, apesar de encontrarmos vocábulos que são de origem francesa devido ao facto de a Guiné-Bissau estar cercada por dois países francófonos.

Então, porquê escrever o Crioulo da Guiné-Bissau com letras que, na pureza da sua origem, não são do alfabeto português?

Porquê escrever “kriol” e não “criol”? Porquê escrever “ká” e não “cá”? Porquê “kurpo” e não “curpo”, “macaco-kom” e não “macaco-com”? Porquê usar kk e ww?

Será que é para dar um aspecto exótico à escrita? Por serem letras usadas em outras escritas africanas ou com influência anglófona?

Se é o exotismo que se procura, sugiro, então, que se escreva “makako-kom”, que, além do mais, transmite, também, um aspecto “amacacado”.

Apesar de, por força das circunstâncias (terminologia científica e outras), termos sido obrigados a receber esses caracteres para escrevermos algumas palavras, não queiramos ser ortógrafos “avant-la-lettre” com respeito à forma de escrever num espaço geográfico que não é o nosso. Deixemos as autoridades guineenses decidir sobre a grafia do seu crioulo e não comecemos já a “estrangeirar” essa miscigenação linguística que pode continuar fiel à sua origem.

Ainda recentemente pudemos ver, aqui no blogue, uma fotografia de uma mulher guineense (com uma criança às costas) escrevendo no quadro preto de uma escola. Escreveu “Candê”, “Calissa” e não “Kandê”, “Kalissa”. Assim, também, ”Camará” e não “Kamará”.

Claro que convém ter presente que muitos apelidos são comuns à Guiné-Bissau e à Guiné-Conacri e ao Senegal. Nas nossas movimentações dos tempos da guerra, encontrámos muitas vezes cidadãos com “dupla cidadania” (quero dizer, com documentos de identificação de dois países). E, nesses casos, o atrás mencionado apelido “Candê”, estaria, francofonamente escrito, “Candé” ou “Kandé”. Aí está, também, outra diferença – como passar à escrita o som “ê”.

De qualquer modo, a última palavra será da própria Guiné-Bissau.

Convém lembrar que o(s) crioulo(s) de origem portuguesa falado(s) na parte ocidental de África (Guiné, Cabo Verde, São Tomé) deu(deram) origem a um “papiamento” falado em ilhas da América Central (que contém, também, palavras de origem holandesa e espanhola) e que tem estatuto de língua oficial. Tive oportunidade de o ouvir falar em Curaçau há poucos anos, durante um Carnaval. Este caso será, talvez, o único que beneficiou desse estatuto, mas muitos outros existem em outros lugares do mundo onde o Português foi falado por navegadores e comerciantes.

Alberto Branquinho
__________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 19 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6430: Contraponto (Alberto Branquinho) (9): Eutanásia?

Guiné 63/74 - P6561: Histórias de Carlos Nery, ex-Cap Mil da CCAÇ 2382 (3): Fui o criador do emblema da Companhia, e gosto

1. Em Mensagem de 4 de Junho de 2010, o ex-Cap Mil Carlos Nery, Comandante da CCAÇ 2382, Buba, 1968/70, conta-nos como surgiu a ideia de criar o emblema da sua Companhia e as reacções ao Zé do Olho Vivo, símbolo do militar atento e corajoso, capaz de se suplantar nos momentos mais difíceis.


Emblema da CCAÇ 2382 de autoria do seu Comandante o ex-Cap Mil Carlos Nery.
Divisa: "Por estradas nunca picadas, Por picadas nunca estradas"



Foi o Alf Curado e Silva quem me disse: "Capitão, a rapaziada gostava de ter um emblema que pudesse pôr sobre o bolso da camisa da farda e que identificasse a Companhia..."

Eu era alérgico a grandes aparatos assumindo falsos "espíritos de corpo" mas naquele momento senti que, no nosso caso, havia já bastante união e camaradagem para podermos usar algo que nos identificasse. Entrei no meu gabinete, puxei pelo meu velho jeito para a bonecada e, durante umas horas daquela noite de Buba, lá estive, de esferográfica em punho, puxando pela imaginação.

Achei que devia homenagear o soldado comum, possuidor daquela sagacidade, coragem e suficiente boa disposição que lhe permitiria voltar aos braços dos seus pais, das suas noivas, dos seus familiares, terminados os cerca de dois anos de Guiné. Fiz o desenho sem uma emenda, acho que estava inspirado... Depois foi encomendar os guiões, crachás e emblemas e... Creio que foi um sucesso!...

Quando aguardávamos embarque, em Brá, ainda apareciam militares de outras unidades, que eu nem conhecia, pedindo-me, por tudo, um guião! Chegaram-me também alguns reparos: parece que eu não havia respeitado as regras de heráldica militar! Claro que isso foi o que menos me preocupou... O engraçado é que descobri, recentemente, que a maioria da rapaziada nem sabia que tinha sido eu o autor do desenho... Tudo bem!... Gostaram, não foi? Era o mais importante...

Este foi o comentário que deixei no Poste 2791 do Furriel Manuel Traquina da CCAÇ 2382. Repararam no minha satisfação? Mas há certos assuntos, próprios da intimidade da caserna, que ficam por lá... O Capitão é o último a saber... Alguns só me foram contados há pouco tempo quando já se não receava a "minha justa ira", para usar a expressão tão ao gosto de Carlos Fabião...

Vem isto a propósito do distintivo da CCAÇ 2382, desenhado por mim numa serena noite de Buba...

O assunto assemelha-se a uma cebola a que se vão tirando camadas para surgirem outras mais profundas...

Primeiro descobri que muitos militares, o Traquina, por exemplo, não faziam ideia de quem tinha sido o autor do desenho... Mas logo esclareci o assunto. O Traquina ainda teve tempo de modificar o texto do Capítulo "O Distintivo da Companhia" do seu livro Os Tempos de Guerra,  dando o "seu a seu dono" no que respeita à autoria do Distintivo... Confesso que fiquei mais sossegado... E logo me agarrei a outra tábua de salvação que volto a transcrever: "Tudo bem!... Gostaram, não foi? Era o mais importante..."

O pior, amigos, é que já não estou tão confiante...

Vou contar:

Este ano, no almoço que reuniu as CCAÇ 2381 e CCAÇ 2382, eis-me a falar com o Cancela, soldado da minha companhia e membro da Tabanca Grande... A conversa andou por estes temas, o Cancela entusiasmado com o nosso blogue e entusiasmando-me a colaborar também nele. Não sei porquê falo no distintivo... Que pensava escrever qualquer coisa sobre ele... Na expressão do Cancela passa uma nuvem de desagrado... "Aquele emblema"... E num trejeito desagradado: "Os Palhaços"...

Como podem calcular,  isto é demais para um homem só... Afinal nem toda a gente gosta da minha obra-prima... Claro... Afinal o não cumprimento das regras e do espírito da heráldica militar tem o seu preço...

Olho melhor para o distintivo... Bem... De facto aquilo tem pouco de marcial... "Por Estradas Nunca Picadas"... "Por Picadas Nunca Estradas"... Uma gracinha nada mobilizadora de uma atitude bélica... E a figura central? O tal "Zé do Olho-Vivo"? Um boneco engraçado, talvez... Mas não teria sido preferível colocar ali um bicho? Um Leão, uma Pantera ou um Tigre? Ou até um Gato, de preferência Negro? Olha,  uns camaradas nossos optaram por ser os "Morcegos de Nhala"... Bom, também... Quanto aos amigos da CCAÇ 2381 são os "Maiorais"... Que tal?... Há um sugestão de autoridade, no Oeste... Outros levam lenços de côr mal embarcam: "Os lenços Vermelhos, Azuis, Verdes, sei lá... Côr-de-rosa, acho que não"...

Mas essa do Zé do Olho Vivo... Ainda por cima ostentando um nariz redondo e vermelho... Sim... Eu estava a pedi-las naquela noite, em Buba...

Bem,  a idéia era ir buscar uma inspiração talvez ao Bordalo, à figura do Zé Povinho... Que se identificasse com o Zé Soldado, de olho alerta, atento, corajoso, capaz de passar além das minas e armadilhas existentes nas picadas da vida...

Olha: Eu gostei... E gosto... E aqui já não há mais camada que me incomode... Desculpa lá, ó Cancela, soldado amigo... Eu gosto!
__________

Nota de CV:

(*) Vd. poste de 29 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6489: (Ex)citações (63): A minha homenagem à enfermeira pára-quedista Ivone Reis que ficou connosco, em Contabane, a cuidar dos feridos graves (Carlos Nery)

Vd. poste de 23 de Abril de 2008 > Guiné 63/74 - P2791: Álbum das Glórias (46): O distintivo da CCAÇ 2382, 1968/70 (Manuel Baptista Traquina)

Vd. último poste da série de 27 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6479: Histórias de Carlos Nery, ex-Cap Mil da CCAÇ 2382 (2): Noite longa em Contabane

Guiné 63/74 - P6560: Estudos (1): Guerra de África - O QP e o Comando das Companhias de Combate (António Carlos Morais da Silva, Cor Art Ref) (III Parte)



















 Cor Art Ref António Carlos Morais da Silva é professor do ensino superior universitário, foi docente da Academia Militar, do Instituto Superior de Gestão e da Universidade Autónoma de Lisboa, sendo especialista em Investigação Operacional.  Também passou pelo TO da Guiné como oficial do QP. 

O Morais da Silva teve a gentileza de nos facultar, em pdf e em word, um exemplar do seu estudo, de 30 pp.,  sobre  a  "Guerra de África - O QP e o Comando das Companhias de Combate" (Março de 2010), que circulou internamente, na nossa Tabanca Grande, através da nossa rede de emails. Está agora a chegar a um público mais vasto, através do nosso blogue (*).

  A existência de um elevado número de gráficos e quadros obrigou-nos a digitalizar todo o relatório que está a ser publicado, no nosso blogue, sob a forma de imagens, por partes. Esta é a III parte, correspondente às pp. 14-17. 

O nosso camarada Jorge Canhão (ex-Fur Mil da 3ª Companhia do BCAÇ 4612/72, Mansoa,  1972/74) encarregou-se dessa diligente tarefa. Não é demais agradecer-lhe  o empenho e a competência com que levou a cabo a digitalização do documento.

___________

Nota de L.G.:

(*) Vd. postes anteriores da série:




Guiné 63/74 - P6559: Notas soltas da CART 643 (Rogério Cardoso) (23): O Comandante do BART 645, Coronel Braamcamp Sobral

1. Nota solta enviada pelo nosso camarada Rogério Cardoso (ex-Fur Mil, CART 643/BART 645, Bissorã, 1964/66), em mensagem do dia 5 de Junho de 2010:


NOTAS SOLTAS DA CART 643 (23)

O COMANDANTE DO BART 645 - ÁGUIAS NEGRAS, COR. BRAAMCAMP SOBRAL


O Bart 645 - ÁGUIAS NEGRAS, foi formado em Santa Margarida, a partir de Novembro de 1963, data em que fui transferido do RAC de Oeiras.
Portanto desde esta data até 4 de Março de 1964, data do embarque, houve tempo suficiente para conhecimento da maioria dos camaradas.

Desde cedo e logo de principio, que o Bart 645 estava destinado a Moçambique, província que na altura estava em completa paz. Então eu e a minha mulher, combinámos ficar em África no fim da comissão, por conseguinte decidimos casar, assim como fizeram alguns camaradas.
Mas o tempo ia passando e nunca mais o Batalhão embarcava, deste modo todos nós começámos a ficar um pouco apreensivos, e lá se aplicou o velho ditado "contar com o ovo no c... da galinha "

Lá pela altura do Natal ou Janeiro, não preciso bem, o Comandante vei-nos dizer que Moçambique estava fora de hipótese, concerteza Angola nos esperava.
Foi a desilusão geral, as familias receberam a notícia com um certo choque emocional, mas eu e outros pensámos numa defesa para com os familiares mais chegados. Dissemos que nem tudo era mau em Angola, se fosse a Guiné é que era a desgraça total, ainda por cima tinha caído em combate, um filho de um amigo de meu pai, eu achei que a justificação que apresentava, era a melhor tática, mas a ida da minha consorte, já estava à partida com menos 50% de hipóteses.

O tempo ia passando, o Comandante Braamcamp Sobral, sabia de antemão a sorte do Batalhão, dizia-se que o tinha oferecido para a Guiné, porque havia uma dívida de honra a pagar. Um dos seus filhos, oficial quando da invasão da Índia, "ausentou-se" e a forma que de momento achou melhor, foi a do oferecimento dos Águias Negras.

Lá para o fim de Fevereiro, houve a reunião de todo o pessoal, numa noite depois do jantar. Quando deu a notícia, perante cerca de 600 homens, houve um ah geral, ouviram-se alguns comentários, o chamado grande melão, pois só meia duzia de oficiais e sargentos sabiam o destino.

O Comandante Braamcamp Sobral, é aí que se encontra o grande homem que era, soube contornar a situação, as suas palavras foram de encorajamento, enaltecendo tudo e todos os Águias Negras, e meia hora depois tinha conquistado a simpatia geral.

Era um fantástico condutor de homens, assim até 4 de Março, data do embarque e mesmo até fim da comissão, teve um dos melhores batalhões que passaram pela Guiné. Estando em Mansôa, visitava com regularidade as companhias de Bissorá e Mansabá, e mesmo com aquela idade, chegou a ir ao mato, dando exemplo e mostrando como se comandava uma companhia a um certo capitão, que em Santa Margarida mostrava ser aguerrido, audaz e ousado, mas na realidade era completamente o contrário, não mostrando apetência para o lugar, sendo substituido porque era o unico que destoava daquela grande familia.

Enfim o Comandate Braamcamp Sobral, homem de alta estatura com mais de 1,90 e elevada compleição fisica, farta cabeleira totalmente branca, vulgarmente chamado pelos nativos de " Cavalo Branco", era um exemplo de homem, respeitado por nós, populações e pelo IN. Os homens dele eram intocáveis, nem a PM que às vezes em Bissau nos fazia a vida negra, ele respondia por todos o que lhe valeu alguns aborrecimentos.

Não posso nem devo terminar, sem deixar uma nota de apreço pelo nosso primeiro 2.º Comandante Major Glória Alves, homem de grande educação e amigo de todos os subordinados.

Já partiram, deixando saudades de quantos lidaram com eles.

Rogério Cardoso
Ex-Fur Mil
Cart 643 - Aguias Negras
__________

Nota de CV:

Vd. último poste da série de 27 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6480: Notas soltas da CART 643 (Rogério Cardoso) (22): 1.º Cabo António Melo e Soldado Manuel Bernardes, as nossas únicas baixas mortais

Guiné 63/74 - P6558: Agenda cultural (80): Sessão de lançamento do livro Mouzinho de Albuquerque: um soldado ao serviço do Império, de Paulo Jorge Fernandes (A Esfera dos Livros), hoje, às 18h30, em Lisboa, no Museu Militar



A Esfera dos Livros convida todos os membros da Tabanca Grande, nomeadamente os que residem na área da Grande Lisboa,  para a sessão de lançamento do livro Mouzinho de Albuquerque: um soldado ao serviço do Império, da autorida de Paulo Jorge Fernandes, especialista em história contemporânea. A cerimónia realizar-se-á, hoje, dia 8, às 18h30, no Museu Militar, junto à Estação de Santa Apolónia.

Título: Mouzinho de Albuquerque
Autor: Paulo Jorge Fernandes
Colecção: História Biográfica
Nr de páginas: 426 + 24 extratextos
PVP c/  Iva: 27 €
ISBN: 978-989-626-223-5
Formato: 16 x 23,5
Encadernação: Brochado
Data: Maio de 2010

Sinopse:

Uma coluna diminuta de apenas 51 oficiais e praças chegava a Chaimite, sob fortes chuvadas, com um único propósito: capturar Gungunhana, o temido régulo que desafiava as autoridades portuguesas havia anos.

O bravo capitão de cavalaria Mouzinho de Albuquerque, de espada desembainhada, foi o primeiro a entrar na povoação e berrou bem alto o nome do inimigo que saiu da sua palhota para se render aos militares portugueses.

Finalmente, ao fim de tantos anos a sonhar com aquele momento e depois de tanto penar, Mouzinho de Albuquerque estava frente a frente com o seu adversário.

Este feito notável, numa mistura de imprudente coragem e golpe de sorte, teve ecos na metrópole. Foi assim que nos confins de Moçambique nos finais de 1895 Mouzinho de Albuquerque dava sentido ao seu destino e gravava o seu nome na História.

Nos últimos anos da sua vida foi preceptor e aio de D. Luís Filipe, herdeiro da coroa. Cargo que detestou cumprir. No entanto, no convívio com a família real, terá nascido uma paixão impossível de concretizar pela rainha D. Amélia. Terá sido para salvar a honra de ambos que no dia 8 de Janeiro de 1902 se suicidou com dois tiros?

Questionado sobre qual seria o seu ideal de vida terá respondido: «Morrer a tempo.» O seu desejo cumpriu-se já que a sua morte prematura aos 46 anos o impediu de assistir à derrocada da Monarquia e à violência da República.

Guiné 63/74 - P6557: Elementos para a caracterização sociodemográfica e político-militar do Sector L1 (5): A zona de acção do BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) e os seus principais aglomerados populacionais (Benjamim Durães)




Guiné > Zona Leste > Sector L1 (Bambadinca) > BART 2917 (1970/72) > Forças da CCAÇ 12, a descansar na Ponte dos Fulas (sobre o Rio Pulom), por ocasião de uma coluna logística Bambadinca - Xitole (Xitole era a unidade de quadrícula, do Sector L1, mais a sul; era a sede da CART 2716).

Foto: © Arlindo T. Roda (2010). Direitos reservados



 Guíné > Zona Leste > Sector L1 > Bambadinca > BART 2917 (1970/72) > Brasão (à esquerda)

Fonte: História do Batalhão de Artilharia nº 2917 - De 15 de Novembro de 1969 a 15 de Março de 1972. (Versão em texto processado por Benjamim Durães)

[Continuação da publicação de excertos do Cap II da História do BART 2917, Bambadinca, 1970/72 - Documento classificado como "reservado" - , segundo versão policopiada gentilmente cedida ao nosso blogue pelo ex-Fur Mil Trms Inf, José Armando Ferreira de Almeida, CCS/ BART 2917, Bambadinca, 1970/72, membro da nossa Tabanca Grande; cotejada igualmente com a versão, em suporte digital, corrigida e melhorada pelo Benjamim Durães; é um excerto desta última versão que se publica aqui hoje] (*)


HISTÓRIA DO BART 2917 (Bambadinca, 1970/72) > CAP II > ACTIVIDADE NO TERRITÓRIO OPERACIONAL DA GUINÉ


SITUAÇÃO GERAL

1.a. - TERRENO

1) – DEFINIÇÃO DA ZONA DE ACÇÃO (Z.A.)

- MAMBONCÓ (9A8-35);             - MAMBONCÓ (9G0-55);                 - RIO MANCURRE;
- RIO GAMBIEL;                               - RIO GEBA;                                          - RIO ULUNGUALAON;
- RIO BIFI;                                         - RIO SANDOFARA;                             - RIO CAMPORE (até nascente);
- RIO CUSSONCONE;                      - RIO SUMPOI;                                      - RIO COLUFE;
- RIO XANCARA;                              - RIO SANAU;                                       - RIO BILANCA;
- RIO CAMPARA;                             - RIO NHANUMOIEL;                           - RIO CHANCA;
- RIO CARANGOLI;                          - RIO BANTANCUSSÁ;                        - RIO PULON (T);
- BISSAMALI;                                   - RIO CHACONA;                                  - RIO MANCHAU;
- RIO CANCANTE (T);                - MADINA TABAGE (T);                - TENDITO (T) ;
- NHANDOFÓ (T);                    - GUNTI;                                                 - XITOLE (8I2-47);
- RIO CORUBAL (até) FULACUNDA (9F5-72)                            - RIO BARA;
- DOULO;                                          - MAMBONCÓ (7C1-88);                 - MEREDIANO 50345;
- MAMBOCÓ (8C1-25) – Limite Administrativo;   - MAMBOCÓ (8G4-45) – Limite Administrativo; e,
- MAMBOCÓ (9A8-35).

2) – RELEVO E HIDROGRAFIA

- A característica geral da área do Batalhão é a planície, onde correm muitos rios cavados num planalto de 40 metros de altitude.
- A rede hidrográfica encontra-se orientada para os RIOS COLUFE, GEBA, e CORUBAL, verificando-se, na época das chuvas e nos baixos cursos destes dois últimos, o nivelamento das águas dos rios e das bolanhas, durante a preia-mar.
- Na época seca, com excepção dos RIOS GEBA, CORUBAL, COLUFE, GAMBIEL e UDUNDUMA, todos os restantes são transponíveis a vau.
- Na época das chuvas, todos os rios do sector são praticamente intransponíveis a vau.
- Os RIOS GEBA e CORUBAL, estão sujeitos à influência das marés. Na previsão de marés ao longo do canal do GEBA, são de admitir diferenças até cerca de 50 minutos em tempo e até meio metro, em alturas de água.
- O retardo do estofo da corrente da maré atinge, por vezes, uma hora e trinta minutos.
- Para montante de PORTE GOLE, no canal do RIO GEBA, forma-se o MACARÉU.
- No XITOLE (Rio Corubal) e em BAMBADINCA (Rio Geba) o MACARÉU ocorre, respectivamente, cerca de oito horas e trinta minutos e de sete horas e vinte minutos depois da hora da baixa-mar em CAIÓ.

3) - VEGETAÇÃO

- Nas bolanhas não cultivadas, o capim na época das chuvas atinge grande altura camuflando facilmente das vistas os possíveis movimentos do IN e dificultando os movimentos e a orientação das NT.
- Durante a época seca (a partir de Dezembro), as bolanhas apresentam-se queimadas não oferecendo qualquer protecção.
- Na área definida pelos RIO GEBA e RIO CORUBAL e a estrada BAMBADINCA / XITOLE, fora das bolanhas, o revestimento é de natureza florestal com palmares cerrados, nomeadamente nas nascentes dos rios. Na parte restante do SECTOR a vegetação é tipo savana com núcleos de floresta muito espalhada, dos quais o mais importante é o de CANDAMÃ.

4) – NATUREZA DO SOLO

- Nas bacias hidrográficas dos RIO GEBA e do RIO CORUBAL existem os solos das bolanhas e lalas, nem sempre propícios à agricultura.  Imediatamente a seguir a estes existem aqueles a que podemos chamar “ricos” onde é possível a cultura de quase toda a espécie de vegetais e fruta.
- No interior do SECTOR, o solo é argilo-arenoso tendo por baixo uma couraça de laterite que em certas zonas aparece à superfície.

5) - COMUNICAÇÕES

- Durante a época seca é possível a circulação de viaturas em todas as vias de comunicação do SECTOR.
- Na época das chuvas, com excepção das estradas BAMBADINCA-BAFATÁ e BAMBADINCA-XIME, a circulação em todas as outras, torna-se difícil, chegando mesmo a ser impossível em algumas delas.
- Dos rios do SECTOR só o RIO GEGA durante todo o seu percurso no SECTOR, e o RIO CORUBAL para jusante dos rápidos de CUSSELINTA, são navegáveis por barcos de médio calado, embora os barcos militares deste calado ”LDG” se desloquem apenas até ao XIME.
- No entanto como as margens do RIO CORUBAL são na sua quase total extensão dominadas pelo IN, só no RIO GEBA se verifica tal facto.
- As principais vias de comunicação terrestres são:
as ESTRADAS de
- BAMBADINCA / BAFATÁ;
- BAMBADINCA / MANSAMBO / XITOLE / SALTINHO, e,
- BAMBADINCA/XIME, encontrando-se presentemente, a primeira e a última alcatroadas.

6) – PISTAS DE ATERRAGEM E HELIPORTOS

- Existem duas pistas de aterragem, uma em BAMBADINCA e outra no XITOLE, ambas de terra batida, só permitindo a aterragem a aviões do tipo ”DO”.
- Estão em curso diligências para que a pista de BAMBADINCA seja adaptada para ”DAKOTA” e ”T-6”.
- Existem ainda heliportos em BAMBADINCA, MANSAMBO, XIME, XITOLE, PONTE DO RIO PULON, ENXALÉ, MISSIRÁ, FÁ e NHABIJÕES.

7) - PORTOS

-Os dois portos com importância para o SECTOR LESTE, são: o de BAMBADINCA e o do XIME.
- O Porto de BAMBADINCA é de extraordinária importância pois é através dele que é reabastecido todo o SECTOR LESTE.
- Ultimamente todo o tráfego pesado tem sido feito através do porto do XIME, embora este não esteja apetrechado com guindaste e rampa de abicagem, o que torna difícil as operações de carga e descarga.
- Com influência na manobra dentro do quadro do Batalhão situam-se ainda:
o porto de ENXALÉ (só utilizável na época seca), os portos de GÃ GEMEOS, o Porto Velho do ENXALÉ, FÁ PORTO e MATO CÃO.

b) – AGLOMERADOS POPULACIONAIS

1) – Povoações com valor no quadro económico da Província

- BAMBADINCA

- Sede do Posto Administrativo do mesmo nome e Sede do Comando de Batalhão.
Tem 1.440 habitantes recenseados, dispõe de um Porto que constitui ainda a principal fonte de escoamento dos produtos das circunscrições de BAFATÁ e GABU (mancara, madeira e coconote e artigos de artesanato) e de entrada de quase todos os reabastecimentos para as tropas do SECTOR LESTE.
Dispõe de sete lojas comerciais e tem tendências para aumentar o seu comércio e importância.

- XIME

- Sede da CART 2715, com uma população avaliada em 250 habitantes, dispondo de um Porto por onde é já manuseada toda a carga muito pesada de e para o SECTOR LESTE e que se prevê, quando apetrechado venha a absorver quase toda a carga hoje manuseada pelos Portos de BAMBADINCA e BAFATÁ.
- O desenvolvimento do Porto acarretará um surto de desenvolvimento e progresso para a População.

- XITOLE

- Sede do Posto Administrativo do mesmo nome, Sede da CART 2716, com uma população normal de 300 habitantes, dispõe de 3 lojas comerciais em funcionamento. Sofreu forte repressão na sua importância comercial (principais fontes de riqueza coconoto e madeira), com a guerra.
- A construir-se a Estrada AMEDALAI-XITOLE a sua importância será muito aumentada.

2) – POVOAÇÕES SOBRE CONTROLO DAS NOSSAS TROPAS (NT), COM VALOR NO
QUADRO DA MANOBRA DO SECTOR

a) Pela sua localização (armada em AUTO DEFESA (A/D) ou colaborantes na defesa) constituem a linha de contenção de subversão.

- MISSIRÁ
- Colaborante na defesa, Sede de Regulado do CUOR, dispõe de 165 habitantes recenseados.
- FINETE
- Colaborante na defesa, dispõe de 56 habitantes.
- ENXALÉ
- Colaborante na defesa dispõe de 300 habitantes e de uma loja comercial.
- AMEDALAI
- Colaborante na defesa, dispõe de 160 habitantes.
- TAIBATÁ
- Colaborante na defesa, Sede de Regulado do XIME, dispõe de 228 habitantes recenseados.
- DAMBA TACÓ
- Colaborante na defesa, dispõe de 234 habitantes.
- SAMBA JULI
- Em Auto Defesa, dispõe de 127 habitantes.
 - SINCHÃ MAMAJÃ
- Em Auto Defesa, dispõe de 119 habitantes.
- SANSANCUTÁ
- Em Auto Defesa, dispõe de 55 habitantes.
- DEMBATACOBÁ
- Em Auto Defesa, dispõe de 168 habitantes.
- AFIÁ
- Colaborante na defesa, dispõe de 195 habitantes.
- CANDAMÃ
- Colaborante na defesa, Sede do Regulado do CORUBAL, com 204 habitantes.
- CAMBESSÉ
- Em Auto Defesa, dispõe de 174 habitantes.
- SINCHÃ MADIU
- Em Auto Defesa, dispõe de 120 habitantes.
- TANGALI
- Em Auto Defesa, dispõe de 146 habitantes.
- MANSAMBO
- Sede da CART 2714, dispões apenas dos assalariados normais da Companhia e de seus familiares.

b)Por constituírem pólo de atracção da população

- REORDENAMENTO DE NHABIJÕES                 1.579 pessoas
- BANTAJÃ ASÁ                                                     222 pessoas
- BANTAJÃ MANDINGA                                           286 pessoas
- BIANA                                                                   166 pessoas
- BISSAQUE                                                           189 pessoas
- BRICAMA                                                              320 pessoas
- CANFATE                                                             150 pessoas
- GANHOMA                                                            242 pessoas
- IERO NHAPA                                                        194 pessoas
- JANA                                                                    436 pessoas
- MERO                                                                   456 pessoas
- META NHANCANI                                                152 pessoas
- QUEROANE                                                          156 pessoas
- SANTA HELENA                                                    571 pessoas
- SARÉ ADÉ                                                            166 pessoas
- SARÉ BAMBÉ                                                       183 pessoas
- SARÉ IERO                                                           302 pessoas
- SIBICROTO                                                           231 pessoas
- TENCNAN                                                             337 pessoas
- UAGE FULA                                                          194 pessoas

c)Com mais de 150 habitantes e não incluídas nas anteriores

- FÁ MANDINGA
- Centro de Instrução de Companhias de “COMANDOS AFRICANOS”, com 318 habitantes
- MADINA BONGO
- Sede do Regulado de BADORA, com 170 habitantes


______________