segunda-feira, 6 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19753: XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande (12): Nós vamos a Monte Real, sábado, dia 25 de maio, e já nos inscrevemos antecipadamente... (Ernestino Caniço / Tomar, José Barros Rocha / Penafiel, José Manuel Cancela e Carminda / Penafiel, Manuel Resende / Cascais, Manuel Gonçalves e Tucha / Cascais, Manuel Reis / Aveiro)


Leiria, Monte Real > Palace Hotel Monte Real > XII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 29 de abril de 2017 > A minha velha amiga Tucha (Maria de Fátima, que professora primária na Lourinhã no princípioda década de 1970) mais o seu companheiro e nosso camarada Manuel dos Santos Gonçalves, (ex-alf mil mec auto, CCS / BCAÇ 3852, Aldeia Formosa, 1971/73). Em segundo plano, a mana da Tucha, a Maria Adelaide Fernandes Luís, e o seu companheiro (que também esteve no TO da Guiné), António Manuel Correia Luís...

O Manel Gonçalves andou  pelo menos, 3 anos a prometer-me que ia "tratar dos papéis" para ingressar na Tabanca Grande... Com as idas a Monte Real, ganhou automaticamente esse direito...  E finalmente deu o pequeno grande passo, juntando-se aos amigos e camaradas da Guiné que se sentam à sombra do mais frondoso (e famoso) poilão que existe na Internet, o da nossa Tabanca Grande.  Foi no ano passado, em 2 de agosto...O seu lugar é o nº 776... Este ano volta, com a Tucha, a Monte Real.

Foto (e legenda): © Luís Graça (2017). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].



1. Estes (e estas) são mais alguns dos 85 camaradas e amigos/as da Guiné que já se inscreveram, antecipadamente, para o XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande, a realizar em Monte Real, no dia 25 de maio (*)...  

Merecem o devido destaque neste poste, com uma pequena nota biográfica... E merecem também as nossas palmas... Pode ser que com o seu exemplo motivem os indecisos. De qualquer modo, é importante que nos conheçamos melhor uns aos outros. Outros nomes se seguirão nos próximos dias...

Não se esqueçam, camaradas e amigos/as, de trazer o vosso crachá, com o vosso nome. O Miguel Pessoa,  da comissão organizadora,  todos os anos envia, por mail, aos "periquitos",  um ficheiro em "power point" com o logótipo da Tabanca Grande e um espaço em branco para escreverem o vosso nome. Depois é só imprimir. Podem pedir uma 2ª via, em caso de extravio.

Para quem ainda não se inscreveu no nosso Encontro Nacional, tome boa nota que o prazo termina na 6ª feira, dia 10... P'la Comissão Organizadora, LG.



 Ernestino Caniço - Tomar

[ex-alf mil cav, Pel Rec Daimler 2208,MansabáMansoa e Bissau, 1970 a 1972; é médico; não costuma falhar os Encontros Nacionais da Tabanca Grande, desde o VI (em 2011); é membro da Tabanca Grande desde 21 de maio de 2011; tem mais de 3 dezenas de referências no nosso blogue; o Carlos Pinto, ex-1.º Cabo Condutor/Apontador Daimler, do 2208, também costuma aparecer em Monte Real,mas razões de saúde podem-no impedir de vir este ano]



Porto Alto > 28 de julho de 2012 > I Encontro do pessoal do Pel Rec Daimler 2208 (Mansoa / Mansabá e Bissau, 1970/72)  

Legenda: os dez históricos: a  partir da esquerda, em primeiro plano José Potra e Carlos Pinto; na segunda fila, de pé: Firmino Correia, Manuel Fernandes, Ernestino Caniço, António Proença, Victor Rodeia, Fernando Carneiro, José Romão e Mário Francisco

Foto (e legenda) : © Ernestino Caniço (2012). Todos os direitos reservados. [Edição: e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


José Barros Rocha - Penafiel

[membro da Tabanca Grande desde esse ano de 2007; é um "veterano" dos nossos Encontros Nacionais: tem cerca de 2 dezenas de referências no nosso blogue; ex-alf mil, CART 2410, "Os Dráculas"  (Guileje e Gadamael, 1968/70); despachante oficial, ou aduaneiro, com escritório em Penafiel]



José Manuel Cancela e Carminda - Penafiel

[ex-Soldado Apontador de Metralhadora da CCAÇ 2382, Bula, Buba, Aldeia Formosa, Contabane, Mampatá e Chamarra, 1968/70); tem 30 referências no nosso blogue; vem com frequência aos nossos encontros em Monte Real, o casal era um grande amigo e vizinho do Joaquim Peixoto, e continua a ser da Margarida Peixoto]

Manuel [Augusto] Reis - Aveiro

[um dos bravos de Guileje e Gadamael, 1973; ex-Alf Mil da CCAV 8350, (Guileje, Gadamael, Cumeré, Quinhamel, Cumbijã e Colibuia, 1972/74; professor do ensino secundário reformado; tem mais de 30 referências no nosso blogue]




Manuel [dos Santos] Gonçalves e Maria de Fátima (Tucha) - Carcavelos / Cascais

[ex-alf mil manutenção, CCS/BCAÇ 3852 (Aldeia Formosa, 1971/73); entrou para a Tabanca Grande, em 2 de agosto de 2018 (nº 776); foi alunos dos Pupilos do Exército]




Manuel Resende - São Domingos de Rana / Cascais

[é o atual régulo da Magnífica Tabanca da Linha, sucedendo ao nosso saudoso Jorge Rosales, recentemente falecido; de seu nome completo, Manuel Cármine Resende Ferreira, foi alf mil CAÇ 2585 / BCAÇ 2884, Jolmete (, Pelundo, Teixeira Pinto), maio de 1969 / março de 1971; é o editor do blogue Memórias de Jolmete); edita também a página do Facebook da A Magnífica Tabanca da Linha, grupo fechado; tem mais de uma centena de referências no nosso blogue; é um excelente fotógrafo]


XIV ENCONTRO NACIONAL DA TABANCA GRANDE, LEIRIA, MONTE REAL, PALACE HOTEL MONTE REAL,

SÁBADO, 25 DE MAIO DE 2019

[Prazo de inscrição: dia 10, sexta-feira]

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Guiné 61/74 - P19752: Notas de leitura (1175): A Minha Guerra a Petróleo, por António José Pereira da Costa, Chiado Books, 2019 (Mário Beja Santos)



1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil Inf, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 2 de Maio de 2019:

Queridos amigos,

O que se escreve no blogue tem por natureza uma carga fragmentária, mesmo que se imprima é matéria avulsa, nem sempre congruente. António José Pereira da Costa, aquele coronel de artilharia que regularmente lança umas cargas de obus dentro da nossa multidão, fez bem em ordenar as suas memórias de Cacine e Cacoca e do Xime e Mansabá, com prelúdio e fecho da sua inteira lavra, onde tece incomodidades, como o nosso sofrimento quando regressávamos das nossas aventuras de um certo TO daquela PU ou, finalmente, questiona o que se andou por ali a fazer e se poderíamos ter feito algo para que as coisas não tivessem acontecido como aconteceram.
Precisa-se, e muito, desta sinceridade e desapego fanático, na análise das coisas.

Um abraço do
Mário


Por lá chafurdei na lama das lalas, debati-me no turbilhão dos tornados…

Beja Santos

O nosso ativista confrade António José Pereira da Costa pôs o tacho ao lume, acalorou aquele cadinho de memórias que atravessaram as suas duas comissões pela Guiné, o blogue teve acesso a esses rastos de calor. Agora temos livro à disposição da totalidade dos interessados: “A Minha Guerra a Petróleo”, por António José Pereira da Costa, Chiado Books, fevereiro de 2019. Recordo-me de ao ter escrito “Adeus, até ao meu regresso”, na Âncora Editora, 2012, ter pespegado na contracapa algo como isto:  

“Até ao lavar dos cestos, até estar vivo o último militar que combateu na Guiné, há que contar com as surpresas da vindima. Devemos estar preparados para surpresas dessa gente que, décadas atrás, caminhou na farroba de lala, entre cipós e tabás, patinhando no tarrafo, que guardou na memória das emboscadas em florestas secas densas e que resistiu à fúria das flagelações, aos gritos dos feridos e aos lamentos de quem perdeu, mesmo ali ao pé, os seus camaradas. Este género literário está muito longe de ter fechado para obras. Porque a fantasia muitas vezes disfarçou-se da cruenta realidade, jamais esquecida”.

E se intitulo este texto, cujo objeto de análise é o livro do confrade Pereira da Costa, julgo-o merecedor do parágrafo mais lindo que conheço de toda a literatura da guerra da Guiné, extraído do livro “O Capitão Nemo e Eu”, por Álvaro Guerra, data de 1973:

“Por lá chafurdei na lama das lalas, debati-me no turbilhão dos tornados, derreti-me na fornalha de um sol quase invisível, dissolvi-me na chuva vertical, e amei como um danado aquela terra que me injetou a febre, me secou, me expulsou a tiro. Mas nunca o preço do amor é excessivo, nem a presença da morte o pode aniquilar”.

De memórias se trata de alguém que palmilhou a Guiné no período de 1968 a 1969 e de 1971 a 1973. Diz ser contra as descrições romanceadas, visa uma clara certidão da verdade sobre a sua guerra a petróleo, há aqui uma carga simbólica dessa máquina barulhenta, de acendimento complicado, a exigir um certo treino, se houvesse avaria, chamava-se o funileiro ou picheleiro, portanto uma máquina eivada de defeitos e virtudes, um pouco como a vida militar.

Discreteia sobre os ex-combatentes e recorda algo que continua muito maltratado que era o nosso choque à chegada, qualquer um de nós tem uma história para contar de um retorno à vida civil, o querer comunicar a nossa experiência a alguém que, mesmo compadecido com a carga de provações que descrevíamos, recebia aqueles conteúdos como provenientes de uma outra galáxia, o que sabiam da chamada guerra do Ultramar era que havia ações de policiamento, às vezes uns falecimentos dados em combate, e os residentes próximos do Hospital Militar Principal ou do anexo sito na Rua Artilharia 1 encontravam-se com deficientes nas proximidades, jovens sem braços ou pernas, rostos estranhos, azulados, às vezes com os olhos vazos.

Estamos em 1968, o jovem alferes de artilharia vai para Cacoca e Cacine, fala em Sangonhá, estamos perto da fronteira com a República da Guiné, Cacoca e Sangonhá eram consideradas ao tempo do Comandante-Chefe Arnaldo Schulz como posições-chave, intimidatórias, faziam parte de um sistema defensivo e vigilante envolvendo Cacine e Cameconde, Sangonhá e Cacoca, Gadamael e Ganturé, Guileje, Mejo e Gandembel e Ponte do Balana, até Buba. Spínola reduziu o número de quartéis, a população foi realojada, num desses atos migratórios, em dia de atmosfera húmida a prever chuva tropical, acontece o seguinte, como o autor relata:

“Senti, então, um toque no braço. Quando me virei para ver quem era, ela disse:
- Meimuna pariu um fio qui tin dez dia. Quer pá nossarfere arranja mim lugar sintada.
Transportava nos braços, com grande cuidado, um enrolamento de mantas que deveria conter qualquer coisa de precioso. Eu não vi o que fosse, mesmo quando mo emprestou, por alguns segundos. Acompanhei-a ao Unimog onde iria e ajudei-a a subir para o lugar ao lado do condutor. Encostei o embrulho ao peito e ela apoiou-se com dificuldade naquela espécie de degrau circular que a roda tinha, depois no próprio pneu, usando o meu ombro como corrimão. Sentou-se no banco de lona e eu passei-lhe o pacote que deixou calor no meu peito. Ali perto, um grupo de homens – dos grandes – assistiu à cena e eu, ainda hoje, rendo homenagem àquela mulher que fez valer os seus direitos de mãe.”

É uma escrita subtil, enxuta de farroncas, por vezes mordaz, a relação com o humano, o fascínio pela expressão cultural local dominam estas memórias, basta atender à seleção de imagens, a história da catraia em estado de subnutrição, o que anota sobre caçadores e guias, o relacionamento com os civis. Passamos agora para 1968, o Capitão Pereira da Costa muda de azimute, vemo-lo agora no Xime, começa por nos descrever os seus guias picadores, o que diz de Mancaman Biai, posso certificá-lo, acompanhou-me em duas operações:

“Era alto, bastante magro e vestia sempre à moda muçulmana tradicional. Falava baixo, parecia medir as palavras ou digerir as perguntas que lhe fizessem ou as deixas do interlocutor. Só depois de ter estudado bem o que lhe fora dito, respondia. Dir-se-ia que não queria ser apanhado em falso ou em contradições”.

 Posso corroborar. A meio da manhã de 7 de março de 1970, mandei chamar Mancaman e transmiti-lhe que precisava dos seus serviços a partir da meia-noite. Não mencionei objetivo, não falei nem em Madina Colhido, Ponta Varela, Baio ou Buruntoni, disse-lhe simplesmente que precisava dos seus preciosos conhecimentos, conversaríamos de madrugada, altura em que lhe disse que iríamos atravessar o Poidon pela bolanha, ele que escolhesse o melhor itinerário. O único comentário que fez é que nunca fizera uma operação pela bolanha, não sabia bem o caminho, havia pouca lua, daria o seu melhor. E deu mesmo. Cinco horas depois entrávamos nos depósitos de arroz do Poidon debaixo de uma chuva de granadas de morteiro 81, um fogo ensurdecedor que inibiu qualquer resposta daquele grupo. Incendiadas as casas e o arroz, voltei a pedir a Mancaman que viéssemos diretamente para o Xime, foi lesto, competente, jamais o esqueci. Em 2010, quando por ali passei, a caminho da Ponta do Inglês, pude confirmar o que o autor aqui nos diz, estava vivo, foi um reencontro muito feliz.

Confirmo o que o autor nos descreve sobre a messe de oficiais do quartel do Xime e tudo o mais. Dá-nos um retrato patusco de vários oficiais, é severo na apreciação de uma decisão do oficial de operações do batalhão que queria ir à viva força ao Enxalé, tudo acabou num desastre nessa obstinação que contrariava a natureza, sempre tocante com a adversidade, é sóbrio na saudação de despedida a um militar:

“Ao fim da tarde do dia seguinte, apareceu o corpo do soldado José Maria da Silva e Sousa a boiar no rio, junto ao cais do Xime. Éramos oito a tirá-lo de lá e eu volto aqui a render a minha homenagem à generosidade do alferes Gomes quando quis extrair do corpo a água que impediu que o Sousa fosse sepultado dentro de um caixão. Desceu à terra, dois dias depois, com as honras militares a que tinha direito, no cemitério de Bambadinca, e só voltou à sua terra em 2009”.

Vou deter-me aqui, não quero tirar o prazer da festa a ninguém, o nosso capitão vai partir para Mansabá, tem muito mais memórias para contar, aqui recebeu jornalistas que vinham acompanhados pelo Capitão Otelo Saraiva de Carvalho, acena-nos com longo adeus sobre o que andámos a fazer por África, não há para ali nem azedume naqueles últimos parágrafos: 

“Fomos os homens que estavam à hora errada à esquina errada da História. Nadámos num troço de águas revoltas do rio do tempo. Éramos uma espécie de bombeiros que chegavam tarde a um incêndio numa floresta, batida por vento forte. Podem crer que, desde a primeira hora, a guerra estava perdida.”
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Nota do editor

Último poste da série de 3 de maio de 2019 > Guiné 61/74 - P19739: Notas de leitura (1174): Missão cumprida… e a que vamos cumprindo, história do BCAV 490 em verso, por Santos Andrade (4) (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P19751: Convívios (891): CCAÇ 3398, Buba, 1971/73 - XXIV Convívio, Pedrógão Grande, 27/4/2019.



Foto (e legenda) © Joaquim Pinto Carvalho (2019). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Lu+is Graça & Camaradas da Guiné]


1. Mensagem do nosso amigo e camarada Joaquim Pinto  Carvalho, natural do Cadaval, membro da Tabanca de Porto Dinheiro / Lourinhã, membro da Tabanca Grande desde 7/12/2013, ex-alf mil da CCAÇ 3398 (Buba) e da CCAÇ 6 (Bedanda), 1971/73.


Assunto  - CCAÇ 3398 - XXIV Convívio  - Pedrógão Grande

 Data - Terça, 30/04, 20:03



Olá, Luís!
Nem sempre nem nunca…
No sábado decorreu mais um convívio da CCaç 3398, minha companhia em Buba (antes de Bedanda). 

Fiz um apontamento “poético” que partilhei com os convivas! Ao relê-lo, gostei do que li…
Partilho agora contigo e, se achares com qualidade e interesse para o blogue, estás à vontade. Aqui fica e aqui vai…
Um abraço de até breve (assim o espero)

Bom 1º de Maio
Beijinhos à Alice
Pinto de Carvalho​


2. Resposta de Luís Graça, na volta do correio:

Obrigado, camarada, amigo e mano Joaquim.... Vou publicar. Não te esqueças que em 25 de maio,sábado, em Monte Real, vamos ter o XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande.... O João Crisóstmo vem, de propósito, com a Vilma, de Noa Iorque. O régulo da Tabanca de Porto Dinheiro também já está inscrito com a São... Eu, também, claro, mais a Alice. Mas espero encontrar mais malta do nosso Oeste Estremenho... O Jaime só lá mais para a frente é que decide... Gostava que tu pudesses aparecer com a tua Céu (para suavizar o nosso inferno...). Comemoramos 15 (quinze!) anos a blogar...Sete comissões na Guiné!...

Temos já cerca de 7 dezenas de inscrições, mas o grosso da maralha deve aparecer em maio... Diz ao João Rebelo, que já deve ter vindo da Guiné-Bissau. Eu quero inscrevê-lo na Tabanca Grande, tal como ao Rui Chamusco, que continua por Timor, e que nos ajuda também a manter esta "chama viva" da lusofonia e da solidaridade entre os povos da CPLP...

Um xicoração, Luis

3. Resposta do Joaquim Pinto Carvalho, no mesmo dia:

Obrigado! Não vai dar para a Tabanca Grande… Bem gostaria, mas nessa altura estaremos pelos Açores. Fica par outra e para as demais tabancas.
O João Rebelo já regressou e já estive com ele ainda esta última sexta feira! Penso estar com ele em breve!
Um abraço.
 
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 7 de dezembro de  2013 > Guiné 63/74 - P12407: Tabanca Grande (412): Joaquim Pinto Carvalho, ex-alf mil, CCAÇ 6, Onças Negras (Bedanda, 1972/73), grã-tabanqueiro nº 633

Guiné 61/74 - P19750: Efemérides (301): Cerimónias da Comemoração do Dia do Combatente do Concelho de Matosinhos e 10.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, levadas a efeito no passado dia 27 de Abril de 2019 (Abel Santos)



1. Em mensagem do dia 2 de Maio de 2019, o nosso camarada Abel Santos, (ex-Soldado Atirador da CART 1742 - "Os Panteras" - Nova Lamego e Buruntuma, 1967/69), enviou-nos esta reportagem a propósito da Comemoração do Dia do Combatente do Concelho de Matosinhos e X Aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes, levadas a efeito no passado dia 27 de Abril.




Cerimónias da Comemoração do Dia do Combatente do Concelho de Matosinhos
e
10.º Aniversário do Núcleo de Matosinhos da Liga dos Combatentes

27 de Abril de 2019

A recepção às entidades civis e militares convidadas, e concentração dos participantes, fez-se em frente ao Memorial de Homenagem aos 70 Combatentes do Concelho caídos em Campanha na Guerra do Ultramar, existente no Cemitério de Sendim, em Matosinhos.

Estiveram presentes, a Senhora Drª Luísa Salgueiro, Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos; representantes do Comando da Zona Marítima do Norte, Destacamento Territorial de Matosinhos da GNR, além da presença dos Núcleos de Matosinhos, Porto, Penafiel, Marco de Canaveses, Lixa e Maia, que se fizeram representar com os seus respectivos Guiões. 

A cerimónia começou com Toque de Sentido; Deposição de coroas de flores; Toque de Silencio; Toque de homenagem aos mortos; Minuto de silencio com salmo interpretado pelo Grupo Coral do Núcleo; Evocação Religiosa; Toque de Alvorada; Toque a descansar. 

No final da cerimónia, o Grupo Coral do Núcleo cantou o Hino da Liga dos Combatentes. 

A sessão solene, no Tryp Expo Porto Hotel, iniciou-se com a apresentação, pelo Eng.º e Arq Fernando Jorge Rocha dos Santos, Combatente em Angola, do trabalho de sua autoria, "A Nossa Cidade", seguindo-se a imposição de Medalhas Comemorativas das Campanhas, atribuição de Diplomas de Apreço e discursos alusivos pelas autoridades presentes.

Na Sala Galeão, decorreu o Almoço/convívio do Dia do Combatente do Concelho de Matosinhos e X Aniversário do Núcleo, com animação musical a cargo do Grupo Coral do Núcleo. 

Assim se passou mais uma jornada de confraternização, que mais uma vez demonstrou o fervor castrense destes combatentes que um dia partiram para uma guerra que não era sua. 

Um abraço combatente 
Abel Santos.

Segue-se a reportagem fotográfica:

Portas-Guiões presentes na Cerimónia de homenagem aos Combatentes de Matosinhos caídos em campanha

Força Militar presente

Autoridades civis e militares

Grupo Coral do Núcleo de Matosinhos da LC


Intervenções do Presidente do Núcleo de Matosinhos da LC, TCor Armando Costa, e da Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Dra. Luísa Salgueiro, junto ao Talhão Militar da Liga dos Combatentes, recentemente remodelado, o que vai permitir a sepultura dos Combatentes do Ultramar que manifestem essa sua vontade. Na foto, o Combatente António Vieira que assumiu a coordenação da remodelação do Talhão.

Aspecto da sala do Tryp Expo Porto Hotel, onde decorreu a sessão solene de imposição de Medalhas Comemorativas das Campanhas de África e entrega de Diplomas de Apreço.

O TCor Armando Costa impõe uma das Medalhas Comemorativas

Os agraciados acompanhados das autoridades

O Combatente Joaquim Alves recebe o Diploma de Apreço pelos 40 anos de sócio da Liga dos Combatentes

O Combatente José Francisco Oliveira recebe um Diploma de Apreço pela sua dedicação ao Núcleo de Matosinhos, particularmente na coordenação das obras de manutenção da Sede Social, orientando o pessoal afecto e fazendo ele próprio o que à carpintaria, e não só, diz respeito.


Estas duas fotos referem-se à intervenção do Eng.º e Arq. Fernando Jorge Rocha dos Santos, Combatente em Angola, que apresentou um trabalho de sua autoria, dedicado à Cidade de Matosinhos, composta pelas freguesias de Matosinhos e Leça da Palmeira.

Do programa do dia também fazia parte um almoço/convívio com cerca de 170 participantes. Aqui, a Mesa da Presidência onde se destaca a ausência da Dra. Luísa Salgueiro que se fez representar pelo seu Vice, Dr. Eduardo Pinheiro.
 
O Combatente Abel Santos exibe a Medalha Comemorativa do 10.º Aniversário do Núcleo que decorre este ano.

O Presidente do Núcleo de Matosinhos da LC, TCor Armando Costa, e o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Matosinhos, Dr. Eduardo Pinheiro, quando procediam ao corte do Bolo Comemorativo do Dia do Combatente de Matosinhos e do 10.º Aniversário do Núcleo.

Texto e fotos: Abel Santos
Edição e legendagem das fotos: Carlos Vinhal
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Nota do editor

Último poste da série de 22 de março de 2019 > Guiné 61/74 - P19611: Efemérides (300): 21 de julho de 1973, o último Dia da Cavalaria comemorado no CTIG, ainda com Spínola, em Bula, num sábado de copiosa chuva africana

Guiné 61/74 - P19749: Jorge Araújo: as causas da morte de Fernando Teixeira Soiema, sold coz (CART 496, Cacine e Cameconde, 1963/65), natural de Valpaços, inumado no cemitério de Bissau, campa nº 1481... Respondendo ao camarada Fernando Chapouto, mais de uma década depois.



Valpaços > Cemitério da freguesia de Algeriz > Placa invocativa da memória do Soldado Cozinheiro Fernando Teixeira Soeima (1941-1965), que se pode ver no Jazigo de sua família. Reza assim: "À Memória de Fernando Teixeira Soeima, n. 20.10.1941, f.18.3.1965: teu corpo ficou longe mas a mãe traz-te sempre no coração. Lembrança dos teus irmãos Jacinta e Nelson." (*)

Foto (e legenda) : © Fernando Chapouto (2008). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Guiné-Bissau > Bissau > Cemitério Municipal de Bissau > Setembro de 2008 > Campa n.º 1410. "CART 496. Soldado n.º 575/63, Fernando Teixeira Soeima. Morto em 18/3/65, pela Pátria. (**)

Foto (e legenda) : © Nuno Rubim  / Tino Moisés  (2008). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]



Capa do livro de Vasco Luís Curado«Declarações de Guerra - Histórias em carne viva da guerra colonial" (Lisboa; Editora Guerra & Paz, fevereiro de 2019, 200 pp.)



Jorge Alves Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger, CART 3494 (Xime-Mansambo, 1972/1974); coeditor do blogue desde março de 2018



EM BUSCA DE…
CAUSAS DA MORTE DE FERNANDO TEIXEIRA SOEIMA
- CART 496 (CACINE E CAMECONDE, 1963/1965) -
P3158 - DE 01SET2008


1. INTRODUÇÃO

No decorrer das últimas investigações, visando a elaboração das narrativas relacionadas com a «CCAÇ 508 (1963-1965) e a morte do seu Cmdt Cap Inf Francisco Meirelles, em 03Jun1965, na Ponta Varela (Xime)» e o «Ensaio sobre as mortes por afogamento de militares do Exército durante a guerra no CTIG (1963-1974)», "cruzei-me" com o P3158, editado em 01Set2008 (*), onde o camarada Fernando Chapouto fazia um apelo ao colectivo da Tabanca do seguinte teor:

"Agradecia a todos os ex-combatentes que me ajudassem a esclarecer a morte do Soldado Cozinheiro 375/63, Fernando Teixeira Soeima".

Dava mais as seguintes pistas:

(i) – Unidade Mobilizadora - RAL 1 / CART 496, com destino à Guiné.

(ii) – Faleceu em 18 de Março de 1965, ficando sepultado em Bissau, na campa 1481.

(iii) – Como até hoje ainda ninguém esclareceu a causa da sua morte, diziam na aldeia que foi numa armadilha colocada pela Companhia, que saiu do aquartelamento para ir às laranjas, outros dizem que foi em combate.

(iv) – Este ex-combatente é primo da minha esposa. Quando fui à aldeia de Argeriz, Concelho de Valpaços, despedir-me, para ir para a Guiné, estive com a minha tia, mãe do falecido, que me disse que tinha muita pena em ter o mesmo destino do filho [Guiné].

Porque a situação descrita era-me familiar - já a tinha lido algures – fui no seu encalce e parece-me que valeu a pena, pois o conteúdo da narrativa extraída da obra consultada deve corresponder aos factos que acima se referem, e que estão na origem da morte do camarada Fernando Teixeira Soeima.

Assim, dez anos e meio após divulgada aquela mensagem, eis o que consegui apurar:

2. FONTES CONSULTADAS

Como suporte documental, reproduzem-se, abaixo, as fontes consultadas:

Fonte Oficial

Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 8.º Volume; Mortos em Campanha; Tomo II; Guiné; Livro 1; 1.ª edição, Lisboa (2001); p 116.




Uma vez que a CART 496 [chegou a Bissau a 22Jul1963 – embarcou a 24Ago1965] não tem História da Unidade [CECA - Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) - 7.º Volume, Tomo II, 1.ª Edição, Lisboa (2002), p 438], a informação aqui citada foi seleccionada do livro de Vasco Luís Curado, «Declarações de Guerra» (Lisboa; Editora Guerra & Paz; Fev/2019. pp 29-33).

Ainda que o texto não refira o nome do seu autor, mas sim o posto – Soldado condutor – a análise do seu conteúdo permite-nos concluir que estamos perante um "informante privilegiado" do contingente da CART 496. Assim, daremos conta de algumas passagens desse depoimento, com particular destaque para as circunstâncias em que se verificou a morte do Fernando Teixeira Soeima, e de mais dois militares, um do BEng 447 e outro de recrutamento local.



[…]

[p 32] Construímos um aquartelamento em Cameconde [na sequência da «Operação Fecho», em 10Dez1964], onde iria estabelecer-se um destacamento da companhia, para avançarmos a nossa posição militar, protegermos o quartel e aproximarmo-nos da fronteira. Tínhamos de marcar presença, mostrar que quem mandava ali éramos nós. Muitas vezes, fui ao cais com Unimog, para carregar chapas e testos de bidões e levá-los para o destacamento. Dormi em abrigos subterrâneos, com um telhado feito de troncos de palmeira e chapas de zinco dos bidões. […]


[p 33] – Referência às circunstâncias em que ocorreram as mortes:




Os outros dois militares que morreram no acidente foram:



E Saliú Mané Jaló, Caçador Nativo, natural de Madina de Camissorã, Cacine.

Caro camarada "Ranger" Fernando Chapouto, espero ter dado as notícias que há tanto tempo aguardavas.

Com um forte abraço de amizade e votos de muita saúde.

Jorge Araújo.

25Abr2019.

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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 1 de Setembro de 2008 > Guiné 63/74 - P3158: Em busca de... (36): Causas da morte de Fernando Teixeira Soeima, CART 496, Cacine e Cameconde, 1963/65 (Fernando Chapouto)

(**) Vd.poste de 16 de outubro de 2008 > Guiné 63/74 - P3323: In Memoriam (7): Fernando Teixeira Soeima (1941-1965), campa n.º 1410, Cemitério Militar de Bissau (Nuno Rubim)

Guiné 61/74 - P19748: XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande (11): tínhamos 83 inscrições até domingo à noite, dia 5... Mais alguns camaradas que vão estar em Monte Real, no dia 25: Agostinho Gaspar (Leiria); Armando Pires (Oeiras), Eduardo Jorge Ferreira (Lourinhã); Lucinda Aranha (Torres Vedras), Luís Paulino (Lisboa); Mário Magalhães (Lisboa)






XIV ENCONTRO NACIONAL DA TABANCA GRANDE, LEIRIA, MONTE REAL, PALACE HOTEL MONTE REAL,

SÁBADO, 25 DE MAIO DE 2019


[Prazo de inscrição: dia 10, sexta-feira]


1. Temos até à data,até ao fim do dia 5, domingo, 83 inscrições... Mas ainda falta gente que costuma alinhar... Até sexta-feira, dia 10, esperamos pelos retardatários...Camaradas, vamos lá utrapassar os 100...

Em 13 anos já mobilizámos cerca de 1800 participantes, uma média de 130 por encontro... É o encontro anual que abrange camaradas dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Marinha e FAP) que fizeram comissões de serviço no TO da Guiné, entre 1961 e 1974... 

Não se esqueçam: marcamos presença em Monte Real, no hotel das termas de Monte Real, concelho de Leiria, 25 de maio, sábado, a partir das 10h... 

Monte Real, o centro geodésico da Tabanca Grande, nesse dia...Convívio: entradas + almoço + lanche ajantarado por 35 "roquetadas"... Divulguem! (*)
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AS 83 INSCRIÇÕES NO XIV ENCONTRO NACIONAL DA TABANCA GRANDE 



[até ao fim de domingo, dia 5, dia da Mãe]




Abel Santos - Leça da Palmeira / Matosinhos


Agostinho Gaspar - Leiria

[membro da Tabanca do Centro; veterano da Tabanca Grande para onde entrou em 27/2/2010; tem cerca de 35 referências no nosso 
blogue;1º Cabo Mecâncio Auto, 3ª C / BCAÇ 4612/72, Mansoa, 1972/74]
 
Alfredo da Silva e esposa - Cabeceiras de Basto
Almiro Gonçalves e Amélia - Vieira de Leiria / Marinha Grande
António Acílio Azevedo e Irene - Leça da Palmeira / Matosinhos
António Estácio - Mem Martins / Sintra
António João Sampaio e Maria Clara - Leça da Palmeira / Matosinhos
António Joaquim Alves e Maria Celeste - Carregado / Alenquer
António Joaquim Oliveira - Vila Nova de Gaia
António José Pereira da Costa e Maria Isabel - Mem Martins / Sintra
António Martins de Matos - Lisboa
António Matos Peliteiro - Vila Nova de Famalicão

Armando Nunes Carvalho e Maria Deolinda - Sintra

Armando Pires - Algés / Oeiras


[ex-fur mil enf, CCS/BCAÇ 2861,Bula e Bissorã, 1969/70];   membro da Tabanca da Linha;  veterano da nossa Tabanca Grande e dos nossos encontros anuais; autor da série "Furriel enfermeiro, ribatejano e fadista"; tem cera de 80 referências no nosso blogue]

Arménio Santos - Lisboa
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Carlos Cabral e Judite - Pampilhosa / Mealhada
Carlos Camacho Lobo - Maia
Carlos Pinheiro - Torres Novas
Carlos Vinhal e Dina - Leça da Palmeira / Matosinhos

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Eduardo Jorge Ferreira e Maria da Conceição -
Vimeiro / Lourinhã
[tem mais de 4 dezenas de referências no nosso blogue; foi alf mil da Polícia Aérea,  na BA 12, Bissalanca, de 20 de janeiro de 1973 a 2 de setembro de 1974, colocado na EDT (Esquadra de Defesa Terrestre); é o régulo da Tabanca de Porto Dinheiro / Lourinhã; presidente da assembleia geral da Associação para a Memória da Batalha do Vimeiro; noutra encarnação foi sargento, integrado no exército luso-britânico que derrotou o exército napoleónico na batalha do Vimeiro, Lourinhã, em 21 de agosto de 1808]
Ernestino Caniço - Tomar
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Fernando Jesus Sousa e Emília Sérgio - Lisboa
Francisco Baptista - Porto
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Helder Valério de Sousa - Setúbal
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João Afonso Bento Soares - Lisboa
João Crisóstomo e Vilma - Nova Iorque (EUA)
Joaquim Mexia Alves - Monte Real / Leiria
Jorge Cabral - Lisboa
Jorge Canhão e Lurdes - Oeiras
Jorge Picado - Costa Nova / Ílhavo
Jorge Pinto e Ana - Sintra
José Barros Rocha - Penafiel
José Domingos Marinho Arnoso - Vila Nova de Famalicão
José Eduardo Reis Oliveira (JERO) . Alcobaça
José Manuel Cancela e Carminda - Penafiel
José Manuel Santos - Braga
José Pedroso e Helena - Sintra
José Ramos - Lisboa

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Lucinda Aranha e José António - Torres Vedras

[tem 15 referências no nosso blogue; escritor, lançou recentemente um biografia romanceada do seu pai, que alguns de nós conhecemos na Guiné: “O Homem do Cinema, A la Manel Djoquim i na bim”, por Lucinda Aranha Antunes, edição da Alfarroba, Lisboa, 2018]

Lúcio Vieira - Torres Novas
Luís Graça e Maria Alice Carneiro - LourinhãLuís Moreira e Irene - Sintra

Luís Paulino e Maria da Cruz - Lisboa

[Luís Cândido Tavares Paulino foi Fur Mil da açoriana CCAÇ 2726 (Cacine e Cameconde, 1970/72); tem ainda escassas referências no nosso blogue, menos de um dezena; integra a nossa Tabanca Grande desde 14 de maio de 2014; é membro também da Tabanca da Linha]




Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > XII Encontro Nacional da Tabanca Grande > 29 de abril de 2017 > O "periquito" Urbano Martins Oliveira, que veio da Figueira da Foz, ladeado à sua esquerda pelo Armando Pires  (Algés / Oeiras) e à sua direita pelo Luís Paulino  (Lisboa)  (, membros ilustres da Tabanca da Linha). O Martins Oliveira ainda não se inscreveu este ano.


Foto (e legenda): © Luís Graça (2019). Todos os direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].

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Manuel António Areal da Costa - Santo Tirso
Manuel Augusto Reis - Aveiro
Manuel dos Santos Gonçalves e Maria de Fátima - Carcavelos / Lisboa
Manuel José Ribeiro Agostinho e Elisabete - Leça da Palmeira / Matosinhos
Manuel Lima Santos e Fátima - Viseu
Maria Arminda Santos - Setúbal


Mário Magalhães e Fernanda - Sintra

[ membro nº da Tabanca Grande nº 742, ex-srgt mil da CCAV 252, Bafatá, Bula, Mansabá e S. Domingos, 1961/63; tem meia dúzia de referências no blogue; vive em Lisboa]



Miguel e Giselda Pessoa - Lisboa

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Rui Guerra Ribeiro - Lisboa

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Vítor Ferreira e Maria Luísa - Lisboa
Vítor Vieira e esposa - Marinha Grande


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Vd. também postes de:


2 de maio de 2019> Guiné 61/74 - P19737: XIV Encontro Nacional da Tabanca Grande (8): Data-limite para inscrições: próximo dia 10 de maio, sexta-feira... Está a ser enviado lembrete, por email, para os retardatários...

domingo, 5 de maio de 2019

Guiné 61/74 - P19747: Blogpoesia (618): "Extermínio das civilizações", "A voz do pensamento" e "Guardo para mim...", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728

1. Do nosso camarada Joaquim Luís Mendes Gomes (ex-Alf Mil da CCAÇ 728, Cachil, Catió e Bissau, 1964/66) estes belíssimos poemas, da sua autoria, enviados, entre outros, ao nosso blogue, que publicamos com prazer:


Extermínio das civilizações

Percorrendo-se a história das civilizações e como desapareceram, desde a antiguidade, há um denominador comum que caracteriza a hora do seu extermínio.

O seu percurso é análogo.
Nascem da mesma forma, como ser vivo a aprender as leis da vida.
Na posse delas, se organizam, crescem e medram.
Atingem a maioridade. A idade adulta.
E, em todas, no remanso da abundância e facilidades, se dá o desvirtuamento dos costumes.
Perde-se o equilíbrio e se opera a inversão dos valores.
A irracionalidade se instala e fica dominante.
Impera a desordem. Se abatem os valores estruturais.
Vem a depravação.
Em pouco tempo, a inversão lhe dita a morte por decomposição.
Aprova-se o aborto, por mera comodidade. Espalha-se, como uma erva daninha, a teoria abominável da lei do género.

Depois, o desfecho inevitável do fim das civilizações modernas...

Berlim, 4 de Maio de 2019
20h57m
Jlmg

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A voz do pensamento

Recolhido nas suas cogitações,

Um dia, começou a ensaiar os primeiros tons.
Do grave para o agudo.
Fez fracções com harmonia.
Cantarolou com gosto.
Quis expressá-los.

Como?
Encheu o peito de ar.
Soprou a voz.
Ouviu gemidos.
Soluçou ais e uis.
Achou bonito.

Afinou a voz e soltou a primeira melodia que lhe ditou o coração.
Depois, pensou.

Como seria bom rabiscar no chão, de modo que o mundo entenda.
Tanto tempo passou. E, nada.

Ainda hoje anda à procura.

Não desistiu.
Talvez, um dia.

Nem de fala nem de escrita.
Tudo dê, por telepatia.
Oxalá eu veja!...

Berlim, 30 de Abril de 2019
10h51m
Jlmg

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Guardo para mim...

A quem me hei-de queixar,

senão à Natureza que me fez assim?
Como uma poalha voo ao deus-dará,

conforme as vagas que este mundo varre.
Não adianta. Me enquisto na minha concha e vogo.

Umas vezes, é o suão quente e seco que me encarquilha a pele.
Outras, o vento norte que me regela os ossos.

Bendigo a hora em que rompe a Primavera.
Tudo floresce. Uma verdadeira aurora.
Depois, chega o Verão.
Pendem ridentes os cachos de uvas gordas.
Se enchem as pipas das adegas e os celeiros, pelo São Miguel.
Me consolo com uma caneca do vinho mosto que me faz bigodes.

Depois das vindimas, fervem os alambiques com a cachaça fresca.
Só com o cheiro acre, fico sonhando tonto.
Assim decorre e bem a marcha acelerada da minha vida...

Berlim, 28 de Abril de 2019
12h39m
Jlmg
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Nota do editor

Último poste da série de 28 de abril de 2019 > Guiné 61/74 - P19724: Blogpoesia (617): "O casal de esquilitos", "Meu pensamento" e "As fontes de prazer", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728