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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Guiné 61/74 - P23939 O nosso blogue em números (81): atingimos o final do ano de 2022 com um total de 13,9 milhões de visualizações de páginas: houve uma quebra de 30% em relação a 2021

 

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2023)

1. C
ontinuamos a publicar alguns números sobre a nossa atividade bloguística em 2022 (*). 

O nosso blogue atingiu, no final do último ano, cerca de 13,9 milhões de visualizações de páginas (grosso modo, de "visitas", o que não é exatamente igual a "visitantes"...). Segundo as estatísticas do nosso servidor, o Blogger , essa estatística foi assim apurada:

(i) 1,8 milhões desde o início do blogue, em 23/4/2004 até maio de 2006;

e (ii) c. 12,1   milhões, desde então até 31/12/2022 (Gráfico 2).

Houve um quebra de  30 % relativamente ao ano anterior (**). Essa quebra é mais acentuada no 1º semestre (n=290 mil visualizações) do que no 2º (n=330 mil visualizações (Gráfico nº 3). Em média, tivemos 1700 visualizações por dia.

Importa recordar que, no início do blogue, no período de abril de 2004 a maio de 2010, tínhamos um outro contador; o saldo acumulado de visualizações de páginas não transitou automaticamente, a partir de maio de 2010. Quando o Blogger disponibilizou um contador, começou a contagem no zero....


Gráfico nº 2A - Evolução das visualizações de página ao longo do ano de 2022
Fonte: Blogger (2023)


2. Achamos que não vale a pena desagregar este número pelos meses do ano. Mas sabemos, de acordo com a experiência passado, que o movimento é variável conforme os meses, as semanas e os dias:  por exemplo, houve vários picos, em 2022, com valores acima das 5 mil  visualizações diárias, no 2º semestre, com valores que chegaram mesmo  a ultrapassar os dez mil  (em 25/11/2022) e os mais de 12600 (20/9/2022 e 1/12/2022) (Gráfico nº 3).  No último mês, por exemplo, o nº de visualizações foi de 73 mil (200 mil nos últimos três meses), superior à média mensal (=51,8 mil)

Mas estes  picos não têm qualquer significado estatístico (são "outliers"): em geral estão associados à atividade de robôs que fazem capturas de página. O nosso blogue é seguido, regularmente, por exemplo pelo Arquivo.pt (que em 2022 fez 4 capturas de páginas). (Como é sabido, "o Arquivo.pt  é uma infraestrutura de investigação que permite pesquisar e aceder a páginas da web arquivadas desde 1996. O principal objetivo é a preservação da informação publicada na Web para fins de investigação".)

Por outro lado, o nosso servidor, o Blogger, faz hoje mais controlo, do que no passado, sobre o SPAM e outras visitas indesejáveis na caixa de cometários.

3. Já agora, e por simples curiosidade, indicam-se "os  cinco postes mais visualizados"  ("Top Five") durante o ano de 2022:







Com 1, 81 mil visualizações > 6 de fevereiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22974: In Memoriam (426): Paz para a alma de todos os nossos camaradas que morreram no desastre de Cheche, faz hoje 53 anos...Foram 47 vidas ceifadas na flor da idade... Estupidamente!... (Virgílio Teixeira, ex-alf mil SAM, CCS / BCAÇ 1933, Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)









Com 639 visualizações > 1 de abril de 2019 > 2019 > Guiné 61/74 - P19640: (De)Caras (126): Capitão de Infantaria Francisco Meireles, cmdt da CCAÇ 508, morto em Ponta Varela, Xime, em 3/6/1965 - Parte III (Jorge Araújo)




Como já o temos dito (***), a expressão "postes mais visualizados" não quer dizer os "postes mais comentados" nem sequer os "mais lidos... O poste pode ter sido, num dado dia, clicado "n" vezes, sem nunca sequer ter sido lido...

Estes resultados têm, pois, que ser vistos com muitas reservas e cautelas... Não significam necessariamente "maior popularidade" ... Por exemplo, não temos meios para distinguir o interesse dos leitores e as pesquisas feitas por robôs... Repare-se, entre estes cicno postes, só dois foram publicados em 2022... E há dois (P21145 e P21522) que voltam a aparecer no "Top Five" (nos cinco mais visualizados)...

É bom ter em conta que o  título da série e os marcadores, descritores ou "tags", ou o próprio título do poste, também podem influenciar a pesquisa... Neste caso, por exemplo, o poste P21145, da autoria do José Belo, dirige-se a um público-alvo, o "macho ibério" (sic), muito mais vasto do que os "antigos combatentes da Guiné" (mesmo que, entre estes útimos,  também pudesse haver admiradores das altivas e distantes suecas, louras e de olhos azuis...). 

(Continua)

___________

Notas do editor:


(***) Vd. poste de 16 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22910: O nosso blogue em números (78): Os vinte postes com maior nº de visualizações ao longo dos 12 meses do ano de 2021...

domingo, 1 de janeiro de 2023

Guiné 61/74 - P23937: O nosso blogue em números (80): em 2022, publicámos 1068 postes, pouco menos do que em 2021, mas ainda assim na casa dos 3 por dia em média...


Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2022)

1.  Melhor Ano Novo de 2023, caros/as leitores/as!... Livre das maleitas que, de uma maneira ou doutra, nos têm atingido, individual ou coletivamente,

Aqui vão, logo no primeiro dia do ano, alguns elementos do nosso "relatório & contas"... Fazemo-lo,  não por  imperativo legal (ou até ético), mas apenas pelo gosto de cultivar a nossa "memória".

Estes dados estatísticos, para além da "prestação de contas" (que são devidas aos membros da Tabanca Grande, a quem nos lê, a quem nos comenta, a quem nos escreve, a quem nos divulga, a quem nos segue, a quem nos acarinha...), também servem para memória futura.  

 E começando pelo Gráfico nº 1, vê-se que "ainda continuamos vivos", ao fim de quase 19 anos a "blogar" ... Enfim, e tudo isto apesar dos problemas de saúde de alguns de nós, e do desaparecimento de tantos outros (alguns dos nossos melhores),  
 apesar do cansaço bloguístico, apesar do desfalque da equipa de coeditores (o Jorge Araújo, embora atento e ativo continua longe, nos Emiratos Árabes Unidos), etc., etc.

Recorde-se que o nosso blogue nasceu muito timidamente, e por acaso, em 23/4/2004... E nesse ano só se publicaram... quatro (!) postes. Ninguém, seguramente, previa a sua longevidade: publicar quase 24 mil postes na Net, em  é uma "eternidade... 


2. O número de postes publicados, durante o ano de 2022, foi de 1068, ligeiramente inferior ao de  2021 (n=1140). Houve uma quebra de 6,7%. Acentua-se, todavia,  a tendência descrescente, verificada desde há 8/10 anos, o que faz parte da "ordem natural das coisas"... Grosso modo, estamos a publicar 3 postes por dia...

Como curiosidade, refira-se que o nosso recorde, inultrapassável, foi o ano de 2010, em que atingimos um valor máximo, histórico, de 1955 postes publicados (!)  (cerca de 5,4 postes por dia)...  Mas não estamos aqui para bater recordes...

Como temos dito noutras ocasiões, já não temos a mesma genica, amesma pedalada,  a mesma saúde, a mesma motivação... E muitos de nós já esgotaram as "memórias" do seu baú... 

Enfim, o blogue já não pode ter a mesma frescura, o mesmo encanto, a mesma capacidade de atração  dos melhores anos (grosso modo, até 2014). 

Carlos Vinhal
Neste ano que passou (2022),  também falharam novas entradas, como veremos noutro poste e aumentou a lista dos que "da lei da morte já se libertaram"...

A nossa gratidão vai para quem, em 2022,  alimentou o nosso blogue, mandando-nos material para publicar!... Seria impossível listar todos os "autores" dos 1068 postes publicados. 

E pessoalmente estou também muito grato aos nossos coeditores, com destaque para o incansável e insubstituível Carlos Vinhal  (foto à direira),  bem como colaboradores permanentes, comentadores, leitores... !
(LG)
____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste anterior da série > 2 de janeiro de 2022 > Guiné 61/74 - P22870: O nosso blogue em números (72): afinal, nem tudo correu mal... Em mais um "annus horribilis", o de 2021, publicámos 1140 postes, o que está dentro da média dos últimos cinco anos...

quarta-feira, 28 de dezembro de 2022

Guiné 61/74 - P23926: Memórias cruzadas com 50 anos de intervalo: em tempo de guerra, no Xime (1972); e em tempo de paz, em Al Ain (Abu Dhabi) (2022)




O nosso coeditor Jorge [Alves] Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger, CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/1974), professor do ensino superior, ainda no ativo. Tem mais de 290 referências no nosso blogue.


1. Mensagem do Jorge Araújo

Data  - 20/12/2022, 19:30
Assunto - Notíicas das Arábias

Caro Luís,
Boa noite.

Espero que continues a recuperar das tuas maleitas.

Nesta oportunidade, e já com muito atraso em relação ao que era suposto, envio a minha mensagem de Boas Festas, partindo duma viagem que fizemos à cidade de Al Ain, situada a cerca de 130 kms. de Abu Dhabi.

Haverá uma segunda parte, que enviarei oportunamente.

Para ti e para todos os teus, desejamos um Santo Natal e um melhor ano de 2023, com mais saúde.

Um abração.
Jorge Araújo + Maria João



MEMÓRIAS CRUZADAS COM 50 ANOS DE INTERVALO:

UMAS EM TEMPO DE GUERRA, NO XIME (GUINÉ), EM 1972;

OUTRAS EM TEMPO DE PAZ, EM AL AIN (ABU DHABI), EM 2022


PARTE I

1. – INTRODUÇÃO

Em recente deslocação a Al Ain, uma cidade pertencente ao Emirado de Abu Dhabi, conhecida como a “Cidade Jardim”, e a quarta maior do território dos Emirados Árabes Unidos (EAU), depois do Dubai, Abu Dhabi (a capital) e Sharjah, encontrei na geografia 
local uma das razões (e a inspiração!) para a elaboração da presente narrativa, a partilhar na “Tabanca Grande”, no âmbito da actual Quadra Natalícia, tendo por comparação as memórias registadas em 1972, no contexto militar, em contraponto com as actuais experiências vividas, em tempo de paz, em território da Península Arábica.

Foi neste contexto que surgiu o título acima, que identifica apenas o conteúdo desta Parte I, uma vez que a segunda, a elaborar proximamente, será do tipo “reportagem” do que foi um fim-de-semana passado em Al Ain, a cidade onde alguns acreditam ter nascido o Sheikh Zayed Bin Sultan Al Nahyan (1918.05.06-2004.11.02), fundador dos Emirados Árabes Unidos, em 02 de Dezembro de 1971… fez agora 51 anos.

Para melhor enquadramento do seu território convém referir que Al Ain é a maior cidade
do interior dos Emirados, onde as suas principais rodovias, que ligam Al Ain, Abu Dhabi
e Dubai (ver mapa acima), formam um triângulo geográfico no país, estando cada
cidade a aproximadamente 130 quilómetros entre si.

No que concerne aos “Oásis” da cidade, visitas previstas no roteiro da viagem, uma placa colocada numa das avenidas arborizadas conduziu-nos ao «Al Ain Oásis». Adjacente a este existia também o Museu Nacional de Al Ain e o Forte do Sultão Bin Zayed, que também visitámos.

Antes de mais, é relevante acrescentar que o «Al Ain Oásis» é Património Mundial da Unesco.

Depois de concluída a implementação do seu projecto global, a autoridade de Turismo e Cultura de Abu Dhabi decidiu abrir o «Oásis» aos visitantes, organizando um roteiro da visita
completo, de modo a ajudar a compreender melhor o significado e as muitas lições que daí se poderão tirar. 

Em cada passeio pelo «Oásis», o visitante logo se apercebe que um «Oásis» não é apenas um palmeiral (conjunto de palmeiras), mas também um ambiente desértico completo. Incorpora arquitectura, conhecimento interdisciplinar, comportamento social e práticas tradicionais, que são fundamentais para garantir a sua vida.

Este projecto é de baixo impacto ambiental pois permite que cada um aprenda, observe
e interaja, respeitando a integridade cultural do mesmo.

Quanto a nós, e para além disso tudo, no final da visita os nossos olhos viram mais além… fazendo-nos recuar cinquenta anos (meio século) como são os exemplos abaixo.


2. – FOTOGALERIA COM 50 ANOS DE INTERVALO

▼ NO XIME (1972)


Foto 1 – “Oásis” do Xime, em contexto de guerra.

EM AL AIN (2022) ▼


Foto 2 – “Oásis” de Al Ain, em contexto de lazer.


Foto 3 – “Oásis” do Xime, em contexto militar.


Foto 4 – “Oásis” de Al Ain, em contexto de lazer.


Foto 5 – Actividade operacional na área da Ponta Varela.


Foto 6 – Sala de Reuniões do Forte do Sultão Bin Zayed.


Foto 7 – Actividade operacional na Ponta Coli (Estrada Xime-Bambadinca)


Foto 8 – “Oásis” de Al Ain, em contexto de lazer.


Foto 9 – Porta d’Armas do Aquartelamento do Xime.


Foto 10 – Panorâmica dos acessos exteriores ao «Oásis de Al Ain»


Foto 11 – Posto de vigia e comando na Ponta Coli


Foto 12 – Posto de controlo de ingressos no «Oásis Al Ain»



Duas fotos do Almoço de Natal de 1972, do contingente da CART 3494, no Xime.


BOAS FESTAS

QUE TENHAM UM ÓPTIMO NATAL E UM MELHOR ANO NOVO,

COM MUITA SAÚDE.

Jorge Araújo
20DEZ2022
____________

segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

Guiné 61/74 - P23894: Memórias cruzadas: relembrando os 24 enfermeiros do exército condecorados com Cruz de Guerra no CTIG (Jorge Araújo) - Parte IX

 


O nosso coeditor Jorge [Alves] Araújo, ex-Fur Mil Op Esp/Ranger, CART 3494 (Xime e Mansambo, 1972/1974), professor do ensino superior, ainda no ativo. Tem mais de 290 referências no nosso blogue.


MEMÓRIAS CRUZADAS

NAS “MATAS” DA GUINÉ (1963-1974):

RELEMBRANDO OS QUE, POR MISSÃO, TINHAM DE CUIDAR DAS FERIDAS CORPOREAS PROVOCADAS PELA METRALHA DA GUERRA COLONIAL: «OS ENFERMEIROS»

OS CONTEXTOS DOS “FACTOS E FEITOS” EM CAMPANHA DOS VINTE E QUATRO CONDECORADOS DO EXÉRCITO COM “CRUZ DE GUERRA”, DA ESPECIALIDADE “ENFERMAGEM”

PARTE IX

► Continuação do P23711 (VIII) (15.10.2022)

1.   - INTRODUÇÃO


Com este antepenúltimo fragmento relacionado com o tema em título, continuamos a partilhar no Fórum da Tabanca Grande os resultados obtidos nessa investigação. Com ela, procura-se valorizar, em particular, o importante papel desempenhado pelos nossos camaradas da “saúde militar” (e igualmente no apoio a civis e população local) – médicos e enfermeiros/as – na nobre missão de socorrer todos os que deles necessitassem, quer em situação de combate, quer noutras ocasiões de menor risco de vida, mas sempre a merecerem atenção e cuidados especiais.

Considerando a dimensão global da presente investigação, esta teve de ser dividida em partes, onde se procura descrever cada um dos contextos da “missão”, analisando “factos e feitos” (os encontrados na literatura) dos seus actores directos “especialistas de enfermagem”, que viram ser-lhes atribuída uma condecoração com «Cruz de Guerra», maioritariamente de 3.ª e 4.ª Classe. Para esse efeito, a principal fonte de informação/ consulta utilizada foi a documentação oficial do Estado-Maior do Exército, elaborada pela Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974).

 

2.   - OS “CASOS” DO ESTUDO


De acordo com a coleta de dados da pesquisa, os “casos do estudo” totalizaram vinte e quatro militares condecorados, no CTIG (1963/1974), com uma «Cruz de Guerra» pertencentes aos «Serviços de Saúde Militar», três dos quais a «Título Póstumo», distinção justificada por “actos em combate”, conforme consta no quadro nominal elaborado por ordem cronológica e divulgado no primeiro fragmento – P21404.

Nesta antepenúltima parte - a nona - analisaremos mais dois “casos”, ambos registados durante o ano de 1967, onde se recuperam mais algumas memórias dos seus respectivos contextos.

No quadro 1 (abaixo), referem-se os casos nominais que faltam contextualizar (n-6).


Aproveitando a elaboração do presente fragmento, voltamos a reproduzir o quadro geral dos “condecorados”, onde o seu universo foi estratificado por posto e ano da condecoração, com a divisão das frequências por triénios.


Quadro 2 – Da análise ao quadro supra, verifica-se que o número total de indivíduos do Exército, com formação específica na área dos «Serviços de Saúde Militar», condecorados com medalha de «Cruz de Guerra» por “actos em combate”, e considerados como fazendo parte da população deste estudo, é de 24 (vinte e quatro), todos eles pertencentes a diferentes Unidades de Quadrícula em missão no TO.


Verifica-se, ainda, que desse universo, 1 era Alferes médico (4.2%), 4 eram Furriéis enfermeiros (16.6%), 15 eram 1.ºs Cabos Enfermeiros (62.5%), 1 era 1.º Cabo maqueiro, 1 era Soldado auxiliar de enfermagem (4.2%) e 2 eram Soldados maqueiros (8.3%).
É relevante o facto de entre os anos de 1968 e 1971 não ter havido “condecorações” na mesma especialidade do grupo do estudo, assim como no último ano do conflito (1974), uma vez que no 1.º triénio (1963-1965) foram registados 7 casos (29.2%) e no 2.º triénio (1966-1968) os distinguidos foram 15 (62.5%).
É também de relevar o facto de que durante o 1.º sexénio (1963-1968), foram contabilizadas 22 condecorações (92% dos casos), equivalente à soma dos dois primeiros triénios, enquanto no 2.º sexénio (1969-1974) só se verificaram, apenas, duas (8%).
Pergunta-se: O que se terá passado nos anos de 1968 a 1971 para não se terem registado condecorações na área da “Saúde Militar”?

3. - OS CONTEXTOS DOS “FEITOS” EM CAMPANHA DOS MILITARES DO EXÉRCITO CONDECORADOS COM “CRUZ DE GUERRA”, NO CTIG (1963-1974), DA ESPECIALIDADE DE “ENFERMAGEM” - (n=24)

3.17 - MANUEL AUGUSTO RODRIGUES MIRANDA, 1.º CABO AUXILIAR DE ENFERMEIRO, DA CCAÇ 1501, CONDECORADO COM A CRUZ DE GUERRA DE 3.ª CLASSE 



A décima sétima ocorrência a merecer a atribuição de uma condecoração a um elemento dos «Serviços de Saúde» do Exército, esta com medalha de «Cruz de Guerra» de 3.ª Classe - a segunda das distinções contabilizadas no decurso do ano de 1967 - teve origem no desempenho tido pelo militar em título ao longo da sua comissão. Merecem, todavia, destaques, os comportamentos tidos nas acções «Operação Mutação», «Operação Assédio» e «Operação Açoite 10».

► Histórico



◙ Fundamentos relevantes para a atribuição da Condecoração

▬ Portaria de 26 de Setembro de 1967:



“Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 3.ª Classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província da Guiné Portuguesa, o 1.º Cabo, n.º 5484365, Manuel Augusto Rodrigues Miranda, da Companhia de Caçadores 1501 [CCAÇ 1501] – Batalhão de Caçadores 1877, Regimento de Infantaria 15.”

● Transcrição do louvor que originou a condecoração:

“Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, louvar o 1. Cabo n.º 5484365, Manuel Augusto Rodrigues Miranda, da Companhia de Caçadores 1501 – RI 15, pela maneira como se tem comportado em todas as acções em que tem tomado parte, acorrendo prontamente aos locais em que há feridos a assistir, não se poupando ao perigo desde que o exercício da função da sua especialidade assim o exija.

A este escrupuloso cumprimento do dever alia desembaraço, resistência física e grande serenidade debaixo de fogo, qualidades estas que muito têm contribuído para o cumprimento da sua missão.

Durante a «Operação Mutação», demonstrou qualidades de presença de espírito frente ao inimigo, deslocando-se à rectaguarda da coluna para prestar os primeiros socorros a um ferido grave, evitando com a sua intervenção oportuna que o mesmo continuasse a perder sangue, com grave risco de vida. De salientar o facto de ser a primeira operação em que tomou parte.

Na «Operação Assédio», logo que teve conhecimento da existência de feridos, imediatamente se deslocou debaixo de fogo inimigo para o meio da clareira onde as nossas tropas estavam a ser emboscadas. O seu desembaraço, serenidade, dinamismo, total dedicação e excepcional presença de espírito permitiram-lhe assistir sozinho a todos os feridos. No regresso, a sua notável resistência física contribuiu para que prestasse uma assistência permanente, durante várias horas do deslocamento, aos feridos que eram transportados em macas, conseguindo que os mesmos chegassem ao quartel em razoáveis condições de serem evacuados.

Mais uma vez, na «Operação Açoite 10», a sua acção mereceu ser citada no relatório da operação, pela eficiência demonstrada na assistência a um ferido.

Mercê da sua coragem, valentia e solidariedade para com os camaradas, o 1.º Cabo Miranda tornou-se credor de muita estima e admiração de todo o pessoal da sua Companhia, constituindo a sua presença um elemento moralizante.” (CECA; 5.º Vol.; Tomo IV, p 455).

CONTEXTUALIZAÇÃO DA OCORRÊNCIA



Não tendo sido possível obter quaisquer informações sobre detalhes factuais relacionados com as três operações anteriormente identificadas, tomámos a iniciativa de considerar, para enquadramento particular deste contexto, outros aspectos da actividade operacional em que intervieram forças da CCAÇ 1501.

Está neste caso a sua participação na «Operação Inquietar», realizada entre 9 e 11 de Maio de 1967 (de 3.ª a 5.ª feira), na região de Sare Dicó, que tinha por objectivo executar acções de força sobre o acampamento IN de Canjambari, Sector L2, em coordenação com as forças do Agr 1976 (infogravura abaixo).

No livro da CECA consta que as forças intervenientes nesta «Operação», que contaram com apoio aéreo, foram organizadas em quatro destacamentos: Dest. A = CCaç 1685; 1 GC CArt 1690 (do, então, Alf. A. Marques Lopes) e 1 do PCMil 3; Dest B = CCaç 1689 e 1 Sec/CMil 3; Dest C = CCaç 1501, 1 GC CCaç 1499, 2 Sec/CMil 2 e 1 Sec/CMil 4; Dest D = 1 PRec 1578.



● Resultados => As NT destruíram um acampamento com 10 casas de mato, depois de terem 
passado revista e capturado 1 "longa", roupas e utensílios domésticos. Depois foi detectado outro, que foi assaltado; capturadas 2 "longas", destruídos numerosos artigos, utensílios domésticos, e derrubadas 30 casas de mato (acampamento de Cambajú). As NT destruíram ainda 10 casas de mato, sendo 5 cobertas com zinco, e capturaram, além de material, documentos e munições diversas, o seguinte armamento: - Lgfog "P-27 Pancerovka" 1-MI"M-52" 1 - Esautom"V-52" 1 - Esp "Mauser " 1 - "Longa" 3 - Gmdef "F-1" 6 - Gmdef"RG-34" 3 - Granadas de "lgfog" 3 - Carregadores de esautom "V-52" 7 " da ml "Degtyarev" 2" da mi "M-52" 2 - Gmdef 1 Munições: - Da esautom "M-52" 217 - Da mi "Degtyarev" 92 - Da pmetr "PPSH" 30 - De pistola 23 - Da eautom "Kalashnikov" 18 - Da esp "Mauser" 3 (CECA, 7.º Vol., Tomo II, p 44).

● Porém, durante esta investigação encontrámos informações mais desenvolvidas, ainda que não coincidentes, nomeadamente quanto ao período indicado na fonte oficial, como foi o caso do Poste 94, publicado no Blogue da CART 3494 em 18 de Fevereiro de 2011, cujo conteúdo se transcreve:

◙ «Operação Inquietar I» - de 9 a 15Jun1967 (de 6.ª a 5.ª feira seguinte).

Ø Situação Particular => Há notícias de que o IN tem um acampamento em CANJAMBARI além de outros espalhados pela mata do OIO. O IN tem-se revelado durante operações realizadas e implantado engenhos explosivos nos itinerários.

Ø Missão => Executar uma acção em força sobre o acampamento IN de CANJAMBARI em coordenação com as forças do Agrupamento 1976.

Ø Forças Executantes => As mesmas indicadas no livro da CECA

Ø Desenrolar da Acção =>

09Jun1967 (6.ª feira) = Os destacamentos A e B deslocaram-se em meios-auto de FÁ para BANJARA. Devido à falta das viaturas militares para os transportar houve necessidade de recorrer a requisição de viaturas civis, utilizadas apenas no troço FÁ - SARE BANDA. A concentração das forças em BANJARA foi morosa, pois teve que se fazer por escalões. Iniciada pelas 07h00 terminou pelas 16h00.

● 10Jun1967 (sábado) = Pelas 02h00 os destacamentos A e B iniciaram junto o movimento
para CASA NOVA que atingiram pelas 06h00. Pelas 06h50 as NT abriram fogo sobre 2 elementos desarmados tendo abatido um e ferido outro num braço, quando tentavam a fuga. Interrogado este revelou a existência de uma tabanca nas proximidades, localizado depois em BANJARA 2A4. Pelas 13h50 atacaram este objectivo que o IN abandonou precipitadamente. - As NT destruíram 10 casas de mato, depois de terem passado revista e capturado uma longa, roupas e utensílios domésticos. Pelas 12h30 as NT atingiram GENDO, utilizando o prisioneiro como guia [imagem ao lado], onde pararam para comer. Em exploração das declarações prestadas pelo guia os Cmdt’s Dest. A e B que estavam juntos decidiram seguir a corta-mato para SAMBA CULO, durante a noite, se até iniciarem a progressão não fossem detectadas. Pelas 13h00 ouviram um tiro isolado do lado NW, que lhes pareceu de reconhecimento. Pelas 14h40 um Gr IN estimado em 15 a 20 elementos flagelou durante cerca de 20 minutos com armas automáticas: PM, LGF, e Mort. 60, a posição onde as NT se encontravam, mas sem consequências.

- O Comandante do Dest. B decidiu então, como medida de excepção, desviar-se para BANJARA 5A5 e daqui progrediu durante a noite em direcção a SAMBA CULO. Pelas 17h30 as NT já se encontravam em andamento quando ouviram o rebentamento de duas granadas de mort. 60 no local onde estacionaram. Cerca das 18h00 as NT avistaram 2 elementos dos que seguiam em direcção às NT. Ao detectá-los internaram-se no mato. Momentos depois ouviu-se o lançamento de 1 granada de Mort., tendo as NT avançado imediatamente sobre a posição onde se supunha estar instalada a arma. Assaltado o acampamento foram capturadas 2 longas, destruídos numerosos artigos e utensílios domésticos, roupas, alimentos, catanas, bicicletas e destruídas 50 casas de mato, acampamento de CAMBAJÜ situado em BANJARA, 3CL. O Cmdt. Dest. B decidiu então atravessar a bolanha do Rio Cambajú, para passar a noite em BANJARA 3EL e progredir depois sobre SAMBA CULO.


 11Jun1967 (domingo) = Pelas 05h00, debaixo de chuva torrencial, as NT progrediram ao longo do Rio Cambajú, seguindo o Dest. B à frente. Pelas 08h00 o Dest. B capturou um elemento IN, que explorado levou as NT a destruir outro acampamento. Cerca das12h00 o PCV entrou em contacto com o Dest. B, que lhe solicitou que sobrevoasse o Dest. C que necessitava da sua presença e voltasse depois. Em vão o PCV tentou contactar de novo com o Dest. A e B. No resto da manhã e durante a tarde de 11Jun67, pelo que não foi possível reabastecê-los como estava previsto, apesar de todos os esforços de ligação do PCV, dos T-6 e HELI. Finalmente pelas 17h50 conseguiu o PCV contactar com o Dest B, que pedia a evacuação de 1 ferido, evacuado momentos depois por um HELI. No seu regresso a Bissau, depois de feito o reabastecimento do Dest. C verificou-se que os Dest’s. A e B se encontravam pela região do ponto 38 (BANJARA 2D4) e dado o estado precário do pessoal, pediu autorização para retirar o que lhes foi negado.

12Jun1967 (2.ª feira) - Pelas 08H00, como o PCV não aparecesse e os Dest. A e B não tivessem sido reabastecidos, os Cmdt’s dos Dest’s decidiram progredir para SW, tendo atingido BANJARA pelas 09h00 altura em que surgiu o PCV e lhes comunicou que de BAFATA saíra uma coluna com os reabastecimentos e com as instruções a cumprir durante o dia 12 e na noite de 12/13Jun. O Dest. A recebeu ordem de montar emboscadas sobre o itinerário BANJARA - MANTIDA e o Dest. B recebeu ordem de montar emboscada na região de BANTAJÃ, mas que não resultaram.

13Jun1967 (3.ª feira) - Iniciado o regresso, os Dest. A e B chegaram a FÁ pelas 12h50.

Nota: Sobre esta operação consultar outros textos de A. Marques Lopes em  postes  P48 e P49, de 7 de Junho de 2005.

3.17.1 - SUBSÍDIO HISTÓRICO DA COMPANHIA DE CAÇADORES 1501

            = BULA - BISSAU - MANSOA - TEIXEIRA PINTO - INGORÉ - PELUNDO - FAJONQUITO  

Mobilizada pelo Regimento de Infantaria 15 [RI 15], de Tomar, para cumprir a sua missão ultramarina no CTIG, a Companhia de Caçadores 1501 [CCAÇ 1501], a terceira Unidade de Quadrícula do Batalhão de Caçadores 1877 [BCAÇ 1877; do TCor Inf Fernando Godofredo da Costa Nogueira de Freitas], embarcou no Cais da Rocha, em Lisboa, em 20 de Janeiro de 1966, 4.ª feira, a bordo do N/M «UÍGE», sob o comando do Cap Inf Rui Antunes Tomaz, tendo chegado a Bissau a 26 do mesmo mês.

3.17.2 - SÍNTESE DA ACTIVIDADE OPERACIONAL DA CCAÇ 1501

Após a sua chegada a Bissau, a CCAÇ 1501 seguiu em 04Fev66 para Bula a fim de efectuar a adaptação operacional na região de Bula-Pelundo-Jolmete, sob a orientação do BCAV 790 [28Abr65-08.02.67, do TCor Cav. Henrique Alves Calado (1920.06.12-2001.11.12)] até 21Fev66, após o que recolheu a Bissau, ficando na função de subunidade de intervenção e reserva do Comando-Chefe. Em 26Mar66, seguiu para Mansoa, sendo atribuída em reforço do BCAÇ 1857 [06.08.65-03.05.67, do TCor Inf. José Manuel Ferreira de Lemos], com vista à segurança e protecção aos trabalhos da estrada Mansoa-Mansabá, tendo-se instalado num aquartelamento temporário no Km 10, a partir de 31Mar66 e até 15Jul66, após o que recol08.02.66-heu, de novo, a Bissau. Em 21Jul66, seguiu para Teixeira Pinto, a fim de reforçar o dispositivo do seu batalhão [BCAÇ 1877 – 08.02.66-06.10.67, do TCor Inf. Fernando Godofredo da Costa Nogueira de Freitas], com vista à actuação ofensiva na área do Churo, cedendo ainda um GrComb para reforço temporário das guarnições de Ingoré, de 21Jul66 a 29Set66 e de Pelundo, a partir de 29Set66. Em 26Jan67, seguiu para Fajonquito a fim de render a CCAÇ 1497 (26.01.66-04.11.67, do Cap. Inf. Carlos Alberto Coelho de Sousa], tendo assumido a responsabilidade do respectivo subsector em 31Jan67, com Grs Comb destacados em Tendinto e Cambajú e ficando igualmente integrada no dispositivo e manobra do seu batalhão. Em 19Set67, foi rendida no subsector de Fajonquito pela CCAÇ 1685 [14.04.67-16.05.69, do Cap. Inf. Alcino de Jesus Raiano] e recolheu em 24Set67 a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso, o qual ocorreu em 06 de Outubro de 1967 (CECA; pp 80-81)

3.18 - JOSÉ LUÍS VALENTE TEIXEIRA DA ROCHA, 1.º CABO AUXILIAR DE ENFERMEIRO, DA CCAÇ 1416, CONDECORADO COM A CRUZ DE GUERRA DE 4.ª CLASSE 


A décima oitava ocorrência a merecer a atribuição de uma condecoração a um elemento dos «Serviços de Saúde» do Exército, esta com medalha de «Cruz de Guerra» de 4.ª Classe - a terceira das distinções contabilizadas no decurso do ano de 1967 - teve origem no desempenho tido pelo militar em título durante a «Operação Milhafre» [?], desconhecendo-se a data e a região onde a mesma teve lugar.




◙ Fundamentos relevantes para a atribuição da Condecoração

▬ O.S. n.º 16, de 06 de Abril de 1967, do QG/CTIG:

“Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª Classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, de 18 de Julho de 1967: O 1.º Cabo n.º 06626264, José Luís Valente Teixeira da Rocha, da Companhia de Caçadores 1416 [CCAÇ 1416] – Batalhão de Caçadores 1856, Regimento de Infantaria n.º 1.”

● Transcrição do louvor que originou a condecoração:

“Louvo o 1.º Cabo auxiliar de enfermeiro, n.º 06626264, José Luís Valente Teixeira da Rocha, da CCAÇ 1416, porque no decorrer da «Operação Milhafre» [?], mostrou notável sangue frio e abnegação, socorrendo os seus camaradas necessitados de auxílio debaixo de intenso fogo In, numa violenta emboscada que colheu quase por inteiro toda a coluna e provocou numerosas baixas entre as nossas forças.” (CECA; 5.º Vol., Tomo V, p 108).

CONTEXTUALIZAÇÃO DA OCORRÊNCIA


Na busca de outros elementos factuais ocorridos durante a «Operação Milhafre», tendentes a uma melhor contextualização dos mesmos, já que se tratou “(…) de auxílio debaixo de intenso fogo In, numa violenta emboscada que colheu quase por inteiro toda a coluna e provocou numerosas baixas entre as nossas forças”, situação que acabaria por fundamentar a condecoração acima, as fontes bibliográficas consultadas não nos permitem acrescentar algo mais.

No entanto, partindo do facto da mesma ter “provocado numerosas baixas entre as nossas forças”, a questão de partida era tentar saber se as houve, quantas e como ocorreram as baixas da CCAÇ 1416.

Assim, durante o ano de 1966, esta Unidade contabilizou quatro mortes, a saber:

▼ 1. - Filipe Salvador Amaral, Soldado, natural do Fundão.

● Em 24 e 25.Fev.1966, durante a «Operação Cabuca»: Em exploração de uma notícia que referia que um numeroso grupo In ia atacar Cabuca. Forças da CCaç 1416 seguiram para aquela localidade. O In, instalado junto ao rio Cumbera (afluente do Corubal) e protegido pelas rochas, fez fogo sobre as NT. Estas reagiram desalojando o In, que retirou para a República da Guiné, sofrendo 15 mortos, 5 dos quais ficaram abandonados no local. As NT sofreram 1 morto (Filipe Salvador Amaral, 1 ferido grave e vários ligeiros. (CECA, p 392).

● As restantes três baixas ocorreram em 22.Jul.1966, durante um ataque ao Aquartelamento de Medida do Boé, conforme consta no P21547 - (D)o Outro lado do Combate…

▼ 2. – Augusto Reis Ferreira, Soldado, natural de Montargil (Ponte de Sôr).

▼ 3. – Carlos Manuel Santos Martins, Soldado, natural da Cova da Piedade (Almada).

▼ 4. – Rogério Lopes, 1.º Cabo, natural de Chão de Couce (Ancião).

Eis, em síntese, o que foi apurado sobre as questões em aberto.



Foto 2 – Região do Boé > Madina do Boé > CCAÇ 1589 / BCAÇ 1894 > Aquartelamento > Memorial da CCAÇ 1416 “Aos nossos mortos” … “E aqueles que por obras valorosas se vão da lei da morte libertando”. Fonte: foto do álbum de Manuel Caldeira Coelho – P18867, com a devida vénia.

3.18.1 - SUBSÍDIO HISTÓRICO DA COMPANHIA DE CAÇADORES 1416

= NOVA LAMEGO - MADINA DO BOÉ - BÉLI - CHÉ-CHÉ



Mobilizada pelo Regimento de Infantaria 1 [RI 1], da Amadora, para cumprir a sua missão ultramarina no CTIG, a Companhia de Caçadores 1416 [CCAÇ 1416], a primeira Unidade de Quadrícula do Batalhão de Caçadores 1856 [BCAÇ 1856; do TCor Inf António da Anunciação Marques Lopes] embarcou no Cais da Rocha, em Lisboa, em 31 de Julho de 1965, sábado, sob o comando do Cap Mil Inf Jorge Monteiro, tendo chegado a Bissau a 6 de Agosto, 6.ª Feira.

3.17.2 - SÍNTESE DA ACTIVIDADE OPERACIONAL DA CCAÇ 1416

Após a sua chegada a Bissau, onde permaneceu uma semana, a CCaç 1416 seguiu em 13Ago65 para Nova Lamego a fim de substituir a CCaç 817 [26Mai65-08Fev67, do Cap Inf Fernando Xavier Vidigal da Costa Cascais (1.º); do Cap Art António José Fialho Segurado (2.º) e do Cap Inf Artur Pita Alves (3.º), como subunidade de intervenção e reserva do BCav 705 [24Jul64-14Mai66, do TCor Cav Manuel Maria Pereira Coutinho Correia de Freitas], tendo tomado parte em diversas acções realizadas nas regiões de Bajocunda, Canquelifá e Copá e, ainda, na região de Buruntuma, de 29Out65 a 28Jan66, substituída transitoriamente pela CCaç 1499 [08Fev66-06Out67, do Cap Inf Alcino de Sousa Faria], seguiu para Béli a fim de tomar parte na «Operação Lumiar» (02Mai66) e em 04Mai66 para Madina do Boé, tendo assumido a responsabilidade do respectivo subsector em substituição da CCav 702 [24Jul64-14Mai66, do Cap Cav Fernando Luís Franco da Silva Ataíde], com Gr Comb destacados em Béli e Ché-Ché, este até 25Jan67 e ficando, entretanto, integrada no dispositivo e manobra do seu Batalhão [BCaç 1856]. 

Tendo sofrido numerosas e fortes flagelações aos aquartelamentos, foi rendida em 10Abr67 no subsector de Medina do Boé pela CCaç 1589 [12Ago66-09Mai68, do Cap Inf Henrique Vítor Guimarães Peres Brandão] e recolheu em 12Abr67 a Bissau, a fim de efectuar o embarque de regresso.

Ø – «OPERAÇÃO LUMIAR» - Adenda


● Realizada em 02Mai66 com forças da CCav 702, CCaç 1416, CCaç 1417, 1 GC/3.ª CCaç, 1 PRec 693 e GCmds “Os Diabólicos, onde executaram uma batida na região do Boé. Foi estabelecido contacto com 1 Gr In que reagiu ao fogo das NT, retirando para sul; aquele sofreu 6 mortos e outras baixas prováveis. As NT capturaram, além de material diverso, 1 espingarda e destruíram a tabanca. Foram recuperados 100 elementos da tabanca de Sinchuro, sob controlo In, os quais foram conduzidos com todos os seus haveres para Cabuca e depois para Nova Lamego. Nesta missão, faleceu o Soldado da CCaç 1417, Licínio Batista, natural de Ceira (Coimbra). (CECA; p 401).

Continua…



Fontes consultadas:

Ø Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 5.º Volume; Condecorações Militares Atribuídas; Tomo II; Cruz de Guerra, 1962-1965; Lisboa (1991).

Ø Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 7.º Volume; Fichas das Unidades; Tomo II; Guiné; 1.ª edição, Lisboa (2002).

Ø Estado-Maior do Exército; Comissão para o Estudo das Campanhas de África (1961-1974). Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África; 8.º Volume; Mortos em Campanha; Tomo II; Guiné; Livro 1; 1.ª edição, Lisboa (2001).

Ø Outras: as referidas em cada caso.

Termino, agradecendo a atenção dispensada.

Com um forte abraço de amizade e votos de muita saúde.

Jorge Araújo.

EAU; 06NOV2022

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Nota do editor:


Último poste da séroe > 15 de outubro de  2022 > Guiné 61/74 - P23711: Memórias cruzadas: relembrando os 24 enfermeiros do exército condecorados com Cruz de Guerra no CTIG (Jorge Araújo) - Parte VIII

quarta-feira, 30 de novembro de 2022

Guiné 61/74 - P23829: Tabanca dos Emiratos (11): Longe e perto de nós... Afinal, o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca ... é Grande (Jorge Araújo, Abu Dhabi)





Emiratos Árabes Unidos > Abu Dhabi > 2022 > Mercado do Peixe > Uma banca de "encher o olho... e o estômago",,,


Fotos (e legenda): © Jorge Araújo (2022). Todos os direitos reservados [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné].



Jorge Araújo, ex-fur mil op esp / ranger, CART 3494 / BART 3873 (Xime e Mansambo, 1972/1974); nosso coeditor, a viver neste momento em Abu Dhabi, Emiratos Árabes Unidos. Tem mais  de 320 referências no nosso blogue. É autor de várias séries: "Tabanca dos Emiratos", "Memórias cruzadas...", "(D)o outro lado combate"...


1. Mensagem de Jorge Araújo, que fez anos no dia 10 do corrente, e que felizmente está ao pé da sua querida Maria, mas infelizmente a 6 mil quilómetros de nós ("by air"), mesmo que ele não se esqueça da malta da Tabanca Grande (aqui está ao alcance de um clique):


Data - segunda, 7/11/2022, 10:45

Assunto . Publicação da série "Enfermeiros... Com Cruz de Guerra"... Parte IX 


Caro Luís, bom dia desde o deserto (*).

Em primeiro lugar, espero que continues a recuperar da tua saúde física e que uma melhor mobilidade te dê mais conforto no teu quotidiano.

Em segundo lugar, dar-te conta de que esta outra (e nova) "comissão de serviço" está a ser diferente das anteriores, uma vez que já não existem impedimentos de circular por efeito da pandemia. Esta situação em muito tem contribuído para a inexistência de um plano de actividades, uma vez que a cultura (a que aqui predomina) é que tudo pode mudar de um momento para outro.

Em terceiro lugar, aproveito para te enviar mais um fragmento - o IX - da série dos "Enfermeiros", concluído ontem entre o almoço no "Mercado do Peixe", em Abu Dhabi, e o Jantar mais aligeirado, como manda a minha nutricionista.

Fica bem, e até breve.

Com um grande abraço de amizade,
Jorge Araújo + Maria João.

2. Nova menssagem, com data de hoje, às 7h12:


Já vi o poste que publicaste hoje relacionado com as minhas novas experiências... Obrigado.

Porque as duas fotos dizem pouco sobre o que é o novo Mercado do Peixe de Abu Dhabi, inaugurado no passado dia 26 de Julho de 2022, portanto há quatro meses, tomei a iniciativa de te enviar mais algumas, caso queiras incluí-las nesse texto.

É de referir que esse novo Mercado tem 44 bancas de venda e limpeza do peixe, onde em cada uma existe uma vasta montra de espécies, como se pode confirmar nas imagens anexas, e que ocupam todo o espaço central do edifício. 

O pescado/marisco pode ser adquirido directamente pelo consumidor ou, em alternativa, pode escolher um dos oito restaurantes existentes ao seu redor, que o prepara ao gosto de cada um. Quer isto dizer que cada restaurante serve o pescado/marisco existente no mercado que, depois, é grelhado em espaços próprios existentes no complexo. Cada utente/consumidor pode, ainda, comprar o peixe/marisco e mandá-lo grelhar nos locais reservados para esse efeito.

Boa semana para todos, com saúde. Jorge Araújo.









EAU > Abu Dhabi > Mercado de peixe...


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Nota do editor:

(*) Último poste da série > 13 de setembro de 2022 > Guiné 61/74 - P23612: Tabanca dos Emiratos (10): regresso às aulas e retoma dos trabalhos (es)forçados... (Jorge Araújo, Abu Dhabi)