sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Guiné 61/74 - P19159: Recortes de imprensa (98): "Diário de Lisboa": o assassinato de Amilcar Cabral em 20 de janeiro de 1973 e a escalada da guerra no CTIG... Sete dias depois, assina-se o Acordo de Paz de Paris, que vai estabelecer o cessar-fogo no Vietname...




Diário de Lisboa, segunda-feira, 22 de janeiro de 1973

Citação:
(1973), "Diário de Lisboa", nº 17989, Ano 52, Segunda, 22 de Janeiro de 1973, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_5387 (2018-11-1)


Diário de Lisboa, terça-feira, 23 de janeiro de 1973

Citação:
(1973), "Diário de Lisboa", nº 17990, Ano 52, Terça, 23 de Janeiro de 1973, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_5250 (2018-11-1)


Diário de Lisboa, quarta-feira, 24 de janeiro de 1973

Citação:
(1973), "Diário de Lisboa", nº 17991, Ano 52, Quarta, 24 de Janeiro de 1973, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_5251 (2018-11-1)



Diário de Lisboa,  quarta-feira, 24 de janeiro de 1973

Citação:
(1973), "Diário de Lisboa", nº 17991, Ano 52, Quarta, 24 de Janeiro de 1973, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_5251 (2018-11-1)


Diário de Lisboa,  domingo, 28 de janeiro de 1973

Citação:
(1973), "Diário de Lisboa", nº 17995, Ano 52, Domingo, 28 de Janeiro de 1973, CasaComum.org, Disponível HTTP: http://hdl.handle.net/11002/fms_dc_5258 (2018-11-1)

Fonte: Fundação Mário Soares > Casa Comum > Fundo; Documentos Ruella Ramos (Com a devida vénia...)


1. Dia 20 de janeiro, à noite, em Conacri, era assassinado, por elementos do seu próprio partido, o Amílcar Cabral.  Os jornais portugueses, sujeitos à censura prévia, só deram a notícia 48 horas depois. É, pelo menos, o caso do "Diário de Lisboa", conotado com a "oposição democrática" ao regime de Salazar-Caetano. O noticiário é cauteloso. E dá-se a subentender que os "falcões" do PAIGC é que estão por detrás do assassinato do líder...

Em boa verdade, houve uma escalada da guerra, depois da morte de Amílcar Cabral. Os "falcões" do PAIGC, o regime de Sékou Touré e os russos são, sem sombra de dúvida, os ganhadores.  Spínola sai, claramente, como "perdedor"... Ironicamente, chamou-se Op Amílcar Cabral à escalada da guerra por parte do PAIGC, desembocando nas batalhas dos 3 G (Guidaje, Guileje e Gadamael) e na entrada em cena do míssil Strela, fornecido pelos russos, e culminando com a declaração unilateral da independência da Guiné em 24 de setembro de 1973...

Da Guiné se disse, com maior ou menor propriedade, que foi o Vietname português...


2. Nessa mesma semana, são assinados, a 27 de janeiro de 1973, os Acordos de Paz de Paris (ou Acordo de Paris para o Fim da Guerra e Restauração da Paz no Vietname).

 O acordo ou acordos têm a assinatura dos governos da República Democrática do Vietname (Vietname do Norte), da República do Vietname (Vietnam do Sul) e dos Estados Unidos da Amércia, além do Governo Revolucionário Provisório (PRG) que representava o vietcong, apoiado pelo Vietname do Norte. Estes acordos puseram fim à intervenção direta, no Vietname,  das Forças Armadas dos EUA   e estabeleceram uma trégua temporária nos combates entre o Norte e o Sul.

Foram negociações demoradas, complexas, com altos e baixos, iniciadas em 1968, após a Ofensiva do Tet. Os principais negociadores em Paris foram o Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos Henry Kissinger e o membro do Politburo norte-vietnamita Le Duc Tho. (Ambos irão receber nesse ano o Prémio Nobel da Paz, em reconhecimento do seu trabalho pela paz, embora Ler Duc Tho, tenha recusado o prémio, alegando que o processo ainda não estava completo. E a verdade, é que a guerra só vai chegar ao fim... em 1975, depois de14 anos de lutas sangrentas.
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Guiné 61/74 - P19158: Parabéns a você (1518): Abílio Magro, ex-Fur Mil Amanuense do CSJD/QG/CTIG (Guiné, 1973/74)

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Nota do editor

Último poste da série de 1 de novembro de 2018  > Guiné 61/74 - P19154: Parabéns a você (1517): José Carlos Gabriel, ex-1.º Cabo Op Cripto do BCAÇ 4513 (Guiné, 1973/74)

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Guiné 61/74 - P19157: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (57): Contactos de fotocines precisam-se para documentário sobre o seu papel na guerra colonial (Hélder Sousa/ Marisa Marinho)


Luanda > 1973 > Destacamento de Fotografia e Cinema nº 3011 > 1973 > Festa do 1º aniversário.
Quem reconhece estes camaradas ? A fotografia tem baixa rsolução: à esquerda, em primerio plano, parece ser um militar com o posto de furriel, um dos que sopram a vela; ao vendo, parece recinhecer-se três militares com os postos de alferes, capitão e major (ou tenente coronel), da esquerda para a direita. O DFC, nº 3011, entre 1972 e 1974, era comandado pelo capitão miliciano Vicente Batalha

(*) Cortesia do blogue Fotocines.


1. Mensagem de Hélder Valério Sousa, nosso colaborador permanente:

Date: segunda, 29/10/2018 à(s) 13:07
Subject: Alguém conhece fotocines?

Meus caros,

Fui contactado por um amigo que me fez um pedido no sentido de encontrar alguém da especialidade de fotocine.

O objectivo tem por fim ajudar a Marisa Marinho e Pinto a chegar à fala com elementos dessa especialidade para construir um documentário sobre "memórias da guerra colonial", que ele me disse que ela considera ser um assunto com muito ainda por contar mas que os protagonistas estão a desaparecer.

O foco em fotocine é na esperança de esses elementos terem sido testemunhas (memórias vivas) de acções ou operações ou outras vivências em que tivessem participado.

Disse-lhe (a ele) que não seria fácil. Tive contacto com um desses elementos, um homem do Porto, boas famílias, mas de que já perdi o rasto, aliás a última vez que estive com ele foi em Abril de 1972 quando, estando eu em "lua de mel" no Porto e em vésperas de regressar à Guiné, se fez de cicerone pelas ruas e bares do Porto e de manhã, qual táxi, nos foi levar a Pedras Rubras.

Também lhe disse que, na Guiné, a possibilidade de os fotocines acompanharem grandes operações é pouco provável, aqui e ali, talvez, mas deslocavam-se ao "mato" para projecções de filmes e gravações de mensagens de Natal.

Caso haja alguém, ou conheçam ou saibam de alguém capaz de ajudar a Marisa nesta sua demanda, pois que a contactem pelo telemóvel 933 269 023 para combinarem a forma de possível colaboração.

Abraços
Hélder Sousa


2. Comentário do editor:

Obrigado, Hélder, já te respondi por email, e já me mandaste o contacto da Marisa, que por sua vez já formalizou o seu pedido. A mensagem será publicada, a seguir. Como te disse, no doclisboa'18, encontrei há dias o produtor e realizador de cinema Rui Simões  (da Real Ficção), que conheço há anosm, e que me abordou no mesmo sentido: fotocines, precisam-se, para um documentário que está  em fase de planeamento.

Infelizmente, temos escassas referências a fotocines no nosso blogue (*).

Lembro que em 2008 foi criado um blogue, de vida efémera, chamado “Fotocines”, por alguém que esteve, em Luanda, no Destacamento de Fotografia e Cinema (DFC) nº 3011 (1972/74)… Até à data publicaram-se 3 postes e 1 comentário, incluindo duas fotos em formato pequeno…

Trata-se de um “espaço criado para reunir todos os Foto-Cines que prestaram serviço militar obrigatório no Exército Português, tendo sido distribuídos na altura por Destacamentos Foto-Cines em Angola, Guiné e Moçambique, para além dos premiados que conseguiram passar toda a sua comissão de serviço nos SCE-Serviços Cartográficos do Exército que agregava toda a comunidade Fotocine debaixo da égide do saudoso major Baptista Rosa [Niza, 1925- Lisboa, 1982], e por onde passaram parte dos expoentes do cinema feito em Portugal.”

O DFC nº 3011 era comandado pelo ribatejano, cap mil Vicente Batalha (*). [, foto à direita, cortesia do jornal "O MIrante"]
 

3. Mensagem de Marisa Marinho  com data de 30/10, 09:55

Caro Luís Graça,

escrevo por sugestão de Hélder Sousa, aqui em Cc, que muito amavelmente me contactou ontem, e a quem desde já agradeço também.

Estou envolvida na Pesquisa de um Documentário sobre Foto-Cines da Guerra Colonial e procuro meios de conseguir contactar com estes personagens.

Detalhes sobre este projecto:

1) ENQUADRAMENTO

Esta longa metragem documental, tendo recebido recentemente, pelo ICA [, Instituto do Cinema e Audiovisual], o Apoio ao Desenvolvimento da Escrita e o Apoio ao Documentário, conta ainda com o apoio à produção da RTP.

É um projecto independente, produzido por Rui Simões e pela Produtora Real Ficção, e realizado por Sabrina Marques (Investigadora do Cluster de Fotografia e Cinema - FCSH-UNL) que prossegue uma investigação a ser feita, em paralelo, no âmbito do Doutoramento na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova, com orientação dos Professores Margarida Medeiros e Bruno Marques.

2) SINOPSE

Em Os Foto-Cines constrói-se um retrato intimista da guerra junto de quem a viveu. Esta longa-metragem documental propõe-se investigar quem eram aqueles que, na guerra colonial portuguesa, viviam com a responsabilidade simultânea de combater, de defender a própria vida e ainda, de permanentemente registar essa mesma missão colectiva, através das máquinas fotográficas e de filmar.

Estamos portanto numa fase inicial de desenvolvimento, em que procuramos conhecer Foto-cines, e conversar sobre as suas experiências pessoais, ver fotos, etc, sem qualquer compromisso, apenas para melhor nos inteirarmos sobre esta realidade específica.

Numa fase posterior, possivelmente em meados de Janeiro, agendaremos entrevistas e filmagens, consoante o próprio entusiasmo, potencial, vontade e disponibilidade de cada Foto-Cine.

Estarei muito grata por qualquer meio de divulgação que considere adequado, para que realmente possamos encontrar Foto-cines do período da guerra colonial. (***)

Qualquer dúvida, por favor não hesite em contactar-me,

Os melhores cumprimentos, agradeço mais uma vez,

Marisa Marinho

Pesquisa & Conteúdos
telem 969321386
email: marisamarinho@gmail.com
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Notas do editor

(*) Vd.  4 de janeiro de  2016 > Guiné 63/74 - P15578: Recortes de imprensa (78): Vicente Batalha, de alf mil cav, CCAV 1483 (CTIG, 1965/67) a cap mil, cmdt do Departamento de Fotografia e Cinema 3011 (Angola, 1972/74)

(**) Vd. ainda postes de:

30 de setembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16542: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (38): Ajuda para reportagem da SIC, antigos militares fotocines que tenham gravado as mensagens de Natal da RTP... precisam-se! (Madalena Durão, produtora)

7 de novembro de 2016 > Guiné 63/74 - P16691: Agenda cultural (512): SIC: Programa Perdidos e Achados, em 29 de outubro passado: onde estavam os repórteres da guerra colonial, onde estavam os nossos fotocines?

(***) Último poste da série > 11 de junho de 2018 > Guiné 61/74 - P18736: O nosso blogue como fonte de informação e conhecimento (56): Procuram-se informações sobre uma possível troca de dois pilotos portugueses, prisioneiros no Senegal, por um opositor ao governo senegalês, preso em Bissau às ordens da DGS, com intermediação de Leopold Senghor, em Junho de 1966 (Miguel Pessoa / José Nico)

Guiné 61/74 - P19156: Blogpoesia (592): "1 de Novembro", da autoria de Joaquim Luís Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728

Foto: Com a devida vénia a mensagenscomamor.com


1. Neste Dia de Todos os Santos em que veneramos os nossos entes queridos já finados, um poema do camarada Joaquim Luís Mendes Gomes (ex-Alf Mil da CCAÇ 728, Cachil, Catió e Bissau, 1964/66):

 
1 de Novembro

Retinem os sinos tristes pelas colinas de Lisboa.
É dia dos finados.
Se foram cansados desta terra sofrida e benta.
Choram lágrimas as saudades.
Se vestem de preto, como a alma,
Em lânguidas orações.

Rezam os pobres pelos ricos e os ricos pelos pobres.
Na fraternidade universal
É o fogo da cidade
Que arde quente
Pelas ruelas estreitinhas,
Com janelas e portas,
Dia e noite sempre abertas.

Ouvindo Amália em "Gaivota"
Berlim, 1 de Novembro de 2018
7h22m
Jlmg
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Nota do editor

Último poste da série de28 de outubro de 2018 > Guiné 61/74 - P19143: Blogpoesia (591): "O serrador", "Entusiasmo" e "Os enigmas", da autoria de J. L. Mendes Gomes, ex-Alf Mil da CCAÇ 728

Guiné 61/74 - P19155: Recortes de imprensa (97): In Memoriam - Professor Doutor Carlos Cordeiro - Homenagem no Jornal Correio dos Açores (2)

Chegou ao conhecimento do Blogue, através do nosso camarada José Câmara, a publicação no Jornal Correio dos Açores de 21 de Outubro de 2018, de depoimentos de homenagem ao Professor Doutor Carlos Cordeiro, ilustre camarada que, como Furriel Miliciano, fez a sua Comissão de Serviço em Angola, falecido no passado dia 19 de Setembro.

Com a devida autorização do Director do prestigiado, e quase centenário, jornal Correio dos Açores, Américo Natalino Viveiros, deixamos hoje mais três depoimentos que lembram este vulto da cultura açoriana que tão cedo nos deixou.




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Com  devida vénia ao Jornal Correio dos Açores

(Continua)
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Nota do editor

Poste anterior de 31 de outubro de 2018 > Guiné 61/74 - P19153: Recortes de imprensa (96): In Memoriam - Professor Doutor Carlos Cordeiro - Homenagem no Jornal Correio dos Açores (1)

Guiné 61/74 - P19154: Parabéns a você (1517): José Carlos Gabriel, ex-1.º Cabo Op Cripto do BCAÇ 4513 (Guiné, 1973/74)

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Nota do editor

Último poste da série de 28 de outubro de 2018 > Guiné 61/74 - P19141: Parabéns a você (1516): Jorge Fontinha, ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 2791 (Guiné, 1970/72) e Coronel Inf Ref Luís Marcelino, ex-Cap Mil Inf, CMDT da CART 6250/72 (Guiné, 1972/74)

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Guiné 61/74 - P19153: Recortes de imprensa (96): In Memoriam - Professor Doutor Carlos Cordeiro - Homenagem no Jornal Correio dos Açores (1)

Chegou ao conhecimento do Blogue, através do nosso camarada José Câmara, a publicação no Jornal Correio dos Açores de 21 de Outubro de 2018, de depoimentos de homenagem ao Professor Doutor Carlos Cordeiro, ilustre camarada que, como Furriel Miliciano, fez a sua Comissão de Serviço em Angola, falecido no passado dia 19 de Setembro.

Com a devida autorização do Director do prestigiado, e quase centenário, jornal Correio dos Açores, Américo Natalino Viveiros, damos hoje início à publicação de alguns recortes com textos de individualidades que lembram este vulto da cultura açoriana que tão cedo nos deixou.

Hoje deixamos os depoimentos do Presidente do Governo Regional dos Açores, do Director-Adjunto do Correio dos Açores e da Presidente da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores.




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(Com a devida vénia ao Jornal Correio dos Açores)

(Continua)
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Nota do editor

Último poste da série de 25 de maio de 2018 > Guiné 61/74 - P18674: Recortes de imprensa (95): A notícia do trágico acidente, ocorrido no Rio Corubal, no Cheche, na sequência da Op Mabecos Bravios (retirada de Madina do Boé) só é dada no "Diário de Lisboa", dois dias e meio depois, em 8 de fevereiro de 1969

Guiné 61/74 - P19152: Historiografia da presença portuguesa em África (135): Relatório anual da Circunscrição Civil dos Bijagós, 1932 (Mário Beja Santos)

Antiga casa comercial António Silva Gouveia, posteriormente utilizada para instalações militares do quartel de Bolama

Fotografia de Francisco Nogueira, retirada do livro “Bijagós Património Arquitetónico”, Edições Tinta-da-China, 2016, com a devida vénia.


1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 8 de Maio de 2018:

Queridos amigos,
O mínimo que se pode dizer é que este relatório não pode ser escamoteado nos estudos historiográficos da colónia, exatamente naquele tempo em que começara a submissão de Canhabaque, última etapa das chamadas Guerras da Pacificação. O administrador Manuel Luiz Silva é pouco dado a floreados e explica o que se passa com o imposto de palhota, com as roubalheiras dos grumetes, como os Bijagós desconfiam de tudo e todos e eram na verdade uma sociedade horizontal, há muito que tinham desistido de fazer guerra aos Beafadas, preferiam o seu isolamento. Atenda-se ao que o administrador diz sobre o quadro sanitário do arquipélago e à carência de meios para garantir a soberania portuguesa.

Um abraço do
Mário


Relatório anual da Circunscrição Civil dos Bijagós, 1932

Beja Santos

Quem o assina é Manuel Luiz Silva, o Administrador, andou por outras paragens guineenses, regressou aos Bijagós e revela-se hipercrítico do trabalho desenvolvido pelos antecessores. Dando cumprimento aos preceitos estabelecidos para o que deve ser um relatório anual, logo no capítulo I, referente ao solo e clima, lembra que o arquipélago possui 19 ilhas habitadas e 16 ilhas e ilhéus e diversas ilhotas desabitados. São tudo terrenos baixos, não há qualquer espécie de elevação. Ao tempo, existe o Comando Militar de Canhabaque, a ilha é insubmissa, constituído por uma ilha habitada, oito ilhas e ilhéus desabitados. Informa que não existe nenhum rio no arquipélago e que a constituição do solo não difere do do continente. Não lhe desagrada o recurso a imagens quase poéticas, como esta: “Nas marés baixas, desnudam-se grandes superfícies, na sua quase totalidade coberta de vaza lodacenta permitindo ao indígena poder deslocar-se de algumas ilhas para outras sem auxílio de embarcações. A água é mais ou menos potável. Os problemas de saúde são graves e endémicos: as ilhas de Bubaque, Canhabaque e Orangozinho foram visitadas pela febre-amarela; grassa o tracoma, com intensidade, nas ilhas de Caravela e Caraxe e com menos intensidade noutras ilhas.
Vejamos agora a fauna e flora. Todas as ilhas são verdadeiras matas. Quanto a plantas frutíferas, apenas se veem em maior quantidade a laranjeira, a mangueira e frutos silvestres. Quanto a animais, avultam a gazela e a cabra ou fritambá em pequena quantidade na Ilha das Galinhas, Canhabaque, Orango e Caravela. A ave predominante é o papagaio cinzento".

E de seguida vai esmiuçar a situação política. Em 26 de abril seguiu para as cobranças do imposto de palhota de 1930-1931:  
“Pelas ilhas onde andei, verifiquei no indígena um estado de desânimo e desconfiança. Tendo-me demorado uns 10 dias por algumas ilhas, no meu regresso mandei ao Exm.º Sr. Director dos Serviços e Negócios Indígenas uma carta em 12 de Maio com um mapa indicando o número de palhotas arroladas e cobradas durante o decénio de 1922-1932, estando nele incluído, nos dois primeiros anos, a Ilha de Canhabaque. Por ele, pode V. Ex.ª verificar a alta em 1923-1924, baixando no ano seguinte para ser elevada ao máximo em 1925-1926, sem a ilha de Canhabaque, passando a decrescer até este ano”.
Considera que os habitantes do arquipélago precisam de contrair empréstimos para pagar o imposto de palhota e assinala o êxodo para outras regiões, há indígenas válidos da ilha de Bubaque que se fixaram em Catió, alegam não terem terrenos para cultivar, pois que a Companhia Agrícola e Fabril da Guiné lhes tirou tudo, e o administrador diz que não é verdade, pois a Companhia deixa-os fazer sementeiras dentro da concessão desde que não extraiam vinho de palma, o que é inaceitável para qualquer Bijagó; dentro dessa linha do êxodo diz também que os da ilha de Soga vão assentar arraiais em Cubisseco onde têm as suas palhotas, eles dão as mesmas justificações que os de Bubaque. Comenta o administrador: 
“É uma desolação ver hoje algumas povoações, quem as viu em anos transactos, só se vêem velhos e mulheres e poucos homens novos. Sei que devido ao estado anormal em que a Circunscrição se encontra devido a enormes dificuldades em encontrar trabalho para todos, com o tempo, paciência e boa vontade, tudo se há de conseguir”.

Falando de hierarquia e poder, o relator diz que o Bijagó só reconhece como única autoridade indígena o balobeiro (padre), mas a sua obediência é só na vertente religiosa. O único régulo é o de Orango, o resto só existem para as autoridades terem a quem se dirigir.
Faz longos comentários à situação administrativa. O arquipélago dos Bijagós fez parte até 1913 da área do Concelho e da Circunscrição Civil de Bolama; em 1927 passou a ser Circunscrição Civil de Bubaque e em 1 de janeiro de 1929 ficou a fazer parte da Intendência de Bolama; em 1931 voltou de novo o arquipélago a estar sobre o regime da Circunscrição Civil e esta divide-se em quatro postos administrativos.
O relator enfronha-se agora na antropologia:
“O Bijagó, devido ao seu atraso de civilização, fugindo a esta tanto quanto pode, à sua indolência e resistência passiva, à contínua desconfiança de todos, tudo esconde”.
Falando da educação, menciona a existência da Escola Rural:
“Além de crianças de outra raça, frequentam a escola 12 indígenas que tendo vindo com as suas características saias e lopé tiveram que ser vestidos não fosse a máquina fotográfica de algum estrangeiro, auxiliado por certos portugueses, tirar alguns instantâneos, para lá fora nos deprimirem. O vestuário só o devem vestir na ocasião de irem e estarem na escola”.

Diz que o estado sanitário é precário, muitos indígenas estão atacados de bobas, bastante no estado terciário, o que leigos como ele chamam lepra; 50% da população de Caravela e Caraxe está atacada de tracoma. “Para o tratamento desta doença, o Sr. Dr. Eurico de Almeida, no seu relatório, creio que de Novembro, propunha a criação de uma ambulância sanitária em Caravela para ali os indígenas serem convenientemente tratados, mas para o bom êxito era necessário que o indígena constituísse palhotas para não dormirem na promiscuidade, para evitarem o contágio e para isso era preciso que o indígena deixasse de pagar o imposto por dois ou três anos, pois as casas não as constrói para não as pagar. Só obrigado”.

A varíola em 1930 fez grande desbaste na população. E pronuncia-se sobre a febre-amarela:  
“Todos os anos, de Outubro a Fevereiro, morrem bastantes indígenas sem se saber porquê. Dizia-se que é gripe e morrem de pneumonia. O Dr. Fritz Rennefeldt, encarregado do Hospital da Companhia Agrícola e Fabril da Guiné, em 1927-1928, diagnosticou febre-amarela. Creio que é o centro e sul da ilha de Canhabaque o foco mais ou menos virulento do vómito negro”.

Refere-se depois ao imposto de palhota e faz uma minuciosa descrição da sua cobrança. É favorável a que o imposto indígena de capitação substitua o imposto de palhota.
Quanto ao comércio, diz que o único comércio estabelecido nas ilhas é o da permuta de arroz por coconote, e nas épocas mais intensas de cobrança do imposto de palhota, aumenta o número de negociantes que se dedicam também à permuta conjuntamente com a compra de produtos a dinheiro. Revela que o indígena se desloca para fora de Circunscrição por não simpatizar muito com a Companhia Agrícola e Fabril da Guiné. A segunda empresa importante no arquipélago era a Empresa Agrícola e Comercial dos Bijagós.

Prestes a terminar o seu relatório, entende o administrador que é indispensável falar dos transportes:
“As Circunscrições do continente, todas elas, estão fornecidas de automóveis, esta é a única que não tem esse transporte nem aquele que mais precisa e bastante falta está sentindo – um barco – motor ou a vapor.
A falta de transportes com que se luta na Circunscrição, faz que em toda ela, especialmente nas ilhas onde não está autoridade que, clandestinamente se exerce o comércio com embarcações e tais comerciantes, grumetes sem dinheiro, levam os indígenas enganados para as ‘pontas’, de onde poucos voltam; induzindo os Bijagós a entregar-lhe os seus produtos e gado para irem vender em Bissau ou em Bolama por mais dinheiro do que lhe pagam os negociantes nas suas ilhas, no regresso desses indivíduos os indígenas não recebem um centavo, desculpando-se que a canoa se virou, perdendo-se tudo, só ele se salvou. Os Bijagós jamais se queixam quando lhes dizem que os produtos e gado ficaram no fundo do mar e também não são capazes de denunciar os traficantes.
Por falta de embarcações, os chefes de posto limitam a sua acção somente à ilha onde o posto está instalado. Os quatro postos precisam, cada um, de uma baleeira, embarcação que não têm, servindo-se às vezes, com o risco da própria vida, de canoas dos indígenas, assim como o signatário também já se tem servido desses dongos, uma ou outra vez de embarcações dos fiscalizados”.

Queixa-se e reclama, a autoridade portuguesa só se poderá verdadeiramente sentir quando houver meios minimamente suficientes.

Este importante relatório está na secção dos Reservados da Sociedade de Geografia de Lisboa.


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Nota do editor

Último poste da série de 24 de outubro de 2018 > Guiné 61/74 - P19134: Historiografia da presença portuguesa em África (133): Relatório referente ao uso e costumes dos indígenas da Região de Farim (Mário Beja Santos)

Guiné 61/74 - P19151: Fotos à procura de... uma legenda (109): a GNR de ontem e de hoje, na Feira Saloia da Lourinhã, no passado dia 27 de maio de 2018... Ou os uniformes que também contam histórias... (Luís Graça)



Foto nº 1


Foto nº 2 


Foto nº 3

Lourinhã > Feira Saloia > 27 de maio de 2018 > A GNR, ontem e hoje...O fotógrafo estava lá...Legenda provisória: um uniforme  também conta história(s)... (*)

Fotos (e legendas): © Luís Graça  (2018). Todos os direitos reservados.[Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Vejo, com apreço, que a GNR - Guarda Nacional Republicana goza hoje de muito mais prestígio e respeito do que no meu tempo de menino e moço... Muita coisa aconteceu na sua história já centenária (, comemorou em 2011 os 100 anos) e tem um museu, aberto ao público, no histórico Quartel do Carmo em Lisboa, que merece uma visita. 

Criada pela República, em 1911, a decadência do regime republicano também marcou o declínio desta força militarizada, como se pode ler na história da instituição [Vd. portal  Arquivo Histórico, Biblioteca e Museu da Divisão História e Cultura da Guarda Nacional Republicana (GNR)].

Recorde-se alguns factos:

(i) A GNR, a República, a Ditadura Militar

 (...) "Contra a ditadura [militar, iniciada com o golpe de Estado d0 28 de maio de 1926,] reagiram logo a Marinha, a GNR, a Guarda Fiscal e outros setores republicanos, iniciando um movimento revolucionário 'reviralhista', que caracterizou os anos de 1927 a 1931. 

"O 'Reviralho' fracassou e a ditadura reagiu energicamente contra os revoltosos, extinguindo unidades e procedendo a saneamentos e depurações políticas, incluindo muitos dos militares da GNR. Assim aconteceu nas revoltas de fevereiro de 1927, no Porto e Lisboa, e no pronunciamento militar de 26 de agosto de 1931. 

"A forte reação do regime e a ação enérgica do general Farinha Beirão, 'herói da Grande Guerra' e comandante-geral da GNR de 1927 a 1939, acabou por converter a GNR numa força leal ao regime autoritário em Portugal." (...)


(ii) Com o Estado Novo, a GNR tornou-se "rural" e "fiel ao regime autoritário":

(...) "Em ambiente de guerra fria e adesão à NATO (1949), a GNR passou a poder recrutar oficiais milicianos provenientes das forças armadas, por períodos renováveis de 3 anos (situação que se manteve até 1969).


"O Estado Novo reprimiu e condicionou as liberdades individuais dos cidadãos, perante a garantia de estabilidade das instituições assegurada pelo Exército e pela ação da censura e da polícia política. Esta última foi criada em 1933 com o nome de Polícia de Vigilância e Defesa do Estado (PIDE a partir de 1945) e, juntamente com a Legião Portuguesa (criada em 1936), combateram os opositores do regime.

"A GNR, a Guarda Fiscal e as restantes forças de segurança também integraram o aparelho repressivo do regime, tendo combatido os conflitos político-laborais, no Barreiro, em outras localidades da cintura de Lisboa e no Alentejo, os ciclos migratórios e de contrabando nas zonas de fronteira com Espanha, a campanha política de Humberto Delgado (1958), as fugas à incorporação militar para a guerra em África (1961-1974) e a crise académica (1968-1969)."


(iii) A GNR e o fim do regime de Salazar-Caetano:

(...) "A janela de oportunidade para pôr fim ao regime acabou por ser a oposição à guerra que se perpetuava desde 1961 em África, que emergiu no Exército, até então principal sustentáculo do sistema. O regime sentindo-o vacilar no papel de garante da estabilidade das instituições ainda tentou, 'à pressa', equilibrar as restantes forças, tendo reforçado os meios e equipamentos da GNR mas na Guarda ainda imperavam as 'velhas' espingardas Mauser do tempo da I Guerra Mundial.

"O golpe derradeiro realizou-se neste quartel do Carmo, no dia 25 de abril de 1974, data em que o Movimento das Forças Armadas, com o apoio de populares, derrubou o governo de Marcello Caetano, terminando a longa ditadura de quase meio século em Portugal." (...)

Fonte: Excertos de História da Guarda Nacional Republicana (com a devida vénia)...

2. É essa imagem do passado que me vem à memória ao ver este jovem da GNR do posto da Lourinhã, com a "velha" farda de cotim de algodão, bota de cano alto e chapéu colonial, e equipado com biclicleta e espingarda mauser...  Não usavam barba, naturalmente, já que era proibido, ao tempo, pelo RDM.

Essa imagem contrasta com a dos outros dois jovens militares com a nova farda da ciclopatrulha: os três  fazem parte, afinal,  da mesma força, só que hoje professionalizada, rejuvenescida,  integrada na ordem democrática e com uma relação de proximidade com a comunidade. A imagem, depreciativa e estereotipada, do soldado da  GNR a cavalo, boçal,  descrito "com um burro em cima de um cavalo", é hoje definitivamente do passado...

Do meu tempo de menino e moço, na minha terra, Lourinhã, que era um pacata vila, no extremo norte do distrito de Lisboa, lembro-me de três ou quatro coisas relacionadas com a GNR: (i) o posto militar, que era nas instalações do antigo convento de Santo António, havendo um conflito latente da GNR com o pároco e a paróquia, "vizinhos à força"; (ii) o calaboiço, imundo, nauseabundo, com grades de ferro, também nas mesmas instalações,. e que, felizmente, já não existe hoje mais; (iii) a GNR, a cooperar com a PIDE de Peniche na caça aos imigrantes clandestinos, que davam o "salto" para França e também dos faltosos e refratários que procuravam escapar à guerra do Ultramar... Não havia GNR a cavalo, na minha terra... a espadeirar o povo.

Como temos vários camaradas ligados à GNR (, nomeadamente depois do regresso da Guiné, alguns ingressaram nos seus quadros...ou continuaram lá as suas carreiras como oficiais do Exército, como foi o caso do meu capitão, o primeiro comandante da CCAÇ 12, Carlos Alberto Machado Brito, hoje cor inf ref)  seria interessante poder-se completar e  enriquecer a "legendagem" destas três fotos.. (**) . LG
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E ainda:


10 de abril de 2015 > Guiné 63/74 - P14454: Notas de leitura (701): “Desaparecido em combate", por Duarte Dias Fortunato, o primeiro prisioneiro de guerra depois da Operação Mar Verde (Mário Beja Santos)

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Guiné 61/74 - P19150: Fotos à procura de... uma legenda (108): Xime... ou Jabadá ? (Virgílio Teixeira)



 Foto nº 31


Foto nº 32


Foto nº 33

Guiné > Região de Quínara > Jabadá 

Fotos (e legenda): ©  Virgílio Teixeira (2018). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Guiné > Rio Geba > c. 1970 >  Foto nº 1A > Um porto fluvial, visto de uma embarcação que se dirige a Bissau... Será Bafatá ? Será Bambadinca ? Será Xime ? Será Porto Gole ? Será Gampará ? Será Jababá ? Será Cumeré ? Será Ilha de Rei ? ... O que será ? (A foto nº 1 foi ampliada e editada.)


Foto: © Jaime Machado (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Comentário sobre o poste P14795 (*) , enviado por email por Virgílio Teixeira, ex-alf mil, SAM, CCS / BCAÇ 1933 (Nova Lamego e São Domingos, 1967/69)


Data - 28/09/2018, 12:41
Assunto - POSTE 14795, de 24/6/2015 - À procura de uma legenda (56)

Bom dia Caro Luís,

Hoje andei por aqui a navegar à procura de algo, e aparece um Poste, acima indicado (*), já se passaram 3 anos, mas ainda é actual: à Procura de uma Legenda, ou onde fica aquela foto, e entre as hipóteses lá vem o nome de Jabadá!

Num dos meus Postes, não o encontro mas acho que os mandei para editar, é a saída de Nova Lamego, Rio Geba abaixo até Bambadinca.

Entre as muitas que tenho desta deslocação do Batalhão, a caminho depois para São Domingos, são do dia 26 Fev 68. Não há dúvidas. Tenho aqui 3 fotos onde escrevi à mão, o quartel e instalações de Jabadá, por onde passamos, e alguém disse que aquele posto era o quartel de Jabadá.

Quando vi o Poste 14795, a foto inicial nº 1, mesmo a cores, passados mais de 2 anos, foi tirada em 1970, tem indícios que se trata de Jabadá.  Tem o guindaste e mais alguns equipamentos, pode ter sido feita alguma obra importante em Jabadá, quem lá esteve em 1970 e seguintes, deve saber melhor.
aComo não há conclusão final após tantas opiniões, a maioria apontam para Xime, que não conheço, mas sem a total convicção, aqui vão estas para dar alguma luz ao assunto, ou simplesmente dizerem que não se trata disso.

Como fiz 2 viagens por este caminho, para cima e para baixo, também passei por Mato Cão, onde quase chegávamos com as mãos às margens, e também me passou pela cabeça, não da primeira vez mas da segunda, que estávamos ao alcance de uma granada de mão! Mas ninguém as lançou, pois os «T6 » andavam lá em cima a acompanhar toda a viagem.

Também li um poema teu a um Capitão, agora não me lembra o nome, talvez  [António] Vaz, que esteve doente, que me encheu as medidas. É uma obra prima o poema, parece que ainda é uma parte, pois há mais,  chamava-se a caminho do inferno...

Mas os louros vão mesmo para o poeta, são coisas ditas e poema, com as verdades todas lá escritas, não deixo de apreciar esta veia, os meus parabéns, já depois de tantas outras lidas...

Andam por aí umas confusões com as fotos das mamas das bajudas, alguém deve ser tão puritano como o Padre Frederico!.

Um abraço e manda dizer alguma coisa.

Virgilio Teixeira

2. Comentário do editor LG:

Virgílio, a malta que conheceu o Xime, como a palma da mão, não tem dúvidas: a foto nº 1A é o cais fluvial do Xime, em dia de chegada de barco ( Fernando Gouveia, J. L. Vacas de Carvalho, António Manuel Sucena Rodrigues, Antº Rosinha,  Sousa de Castro, eu próprio)... Mas também há  camaradas com dúvidas, e que conheceram ainda melhor do que eu o Xime: Abílio Duarte, Jorge Araújo... O Jorge diz que um das fotos pode ser do cais fluvial de Bambadinca... As tuas fotos, essas, sim,  mostram Jabadá, na margem esquerda do Rio Geba, no estuário, muito depois do Xime, já mais próximo de Bissau, entre Fulacunda e Tite... São tiradas da LDG, no meio do rio...Mas, eu, pessoalmente não gosto de teimar... Não confio assim tanto na minha memória visual... (**)
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Notas do editior:

(*) Vd. poste de 24 de junho de  2015 > Guiné 63/74 - P14795: Fotos à procura de... uma legenda (56): por aquele rio Geba... abaixo: que porto fluvial seria este ?

Guiné 61/74 - P19149: Agenda cultural (655): lançamento oficial do livro do ten gen ref António Martins de Matos, Voando sobre um Ninho de 'Strelas' , no dia 13 de novembro de 2018, terça-feira, às 17h00, no Estado Maior da Força Aérea, Alfragide... Membro da nossa Tabanca Grande, o autor foi ten pilav, BA12, Bissalanca, 1972/74, tem mais de 80 referências no nosso blogue. Uma sessão de apresentação da obra, aberta ao público em geral, e aos amigos e camaradas da Guiné, em particular, será realizada em Lisboa, em data a anunciar, no princípio de dezembro. próximo.



António Martins de Matos, ten gen ref, exten pilav, BA 12, Bissalanca, 1972/74. É membro da Tabanca Grande, de longa data, tem mais de 80 referências no nosso blogue, em especial na série FAP





Convite personalizado para a sessão de lançamento do livro do ten gen pilav ref António Martins de Matos,Voando sobre um Ninho de 'Strelas" (edição da BooksFactory), 3ª feira, 13 de novembro de 2018, às 17h00, no Estado Maior da Força Aérea (EMFA),  Alfragide, Amadora.

O autor prevê a realização, num hotel de Lisboa, de uma sessão de apresentação do seu livro,  destinada expressamente aos amigos e camaradas da Guiné, em data a anunciar, mas seguramente em princípio do mês de dezembro. Essa sessão será aberta ao público, em geral.  No dia 13 de novembro, em Alfragide, a sessão de lançamento está condicionada aos convites do CEMFA e à lotação da sala.


1. Mensagem das Relações Públicas do CEMFA - Chefe do Estado-Maior da Força Aérea


29/10/2018, 19:09



Excelentíssimo Senhor Luís Graça,

Encarrega-me o Chefe do Gabinete de Sua Excelência o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea de enviar a Vossa Excelência o convite em anexo alusivo ao evento em apreço.

Agradecemos confirmação pelos contactos disponibilizados no convite.

Com os melhores cumprimentos,

Tenente-Coronel Manuel Bernardo da Costa
Chefe das Relações Públicas

Guiné 61/74 - P19148: Ser solidário (220): Festa para ajudar a Construir uma Escola em Candamã, Guiné-Bissau: Leiria, Teatro Miguel Franco, 3 de novembro, 21h00 ( Luís Branquinho Crespo, Associação Resgatar Sorrisos)



Cartaz do espetáculo
RESGATAR SORRISOS – Associação Humanitária para a Cooperação e Desenvolvimento (ONGD) – Largo da Infantaria 7, n.º 19 – 1.º Andar – 2410-111 Leiria, NPC: 513 914 897

e-mail: resgatarsorrisos@gmail.com;
Facebook: resgatar sorrisos;


1. Mensagem do nosso camaradaLuís Branquinho Crespo (ex-alfmil,  CART 2413, Xitole e Saltinho, 1968/70),

Data: segunda, 29/10/2018 à(s) 19:14

Assunto: Festa de Solidariedade para ajudar a Construir uma Escola na Guiné-Bissau

Caro(a) Amigo(a)

A Associação Humanitária para a Cooperação e Desenvolvimento Resgatar Sorrisos (ONGD), com sede em Leiria,  é uma associação que actua nos sectores da educação, formação, assistência social e sanitária nos países em vias de desenvolvimento, sobretudo na Guiné-Bissau.

No âmbito e desenvolvimento da sua actividade tem em vista a conclusão da construção de uma Escola em Candamã, cujos trabalhos foram iniciados em Março passado por 12 associados que aí se deslocaram e que estão a ser continuados por uma equipa de 4 locais.

Com vista à angariação de fundos para conclusão das obras, a associação, entre outras actividades, irá promover a realização de espectáculo no Teatro Miguel Franco em Leiria, no dia 3 de Novembro pelas 21.00 horas, ao qual gostaríamos que assistisse, ajudando assim aqueles que necessitam. Com 10 sorrisos já pode assistir à Festa.

Desejando assistir ao espectáculo, onde actuará o CANTO ONDO e a ACADEMIA DE BALLET ANNARELLA poderá comprar o bilhete de uma das seguintes maneiras:

1) Dirigir-se à bilheteira do Teatro José Lúcio da Silva entre as 18.00 horas e as 20.00 horas;

2) Através da compra on-line. Para tal deverá ir à internet: www.teatrojlsilva.pt e usar os seguintes procedimentos/passos:

Programação – dia 3 de Novembro – concerto de solidariedade – Teatro Miguel Franco; Comprar bilhete; Escolher o lugar do Bilhete na sala; Avançar; Seleccionar o meio de pagamento e continuar; Seleccionar "sem registo" avançar (tem 12 horas para fazer o pagamento);

Após o pagamento, receberá no e-mail os bilhetes (colocar também nome e telefone).

3) Pode também colaborar fazendo chegar o  v/ donativo à conta da Resgatar Sorrisos cujo IBAN é o seguinte: PT50 5180 0001 0000 0119 1437 2 e remetendo-nos por e-mail a informação do valor depositado, do v/ nome, contacto e número de contribuinte. Pois com o recibo terá benefícios fiscais, porque somos uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento.

VEM. AJUDA TAMBÉM A CONSTRUIR UMA ESCOLA NA GUINÉ-BISSAU

Resgatar Sorrisos (ONGD)

Luís Branquinho Crespo

RESGATAR SORRISOS – Associação Humanitária para a Cooperação e Desenvolvimento (ONGD) – Largo da Infantaria 7, n.º 19 – 1.º Andar – 2410-111 Leiria, NPC: 513 914 897

e-mail: resgatarsorrisos@gmail.com;
Facebook: resgatar sorrisos;
contactos: luismanuelcrespo22@gmail.com; l.branquinhocrespo-1430c@adv.oa,pt; e joseferbapt@gmail.com;
e os telemóveis 918 353 265; 964 396 573
___________

Nota do editor:

Último poste da série > 11 de outubro de 2018 > Guiné 61/74 - P19090: Ser solidário (219): "Nô pintcha tabanka Tabatô"!... Vamos dar um empurrão à construção da escola de música de Tabatô!... Hoje, no B.Leza Clube, Lisboa, Cais da Ribeira Nova, a partir das 22h30, com os nossos grã-tabanqueiros Mamadu Baio, Braima Galissá e outros músicos guineenses

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Guiné 61/74 - P19147: O nosso livro de visitas (197): Conheci em Angola o cap inf António Jacques Favre Castel-Branco Ferreira, ex-cmdt da CCAÇ 2316 / BCAÇ 2835, que passou por Guileje (1968/69) e que esteve prisioneiro na Índia (1961/62), tendo falecido em 2014 (Fernando Sousa Ribeiro, ex-alf mil, CCAÇ 3535 / BCAÇ 3380, 1972/74)


Guião do BCAÇ 2835 (Bissau e Nova Lamego, 1968/69): Mobilizado pelo RI 15, partiu para o TO da  Guiné em 17/1/1968 e regressou a 4/12/1969. Esteve em Bissau e Nova Lamego. Comandantes: ten cor inf Esteves Correia, maj inf Cristiano Henrique da Silveira e Lorena, e ten cor inf Manuel Maria Pimentel Bastos. Subunidades de quadrícula: CCAÇ 2315 (Binar, Bissau, Mansoa, Mansabá, Mansoa, Nova Lamego, Dara, Madina Mandinga); CCAÇ 2316 (Bissau, Bula, Mejo, Guilejem, Gadamael, Bissau); e CCAÇ 2317 (Bissau, Bula, Mansabá, Guileje, Gandembel, Bula, Nova Lamego).


1. Comentário do nosso leitor e camarada Fernando de Sousa Ribeiro (*)

Chamo-me Fernando de Sousa Ribeiro e fui alferes miliciano em Angola, integrado na CCaç 3535, do BCaç 3880, entre 1972 e 1974 (**).

O primeiro oficial de operações e informações que o meu batalhão teve foi o capitão de Infantaria António Jacques Favre Castel-Branco Ferreira, mais conhecido por capitão Castel-Branco. Em comissão anterior, este capitão esteve na Guiné, onde comandou a CCaç 2316, do BCaç 2835, em Guileje.

A sua passagem por Guileje deixou-lhe profundas marcas psicológicas, que lhe afetaram de forma claramente visível o seu espírito. A sua posterior estadia no meu batalhão em Zemba, Angola, não melhorou em nada o seu estado mental e, ao fim de menos de um ano de comissão, veio evacuado para a Metrópole e internado no Serviço de Psiquiatria do Hospital Militar Principal, como maníaco-depressivo.

Nunca, repito nunca, ouvi o capitão Castel-Branco fazer qualquer referência a Guileje e à sua experiência pessoal lá. Ele falava da Guiné em geral, contava casos passados em Bissau e noutros lados, mas a palavra "Guileje" nunca saiu da sua boca. Nunca. 

Talvez o facto de ele se ter sentido incapaz de "deitar cá para fora" as suas recordações e os seus sentimentos em relação a Guileje tenha contribuído de forma determinante para a sua degradação psicológica. De resto, tirando o seu estado de espírito alterado, o capitão Castel-Branco foi um oficial de operações muito competente e que deixou boas recordações em quem com ele conviveu em Angola.

Antes de Angola e da Guiné, o capitão Castel-Branco esteve na Índia como alferes ou tenente, encontrando-se em Goa quando se deu a invasão pela União Indiana. Foi prisioneiro de guerra. Enfim, como se costuma dizer, «a sua vida dava um filme».

O capitão Castel-Branco nunca falava de Guileje, mas falava, e muito, de Goa e da sua situação como prisioneiro na Índia. Para começar, ele aprovava a atitude do general Vassalo e Silva, que lhe salvou a vida. O que ele não aprovava, mas compreendia, foi a forma desordenada como se deu a rendição. Segundo o Castelo Branco, os militares portugueses puseram-se em fuga diante do inimigo, em vez de se entregarem, e só a contenção e disciplina das Forças Armadas Indianas impediu que muitos deles fossem mortos. Contou ele que foi uma situação deste tipo: «Onde estão os indianos, estão ali? Então fujo para acolá».

Em resultado de tudo o que viu e viveu, o capitão Castelo Branco ficou a admirar profundamente as Forças Armadas Indianas, cujo aprumo, disciplina e cavalheirismo terão sido irrepreensíveis. Segundo ele, a população civil goesa foi tratada com toda a deferência e os prisioneiros de guerra foram tratados no mais estrito cumprimento das convenções internacionais. Ele mesmo foi tratado como um oficial e não como um prisioneiro. Disse o Castelo Branco que quase a única diferença entre ele e um oficial indiano da mesma patente,  era que ele não podia comandar tropas e não podia voltar para casa. As saudades da família e a incerteza sobre a sua libertação é que foram o que mais lhe custou a suportar.

Um abraço

Fernando de Sousa Ribeiro


2. Há um primeiro comentário do Fernando de Sousa Ribeiro, sobre o cap Castel-Branco Ferreira, com data de 27/7/2018 (**)

Conheci em Angola o capitão de Infantaria António Jacques Favre Castel-Branco Ferreira, que terá rendido Joaquim Evónio de Vasconcelos no comando da CCAÇ 2316 / BCAÇ 2835, em Guileje. O capitão Castelo Branco (como lhe chamávamos) foi o primeiro oficial de operações e informações que o meu batalhão (BCaç. 3880) teve em Zemba, no norte de Angola.

Logo desde o primeiro dia da comissão se notou que o capitão Castelo Branco "não batia bem da bola". «Ele esteve em Guileje, na Guiné», dizia-se. «Aquilo foi tão mau, que ele ficou maluco», acrescentava-se. E ninguém se atrevia a contrariar o Castelo Branco, não por receio do que ele pudesse fazer, mas por respeito por alguém que tinha comido o pão que o diabo amassou.

Como pessoa, o capitão Castelo Branco era bondoso e compreensivo, ou pelo menos assim parecia. Quando não se tem responsabilidades de comando de tropas, como ele não tinha, é relativamente fácil ser compreensivo. Não sei como ele se comportaria no comando de uma companhia.

Como militar, o capitão Castelo Branco deu provas de uma enorme competência. O maior êxito que o meu batalhão teve, e que valeu a promoção do comandante a coronel, deveu-se sobretudo à forma cuidada como o capitão Castelo Branco planeou uma determinada operação. Nessa operação, os guerrilheiros da FNLA foram completamente apanhados de surpresa, abandonaram uma vasta região e deixaram de exercer pressão militar sobre o distrito do Cuanza Norte.

À medida que o tempo foi passando, o estado de saúde mental do capitão Castelo Branco foi-se agravando cada vez mais. Ao fim de dez meses de comissão, mais ou menos, teve que ser evacuado para a Metrópole e internado no Serviço de Psiquiatria do Hospital Militar Principal. Vi-o uma vez em meados dos anos 90 e pareceu-me estar com excelente aspeto. Faleceu por volta de 2014.

3. Comentário do editor LG:

Obrigado, camarada Sousa Ribeiro, pelo depoimento... O nome do capitão António Jacques Favre Castel-Branco Ferreira figura na lista dos ex-prisioneiros de guerra da Índia com direito a uma pensão, conforme despacho conjunto  dos ministros da defesa e das finanças.

Identifico igualmente o meu primo, de Ribamar, Lourinhã, Luís Filipe Maçarico... Não vejo o nome do general Vassalo e Silva, que nãio consta da lista pela simples razão de já ter morrido (em 1985).

Despacho conjunto 648/2004

A Lei 34/98, de 18 de Julho, regulamentada pelo Decreto-Lei 161/2001, de 22 de Maio, alterado pelo Decreto-Lei 170/2004, de 16 de Julho, veio estabelecer um regime excepcional de apoio aos ex-prisioneiros de guerra, nomeadamente a atribuição de uma pensão.

Assim, nos termos do disposto no n.º 1 do artigo 14.º do Decreto-Lei 161/2001, de 22 de Maio, com as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei 170/2004, de 16 de Julho, e concluída que está a instrução dos processos pelo respectivo ramo das Forças Armadas, determina-se a concessão aos ex-prisioneiros de guerra constantes da lista anexa ao presente despacho, do qual faz parte integrante, a pensão a que se refere o artigo 4.º do referido decreto-lei.

O presente despacho produz efeitos desde 1 de Janeiro de 2004.

15 de Outubro de 2004. - O Ministro de Estado, da Defesa Nacional e dos Assuntos do Mar, Paulo Sacadura Cabral Portas. - O Ministro das Finanças e da Administração Pública, António José de Castro Bagão Félix.

ANEXO

(...) António Jacques Favre Castel-Branco Ferreira

Caro Sousa Ribeiro, vejo que és leitor, mais ou menos assíduo do nosso blogue, e já não é o  primeiro contributo que dás para a partilha de memórias entre todos nós que fizemos a guerra do ultramar / guerra colonial (**).  O nosso blogue integra camaradas que passaram por outros teatros de operações, incluindo Angola. Não há fronteiras rígidas. Por razões de "mera economia de tempo e espaço", este blogue tem-se centrado na experiência operacional dos militares que passaram pela Guiné, entre 1961 e 1974. Mas temos falado também de outros territórios, incluindo Angola, Cabo Verde, Índia...

Obrigado por nos teres trazido notícias de um camarada da Guiné, o então cap inf Castel-Branco Ferreira que não conheci, e infelizmemte já falecido, como dizes, em 2014.  Deve ter-se reformado como coronel de infantaria. Conheci, isso sim, em 1969, o oficial que o foi substituir na CCAÇ 2316, o cap art Octávio Manuel Barbosa Henriques, mas noutras funções, como instrutor da 1ª CCmds Africanos, em Fá Mandinga (Setor L1, Bambadinca),

Nessa medida venho-te convidar para te juntares à nossa "caserna virtual" onde cabe sempre mais um camarada e/ou amigo da Guiné. Somos 779 entre vivos e mortos. Tu poderás ser o 780 a sentares debaixo o nosso mágico e fraterno poilão...Só tens que mandar as duas fotos da praxe (uma atual e outra do tempo da tropa), mais o teu endereço de email. Um alfabravo. Luís Graça

4. Ficha de unidade: CCAÇ 2316 / BCAÇ 2835 

Foi mobilizada pelo RI 15, partiu para o TO da Guiné em 17/1/1968 e regressou a 4/12/1969. Esteve em Bissau, Bula, Mejo, Guileje, Gadamael e Bissau. Teve 4 comandantes:

(i) cap inf Joaquim Evónio Rodrigues de Vasconcelos;

(ii) cap inf António Jacques Favre Castel-Branco Ferreira; 

(iii) cap art Octávio Manuel Barbosa Henriques;

 e (iv) cap cav José Maria Félix de Moraes.

O BCAÇ 2835 esteve em Bissau e Nova Lamego. Tinha como subunidades, além da CCAÇ 2316, a CCAÇ 2315 e a CCAÇ 2317.  Comandantes: ten cor inf Joaquim Esteves Correia; maj inf Cristinao Henrique da Silveira e Lorena; ten cor inf Manuel Maria Pimentel Bastos.

Temos 14 referências à CCAÇ 2316 no nosso blogue, e 20 ao BCAÇ 2835.

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Notas do editor: