Lourinhã > Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira > "Tributo ao pintor Estêvão Soares" > 5-31 outubro 2014 > 14. Angola, Luganbo, aguarela, 1956
Lourinhã > Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira >"Tributo ao pintor Estêvão Soares" > 5-31 outubro 2014 > 16. Moçambique, aguarela, 1959
Lourinhã > Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira >"Tributo ao pintor Estêvão Soares" > 5-31 outubro 2014 > 18. República Democrática do Congo, Jadotville (atual Likasi), aguarela, 1957
Lourinhã > Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira >"Tributo ao pintor Estêvão Soares" > 5-31 outubro 2014 > 19. Rodésia, Salisbúria (atual, Zimbabué, Harare), aguarela, 1957
Lourinhã > Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira >"Tributo ao pintor Estêvão Soares" > 5-31 outubro 2014 > 16. Moçambique, aguarela, 1959
Lourinhã > Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira >"Tributo ao pintor Estêvão Soares" > 5-31 outubro 2014 > 17. África do Sul, aguarela, s/d
Lourinhã > Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira >"Tributo ao pintor Estêvão Soares" > 5-31 outubro 2014 > 18. República Democrática do Congo, Jadotville (atual Likasi), aguarela, 1957
Lourinhã > Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira >"Tributo ao pintor Estêvão Soares" > 5-31 outubro 2014 > 19. Rodésia, Salisbúria (atual, Zimbabué, Harare), aguarela, 1957
Lourinhã > Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira >"Tributo ao pintor Estêvão Soares" > 5-31 outubro 2014 > 16. Moçambique, aguarela, 1959
Lourinhã > Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira >"Tributo ao pintor Estêvão Soares" > 5-31 outubro 2014 > 17. África do Sul, aguarela, s/d
Fotos de Luís Graça (2014). Cortesia dos filhos do pintor, Pedro, Andrea e Lígia Soares
1. Está a decorrer, até ao fim deste mês, na Lourinhã, na sua terra natal, a exposição do pintor Estêvão Soares (Marteleira, Lourinhã, 1914-Lisboa, 1992), comemorativa dos 100 anos do seu nascimento.
A exposição, na Lourinhã, tem 2 núcleos: (i) Centro Cultural Dr. Afonso Rodrigues Pereira, com uma amostra de aguarelas e óleos (mais de meia centena de quadros, na posse dos filhos, Lígia, Andresa e Pedro Soares); e (ii) Biblioteca Municipal, com um acervo maios pessoal, mostrando a relação do pintor com a sua arte, o "making of" da sua obra, e o seu percurso por diferentes circuitos artísticos.
Agradecemos aos filhos a autorização para fotografar e divulgra, no nosso blogue, alguns dos quadros de temática africana.
2. O pintor tem uma entrada na Wikipédia, de que recolhemos os seguintes elementos, completados com a brochura editada, para o efeito, pela Câmara Municipal da Lourinhã
(i) Estêvão Soares nasceu na Marteleira, Lourinhã, em 1914, e morreu em Lisboa, em 1992, aos 77 anos;
(ii) " A sua obra, tanto a óleo quanto a aguarela, constrói-se sobre alicerces figurativos e tem sido diversas vezes enquadrada na corrente naturalista. A extensa produção do artista ao longo de cinco décadas, principalmente em Portugal e nas ex-colónias de África, espelha as transformações por que passou o território continental e ultramarino durante a segunda metade do século XX";
(iii) Foi residir para Lisboa, ainda na infância; faz uma aprendizam, como autodidata, de desenho e pintura; trrabalha nas áreas da publicidade e decoração;
(iv) A partir dos 30 anos de idade, começa a desenvolver uma carreira de pintor; participa no "Salão dos Excluídos" (1944), acima chamado por integrar os artistas que haviam sido excluídos da pré-selecção para o “1° Salão de Arte Moderna" do Secretariado da Propaganda Nacional (mais tarde, SNI);
(v) Realiza a primeira exposição individual de pintura, em 1945, no átrio do Diário de Notícias;
(vi) Torna-se a partir de então presença regular nos “Salões de Inverno” da Sociedade Nacional de Belas-Artes (de que passa a ser sócio) e nos próprios “Salões de Arte Moderna” do SNI;
(vii) Nos dez anos seguintes, sucedem-se as exposições individuais e colectivas, "pondo em evidência uma obra de cariz essencialmente naturalista que retrata, com preciosos elementos de valor etnográfico, aspectos de um país onde a ruralidade era a norma e o próprio meio urbano resistia ao progresso e à industrialização";
(viii) Em 1955 faz um périplo por África, e nomeadamente pela África Austral, incluindo Angola, Moçambique, regressando só em 1961, à metrópole; é deste período que reproduzimos algumas aguarelas, com a devida a autorização do filho Pedro Soares);
(ix) Depois de uma exposição antológicaq de 101 aguarelas e óleos no Palácio do Comércio de Luanda, em 1955, "viaja, pinta e expõe em diversos territórios ultramarinos, tanto portugueses (Angola, Moçambique) quanto de outras potências coloniais europeias (Congo Belga, África Equatorial Francesa, Rodésia do Sul e Niassalândia), passando ainda pela República da África do Sul" (...);
(x) Nesta longa viagem por África, "retrata as cidades e as grandes obras públicas surgidas na última década, mas sobretudo as paisagens naturais e os povos que encontrava nas suas viagens fora dos centros urbanos, muitas vezes a regiões pouco frequentadas pelos colonos. Durante esses anos, reune um grande acervo de trabalhos que dão um valioso retrato das colónias portuguesas nos anos que precederam o eclodir das guerras de libertação" (,,,)
(xi) De regresso a Lisboa, em 1961, frequenta as tertúlias do café A Brasileira do Chiado, relacionando-se com várias figuras do mundo artístico e intelectual da época (Abel Manta, Almada Negreiros, Arthur Duarte, e outros);
(xii) É um cidadão e um artista que acolhe com entusiasmo e esperança o 25 de abril de 194; funda, com outros artistas, o grupo Paralelo 12;
(xiii) Manterá sempre uma forte ligação à sua terra e à Estremadura: nas décadas de 1970 e 80, expõe em diversas localidades da região oeste, incluindo a Lourinhã;
(xiv) Morreu em Lisboa, aos 77 anos, em 1992; faria 100 anos em 5 de outubro de 2014, se fosse vivo.
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Nota do editor: