Blogue coletivo, criado e editado por Luís Graça. Objetivo: ajudar os antigos combatentes a reconstituir o "puzzle" da memória da guerra col0onial, em geral, e da Guiné, em particular (1961/74). Iniciado em 2004, é a maior rede social na Net, em português, centrada na experiência pessoal de uma guerra. Como camaradas que sáo, tratam-se por tu, e gostam de dizer: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande. Coeditores: C. Vinhal, E. Magalhães Ribeiro, V. Briote, J. Araújo.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2021
Guiné 61/74 - P22832: Parabéns a você (2017): Albano Costa, ex-1.º Cabo At Inf da CCAÇ 4150/73 (Bigene e Guidaje, 1973/74); Carlos Pinheiro, ex-1.º Cabo TRMS do STM/QG/CTIG (Bissau, 1968/70) e Felismina Costa, Amiga Grã-Tabanqueira
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Nota do editor
Último poste da série de 20 de Dezembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22822: Parabéns a você (2016): José Botelho Colaço, ex-Soldado TRMS da CCAÇ 557 (Cachil e Bafatá, 1963/65) e José Casimiro Carvalho, ex-Fur Mil Op Esp da CART 8350/72 e CCAÇ 11 (Gulieje, Gadamael e Paunca, 1972/74)
quarta-feira, 22 de dezembro de 2021
Guiné 61/74 - P22831: Fotos à procura de...uma legenda (159): Cais de Alcântara ou Cais da Rocha Conde de Óbidos ? (Lucinda Aranha, escritora)
Lisboa > Agosto de 1960 > O Sene Sané, o meu pai, Manuel Joaquim Prazeres, na ponta direita e aminha mãe, ao maio. Vieram, com outras senhoras, depedir-se do Elísio (o segundo a contar da esquerda) que ia partir para Cabo Verde, por via marítima...
Foto (e legenda): © Lucinda Aranha (2021). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné](i) Segue foto do régulo Sene Sané com os meus pais e umas senhoras. Tu verás se vale a pena pô-la. São pessoas da Guiné, mas como te disse não sei quem são e só sei que a foto foi tirada em Lisboa durante as Comemorações Henriquinas.
(ii) O meu amigo cabo-verdiano que me ajudou a datar as fotografias é o rapaz que está na foto. Não o estva a reconhecer- Enviei-lhe a foto e espero qu ele tenha alguma ideia do que se passa. O Aranha diz que a foto foi tirada na Praça do Império ao pe da Doca do Bom Sucesso. Vamos a ver o que o Elísio Branco Vicente diz.
(iii) Afinal, Luís, mais uma vez me precipitei. Creio que que a fotografia não interessa. Além do Sene Sané, dos meus pais, da Maria Rosa, irmã do Elísio, que está ao lado da minha mãe, as outras semhoras são cabo-verdianas, e foram todas despedir-se ao Cais de Alcântara, do Elísio, que partia nesse dia para Cabo Verde. De certeza o Sene Sané foi levado em passeio pelos meus pais até porque conheceu o Elísio em nossa casa.
2. Comentário de Luís Graça:
Lucinda, adoro fotos antigas e das pequenas histórias da gente da nossa geração e da geração dos nossos pais. Não vai mal ao mundo se publicarmos a foto, até porque eu tenho outra pista para precisar o local em que foi tirada. Para mim, não se trata da Praça do Império, e Doca do Bom Sucesso, em Belém, nem sequer do Cais de Alcântara... Mas sim do Cais da Rocha Conde de Óbidos...
De facto, era de lá, do Cais da Rocha Conde de Óbidos, que partiam os navios da marinha mercante para as ilhas adjacentes, e para os territórios ultramarinos, incluindo Cabo Verde e Guiné... E os navios de transporte de tropas para a guerra do ultramar (Angola., Guiné, Moçambique)...O Museu Nacional de Arte Antiga fica sobranceiro ao Cais da Rocha Conde de Óbidos. Do lado poente (entrada primcipal), há um jardim adjcente conhecido como o Jardim 9 de Abril, o Jardim das Albertas ou o Jardim da Rocha do Conde de Óbidos). Logo a seguir, a esse jardim, também do lado poente encontra-se o Palácio dos Condes de Óbidos onde está instalada a sede nacional da Cruz Vermelha. Mas esta parte na aparece na foto em questão...
Mas cabe aos nossos leitores decidir, sobretudo aos lisboetas, que conhecem bem a cidade... Veja-se isto como um simples passatempo natalício (**)...
Lisboa > Gare Marítima de Alcântara (arq. Pardal Monteiro), inaugurada em 1943 > 10 de maio de 2015 > O cais e a gare, vistos do navio-escola "Sagres".
Foto (e legenda): © Luís Graça (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
Lisboa > Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos > Arquiteto Pardal Monteiro, foi inaugurada em 1948... Foi daqui que partimos, muitos de nós, para a Guiné... Muitos confundem com o Cais de Alcântara, Nos últimos anos da guerra, a partir de 1972, o transporte já se fazia por via aérea, através dos TAM - Transportes Aéreos Militares. (LG)
Foto do domínio público. Cortesia de Wikipedia.
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Nota do editor:
Último poste da série > 19 de dezembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22821: Fotos à procura de... uma legenda (158): Tão meninos que nós éramos!... (Valdemar Queiroz, ex-fur mil, CART 2479 / CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70)Guiné 61/74 - P22830: Historiografia da presença portuguesa em África (295): Memória dos Felupes, artigo de José Joaquim Lopes de Lima, 1839 (2) (Mário Beja Santos)
Queridos amigos,
Não é novidade para ninguém que os Felupes sempre atraíram a literatura de viagens, quem percorria a costa que hoje corresponde ao Senegal, até para comerciar o rio Casamansa, debandava estas paragens atraído por alguns elementos exóticos e seguramente pela lenda de que este povo tinha costumes antropófagos. O relato de José Joaquim Lopes de Lima tem notas muito curiosas, começa logo por uma extensa exposição das práticas imateriais de cariz religioso, como bom aprendiz de antropólogo e etnólogo revela-se muito atento aos casamentos e funerais e envereda pela observação dos usos e costumes, indo direito às atividades económicas, aos recursos, às formas de habitar. Nunca refere antropofagia nem as relações interétnicas, os Felupes pertencem ao vasto mosaico dos Djolas que existem no Sul do Casamansa e até ao Rio de São Domingos. Não esquecer igualmente os mercadores e viajantes que se dirigiam para o presídio de Cacheu e comerciavam na região de Farim, seguramente que lhes atiçava a curiosidade esta etnia animista e ciosa da sua identidade.
Um abraço do
Mário
Memória dos Felupes, artigo de José Joaquim Lopes de Lima, 1839 (2)
Mário Beja Santos
O nome José Joaquim Lopes de Lima não nos é estranho, pode aparecer associado às principais narrativas referentes à Senegâmbia na primeira metade do século XIX, podemos juntá-lo aos trabalhos de Conrado de Chelmicki, Senna Barcelos, Travassos Valdez e Honório Pereira Barreto.
De todos os seus escritos, o mais útil e continuadamente estudado pelos investigadores são os Ensaios sobre a estatística das possessões portuguesas na África Ocidental e Oriental, tomos publicados em 1840 e 1846. É no livro I – parte II que descreve a Guiné de Cabo Verde (páginas 80 a 119). Despede-se deste seu trabalho frente à Guiné com a seguinte observação: “Em mais de um lugar nesta obra eu fiz ver os imensos lucros que daria o comércio de Bissau e Cacheu a uma companhia mercantil portuguesa a quem se concedesse o exclusivo da navegação e resgates de compra e venda dentro nos rios de Geba e Farim (e muito mais se ela tentasse explorar de novo o Rio Grande e o Rio Nuno), com a única condição de ela compreender no seu grémio portugueses que se resolvessem, como os nossos antepassados, a ir afrontar por uma vez somente uma febre aguda, para depois gozarem por anos dilatados de todas as vantagens do homem rico e poderoso, sem mais receio pela sua existência, de que se vivessem na Europa”. Esta memória sobre os Felupes foi publicada em O Archivo Popular, Semanário Pintoresco, N.º40, em 5 de outubro de 1839 e no N.º41 de 10 do mesmo mês e ano. Já se fez referência a tudo quanto ele menciona sobre a religião dos Felupes, vejamos agora os casamentos e funerais.
“Os Felupes adotam a poligamia e mudam de mulher quando lhes apraz. No dia do consórcio envia o noivo um pote de vinho de palma a cada uma das chinas (balobeiras) do lugar, para ser derramado e bebido. Em chegando a noite, o noivo e a noiva se dirigem em companhia dos parentes ao covil de jambacós (feiticeiro), e lhe ofertam uma galinha para que ele se digne tirar uma manilha delgada de ferro que tanto o noivo como a noiva trazem no pulso direito; tirada esta pela mão do impostor, a cerimónia está concluída”. E escreve acerca dos funerais: “É uso logo que alguém morrer darem uma salva fúnebre de tiros de espingarda: imediatamente se lhe arma defronte da porta uma espécie de eça feita de paus cruzados à maneira dos tronos antigos: sobre esta se deposita o cadáver amortalhado. Se o morto é mancebo, ou homem na flor da idade, todo o povo se cobre de lama, e se repetem amiudadamente as salvas de espingardaria; se é mulher, não se dão sinais de alegria nem de tristeza; se é velho ou velha todo o mundo se regozija durante o tempo das exéquias: estas duram 24 horas, no fim das quais, tendo aberto a cova no lugar que o defunto tinha indicado em vida, a ela se conduz o corpo em umas andas. A cova não é aberta como as nossas: começam por cavar um poço redondo de 8 ou 10 pés de profundidade e alguns 15 de diâmetro: em um dos lados dele abrem uma pequena mina em que o corpo possa caber e forram-na de tábuas de cibe; trazido ali o corpo descem-no ao poço com muita honra, é introduzido na mina, tapada a entrada com uma tábua, e novamente atulhado o poço”.
E o autor explica que é interdito sepultar pessoas em terrenos de lavoura e que em casa do morto as mulheres cantam e choram três vezes no dia. Falando agora dos usos e costumes, depois de nos dizer que os Felupes são ágeis, robustos em geral, que têm fisionomias interessantes, que não têm beiços grossos nem nariz chato, trata-se de um povo afável, amigo dos brancos (sobretudo dos portugueses), são hospitaleiros. Mas há o reverso: “Uma vez ofendidos, são iracundos, bravos e mais de aplacar, resolutos e firmes no momento da cólera ou no combate; de caráter franco, mas desconfiado e a desconfiança torna-os dissimulados: são teimosos, traiçoeiros, imitadores, imitam mesmo os nomes portugueses, das pessoas e coisas. São muito laboriosos; mas também sabem mal repartir o tempo, e qualquer conversação insignificante é bastante para distraí-los. São incansáveis na agricultura do seu arroz, aferrados a más rotinas e possuidores de um terreno demasiadamente alagadiço.
Os mancebos Felupes enquanto não casam, andam de ordinário nus com um pequeno avental nas partes que a natureza ensina a cobrir, em cuja pele pregam botões que o enfeitam e embaraçam que flutue este avental que é preso em roda das virilhas; na cabeça usam os mais ricos um capacete de cauris furados, enfiados em fio de vela. Os homens casados apenas conservam nos braços uma manilha delgada e um fio de contas no pescoço, com algum anel de cobre no dedo. Tanto rapazes como raparigas, em chegando à idade de casar, aguçam os dentes da maneira mais bárbara: vão a casa do ferreiro, que habituado já a esta operação, com talhadeira e martelo afeiçoa ao uso da moda os dentes do malfadado. De resto, os costumes deste povo são extraordinários para uma nação selvagem: vêm-se entre eles mui raros aleijões, pelo cuidado que têm as mães de abafar ao nascer as crianças que vêm defeituosas. Ignoram os conhecimentos humanos até o que muitas nações bárbaras conhecem: o aspeto do seu nada lhes ensina, apenas conhecem as lunações e dessas só as conjunções; não têm meio algum de figurar tradicionalmente os seus pensamentos nem de memorar as suas épocas; não contam nem nomeiam os meses; e mesmo o dia primeiro de cada ano (que festejam) é amovível à vontade dos grandes, contanto que entre na Lua Nova de Novembro. A sua semana é de 6 dias, 5 dos quais empregam no trabalho, e o 6º em dormir, beber e lutar, tais são os seus divertimentos. Usam também de uma dança modelada ao som do tambor, muito semelhante à de todos os povos africanos. Nas Artes apenas conhecem imperfeitamente a cultura do arroz, a ferraria e a olaria: os seus ferreiros sabem igualmente trabalhar o ferro, o cobre, o latão e a até sabem fundir e caldear estes dois últimos.
As casas felupes são construídas de um barro que em secando é tão rijo como o adobe; são quase todas de forma circular, têm todas uma sala espaçosa que abre comunicação com vários quartos laterais; se não cozinhassem dentro seriam sofríveis. A mobília de um Felupe é um coiro em que se deita, um búzio de mar que lhe serve de candeeiro, uma escudela de pau em que come, as panelas de barro em que faz a comida (que consiste em arroz cozido em água e sal e algumas vezes peixe e marisco).
Falando da sua economia o autor diz que os Felupes possuem um terreno parte lodoso parte arenoso; mas em toda a parte alagadiço e cortado de rios. A única produção valiosa dos terrenos Felupes é uma imensa quantidade de arroz ordinário, cuja cultura seria suscetível de melhoramento se os cultivadores o fossem de instrução rural: este é semeado em alfobres ou viveiros, e dali transplantado às terras em que produz, como se usa na Europa para com as hortaliças: conservam-no na palha de uns anos para os outros nos sótãos das casas em que todo o ano dura um fumo insofrível, podem muito bem ser estas as causas da cor escura que apresenta, pois ele de seu natural é claro.
As árvores que mais trivialmente se encontram nestes países são o poilão, de que se fazem as canoas; o mangue, bom para lenha; o cibe, excelente para emadeiramento das casas; e a palmeira, de cujo fruto se faz o azeite; é muito raro encontrar árvores frutíferas. Os Felupes vendem muito arroz no presídio português de Cacheu e ao gentio Papel em troca de vacas pequenas. Quando algum branco chega a Bolor para fazer negócio, é do uso mandar ao rei um ou dois frascos de aguardente e algum tabaco, rogando-lhe que venha a casa do seu hóspede para pôr as medidas.
Os Felupes negoceiam pouco em escravos, pois que eles não escravizam pessoa alguma, e apenas servem de corredores dos escravos que lhes remetem do Interior para serem vendidos aos brancos. Os Felupes não cultivam legumes nem hortaliças, mas o seu terreno é muito próprio para uma e outra coisa. Em geral, esta costa não é tão doentia como se supõe. As frutas do país são a banana, a papaia, a laranja e o ananás.
Eis aqui o que pude colher dos costumes felupes, que diversificam algum tanto na forma do governo, mas em tudo o mais se assemelham aos dos outros gentios que povoam as costas da Guiné Portuguesa.
Nota do editor
Último poste da série de 15 DE DEZEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22810: Historiografia da presença portuguesa em África (294): Memória dos Felupes, artigo de José Joaquim Lopes de Lima, 1839 (1) (Mário Beja Santos)
terça-feira, 21 de dezembro de 2021
Guiné 61/74 - P22829: O meu sapatinho de Natal (16): Mensagens natalícias dos nossos camaradas e/ou amigos: Luís Fonseca; José Carlos Mussá Biai, Valdemar Queiros; Coronel Tirocinado Carlos Cação Silva; Associação Afectos com Letras, ONGD; José Teixeira; casal Giselda e Miguel Pessoa; Joaquim Fernandes Alves
1. Mensagem natalícia do nosso camarada Luís Fonseca, ex-Fur Mil TRMS da CCAV 3366/BCAV 3846, Suzana e Varela, 1971/73, com data de 20 de Dezembro de 2021:
2. Mensagem natalícia do nosso Grã-Tabanqueiro Eng.º José Carlos Mussá Biai, natural do Xime, a viver em Portugal, que exerce funções na Direcção-Geral do Território, em Lisboa:
Caros Camaradas e Amigos
Os meus votos de Festas Felizes e um excelente Ano Novo.
Que Deus nos dê muita saúde.
Um abração a todos,
José Carlos Mussá Biai
3. Mensagem natalícia do nosso camarada Valdemar Queiroz, ex-Fur Mil da CART 2479/CART 11, Contuboel, Nova Lamego, Canquelifá, Paunca, Guiro Iero Bocari, 1969/70:
Luís
Desejo a todos os camaradas, amigos e suas famílias um Feliz Natal e um Ano Novo 2022 com saúde.
Abraço
Valdemar Queiroz
4. Mensagem natalícia do Coronel Tirocinado Carlos E. M. Cação da Silva:
Meu caro Carlos Vinhal,
Estamos em época festiva e mais uma vez afectada pelas circunstâncias conhecidas que nos condicionam as normais condições de vida.
Não quero deixar passar a oportunidade para vos enviar a todos vós, Prof Luis Graça, Carlos Vinhal e Camaradas da Guiné, os meus votos de um Feliz Natal passado em Paz, Saúde e Alegria com as vossas Famílias, e os desejos e a esperança de que o Novo Ano seja melhor que este e satisfaça os nossos anseios de uma normalidade de vida.
Não esquecerei a vossa disponibilidade e forte empenho na tentativa de satisfazerem o meu pedido sobre a Guiné. Com dados tão vagos e nada concretos que nos foram fornecidos não haverá grande possibilidade de sucesso.
Continuo ainda a aguardar o resultado da pesquisa do Arquivo Geral e Exército focada nas CCaç 4143 e 3477.
Para todos o meu abraço amigo,
Cação da Silva
5. Mensagem natalícia da Associação Afectos com Letras, ONGD
Querid@s Amig@s,
Neste período natalício queremos deixar em nome das meninas, dos meninos e das mulheres que convosco apoiamos na Guiné-Bissau, os nossos mais sinceros votos de Boas Festas e que 2022 vos chegue cheio de saúde, sucessos e muitos Afectos.
Estamos juntos!
Associação Afectos com Letras, ONGD
Rua Engº Guilherme Santos, 2
Escoural , 3100-336 Pombal
NIF 509301878
tel - 91 87 86 792
venha estar connosco no www.facebook.com/afectoscomletras
6. Mensagem natalícia do nosso camarada José Teixeira, ex-1.º Cabo Aux Enfermeiro da CCAÇ 2381, Buba, Quebo, Mampatá e Empada, 1968/70:
Caríssimos amigos e camaradas
Estamos em tempo de Natal.
Seria bom para todos nós se conseguíssemos que o Natal acontecesse todos os dias do ano.
É verdade que entre os membros da Tabanca Grande há quem acredite que é possível e quem o tente fazer.
No entanto, este tempo do ano é reservado para todos nós pensarmos Natal.
Tempo de ir ao encontro dos velhos amigos.
Tempo de recordar outros tempos.
Tempo de SER pessoa. Sentir-se pessoa
Tempo de ser presente na vida uns dos outros, que nós trocamos em tempo para dar presentes aos outros
...e deixamos que o Natal se vá embora.
...E também é tempo de um bom bacalhau.
Com festa e alegria junto das nossas famílias
Eu gostava que todos os camaradas e amigos tivessem um Natal Feliz.
7. Mensagem natalícia do casal Giselda Pessoa (ex-2.º Sargento Enfermeira Paraquedista) e Miguel Pessoa (Coronel Piloto Aviador Reformado):
8. Mensagem natalícia do nosso camarada Joaquim Fernandes Alves, ex-Fur Mil da CART 1659, Gadamael e Ganturé, 1967/68:
Camarada e Amigo, Carlos Vinhal
Boa noite
Não esquecendo o Homem Grande, Luís Graça, assim como todos os colaboradores do nosso blogue e todos os camaradas que dele fazem parte, votos de um Bom Natal e um ano 2022 com saúde.
Cumprimentos para todos
Um grande abraço
Joaquim F. Alves (ZORBA Cart 1659)
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Nota do editor
Último poste da série de 20 de Dezembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22826: O meu sapatinho de Natal (15): Boletim nº. 073 de “Olhar do Mocho” – Órgão Informativo e Cultural da Associação Cultural e Social dos Seniores de Lisboa (Academia de Seniores de Lisboa), dedicado ao Natal (Mário Vitorino Gaspar)
Guiné 61/74 - P22828: Notas de leitura (1401): "Adeus... até ao meu regresso": livro de memórias fotográficas de 56 antigos combatentes, naturais de Vila Real, incluindo o Miguel Rocha, ex-alf mil inf, CCAÇ 2367/BCAÇ 2845, "Os Vampiros" (Olossato, Teixeira Pinto e Cacheu, 1968/70) - Parte I
1. Chegou-nos, pelo correio, um exemplar desta obra, com dedicatória, oferta do nosso camarada Miguel Rocha, membro da Tabanca Grande desde 21/11/2019, natural de Vila Real, a residir em Oeiras:
"Para o amigo Luís Graça com um abraço do transmontano Miguel Rocha, 12/12/20212". (Às vezes, ele brinca com a região da sua naturalidade, dizendo-me: "Olha, é o Rocha, o transmontano, não o alentejano"!... Na Tabcanca da Linha, onde o conheci, eu achava que ele era alentejano, por ser amigo, vizinho e companheiro de mesa do Manuel Macias, que, esse, sim, é da Aldeia Nova de São Bento, Serpa...)
O Miguel é um dos 56 ex-combatentes, naturais de Vila Real, que passaram pelos teatros de operações de Angola, Guiné e Moçambqiue, entre 1961 e 1974, e quiseram agora partilhar as fotos dos seus álbuns, numa bonita iniciativa que, se não é inédita, tem grande mérito e pode até servir de exemplo (contagiante) para outros grupos.
O pretexto são os 60 anos do início da guerra do ultramar / guerra colonial e o objetivo desta obra é singelo, mas nem por isso digno de realce: dar a conhecer "retalhos do nosso dia-a-dia" destes homens, uma valiosa contribuição, afinal, para a"pequena história" que tem de (ou deve...) ir a par da "grande história" com a H...
Grato ao Miguel e demais camaradas que congregaram esforços para a materialização deste projeto, deixo aqui alguns excertos da obra, numa primeira nota de leitura.
Mandei há dias ao Duarte Carvalho a seguninte mensagem:
Peço desculpa por não ter publicado, em tempo oportuno, o teu convite . Houve um lapso na gestão do correio. Mas farei referência à cerimónia. Vejo que fazes falta aqui no nosso blogue e na nossa Tabanca Grande. Aceita o convite para te juntares a esta comunidade virtual, dos amigos e camaradas da Guiné, e onde já estão camaradas transmontanos como o MIguel e outros,
Em 24 de novembro passado, o Duarte Carvalho mandara-nos a notícia (e o convite) do lançamento da obra:
Sublinhe-se, com apreço, o apoio a esta obra (ou o patrocínio), dado por diversas instutuições e empresas locais: Câmara Municipal de Vila Real, Junta de Freguesia de Vila Real, Liga dos Combatentes - Núcleo de Vila Real, CIMAGOM, realcópia, CA - Crédito Agrícola e Adega Vila Real.
(Pág. 191)
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Nota do editor:Último poste da série > 20 de dezembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22823: Notas de leitura (1400): "Guiné, Minha Terra", pelo jornalista bolamense Armando de Aguiar; uma edição da Agência-Geral do Ultramar (Mário Beja Santos)
segunda-feira, 20 de dezembro de 2021
Guiné 61/74 - P22827: In Memoriam (420): Jaime Brandão, ex-Fur Mil Pil da FAP, falecido em 18 de Dezembro de 2021 - Adeus e até já, Jaime. Partiu hoje um dos maiores amigos que tive na minha vida! (Joaquim Mexia Alves, ex-Alf Mil Op Esp)
Partiu hoje um dos maiores amigos que tive na minha vida!
As histórias com o Jaime Brandão são inúmeras desde garotos, passando pela Guiné, pela dita revolução e até aos dias de hoje.
Por causa da nossa amizade passei fins de tarde quase contínuos na BA5, mormente na Esquadra dos Falcões, e por isso mesmo me foi concedido algo único na minha vida: um voo de A7.
Claro que, embora houvesse outros “candidatos” amigos que me queriam levar, não poderia deixar de ser o Jaime a dar-me esse raro prazer, quase impossível a civis.
Tal como o dia em que, envolvido na primeira Operação Militar na Guiné, no segundo mês da minha chegada, com o camuflado ainda a “cheirar a goma”, desembarco no quartel de Porto Gole e quando estou a subir a rampa para as instalações vejo o Jaime vir direito a mim a sorrir e abraçando-me com toda força.
Perguntei-lhe
como era possível ao que ele me respondeu a sorrir que sabia que eu estava
envolvido naquela Operação e que ia desembarcar em Porto Gole para passar a
noite e como vinha de regresso a Bissau, declarou que tinha a porta aberta do
DO27 e que tinha de aterrar em Porto Gole.
As histórias são inúmeras, (de dia ou de noite), e todas elas são memórias fantásticas que me trazem agora lágrimas aos olhos
O Jaime era um homem franco, honesto, sério, que não pedia licença para dizer o que pensava e sentia, mesmo que isso lhe acarretasse incompreensões ou mesmo problemas.
Amigo do seu amigo, levava a amizade muito a sério, tão a sério que não se coibia de me dizer algo que eu fizesse mal, como eu lhe dizia também a ele.
É assim
a amizade verdadeira!
Mas tinha também um humor muito especial e vivemos momentos hilariantes ao longo de todo este tempo que Deus nos deu de amizade verdadeira e vivida.
Muitas vezes as nossas conversas eram quase um monólogo tal a identidade de pensamento e opinião que tínhamos os dois.
Em bom
e antigo português era quase um: “se um diz mata o outro diz esfola”!
Espero, (fazendo humor), que no Céu haja cerveja, porque ele tem que ter uma esplanada onde a beber esperando por mim e por muitos mais que nos faziam companhia.
O Jaime
foi voluntário para a Força Aérea, serviu o seu país na Guiné e em Portugal,
serviu o seu país na sua profissão como civil, lutou por um país melhor do que
o “politicamente correcto”, e ninguém, com certeza desta gente que nos governa
terá uma palavra para ele, o que ele, julgo eu, até agradece.
Envolvo a sua família, mulher, filhas, netos, irmãs e irmão no meu estreito e muito amigo abraço, sem palavras que as não tenho para dizer.
Estou profundamente triste, embora acredite que aos homens bons como o Jaime, Deus tem sempre junto de Si, mas isso ainda não mitiga a saudade imensa que já sinto em mim.
Como dizemos em Monte Real, pelo menos no tempo em que eramos garotos, quando as pessoas se encontram: Adeus!
Eu digo-te, Jaime meu querido amigo, adeus e até já!
Marinha Grande, 18 de Dezembro de 2021
Joaquim Mexia Alves
Notas do editor:
À família do nosso camarada Jaime Brandão, a tertúlia e os editores do Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné apresentam as suas mais sentidas condolências.
O Jaime Brandão participou no V e VI Encontros Nacionais da Tabanca Grande em Monte Real. Nesta foto em conversa com o Victor Barata, também ex-militar da Força Aérea Portuguesa e também ele recentemente falecido.
Último poste da série de 25 DE NOVEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22749: In Memoriam (419): Tibério Paradela (1940-2021), capitão da marinha mercante, um "lobo do mar" ilhavense, que nos deixa um notável testemunho da epopeia da pesca do bacalhau, no seu romance "Neste mar é sempre inverno"
Guiné 61/74 - P22826: O meu sapatinho de Natal (15): Boletim nº. 073 de “Olhar do Mocho” – Órgão Informativo e Cultural da Associação Cultural e Social dos Seniores de Lisboa (Academia de Seniores de Lisboa), dedicado ao Natal (Mário Vitorino Gaspar)
Caros Camaradas
Luís, Carlos e todos os Homens Grandes da Tabanca Grande.
Envio, em Anexo o Boletim 073 de “Olhar do Mocho” – Órgão Informativo e Cultural da Associação Cultural e Social dos Seniores de Lisboa (Academia de Seniores de Lisboa).
Fui fundador deste Boletim em 2005 e seu primeiro Director.
Este número foi dedicado ao Natal.
Desejo para o Blogue “Luís Graça & Camaradas da Guiné”, e Todos os Seus Aderentes:
UM FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO DE 2020, COM SAÚDE E ALEGRIA.
Abraço
Mário Vitorino Gaspar
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Nota do editor
Último poste da série de 20 DE DEZEMBRO DE 2021 > Guiné 61/74 - P22825: O meu sapatinho de Natal (14): Votos de boas festas para todos os "residentes" da Tabanca Grande... E uma prendinha: a notícia da última viagem do N/M Niassa, em 8/5/1979, a caminho do sucateiro de Bilbao, Espanha... (Carlos Arnaut, ex-alf mil, 16º Pel Art, Binar, Cabuca, Dara, 1970/72)
Guiné 61/74 - P22825: O meu sapatinho de Natal (14): Votos de boas festas para todos os "residentes" da Tabanca Grande... E uma prendinha: a notícia da última viagem do N/M Niassa, em 8/5/1979, a caminho do sucateiro de Bilbao, Espanha... (Carlos Arnaut, ex-alf mil, 16º Pel Art, Binar, Cabuca, Dara, 1970/72)
Pertencia à Companhia Nacional de Navegação. A notícia "necrológica" (, os navios também se abatem como os cavalos e os seres humanos,) acrescentava:
"Com alojamento para 322 passageiros, o paquete efectou durante longos anos, as carreiras regulares entre Lisboa e as colónias de África, tendo servido como transporte de tropas e, durante alguns meses, foi o elo de ligação entre o Continente e a Madeira [em 1978 ]. Pela tarde [do dia 8 de maio de 1979] a sirene do "Niassa" anunciava a saída para a última viagem".
Foi mandado construir em Antuérpia, Bélgica, em 1952, no âmbito da modernização da nossa frota da marinha mercante. Custo: 135.000.000$00 (equivalente, a preços atuais, a cerca de 66,4 milhões de euros, de acordo com a aplicaçãodo INE, Atualização de Valores com base no IPC - Índice de Preços ao Consumidor).
2. Mensagem de Carlos Arnaut (ex-alf mil, 16º Pel Art, Binar, Cabuca, Dara, 1970/72, tem cerca de uma dezena de referências no nosso blogue; entrou para a Tabanca Grande em 12/9/2020) (*):
Data - sexta, 17/12/2021, 00:53
Assunto - Niassa
Olá Luís,
Como tenho lido diversas citações ao paquete "Niassa" nos posts da rapaziada que nele viajou, junto envio notícia do seu falecimento em Maio de 79.
Se entenderes que vale a pena recordar a notícia, aqui segue a foto.
P.S. - Não mereci parabéns no dia 22 de Setembro, quase chorei ...
Ultimamente temos estado a "exigir" a prova de vida... A tua está feita. Espero que o 2022 nos corra a todos melhor do que o 2021.
(*) V.d poste de 12 de setembro de 2020 > Guiné 61/74 - P21351: Tabanca Grande (502): Carlos Arnaut, ex-alf mil art, 16º Pel Art (Binar, Cabuca, Dara, 1970/72): senta-se, no lugar nº 817, à sombra do nosso poilão