Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 557 (Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) > Foto nº 3 > Mata destruída e a vista parcial do quartel do Cachil do lado do cais... porque no lado oposto seria muito perigoso para o fotógrafo, nunca se sabia quando é que um turra poderia estar na mata grande do Cachil... Uma das baixas que a companhia teve logo quase à chegada foi de um tiro isolado quando o soldado estava a cavar o abrigo. Além disso era uma zona que estava armadilhada e pessoal estava avisado para não a usar, embora durante o dia e nos dias em que havia batidas à mata do Cachil as armadilhas eram desactivadas para evitar acidentes.
Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 557 (,Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) > Foto nº 3 A > O sistema de deteção de intrusos... As famosas garrafas de cerveja vazias, presas ao arame farpado... Mas um exemplo prtático da arte do desenrascanço dos tugas... (LG)
Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 557 (Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) > Foto nº 2 > .> Cais do Cachil ainda na época seca.
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Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 557 (Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) > Foto nº 7 > A lancha do Cachil [, que vinha de Catió,] o lodo e a lama e o trabalho de escravos.
Guiné > Região de Tombali > Cachil > CCAÇ 557 (Cachil, Bissau e Bafatá, 1963/65) > Foto nº 9 > Escravatura em ação.... O transporte dos toros para a construção da paliçada e casernas.
Fotos (e legenda): © Victor Neto / José Colaço (2014). Todos os direitos reservados [Edição : LG]
1. Fotos falantes do Cachil, diz o José Colaço. E, se são falantes, (quase) não precisam de legenda... Pertencem ao do álbum do ex-fur mil Victor Neto (CCAÇ 557, Cachil, Bissau, Bafatá, 1963/65).
Cá aqui fizemos o convite público para ele ingressar na Tabanca Grande (*). É um camarada do tempo da caqui amarelo. Vou mandar um mail, à esposa, Maria Elisa Neto. Só preciso de uma foto atual...
Um grupo de combate da CCAÇ 557 também participou diretamente na Op Tridente (jan-mar 1964) (**)
Guiné > Ilha do Como > 1964 > Op Tridente (de 14 de Janeiro a 24 de Março de 1964) > Posição relativa de Cachil, a sudoeste de Catió, na ilha de Caiar... As outras ilhas eram Como e Catundo... Croquis de Mário Dias.
Infografia: © Mário Dias (2005) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados
[As ilhas de Caiar, Como e Catunco estavam separadas do continente, a norte pelo Rio Cobade, a oeste pelo Rio Tombali, a leste pelo Rio Cumbijã, e a sul pelo oceano Atlântico... A ligação de Cachil (na margem esquerda do Rio Cobade) a Catió fazia-se de barco, pelo Rio Cobade e depois pelo seu afluente, o Rio Cagopère (em cuja margem direita se situava o porto exterior de Catió)] (LG)
[ "A designada Ilha do Como é, na realidade, constituída por 3 ilhas: Caiar, Como e Catunco mas que formam na prática um todo, já que a separação entre elas é feita por canais relativamente estreitos e apenas na maré-cheia essa separação é notória.
"Na ilha não existia qualquer autoridade administrativa nem força militar pelo que o PAIGC a ocupou (não conquistou) sem qualquer dificuldade em 1963. As tabancas existentes são relativamente pequenas e muito dispersas. Possui numerosos arrozais, o que convinha aos guerrilheiros pois aí tinham uma bela fonte de abastecimento, acrescido do factor estratégico da proximidade com a fronteira marítima Sul e o estabelecimento de uma base num local que facilitava a penetração na península de Tombali e daí poderia ir progredindo para Norte.
"Não tinha estradas. Apenas existia uma picada que ligava as instalações do comerciante de arroz, Manuel Pinho Brandão (na prática, o dono da ilha) a Cachil. A partir desta localidade o acesso ao continente (Catió) era feito de canoa ou por outra qualquer embarcação. A casa deste comerciante era, se não estou em erro, a única construída de cimento e coberta a telha.
"Portugal não exercia, de facto, qualquer espécie de soberania sobre a ilha. Tornava-se imperioso a recuperação do Como. Foi então planeada pelo Com-Chefe a Operação Tridente na qual foram envolvidos numerosos efectivos, divididos em 4 Agrupamentos (...), num total de cerca de 1200/1300 homens"] (Mário Dias)
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[As ilhas de Caiar, Como e Catunco estavam separadas do continente, a norte pelo Rio Cobade, a oeste pelo Rio Tombali, a leste pelo Rio Cumbijã, e a sul pelo oceano Atlântico... A ligação de Cachil (na margem esquerda do Rio Cobade) a Catió fazia-se de barco, pelo Rio Cobade e depois pelo seu afluente, o Rio Cagopère (em cuja margem direita se situava o porto exterior de Catió)] (LG)
[ "A designada Ilha do Como é, na realidade, constituída por 3 ilhas: Caiar, Como e Catunco mas que formam na prática um todo, já que a separação entre elas é feita por canais relativamente estreitos e apenas na maré-cheia essa separação é notória.
"Na ilha não existia qualquer autoridade administrativa nem força militar pelo que o PAIGC a ocupou (não conquistou) sem qualquer dificuldade em 1963. As tabancas existentes são relativamente pequenas e muito dispersas. Possui numerosos arrozais, o que convinha aos guerrilheiros pois aí tinham uma bela fonte de abastecimento, acrescido do factor estratégico da proximidade com a fronteira marítima Sul e o estabelecimento de uma base num local que facilitava a penetração na península de Tombali e daí poderia ir progredindo para Norte.
"Não tinha estradas. Apenas existia uma picada que ligava as instalações do comerciante de arroz, Manuel Pinho Brandão (na prática, o dono da ilha) a Cachil. A partir desta localidade o acesso ao continente (Catió) era feito de canoa ou por outra qualquer embarcação. A casa deste comerciante era, se não estou em erro, a única construída de cimento e coberta a telha.
"Portugal não exercia, de facto, qualquer espécie de soberania sobre a ilha. Tornava-se imperioso a recuperação do Como. Foi então planeada pelo Com-Chefe a Operação Tridente na qual foram envolvidos numerosos efectivos, divididos em 4 Agrupamentos (...), num total de cerca de 1200/1300 homens"] (Mário Dias)
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Notas do editor:
(**) Vd. poste de 20 de junho de 2008 > Guiné 63/74 - P2970: Ilha do Como, Cachil, Cassacá, 1964: O pós-Operação Tridente (José Colaço)
(...) Li com muito apreço o relato correcto que o camarada Mário Dias escreve sobre a Operação Tridente, em Cauane - a que nós que estávamos no Cachil chamávamos a Praia - , os desmentidos a João de Melo e a José Freire Antunes. OK, nós, companhia de caçadores 557, também lá tínhamos um pelotão que era uma força activa às ordens do Tenente-coronel Fernando Cavaleiro.
Parece que o Mário desconhece este facto, pelo menos não li nada em que o Mário fizesse referência a esses homens.
As declarações que o Coronel Fernando Cavaleiro faz ao programa A Guerra, de Joaquim Furtado, são de uma veracidade a toda a prova embora, como se compreende, bastante resumidas. Os meus parabéns a ambos. (...)