quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P13973: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (91): Uma foto velhinha, com mais de meio século, do ferryboat BOR, navegando ao longo da margem direita do Rio Geba, junto ao Enxalé, a caminho de Bambadinca (Libério Lopes, sgrt mil inf, CCAÇ 526, Xime e Bambadinca, 1963/65)



Guiné > Zona Leste > Xime > CCAÇ  536 (Xime e Bambadinca, 1963/65) >  O Bor navegando junto à margem direita do Rio Geba, junto ao Enxalé e ao Xime, a caminho de Bambadinca. (*)

Foto (e legenda): © Libério Candeias Lopes (2014). Todos os direitos reservados [Edição: LG]


Libério Candeias Lopes
1. O Libério Lopes, 2º Sarg Mil Inf,  pertenceu à CCAÇ 526 (Bambadinca e Xime, 1963/65) e  é um dos nossos veteraníssimos camaradas, do tempo do caqui amarelo e do chapéu colonial... Professor primário reformado, é de Penamacor. Terá sido o primeiro professor do Xime, quando lá esteve, em 1963/64, com um pelotão. Mandou-nos ontem mais uma foto (velhinha) do seu álbum. com a seguinte mensagem:

Caro Luís

Depois de consultar o meu álbum fotográfico, encontrei esta foto da embarcação BOR a navegar no Rio Geba, em frente ao Xime e em direcção a Bambadinca. Navegava sempre do lado do Enxalé, talvez com o receio de algum ataque do lado da Ponte do Inglês.

Já vi uma foto no blog, mas não quis deixar de dar também o meu testemunho.

Viajei na Bor três vezes: duas de Bambadinca para Bissau e uma no sentido inverso. A minha companhia regressou a Bissau nela. Para a época, a Bor era considerada um autêntico paquete.

A foto já perdeu qualidade (tem 51 anos) e as máquinas da altura não eram como as de hoje.

Aproveito para responder ao inquérito. Na altura havia muito poucas máquinas e eu, certamente não a teria se a não tivesse ganho no jogo da lerpa.(**)

Um abraço
Libério Lopes 





Guiné > Zona Leste > Xime > CCAÇ  536 (Xime e Bambadinca, 1963/65) > Foto nº 1 >  O Libério Lopes com um grupo de mulheres, mandingas,  do Xime. Foto do álbum do Libério Candeias Lopes (*).

Fotos (e legendas): © Libério Candeias Lopes (2009). Todos os direitos reservados [Edição: LG]
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 3 de dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13969: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (90): Foto do ferryboat BOR que levou a CART 730, de Bissau para Bolama, um dia depois de desembaracar do T/T Niassa (João Parreira, ex-fur mil op esp e cmd, CART 730 / BART 733, Bissorã, 1964/65; Gr Cmds Fantasmas, CTIG, Brá, 1965/66)

Guiné 63/74 - P13972: Memórias de Gabú (José Saúde) (46): A minha máquina fotográfica Olympus. Obrigado pelas tuas imagens


1. O nosso Camarada José Saúde, ex-Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BART 6523 (Nova Lamego, Gabu) - 1973/74, enviou-nos mis uma mensagem desta sua fabulosa série.

As minhas memórias de Gabu 

A minha máquina fotográfica Olympus
Obrigado pelas tuas imagens 

Camaradas,

Olho, hoje, para ti e relembro os momentos em que foste, para mim, uma insofismável companheira! Comprei-te numa loja de libaneses, em Nova Lamego. A aquisição baseou-se, essencialmente, sobre uma carência pressupostamente sentida quando ostentava, ainda, a alcunha de piriquito. Optei, no ato da compra, pela marca que já conhecia e fiz menção que o seu manuseamento fosse o mais simples possível. Vislumbrava no horizonte que poderias, em momentos crucias, debitares imagens capitais para mais tarde recordar.

Seguias viagem no bolso do camuflado e a tua humilde ação apresentou-se, a espaços, importante para a reposição de reproduções que nos leva a viajar nas asas do vento e trazer à memória pedaços de indeléveis recordações. O seu aspeto simples, e de mecânica sumária, jamais me deu o mínimo de problemas ou/e de preocupações. Ou seja, a minha Olympus era uma máquina divinal. Não recordo o seu custo exato. Talvez uns quinhentos ou setecentos e cinquenta pesos.

Afirmo, por outro lado, que a generalidade dos documentos visualizados nesta obra, tiveram como base aquele pequeno brinquedo que teimosamente acostou junto a este antigo combatente - sem nome - que prestou serviço militar em território da Guiné.

O clique não obedecia a cuidados antecipados. A visualização do objetivo não apresentava dificuldades pré concebidas. Colocava a máquina na posição de automática e saía, normalmente, uma imagem de se lhe tirar o chapéu. Com ela, a minha Olympus, recolhi pormenores de gentes que viviam no meio de duas frentes de guerra que impunham leis horrendas no terreno.

Recolhi imagens de crianças que muito cedo se habituaram a ouvir os sons horripilantes das armas de fogo que serviam simplesmente para matar outros homens considerados inimigos. Imagens de homens e de mulheres grandes que serviam, por vezes, de fúteis objetos. Em prol da sobrevivência tudo se aceitavam.

A guerra, a tal maldita guerra, traçava horizontes deveras débeis. Melhor, medonhos. Gentes que caminhavam para o campo com uma aparente ligeireza. Pareciam conhecer, e bem, os trilhos do medo. E tudo se conjugava numa irreverente certeza: a população era um alvo apetecível para as duas frentes de guerra. E o povo sabia que eram seres importantes num xadrez de incertezas. 

A minha Olympus acumulava, pausadamente, registos que nos fazem recuar no tempo e trazer à estampa nacos de memórias inesquecíveis. Fomos combatentes na Guiné. Convivemos, no meu caso, com a guerra e a paz. Conhecemos o odor da desgraça.

Vimos companheiros perderem a vida em plena juventude em defesa de interesses alheios. Estropiados que sempre reclamaram uma maior justiça social. Outros que ainda coabitam com traumas psíquicos de um conflito que lhes quebrou uma vida saudável. Outros que tentam passar imunes a problemas mentais que sistematicamente lhes causam problemas no seio familiar ou na comunidade.

Enfim, um rol de aromas nauseabundas de um tempo sem tempo que desafiou gerações transversais e que nos obrigou a combater num conflito sem rumo. 

Para a minha Olympus, que continuo a guardar devotamente no baú da saudade, vai o meu muito obrigado. 


Um abraço, camaradas 
José Saúde
Fur Mil Op Esp/RANGER da CCS do BART 6523
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Nota de M.R.:

Vd. último poste desta série em: 

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P13971: Inquérito online: as primeiras respostas: Máquinas fotográficas e fotografia; prova de vida; votos de boas festas 2014/15




Guiné > Região de Tombali > Setor S2 (Aldeia Formosa) >  CCAÇ 18  > c. 1973/74 > Uma saída para o mato.. Foto de Antero Santos , que têm lá mais 300, (que já mandou digitalizar, para partilhar com a Tabanca Grande... Eis uma bela prenda de Natal!).


Foto: © Antero Santos  (2014).Todos os direitos reservados [Edição: LG]


As primeiras respostas à nossa sondagem, envaidas ontem, e também provas de vinda e votos de bopas festas 2014/15 (*)...


(i) Rui Santos [ex-alf mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda e Bolama, 1963/65]

 Luis, meu amigo

Máquina fotografica ?? Que é isso ?? Nunca usei ... granadas defensivas, ofensivas, incendiárias, de morteiro,  de bazuca ... isso sim mas nunca atirei com essa ... máquina, apenas fui "atingido" por máquinas de outrèm.

Mas acho piada a quem foi para o mato ... fotografar.

Bom Natal, mas antes encontramo-nos na "Gala dos galos" [, dia 18 de dezembro, na ADFA].

Abraço, Rui Santos (o verborreico)


(ii) João Lourenço [, vive em Matosinhos; ex-alf mil, PINT 9288, Cufar, 1973/74]

Meu caro Luís,

Foi na Guiné que comecei a fotografar, por causa do comércio de máquinas de boa qualidade a preços razoáveis. A minha foi comprada,  salvo erro,  no TAUFIK SAAD,  em Bissau;   era uma Canon FTb, se não erro.

Tenho algumas fotos a preto e branco, mas poucas,  porque vinham revelar a Lisboa, e nem sempre havia portador do mato para a metrópole.

São memórias que guardo com carinho, dos bons e maus momentos

Um alfabravo, João Lourenço



(iii) Rui Vieira Coelho

[médico reformado, ex-alf mil médico BCAÇ 3872 e BCAÇ 4518 (Galomaro, 1973/74, e subdelegado de saúde da zona de Galomaro-Cossé [, foto à esquerda, em 1973, em Galomaro, da autoria de Juvenal Amado]

Tinha máquina fotográfica comprada nos Açores onde estive a fazer inspecções militares,  e era uma Aza Pentax Spontamatic II,  semi- profissional

Tenho fotografias a preto e branco. Tenho a cores. Tenho slides a cores

Um abraço do
Rui Vieira Coelho





(iv) Armando Fonseca 


[, ex-Soldado Condutor, Pel Rec Fox 42, Guileje e Aldeia Formosa, 1962/64]



Levei da metrópole uma máquina tipo caixote que era minha e de mais dois camaradas, e que no final foi sorteada e não me calhou a mim, mas na altura , como hoje, o dinheiro era pouco e não dava para investir em muitas fotografias, mas hoje tenho pena de não ter feito mais

Armando Fonseca

(v)  José Manuel [de Melo Alves] Lopes [Josema]

[vitivinicultor, duriense, poeta, ex-fur mil, CART 6250/72, "Os Unidos de Mampatá, Mampatá, 1972/74]


Sim, tinha uma Kodak, prenda de meu pai no natal de 1971. A Kodak, um lápis e um caderno me acompanhavam para todo o lado. Os rolos eram revelados em Aldeia Formosa, eté o batalhão ser rendido em 73. Havia lá um "habilidoso" que percebia da poda. Depois, passaram a ser revelados em Bissau, quando havia portador.


josema


(vi) Ricardo Almeida 

[, ex-1.ºcabo, CCAÇ 2548/BCAÇ 2879, Farim, K3 / Saliquinhedim, Cuntima e Jumbembem, 1969/71]

Respondi:

1. Nunca tive máquina no CTIG

4.  Às vezes emprestavam-me uma máquina ou tiravam-me fotos

7.  Tenho bastantes “slides”

(vii) Guilherme Ganança


 [ex-Alf Mil da CCAÇ 1788/BCAÇ 1932,
 CabedúCatió eFarim
1967/69]

Olá, Luís Graça

Em relação à sondagem sobre fotografias: eis as minhas respostas:

1 - Nunca tive máquina fotográfica no TO da Guiné.
5 - Havia um «fotógrafo de serviço».
8 - Tenho algumas fotos a preto e branco.

Desejo-te, desde já, um Bom Natal, bem como a todos os camaradas da Tabanca Grande.

Eu estou recuperado e sinto-me bem. Só tenho de cumprir as «ordens de serviço» emenadas do IPO, atarvés da médica que me acompanha.

Alfa-bravo. Guilherme Costa Ganança


(viii) João [José de Lima Alves] Martins

[ex-alf mil art, BAC1, Bissum, Piche, 
Bedanda, Gadamael e Guileje, 1967/69 ]


Respostas:


3. Comprei uma máquina na Guiné


7. Tenho bastantes “slides” [, que partilhei no Facebook e no blogue].


(ix) Antero Santos [ex-Fur Mil Atirador/Minas e Armadilhas da CCAÇ 3566 e da CCAÇ 18 - Empada e Aldeia Formosa -, 1972/74]


 Caros Amigos Luís Graça e demais editores

Relativamente a máquinas fotográficas informo que:

2 - quando parti para a Guiné levei uma máquina da marca Kodak, das mais baratas, toda em plástico.
3 - Comprei depois a um gila, em Empada, uma melhor, da marca Halina, ainda em 72. Em 73, já em Aldeia Formosa, vendi a Halina e comprei ao 1º sargento Pires (da CCAÇ 18, a minha unidade) uma Canon QL 17 (ou 19); esta Canon "foi-se" no Aeroporto Sá Carneiro por volta de 1994; deixei-a numa cabine telefónica e desapareceu. Em 73, numa das idas a Bissau, comprei um projector de slides (que ainda tenho);

6 - tenho algumas fotoa a preto e branco (40 a 50);

7 - tenho slides (cerca de 300) que já mandei digitalizar.

Em 73 comprei em Bissau um projector de slides (que ainda tenho).

Junto uma foto (transferida de um slide) do meu grupo de combate; como sempre saíamos do quartel mais ou menos a granel e quando chegávamos ao posto avançado antes do arame há que agrupar e sair - "vamos a eles antes que eles venham a nós" - frase que eu dizia sempre imediatamente antes de passar o arame farpado. Nos 18 meses que estive em Aldeia Formosa, comandei o grupo de combate por não ter Alferes,

Um abraço

(x) Martins Julião [, empresário, Oliveira de Azxemeis; ex-alf mil inf, CCAÇ 2701, Saltimnho, 1970/72]

Camarada,

Comprei uma no Saltinho, sob encomenda aos gilas, uma Canon,  formidável; no meio da confusão cheguei a Portugal sem ela.

Um furriel da CCaç 2701 era o fotografo de serviço: Furriel Mil Alves.

Uma saudação cheia de tempos idos.

Martins Julião


(xi) Fernando Chapouto 

[ex-fur mil op esp, CCAÇ 1426, Geba, Camamudo, Banjara e Cantacunda, 1965/67]


Quando entrei no Niassa,  a primeira coisa a comprar foi uma garrafa de whisky só para saber como era, não me dei mal com ele, só um bocadinho mais forte do que a minha aguardente de bagaço.

No mesmo dia comprei a máquina fotográfica e foi tirar fotografias sem fim até chegar a Bissau.
Como era fracota quando cheguei ao sector de Bafatá,  comprei uma melhor por dois contos no meu amigo e conterrâneo Eduardo Teixeira, que era o dono da drogaria ao, lado onde se comiam uns bons petiscos e em frente à porta de entrada  do quartel, que passou a revelar-me os rolos, por isso ainda ganhei algum patacon com as fotografias.

È esta a história da máquina fotográfica.

Ficaste elucidado quanto à BOR?

Um forte abraço
Fernando Chapouto

Guiné 63/734 - P13970: História da CART 3494 (3): A ACTIVIDADE OPERACIONAL DA CART 3494 (XIME / ENXALÉ–[N]AS DUAS MARGENS DO GEBA) - A única presença no Enxalé (Jorge Araújo)

 1. Mensagem do nosso camarada Jorge Araújo (ex-Fur Mil Op Esp / Ranger, CART 3494, Xime e Mansambo, 1972/1974), com data de 4 de Novembro de 2014: 


Caríssimos Camaradas Luís Graça e restantes Tabanqueiros,

Os meus melhores cumprimentos.

Durante treze meses, espaço temporal em que a CART 3494 marcou a sua presença no Aquartelamento do Xime [margem esquerda do Geba], muitas foram as flagelações que sofreu, quase todas elas com armas pesadas e, maioritariamente, à noite, período que era aproveitado para escrever algumas linhas, nos aerogramas ou cartas, para enviar para a “Metrópole”… muitas vezes como prova de vida.

O primeiro ataque de armas pesadas ocorreu num domingo [19MAR1972], cinco dias após concluída a sobreposição com a CART 2715, e o seu início verificou-se por volta das 23 horas, com uma duração superior a meia hora.

A narrativa que hoje vos trago ao conhecimento é uma dupla efeméride, por um lado está relacionada com o primeiro e único ataque ao Enxalé [margem direita] onde se encontrava instalado o 2.º GComb e, por outro, relata com imagens aquela que acabou por ser a minha primeira e única passagem por esse Destacamento.

Obrigado.

A ACTIVIDADE OPERACIONAL DA CART 3494
(XIME / ENXALÉ–[N]AS DUAS MARGENS DO GEBA)
-A única presença no Enxalé-

I– O DESTINO DA CART 3494 EM 1972

I.1–XIME E ENXALÉ

ACompanhia de Artilharia 3494, a terceirae última unidade operacional do contingente do BART 3873, chegouà localidade do Ximeno dia 28JAN1972, 6.ª feira. Na margem esquerda do Rio Geba, sede do Aquartelamento, ficaram instalados três GComb [1.º, 3.º e 4.º] e na margem direita, para se fixarem no Destacamento do Enxalé, seguiu o 2.º GComb, sob o comando do Alf. Mil. Art. José Henriques Fernando Araújo [1946-2012], coadjuvado pelos furriéis: Luciano José Jesus, Manuel Benjamim Dias e António Sousa Bonito e mais vinte e duas praças.


II – A ACTIVIDADE OPERACIONAL DA CART 3494

II.1 – XIME / ENXALÉ – [N]AS DUAS MARGENS DO GEBA

Em 19 de Julho de 1972 – uma quarta-feira – já lá vão quarenta e dois anos, encontrava-me em trânsito de Bissau para o Xime, viagem realizada à boleia em barco civil, na sequência de me ter deslocado ao Hospital Militar Principal [HM241] para extracção[cavalar: - método utilizado sem anestesia; porque esta cá tem] de um molar que, volta e meia, me tirava o sono e alguma tranquilidade.

A opção pelavia marítima era, com efeito, a única alternativa que dispunha para chegar ao Leste de forma expedita e, consequentemente, à minha Unidade e à minha Tabanca – o Xime.

Depois de algumas horas sulcando as águas do Geba passadas à torreira do sol, resistindo ao ruído dos motores da embarcação e lutando com os mosquitos que, tal como nós, aproveitaram esta oportunidade de viagem, avistámos, na margem direita, o Aquartelamento de Porto Gole onde “residiam”, à época, os camaradas da CCAÇ 3303. Faltava, então, percorrer uma dúzia de milhas marítimas [22 kms.] para o final da prova.

À medida que íamos avançando na navegação, a intensidade do sol ia diminuindo, e do nosso lado direito [margem esquerda] começámos por avistar Gampará, as águas do Corubal a fundirem-se com as do Geba e a orla mítica da Ponta Varela até ao Xime.

Estávamos com o pontão do cais no horizonte visual, por isso quase a chegar ao destino. Até lá… chamou-nos à atenção a quantidade de canoas que se deslocava no Corubal em direcção ao Xime, seguindo depois em direcção ao Enxalé. Havia mais mulheres que homens e a maioria delas transportavam à cabeça, cobertos com panos tradicionais, recipientes redondos tipo cabaças. O que tinham no seu interior?… Não dava para ver… mas levantou-me muitas dúvidas. Será que esta movimentação tinha/teve alguma relação com o narrado no ponto seguinte? Talvez…, pois ocorrera entre uma hora e uma hora e meia antes.

Chegado a “casa emprestada” [quartel], e logo a seguir a ter dado sinais de vida distribuindo as naturais saudações por quem surgia no meu itinerário, impunha-se tomar um merecido duche com água[escura] do poço, antecedendo o normal jantar de “arroz de estilhaços”,na messe.

Logo… logo… quase em simultâneo… começou o arraial. Os camaradas do 2.º GComb, no Enxalé, estavam a embrulhar… e de que maneira… com armas pesadas e ligeiras… a coisa estava/esteve mesmo muito assanhada.

II.2 – ATAQUE AO ENXALÉ COM ARMAS PESADAS E LIGEIRAS

- 19 DE JULHO DE 1972 -

Eram aproximadamente vinte horas e trinta minutos quando se iniciou o combate, em que a adrenalina subia a cada batimento cardíaco, mesmo para quem não estava a viver deperto aquela situação.

Como apenas fomos testemunhas oculares… da outra margem; a esquerda,socorremo-nos, neste contexto, do documento dactilografado da História da Unidade [BART 3873], no 4.º fascículo; Julho de 1972, ponto 31. «INIMIGO»; alínea d) Subsector do Xime; em que se refere o seguinte [P13488]:

- “Em 192030, o Destacamento do ENXALÉ foi intensamente atacado e durante 20 minutos. A nossa reacção surgiu pronta e ajustada. Sofremos 1 morto [Milícia] e 2 feridos [Milícias]. O inimigo: 4 mortos, 7 feridos e 1 prisioneiro. Salienta-se o tiro acertado de Artilharia do XIME em apoio às forças atacadas.Em 241130, 1 elemento da população, recém-apresentado, quando se dirigia a MADINA para trazer a família sob controlo IN, accionou 1 mina A/P reforçada, em [Xime 3A2-83] que lhe provocou morte imediata” (p.22).

No mesmo documento, ponto 33. «NOSSAS TROPAS», alínea b); conclui-se que a acção contra o ENXALÉ foi uma retaliação à Operação «AGARRA CABRITOS», realizada de 10 a 12 de Julho pelos GEMIL’S 309 e 310, mais uma Sec do COE, com percurso ENXALÉ-MADINA, em que os resultados foram 1 morto e 3 feridos IN e capturada 1 «Kalashnicov», sem consequências para as NT.


Foto 3 – Enxalé [Julho/1972] – Panorâmica exterior do Destacamento após o ataque.

II.3 – A MINHA ÚNICA PRESENÇA NO ENXALÉ

- 21/22 DE JULHO DE 1972 -

Já não sei precisar as razões que levaram a deslocar-me ao Destacamento do Enxalé dois dias após o ataque sobredito. Talvez para substituir alguém provisoriamente… ou…?O que é facto, é que por lá passei uma única vez e onde dormi uma noite. Esta primeira e única travessia do Gebafoi uma experiência marcante pois foi feita em canoa [bailarina], como as imagens abaixo documentam.

Navegar naquele tronco de árvore “desventrado”, em que tudo podia acontecer nomeadamente por influência do fenómeno da natureza designado por «macaréu», só deve ser comparável com a sensação de um funambula quando se movimenta no cimo de um fino arame, particularmente na actividade circense.

É que vinte dias depois desta primeira experiência no Geba, outra ocorreu como foi o caso do «Naufrágio no Rio Geba - 10AGO1972», esta mais dolorosa e violenta, e que já tive a oportunidade de narrar [P10246 + P13482 + P13494].

Eis algumas imagens da única viagem e estadia no Enxalé em JUL/1972.


Foto 4 – Rio Geba [Julho/1972] – Travessia em canoa entre o Xime e o Enxalé. Ao fundo é a margem esquerda, observando-se a embarcação “Bubaque”, antiga LP4 [Lancha Patrulha 4 – 1963/1964], antiga traineira de pesca algarvia…comprada como sucata à Marinha [P13914, com a devida vénia], em direcção a Bambadinca. Esta embarcação, depois de abatida ao efectivo, foi comprada pelo pai de Manuel Amante da Rosa, hoje embaixador da República de Cabo Verde, em Roma. 


Foto 5 – Enxalé [Julho/1972] – Margem direita do Geba… agora em terra firme.


Foto 6 – Enxalé [Julho/1972] – Na companhia do Furriel Benjamim Dias e dois elementos da população, que desconheço, em visita de cortesia. 


Foto 7 – Enxalé [Julho/1972] – Tabanca… com o Furriel Benjamim Dias em amena cavaqueira com alguns elementos da população.


Foto 8 – Enxalé [Julho/1972] – Tabanca... elementos da população em interacção com os camaradas militares do 2.º GComb.


Foto 9 – Enxalé [Julho/1972] – Ruínas de uma destilaria de aguardente de cana que foi pertença de um português, de nome Pereira, natural de Seia, e que ali funcionou até 1962. 


Foto 10 – Enxalé [Julho/1972] – Imagem das ruínas de uma destilaria de aguardente de cana que funcionou no Enxalé até 1962.


Foto 11 – Região do Oio (Mansoa) > Jugudul > Abril de 2006 > O antigo aquartelamento das NT, em Jugudul, cujas instalações foram cedidas, a seguir à independência, ao Sr. Manuel Simões, guineense branco de Bolama, para a sua fábrica de aguardente de cana [P6116-LG com a devida vénia].
Foto 12 – Enxalé [Julho/1972] – Imagem de despedida daquela que foi a primeira [e única] passagem pelo Enxalé.

Agora que cheguei ao fim de mais uma viagem pelas memórias do Xime e do Enxalé, nos idos anos de 1972/1973, espero que tenham gostado de as recordar, não só os camaradas membros da CART 3494, como todos aqueles que por lá passaram.

No nosso caso, foram treze meses em que, aqui,nas duas margens do Rio Geba, se contabilizaram um número significativo de grandes emoções e tensões, nomeadamente pela perda de vidas humanas – quatro: três no Geba e um na Ponta Coli.

Um abraço,
Jorge Araújo.
Fur Mil Op Esp / Ranger, CART 3494
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Nota de M.R.: 


Guiné 63/74 - P13969: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (91): Foto do ferryboat BOR que levou a CART 730, de Bissau para Bolama, um dia depois de desembaracar do T/T Niassa (João Parreira, ex-fur mil op esp e cmd, CART 730 / BART 733, Bissorã, 1964/65; Gr Cmds Fantasmas, CTIG, Brá, 1965/66)


Guiné > s/l [Possivelmente, Bissau] > s/d  > O ferryboat Bor que, em 1964, levou, de Bissau a Bolama,  o pessoal da CART 730, acabado de desembarcar do T/T Niassa.

Foto: © João Parreira (2014).Todos os direitos reservados [Edição: LG]


1. Mensagem, com data de ontem, do João Parreira [ex-fur mil op esp, CART 730 / BART 733, Bissorã, 1964/65; ex-fur mil comando, Gr Cmds Fantasmas, CTIG, Brá, 1965/66]


 Caro Luís Graça,


Aqui vai uma fotografia do "BOR" que levou a minha companhia para Bolama, um dia depois do Niassa atracar em Bissau com o batalhão.

Nessa viagem o "BOR" encalhou pois a maré vazou mais do que o habitual, julgo eu, o então o "mestre" desviou-se um pouco da rota, e aí ficámos várias horas.

Um abraço amigo.

João Parreira

2. Comentário posterior de Manuel Amante e de LG:

Luis, esta foto do "BOR" é de alguns anos após a Independência da Guiné. Início possível do seu desmantelamento. Uma sombra triste e desolada de uma embarcação que, sob qualquer tempo ou contingência, muito navegou pelos rios e canais da Guiné. Manuel Amante.

Já pedimos ao João Pareira para, se possível, nos elucidar sobre onde, quando e por quem foi tirada esta foto, rara, do "BOR".

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P13968: Inquérito online sobre as nossas máquinas fotográficas e as fotos que tirávamos há 50 anos...





Guiné > Zona leste > Setor L1 > Bambadinca > CCAÇ 12 (1969/71) > Nos arredores de Bambadinca, à civil, em dia de repouso do guerreiro... O fur mil at inf,. do 3º Gr Comb, Arlindo T. Roda, batendo as suas chapas. Tem  cerca  de 300 "slides" que nos ofereceu e nos tem ajudado a  alimentar o blogue... Já não me recordo qual era marca e o modelo da sua máquina fotográfica, mas são dele, Arlindo T. Roda,  as melhores fotos, até agora divulgadas, de cenas no mato, em operações, e em helievacuações...

Arlindo Teixeria Roda, natural de Leiria, nasceu em Pousos, em 1/9/1947, vive em Setúbal, é apaioxando pelas damas e pelo xadrez, sendo atualmente o presidente da direção da Federação Portuguesa de Damas, onde continua a "fabricar campeões". Já não o vejo há séculos. Para ele vai um fraterno abraço natalício.




Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca ) >  CCAÇ 12 (1969/71) >  No decurso de um operação... algures do subsetor do Xime: atrevessia de uma lala, alagada... O Arlindop Roda é o primeiro do laedo esquerdo; por detrás dele o alf mil op esp Francisco Magalhães Moreira, comandante do 1º Gr Comb,  e o apontador de LGFog 3.7, Mamadú Silá, fula, da 2ª seção do 1º Gr Comb, (comandada pelo fur mil at inf, Joaquim João dos Santos Pina, natural de Silves, que será ferido em combate no decurso da Op Borboleta Destemida, em 14/1/1970)...

Fotos: © Arlindo T. Roda (2010) / Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné. Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]



A. Mensagem enviada hoje pelo correio interno da Tabanca Grande:

Assunto - Sondagem: Máquinas fotográficas & fotografias, há 50 anos

Camaradas:

Em comentário a um poste, do passado dia 29 de novembro,  em que se pedia uma fotografia do "heróico" ferryboat "BOR" que fez a guerra e a paz (*), o João Silva, da CCAÇ 12 (Xime, 1973) dizia que conheceu o "BOR", velhinho, em fim de vida, ainda a trabalhar mas já rebocado... No entanto, "fotografias do BOR ká tem", que nesse tempo a máquina fotográfica ainda era um luxo ou uma "ave rara"...

Respondi-lhe que, com o patacão da guerra, alguns de nós, milicianos, comprámos as primeiras máquinas fotográficas, japonesas, que nos chegavam à Guiné (Bissau, Bafatá, Nova Lamego...), via Macau, a preços muito mais acessíveis do que na metróple...

Mas, mesmo assim, era de facto um objeto de luxo. Da malta da CCAÇ 12, do meu tempo (1969/71), poucos tinham máquina (que me lembre, os fur mil Arlindo Roda, Humberto Reis, Tony Levezinho)...

Depois havia, sempre um ou outro militar que montava o seu negócio de fotografia, e que inclusive tinha um pequeno estúdio para revelação... Houve quem ganhasse bom dinheiro com o negócio da fotografia... (Temos alguns camaradas, membros da Tabanca Grande, que podem dar o seu testemunho: estou.me a lembrar por exemplo,  do Albano Costa, o "fotógrafo de Guifões", Matosinhos).

Ao fim e ao cabo, estávamos longe de casa,. A Guiné era "fotogénica" (as bajudas, os macacos-cães, as bolanhas, os palmeiras, as tabancas, os trajes...), e toda a gente gostava de mandar um "postal ilustrado" para a metrópole, a família, os amigos... Quanto mais não fosse pra fazer a "prova de vida": mãe, pai, irmão, irmã, minha querida, meus amigos, nós por cá todos bem...

Pessoalmente tenho muito pena de, na altura, não me intersssar pela fotografia... Não tinha máquina, e muito menos disposição para me dedicar à fotografia... As poucas fotos que tenho foram tiradas e cedidas por camaradas...

A sondagem desta semana tem a ver com este tema....Podem dar mais do que uma resposta... Conto mais uma vez com a vossa valiosíssima colaboração. E, por favor, não deixem que as vossas fotos e "slides" acabem, ingloriamente, no contentor do lixo. Camaradas, não deixemos que nos tratem como lixo...

Respondam, não por email, mas diretamente, no blogue, no canto superior esquerdo a esta sondagem (vd. ponto B].

Um abraço a todos. E não se esqueçam nos mandar um gracinha de Natal como "prova de vida"... Há camaradas de quem já há muito não temos notícias... Esperamos que estejam bem, Boa saúde, e força para o novo ano que aí vem...

Um alfabravo, Luís Graça (e demais editores)

B. Sondagem: "TINHAS MÁQUINA FOTOGRÁFICA NO TO DA GUINÉ ?"

[Resposta múltipla: podes dar mais um resposta]


1. Nunca tive máquina no CTIG

2. Já levei uma, da metrópole

3. Comprei lá uma

4. Às vezes emprestavam-me uma máquina ou tiravam-me fotos

5. Tínhamos um "fotógrafo de serviço"

6. Tenho bastantes fotos a preto e branco

7. Tenho bastantes “slides”

8. Tenho algumas fotos e/ou "slides"

9. Não tenho fotos e/ou "slides"

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Nota do editor:

(*) Vd. poste de 29 de novembro de  2014 > Guiné 63/74 - P13959: (Ex)citações (255); A minha aventura (e da minha mulher, grávida) a bordo da BOR, numa viagem atribulada entre Bolama e Bissau (Rui Santos, ex-alf mil inf, 4ª CCAÇ, Bedanda, 1963/65)

Guiné 63/74 - P13967: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca...é Grande (90): Finalmente uma foto do BOR (António Bastos / Manuel Amante / Rui Santos / João Silva)


Foto nº 1


Foto nº 2


Fotos: © António Bastos (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]


1. Mensagem do n osso camarada António Bastos:

Data: 1 de dezembro de 2014 às 14:57

Assunto: Será o Bor?

Companheiro Luís, boa tarde.

Luís,  têm-se falado muito no BOR, eu não me lembro de ouvir esse nome dos colegas da marinha que passavam pelo Cacheu em 1964.

Mas como tinha esta foto [, foto nº 1,] ,  enviada por um colega que infelizmente já se foi, lembrei-me de a mandar, assim como esta outra, de uma embaecação   [, foto nº 2,] que ainda ninguém se lembrou de falar: era o Pecixe,  fazia o transporte de civis do Cacheu para S. Domingos e tinha como tripulação o grumete fogueiro,  motorista nº 8838,  de nome José País (, ainda vivo,  mora em Mem Martins,) e o cabo Candeias, que nunca mais soube dele.

Este barco também era da marinha, e foi um barco de pesca [, tal como o "Bubaque"], bom isso deixo para os colegas da marinha para falarem sobre o mesmo.

Companheiro Luís,  é tudo,  um abraço e até breve.

António Paulo [Bastos],
ex 1º cabo do Pelotão Caçadores 953,
1964 Cacheu , Farim, Canjambari, Jumbembem, 1966


2. Mail enviado ao Rui Santos, com conheciumento ao Torcato Mendonça, Ismael Augusto e Manuel Amante:

Meu caro e veteraníssimo Rui:

Será que este ferryboat que fazia a carreira de Bolama, é o mesmo (o BOR) onde tu e a tua "bajuda" fizeram a tal viagem dramártica de Bolama a Bissau, no princípio [ou final ?] da tua comissão ?

 O Bastos é um rapaz de 1964/66... que andou pela região de Cacheu e Farim, "periquito", quando comparado contigo que és de 1963/65...

Fico a aguardar os teus doutos esclarecimentos... Aproveito para mandar estas fotos (a outra é de uma outra embarcação usada no Cacheu) à malta que se lembra do BOR...porque andou nela (caso do Torcato Mendonça, do Ismael Augusto e do "nosso" embaixador Manuel Amante).

Um muito obrigado ao Bastos. Esta nossa partilha de informação e conhecimento só é possível porque o Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (**).

Um alfabravo. Luis


3. Resposta pronta, de Manuel Amante,
 a partir de Roma [, onde é embaixador do seu país, Cabo Verde]:

Data: 1 de dezembro de 2014 às 16:52

Assunto: Será o Bor?

Luis, a primeira foto, a mais pequena [, foto nº 1,]  é mesmo o "Bor".

Já passei horas a ver se apanhava uma foto desta embarcação.  Percorri vários sites,  inclusivé do Arquivo Histórico Ultramarino e outros,  em vão. 

Sabendo do estaleiro de construção ou da data de chegada a Bissau,  talvez se pudesse saber de outros pormenores e características deste ferryboat que era pau para toda obra nos rios da Guiné.

Abrcs.
Manuel

4. Comentário de Rui Silva (*), com data de 1 do corrente, 18h37:

Amigo Luis, de certeza que era o Bor, foi em Fevereiro de 1965, dias antes do nascimento de nossa filha, o Bor nessa altura ja navegava de "bengalas" e "boias nos braços", enferrujado, velho combatente mas navegando à superficie dos canais e rios limitrofes de Bolama e Bissau.
Abraço
Rui Santos
[ex-alf mil, 4.ª CCAÇ, Bedanda, 1963/65]


5. Comentário de João Silva, ex-fur mil, CCAÇ 12, 1973. Xime (*):

Uma achega, a Bor pifou de vez e passou em 1973, em meados de junho, a deslocar-se atrelada a um rebocador. Numa das viagens que fiz, Xime-Bambadinca, por deferência do comandante do rebocador, foi bem mais confortável e com direito a bebida a bordo do rebocador. Curiosamente nunca fiz a viagem inversa de barco.

João Silva, CCaç 12, 1973
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Notas do editor:

(*) Último poste da série > 13 de outubro de  2014 > Guiné 63/74 - P13729: O Mundo é Pequeno e a nossa Tabanca... é Grande (88): Revivendo, 48 anos anos depois, a tragédia de Jumbembem, a morte do cap mil inf Rui Romero, da CCAÇ 1565, em 10/7/1966 (Ana Romero / Artur Conceição)

(**) Vd. poste de 29 de novembro de 2014 >Guiné 63/74 - P13959: (Ex)citações (255); A minha aventura (e da minha mulher, grávida) a bordo da BOR, numa viagem atribulada entre Bolama e Bissau (Rui Santos, ex-alf mil inf, 4ª CCAÇ,  Bedanda, 1963/65)

Guiné 63/74 - P13966: Parabéns a você (823): Herlânder Simões, ex-Fur Mil da CART 2771 e CCAÇ 3477 (Guiné, 1972/74)

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Nota do editor

Último poste da série de 1 de Dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P13961: Parabéns a você (822): Ernestino Caniço, ex-Alf Mil CAV, CMDT do Pel Rec Daimler 2208 (Guiné, 1969/71)