Fez os meus estudos universitários, primeiro, na Ucrânia (ex-União Soviética) entre 1985/90 e depois em Portugal (Pós-graduação no CEA - Centro de Estudos Africanos /ISCTE).
Ex-URSS > Ucrânia > Kiev > Cherno Baldé, estudante, em 1989...
Ex-URSS > Ucrânia > Kiev > Cherno Baldé, estudante, em 1989...
"Minha mulher, Geralda Santos Rocha, natural de Bissau, com quem sou casado desde 1992, período que coincide com a minha passagem por Lisboa (1992/94) para frequência do curso no ISCTE" (CB).
Guiné-Bissau > região de Gabu > Fajonquito > c. 1975 > "A nossa equipa de futebol de salão no quartel de Fajonquito entre 1974-1975, podendo-se ver em pé: Mamudo, Algássimo e o professor António Tavares; sentados: Eu (Cherno) e Aruna (filho do antigo padeiro) à minha esquerda" (CB)
Fotos: © Cherno Baldé (2009). Direitos reservados (*)
1. Mensagem de Cherno Baldé, com data de 15 do corrente:
Assunto - Saudações à Tabanca Grande
Caro amigo Luis Graça,
Navegando na internet, entrei por acaso neste blogue a que chamaram de Tabanca Grande. Procurei casualmente pela CCAÇ 1501 (**) que é das poucas recordações que ainda me restavam em memória sobre o período da guerra que entre nós ficou conhecida como a guerra colonial.
A pesquisa conduziu-me para o artigo de José Martins (*) e o assunto à volta do Furriel Andrade, despoletado por Filomena da Silva Correia, minha conterrânea de Fajonquito.
Antes vou me apresentar. Chamo-me Cherno Abdulai Baldé, nasci por volta de 1959/60. No quartel de Fajonquito chamavam-me Chico (de Francisco) e tinha amigos soldados que, na sua maioria, eram condutores ou mecânicos-auto. Tive as minhas primeiras aulas com oficiais Portugueses, em Cambajú e Fajonquito.
Aproveito para enviar uma saudação ao Furriel ou Cabo "Tintim" (CCAÇ 2435?), amigo do meu pai e meu primeiro mestre.
Na verdade, quando a minha família se transferiu para Fajonquito, a companhia 1501 já estava no fim ou já tinha terminado a sua comissão mas, na memória de todos, em Fajonquito, tinham ficado gravadas estas insígnias em forma de números que perduraram no tempo. No meu caso, não sei explicar as razões, ainda era muito pequeno, mas a insígnia ficou para sempre.
Conheci fisicamente o Capitão Carvalho que, na minha memória de infância, de criança que tinha mais fome da "sopa" que cabeça, guardo uma legenda, um mito. De qualquer modo, posso afirmar que era um oficial de verdade. Era um oficial militar que nós queríamos seguir as pisadas de bravura, quando fossemos homens e certamente soldados.
Ainda crianças pequenas, já tínhamos o gosto pela pólvora, a G3 e as granadas não eram nenhum segredo e, certamente, a nossa grande sorte foi a guerra ter terminado antes. Gostaria de saber mais sobre o seu destino. Houve vozes que chegaram até nós dando-o como morto em Angola ainda durante a guerra.
Conheci muita tropa que passou por Fajonquito entre 1968/74, em especial das companhias 3549 e 4514/72. (*) O rebentamento da(s) granada(s) que vitimara o saudoso Cap Figueiredo e seus companheiros de armas [da CART 2742] (*), apanhou-me a menos de 100 metros do local, quando estávamos a brincar perto da casa dos oficiais.
De todas as companhias, em especial, lembro-me da última que tinha sido transferida de Gadamael-Porto. Os soldados dessa companhia eram bastante melhores, do ponto de vista humano e das crianças indígenas da localidade porque foram os primeiros e únicos que, de uma forma geral, não nos deram pontapés no cu, às vezes sem qualquer motivo. Ao contrário dos outros, eles nos respeitavam de verdade. Intrigado com este comportamento exemplar nunca deixei de indagar as razões de fundo. A conclusão a que cheguei, mais tarde, é que eles tinham vivido a guerra de verdade, na frente, talvez, mais quente de toda a guerra da guiné.
Dessa companhia ainda me lembro do Cabo João e do Jorge, ambos condutores. Infelizmente não me lembro da companhia (será 4514 ?).
Juntamente envio um extracto de notas de memória daqueles tempos. Espero que sejam úteis, sobretudo que possam permitir aos protagonistas daquela época a percepção de como o outro lado os via e entendia a sua presença.
Como alguém disse, nesse blogue, realmente "o mundo é pequeno e o blogue... é grande".
Até a próxima,
Cherno A. Baldé
2. Mensagem de 17 de Junho de 2009:
Caro amigo Luis Graça,
Juntamente envio algumas fotos, uma da actualidade no meu gabinete de trabalho, no Ministério das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, a segunda com a imagem da nossa equipa de futebol de salão no quartel de Fajonquito entre 1974-1975, podendo-se ver em pé: Mamudo, Algássimo e o professor António Tavares; sentados: Eu (Cherno) e Aruna (filho do antigo padeiro) à minha esquerda.
Um abraço,
Cherno Baldé
3. Mensagem de hoje:
Caro Luís,
Ontem enviei três fotos mas esqueci-me de dizer que a terceira era a imagem da minha mulher, Geralda Santos Rocha, natural de Bissau com quem sou casado desde 1992, período que coincide com a minha passagem por Lisboa (1992/94) para frequência do curso no ISCTE.
Hoje envio mais uma que é uma recordação dos tempos de estudante em Kiev, Ucrânia onde vivi e estudei entre 1996/90, após uma breve passagem por Kichinov (Moldávia) para aprendizagem da língua Russa.
Obrigado pela paciência que está a ter comigo e devo esclarecer que não estou a procura de ninguém em especial, só querendo fazer parte da Tabanca e compartilhar alguns sentimentos do passado e do presente.
Eu passei boa parte da minha infância entre a tropa que passou por Fajonquito (1968/74) e tive muitos amigos que, na verdade, logo esquecia para me concentrar nos récem-chegados.
Eu era desses raros pequenos rafeiros do quartel impossíveis de controlar e muito menos de afastar. Quando se fechavam os portões do quartel entrava, mesmo assim, por baixo do arame farpado. O dia e a noite faziam pouca diferença. Apanhava porrada de um ou outro quando deambulava pelo quartel, mas também, dava alguns trocos com emboscadas e pedradas a noite.
A língua ? Isso importava menos. Quando o meu amigo, o Dias, me perguntava "Hó Chiiico já limpaste as minhas botas?", eu respondia de imediato "Sim senhor, já limpaste" e depois ?"...
Nós nos compreendiamos muito bem e isso é que importava. Foi esta vida de cão de quartel no meio de jovens soldados endiabrados, acossados pela ansiedade do regresso a casa e o medo da morte que me moldou a vida e me preparou para enfrentar o mundo.
O fim da guerra foi para mim uma libertação mas também um choque terrível de que só tomei consciência passados os primeiros seis meses após a saída do último soldado português. Durante algum tempo ainda tudo continuou na mesma, havia a batata, o bacalhau já com muito mais arroz.
O maldito arroz era, cada dia, mais abundante nos pratos, mas o início da minha miséria começou mesmo foi quando a carne de macacos substituiu tudo o resto. Então, como bom rafeiro que era, olhei para o céu duas ou três vezes seguidas, como fazia sempre que estava em apuros, e compreendi que tinha chegado a hora da largada para outros destinos. Caminhei para casa e quando cheguei, enfrentei os meus pais olhos nos olhos e garanti-lhes que daquele dia em frente nunca mais faltaria às aulas da mesma forma que, também, não voltaria a pisar no quartel transformado em comedouro de macacos.
Espero não estar a exagerar nos desabafos e nas minhas possiveis alucinações.
Cherno A. Baldé
4. Comentário de L.G.:
Não te vou tratar por senhor dr. Cherno Baldé, por que a tua vontade é ingressares nesta Tabanca Grande, onde não há ou não deve barreiras (físicas, simbólicas, sociais, protocolares, étnicas ou culturais)...
Guiné-Bissau > região de Gabu > Fajonquito > c. 1975 > "A nossa equipa de futebol de salão no quartel de Fajonquito entre 1974-1975, podendo-se ver em pé: Mamudo, Algássimo e o professor António Tavares; sentados: Eu (Cherno) e Aruna (filho do antigo padeiro) à minha esquerda" (CB)
Fotos: © Cherno Baldé (2009). Direitos reservados (*)
1. Mensagem de Cherno Baldé, com data de 15 do corrente:
Assunto - Saudações à Tabanca Grande
Caro amigo Luis Graça,
Navegando na internet, entrei por acaso neste blogue a que chamaram de Tabanca Grande. Procurei casualmente pela CCAÇ 1501 (**) que é das poucas recordações que ainda me restavam em memória sobre o período da guerra que entre nós ficou conhecida como a guerra colonial.
A pesquisa conduziu-me para o artigo de José Martins (*) e o assunto à volta do Furriel Andrade, despoletado por Filomena da Silva Correia, minha conterrânea de Fajonquito.
Antes vou me apresentar. Chamo-me Cherno Abdulai Baldé, nasci por volta de 1959/60. No quartel de Fajonquito chamavam-me Chico (de Francisco) e tinha amigos soldados que, na sua maioria, eram condutores ou mecânicos-auto. Tive as minhas primeiras aulas com oficiais Portugueses, em Cambajú e Fajonquito.
Aproveito para enviar uma saudação ao Furriel ou Cabo "Tintim" (CCAÇ 2435?), amigo do meu pai e meu primeiro mestre.
Na verdade, quando a minha família se transferiu para Fajonquito, a companhia 1501 já estava no fim ou já tinha terminado a sua comissão mas, na memória de todos, em Fajonquito, tinham ficado gravadas estas insígnias em forma de números que perduraram no tempo. No meu caso, não sei explicar as razões, ainda era muito pequeno, mas a insígnia ficou para sempre.
Conheci fisicamente o Capitão Carvalho que, na minha memória de infância, de criança que tinha mais fome da "sopa" que cabeça, guardo uma legenda, um mito. De qualquer modo, posso afirmar que era um oficial de verdade. Era um oficial militar que nós queríamos seguir as pisadas de bravura, quando fossemos homens e certamente soldados.
Ainda crianças pequenas, já tínhamos o gosto pela pólvora, a G3 e as granadas não eram nenhum segredo e, certamente, a nossa grande sorte foi a guerra ter terminado antes. Gostaria de saber mais sobre o seu destino. Houve vozes que chegaram até nós dando-o como morto em Angola ainda durante a guerra.
Conheci muita tropa que passou por Fajonquito entre 1968/74, em especial das companhias 3549 e 4514/72. (*) O rebentamento da(s) granada(s) que vitimara o saudoso Cap Figueiredo e seus companheiros de armas [da CART 2742] (*), apanhou-me a menos de 100 metros do local, quando estávamos a brincar perto da casa dos oficiais.
De todas as companhias, em especial, lembro-me da última que tinha sido transferida de Gadamael-Porto. Os soldados dessa companhia eram bastante melhores, do ponto de vista humano e das crianças indígenas da localidade porque foram os primeiros e únicos que, de uma forma geral, não nos deram pontapés no cu, às vezes sem qualquer motivo. Ao contrário dos outros, eles nos respeitavam de verdade. Intrigado com este comportamento exemplar nunca deixei de indagar as razões de fundo. A conclusão a que cheguei, mais tarde, é que eles tinham vivido a guerra de verdade, na frente, talvez, mais quente de toda a guerra da guiné.
Dessa companhia ainda me lembro do Cabo João e do Jorge, ambos condutores. Infelizmente não me lembro da companhia (será 4514 ?).
Juntamente envio um extracto de notas de memória daqueles tempos. Espero que sejam úteis, sobretudo que possam permitir aos protagonistas daquela época a percepção de como o outro lado os via e entendia a sua presença.
Como alguém disse, nesse blogue, realmente "o mundo é pequeno e o blogue... é grande".
Até a próxima,
Cherno A. Baldé
2. Mensagem de 17 de Junho de 2009:
Caro amigo Luis Graça,
Juntamente envio algumas fotos, uma da actualidade no meu gabinete de trabalho, no Ministério das Infraestruturas, Transportes e Comunicações, a segunda com a imagem da nossa equipa de futebol de salão no quartel de Fajonquito entre 1974-1975, podendo-se ver em pé: Mamudo, Algássimo e o professor António Tavares; sentados: Eu (Cherno) e Aruna (filho do antigo padeiro) à minha esquerda.
Um abraço,
Cherno Baldé
3. Mensagem de hoje:
Caro Luís,
Ontem enviei três fotos mas esqueci-me de dizer que a terceira era a imagem da minha mulher, Geralda Santos Rocha, natural de Bissau com quem sou casado desde 1992, período que coincide com a minha passagem por Lisboa (1992/94) para frequência do curso no ISCTE.
Hoje envio mais uma que é uma recordação dos tempos de estudante em Kiev, Ucrânia onde vivi e estudei entre 1996/90, após uma breve passagem por Kichinov (Moldávia) para aprendizagem da língua Russa.
Obrigado pela paciência que está a ter comigo e devo esclarecer que não estou a procura de ninguém em especial, só querendo fazer parte da Tabanca e compartilhar alguns sentimentos do passado e do presente.
Eu passei boa parte da minha infância entre a tropa que passou por Fajonquito (1968/74) e tive muitos amigos que, na verdade, logo esquecia para me concentrar nos récem-chegados.
Eu era desses raros pequenos rafeiros do quartel impossíveis de controlar e muito menos de afastar. Quando se fechavam os portões do quartel entrava, mesmo assim, por baixo do arame farpado. O dia e a noite faziam pouca diferença. Apanhava porrada de um ou outro quando deambulava pelo quartel, mas também, dava alguns trocos com emboscadas e pedradas a noite.
A língua ? Isso importava menos. Quando o meu amigo, o Dias, me perguntava "Hó Chiiico já limpaste as minhas botas?", eu respondia de imediato "Sim senhor, já limpaste" e depois ?"...
Nós nos compreendiamos muito bem e isso é que importava. Foi esta vida de cão de quartel no meio de jovens soldados endiabrados, acossados pela ansiedade do regresso a casa e o medo da morte que me moldou a vida e me preparou para enfrentar o mundo.
O fim da guerra foi para mim uma libertação mas também um choque terrível de que só tomei consciência passados os primeiros seis meses após a saída do último soldado português. Durante algum tempo ainda tudo continuou na mesma, havia a batata, o bacalhau já com muito mais arroz.
O maldito arroz era, cada dia, mais abundante nos pratos, mas o início da minha miséria começou mesmo foi quando a carne de macacos substituiu tudo o resto. Então, como bom rafeiro que era, olhei para o céu duas ou três vezes seguidas, como fazia sempre que estava em apuros, e compreendi que tinha chegado a hora da largada para outros destinos. Caminhei para casa e quando cheguei, enfrentei os meus pais olhos nos olhos e garanti-lhes que daquele dia em frente nunca mais faltaria às aulas da mesma forma que, também, não voltaria a pisar no quartel transformado em comedouro de macacos.
Espero não estar a exagerar nos desabafos e nas minhas possiveis alucinações.
Cherno A. Baldé
4. Comentário de L.G.:
Não te vou tratar por senhor dr. Cherno Baldé, por que a tua vontade é ingressares nesta Tabanca Grande, onde não há ou não deve barreiras (físicas, simbólicas, sociais, protocolares, étnicas ou culturais)...
Tratemo-nos, pois, por tu, e vamos retomar as conversas e as brinqueiras com os tugas do teu tempo de Fajonquito (1968/74)... Também não te vou tratar por camarada porque não foste combatente, nem militar, tecnicamente falando... Em contrapartida, passaste pela mesma Escola que eu, o ISCTE, e isso reforça as nossas afinidades e cumplicidades... Estive além disso na CCAÇ 12 onde havia vários Chernos Baldé, gente do Cossé, de Badora, do Corubal...
Estás em casa, espero que sintas hoje muito mais confortável do que nesse tempo, em que matavas a fome com as sobras do quartel a troco de pequenos serviços... Como tu, houve milhares de jubis (como a gente dizia, referindo-se aos putos) que viviam literalmente nos nossos quartéis, estudaram e fizeram-se homens nos nossos quartéis...
Essa história de infância e adolescência merece ser contada...Mais, a tua história de vida, de luta, através do trabalho e do estudo, é um exemplo que nos comove a todos nós e que te deve orgulhar, a ti e à tua família...
Recebo-te, pois, de abraços abertos, meu amigo e meu irmãozinho, guineense, mesmo não tendo conhecido Fajonquito (do leste só conheci a região de Contuboel, Geba, Bafatá, Galomaro e Bambadinca, até ao Saltinho, passando por Xime, Mansambo e Xitole e, a norte do Geba Estreito, os regulados do Enxalé, Cuor, Joladu...).
Irei dar início, para a semana, à publicação das pequenas histórias que me mandaste. Até lá, mantenhas para ti e para a tua família. Que Deus te proteja, a ti e à nossa Guiné...L.G.
_________
Nota de L.G.:
(*) Há dias, devido a um "bug", estas fotos desapareceram do meu Álbum Picassa, e o poste teve que ser reeditado. Peço desculpa ao Cherno Baldé e aos nossos leitores por esta anomalia técnica, corrigida hoje (23/6/09).
Dear Picasa Web Albums user,
We wanted to let you know about a recent issue with your Picasa Web Albums account. As a result of a bug in our email notification system, some links and titles to unlisted albums and photos in your account may have been inadvertently sent to a limited set of other users -- those listed in your account as "Fans".
This involved unlisted photos only -- no 'sign-in-required to view' photos were involved. We fixed the issue within hours of identifying the problem.
To help remedy this bug, we have reset the unique web addresses for all albums that may have been affected. This helps ensure that these albums are inaccessible to anyone that attempts to view them using the outdated web address. If you would like to re-share these albums, please do so by clicking the "Share" button while viewing the album. Note, resetting the unique web addresses also broke image links for some affected photos in your Blogger blog -- you will need to re-post those images using Blogger. This applies to images uploaded from Wednesday evening to late Thursday night, Pacific Standard Time.
We're sorry for the trouble this may have caused. Although this issue only affected roughly 0.05% of Picasa Web Albums users, we want to assure you that we have treated this issue with the highest priority.
The Picasa Team
Some photos from the following unlisted albums may have been affected, so they have had their web addresses reset:
LuisGracaCamaradasDaGuine02 (Blogger)
(**) Vd. poste de 3 de Abril de 2009 >Guiné 63/74 - P4136: As Unidades que passaram por Fajonquito (José Martins)
(...) Companhia de Caçadores n.º 1501, comandada pelo Capitão de Infantaria Rui Antunes Tomaz, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 1877, mobilizada em Tomar no Regimento de Infantaria n.º 15, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 1497, em 26 de Janeiro de 1967, vindo a ser substituída pela CCaç 1685 em 19 de Setembro de 1967.
Companhia de Caçadores n.º 1685, comandada pelo Capitão de Infantaria Alcino de Jesus Raiano, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 1912, mobilizada em Évora no Regimento de Infantaria n.º 16, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 1501, em 19 de Setembro de 1967, vindo a ser substituída pela CCaç 2435 em 14 de Dezembro de 1968.
Companhia de Caçadores n.º 2435, comandada pelo Capitão de Infantaria José António Rodrigues de Carvalho e, posteriormente, pelo Capitão de Infantaria Raul Afonso Reis, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 2856, mobilizada em Abrantes no Regimento de Infantaria n.º 2, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 1685, em 07 de Dezembro de 1968, vindo a ser substituída pela CCaç 2436 em 20 de Abril de 1970.
Companhia de Caçadores n.º 2436, comandada pelo Capitão de Infantaria José Rui Borges da Costa, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 2856, mobilizada em Abrantes no Regimento de Infantaria n.º 2, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 2435, em 20 de Abril de 1970, vindo a ser substituída pela CArt 2742 em 13 de Agosto de 1970.
Companhia de Artilharia n.º 2742, comandada pelo Capitão de Artilharia Carlos Borges de Figueiredo e, posteriormente, pelo Alferes Miliciano de Artilharia Baltazar Gomes da Silva, unidade orgânica do Batalhão de Artilharia n.º 2920, mobilizada em Penafiel no Regimento de Artilharia Ligeira n.º 5, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 2436, em 13 de Agosto de 1970, vindo a ser substituída pela CCaç 3549 em 21 de Maio de 1972.
Companhia de Caçadores n.º 3549, comandada pelo Capitão Quadro especial de Oficiais José Eduardo Marques Patrocínio e, posteriormente, pelo Capitão Miliciano Graduado de Infantaria Manuel Mendes São Pedro, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 3884, mobilizada em Chaves no Batalhão de Caçadores n.º 10, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CArt 2742, em 27 de Maio de 1972, vindo a ser substituída pela 2.ª Companhia do BCaç 4514/72 em 15 de Junho de 1974.2.ª
Companhia do BCaç 4514/72, comandada pelo Capitão Miliciano de Infantaria Ramiro Filipe Raposo Pedreiro Martins, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 4514/72, mobilizada em Tomar no Regimento de Infantaria n.º 15, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 3549, em 15 de Junho de 1974, vindo a iniciar o deslocamento para Bissau a partir de 30 de Agoosto de 1974, tendo um pelotão efectuado a desactivação e entrega, ao PAIGC, do aquartelamento em 01 de Setembro de 1974. (...)
Estás em casa, espero que sintas hoje muito mais confortável do que nesse tempo, em que matavas a fome com as sobras do quartel a troco de pequenos serviços... Como tu, houve milhares de jubis (como a gente dizia, referindo-se aos putos) que viviam literalmente nos nossos quartéis, estudaram e fizeram-se homens nos nossos quartéis...
Essa história de infância e adolescência merece ser contada...Mais, a tua história de vida, de luta, através do trabalho e do estudo, é um exemplo que nos comove a todos nós e que te deve orgulhar, a ti e à tua família...
Recebo-te, pois, de abraços abertos, meu amigo e meu irmãozinho, guineense, mesmo não tendo conhecido Fajonquito (do leste só conheci a região de Contuboel, Geba, Bafatá, Galomaro e Bambadinca, até ao Saltinho, passando por Xime, Mansambo e Xitole e, a norte do Geba Estreito, os regulados do Enxalé, Cuor, Joladu...).
Irei dar início, para a semana, à publicação das pequenas histórias que me mandaste. Até lá, mantenhas para ti e para a tua família. Que Deus te proteja, a ti e à nossa Guiné...L.G.
_________
Nota de L.G.:
(*) Há dias, devido a um "bug", estas fotos desapareceram do meu Álbum Picassa, e o poste teve que ser reeditado. Peço desculpa ao Cherno Baldé e aos nossos leitores por esta anomalia técnica, corrigida hoje (23/6/09).
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(**) Vd. poste de 3 de Abril de 2009 >Guiné 63/74 - P4136: As Unidades que passaram por Fajonquito (José Martins)
(...) Companhia de Caçadores n.º 1501, comandada pelo Capitão de Infantaria Rui Antunes Tomaz, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 1877, mobilizada em Tomar no Regimento de Infantaria n.º 15, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 1497, em 26 de Janeiro de 1967, vindo a ser substituída pela CCaç 1685 em 19 de Setembro de 1967.
Companhia de Caçadores n.º 1685, comandada pelo Capitão de Infantaria Alcino de Jesus Raiano, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 1912, mobilizada em Évora no Regimento de Infantaria n.º 16, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 1501, em 19 de Setembro de 1967, vindo a ser substituída pela CCaç 2435 em 14 de Dezembro de 1968.
Companhia de Caçadores n.º 2435, comandada pelo Capitão de Infantaria José António Rodrigues de Carvalho e, posteriormente, pelo Capitão de Infantaria Raul Afonso Reis, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 2856, mobilizada em Abrantes no Regimento de Infantaria n.º 2, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 1685, em 07 de Dezembro de 1968, vindo a ser substituída pela CCaç 2436 em 20 de Abril de 1970.
Companhia de Caçadores n.º 2436, comandada pelo Capitão de Infantaria José Rui Borges da Costa, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 2856, mobilizada em Abrantes no Regimento de Infantaria n.º 2, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 2435, em 20 de Abril de 1970, vindo a ser substituída pela CArt 2742 em 13 de Agosto de 1970.
Companhia de Artilharia n.º 2742, comandada pelo Capitão de Artilharia Carlos Borges de Figueiredo e, posteriormente, pelo Alferes Miliciano de Artilharia Baltazar Gomes da Silva, unidade orgânica do Batalhão de Artilharia n.º 2920, mobilizada em Penafiel no Regimento de Artilharia Ligeira n.º 5, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 2436, em 13 de Agosto de 1970, vindo a ser substituída pela CCaç 3549 em 21 de Maio de 1972.
Companhia de Caçadores n.º 3549, comandada pelo Capitão Quadro especial de Oficiais José Eduardo Marques Patrocínio e, posteriormente, pelo Capitão Miliciano Graduado de Infantaria Manuel Mendes São Pedro, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 3884, mobilizada em Chaves no Batalhão de Caçadores n.º 10, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CArt 2742, em 27 de Maio de 1972, vindo a ser substituída pela 2.ª Companhia do BCaç 4514/72 em 15 de Junho de 1974.2.ª
Companhia do BCaç 4514/72, comandada pelo Capitão Miliciano de Infantaria Ramiro Filipe Raposo Pedreiro Martins, unidade orgânica do Batalhão de Caçadores n.º 4514/72, mobilizada em Tomar no Regimento de Infantaria n.º 15, assumiu a responsabilidade do subsector, rendendo a CCaç 3549, em 15 de Junho de 1974, vindo a iniciar o deslocamento para Bissau a partir de 30 de Agoosto de 1974, tendo um pelotão efectuado a desactivação e entrega, ao PAIGC, do aquartelamento em 01 de Setembro de 1974. (...)