Fotos Falantes III, nº 11 [O Torcato Mendonça é o segundo a contar da direita]
Fotos Falantes III, nº 3 [O memorial da CART 2339 no seu início]
Fotos Falantes III, nº 8 [O memorial da CART 2339 depois de completada a sua construção, incluindo o livro com os mortos da companhia]
Fotos Falantes III, nº 13 [ A célebre árvore que servia de mira para os artilheiros do PAIGC,
e que um, dia teve de ser sacrificada.,..]
Fotos Falantes III, nº 5 [O espaldão do obus 10.5]
Fotos Falantes III, nº 6 [O Torcato Mendonça junto ao obus 10.5]
Fotos Falantes III, nº 12
Fotos Falantes III, nº 14
Guiné > Zona leste > Setor L1 (Bambadinca) > Mansambo > CART 2339, Os Viriatos (1968/69) > Fotos Falantes III > O "campo fortificado" de Mansambo, segundo a Maria Turra...
Fotos: © Torcato Mendonça (2007). Todos os direitos reservados.[Edição: LG]
1. Excerto de um comentário do Torcato Mendonça, um dos "históricos" do nosso blogue, ao poste P13103 (*)
(...) Eu concordo com estes arquivos e todo o tratamento que lhes é dado, conducente, claro está, a uma análise futura correcta e o mais próxima da verdade. Isto aqui publicado é falso, creio eu. Logo devia ser escrito "Propaganda IN".
Os tipos disseram, na Rádio que creio estava em Conackry, terem arrasado o "campo fortificado" de Mansambo, morto dezenas de soldados colonialistas (estavam lá cerca de 50), destruido máquinas e viaturas (2 Unimogs 404 e 411) e etc. Não fizeram nada disso: dois feriditos - o cabo cozinheiro que se queimou na G3, e eu que me queimei no morteiro 60 (não ficámos a constar do relatório). (**)
Estes trapaceiros mentiam em 1963, 1973, 1983 e continuam a mentir. Não só, não só. Uma das mentiras é: "Nada temos contra o povo português, temos é contra os colonialistas"...Mentira. (...)
A propaganda deve ser tratada como tal. Falsa, mentirosa e perigosa porque sempre algo, dessa falsidade, fica (, já dizia o Mao Tsé Tung).
O ódio do PAIGC ao "campo fortificado" de Mansambo deve-se a esse arraial de porrada que eles lá levaram e a um "internacionalista" cubano [, em junho de 1968,] ter levado com um dilagrama no traseiro (deixou lá metade do cinto, o coldre e a Ceska)...
Obrigado, Luís, por te teres preocupado pela minha saúde. Vai bem mas não se recomenda...são quase 70 e muitas costuras....Eu não tenho estado cá há muito tempo ?...Nem tanto assim. mas o suficiente para ter "isto entupido" e vou lentamente lendo... Oxalá (Insha'Allah) que a tua recuperação esteja óptima, mas tem cuidado, estou sempre presente no Blogue e com estes bons camaradas. (***)
Abraço-te, T.
_______________
Notas do editor:
(*) Vd. poste de 5 de maio de 2014 > Guiné 63/74 - P13103: A guerra vista do outro lado... Explorando o Arquivo Amílcar Cabral / Casa Comum (11): Comunicado de Osvaldo Vieira, sobre a atividade operacional do PAIGC, nos dias 30 de junho e 1, 2, 3, 5, 6 e 10 de julho de 1963, na região do Oio, incluindo Bissorã, Dandu, Olosssato e Fajonquito, em que se contabilizariam... 116 mortos entre os soldados portugueses, quase 3 vezes e meia mais do que o total dos nossos mortos em combate nesse ano (n=34)...
(...) Meses depois a nossa Companhia, no meio daquele nada, deu inicio à construção de aquartelamento. Um grupo, depois outro e um dia, meses depois, estávamos lá todos.
O IN (inimigo de então), atacou, barafustou, conseguiu fazer alguns estragos e nada conseguiu. Claro que a rádio em Conakry noticiou mortos e feridos, destruições tamanhas que, a serem verdade, davam para aniquilar um Batalhão. Propaganda. Era engraçado ouvir e vê-los a espreitar na orla da mata.
Eles sofreram mortos e feridos e, depois da chegada dos obuses 10.5 nunca mais atacaram de muito perto.
Confirmado por eles através de elementos capturados. Um, parece ter sido um cubano a quem foi apanhado meio cinturão e coldre e pistola Ceska (Jun/68). Outro cubano comandou a emboscada à fonte (Set/68). Sofremos dois mortos e alguns feridos. Baixas a mais, foi mau, demasiado mau.
Um dia, seis anos depois, a última Companhia saiu de lá. O ódio do IN veio ao de cima e a destruição foi total. Restam hoje, segundo fotos de camaradas que por lá passaram, pequenas recordações.
Certo é que se acredite ou não, os espíritos vagueiam por lá. Para eles o meu abraço de respeito a quem, de um lado ou de outro da contenda, deu o máximo dele – a vida. (...)
O IN (inimigo de então), atacou, barafustou, conseguiu fazer alguns estragos e nada conseguiu. Claro que a rádio em Conakry noticiou mortos e feridos, destruições tamanhas que, a serem verdade, davam para aniquilar um Batalhão. Propaganda. Era engraçado ouvir e vê-los a espreitar na orla da mata.
Eles sofreram mortos e feridos e, depois da chegada dos obuses 10.5 nunca mais atacaram de muito perto.
Confirmado por eles através de elementos capturados. Um, parece ter sido um cubano a quem foi apanhado meio cinturão e coldre e pistola Ceska (Jun/68). Outro cubano comandou a emboscada à fonte (Set/68). Sofremos dois mortos e alguns feridos. Baixas a mais, foi mau, demasiado mau.
Um dia, seis anos depois, a última Companhia saiu de lá. O ódio do IN veio ao de cima e a destruição foi total. Restam hoje, segundo fotos de camaradas que por lá passaram, pequenas recordações.
Certo é que se acredite ou não, os espíritos vagueiam por lá. Para eles o meu abraço de respeito a quem, de um lado ou de outro da contenda, deu o máximo dele – a vida. (...)