DO NINHO D'ÁGUIA ATÉ ÁFRICA - 51
O Cifra hoje, vai falar de números.
Os amigos antigos combatentes, ainda recordam quando jovens na idade claro, pois felizmente na nossa mente continuamos jovens, verem colados nas paredes de alguns muros, ou na frente das praças de touros, uns cartazes a anunciarem uma corrida de touros, onde dizia em letras mais ou menos garrafais, “6 - TOUROS - 6”, e mais abaixo, “3 - Grupos de forcados - 3”, pois o Cifra, tal como muitos dos antigos combatentes, esteve “24 - Meses - 24”, na então província da Guiné.
O Cifra já se está a aproximar da parte final da primeira fase das recordações do tempo em que esteve no conflito que colocou frente a frente o governo de Portugal e o grupo organizado que queria a independência da então província da Guiné, mas antes de entrar nessa parte, onde vai falar dos últimos meses, pois passando esta fase, irá continuar sempre com a Guiné em primeiro plano, irá abrir algumas páginas do seu miserável diário, falar de emigração, dos companheiros de conflito que encontrou na diáspora, e muitas coisas mais, com a compreensão do Luís Graça, do Carlos Vinhal e restantes editores, e de vocês, amigos e companheiros de guerra, pois sem a vossa pachorra em ler estes escritos, muito mal escrevinhados, que o Luís Graça, deixou colocar no seu blogue, e que o Carlos Vinhal, com muita dedicação foi corrigindo, porque de outro modo, iriam ler tudo, menos português.
Como o Cifra disse anteriormente, alguns amavelmente foram lendo, mas só cá para nós, que ninguém nos ouve, o Cifra gosta mesmo é de ler “Os Melhores 40 Meses da Minha Vida”, do Veríssimo Ferreira, os poemas, fotografias e outros textos do Luís Graça, os resumos de livros e obras sobre a Guiné, do Beja Santos, o Diário da Guiné, do Graça Abreu, as investigações aprofundadas, sobre África, do José Martins, aqueles textos frontais, sem “papas na língua”, sem “ses”, nem “mas”, do José Manuel Matos Dinis, das “Cartas de Amor da Guerra”, do Manuel Joaquim, dos textos e comentários do Paulo Santiago, das histórias curtas e apimentadas do Jorge Cabral, dos comentários e textos conhecedores do António Rosinha, do César Dias, do Rogério Cardoso, cujo nome de guerra é “Roger”, e tantos outros, que se exprimem dando uma fiel opinião; das histórias, muitas com fotos, do Henrique Cerqueira, e dos piriquitos da sua amada NI, dos textos e poemas do Juvenal Amado, dos poemas com aquele toque feminino da Filomena Mealha, do “Furriel Enfermeiro, Fadista e Ribatejano”, Armando Pires, dos textos sérios e conhecedores de coisas da Guiné, do Cherno Baldé, da “Actividade Operacional” do Manuel Serôdio, das “histórias das injecções”, do Adriano Moreira, dos textos do António Melo, que escreve com profundo sentimento; da “Pedra da Odete”, do Hélder Sousa, que essa sim, se o Cifra lha pudesse roubar, pois com ela a título, daqui a um milhão de anos ainda havia textos, dos mais diversos temas, sempre actualizado, falando com pessoas, enquanto esperava na linha, para que a Odete lhe preparasse uns “salmonetes”, e mais um sem número de amigos antigos combatentes, que não lhe ocorre o nome, onde alguns colocam os seus comentários, e outros, continuam a lembrar momentos da sua passagem por aquela horrorosa guerra.
O Cifra, quando abre o blogue, fica com agrado e com alguma felicidade, quando repara que alguns companheiros, que pertenceram à mesma unidade militar, trocam opiniões e continuam uma conversa, que até parece que foi interrompida, com o seu regresso à Europa, trocam opiniões, tal como lá estivessem no local de acção, e nesse momento, também fica com alguma mágoa, que é durante este tempo todo em que foi falando do conflito da Guiné, ainda não teve um único combatente seu companheiro, pertencente ao Agrupamento 16, que era o comando a que pertencia, que esteve na Guiné desde Maio de 1964 até Maio de 1966, e estava estacionado em Mansoa, que viesse ao blogue dizer:
- Alô Cifra, também pertenci ao Agrupamento 16!
Tem que haver companheiros vivos, oxalá que sim, não eram muitos, não chegavam a 30 militares, sendo mais de dois terços militares graduados, portanto mais velhos na idade.
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Bem, o Cifra já está a ir longe de mais, mas agora nesta parte final, vai publicar algumas fotos que conseguiu recuperar do tal Agrupamento 16, lembrando em números, os tais “24 - Meses - 24”, que foram mais longos que a espada de D. Afonso Henriques, que não tem culpa nenhuma em ser para aqui chamado, ou terá?
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Nota de CV:
Vd. últimos 10 postes da série de:
5 DE JANEIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P10900: Do Ninho D'Águia até África (41): Outra vez, a menina Teresa (Tony Borié)
8 DE JANEIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P10911: Do Ninho D'Águia até África (42): O Cifra encontra um inimigo (Tony Borié)
12 DE JANEIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P10927: Do Ninho D'Águia até África (43): Lodo e tarrafo (Tony Borié)
15 DE JANEIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P10946: Do Ninho D'Águia até África (44): O Canjura andava farto de guerra (Tony Borié)
19 DE JANEIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P10963: Do Ninho D'Águia até África (45): Os meus galões (Tony Borié)
22 DE JANEIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P10984: Do Ninho D'Águia até África (46): A menina Teresa não sai de cima de mim (Tony Borié)
26 DE JANEIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11007: Do Ninho D'Águia até África (47): Iafane, o barqueiro (Tony Borié)
29 DE JANEIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11022: Do Ninho D'Águia até África (48): Guiné... Minho e... Algarve (Tony Borié)
2 de Fevereiro de 2013 > Guiné 63/74 - P11044: Do Ninho D'Águia até África (49): Eram guerreiros (Tony Borié)
5 DE FEVEREIRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P11060: Do Ninho D'Águia até África (50): A mulher e o conflito (Tony Borié)