1.
Em mensagem do dia 17 de Julho de 2015, o nosso camarada António Murta,
ex-Alf Mil Inf.ª Minas e Armadilhas da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4513 (Aldeia Formosa, Nhala e Buba, 1973/74), enviou-nos mais uma página do seu Caderno de Memórias.
CADERNO DE MEMÓRIAS
A. MURTA – GUINÉ, 1973-74
12 - De 26 de Maio a 8 de Junho de 1973
26 de Maio de 1973 - (sábado) - Cumbijã
À tarde houve uma flagelação a Aldeia Formosa mas sem danos. Usaram canhão sem recuo e foguetões 122. Só para instabilizar e dizer “estamos aqui”. Onde será a próxima?
Face à nossa deplorável situação em Cumbijã, com o prolongar de uma estadia para a qual não vínhamos preparados, resolvi enviar uma carta ao nosso Comandante em Aldeia Formosa:
“26.05.73, Cumbijã.
Exmo. Cmdt.
Antes de mais, peço desculpa pelo modo pouco formal de me dirigir a V. Exa., mas limitações circunstanciais obrigaram a que assim fosse.
A seguir, quero apelar para a sua pessoa, como responsável e influente, para que, independentemente de quaisquer movimentos tácticos das tropas ou meras operações, nos possa dispensar ou fazer render com a maior brevidade possível, pois se torna pior, a cada dia, a nossa estadia aqui.
Vínhamos preparados para estar fora de Nhala durante 3 dias e já faz hoje 12 dias que aqui vegetamos, sem nos lavar convenientemente e sem nunca mudar de farda, suportando um serviço, por vezes sobrecarregado, para quem está em tão precárias condições.
Ontem, pelas 23h30, chegou aqui a CCAV 51 que, com toda a razão, fez sair das suas tendas os homens dos dois grupos de Nhala, forçando-os a dormir ao ar livre, suportando nessas condições o temporal que pouco depois se abateu sobre Cumbijã.
O pessoal, além do descontentamento justificado, pelos indícios, está em vias de esgotamento físico.
Agradeço antecipadamente, enviando-lhe os meus respeitosos cumprimentos.
Alf. Mil. António M. Murta Cavaleiro.”
Foi portador desta carta o furriel Guimarães “velhinho” da CCAÇ 3400 de Nhala que está aqui em Cumbijã a comandar o seu grupo, junto do meu. Mas a carta nunca chegou ao destino porque ele, à passagem por Mampatá, falou com o Cap. Marcelino e este expôs o problema (deve ter lido a carta), ao Cmdt. Intº Major DM. Resultou. Não é por acaso que a “velhice é um posto! À tarde fomos para Mampatá, onde dormimos.
[Hoje, parece redundante, depois do que foi descrito antes sobre a nossa situação, a transcrição desta carta que nem chegou ao destino mas, por outro lado, dá bem a ideia de até onde eu estava disposto a ir para ser ouvido, sob pena de deixar agravar o estado físico e emocional de todo o pelotão. Ou permitir que se sublevassem].
27 de Maio de 1973 – (domingo) – A dança dos pelotões
Nhacobá voltou a ser flagelada com morteiro 82, tendo a habitual resposta da nossa artilharia.
Finalmente, vamos para Nhala. Saímos cedo de Mampatá e à chegada tive um enorme desapontamento. Na mesma coluna em que chegámos, partiriam os grupos dos alferes C. L. e do J. A. C. P. acompanhados do capitão B. da C.
Vou passar aqui algum tempo sem nada de especial para fazer. Vou-me ocupar a ler e a fazer fotografia. Há já algum tempo, em sociedade com Alf. J. A. C. P., comprei um estúdio de fotografia que pertencia a três furriéis da Companhia que viemos render, a CCAÇ 3400.
30 de Maio de 1973 – (quarta-feira) – O regresso ao inferno
Três dias volvidos após a chegada a Nhala, e eis que somos recambiados com destino a Mampatá. Recebi a mensagem e fiquei quase em estado de choque. Nunca a minha revolta esteve num patamar tão alto.
Feitos os preparativos, partimos depois do almoço, mas chegámos tarde a Mampatá. Portanto, está aqui toda a Companhia excepto o grupo da Formação (?).
À chegada aqui, soube uma triste notícia relacionada com um caso ocorrido em Aldeia Formosa entre o pessoal da 3.ª CCAÇ do meu Batalhão: um soldado, uma semana depois de ter tido uma discussão com um camarada acerca de futebol, foi à cama onde este dormia e matou-o com vários tiros de G3. Não consigo (nem conseguiu ninguém), achar uma explicação para o incidente. Se foi só por causa do futebol, foi simplesmente absurdo e lamentável.
Soube ainda que, afinal, Guidage também foi abandonada e depois ocupada pelo PAIGC. Quanto a Guilege, onde aconteceu o mesmo, já tinha a confirmação há algum tempo. Por tudo isto a situação está tão grave, principalmente nesta zona.
31 de Maio de 1973 – (quinta-feira) – A morte do Régulo
A zona de Nhacobá teve uma flagelação muito breve com morteirada.
Esta madrugada fui acordado pelo choro colectivo da população de Mampatá: morreu um homem que muito estimavam. Era o régulo Aliu Baldé de Mampatá e das populações de Aldeia Formosa e outras da região, e seu representante nas Assembleias do Povo em Bissau, além de comandante com o posto de alferes de uma Companhia de Milícias distribuída pela zona. Morreu de doença em Bissau, onde se havia deslocado para a referida assembleia, última ocorrida.
Saí com o grupo às 6 da manhã para a estrada com a missão de fazer protecção às máquinas da Engenharia, relativamente perto de Cumbijã. À chegada ali, começou a chover torrencialmente e foi debaixo de chuva gelada que nos mantivemos durante algumas horas. Depois, mais duas horas molhados até que a roupa secasse no corpo, agora sob um calor abrasador e húmido, apesar do sol encoberto. Diria mesmo que estávamos expostos ao vapor de uma panela de pressão. De regresso a Mampatá entrei de serviço ao aquartelamento.
1 de Junho de 1973 – (sexta-feira) – A “festa” IN tem-me passado ao lado
Da História da Unidade de BCAÇ 4513:
“JUN,01 – Tornou a haver flagelação a Nhacobá com morteiro 82 e RPG da região de SAMENAU.
- Um GR COMB / 1.ª CCAÇ teve contacto IN ao montar segurança próxima ao destacamento de Cumbijã. As nossas tropas sofreram um ferido grave".
Do meu diário:
Estou, portanto, de serviço ao aquartelamento de Mampatá. Todos os grupos restantes da minha Companhia saíram para missões de protecção às obras da estrada e aos destacamentos, em virtude de uma visita do Gen. Spínola, que não se chegou a verificar.
Entre elementos de um dos grupos da 1.ª CCaç do capitão B. D., emboscados aqui na zona, verificou-se um grave incidente
[que não é mencionado na História da Unidade]: um soldado disparou um tiro para algo que viu mexer no mato, e logo vários camaradas desencadearam fogo sobre ele, supondo tratar-se de um ataque IN. Talvez que as distâncias que os separavam fossem exageradas ou, ainda, que tivessem (...). O que é certo, é que o soldado que disparou primeiro levou vários tiros numa perna, partindo-lhe a tíbia e furando-lhe o perónio. Depois do incidente, foi evacuado.
À tarde verificaram-se aqui as cerimónias fúnebres do Régulo Aliu Baldé, de cariz muçulmano e militar. Compareceram nas mesmas, o Comandante do Batalhão Ten Cor C. A. S. R., o 2.º Comandante Major D. M., Alferes Capelão e outros. Formou-se um pelotão de milícias comandado pelo meu camarada Alf Câmara, que rendeu as devidas honras militares ao morto.
2 de Junho de 1973 – (sábado) – Dia de descanso.
Nada de especial a assinalar.
3 de Junho de 1973 – (domingo) – Cumbijã flagelada.
Cumbijã voltou a ser flagelada com 20 granadas de morteiro 82 mas sem consequências.
[Da H. da Unidade].
6 de Junho de 1973 – (quarta-feira) – Visita do General Spínola.
Mais uma vez foram montados dispositivos de segurança entre Cumbijã e Nhacobá para acautelar a visita do Comandante-Chefe Gen. Spínola e, mais uma vez, esta não se realizou.
[Extracto da H. da Unidade BCaç3852].
8 de Junho de 1973 – (sexta-feira) – Entrada inopinada em Nhacobá.
Da História da Unidade do BCAÇ 4513:
“JUN, 08 – A partir desta data forças do BCAÇ passaram a ser empenhadas na protecção do Destacamento de Engenharia na estrada CUMBIJÃ-NHACOBÁ.
- Forças da 2.ª CCAÇ / BCAÇ 4513 encontraram em Nhacobá um saco contendo documentos IN em região GUILEGE 3 F 9-34, possivelmente abandonado quando da operação BALANÇO FINAL”.
Do meu diário:
Há vários dias que não registo o que quer que seja, mas porque nada tem havido de interesse, quase sempre a rotina, ou seja: fazer serviço aqui em Mampatá, fazer segurança às máquinas na estrada, tanto na frente como na retaguarda, etc.
Só ontem me desviei um pouco dessa rotina, para mal dos meus pecados, pois fui com o grupo escoltar a coluna Aldeia Formosa-Buba e volta. Foi um dia extenuante, quer pela dura viagem na picada em péssimo estado, quer pelos problemas com o pessoal que não depende de mim e, até, pelo excessivo calor suportado até às 14 horas aproximadamente, logo seguido de forte ventania e chuva muito fria.
Hoje, a saída daqui de Mampatá, fez-se, como sempre, por volta das 6h30, utilizando a coluna vinda diariamente de Aldeia Formosa com tropas e com a Engenharia. Da minha Companhia apenas ficou o 1.º GC, seguindo os restantes três comandados pelo Cap B. da C. com a missão de fazerem protecção às máquinas na frente de trabalhos.
Descemos das viaturas onde finda actualmente o alcatroamento, seguindo depois em fila indiana pela berma esquerda da estrada, picando sempre. Mais uma vez se me prende a atenção no espectáculo que é o movimento deste cordão humano, interminável e vagaroso que, contudo, parece ameaçador, tanto pelas fisionomias ásperas dos homens como pela quantidade de armas que carregam. Até à frente de trabalhos andámos cerca de 5 quilómetros mas, ainda a meio do caminho, quando seriam umas 7h30 da manhã, já o suor nos escorria abundantemente por todo o corpo, salgando-nos os olhos e atraindo a mosquitada.
Chegados onde actualmente estão os trabalhos de desmatação, montámos uma frente de protecção às máquinas que ali trabalham e que chegariam pouco depois de nós. Finalmente o pessoal teve oportunidade de descansar um pouco da longa caminhada, sobrecarregados e com a responsabilidade da picagem por onde passarão as máquinas e o resto do pessoal. Missão ingrata, porque essa pista lateral à estrada, para além do imenso pó, é de terras soltas, propícia à instalação de minas.
[Numa tarde, certamente muito depois desta data, ao fazermos o mesmo percurso, eu ia fixado na equipa de picagem à minha frente e comecei a ficar tão tenso e constrangido, – a imaginar que num instante, um daqueles homens, muito menos preparados do que eu, poderia ir pelos ares com o deflagrar de uma mina —, que mandei parar o grupo, tirei a pica a um deles e avancei eu no seu lugar, recomendando que os de trás pusessem os pés nas pegadas dos da frente. Eu ia com um presságio que não se confirmou, felizmente. Não é bravata, não, meus caros... Naquela situação de tensão, (houve muitas outras e isto não me aconteceu), com todos os sentidos num alerta esgotante, mais o sentimento de apreensão que eu levava, se acontecesse algo a um daqueles homens, eu não dormiria mais no resto da minha vida. Tive situações em que podiam ter sido atingidos homens com minas que nos escaparam à detecção, dentro de Nhacobá, por exemplo, mas isso é completamente diferente. Não sei se registei o episódio acabado de referir no meu caderno em data que ignoro, por isso aqui fica, para que não se julgue que apenas sentíamos calor, frio e as picadas dos mosquitos...].
A mata que estão a abrir aqui na frente de trabalhos, vai bater na extremidade direita das tabancas de Nhacobá, e é aqui que vai passar, definitivamente, a nova estrada, apesar de estar uma picada já aberta para o lado esquerdo, por onde chegaram, pela primeira vez, as nossas tropas quando se verificaram os contactos a que me referi há algum tempo atrás.
Por erro ou ignorância do ponto da situação no local, íamos com ordens de ficar pouco além da frente de trabalhos e antes de Nhacobá uns 300 a 400 metros. Porém, como a frente de trabalhos está a apenas 200 metros de Nhacobá, vimo-nos forçados a instalar o pessoal numa linha paralela às tabancas e distante destas, apenas 20 metros escassos, de terreno desarborizado que vigiávamos a partir da orla da mata onde havíamos chegado.
1973 - Nhacobá: algumas tabancas limítrofes.
Foto: © António Murta
A antiga base IN e as suas tabancas estavam mergulhadas num silêncio sepulcral, parte delas na penumbra sob as copas das árvores, o que inspirava um ar de mistério e de respeito. Mas despertava-nos um sentimento misto de apreensão e curiosidade, por desconhecermos se estariam por ali, ou na zona, tropas IN mas, também, porque ainda não tínhamos tido oportunidade de, com tempo, vasculhar o sítio e as coisas que, não há muito, eram do nosso inimigo. Contudo, havia ordens rígidas dos “crânios” para que ninguém se aproximasse de Nhacobá sem tropas a nível de duas companhias, ou seja, com efectivos de 400 homens ou mais. Como tudo isto é incrível e ridículo!... E nós ali estávamos com cerca de 70 homens.
Não tardou nada que chegassem até às nossas posições, as máquinas que abriam a estrada e simultaneamente desmatavam lateralmente uma larga faixa, arrancando pela raiz árvores de qualquer porte. O empreiteiro civil expôs-nos o problema: ou mandávamos vir mais tropas, ou íamos nós com o pessoal que tínhamos fazer um reconhecimento às tabancas, pois que ele tinha de avançar com as máquinas até à enorme bolanha do outro lado de Nhacobá. Ficámos, assim, num dilema de difícil solução. Então eu pedi ao Cap. B. da C. que me autorizasse a ir sozinho às tabancas fazer o reconhecimento, ao que ele acedeu com algumas reservas e muitas apreensões, lembrando-me os eventuais perigos. Mas, que fazer? A outra alternativa, impensável, era fazer parar os trabalhos da estrada, a meio do dia, e comunicar superiormente a necessidade de mais tropa.
Avancei de bagabaga em bagabaga, sempre providenciais
[para todas as partes, digo eu, hoje], até menos de 10 metros das primeiras tabancas. Pareceu-me tudo vazio e sem constituir perigo para se avançar, excepto no respeitante a minas. Voltei para trás e avisei todo o pessoal instalado, para que não houvesse erros fatais, de que ia fazer a entrada nas tabancas com o meu camarada Alf. C. L. e três dos seus homens de pica em punho. Desloquei-me o mais possível para a direita, onde ficava a tabanca mais próxima e comecei por aí, levando na mão esquerda uma pica e na direita a G3. Ao meu lado seguia o C. L. com os seus homens picando sempre. Entrámos na primeira palhota, na segunda, terceira e assim por diante. Uma ou outra tinha porta e estava fechada, o que me obrigou a passar a lâmina da faca de mato pelas frestas, para a detecção de eventuais fios de armadilhas. Mas não. Nem havia no interior vestígios recentes. Tão pouco em toda a zona. Nem objectos esquecidos que tivessem pertencido ao PAIGC, porque aquando da primeira entrada ali das nossas tropas, quando se verificaram os contactos, e nas entradas seguintes, tudo foi levado pelos militares como recordação ou como material e bens a serem declarados.
Regressámos para junto do pessoal e informei o capitão de que podíamos avançar à vontade, (eu era o responsável da Companhia pelas minas e armadilhas), mas já nessa altura as máquinas investiam contra o matagal, arrancando tudo, até mesmo junto de algumas tabancas. Eram quase 12 horas quando o pessoal se fixou na orla da mata, entre as tabancas e a grande bolanha do outro lado de Nhacobá. Aproveitei para passar de novo tudo a pente fino, num reconhecimento feito a meias com o meu furriel JMP. Nada encontrámos de especial, para além de um celeiro ainda com bastante arroz em casca, já referenciado pela CCAV 51, uma granada defensiva das nossas que não explodiu e que eu desarmei desenroscando-lhe a cabeça para a guardar sem perigo, vários estilhaços das nossas granadas de obus, grande quantidade de recipientes de barro, na maioria partidos, várias latas de ração de combate de origem russa, restos de medicamentos e dois abrigos subterrâneos com uma resistência que eu calculo a toda a prova.
Depois disto, resolvi descansar um bocado e comer a minha ração de combate. Estava nestes preparos quando apareceu o meu camarada C. L. trazendo na mão uma enorme mochila que tinha sido encontrada por um homem do seu grupo, pendurada numa árvore e devidamente camuflada. Isto foi, sem dúvida, o acontecimento do dia: continha vários livros e grande quantidade de cartas, documentos, um mapa da Guiné e um planisfério, ambos de origem russa.
[Foi algum deste material que eu recolhi por não ter interesse militar e que eu, há tempos, ofereci à nossa Tabanca e foi publicado].
Pelo que vi, alguns destes documentos e cartas, vão ter muito interesse para o nosso Comando, devido à importância do que revelam. Entre tudo isso encontrámos algumas fotografias de africanos tiradas na URSS, assim como documentos e processos disciplinares do tribunal das chamadas áreas libertadas, como pude ver nos cabeçalhos impressos desses documentos. Vi também alguns apontamentos sobre as características da nossa espingarda metralhadora HK 21 e sobre material de guerra do PAIGC.
Depois de tudo remexido havia que enviar aquilo para Aldeia Formosa na Chaimite que, por acaso, ali se encontrava. O Cap. B. da C. fez então recolher toda a papelada que circulava pelas mãos do pessoal, mas não conseguiu evitar que eu guardasse 3 pequenos livros e outros papeis, bem como o mapa da Guiné,
[que ficou com o meu espólio em Nhala, aquando da minha vinda de férias sem regresso]. Os livrinhos, em português, têm os seguintes títulos: “Solidariedade”- Boletim de Informação publicada pela Agência de Imprensa NOVOSTI, (2 exemplares, sendo um de 1969 e outro de 1971), e “Palavras de Ordem Gerais”, de Amílcar Cabral.
Cerca das 14 horas regressámos a Cumbijã, novamente a pé, numa dolorosa caminhada por causa do calor e da sede. De Cumbijã regressámos a Mampatá nas Berliet.
(continua)
Texto e foto: © António Murta
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Nota do editor
Último poste da série de 14 de julho de 2015 >
Guiné 63/74 - P14877: Caderno de Memórias de A. Murta, ex-Alf Mil da 2.ª CCAÇ/BCAÇ 4513 (11): 23 e 24 de Maio de 1973