terça-feira, 10 de maio de 2005

Guiné 63/74 - P16: No Xime também havia crianças felizes (2) (Luís Graça)

1. Acabei de falar com o José Carlos Mussá Biai: nasceu em 1963, no Xime, e era menino no tempo em que por lá passaram a CART 2715 e a CART 3494. Era menino no tempo em que eu estive no Sector L1 da Zona leste, correspondente ao triângulo Xime-Bambadinca-Xitole.

Sei que, até ao fim da guerra, ele, a família e os vizinhos da sua tabanca sofreram muitos ataques. Uma família inteira, perto da sua morança, morreu. A sua infância não foi fácil. A vida também não foi fácil para a população civil, de etnia mandinga, que ficou no Xime.

2. Em contrapartida, também houve algumas coisas boas. Por exemplo, o furriel miliciano enfermeiro José Carlos José Luís Carcalhinho da Ponte, natural de Viana do Castelo, foi alguém especial na sua vida e na vida dos outros meninos do Xime. Foi seu professor primário na única escola que lá havia, a PEM (Posto Escolar Militar) nº 14. O Mussá Biai também teve como professor, depois da CART 3494 ter ido para Mansambo, o furriel Osório, da CCAÇ 12, que dava aulas no Posto Escolar Militar nº 14, juntamente com a esposa.

Em suma, o menino Mussá Biai fez a sua instrução primária debaixo de fogo. Um dos seus irmãos, o Braima, era guia e picador das NT. Tal como o Seco Camarà que morreu ingloriamente na Operação Abencerragem Candente, no dia 6 de Novembro de 1970, perto da Ponta do Inglês, no regulado Xime. O seu corpo foi resgatado por mim e pelos meus homens. Os restos humanos do mandinga Seco Camará, guia e picador das NT, morto à roquetada, foram transportados pelos meus soldados, fulas, para a sua tabanca do Xime. O José Carlos, embora menino, de sete anos, lembra-se perfeitamente deste trágico episódio em que os tugas do Xime tiveram cinco mortos, além do Seco Camarà.

O seu pai, um homem grande mandinga do Xime, era o líder religioso da comunidade muçulmana local. A família teve problemas depois da independência devida à colaboração com as NT. Depois dos tugas sairem, o José Carlos foi para Bissau fazer o liceu. Tinham-lhe prometido uma bolsa, se trabalhasse dois anos como professor para as novas autoridades da Guiné-Bissau. Ficou cinco anos como professor, até decidir partir para Lisboa e lutar pela obtenção de uma bolsa de estudo. Conseguiu uma, da Fundação Gulbenkian. Matriculou-se no Instituto Superior de Agronomia. Hoje é formado em engenharia florestal. Trabalha e vive em Portugal. Mas nunca mais voltou a encontrar os seus professores do Xime. E é seu desejo fazê-lo.

Moral da estória: O José Carlos é um exemplo de tenacidade, coragem, determinação e nobreza que honra qualquer ser humano. Que nos honra a nós e ao povo da Guiné-Bissau a ele que pertence.

3. Ontem, 9 de Maio de 2005, o Mussá Biai deve ter tido uma agradável surpresa. O Sousa de Castro, que esteve no Xime nessa altura, escreveu-lhe, depois de saber a sua estória através de mim. E deu-he notícias do seu professor primário! Aqui vai o teor da sua mensagem:

"Como estas coisa são!... Como este mundo é pequeno!... Quero dizer ao Zé Carlos que eu, António Castro, de Viana do Castelo, fui 1º cabo radiotelegrafista da CART 3494 (Fantasmas do Xime), conheço perfeitamente o ex-Furriel enfermeiro, dou-me muito bem com ele. Curiosamente ele irá talvez em Junho ou Julho à Guiné ao abrigo da Plataforma de Cooperação com a Guiné-Bissau, mais precisamente ao Cacheu que está geminado com Viana do Castelo desde 1988.

"Informo também o Zé Carlos qual o endereço e telefone para o poder contactar. O nome correcto é:

José Luís Carvalhido da Ponte
Rua Moinho Vidro, 89
Viana do Castelo
4900-753 MEADELA".

O que dizer mais ? Que esta história não acaba aqui, mesmo acabando bem. Um dia destes almoçamos juntos e vamos continuar a contar estórias sobre o Xime e os meninos da guerra que às vezes até conseguiam ser felizes.

segunda-feira, 9 de maio de 2005

Guiné 63/74 - P15: No Xime também havia crianças felizes (1)

1. Recebi na sexta-feira passada, dia 6 de Maio, uma mensagem que me comoveu e que, ao mesmo tempo, me deixou orgulhoso enquanto tuga. Passo a transcrevê-la:

"Dr. Luís Graça

"Descupe-me roubar o seu precioso tempo, mas tomei a liberdade de lhe enviar este e-mail, porque estive a ler o seu blogue e vi que você cumpriu o serviço militar na minha terra, Xime, e logo nas companhias que marcaram a minha infância, CART 2715 e CART 3494. Isso porque há alguém que me ficou na memória para sempre por ter sido meu professor na única escola que lá havia, a PEM (Posto Escolar Militar) nº 14, e de nos ter feito crianças felizes. Essa pessoa é de Viana de Castelo, era furriel [miliciano]enfermeiro, de nome José Luís Carcalhinho da Ponte.

Gostava de falar mais consigo, caso tenha tempo e disponibilidade para me aturar.
Os meus cumprimentos, José Carlos Mussá Biai."

2. Eis a minha resposta, com data de hoje:

"José Carlos: Só hoje de manhã li a sua mensagem. Deixe-me confessar-lhe que me comoveu mas ao mesmo tempo também me deixou uma pontinha de orgulho. Você não é dos guinéus que diabolizam os tugas (o termo depreciativo que, como deve estar lembrado, era utilizado pelos guineenses, em geral, para se referirem aos portugueses que ocupavam a vossa terra). Penso que esse tempo, em que as coisas eram vistas a branco e preto, já passou. O tempo dos ressentimentos já passou. A histórias e as estórias são sempre muito mais compridas e complicadas do que o tempo que a gente tem para as escrever e contar… Além disso, o meu país e o meu povo estão reconciliados um com o outro, e também com a Guiné e com os guineenses, os quais de resto continuam a ter um lugar especial no nosso coração de tugas.

"Dito isto, eu fico muito orgulhoso por saber que você era um menino do Xime, no meu tempo de furriel miliciano da CCAÇ 12 (Maio de 1969-Março de 1971), e que foi um outro furriel miliciano, enfermeiro, José Luís Carcalhinho da Ponte, tuga, minhoto de Viana do Castelo, que o ajudou a aprender a língua de Camões, e que fez de si uma criança feliz. De si e de outras crianças do Xime. A sua mensagem revela uma grande sensibilidade humana, além da gratidão por um homem que, nas horas vagas da guerra, ensinava os meninos da Guiné.

"Claro que eu terei tempo e muito gosto em falar consigo, e daí deixar-lhe os meus contactos. O mais simples é indicar-me o seu número de telefone. Procurei contactá-lo rapidamente. E, se mo permitir, vou pôr o seu nome e o seu endereço de e-mail na minha lista de contactos de pessoas que, por uma razão ou outra, estão ligadas ao triângulo Xime-Bambadinca-Xitole no tempo da guerra colonial. Veja a minha página sobre os Subsídios para a História da Gerra Clonial> Guiné.

"Devo esclarecê-lo que eu não pertenci à CART 2715 nem à CART 3494. Sou mais velho do que os elementos destas companhias. Mas metade da minha comissão passei-o em contacto frequente com a CART 2715 que estava sedeada no Xime. Os camaradas da CART 3494 (que chegou ao Xime por volta de Janeiro de 1972) já não os conheci, mas eles continuaram a trabalhar com a CCAÇ 12 (que era formada por praças africanas, oriundas do chão fula, e em especial dos regulados de Xime, Corubal, Badora e Cossé; todos eles eram fulas ou futafulas, à excepção de um mancanhe, que era natural de Bissau; havia ainda dois mandingas).

"Vou pô-lo em contacto com duas pessoas desse tempo:

(i) o Sousa de Castro (o ex-1º cabo radiotelegrafista Castro, que pertencia à CART 3494, e que curiosamente também é natural de Viana do Castelo, ou vive e trabalha lá);

(ii) o David J. Guimarães, ex-furriel miliciano da CART 2716, aquartelada no Xitole, e do mesmo batalhão da CART 2715, o BART 2917). O seu professor primário, José Luís Carcalhinho da Ponte, deve ter pertencido à CART 2715 ou à CART 3494 (que, por sua vez, estava integrada no BART 3873).

"Presumo que o José Carlos queira encontrar, contactar ou obter o contacto do seu mestre de escola. Talvez estes dois nossos amigos o possam ajudar. Eu, pessoalmente, não conheço nem me lembro desse furriel miliciano enfermeiro. Um ciber-abraço. LG."

3. Fiquei hoje a saber, pelo endereço de e-mail e por uma pesquisa rápida na Net, que o José Carlos Mussa Biai trabalha no Intituto Geográfico Português e é co-autor de um ou mais trabalhos de investigação na área de engenharia florestal onde se formou, relacionados com o seu país de origem.

sexta-feira, 6 de maio de 2005

Guiné 63/74 - P14: A malta do triângulo Xime-Bambadinca-Xitole (3) (Humberto Reis)

6 de Maio de 2005:

Luís:

Cá estamos nós sempre a falar da Guiné. Quer queiramos quer não, sempre foram quase dois anos das nossas vidas que lá ficaram.

Para tua actualização e correcção do mapa [do Sector L1] aqui vão as distâncias a partir de Bambadinca, que foram medidas em cima dos 73 mapas à escala 1/50000 que eu tenho de toda a Guiné, e que me custaram em 1994 e 1995, [a módica quantia de] 33 000$00 (só os malucos é que gastavam este dinheiro nisto).

Será que aquela terra, e aquela gente, merece isto? Em 1996 embarquei para a, agora, Guiné-Bissau, exactamente no dia em que fazia 25 anos da nossa partida de lá, 17 de Março [de 1971], tendo cobrado de honorários do Projecto que lá fui tratar... ZERO ESCUDOS + IVA. E ainda gastei uma semana das minhas férias. Volto a interrogar-me: aquela terra e aquela gente merecem ?

Vamos aos factos que aqui nos trazem aqui, as distâncias.

Desde Bambadinca...

à ponte do rio Undunduma > 4 Km
a Amedalai > 6 Km
à Ponte Coli > 7 Km
ao Xime > 11 Km
a Bafatá > 30 Km
a Samba Juli > 6 Km
a Mansambo > 18 Km
à Ponte dos Fulas (rio Pulon) > 33 Km
ao Xitole > 35 Km
ao Saltinho > 55 Km

Tenho lido, e relido, aqueles apontamentos que me enviaste do David Guimarães.

Cá vai um abraço.
Humberto

quinta-feira, 5 de maio de 2005

Guiné 63/74 - P13: A malta do triângulo Xime-Bambadinca-Xitole (2) Sousa de Castro / Luís Graça)

2 de Maio de 2005

Castro:

Recebi os 4 DVD. Estou a passá-los no meu computador portátil. Já vi os quatro por alto, parecem-me estar em boas condições de som e imagem. Estou muito emocionado ao visioná-los. Só falta sentir o cheiro da terra e da chuva. Mas aquele sorriso aberto dos guinéus é inconfundível. Estou-te muito grato pelo teu gesto, que é de amigo e camarada. Espero poder retribuir-te.

Já agora: quem é o autor do vídeo ? Isto é trabalho de profissional. E é um documento notável que deveria poder chegar ao conhecimento de todos os camaradas que andaram por todos estes sítios… Pelo sotaque, é tudo malta do norte, não é ? Vou continuar a ver os vídeos. Depois falamos mais. L.G.

3 de Maio de 2005:

Luís:

De facto parece trabalho de profissional. É um trabalho notável. O que acontece é que, se reparares, de vez em quando aparece um rapaz mais novo, é filho de um deles(que eu não conheço). Aproveitou essa viagem para fazer um trabalho para apresentar no curso de jornalismo.

A malta é essencialmente do Minho, do Norte, à excepção do que é mais alto. Esse é algarvio, foi furriel de TRMS. Estão aí ex-combatentes talvez mais velhos e da mesma idade que nós. No Xime o homem que está a falar é da minha companhia. Todos os outros, creio que são mais velhos do que eu. Como podes reparar, apesar de não nos conhecermos pessoalmente, é um prazer enorme para mim poder partilhar um documento sobre uma terra que nos tocou profundamente. Tenho facilitado cópias a várias pessoas que me parecem mostrar interesse por estas coisas. Dentro de pouco tempo o Guimarães irá receber uma cópia dos DVD.


3 de Maio de 2005:

Castro:

Cinco estrelas! Já vi os DVD que me mandaste. São seis horas de filme! De facto, percebi logo que era malta do Norte pelo à vontade, pela postura e pelo sotaque…Também percebi que era o filho de um deles o operador o vídeo, o filho do Albano Cardoso, um tipo que esteve em Guidage (e que gostava de fazer fotografia).

O teu camarada da CART 3494 que esteve no Xime é fácil de identificar, é um careca, de nome Lúcio, ex-bazuqueiro. Ele mostra, no filme, os restos do quartel, e é reconhecido por pessoas do vosso tempo, incluindo uma lavadeira…

Foi tocante para mim reviver a Guiné, com as belas imagem e a excelente banda sonora dos filmes.. Foi também a ocasião para conhecer o norte e o sul da Guiné, aonde nunca tive a oportunidade de ir…

O grupo é curioso porque inclui malta que esteve em todo o sítio, norte, leste e sul, e de diferentes anos (há um que esteve em Bafatá, logo no princípio da guerra). É comovente ver como os guinéus mantêm o cemitério dos tugas, caiado, impecável…

Reconheci, em Mansambo, um antigo soldado nosso, da CCAÇ 12, o Cherno, hoje com 17 filhos… Também reconheci as nossas instalações em Bambadinca… Gostei de recordar Bafatá, que está a precisar de ser reconstruída… Do Xitole, tenho menos recordações, uma vez que nunca lá vivi, ia lá só em colunas logísticas… Mas há também interessantes apontamentos para perceber a realidade de hoje…

Gostava de contactar o filho do Albano Cardoso (o tal de Guidage), e que hoje deve ser jornalista, não ? Talvez o Lúcio saiba alguma coisa dele…

Bem hajas! Um dia destes telefono-te. L.G.

5 de Maio de 2005:


Guimarães: Obrigado pelas tuas fotos da viagem à Guiné em 2001. Consegui abri-las todas, excepto a do Restaurante Lusófono, com o vosso grupo (tu, o enfermeiro, o Dr. Vilar e a família). É, de facto, um regalo para a vista… O puto que está contigo, no baga-baga, é filho do Vilar ?

Também já me tinham dito que as bolanhas na Guiné se estão a degradar e a salinizar e que muitas delas deram origem a plantações de caju… No nosso tempo, ainda havia, apesar da guerra, belas plantações de arroz, quer nas zonas controladas pelas NT quer nas regiões sob controlo do PAIGC (por exemplo, no Poindon…).

Não era por acaso que o Amílcar Cabral era engenheiro agrónomo. Sabias que antes da guerra a Guiné exportava arroz ? Era a base da alimentação das populações locais. Os meus soldados, que eram desarranchados, compravam um a dois sacos de arroz por mês. O pré de um soldado de 2ª classe era de 600 pesos. Tinham mais 24 pesos por dia (se não me engano), por serem desarranchados. Com 1200/1300 pesos (1 peso=1 escudo), compravam dois sacos de arroz (de 50 quilos, creio)… Todos eles eram casados, com uma ou mais bajudas…

É giro, no 3º DVD que o Castro me mandou (e que remonta a Novembro de 2000), reconheci em Mansambo um soldado da CCAÇ 12, Cherno Baldé, apontador de diligrama…Foi o Lúcio, bazuqueiro da companhia do Xime, colega do Castro, quem o reconheceu… Filmaram a casota dele e os filhos: duas mulheres, e 17 filhos, nem mais!... Como no tempo dos nossos avós! Alguém, por graça, lhe deu uma camisinha

Tenho pena deste povo, que a assim não vai a lado nenhum… No entanto, não detectei no filme sinais aparentes de fome, o que já é bom… Mas a Guiné continua uma alta taxa de mortalidade infantil: creio que morrem 145 crianças em cada 1000, antes de atingirem um ano… Como estás na Segurança Social, talvez te interesse um a tese de mestrado que foi feita, em 1999, numa escola de saúde pública como a minha, mas no Rio de Janeiro. O autor é guineense, é o actual Director Geral de Saúde, Tomé Cá.

A tese, pelo que eu li muito por alto, parece-me interessante e metodologicamente correcta. O autor mostra um bom domínio do campo da epidemiologia e da estatística. Faz a análise de dados da mortalidade infantil no período de 1990-1995, desagregados por grupos étnicos (os principais da Guiné-Bissau: balantas, fulas, mandingas, manjacos, papéis…). Chamou-me a atenção sobretudo a variável etnológica: os diferentes grupos étnicos da Guiné-Bissau (que são mais de 30) têm diferentes atitudes, comportamentos, valores, representações da saúde/doença… Os dados daqui a uns tempos só terão interesse histórico. Não vou aqui discutir as limitações da base de dados em que o autor se apoiou. Mas ele também fez trabalho de campo, através de inquérito por questionário de saúde. Este tipo de trabalhos merecem ser divulgados. Sopbretudo por aqueles de nós que têm uma especial ligação à terra onde conhecemos o céu e o inferno, a guerra e a paz, a estação das chuvas e a estação seca, a savana arbustiva e floresta tropical... Os guinéus são um povo amável e hospitaleiro que bem merece todo o nossoa apoio e amizade. É tocante como, por exemplo, em Bambadinca, no 3º DVD, eles falam connosco, sem ressentimentos do passado, e ao mesmo tempo com esperança. São jovens militares, pertencentes ao exército da Guiné-Bissau, que não conheceram a guerra colonial, e que estão a falar com os tugas, seus irmons, ex-combatentes da guerra colonial... Trinta e tal anos depois!

Tomé Cá (1991) -

Determinantes das diferenças de mortalidade infantil entre as etnias da Guiné-Bissau, 1990-1995
.
Tese de mestrado em saúde pública.
Rio de Janeiro: ENSP. 1991. 93 pp.
_______

O filme, realizado em Novembro de 2000, por ocasião de uma viagem de 16 dias à Guiné, em dois jipes, foi feita por um grupo de dez ex-combatentes, quase todos do Norte. O Sousa de Castro teve a gentileza de me facultar uma cópia para uso pessoal. Estou profundamente reconhecido ao autor do vídeo e aos companheiros desta inesquecível viagem de regresso à Guiné. Aqui fica a sequência das filmagens:

1º DVD: Introdução, Viagem para a Guiné, Cidade de Bissau, Hospital militar e arredores; Interior da Guiné: Cumuré, Jugudul, Xime.

2º DVD: Xime, Mansambo, Quebo (antiga Aldeia Formosa), Fonte Balana, Chamarra, Buba (Aldeia Turística), Destacamento de Buba, De norte para sul.

3º DVD: Guidage, Binta, Farim, Jumbembem, Canjambri, Fajonquito; Zona leste: Bafatá, Bambadinca, Xitole; a sul da Guiné: Empada, Chugué, a caminho de Bedanda;

4º DVD: A caminho de Bedanda, Cacine, Gadamael Porto, Cobumba, Catió, Saltinho (A tabanca), Bissau.