Lisboa > Anfiteatro do Museu da Farmácia > 11 de Novembro de 2008 > Cerimónia de lançamento do livro Diário da Guiné: 1969-1970: O Tigre Vadio, da autoria do nosso camarada Mário Beja Santos (Lisboa: Círculo de Leitores, e Temas & Debates, 2008, 440 pp.).
Sequência de fotos relativa à actuação do mestre guineense, mandinga do Gabu, a viver em Portugal desde 1998, Braima Galissá, tocador de corá, e cantor (djidiu).
Fotos (e legenda): © Luís Graça (2008). Todos os .direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Já em tempos transmiti ao Mário Beja Santos o meu desejo de ver o José Braima Galissá, o mestre Galissá, integrado na nossa Tabanca Grande, de pleno direito, por ele e por tudo o que ele tem feito:
(i) o que ele tem feito por esse maravilhoso instrumento que é o corá (do mandinga Kora, em português, corá, em crioulo, korá);
(ii) pela sua própria história de vida, filho, neto, bisneto, de músicos do Gabu;
(iii) pelo desenvolvimento e divulgação da música guineense, de origem afro-mandinga,
(iv) pela sua terra, Guiné-Bissau, que ele muito ama;
(v) pelo estreitamento das relações luso-guineenses,
(vi) pela nossa lusofonia:
(vii) pela multiculturalidade e pelo seu ensino (nas escolas portuguesas);
e enfim, (vi) por todos nós, amigos e camaradas da Guiné...
14 de junho de 2013 > Guiné 63/74 - P11705: Notas de leitura (491): Atlas dos Instrumentos Tradicionais da Guiné-Bissau (Mário Beja Santos)
Notas do editor:
(*) Último poste da série > 30 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16656: Tabanca Grande (497): José Peixoto, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista da CCAÇ 3545/BCAÇ 3883 (Canquelifá, 1972/74), nosso 731.º Grã-Tabanqueiro
(**) Vd. poste de 14 de março de 2013 > Guiné 63/74 - P11251: Antropologia (22): O corá: Elementos essenciais para a sua compreensão (Braima Galissá / Mário Beja Santos)
(***) ..Vd. poste de 28 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12646: Tabanca Grande (422): Mamadu Baio, nosso grã-tabanqueiro nº 642, músico de Tabatô, fundador dos Super Camarimba, casado com uma portuguesa... Vai estar amanhã, às 18h30, em concerto a solo, na Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella, Estrada de Benfica, Lisboa... Entrada livre.
Fotos (e legenda): © Luís Graça (2008). Todos os .direitos reservados. [Edição: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]
1. Já em tempos transmiti ao Mário Beja Santos o meu desejo de ver o José Braima Galissá, o mestre Galissá, integrado na nossa Tabanca Grande, de pleno direito, por ele e por tudo o que ele tem feito:
(i) o que ele tem feito por esse maravilhoso instrumento que é o corá (do mandinga Kora, em português, corá, em crioulo, korá);
(ii) pela sua própria história de vida, filho, neto, bisneto, de músicos do Gabu;
(iii) pelo desenvolvimento e divulgação da música guineense, de origem afro-mandinga,
(iv) pela sua terra, Guiné-Bissau, que ele muito ama;
(v) pelo estreitamento das relações luso-guineenses,
(vi) pela nossa lusofonia:
(vii) pela multiculturalidade e pelo seu ensino (nas escolas portuguesas);
e enfim, (vi) por todos nós, amigos e camaradas da Guiné...
O J. Braima Galissá já vive em Portugal quase há duas décadas, nasceu em 1964 no Gabu e foi obrigado a fugir da sua terra com guerra civil em 1998... Vive modestamente em Lisboa, nas Olaias, dá também aulas em várias escolas, a filhos de emigrantes, incluindo guineenses. Tem feito vários espectáculos, tem uma gente artístico mas não me parece que possa viver só da música.Sei, pela conversa telefónica que tive com ele, que aguarda a atribuição da nacionalidade portuguesa que já requereu, e que se habilitou também a uma casa de habitação social em Lisboa.
Tem uma página pessoal no Facebook. Tem a sua banda. Tem um filho que também é tocador de corá, o mais velho, o Nico Galissá (além de informático)...É casado, tem uma esposa e 4 filhos (2 meninas), é muçulmano. A esposa e os filhos mais novos vivem em Bissau.
Gostaria um dia de o poder levar a um dos encontros da nossa Tabanca Grande... Em conversa com ele ao telefone, falei-lhe desta proposta de o integrar na nossa Tabanca Grande, proposta,que ele aceitou, sentindo-se honrado com a ideia que agora, finalmente, se concretiza.
O Braima Galissá será o membro nº 732 da Tabanca Grande (*). Tem já 15 referências no nosso blogue.
Sobre o corá, vd. aqui os postes de
Tem uma página pessoal no Facebook. Tem a sua banda. Tem um filho que também é tocador de corá, o mais velho, o Nico Galissá (além de informático)...É casado, tem uma esposa e 4 filhos (2 meninas), é muçulmano. A esposa e os filhos mais novos vivem em Bissau.
Gostaria um dia de o poder levar a um dos encontros da nossa Tabanca Grande... Em conversa com ele ao telefone, falei-lhe desta proposta de o integrar na nossa Tabanca Grande, proposta,que ele aceitou, sentindo-se honrado com a ideia que agora, finalmente, se concretiza.
O Braima Galissá será o membro nº 732 da Tabanca Grande (*). Tem já 15 referências no nosso blogue.
2. Comentário meu, adaptado do poste P11251 (**), seguido de um comentário do Braima Galissá a que eu nunca cheguei a responder na altura...
Mário:
Obrigado pela tua colaboração neste folheto de divulgação de um instrumento (o corá), de uma arte (a música afro-mandinga) e de um artista (o Braima Galissá) de que eu sou fã tal como tu...
Quero que transmitas ao Braima o meu/nosso desejo de o ver integrado de pleno direito no nosso blogue e na nossa Tabanca Grande. Queria que ele fosse mosso grã-tabanqueiro e se sentasse aqui, connosco, camaradas e amigos da Guiné, sob o nosso poilão frondoso, mágico, fraterno...
Ele é um artista e um pedagogo da música que já não precisa da nossa "muleta", para conseguir visibilidade e reconhecimento... Mesmo assim o nosso blogue é uma ponte entre margens de vários rios...
Ele é um "combatente" da cultura e eu concordo contigo, que temos que fazer mais e melhor no apoio aos artistas (músicos, cantores. escultores. artesãos, poetas, escritores...) da nossa querida Guiné, alguns dos quais a viver em Portugal na diáspora (falando de músicos, além do Braima, o Kimi Djabaté,o Mamadu Baio, o Manecas Costa... (daqueles que eu conheço, e que são gente talentosa e generosa). Há, felizmenyte, muitos outros artistas guineenses, que vivem em Portugal, ou vêm cá com regularidade. O nosso blogue está aberto para, generosa e ativamente, apoio o seu a trabalho.
Já aqui apresentei, em tempos, em 28/1/2014 (***), o novo grã-tabanqueiro, o guineense Mamadu Baio, da tabanca de Tabató, líder dos Super Camarimba (e que o meu filho, João Graça, conheceu em dezembro de 2009). Casado com uma portuguesa, foi pai de um linda menina. Trabalha também como segurança, já que a música ainda não pode ser o seu ganha-pão exclusivo.
3. Comentário do Braima Galissá com data de 15 de março de 2013, 10h44
Olá, sr. Luís Graça:
Como vão as atividades ? Tudo bem consigo ? Espero que sim, que esteja tudo bem consigo.
Por outro lado, quero perguntar ao sr. Luís se já esteve na Guiné, e em que zona da Guiné-Bissau. Era só isto. Porque costuma chamar ou dizer camarada, e por isso me parece que esteve em África. Obrigado, camarada.
Braima Galissá
4. Resenha biográfica
(...) José Braima Galissá, professor e mestre griot [cantor ambulante, djidiu] de corá, instrumento africano de 22 cordas, nasceu na Guiné-Bissau em 1964 no seio de uma família de griots da cultura Mandinga, que tocam corá há mais de 600 anos.
Começou a aprender o Kora, em meados de 1970, pela mão do seu pai. Hoje é considerado um dos melhores músicos representantes da cultura Mandinga, pelas suas excelentes qualidades de exímio tocador de corá.
Foi responsável e compositor do Ballet Nacional da Guiné-Bissau e professor de corá na Escola Nacional de Música José Carlos Schwarz durante 11 anos.
Mário:
Obrigado pela tua colaboração neste folheto de divulgação de um instrumento (o corá), de uma arte (a música afro-mandinga) e de um artista (o Braima Galissá) de que eu sou fã tal como tu...
Quero que transmitas ao Braima o meu/nosso desejo de o ver integrado de pleno direito no nosso blogue e na nossa Tabanca Grande. Queria que ele fosse mosso grã-tabanqueiro e se sentasse aqui, connosco, camaradas e amigos da Guiné, sob o nosso poilão frondoso, mágico, fraterno...
Ele é um artista e um pedagogo da música que já não precisa da nossa "muleta", para conseguir visibilidade e reconhecimento... Mesmo assim o nosso blogue é uma ponte entre margens de vários rios...
Ele é um "combatente" da cultura e eu concordo contigo, que temos que fazer mais e melhor no apoio aos artistas (músicos, cantores. escultores. artesãos, poetas, escritores...) da nossa querida Guiné, alguns dos quais a viver em Portugal na diáspora (falando de músicos, além do Braima, o Kimi Djabaté,o Mamadu Baio, o Manecas Costa... (daqueles que eu conheço, e que são gente talentosa e generosa). Há, felizmenyte, muitos outros artistas guineenses, que vivem em Portugal, ou vêm cá com regularidade. O nosso blogue está aberto para, generosa e ativamente, apoio o seu a trabalho.
Já aqui apresentei, em tempos, em 28/1/2014 (***), o novo grã-tabanqueiro, o guineense Mamadu Baio, da tabanca de Tabató, líder dos Super Camarimba (e que o meu filho, João Graça, conheceu em dezembro de 2009). Casado com uma portuguesa, foi pai de um linda menina. Trabalha também como segurança, já que a música ainda não pode ser o seu ganha-pão exclusivo.
O Braima Galissá convive já connosco há vários anos, desde pelo menos o lançamento do teu livro, o "Tigre Vadio", em 11/112008, no Museu da Farmácia (foi nessa altura que o conheci, pessoalmente). Depois disso já nos temos encontrado por aí em diversos eventos culturais.
Lembro-me, por exemplo,de o ter encontrado em Lisboa, no Festival Todos - Caminhada de Culturas, 11 de Setembro de 2011... Mais exatamente no Arquivo Municipal de Lisboa - Núcleo Fotográfico, Exposição Todos... Tirei-lhe uma foto com a Alice... Modestíssimo, lá estava ele, o mestre Galissá, natural do Gabu, o grande tocador de corá da Guiné-Bissau... Fomos encontrá-lo, nesta exposição, a tocar corá... Divinalmente, como só ele sabe fazer... Falou-me da sua banda, e da sua colaboração também com a banda do Kimi Djabaté... Dei-lhe um abraço dos seus amigos, da Tabanca Grande.
Lembro-me, por exemplo,de o ter encontrado em Lisboa, no Festival Todos - Caminhada de Culturas, 11 de Setembro de 2011... Mais exatamente no Arquivo Municipal de Lisboa - Núcleo Fotográfico, Exposição Todos... Tirei-lhe uma foto com a Alice... Modestíssimo, lá estava ele, o mestre Galissá, natural do Gabu, o grande tocador de corá da Guiné-Bissau... Fomos encontrá-lo, nesta exposição, a tocar corá... Divinalmente, como só ele sabe fazer... Falou-me da sua banda, e da sua colaboração também com a banda do Kimi Djabaté... Dei-lhe um abraço dos seus amigos, da Tabanca Grande.
Ele é, afinal, um grande embaixador da cultura da Guiné. E tu, Mário, como amigo dele, vais ser o seu padrinho na Tabanca Grande, peço-te que escrevas sobre ele duas linhas de apresentação, para completar o que aqui fica dito e escrito...
Um abração. LG
Um abração. LG
Olá, sr. Luís Graça:
Como vão as atividades ? Tudo bem consigo ? Espero que sim, que esteja tudo bem consigo.
Por outro lado, quero perguntar ao sr. Luís se já esteve na Guiné, e em que zona da Guiné-Bissau. Era só isto. Porque costuma chamar ou dizer camarada, e por isso me parece que esteve em África. Obrigado, camarada.
Braima Galissá
4. Resenha biográfica
(...) José Braima Galissá, professor e mestre griot [cantor ambulante, djidiu] de corá, instrumento africano de 22 cordas, nasceu na Guiné-Bissau em 1964 no seio de uma família de griots da cultura Mandinga, que tocam corá há mais de 600 anos.
Começou a aprender o Kora, em meados de 1970, pela mão do seu pai. Hoje é considerado um dos melhores músicos representantes da cultura Mandinga, pelas suas excelentes qualidades de exímio tocador de corá.
Foi responsável e compositor do Ballet Nacional da Guiné-Bissau e professor de corá na Escola Nacional de Música José Carlos Schwarz durante 11 anos.
Reside em Lisboa desde de 1998, onde desenvolve o projecto Bela Nafa.(...)
Fonte: Adapt de Braima Galissá > Biografia
Sobre o corá, vd. aqui os postes de
14 de março de 2013 > Guiné 63/74 - P11251: Antropologia (22): O corá: Elementos essenciais para a sua compreensão (Braima Galissá / Mário Beja Santos)
__________________
(*) Último poste da série > 30 de outubro de 2016 > Guiné 63/74 - P16656: Tabanca Grande (497): José Peixoto, ex-1.º Cabo Radiotelegrafista da CCAÇ 3545/BCAÇ 3883 (Canquelifá, 1972/74), nosso 731.º Grã-Tabanqueiro
(**) Vd. poste de 14 de março de 2013 > Guiné 63/74 - P11251: Antropologia (22): O corá: Elementos essenciais para a sua compreensão (Braima Galissá / Mário Beja Santos)
(***) ..Vd. poste de 28 de janeiro de 2014 > Guiné 63/74 - P12646: Tabanca Grande (422): Mamadu Baio, nosso grã-tabanqueiro nº 642, músico de Tabatô, fundador dos Super Camarimba, casado com uma portuguesa... Vai estar amanhã, às 18h30, em concerto a solo, na Biblioteca-Museu República e Resistência / Espaço Grandella, Estrada de Benfica, Lisboa... Entrada livre.