sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Guiné 63/74 - P15655: Álbum fotográfico de António José Pereira da Costa, Coronel de Art.ª Ref (ex-Alferes de Art.ª na CART 1692; ex-Capitão de Art.ª e CMDT das CART 3494 e CART 3567 (1): BAA 3434, dispositivos para iluminação do campo de batalha e Cumeré

1. Mensagem do nosso camarada António José Pereira da Costa, Coronel de Art.ª Ref (ex-Alferes de Art.ª na CART 1692/BART 1914, Cacine, 1968/69; ex-Capitão de Art.ª e CMDT das CART 3494/BART 3873, Xime e Mansambo, e CART 3567, Mansabá, 1972/74), com data de 10 de Janeiro de 2016, com as primeiras fotos para o seu Álbum fotográfico:

Olá Camaradas
É minha intenção enviar todas as minhas fotos da Guiné. Vou enviá-las por assuntos:
Segue o primeiro - a Btr AA 3434 que defendia heroicamente (digo eu) a Base Aérea 12 contra ataques aéreos e terrestres como aconteceu por duas vezes que me recorde.
Depois do guião e do emblema de peito um portefólio feito numa noite de exercício de defesa Anti-Aérea.
O Malogrado TCor Brito voava num T-6 e largou um ou dois flares - dispositivos para iluminação do campo de batalha) que ficavam a pairar à vertical da base e os artilheiros, PUMBA! Fogo neles.
E até acertaram... Era incipiente, mas era o que se podia arranjar. A defesa AA da Base tinha muitas limitações, como já se disse, mas se houvesse tempo era possível pôr tiros no ar que é o que faziam todas as AA da II GM que utilizavam os materiais de que dispúnhamos. O resto era rezar e esperar que Deus fosse português (e do Benfica de preferência...). Caso contrário poderia ser uma tragédia.
Seguem duas fotos do Cumeré, em MAI71. Ainda não estava completamente acabado, mas já fazia serviço e "embrulhou" na noite de 9 para 10UN71, quando foram atacados todos os quartéis à volta de Bissau e ao mesmo tempo 6 foguetões de 122 mm caíam à beira do "Pelicano" um restaurante bem agradável de que todos nos lembramos.
Voltarei à antena com mais fotos.

Um Ab.
António J. P. Costa



 





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Guiné 63/74 - P15654: Memória dos lugares (331): Procissão do Corpo de Deus em Bissau no ano de 1967 (José António Viegas)

1. Mensagem do nosso camarada José António Viegas (ex-Fur Mil Art do Pel Caç Nat 54, Enxalé e Ilha das Galinhas, 1966/68), com data de 11 de Janeiro de 2016:

Caro Carlos Vinhal
Depois de um interregno em virtude de mudanças na minha vida, deixei de morar em Loulé e moro agora em Olhão, vim fazer companhia ao nosso camarada Henrique Matos.
Dia 30, Dia de Corpo de Deus, lembrei-me dessas fotos a vida na Guiné, que não era só guerra, retratando a procissão descendo a avenida.
Assim que tiver mais tempo vou preparar outras fotos e histórias da Guiné.

Um grande abraço
Viegas



 Bissau, 25 de Maio de 1967 - Procissão do Corpo de Deus
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Nota do editor

Último poste da série de 12 de janeiro de 2016 Guiné 63/74 - P15609: Memória dos lugares (330): A aldeia de Brunhoso é uma importante produtora de cortiça (Francisco Baptista, ex-Alf Mil da CCAÇ 2616 e CART 2732)

Guiné 63/74 - P15653: Convívios (724): o primeiro almoço convívio do ano da Tabanca da Linha: Hotel Riviera, Carcavelos, 21/1/2016 - Parte I: Texto de José Manuel Matos Dinis e fotos de Manuel Resende


Foto nº 1 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 > Aspeto geral da sala


Foto nº 2 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 > Aspeto parciak da sala (1)


Foto nº 3 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 > Aspeto parciak da sala (2)


Foto nº 4 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 > O "comandante" Jorge Rosales e a esposa.


Foto nº 5 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 > O "ajudante de campo" Zé Manel Dinis e a Teresa. (Em segundo plano, de pé, o João Sacôto)


Foto nº 6 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 >  Zé Carioca e esposa.


Foto nº 7 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 >  Manuel Lema Santos e esposa.


Foto nº 8 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 >  João Sacôto  e esposa.


Foto nº 9 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 >  Mário Fitas, outro fundador da Tabanca da Linha, e esposa. Helena.


Foto nº 10 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 >  Hugo Moura Ferreira e o seu amigo guineense Braima Baldé.


Foto nº 11 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 > Da direita para a esquerda, António Martins de Matos e Juvenal Amado.


Foto nº 12 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 > José Rodrigues e esposa.


Foto nº 13 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 > A Gina, o António [Fernando] Marques e o Hélder Sousa [, nosso colaborador permanente].


Foto nº 14 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 > Marcelino da Mata e António Graça de Abreu.


Foto nº 15 > Tabanca da Linha > Carcavelos > Hotel Riviera > 21 de janeiro de 2016 > Sobremesas...


1. A competente reportagem do último almoço-comvívio da Magnífica Tabanca da Linha: José Manuel Matos Dinis (texto) e Manuel Resende (fotos):

Karíssimos,

Realizou-se hoje o último encontro da Magnífica Tabanca da Linha, e igualmente o primeiro do ano corrente de 2016 que vos desejamos corra muito bem, pleno de alegrias e realizações pessoais e colectivas.

Teve a particularidade de inaugurar uma nova série, a de Carcavelos, e ocorreu no Hotel Riviera. Em sala razoável, bem amesentada, com brilhantes copos de vinho, e quase inúteis copos de água, constatou-se o elevado grau de civismo dos tertulianos, que limitaram as misturas ao mínimo necessário. Vi um, que nem ao translucido líquido recorreu para tomar um comprimido. Já não há gente desta índole!

Também se constatou o elevado número de presenças, e bateram-se os recordes anteriores, tanto em masculinos, como em femininos. 68 na totalidade, quase uma Companhia em finais de comissão. Muito me apraz registar o ingresso de alguns jovens que revelaram excelente capacidade de integração, o que corrobora a ideia de que na Magnífica se respiram bons ares.

Tratou-se de um almoço "buffet", conforme noticiado pelas vias oficiais, as únicas fidedignas, e as mesas apresentaram-se sempre com alimentos apetecíveis, dos preliminares, aos finalmentes. Talvez se pudesse melhorar esta questão, se houvesse outra mesa de apoio, e o acesso passaria a acontecer por duas filas em lugares opostos da sala, com vista a torná-lo mais fluente, e que todos terminassem o auto-serviço em tempos mais aproximados. Houve, de facto essa "decalage", mas nada que perturbasse irremediavelmente o rumo dos acontecimentos, ou provocasse o desânimo perante o atraso do golpe.

Sopa, saladas, pastéis, o peixe e acompanhamentos, mai-las sobremesas, foram em doses suficientes, apesar da salada de cogumelos ter antecipado a finitude para alguns dos mastigantes. As notícias foram de agrado pela variedade palatal, e pelos convívios estimulados pela distribuição de 8 lugares por mesa. E ninguém se magoou. O serviço de apoio nos vinhos decorreu muito bem, com simpáticos funcionários atentos ou solícitos.

Cantaram-se os parabéns ao José Carioca, um dos fundadores, porque merecidamente completa hoje mais um ano de andança. De novo o felicito, com votos de longa vida, plena de alegrias. O Senhor Comandante também manifestou grande regozijo pela interpretação do cântico alusivo, que ele cada vez aprecia mais. Mandou-me registar essa satisfação.

Mataram-se saudades, e desejamos expressar que o trabalho que nos dá o Senhor Comandante Rosales, é sempre desenvolvido com alegria e determinação, sobretudo o que compete ao nosso director informático. Com mais ou menos resinguice cá vou desenvolvendo as tarefas da minha competência, e perante as dificuldades correntes, já não alimento a esperança da reforma para os próximos anos. Haja fé!

Desculpem a pressa com que cumpro a obrigação de noticiar o acontecimento do dia, mas amanhã vou alentejanar, e ainda devo preparar o saco para a campanha. Lembro-vos que a terceira idade é para nos divertirmos, pela simples razão de ser a última. Abraços fraternos.

JD
Amanuense a aguardar promoção
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Guiné 63/74 - P15652: Notas de leitura (799): “La Découverte de L'Áfrique", por Catherine Coquery (2) (Mário Beja Santos)

1. Mensagem do nosso camarada Mário Beja Santos (ex-Alf Mil, CMDT do Pel Caç Nat 52, Missirá e Bambadinca, 1968/70), com data de 7 de Abril de 2015:

Queridos amigos,
Trata-se de uma obra de divulgação sobre África: um continente desconhecido durante longos séculos, a despeito dos seus impérios; o continente passa a ser conhecido graças aos geógrafos árabes, o mundo islâmico estava em marcha, África era mais que os berberes, o ouro do Sudão, o glorioso Egipto e os cereais da Líbia; com o projeto Henriquino, a África tropical atlântica é alvo de narrativas que ainda hoje merecem a nossa atenção, pela riqueza do pormenor.
E assim chegamos aos contactos dos portugueses com o Benim, relatos que entraram na literatura e lá permanecem.
Este livrinho apareceu-me numa ofensiva numa livraria de obras em segunda mão, foi bafejado pela sorte, escrito em 1965 ainda hoje se lê com exaltado prazer.

Um abraço do
Mário


À descoberta de África, por Catherine Coquery (2)

Beja Santos

Os europeus já tinham afrontado o oceano Atlântico antes de o empreendimento henriquino em direção à costa de África. Conheciam desde a Antiguidade a rota do Norte na mira do estanho da Cornualha, e faziam a cabotagem em direção às cidades flamengas onde emergia o capitalismo. Em contrapartida, no Sul, e ao largo da costa marroquina, as tentativas foram raras e mal sucedidas: os irmãos Vivaldi, de Génova, partiram em 1291 e sonhavam alcançar o Rio de Ouro, nunca regressaram. Navegava-se, é certo, por todo o Mediterrânio, queria-se atingir o Oriente, mais do que o ouro do Sudão, cobiçavam-se as sedas, as pedras preciosas e as especiarias. O declínio do tráfico mediterrânico é também devido à extrema agressividade dos sultões Mamalucos que fizeram frente ao comércio veneziano, genovês e pisano. Enquanto se sonha com novas cruzadas, começa a circular a notícia do reino do Prestes João, um reino grandioso e cristão no coração do continente negro.

É neste contexto que Catherine Coquery questiona como é que Portugal, com os seus meios limitados e uma frota reduzida foi o primeiro a abrir o caminho para contornar o litoral africano. Vê-se que leu cuidadosamente Vitorino Magalhães Godinho. O país escapara às querelas e devastações da Guerra dos Cem Anos; ganhara identidade e tinha as suas fronteiras definidas; e havia conhecimento das expetativas europeias em alargar as áreas comerciais. Com a dinastia de Avis, o país perdera a dimensão da feudalidade, parecia um país novo, pouco afetado pela Peste Negra. Uma nova aristocracia mostrava-se impaciente por atingir o Norte de África, por desempenhar um papel relevante nas transações financeiras entre a Europa e o Oriente, dispunha de marinheiros dinâmicos, estava na vanguarda do conhecimento científico e cartográfico, graças aos árabes, aos marinheiros genoveses e catalães e aos sábios cartógrafos judeus de Maiorca, conhecia a bússola, os portulanos e fazia-se transportar num barco flexível, apropriado para navegar longe da costa e assim enfrentar os ventos alísios. A autora duvida da exclusividade do projeto henriquino, considera que esta expansão não foi obra de um só vulto mas de um grupo social e de uma época. Os portugueses revelaram-se empíricos e sistemáticos.

Entrando nos textos, a autora apresenta-nos Gomes Eanes de Azurara e a sua Crónica da Guiné, transcreve as cinco razões que incitaram o Infante D. Henrique a procurar descobrir as costas da Guiné, e relata os terrores medievais. A fronteira meridional do mundo conhecido ficava a Sul de Marrocos, ao tempo confundia-se o Cabo Bojador com o Cabo Juby, situado 150 quilómetros mais a Norte. A passagem do Cabo Bojador por Gil Eanes em 1434 foi um acontecimento capital que acelerou os descobrimentos. Pergunta-se por que é que os navios temiam este Cabo Bojador. Havia uma crença muito antiga em que quem afrontasse estas paragens corria risco de vida, aventurar-se a esta viagem era o mesmo que um suicídio. E assim se passaram 12 anos até que se dobrou o Cabo. A partir de 1434, tudo parecia mais fácil. Azurara descreve o Infante como um homem de grande autoridade, admoestava sem rispidez, exigia permanentemente aos seus colaboradores que trouxessem indícios de terra. Por exemplo, Gil Eanes não conseguiu trazer gente mas trouxe sinais da vegetação.

Dobrado o Cabo, as expedições avançaram ao longo de costas desertas onde viviam tribos nómadas até chegar à terra dos negros. Em 1445, atingiu-se a desembocadura do rio Senegal. E a autora recorre ao relato de Cadamosto, um veneziano ao serviço do rei de Portugal, ficámos a dever-lhe descrições pitorescas sobre o rio, o sistema tribal do rei de Sénega (Senegal), o fausto da corte, a poligamia, a presença do Islão e o animismo na Gâmbia, as guerras entre estes diferentes seres, é minucioso também na descrição dos costumes, no tipo de agricultura praticada, na natureza dos mercados e como os portugueses foram bem acolhidos, pondo saliva na pele dos brancos, encantados com a novidade da cor. A viagem de Cadamosto incluiu a Gâmbia e a costa da Mina, é um relato delicioso.

Os primeiros descobridores portugueses não se aventuravam para lá da costa, Azurara descreve a belicosidade dos nativos que vinham com as suas embarcações e setas envenenadas. A grande exceção foi o Benim, na atual Nigéria, um dos grandes centros da civilização das cidades Yoruba, cuja importância se extinguiu no século XVIII. O Benim estava intimamente ligado a Ifé, o importante centro de arte africano da Idade Média, com grandes artistas na estatuária, na cerâmica, no latão e no marfim. No Esmeraldo, Duarte Pacheco Pereira faz uma descrição magnificente do Benim, do Palácio Real, das muralhas e das riquezas, como o caso da pimenta negra.

Irão prosseguir os relatos sobre a Etiópia do Prestes João e a chegada ao Congo. Mas há uma referência espantosa que Catherine Coquery faz às desventuras de um mercador flamengo nas costas da Guiné, no século XV.
A primeira feitoria de escravos foi estabelecida em 1443, na baía de Arguim. No século XVI este comércio desenvolveu-se com o transporte de escravos para as ilhas da América; no século XV foram escravos para a Madeira, para as plantações de cana-de-açúcar. Foi um período de economia de troca, os mercadores levavam os produtos desejados pelos reis e traziam escravos.
Os portugueses sonharam com o privilégio exclusivo em África e obtiveram o apoio papal, assim se urdiu a prefiguração da partilha do mundo, o Tratado de Tordesilhas, sancionado pelo Papa Alexandre VI. Mas estes tratados não eram respeitados, primeiro pelo contrabando espanhol e flamengo, e mais tarde pelos ingleses e pelos franceses.
É assim que aparece Eustache de La Fosse, mercador natural de Tournai (hoje Bélgica), mercador em Bruges, aparece em Sevilha em 1479 e lança-se na aventura ao longo da Serra Leoa e na Costa de Ouro, onde foi preso pelos portugueses. Deixa-nos um relato primoroso do tráfico de escravos na região da Mina. O seu livro intitula-se Viagem à costa ocidental de África, 1479-1480. E aqui finda os relatos da descoberta de África para o período que nos interessa, mais adiante a autora falará detalhadamente do comércio francês e da presença no Senegal, Daomé e outras paragens.

Um dos grandes acontecimentos culturais que vivemos na década de 1990 foi a nossa presença na Europalia em 1991. Visitei esta exposição da Via Orientalis, o nosso caminho para o Oriente e as sucessivas permutas artísticas. A capa do catálogo mostra um saleiro da arte do Benim em marfim, pertence ao Museu de História Natural de Leiden, Países Baixos, temos aqui um português a cavalo e figuras de outros portugueses na base, é uma obra soberba.

Outra obra da arte do Benim, uma peça em latão, a figura exibe na parte inferior da indumentária cabeças esterilizadas de portugueses.

A cidade de Benim no século XVII, gravura que está Biblioteca Nacional, Paris
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Nota do editor

Último poeta da série de 18 de janeiro de 2016 Guiné 63/74 - P15632: Notas de leitura (798): “La Découverte de L'Áfrique", por Catherine Coquery (1) (Mário Beja Santos)

Guiné 63/74 - P15651: Lembrete (16): É já amanhã, dia 23, sábado, às 16h30, em Lisboa, no "Chiado Clube Literário e Bar", que o nossso camarada Juvenal Amado vai lançar o seu livro!... Diz-nos ele: ""Camaradas, não sei se a tropa fez de mim um homem, mas decerto fez-me arranjar amigos como vocês. Apareçam!"




É já amanhã, sábado, dia 23 de janeiro de 2016, que vai ser lançado o livro do nosso camarada Juvenal [Sacadura] Amado: "A tropa vai fazer de ti um homem"(Lisboa, Chiado Editira, 2015, 308 pp. | Preço de capa (papel): 15 €; ebook (edição digital): 3 €. (*)

A Chiado Editora, representada em Portugal, Brasil e Angola, é "a maior editora do mundo em língua portuguesa", com "mais de 1000 novos títulos por ano", ou sejam, 3 por dia...



1. Este é um lembrete (**) para todos aqueles nossos leitores, que podem e querem ir a esta sessão, e muito em particular os nossos amigos e camaradas da Guiné. Apareçam, estão todos convidados!.

É, além disso,  um honra termos mais um camarada (e já são muitos!) com um livro, publicado, impresso em papel, com a sua história de vida e as suas memórias.

É um livro escrito com ternura e sensibilidade poética, mas também muita garra e.  autenticidade humana. São mais de 300 páginas e mais de 80 pequenas histórias que, interligadas, constituem o percurso de um homem e de uma geração de portugueses que cedo conheceram a "picada da vida" (a infância dura, a escola autoritária, a usura física e mental do trabalho nos cmapos, nas fábricas, nos escritórios,  a tropa, a guerra, o sangue, o suor, as lágrimas, mas também as alegrias do amor, da amizade, da camaradagem)...

O livro tem uma dedicatória: "O meu amigo João Caramba que em 7 de março de 2013 se fez memória",

O autor descobriu o gosto (e a paixão) pela escrita no nosso blogue. É um colaborador ativo, atento e leal, contando já com cerca de 190 referências. Na dedicatória autografada que nos mandou, o Juvenal teve a gentileza de escrever o seguinte: "Luís, não sei se a tropa fez de mim um  homem, mas decerto fez-me arranjar amigos como tu"...

E nas páginas 9/10, ele acrescenta: "Na verdade, não escrevi para mim mas para nós (...)" E acrescentaria, "por nós, por muitos de nós!"... Enfim, deixa "um obrigado especial ao Luís Graça, pelo que representa para mim e para muitos dos ex-combatentes da Guiné, e ao Carlos Vinhal, que me apoiou e incentivou a continuar a escrever, e aos camaradas, de várias idades, latitudes, tendências, que me ajudaram  a chegar aqui e publicar estas histórias" (...).

Parabéns, camarada!... Desejo-te uma belíssima e concorrida sessão de lançamento do teu livro, porque tu mereces, nós merecemos!... (LG)






Como chegar ao Chiado Clube Literário e Bar, na  Galeria Comercial Tivoli Fórum, Av Liberdade, 180 D, Piso 1, Loja F, em Lisboa
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Notas do editor:

(*) Vd. poste de 12 de janeiro de 2016 > Guiné 63/74 - P15608: Agenda cultural (455): Sessão de lançamento do livro do Juvenal Amado, "A tropa vai fazer de ti um homem": Lisboa, Chiado Clube Literário & Bar, Av da Liberdade, sábado, 23 de janeiro, 16h30, com a presença em força da malta tabanqueira

(**) Último poste da série > 9 de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15467: Lembrete (15): Lançamento do livro "História(s) da Guiné Portuguesa", da autoria de Mário Beja Santos, com apresentação do Prof. Eduardo Costa Dias e Dr. António Duarte Silva, amanhã dia 10 de Dezembro, 5.ª feira, pelas 18 horas, no Palácio Conde de Penafiel, Rua de S. Mamede ao Caldas, n.º 21 - Lisboa

Guiné 63/74 - P15650: Parabéns a você (1022): Rogério Freire, ex-Alf Mil Art MA da CART 1525 (Guiné, 1966/67) e Virgínio Briote. ex-Alf Mil Comando, CMDT do Grupo Os Diabólicos (Guiné, 1965/67)


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Nota do editor

Último poste da série de 21 de Janeiro de 2016 Guiné 63/74 - P15645: Parabéns a você (1021): João Graça, Médico e músico, Amigo Grã-Tabanqueiro

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Guiné 63/74 - P15649: Álbum fotográfico de João Graça (12): o melhor da Guiné-Bissau são as crianças















Guiné-Bissau > 6 a 19 de dezembro de 2009 >  Uma amostra de crianças fotografadas por João Graça... É uma forma de retribuir os votos de parabéns que os amigos e camaradas da Guiné lhe mandaram hoje, dia do seu 32º aniversário... que ele passou em Londres.

Fotos: © João Graça (2009). Todos os direitos reservados [Edição e legenda: LG]


1. Seleção de fotos do álbum de João Graça, médico e músico, que esteve na Guiné-Bissau, entre 6 a 19 de Dezembro de 2009, numa jornada mix de voluntariado e de férias. Ofereceu os cinco primeiros dias (de 6 a 10 de Dezembro de 2009), para trabalhar como médico no Centro de Saúde Materno-Infantil de Iemberém, no Cantanhez, com apoio (logístico) da AD - Acção para o Desenvolvimento. Para além de Bissau e do Cantanhez, ele esteve nos Bijagós, na zona leste (Bambadinca, Bafatá, Tabatô e Gabu) e na região do Cacheu (São Domingos).

Membro da nossa Tabanca Grande, o João Graça é hoje especialista em psiquiatria e faz parte do grupo musical Melech Mechaya. Na primeira foto de cima vemos o nosso saudoso amigo Pepito (1949-2014), com a sua neta, na sua casa em Bissau.