quinta-feira, 24 de julho de 2008

Guiné 63/74 - P3090: Simpósio Internacional de Guileje: Comunicação do cubano Ulises Estrada



Guiné-Bissau > Bissau > Hotel Palace > Simpósio Internacional de Guileje > 3 de Março de 2008 > Os participantes cubanos Oscar Oramas, antigo embaixador de Cuba na Guiné-Conacri, e Ulises Estrada, antigo combatente internacionalista que integrou, como voluntário, as fileiras do PAIGC. Ambos manifestaram o seu regojizo por voltar a encontrar antigos camaradas de armas (guineenses e caboverdianos) mas também portugueses que estavam do outro lado da barricada...

No final do Simpósio, Ulises Estrada fez um belíssimo improviso sobre o "momento histórico" que se estava a viver, ao juntar-se antigos inimigos, hoje reconciliados, num seminário científico mas também político que honra e premeia "a qualidade do ser humano" (sic)... Haveremos de apresentar, oportunamento, um excerto do seus discurso, desta vez mais caloroso e amistosa que a comunicação que hoje se divulga, uma pequena parte, em vídeo...


Guiné-Bissau > Bissau > Hotel Palace > Simpósio Internacional de Guileje > 3 de Março de 2008 > O cubano Ulises Estrada, antigo combatente internacionalista que esteve ao lado dos guerrilherios do PAIGC, evocando o papel dos cubanos na guerra, nove dos quais lá morreram, incluindo o 1º tenente médico Angel Sequera Palácios (?).

Guiné-Bissau > Bissau > Hotel Palace > Simpósio Internacional de Guileje > 3 de Março de 2008 > O cubano Oscar Oramas fazendo uma intervenção, a partir da plateia. É doutorado em Filosofia e actualmente interessa-se por música. É autor de diversos livros, incluindo uma biografia de Amílcar Cabral. É um homem afável e que estabeleceu, com os portugueses, participantes no Simpósio, uma realação franca e aberta. Viajou, tal como o seu camarada Ulises, a partir de Lisboa.

Fotos: © Luís Graça (2010). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem: LG]




Guiné-Bissau > Bissau > Hotel Palace > Simpósio Internacional de Guileje (1 a 7 de Março de 2008) > Terça-Feira, 4 de Março de 2008 > Painel 1 > Guiledje e a Guerra Colonial/Guerra de Libertação (Moderador: João José Monteiro, Universidade Colinas de Boé) > Comunicação: 11h30 – 12h00: Ulisses Estrada (Ex-Militar, diplomata, jornalista e escritor cubano) – Internacionalismo cubano e a participação de Cuba no esforço da guerra de libertação da Guiné-Bissau.

Vídeo (5' 49''): © Luís Graça (2008). Direitos reservados. Vídeo alojados em: You Tube >Nhabijoes. (Em caso de deficiente visionamento ou carregamento do vídeo, clicar, no You Tube > Nhabijões, em watch in high quality ).



Sinopse: Neste excerto, Ulises Estrada que chega à Guiné em meados de 1966 - não fazendo parte, por isso, do primeiro contingente cubano, que era composto por 3 médicos e 3 artilheiros, chegados a 29 de Abril de 1966 - relata o esforço dos voluntários cubanos na luta de libertação, ao lado dos guerrilheiros do PAIGC (1).

Faz referência a ataques em que ele próprio participou, desde o Olossato a Farim, desde Buba ao Morés, incluindo uma emboscada na estrada de Enxalé-Portugole, e um ataque ao destacamento de Missirá, no Cuor, a norte do Rio Geba (em Dezembro de 1966), a nossa conhecida Missirá onde estiveram, em épocas diferentes, os nossos camaradas Beja Santos (Pel Caç Nat 52, 1968/69) e Jorge Cabral (Pel Caç Nat 63, 1970/71).

Evoca também a figura de Domingos Ramos, chefe da Frente Leste e comissário político do PAIGC, que morre a seu lado a 10 de Novembro de 1966, num ataque de artilharia (1 canhão s/r) e infantaria ao quartel de Madina do Boé. 

O Ulises disse-me pessoalmente, em Bissau, que o Domingos Ramos foi morto por um estilhaço de morteiro, quando o tentava proteger (a ele, Ulises). O seu corpo foi resgatado pelo cubano, "para que não caísse nas mãos dos portugueses" (sic), e levado a seguir para a base de Boké, na Guiné-Conacri, onde foi entregue a Aristides Pereira. Ulises diz do seu camarada guineense que era um grande homem, um grande combatente, e um grande líder político (2).

Ulises Estrada fala ainda de outros combatentes cubanos que se destacaram na luta de libertação na Guiné, incluindo o comandante Raul Diaz Arguelles que esteve ao lado de Nino Vieira no cerco de Guileje, em Maio de 1973 (e que viria a morrer em Angola, em Dezembro de 1975, na Batalha da Ponte 14, em que o MPLA e os seus aliados cubanos foram massacrados pelas tropas da África do Sul). 

Referiu ainda o nome (mal perceptível) de um tal coronel Fernandez Caturno (?), que comandava o pelotão de bazucas (RPG 7). Foi referido ainda o nome do Capitão Pedro Rodriguez Peralta, ferido e capturado pela CCP 122/BCP 12, em 18 de Novembro de 1969, no corredor de Guileje (Operação Jove).

No final, é lida a lista dos nomes dos 9 cubanos que morreram em combate na Guiné, incluindo um médico, o 1º tenente médico Angel Sequera Palácios (?). Há tempos li, noutra fonte (cubana), que teriam morrido 17 cubanos na guerra da Guiné (3).

Ulises Estrada e Oscar Oramas foram os únicos cubanos que participaram no Simpósio Internacional de Guileje, como oradores. Tal como os restantes convidados estrangeiros, incluindo os portugueses, estiveram hospedados no Hotel Azalai (antigo 24 de Setembro).

À hora das refeições, nas idas e vindas de autocarro, e nos programas sociais, tivemos oportunidade de conviver um pouco mais com estes cidadãos cubanos que, durante a guerra colonial/luta de libertação, desempenharam papéis diferentes. Objectivamente eram nossos inimigos. Em Bisssau (e na visita ao sul da Guné) comportámo-nos como velhos combatentes que o passado de guerra aproximou, em vez de separar.

Ulises Estrada, hoje com 73 anos I(nasceu em 1934), combateu nas matas na Guiné, desde Farim ao Morés, do Cuor a Madina do Boé, viu morrer a seu lado, em Madina do Boé, o comandante Domingos Ramos, atacou quartéis e destacamentos portugueses (como Buba e Missirá), montou emboscadas (como, por exemplo, na estrada Enxalé-Porto Gole)...

Oscar Oramas, pelo seu lado, era embaixador de Cuba na Guiné-Conacri, na altura em que foi assassinado Amílcar Cabral.

São personalidades bem distintas: Oramas é um homem afável, cavalheiro, amistoso, que nunca se furtou ao relacionamento com o grupo, mais numeroso, de portugueses... Ulises, um negrão, como diriam os nossos amigos brasileiros, pareceu-me um homem física e psicologicamente abatido. Inclusive terá sofrido um ataque de paludismo durante a sua estadia em Bissau. No regresso a Lisboa, vinha visivelmente combalido. Era também um homem, por essa ou outras razões, mais reservado. Parecia haver algum desconforto por, combatente do outro lado, estar agora ali, ao lado dos seus inimigos de ontem...

Infelizmente não falámos o suficiente para eu poder perceber o que lhe ia na alma... A sua comunicação (de que vos dou um registo, em vídeo, de cerca de 6 minutos) fala por si: não difere da linguagem seca, aparentemente assertiva, objectiva, dos nossos militares profissionais... Não há emoção, não há subjectividade... Diferente será o seu discurso, de improviso, na sessão de encerramento, onde vem ao de cima o homem e não tanto o ex-revolucionário profissional.

Estrada é um velho combatente internacionalista que andou por muitas guerras (da Sierra Maestra ao Chile, do Congo à Guiné, sem esquecer a Palestina)... É autor de três livros incluindo um sobre a controversa Tânia, a Mata-Hari da América Latina, de origem alemã e judia, que fez trabalho de espionagem para os cubanos (mas possivelmente também para os alemães de leste e para os soviéticos)... Diz-se que foi amante do Che e do próprio Ulises...

De qualquer modo, o depoimento de um (Oramas) e outro (Estrada) são importantes. É outro ponto de vista, necessariamente diferente do nosso, sobre a guerra da Guiné... Sabemos ainda pouco sobre o papel dos cubanos cujos fantasmas eram vistos um pouco por todo o lado, na Guiné, no meu tempo (1969/71)... Só se fala do Capitão Peralta, ferido e capturado em 1969 pelos paraquedistas e libertado, já depois do 25 de Abril de 1974... Sabemos pouco sobre as misérias e grandezas da guerrilha... Quarenta anos depois, é já altura de abrirmos dossiês e corações...


Ulises Estrada Lescaille - Curriculum Vitae 

Nació el 11 de diciembre de 1934 en Santiago de Cuba, antigua provincia de Oriente. Origen social: clase media. Bachiller y Licenciado en Ciencias Sociales. Habla el idioma ingles.

Participó en la lucha clandestina en Santiago de Cuba y La Habana contra la dictadura de Fulgencio Batista en las filas del Movimiento 26 de Julio. Fue Oficial del Ejército Rebelde y del Ministerio del Interior, donde ocupó importantes responsabilidades en el Viceministerio Técnico como Director General de la Dirección V encargada del apoyo solidario de la Revolución Cubana a los Movimientos de Liberación Nacional africanos.

Participó en la lucha guerrillera del Consejo Supremo de la Revolución Congolesa en Congo Leopoldville junto con el Comandante Ernesto Che Guevara y en la guerra de liberación del PAIGCV [Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde].

Estuvo en zonas de guerra de los comandos Al Assifa contra Israel en las márgenes del río Jordán. También participó en la ejecución de la ayuda solidaria de Cuba con los movimientos revolucionarios y fuerzas progresistas en América Latina y el Caribe.

Entre 1975 y 1979 fue primer vicejefe del Departamento América del Comité Central del Partido Comunista de Cuba y Embajador Extraordinario y entre 1979 y 1990 fue Embajador Extraordinario y Plenipotenciario en Jamaica, Yemen Democrático, Mauritania, la República Árabe Saharaui Democrática y Argelia asi como Director de Medio Oriente, No Alineados y vice Ministro del Ministerio de Relaciones Exteriores.

A partir de 1990 como periodista fue jefe de Información del periódico Granma Internacional, órgano oficial del Comité Central del Partido Comunista de Cuba, periodista del periódico El Habanero, órgano oficial del Comité Provincial del Partido en la provincia de La Habana, director de la revista Tricontinental de la Organización de Solidaridad con los Pueblos de África, Asia y América Latina y periodista de la revista Bohemia.

Ha escrito cientos de trabajos en diferentes géneros periodísticos en medios de prensa cubanos y extranjeros. Ha escrito tres libros.


Título da Comunicação > O internacionalismo cubano e participação de Cuba no esforço da guerra de libertação da Guiné-Bissau

Sínopse da Comunicação

La ponencia refiere las condiciones existentes en Guinea Bissau bajo el colonialismo portugués y la decisión de su pueblo de alzarse en armas en la lucha por su independencia nacional bajo la guía política y militar del compañero Amilcar Cabral y el PAIGCV impulsando la conciencia y unidad nacional hasta lograr la victoria.

En este contexto, como a partir de la reunión de Amilcar con el Che Guevara a finales de 1965 y posteriormente con el Comandante en Jefe Fidel Castro, se inicio la ayuda solidaria de la Revolución Cubana con instructores y combatientes militares, médicos y personal para médico, medicinas, alimentos, armas y municiones, aperos de labranza, uniformes y becas de estudio, hasta que alcanzó su independencia de Portugal. (...)


Fonte: Guiledje: Simpósio Internacional [Página oficial do Simpósio já não disponível, inserida na sítio da ONG AD - Acção para o Desenvolvimento, Bissau] [LG - 3/11/2014. Ulisses Estrada morreu, entretanto, em 26/1/2014, em Cuba]

Outros elementos curriculares:
Dias com el Che, por Ulises Estrada Lescaille. Revista Tricontinental, Cuba.
(...) "Al salir de Cuba, el Che había dejado a Fidel, a quien calificaba como su guía revolucionario y amigo, la carta de despedida ante el llamado de otras tierras del mundo. La campaña internacional, cargada de infamias y especulaciones, más la preocupación y dudas de algunos amigos fuera de nuestras fronteras sobre la supuesta "desaparición" del Che, fueron aplastadas cuando Fidel decidió dar a conocer esa carta, a la vez que envió al comandante José Ramón Machado Ventura, entonces ministro de Salud Pública, a explicarle al Che las razones de su publicación, así como la situación existente y la creación del Partido Comunista de Cuba y su comité central, del cual, por razones obvias, no formaba parte.

"En el recorrido que realizara por el continente africano, profundizó en sus conocimientos sobre la lucha de liberación nacional que desarrollaban los movimientos anticolonialistas, con muchos de los cuales se entrevistó, y les ofreció la ayuda solidaria de Cuba. Esa fue la razón por la que viajé en el barco Uvero entregando alimentos, ropa, medicamentos y armas a los movimientos revolucionarios, entre ellos el Partido Africano para la Independencia de Guinea Bissau y Cabo Verde, dirigido por el legendario Amílcar Cabral.

"El periplo concluyó en Dar es Salaam, República de Tanzania. Allí llevamos suministros destinados al Frente de Liberación de Mozambique (FRELIMO), al Consejo Supremo de la Revolución (CSR) y para el grupo de asesores militares cubanos en el Congo". (...)





Ulises Estrada é autor de Tania: Undercover with Che Guevara in Bolivia (Paperback, June 2005).

De seu nome, Haydée Tamara Bunke Bíder, nasceu em 1937, na Argentina, sendo de origem judaico-alemã. Os pais fixaram-se, depois da guerra, na Alemanha comunista. Tânia, uma mulher inteligente, apaixonada, sedutora e controversa, aderiu à Revolução Cubana. Torna-se espia dos cubanos e faz, na Bolívia, à guerrilha de Che Guevara. Morre aos 30 anos, em 1967, numa emboscada.





Oscar Oramas - Curriculum Vitae

Nació en San Fernando de Camarones, Provincia de Cienfuegos, Cuba, el 12 de noviembre de 1936.

Doctor en Filosofía. Actualmente hace una Maestria en Historia del Arte, con la tesis: La impronta de la música en la identidad y la psicología social del cubano.
Es autor de los libros:

Amílcar Cabral, más allá de su tiempo, publicado por la Editorial Côte Femmes de París y Amílcar Cabral, para além do seu tempo, Editorial Hugin, Lisboa;
Las personalidades políticas más descollantes en el proceso de descolonización de África, publicado por la Editora Política de La Habana;
Estados Unidos: su otra cara, publicado por la Editora Política de La Habana,
El alma del cubano: su música, publicado por la Editorial Prensa Latina,
Los desafíos del siglo XXI, publicado por la Editorial de Los Andes de Venezuela,
Miel de la vida: el bolero, publicado por la editorial Vinciguerra de Buenos Aires.

Pendientes de publicación están los siguientes títulos: "Sueños traficados”, “La música de los árboles” y “Countdown to Sunrise”, “Los Ángeles también cantan”, “La Gloria tiene un nombre: Chucho Valdés”.

Fue Embajador de Cuba en Republica de Guinea, Malí, Angola, Sao Tomé y Príncipe y Las Naciones Unidas, así como Director de África del Minrex y Vice-Ministro de dicho Ministerio.

Durante 10 años fue funcionario de la Secretaria de las Naciones Unidas de lucha contra la Desertificación y coordinador de la misma para América Latina y el Caribe.

Recibió en octubre de 2005 la Medalla Amílcar Cabral de Primer Grado, otorgada por el Gobierno de la República de Cabo Verde.


Título da comunicação >  Contribuição e participação cubana na luta de libertação nacional da Guiné-Bissau: dados, números e factos

Sinopse da comunicação

Un hito en las relaciones de Cuba con Guinea Bissau y Cabo Verde lo constituyo el encuentro entre, Amilcar Cabral y el Guerrillero Heroico, Ernesto Guevara, celebrado en Conakry en los albores de 1965. Ya ellos habían conversado en Accra y el Che expreso su deseo de visitar el territorio liberado. Producto de esas conversaciones, zarpa del puerto de Matanzas, el barco Uvero, con productos alimenticios, medicamentos, uniformes, productos agrícolas y armamentos para el PAIGC.

El comandante Jorge Serguera es el encargado de entregar esa primera ayuda de Cuba al PAIGC, en la capital de la República de Guinea, en Conakry. Con ese hecho se sello una amistad, entre nuestros pueblos, que la vida se ha encargado de mostrar cuan perecedera ha sido. Fue una muestra palpable de la solidaridad humana y por parte de Cuba, una muestra de gratitud para con los pueblos que un día fueron obligados a emigrar a América y allí nos crearon.

En 1965, Amilcar Cabral al frente de una delegación viaja a la Habana, para participar en la primera Conferencia Tricontinental de solidaridad con los pueblos de Asia-África-América Latina. En esa oportunidad, el Comandante en Jefe, Fidel Castro invita a Amilcar Cabral a visitar las montañas del Escambray y en una fría mañana, discuten, en presencia del comandante Manuel Pineriro Losada, el envío de consejeros militares, armamentos y personal medico para apoyarlos en la lucha contra el ocupante colonialista portugués.

En mayo de 1966 llegan los primeros consejeros militares cubanos y los médicos, así como material militar. Desde ese entonces hasta el día de la independencia Cuba trabajó codo con codo, junto a vuestros valerosos combatientes por alcanzar ese don tan preciado para el hombre, como lo es, la independencia.

Algunas semanas después del aquel memorable encuentro, el Jefe de la revolución cubana envía una pequeña delegación a Guinea, con el propósito de estudiar las condiciones del terreno, de analizar la situación de la lucha armada y determinar la ayuda que Cuba pudiera brindar y que fuera más eficaz para la lucha.

La presencia cubana debía mantenerse en secreto, para evitar incidentes internacionales. Y había que proteger la vida de los cubanos, según dispuso el PAIGC. Los cubanos fueron enviados al comando central del frente sur, a la región de Bochisance, otro grupo es situado en Madina Boe y un tercer grupo es destinado a permanecer en la retaguardia, en la villa de Boke, donde están los principales servicios médicos de PAIGC.

La experiencia de los militares cubanos se trasmite inmediatamente a los responsables militares del PAIGC, es decir: explorar el teatro de operaciones, los objetivos que deben ser blancos de la artillería, la organización de los repliegues de los combatientes. Hasta ese entonces el ejercito portugués o tugas, como los llamaban ustedes, se lanzaban sobre los combatientes en los momentos de la retirada, pero las nuevas tácticas de combate, lo obligan a ser más cauteloso, pues se les castiga. Aumenta el uso de la aviación por parte del colonialista, ventaja de cierta significación en esa contienda y contra la cual hubo que protegerse.

El 10 de noviembre de 1966, un cuartel de Madina Boé es atacado por las fuerzas del PAIGC, con la participación de instructores militares cubanos. Es una operación dirigida por el comandante Domingo Ramos, heroico guerrillero. El responsable de la ayuda para África, Ulises Estrada, es uno de los participantes en esos hechos y Domingo Ramos tratando de protegerlo es herido mortalmente por la esquirla de un obús de mortero. No pudo llegar a tiempo al hospital el combatiente, pero el gesto y la sangre unieron como los dedos de una mano a los hijos de ambos pueblos.

Combatientes militares fueron entrenados en las escuelas especiales cubanas, allá en Cuba. Decenas y decenas de jóvenes surcaron los mares hacia el Caribe, pero esta vez, para prepararse en muchas disciplinas y ser los que en el futuro asegurarían el porvenir del país. El PAIGC pensó en el futuro, al mismo tiempo que luchaban por el hoy, y Cuba, consciente de la necesidad de forjar a los profesionales del mañana, no vaciló en apoyarlos. Era la lucha de todos por la justicia, por liquidar la noche colonial y por garantizar que la libertad solo prevalece si los hijos de un pueblo se preparan adecuadamente para encarar la dura tarea del desarrollo socio económico.

Las armas enviadas no se cuantifican, las toneladas de azúcar, los medicamentos, todos los productos donados, aunque, y en la medida de las posibilidades de la pequeña Cuba, nunca dejaron de fluir hacia ustedes, pero lo trascendente aquí, es que ningún obstáculo amilano, o hizo retroceder la decisión de los combatientes internacionalistas cubanos, o de la dirección de la Revolución cubana, por luchar junto a ustedes. Ustedes, en la lucha se hicieron acreedores del sacrifico de seres humanos que se separaron de sus familiares más queridos, para correr la misma suerte, para ser victimas de las balas o del paludismo u otras enfermedades, del hambre o de las heridas en combate.

El significado del ataque al cuartel de Guiledje y las diferentes acciones combativas de las Fuerzas Armadas de Liberación del PAIGC, constituyeron una estrategia militar y politico de gran significación en la lucha por expulsar de todas sus colonias al regimen fascista de Portugal.

El desgaste politico y militar de las Fuerzas Armadas coloniales fue el elemento catalizador de la rebelión y la llamada revolución de los claveles en Portugal. Digámoslo con absoluta convicción que el sacrificio de los pueblos de Guinea Bissau, Cabo Verde, Angola, Mozambique fructificó en las calles de Lisboa y otras ciudades de la metrópoli, aquel día, 25 de abril, cuando el ejercito cansado de cruentos conflictos, que solo servían a determinados intereses económicos y políticos, decidió dar un vuelco a la situación y tomar el poder, para democratizar la sociedad portuguesa y regresar a sus hijos de las posesiones coloniales.

Si, cuando los patriotas del PAIGC liquidaban a un colonialista estaban mostrando que eran capaces de vencer al enemigo, de obtener la victoria y al mismo tiempo, liberar al Portugal fascista de uno de los regimenes más crueles que ha conocido un país europeo. Fue esa, una gran contribución de vuestros pueblos al proceso de formación de la conciencia del hombre africano, de sus capacidades y de lo innoble y acientífico de muchas de las concepciones de supuestos pensadores de los países coloniales acerca de la inferioridad de los seres humanos del mundo colonizado.

El ataque al cuartel significo un hito en el terreno militar, pues hasta ese instante la guerrilla no había desafiado al ejército colonial en sus instalaciones. Existía la concepción de que los combates contra los cuarteles podían provocar muchas muertes dentro de los luchadores por la liberación nacional y que eso afectaría la moral de los combatientes, pero el hecho le mostró a la guerrilla su capacidad en poder inflingirle fuertes golpes al enemigo. Ustedes lucharon victoriosamente y de acuerdo a las características propias del entorno histórico, social y económico del escenario de las batallas.

Dura brega, cuando se exigía el esfuerzo cotidiano, propio de ese tipo de lucha. No es necesario recordar las vicisitudes pasadas, ellas son consustanciales con el empeño de liberar a un pueblo, pero si es preciso decir una y mil veces que la contienda fue épica y que se requirió de mucha sabiduría, coraje, determinación, disciplina, para vencer siglos de oscurantismo, los propios de la noche colonial, de duro batallar para asimilar la técnica moderna, el arte de la guerra frente a un poderoso enemigo, para hacerlo morder el polvo de la derrota.

La doctrina militar desarrollada por el PAIGC, adecuada para el contexto de la lucha de esos pueblos por la liberación nacional, concebía que el proceso fuera largo y que el desgaste de Portugal diera lugar a la independencia. La práctica demostró la pertinencia de la concepción elaborada, pues el nivel de conocimientos, de medios y fuerzas de la guerrilla, en comparación con los del enemigo era enorme, solo era favorables a la guerrilla: el conocimiento del terreno, el apoyo de las poblaciones, la justeza del hecho, la solidaridad internacional. Todos debiéramos compartir aquel aserto del máximo dirigente del Partido, Amilcar Cabral, cuando dijera: “La Lucha de Liberación Nacional es un acto de cultura”.

Todo cubano que participó en vuestra contienda se siente feliz de haberlo hecho. Martianos al fin, sentimos que cumplimos con un deber, porque para nosotros, “Patria es Humanidad”. Pudiéramos hacer muchas historias o contar incidentes, como los acaecidos en Casamance, o las vicisitudes de los médicos que de manera abnegada laboraron junto a ustedes y salvaron muchas vidas, o la de la captura y prisión del entonces capitán Pedro Rodríguez Peralta o la presencia entre ustedes de los comandantes Víctor Dreke, Raúl Díaz Arguelles y tantos otros oficiales de las Fuerzas Armadas Revolucionarias, pero no, baste decir aquí, que nos enriquecimos espiritualmente, que se escribieron páginas de glorias de principios de alta significación humana, como lo es, la solidaridad militante en la lucha por la liberación nacional de los pueblos. La independencia alcanzada por ustedes, es nuestra mayor y única recompensa.


Fonte: Guiledje: Simpósio Internacional 
[Página oficial do Simpósio já não disponível, inserida na sítio da ONG AD - Acção para o Desenvolvimento, Bissau] [LG - 3/11/2014]
______________

Notas de L.G.:

(1) Vd. postes de:

11 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P951: Antologia (47): Um médico cubano no Morés e no Cantanhez (Domingos Diaz, 1966/67)

12 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P956: Antologia (48): Félix Laporta, o primeiro cubano a morrer, num ataque a Beli, em Julho de 1967

18 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P967: Antologia (51): Os combatentes cubanos ou a mística da guerrilha (Victor Dreke)

(2) Vd. as revelações do Mário Dias sobre o Domingos Ramos, seu amigo e camarada do Curso de Sargentos Milicianos de 1959:

2 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDXCI: Domingos Ramos, meu camarada e amigo (Mário Dias)

2 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDXCIII: Domingos Ramos e Mário Dias, a bandeira da amizade (Luís Graça / Mário Dias)

2 de Fevereiro de 2006 > Guiné 63/74 - CDXCIV: O segredo do Mário Dias, ex-sargento comando

12 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2343: PAIGC - Quem foi quem (5): Domingos Ramos (Mário Dias / Luís Graça)

20 de Janeiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2461: Blogoterapia (38): Dois heróis, dois homens com valores, Domingos Ramos e Mário Dias (Torcato Mendonça)

(3) Vd. post de 14 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P960: Antologia (49): Oficialmente morreram 17 cubanos durante a guerra



quarta-feira, 23 de julho de 2008

Guiné 63/74 - P3089: Antropologia (7): As tabuinhas das escolas corânicas: tradutor de árabe, precisa-se (A. Santos / Luís Graça)



As famosas tabuínhas (frente e verso) onde os meninos da Guiné, das etnias islamizadas (fulas, mandingas, beafadas...), aprendiam (e continuam a aprender) a ler (?) ou, pelo menos, a recitar versículos do Corão... Tenho dúvidas sobre a autenticidade da escrita, em árabe...

À força de serem reproduzidas, há erros sistemáticos que passam, de mão em mão, de artesão em artesão... O Beja Santos lembra-se de as ver à venda em Finete, tabanca a norte do Rio Geba, na região do Cuor, tabanca por onde se passava obrigatoriamente quando se queria ir de Bambadinca a Missirá.

Fotos: © António Santops (2008). Direitos reservados


1. Mensagem do nosso querido amigo e camarada António Santos que, célere, respondeu a um pedido muito recente e urgente do nosso editor Luís Graça (1).

Recorde-se que o António foi Sold Trms, Pel Mort 4574/72, Nova Lamego, 1972/74. É membro da nossa Tabanca Grande desde 15 de Maio de 2006. Mora em Caneças, mas é (ou era...) um puto reguila, alfacinha... (2).

Votos de muita saúde para todos.

Claro que estou sempre atento ao blogue, não me escapa nada, 99% dos dias que tem o ano, abro o blogue 2 vezes, só que nem tudo interessa como é natural mas temos meia dúzia de camaradas que é um prazer lê-los, coisa que não perco.

Tudo isto para responder ao camarada Luís Graça que apôs uma nota no post 3081 (1), que fala dos miúdos à volta da fogueira e das tabuínhas.

Anexo 2 fotos em jpg com as ditas, (frente e verso). Fico atento ao resultado da tradução.

Um alfa bravo.
A. Santos
4574/72
SPM 2558



2. Comentário de L.G.:

António, amigalhão, grande camarada e melhor tertuliano, dedicado, fidelíssimo. Não preciso de fazer mais testes. Vejo que não dormes no teu posto, e que estás atento o que se publica no blogue. São qualidades que se conservam, seguramente, pela vida fora e que vêm do teu tempo de operador de transmissões.

Infelizmente ainda não te arranjei tradutor para as famigeradas tabuínhas. O meu amigo, médico, argelino, ded que te falei, foi à vida. Acabou o curso de medicinado trabalho, anda por aí. Pode ser entretanto que apareça algum especialista em estudos corânicos... Também eu estou, como tu, com curiosidade em saber o que é que os putos recitavam/recitam com tanta (?) devoção, nas escolas corânicas do interior da Guiné... Agradeço-te a 2ª via do documento. Imagino que tenhas obtido estas imagens em Nova Lamego.
__________

Notas de L.G.:

(1) Vd. poste de 22 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3081: Não venho falar de mim... nem do meu umbigo (Alberto Branquinho) (4): Os meninos à volta da fogueira...

(...) "Há tempos o António Santos (ex-soldado de transmissões, Pelotão de Morteiros 4574/72, Nova Lamego, 1972/74), mandou-me imagens dessas famosas tabuínhas... Não as localizo, de momento.

"Recordo-me de lhe ter prometido que ia pedir a alguém (um aluno meu, médico, muçulmano, de origem argelina) para as traduzir, o que nunca consegui... Se ele, António, me estiver a ler, que me mande essas imagens em 2ª via" (...).

(2) Vd. postes do A. Santos, publicados no nosso blogue:

31 de Dezembro de 2007 > Guiné 63/74 - P2393: Álbum das Glórias (36): O meu Racal TR 28-B2 (António Santos, Pel Mort 4574, Nova Lamego, 1972/74)

7 de Junho de 2007 > Guiné 63/74 - P1821: Armamento do PAIGG (2): Mísseis terra-terra Katyusha ou foguetões 122 mm (A. Santos)

23 de Maio de 2007> Guiné 63/74 - P1781: Ambulância do PAIGC, de fabrico soviético, capturada pelo Marcelino da Mata, em Copá (A. Santos)

20 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1448: Os quatro comandantes da CCAÇ 2586 (A. Santos)

12 de Janeiro de 2007 > Guiné 63/74 - P1422: A derrocada do Leste e a mina que desgraçou o meu amigo de infância André, da CCAV 3864 (A. Santos)

27 de Outubro de 2006 > Guiné 63/74 - P1216: A batalha (esquecida) de Canquelifá, em Março de 1974 (A. Santos)

22 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1103: Breve historial do BCAÇ 1911 e do BCAÇ 1912 (A. Santos)

21 de Setembro de 2006 > Guiné 63/74 - P1097: Imagens chocantes do cemitério de Bambadinca (A. Santos)

4 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P934: Da Casa da Mariquinhas do Gabu à Senhora Malária que me atacou seis vezes (A. Santos, Pel Mort 4574)

23 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P900: O 25 de Abril em Nova Lamego (A. Santos, Pel Mort 4574/72)

21 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P892: Memórias de Nova Lamego com o Pel Mort 4574/72 (A. Santos)

29 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCCXI: Os cagaços de um periquito a caminho do Gabu (A. Santos, Pel Mort 4574/72)

8 de Maio de 2006 > Guiné 63/74 - DCCXXXIV: Nunca digas jamais (António Santos, Pel Mort 4574/72, Nova Lamego)

Guiné 63/74 - P3088: Tabanca Grande (80): Armando Ferreira Gomes, ex-1.º Cabo Ap Armas Pesadas, CCAÇ 2383 (Cabuca, 1968/70)

Armando Gomes ex-1.º Cabo Ap Armas Pesadas CCAÇ 2383 Cabuca 1968/70 Galhardete e Crachá da CCAÇ 2383 cujo lema era, Ir Sempre Mais Além Guiné, Cabuca, 1968/70 




  1. No dia 21 de Julho de 2008, recebemos do nosso novo camarada Armando Ferreira Gomes (1), uma mensagem com as fotos da praxe e não só. Caro Carlos Vinhal, Sábado à noite navegando pelo blogue, dei conta da recepção do meu contacto. Apraz- me registar a eficácia. 

 Aproveitei para fazer o trabalho de casa, as fotos não serão da melhor qualidade mas são as possíveis. Em anexo e para a história as imagens do galhardete e crachá da CCaç 2383. As fotografias: Cabuca em Fevereiro com a tabanca de esteira de vime e capim e, mais tarde, depois de algumas flagelações com abrigos e a secção de morteiros, comigo por perto. Depois eu nos dias de hoje na Quarteira em descanso. As imagens estão em ficheiro aberto, no formato JPEG para se precisarem de qualquer tratamento o poderem fazer. Tenho estado a reler e a reviver Madina. Sabes que na altura, fiz parte de um colectivo de 40 homens que em 031230FEV69 foi heli-transportado, quais Caçadores Especiais e lançados nas imediações do destacamento de Madina onde a agitação era muito grande. Foram 6 dias praticamente sem dormir, muito pouco que comer e quase nada para beber. Quanto às estórias, elas virão depois. Grato por me acolherem e... Um grande abraço


  Foto 1 > Cabuca > Julho de 1969 > 3.ª Sec/4.º Pel/CCAÇ 2383 > Por ordem numérica: Agapito, Carlos Machado, Armando Gomes, Silvano, Jorge Sousa, Faustino, Jorge, Zé Manel e Casimiro Foto 2 > Armando Gomes na Tabanca Foto 3 > Armando Gomes, a banhos, na Quarteira Fotos © Armando Gomes (2008). Direitos reservados. 2. Comentário de CV Caro Armando Gomes Estás apresentado à Tertúlia. Já que moras na Invicta, poderás, se quiseres e puderes, conhecer a minitertúlia de Matosinhos que se reune todas as quartas-feiras, ao almoço, na Casa Teresa em Matosinhos. É uma tertúlia onde cabe quem aparecer, até à lotação do restaurante. A malta é espectacular. Aparecem camaradas desde a Régua (José Manuel) até Águeda (Paulo Santiago), não esquecendo o CMDT Luís Graça (Lisboa) que também já lá esteve, numa das suas incrsões ao Norte. O nosso ponto alto é o Encontro Nacional, onde podemos conviver com camaradas desde o Minho ao Algarve. Não é exagero, é mesmo verdade. A partir de agora ficamos à espera da tua colaboração, por exemplo, contando a vossa ida a Madina de Boé onde devem ter tido alguns problemas. Tudo o que possamos contar é um testemunho para alguém, um dia, quem sabe, _____________ Nota de CV: (1) - Vd. poste de 19 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3073: O Nosso Livro de Visitas (20): António Rodrigues, Angola; João Reis e Ferreira Gomes, Guiné

Guiné 63/74 - P3087: Memória dos Lugares (11): Gadamael, CART 2410, 1968/69, Parte II (Luís Guerreiro, Montreal, Canadá)


Luís Guerreiro
Ex-Fur Mil
CART 2410 e Pel Caç Nat 65
(Gadamael e Ganturé,
1968/70) (1)






(Continuação)


1. Fotos enviadas pelo Luís Guerreiro, que vive desde 1971 no Canadá, em Montreal. Entrou em Março último para a nossa Tabanca Grane. Foi Fur Mil no 4.º Grupo de Combate da CART 2410, sob o comando do Alf Mil Jerónimo. Mais tarde esteve no Pel Caç Nat 65. Esteve em Gadamael e Ganturé entre Outubro de 1968 e Junho de 1969.


Leu no nosso blogue o relato do José Rocha sobre o ataque da nossa aviação a Sangonhá. Confirma o que se passou nesse dia 6 de Janeiro de 1969:

"Eu sofri esse ataque em Ganturé, pois era o meu Grupo de Combate que estava lá e era comandado pelo Alferes Jerónimo. Estava ainda no meu quarto nessa manhã de 6 de Janeiro, quando o ataque começou por volta das 8 horas. Corri e comecei a fazer fogo com o morteiro 81, passados uns minutos o ataque parou, deu-me tempo para ir tomar o pequeno almoço pois pensei que tudo tinha acabado" (...) (1).


Foto 1 > Último almoço do 4.º Gr Comb da CART 2410, em Ganturé

Foto 2 > 4.º Gr Comb da CART 2410, em Ganturé

Foto 3 > Uma das ruas principais de Gadamael

Foto 4 > Gadamael, com o mastro da bandeira ao fundo

Foto 5 > Gadamael, abrigo do morteiro 81, em plena tabanca

Foto 6 > Cruzamento de Guileje, coluna de Gadamael, transporte do obus 11.4, em 19 de Março de 1969

Foto 7 > Coluna para Guileje, 19 Março de 1969

Foto 8 > Coluna, subida depois do cruzamento, 19 Março de 1969

Foto 9 > Coluna de 19 Março de 1969, obus 14 existente em Guileje

Foto 10 > Guileje, granadas do obus 14.

Foto 11 > Guileje, junto ao obus 14, eu e o Furriel Mourato (já falecido).

Foto 12 > Visita do general Spínola a Gadamael; em T-shirt branca, o nosso capitão Amilcar Cardigos .

Foto 13 > Visita do general Spínola às novas moranças [reordenamento] (2), de Gadamael.

Foto 14 > Cais de Gadamael, eu e o alferes Jerónimo

Foto 15 > Gadamael, furriéis da Cart 2410 e do Pel Fox 2085, comendo ostras, com umas cervejas a acompanhar

Foto 16 > Gadamael, Messe de Sargentos

Fotos e legendas: ©
Luis Guerreiro (2008). Direitos reservados (3)

________

Notas de CV:

(1) Vd. poste de 18 de Março de 2008 > Guiné 63/74 - P2663: Tabanca Grande (58): Luís Guerreiro, ex-Fur Mil da CART 2410 e Pel Caç Nat 65 (Ganturé, 1968/70)

(2) Vd. poste de 2 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3013: Reordenamentos (1): Gadamael, o primeiro, na sequência da retirada de Sangonhá e Cacoca em meados de 1968 (António Costa)

(3) Vd. também poste de 23 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3086: Memórias dos Lugares (10): Gadamael, CART 2410, 1968/69, Parte I (Luís Guerreiro, Montreal, Canadá)

Guiné 63/74 - P3086: Memória dos Lugares (10): Gadamael, CART 2410, 1968/69, Parte I (Luís Guerreiro, Montreal, Canadá)

Luís Guerreiro, Ex-Fur Mil, CART 2410 e Pel Caç Nat 65 (Gadamael e Ganturé, 1968/70 )












Guiné >Região de Tombali > Gadamael - Porto > s/d > Tabanca, reordenada pelas NT.
Foto: Autores desconhecido. Álbum fotográfico Guiledje Virtual.
Gentileza de: © AD -Acção para o Desenvolvimento (2007).


(Continua)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Guiné 63/74 - P3085: Convívios (77): Pessoal da 3.ª CART/BART 6523, 9 de Setembro de 2008, Vilar do Pinheiro, Vila do Conde (Américo Marques)


Estandarte da 3.ª CART/BART 6523, Nova Lamego, 1973/74, cuja divisa era Honra e Dever.



1. No dia 15 de Julho, recebemos do nosso camarada Américo Marques, ex-Soldado de Transmissões da 3ª CART/BART 6523, com sede em Nova Lamego (Gabu), destacado em Cansissé (Julho de 1973 / Setembro de 1974) (1), uma mensagem dando conta do próximo Convívio da sua Companhia:


Boa tarde Caro Luis Graça! Depois de longa ausência, envio um contributo! Ou estou enganado? E este símbolo já te foi enviado? De qualquer modo, é-me grato dar notícias (do alto da montanha de Stª Luzia).

Agora, que estou perto de me reformar (43 anos de contribuição), poderei com mais facilidade enviar qualquer contributo para a nossa obra de História Humana e estórias. Pois quem conta histórias, mesmo sem H, pratica o bem. Por conseguinte, como fundador que foste de tal empreendimento, envio-te os meus aplausos a esta iniciativa, de elevado sentido emblemático, no espaço e no tempo!

Data do Convívio: 6 de Setembro de 2008

Ponto de Encontro: Igreja de Vilar do Pinheiro, Vila do Conde

Hora: 09h30m

Local do Almoço da 3.ª CART/BART 6523: Quinta das Silveiras, Vilar do Pinheiro – Vila do Conde

Missa às 11 horas na igreja de Vilar do Pinheiro

N.º dos telefones dos Organizadores: 223755339 / 938011596

Cumprimentos,
Américo

___________

Nota de Carlos Vinhal:

(1) Vd. postes de:

27 de Abril de 2007 > Guiné 63/74 - P1705: Em 25 de Abril de 1974 eu estava lá (1): Em Cansissé, região do Gabu (Américo Marques, 3ª CART do BART 6523)
8 de Julho de 2006 > Guiné 63/74 - P946: Destacado no Gabu, em Cansissé, de Julho de 1973 a Setembro de 1974 (Américo Marques)
23 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P901: De Viana do Castelo a Cansissé (Américo Marques)
21 de Junho de 2006 > Guiné 63/74 - P891: Recordando o Xime do Sousa de Castro (A.Santos)
12 de Novembro de 2005 > Guiné 63/74 - CCLXXXVI: Américo Marques, o último soldado do Império (Cansissé, 1974)

Guiné 63/74 - P3084: Poemário do José Manuel (21): O recordar dos sentidos: como é bom ver, sentir, ouvir, cheirar, saborear, falar...

Guiné > Região de Tombali > Mampatá > CART 6250 (1972/74) > "Vista aérea de Quebo (Aldeia Formosa)" (JML)...

De acordo com o Antero Santos, Aldeia Formosa tinha uma pista de aviação asfaltada. E dali seguiam duas estradas, também asfaltadas: (i) uma que passava por Áfia, Mampatá, Uane, Nhala e terminava em Buba, numa extensão de cerca de 40 Kms; construída em 72/73, estava totalmente alcatroada; e (ii) outra que partia de Mampatá em direcção a Nhacobá, passando por Ieroiel, Colibuia, e Cumbijã, que em Junho de 1973 já estava totalmente construída numa extensão de 14,2 kms (até Cumbijã); possivelmente em Janeiro de 1974 já estaria em Nhacobá...

O Antero Santos foi Fur Mil Atirador/Minas e Armadilhas, CCAÇ 3566 (Março a Dezembro de 1972 – Empada; CCAÇ 18 – Janeiro 73 a Junho 1974 – Aldeia Formosa ou Quebo).

Foto e poema © José Manuel (2008). Direitos reservados.

O recordar dos sentidos (1)
Como é bom ver
as flores das amendoeiras
as cerdeiras (2) a florir
as flores das laranjeiras
as vinhas a rebentar
as flores dos pessegueiros
e as rosas do quintal
como é bom ver

como é bom sentir
o tacto duma pele macia
debaixo da nossa mão
o aconchego duns seios
para matar a solidão
como é bom sentir

como é bom ouvir
quem nos faça sorrir
o som da água a correr
o vento a soprar nas canas
como é bom ouvir

como é bom cheirar
o doce aroma do mosto
que se solta do lagar
ou o cheiro do fumeiro
naquela lareira a secar
como é bom cheirar

como é bom saborear
uma sopa quente do pote
uma sardinha na brasa
ou carne fresca a grelhar
como é bom saborear

como é bom falar
numa roda de amigos
ou num serão ao luar
cantar canções e poemas
até a noite acabar
como é bom falar

Mampatá 1973
josema (3)
________

Notas de L.G.

(1) Vd. poste anterior desta série > 9 de Julho de 2008 > Guiné 63/74 - P3039: Poemário do José Manuel (20): Mãe, se eu não regressar, lembra-te do meu sorriso...

(2) Na região de Entre Douro e Minho, cerdeira é sinónimo de cerejeira...Este regionalismo não vem no grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa...

(3) Vd. poste de 27 de Fevereiro de 2008 >Guiné 63/74 - P2585: Blogpoesia (8): Viagem sem regresso (José Manuel, Fur Mil Op Esp, CART 6250, Mampatá, 1972/74)

GUiné 63/74 - P3083: Os Nossos Regressos (12): Vagabundo e os outros fantasmas dos Lassas que lá ficaram na Região de Tombali (Mário Fitas)

Guiné > Região de Tombali > Catió > CCS do BART 1913 (Catió 1967/69) > Álbum fotográfico de Vitor Condeço > Catió - Vila >Foto 36 > "Militares [?] na esplanada do Bar Catió, em fundo, a casa do Sr. José Saad e as lojas deste".

Foto e legenda: © Vítor Condeço (2007). Direitos reservados.


1. Mensagem do Mário Fitas, com data de 5 de Julho: (Recorde-se que o Mário Fitas - de seu nome completo, Mário Vicente Fitas Ralhete, - foi Fur Mil da CCaç 763, connhecida pelo nome de guerar Os Lassas, Cufar, 1965/66; natural de Elvas, é autor de dois livros sobre a guerra colonial da Guiné, misto de memórias e de ficção; criador de uma notável personagem, uma mulher guineense, balanta, exemplo de grande coragem e dignidade, a quem ele deu o nome de Pami Na Dondo) (1).

Assunto - Os nossos regressos!


Caro Luís:

Tenho dúvidas se esta minha ideia se coaduna com o tema. Mas julguei ser o momento próprio, para prestar homenagem a três Homens (Irmãos). Eu e eles sempre estivemos juntos. Dois já partiram mas deixaram muito: Luís Manuel Tavares de Melo –Açores, Micaelense de Raça; António Pedro dos Santos Garcia Lema - Matosinhense (de quem a minitertúlia lá de riba se pode orgulhar) não só como Homem, mas pelo que a Pátria lhe pôs no peito.

O outro, Francisco José Gameiro Pedrosa, um homem da Vieira de Leiria, amigo comum, julgo eu, meu e do Joaquim Alves Mexia. Vamo-nos telefonando e encontrando conforme as oportunidades.

Por eles, vai muito da vontade com que humildemente participo no Blogue.

Caro Luís, Briote e Vinhal para vós e toda a Tabanca, aquele abraço de sempre do tamanho do Cumbijã!

Mário Fitas





Capa do livro de Mário Vicente, Putos, Gandulos e Guerra (2000).

Foto: © Luís Graça & Camaradas da Guiné (2007). Direitos reservados.

Transcrição do livro Putos, Gandulos e Guerra, de Mário Vicente > Capítulo XV- Adeus à Guerra

Fixação do texto: L.G.


A 10 de Novembro de 1966, completamente rota, a CCAÇ 763 começa a ser rendida para regressar a casa. Os primeiros dois grupos de combate partem para Catió, no dia em que é inaugurada oficialmente, pelo Rev Capelão do Batalhão, a Capela construída exclusivamente por elementos da CCaç. Assiste à cerimónia a maioria da Companhia. O restante pessoal seguirá dois dias depois.

Não sabemos quando embarcaremos, mas já estamos desarmados. Resta saber se ainda vamos para Bissau, ou como será?...

Finalmente sabemos que as lanchas nos vêm buscar no dia 18 e que faremos a viagem directamente para o barco, que mais tarde viemos saber, ser o “Niassa”.

Bem nos fornicaram! Tiraram-nos tudo e, para não recordarmos, nem um bibelô de madeira ou outra bugiganga qualquer de missanga podemos adquirir. Temos de nos cingir ao mercado de Catió onde os preços sobem em flecha imediatamente. Compram-se alguns tapetes pelo dobro e triplo do preço normal, ficando os militares desorientados sem saberem o que levar para pais, esposas, familiares e amigos.

Vão eles! Que melhor recordação se pode levar? Foi a melhor prenda que Francisca Fitas e António Vicente receberam: o regresso de seu filho.

O regresso de uma guerra é fim de drama que geralmente ocasiona problemas. Os soldados, festejando o regresso à sua terra natal, e desfazendo-se dos “pesos” que não lhe servirão para nada, encharcam-se e esgotam os stocks de cerveja e whisky.

São bebedeiras colossais! Começamos a tentar controlar, não vá haver problemas. Os soldados não largam a casa da Libanesa, e pressente-se que vai haver bronca. Felizmente as coisas não correram muito mal, uma dezena de blenorragias e embarcamos em Catió directamente para o “Niassa”.

Nas lanchas que transportam o pessoal, há um misto de alegria e tristeza, reflexo do estado de espírito que antecede os grandes momentos. Incrédulos, os soldados olham-se num sonho de abandono ou retorno à guerra?!

Vagabundo vai olhando para as margens com o tarrafe e a floresta, entrando rio dentro em maré cheia. A Natureza pode agora ser admirada na sua plenitude, e verificar-se como é linda esta terra.

África! Mistério! Tu que prendes o homem e o fazes ligar-se por um feiticismo indefinível, fazendo-o sentir uma atracção especial por esta terra!... O Sol esconde-se e podemos continuar apreciando-te sob o teu feiticeiro luar como se dia foss, todas as tuas estranhas e selvagens belezas.

Embalado pelo ronronar do barco, o furriel Vagabundo puxou por um cigarro, e deixou-se escorregar suavemente, e o seu cérebro começou deambulando no sonho ou realidade!?

Vagueando a sua mente navegou a seu belo sabor.
........

Vagabundo está encarcerado nas paredes da sua prisão, com falsas janelas e portas, símbolos de ilusões e indefinidas perspectivas. Está encarcerado nos seus limites, sendo um homem completamente livre. A sua alma está tão ligada à de Tânia que não necessita dela só para se abrir, mas mais… muito mais para existir. Mas vê-se caminhar só, numa turbulência de sobe e desce. O vazio escurece-lhe a alma e desce mais do que sobe.

No amolecimento deslizar da lancha, encostado ao saco de lona verde, sente-se livre da Guerra, mas… olhando para as suas mãos, estas apresentam-se sujas de sangue, vazias, cheias de nada. Nestes últimos anos tudo tentou, mas nada encontrou. Maria de Deus? Não! Apenas a dor e a Guerra! Quem o ajudará a encontrar a tão necessária estabilidade de que tanto carece? Puxa novamente outro cigarro instintivamente, sem o pensamento se lhe ir. Se ao menos uma companheira, amante e amiga, lhe estendesse a mão e apenas pronunciasse:
- Vem! O tempo é agora todo nosso, repousa no meu ombro, e varre da mente toda a lama da Guerra!

Não, não será assim! Apenas sua paciente mãe Francisca o ajudará e sofrerá a sua recuperação de homem, esquecendo a máquina de guerra em que se transformou.

Se a morte existisse neste momento, a união seria perfeita. Há duas coisas que merecem ser desejadas: o impossível e a realidade, mas sente-se por desconhecimento, desejo do impossível.

A fama da Guerra na Guiné alastrou cedo entre os militares e não só! Ao próprio Povo incógnito também chegou essa informação, como ao tio Chico da Camioneta. Só quem não queira, se faz ignorante de que a simples mobilização para a Guiné era condenação pura próximo de vinte e dois, ou vinte e três meses de apodrecimento, enraizados na lama das bolanhas, pântanos, e rios de maré, piores que quatro anos de meio barril às costas, subindo a ladeira da Fonte do Marechal ao Forte da Graça em Elvas!...

Resta, após a partida, o desejo que o regresso não seja entre tábuas, de muletas, carrinho de rodas ou completamente cacimbado.

Só quando se chega à Guiné, se conhecem os nomes assombrados das matas do Cantanhez no sul e do Oio-Morés no norte. Recordando, o furriel faz mais uma vez a comparação das matas com a solidão.

Solidão!... Degradação de existência não compartilhada!... Dementação de espírito que se destrama no escorregadio carreiro da mata, inspirando o seu nauseabundo odor a morte. Neste estádio, apenas as figuras sombras dos companheiros da frente, e a pressentida presença dos que nos precedem. Momentos cruéis de stress, sentindo olhares de seres invisíveis trespassando-nos em minuciosa tomografia computorizada, esperando o momento ideal para clicarem o botão (gatilho) que nos queimará a carne.

São estes os momentos em que a mente, em louco desprendimento, se desapega do corpo e vagueia em sonhos de realidade distante. Mortificando, são estes os momentos que nos trazem os mais excêntricos pensamentos da vivência existida e daquela que é túnel escuro do amanhã que se espera...

Cansado o guerreiro, esgotado o cérebro, o homem duro adormeceu. Vinte e quatro anos! Quanto pesarão estes dois últimos dois na sua vida!?...

Chegada a Bissau, ao princípio da tarde do dia seguinte. Há que embarcar e distribuir o pessoal pelas camaratas _colchões colocados nos porões. Os oficiais e sargentos ocuparão os camarotes. O “Niassa” largará na maré cheia que acontecerá pela madrugada. Os oficiais e sargentos, que não estejam de serviço, são autorizados a sair até à meia noite impreterivelmente.

Chico Zé, Vagabundo, Jata e António Pedro saem juntos e abancam no Tropical. Camarão de Quinhamel, ostras e cerveja até encharcarem. Fartos como brutos, bêbedos que nem cachos, cada um sonha com a chegada a Lisboa. Próximo da meia noite, António Pedro, já amparado por Chico Zé e Jata, sobem as escadas do "Niassa", mas o peso de António Pedro é cada vez maior. Vagabundo, a meio das escadas, manda sentar o pessoal e diz para Chico Zé:
- Porra! Não cantamos um fado à despedida desta Terra? - Silêncio! Os camaradas não respondem.
- É, cambada!... ninguém diz nada, cabrões?... Senão falam então ouçam a minha Florbela! (2)

Parecendo que o álcool lhe tornava a voz suave e profunda, recitou:

"Almas de Vagabundos
Onde há charcos e lagos
Pântanos e lamas…
Onde se erguem chamas
Onde se agitam mundos,
E coisas a morrer…
E sonhos… e afagos…

Almas sem Pátria,
Almas sem rei,
Sem fé nem lei!
Almas de anjos caídos,
Almas que se escondem para gemer
Como leões feridos!”


- Merda! Já acabou tudo!?... Amen!

Jata pede a Vagabundo que dê uma ajuda, este estende o braço mas escorrega e cai para dentro do portaló. Dois vultos indefinidos rolam no escuro pelas escadas do "Niassa". Um mergulha nas águas do Geba, o outro dilui-se.

Silêncio absoluto. Nenhum marinheiro gritou:
- Homem à água!...

Na sua voz pastosa e alcoolizada, António Pedro perguntou:
- O Queeee… foooi?

Calças de Palanco, agora já em pé, respondeu:
- Foi o Mamadu que não quis abandonar a sua terra e preferiu ficar nas águas e lama do Geba!
- Que fique em paz na lama, a sua sombra!

Saiu em uníssono da boca dos quatro militares.
- E o Vagabundo?

Voltou para Cabolol para recomeçar a Guerra.
__________

Notas de L.G.:

(1) Vd. poste de 28 de Fevereiro de 2008 > Guiné 63/74 - P2593: Pami Na Dondo, a Guerrilheira , de Mário Vicente (11) - Parte X: O preço da liberdade (Fim)


(2) Vd. poste de 12 de Agosto de 2007 > Guiné 63/74 - P2043: Bibliografia de uma guerra (22): Putos, Gandulos e Guerra, de Mário Vicente, aliás Mário Fitas (CCAÇ 763, Cufar)

(3) Vd. Vidas Lusófonas > Florbela Espanca (Vila Viçosa, 1894; Matosinhos, 1930). Poetisa trágica, pôs termo à vida no dia em que fez 36 anos. Justamente em Matosinhos, onde vivia.