(...) Um vasto e bem delineado pavilhão, solidamente construído
de pedra e cal, era o núcleo das várias edificações que o com-
punham. Nele estavam instaladas enfermarias para homens,
quartos de 1ª e 2ª classe, as salas de operações e de tratamentos, a secretaria, etc.
Paralelamente ao pavilhão principal estendiam-se as instalações anexas: cozinha, despensa, arrecadação de géneros, casas de banho e instalações sanitárias.
Próximo do pavilhão principal encontrava-se a casa mortuária, sólida construção em cimento armado.
Para o outro lado do pavilhão principal, em relação à casa
mortuária, existiam um grande pavilhão de madeira e zinco,
utilizado como enfermaria de mulheres e maternidade e outro pavilhão semelhante destinado a doentes indigentes.
Cerca de cem metros mais além, estava a residência do chefe de repartição de saúde e director do hospital.
Colocado em plano mais baixo que o do pavilhão principal
havia um grande edifício de pedra e cal em construção próxima da conclusão (pois já tinha a cobertura e várias portas e janelas), que se destinava a pavilhão de doenças infecciosas. (...)
(ix) Fica-se a saber também que o hospital tinha a sua própria "farmácia do estado" (ou botica, artesanal), a cargo do farmacêutico de 1ª classe, capitão miliciano Mário Artur Borges de Oliveira (refugiar-se-á depois, na Austrália, abandonando o serviço)...
"Semestralmente" (sic), eram fornecidos por Lisboa "os medicamentos, material de penso e cirúrgico, etc. requisitados pela farmácia, os quais se depositavam na grande cave que existe sob o pavilhão central do hospital".
(...) Nesta minha primeira visita aos serviços de saúde fiquei
a saber que a preparação e distribuição de medicamentos para
o hospital e para as enfermarias e ambulâncias das delegacias
competiam à farmácia do estado situada em Díli no mesmo edifício em que funcionava o posto médico, sendo assim designado um posto de consultas e tratamentos para servir a população da cidade em regime ambulatório, dirigido por um dos médicos do Estado que, por isso, recebia a gratificação mensal de cinquenta patacas. (...)
(x) Uma nota sobre o seu jantar "à mesa do Estado", ou seja, na casa do governador:
(...) No dia seguinte a este meu primeiro contacto com o serviço público fui jantar à residência do governador, conforme o seu referido convite, sendo recebido com extremos de gentileza e distinção pelo Governador, sua esposa, senhora D. Cora e suas três filhas, alunas do liceu de Díli.
Participou também da refeição, com a sua família, o tenente Francisco José Alves que era cunhado e secretário do governador, e em cuja residência também vivia. Outro convidado foi o chefe de posto Torresão, primo da esposa do governador e meu companheiro de viagem.
(xi) Havia tempo, na colónia, para a prática, então muito "British", do ténis; ao domingo, depois da missa, as famílias iam à praia da baía de Díli (ainda vinha longe a borrasca...)
(...) Durante este jantar surgiu a organização do grupo de jovens que nas tardes das quarta-feiras e sábados, se divertia, jogando ténis, dando passeios a cavalo, jogando o bridge ou, frequentemente, jogando o deck-tennis no pátio da Missão Geográfica onde o coronel Castilho e o engenheiro Canto nos recebiam com toda a benevolência e aprazimento, participando, este último, de muitas das nossas diversões.
Aos domingos, de manhã, após a missa, o ponto de encontro era na praia de Díli onde se passavm agradabilíssimas horas de salutar exercício e distração.
à noite, depois do jantar, havia sempre reunião no Sporting
ou no Benfica, conversando-se ou jogando-se o bridge, pingue-pongue, xadrez, etc, mas sem prolongar o serão pois todos começavam o trabalho de manhã, muito cedo.
(xii) Um dia típico de trabalho do dr. José dos Santos Carvalho, autoridade de saúde com funções também de médico-veterinário:
(...) Pelas oito horas da manhã vinha o árabe Abdula buscar-me ao hotel com o táxi de que era chauffeur. Seguíamos para o matadouro municipal, situado em Motael, próximo do farol de Díli, onde eu fazia a inspecção sanitária da carne dos animais abatidos para consumo público, pois Timor não dispunha de médico-veterinário.
Inspeccionada a carne, seguíamos pela estrada que contornava a planura de Díli, para o hospital onde, agora, eu tinha doentes de duas enfermarias a tratar. O meu trabalho ficava concluído cerca de meio-dia e o mesmo táxi me trazia de volta ao hotel.
(xiii) Como era normal nas colónias, os hospitais eram, para os jovens médicos, uma verdadeira escola pelos casos de doenças, tropicais, infecto-contagiosas com que tinham de lidar, em geral pela primeira vez (boubas, paludismo, beribéri, sarna, disenteria...):
(...) No hospital Dr. Carvalho tive oportunidade de observar casos de doenças exóticas que nunca pudera estudar senão nos livros.
Eram muito frequentes os casos de boubas, uma doença aparentada com a sífilis e que se manifesta pelo aparecimento de tumefacções com o aspecto de toucinho, húmidas e repugnantes.
Felizmente que em Timor esta doença já era, então, facilmente tratada, pois o farmacêutico Oliveira tinha estudado e posto em prática técnicas simplicíssimas de preparar uma suspensão de salicilato de bismuto em óleo de amendoim, a 10%, que se esterilizava pela fervura e que se guardava em garrafas vulgares, também esterilizadas pela fervura.
Todos os enfermeiros sabiam preparar esta suspensão oleosa que se aplicava em injecções intramusculares, indolores, e que a prática demonstrava não serem mais atreitas a infecções que as das ampolas injectáveis!
Grande surpresa para mim foi o aspecto que nesta terra apresenta a sarna que, quando não tratada, alastra de uma aneira incrível, complicada com lesões impetiginosas que devoram a pele dos doentes e muitas vezes os matam devido a septicémias !
Vulgaríssimos em Timor eram o paludismo, frequentemente de forma perniciosa, e a disenteria bacilar, quase sempre ocasionada pela utilização de fruta não madura, sobretudo mangas verdes, de que os timorenses são muito gulosos.
(xiv) Era uma "pasmaceira", a vida de um médico em Timor em 1941, trabalhando-se em geral apenas de manhã, que o clima (tropical) era violento para um europeu.
(...) Os meus serviços clínicos, à tarde, limitavam-se a idas ao
hospital quando, por urgência, era avisado telefonicamente
para aí me apresentar para colaborar em operações cirúrgicas
ou tratar casos urgentes ou quando havia nas enfermarias doentes graves que necessitavam assistência muito frequente.
(xv) Sobrava-lhe tempo e vagar para "conhecer Díli, que então era uma simpática e característica cidadezinha, do tamanho duma vila da metrópole, ensombrada por frondosas árvores, algumas das quais seculares, e dominada pelas alterosas torres da sé-catedral"...
Uma cidadezinha, acrescente,-se, que não seria diferente de algumas da povoações da Guiné desse tempo (ou que conhecemos, vinte e tal anos depois com a "guerra colonial"): Bolama, Bissau, Bafatá, Nova Lamego... Timor e Guiné tinham em comum o facto de terem energia elétrica pública...
(...) As suas ruas rectilíneas cruzavam-se em xadrez e eram mantidas em conveniente limpeza pelo município. A maioria das edificações era construída de madeira e barro, sendo cobertas com telhados de folha de ferro zincado. Dispunham dum só piso, para poderem suportar sem graves danos os tremores de terra que por estas regiões são muito frequentes, atingindo, por vezes, grande violência.
Destinadas, quase todas a estabelecimento comercial e à habitação dos proprietários eram, em regra, pertença de chineses, havendo, somente, um negociante indiano, o muito conhecido Wadoomahl. Duas casas comerciais se destacavam, de longe, em Díli. A da Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho e a da família chinesa Mie-Hap.
No melhor edifício particular da cidade, construído de cimento armado e colocado em situação esplêndida na avenida marginal da baía de Díli, vivia o alemão sr. Max Sander, representante duma companhia, a Ásia Investment Company que se havia estabelecido na ilha com o fim de explorar minérios, mas que nunca chegara a desenvolver essa actividade, apesar de ter praticado extenso trabalho de prospecção e instalado um completo laboratório químico.
Na avenida marginal eneontravam-se os principais edifícios
da cidade (o palácio do governo, o liceu Vieira Machado, a casa da alfândega, o colégio das irmãs canossianas, a escola chinesa, a sede da Ásia Investment Company, etc.) e um lindo jardim dentro do qual estavam, situados dois cortes de ténis de piso em betão para poderem ser utilizados na época das chuvas.
(xvi) O autor dá-nos conta também da sua visita à missão geográfica de Timor, instalada em Lahane, e onde viviam "os então já meus amigos, coronel Castilho e engenheiro Canto".
(...) Mostraram-me as suas instalações e descreveram-me as atividades da Missão. Já tinham feito uma campanha, um ano antes e, agora, prosseguiam-na. Estava concluída a triangulação da ilha e, em breve, seguiriam para o seu interior com fim da elaboração da sua carta, em escala conveniente. Eram auxiliados nos seus trabalhos geodésicos pelo sargento-radiotelegrafista da marinha, Luís de Sousa, pelo deportado sr. Granadeiro e por vários empregados permanentes, timorenses, muito activos e eficientes.
(xvii) E, claro, não podia faltar uma visita à missão católica (os missionários eram, afinal, os principais agentes da "ação civilizadora e colonizadora":
(...) Outra minha visita foi à missão de Lahane onde o reverendo vigário-geral, padre Jaime Goulart me recebeu com extremos de cortesia e fidalga amabilidade.
A missão central de Timor estava instalada num edifício de madeira e zinco, com primeiro andar, bastante amplo e confortável, dispondo de capela privativa. Em conversa com o padre Jaime fiquei a saber que os sacerdotes de Timor eram formados no seminário de Macau, sendo oriundos do norte da metrópole, dos Açores, da Índia Portuguesa e de Timor.
(xviii) Vamos agora conhecer o interior da ilha, pela mão do dr. José dos Santos Carvalho:
(...) Assim, logo de início me resolvi a deslocar-me às ambulâncias da área a meu cargo para tomar contacto e conhecimento objectivo dos respectivos serviços.
A primeira visita que fiz foi de automóvel, ladeando a maravilhosa baía de Tíbar e alcançando Liquiçá, Maubara e Bazar-Tete onde fui acolhido pelos respectivos chefes de posto e enfermeiros.
Poucos dias passados desloquei-me à circunscrição de Aileu, sendo a viagem feita quase toda a cavalo pois o automóvel só podia levar-me até à ribeira de Cômoro, ainda bastante longe da sede da circunscrição.
(...) Chegados à Cômoro, aí encontrámos os cavalos que, emprestados pelo liurai da região, foram aparelhados com os arreios, isto é, selim com estribos, freio e rédeas, que levávamos no carro, pois os timorenses montam em pelo, guiando o cavalo com uma corda que lhe passa na boca.
Recebidos fidalgamente em Aileu pelo administrador Virgílio Castilho Duarte, natural de Cabo Verde, passámos um dia e uma noite na sua residência que, tal como a de outras autoridades de Timor, era cercada por muros ameados, sendo designada, nesta terra, como a «tranqueira».
(xix) Timor continuava, nessa época (1941), a ser terra de encarceramento e de desterro (situação que se aceita com "naturalidade"):
(...) Em Aileu, visitei a enfermaria regional e o presídio que, como a "tranqueira", dispunha de um pátio rodeado de muros. Os condenados reunidos neste estabelecimento prisional, eram oriundos, não só de Timor como de outras terras portuguesas, donde tinham vindo cumprir as suas penas de degredo. A maior parte dos condenados era de macaenses ou chineses de Macau.
A etapa seguinte foi até Maubisse onde pernoitámos em casa do chefe de posto sr. Ademar Rodrigues dos Santos, prote-gidos do frio que nestas regiões de altitude se faz nitidamente sentir, por espessos cobertores de lã.
No dia imediato cavalgámos em longa jornada até Same onde ficámos instalados na residência do chefe de posto sr. Francisco Mouzinho.
(...) Noutro dia, visitei a ambulância de Laulara, situada num
píncaro não longe de Díli, que só era acessível a pé ou a cavalo,
tendo passado e visitado o colégio de Dare onde as irmãs canosianas instruíam e educavam muitas dezenas de meninas.
Utilizando a ambulância do hospital Dr. Carvalho, fui, um outro dia, visitar a enfermaria do Remexio tendo ocasião de aí conhecer o respeitável liurai coronel D. Moisés, majestosa e nobre figura de timorense, com veneráveis cabelo e barba encanecidos.
(...) Aproveitei, então, o amável convite do dr. Arriarte Pedroso
para, no seu automóvel e em sua companhia visitar as povoações da Ermera e Hátu-Lia, terras de altitude razoável, de temperatura agradabilíssima, onde reina a «Primavera eterna» de Teófilo Duarte e a paisagem é paradisíaca.
(xx) De regresso a Díli, vem agradavelmemte reconhecido por este primeiro contacto com "um povo simples, amável e trabalhador". Faltava-lhe conhecer a ilha de Ataúro e o enclave de Oecússi, só acessíveis de barco.
(...) Em certo dia, o administrador do concelho de Díli, sr. ourenço de Oliveira Aguilar, comunicou-me que iria visitar a ilha de Ataúro e convidou-me a acompanhá-lo, visto eu ser o delegado de saúde.
Assim, seguimos no vapor Oé-Kússi, comandado pelo primeiro-sargento da Marinha, sr. Correia.
Pomos recebidos pelo chefe do posto de Macadade, sr. Napoleão, sargento de infantaria, e tivemos ocasião de observar s curiosíssimos costumes primitivos desse povo de simpáticos e acolhedores pescadores submarinos.
(xxi) Faltava-lhe também ainda conhecer (e exercer) uma das suas funções, a de autoridade sanitária internacional (fiscalização das embarcações e aviões que passavam por Díli):
(...) Num dado dia, o capitão dos portos de Timor, comandante César Gomes Barbosa, natural de Cabo Verde, telefonou-me a participar-me que estava a chegar ao cais um naviozinho que já tinha arvorado a bandeira amarela a pedir a necessária visita sanitária.
Dirigi-me, imediatamente, para o local designado onde aportara um elegantíssimo veleiro em cujo convés se via um único tripulante, em calções e de tronco nu.
Por esses tempos eram muito conhecidas, pelos jornas, as viagens do navegador solitário Alain Gerbault [1893-1941], francês que num iate, o Firecrest, se havia celebrizado por ter atravessado, sem escala e sozinho, o Atlântico, desde a França a Nova Iorque e, depois, vagueava solitário pelos mares do mundo.
Por isso, quando subi ao convés do barco, dirigi-me ao comandante e único tripulante, dizendo-lhe, em francês: "O senhor é um novo Alain Gerbault!"
O meu interlocutor, sorrindo, apresentou-me então a carta de saúde para eu assinar. O navio era... o Firecrest !.
Alain Gerbault, certamente para evitar os azares da guerra ficou ancorado no porto de Díli, vivendo no seu barco. Assim, tive oportunidade de com ele várias vezes contactar e de apreciar as suas extraordinárias qualidades de homem finamente educado e invulgarmente culto e, sobretudo, de me maravilhar com a sua extrema perícia em jogar o ténis, ele que fora, mais de uma vez, concorrente aos campeonatos de Wimbledon !
(xxiii) Mas já havia petróleo, japoneses e até alemães na ilha:
(...) Por esse tempo, o sr. Kuróki, cônsul do Japão em Díli,
deu uma festa no Sporting, para a qual convidou as personalidades de maior projecção no meio social da cidade.
Deste modo tomei contacto, pela primeira vez, com essa gente. Desfaziam-se em mesuras e mostravam-se amabilíssimos procurando, certamente, agradar. Porém, evidentemente, não enganavam nenhum dos portugueses presentes. Com excepção do cônsul e do chanceler do consulado, os súbditos nipónicos que se encontravam em Timor trabalhando na Sociedade Agrícola Pátria e Trabalho eram, provavelmente, espiões e, alguns deles, pelo menos, militares, pois os seus gestos os traiam.
Em breve soube que o governador os mandava vigiar atentamente e somente lhes permitia as viagens indispensáveis, pois as suas actividades os haviam tornado suspeitos além de que, sem razão plausível, do Japão mandavam frequentemente novos homens a substituir os que se encontravam em Timor, pois não lhes era n permitido aumentarem o seu número.
(...) Na festa do consulado japonês encontrei, também, o australiano, velho colono de Timor Arthur Brian e os dois técnicos da QANTAS, srs. David Ross e Robert Smith que já conhecia das partidas de ténis e que, também, eram com toda a evidência, militares disfarçados.
(...) Há muito tempo que em Timor tinha sido encontrado petróleo. Uma companhia estrangeira, a Allied Mining Timor Corporation havia feito furos de prospecção que mandara obturar assim que encontravam petróleo, explicando essa determinação pela não existência de depósitos economicamente exploráveis !
Num dado dia chegou a Díli o engenheiro Veiga Lima, nrepresentante duma companhia portuguesa recém-formada, a Companhia Ultramarina de Petróleos, afirmando que os trabalhos necessários iriam imediatamente começar. A verdade é que, logo a seguir, ela apareceu associada a uma nova companhia, holandesa, regressando o referido engenheiro a Portugal e sendo substituído pelo engenheiro-geólogo Brower, de nacionalidade holandesa, que com ele tinha vindo para Timor.
Teve este último engenheiro todas as facilidades para fazer os estudos topográficos necessários para a investigação da existência de petróleo em Timor, pois a carta da colónia feita por fotogrametria interessava, também, para complemento daquela que a Missão Geográfica estava a ultimar.
Assim, foi o piloto holandês do avião da carreira para Koepang que tirou as fotografias sucessivas que, vistas através duma lente binocular davam a sensação do relevo duma maneira flagrante e pude apreciar na Missão Geográfica onde eram revelados os filmes e depositadas todas as provas, conforme o exigido pelo governo de Timor.
Por esse tempo, os japoneses conseguiram autorização[de Lisboa, não do governador local], para estabelecerem uma carreira de hidroaviões entre Tóquio e Díli, com escala pela ilha de Palau, que não tinha qualquer justificação económica razoável, pois não havia comércio com o Japão e de Palau a Díli os grandes hidroaviões da carreira demoraram, em voos experimentais, nove horas!
Assim, obtiveram oportunidade de alargar substancialmente o número dos seus técnicos residentes em Timor, pois as infraestruturas de apoio necessárias ao hidroaviões requeriam a presença inadiável de pessoal competente em mecânica e radiotransmissão.
(xxiv) E eis que chegam, em meados do ano de 1941, novos portugueses, incluindo o capitão Freire Costa, novo comandante da Companhia de Caçadores de Timor:
(...) Já perto do meado do ano, chegou a Díli o novo director da administração civil, intendente dr. João Ferreira Taborda (...). No mesmo barco vieram para Timor o comandante da companhia de caçadores, capitão Freire da Costa e o administrador António Policarpo de Sousa Santos, funcionário do quadro privativo da colónia, que foi colocado em Bobonaro (...).
Entretanto, passaram-se os seis meses do meu estágio de médico que iniciava a carreira em meio colonial, pelo que fui nomeado delegado de saúde da zona leste, em fins de julho de 1941,seguindo para Baucau, a florescente Vila Salazar, no vapor Oé-Kússi. (...)
Fonte: José dos Santos Carvalho: "Vida e Morte em Timor Durante a Segunda Guerra Mundial", Lisboa: Livraria Portugal, 1972, pp. 15/24
(Continua)
(Seleção, revisão / fixação de texto, título, parênteses retos, itálicos e negritos: LG)
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Notaa do editor: