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terça-feira, 2 de abril de 2024

Guiné 61/74 - P25327: As nossoas geografias emocionais (24): Nhamate, no sector Oeste 1, Bissorã, em 1970, ao tempo da CCAÇ 13, "Leões Negros"


Guiné > Zona Oeste > Região do Oio > Sector O1 (Bissorã) > Nhamate > CCAÇ 13 > 1970 > Tratava-se de um reordenamento em construção. A população tinha sido subtraída ao controlo do PAIGC. As NT, por sua vez,  tiveram que dar início à construção de  um aquartelamento de raíz. Os primeiros construtores foram os "Leões Negros", o pesssoal da CCAÇ 13. Vivia-se em tendas.  

Foto do álbum do Adriano Silva, ex-fur mil da CCaç 13, disponível no portal, criado pelo Carlos Fortunsto, Leões Negros > CCAÇ 13 > Binar > Os construtotres. (Editada e reproduzida com a devida vénia...)


Guiné > Zona Oeste > Região do Oio > Sector O1 (Bissorã) > Nhamate > CCAÇ 13 > 1970 > Vista parcial do destacamento. Foto de Adriano Silva (2003).



Guiné > Zona Oeste > Região do Oio > Sector O1 (Bissorã) > Nhamate > CCAÇ 13 > 1970 > "Fabrico de tijolos de lama, para construção das novas habitações para a população". Foto do álbum de Adriano Silva (2003).



Guiné > Zona Oeste > Região do Oio > Sector O1 (Bissorã) > Nhamate > CCAÇ 13 > 1970 >  "Ajuda no transporte da população e a sua bicharada, para as novas tabancas, construídas com o seu apoio". Foto (e legenda) do Carlos Fortunato (2003).
 


Guiné > Zona Oeste > Região do Oio > Sector O1 (Bissorã) > Nhamate > CCAÇ 13 >1970 > "Almoçando - Furriéis Ribeiro (?), Adriano e Rocha. Foto de Adriano Silva, legenda de Carlos Fortunato (2003).



Guiné > Zona Oeste > Região do Oio > Sector O1 (Bissorã) > Nhamate > CCAÇ 13 > 13/03/1970 > "Panhard no novo aquartelamento de Nhamate construído pela CCaç, 13". Foto e legenda: Carlos Fortunato (2003).
 
Fotos (e legendas): © Carlos Fortunato (2003). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]




Guiné > Região do Oio > Carta de Bula  (1953) > Escala 1/50 mil  > Posição relativa de Bula, Binar,  Choquemone (a vermelho, base do PAIGC), Nhamate, Manga, Changue, Unche, Ponta Coboi (que em 1970 pertenciam ao subsetor de Nhamate, e tinham sido retiradas ao controlo IN).

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (


1. Não temos muitas referências a Nhamate [a leste de Binar: vd. carta de Bula]. São apenas uma dúzia. Recentemente admitimos na Tabanca Grande o Victor Carvalho, que foi um dos nossos camaradas que passou por lá: era fur mil enf, da CCAÇ 2658.

Esta subunidade do BCAÇ 2905 foi para Nhamate, em março de 1970, para substituir a CCAÇ 13, "Leões Negros", a que pertenceu o nosso Carlos Fortunato, hoje presidente da direção da ONGD Ajuda Amiga.

Em 14mar70, e até 18jun70 a CCAÇ 2658 assumiu a responsabilidade do  subsector de Nhamate, com dois pelotões destacados em Manga e ficando integrada no dispositivo e manobra do BCaç 2861, com vista à execução dos trabalhos de reordenamento das populações daquela área.

Quem também esteve em Nhamate, em 1971,  foi a  CART 3330, comandanda pelo  cap art José Joaquim Vilares Gaspar, mais conhecido por Gasparinho (o seu humor cáustico não deixava ninguém indiferente: chamava a Nhamate o "abarracamento").

2. O Carlos Fortunato, ex- fur mil arm pes inf, MA, CCAÇ 13 (Bissorã, 1969/71), tem talvez o melhor sítio na Net sobre companhias individuais que passaram pelo CTIG. Infelizmente foi descontinuada  (por estar alojad a no servidor do Sapo) a sua preciosa página  sobre os "Leões Negros". 

Fomos recuperar uma crónica sua (publicada em 24/02/2003, e revista em 21/07/2007), justamente sobre Nhamate: "Os construtores - 3/2/1970". (O nosso camarada está nesta altura na Guiné-Bissau, no âmbito das suas funções de presidente da direção da ONGD Ajuda Amiga, deve regressar a meio do mês de abril, vai para ele um especial alfabravo.)

Reproduzimos, então,  com a devida vénia, alguns exertos desse texto e algumas fotos:


Reordenamento e aquartelamento de Nhamate > 
Os Leões Negros, construtores

por Carlos Fortunato

(...) Colocar as populações em zonas protegidas por aquartelamentos, era a política seguida na altura, embora a população fosse livre para cultivar onde entendesse, deixava de estar dispersa pelo mato.

A península do Encherte oferecia boas condições para este objectivo, devido ao facto de estar rodeada por bolanhas, o que dificultava ao PAIGC o acesso à população.

A nossa missão implicava:

  • abertura de estradas;
  • construir os 3 novos pequenos aquartelamentos;
  •  ajudar na construção das novas casas para a população;
  • ajudar a mover a população para a península (transportando os seus haveres nas viaturas);
  • e destruir as antigas tabancas.

(...) Esta política,  levada a cabo por toda a Guiné, obrigava à existência de grande número de efectivos para defender e controlar as populações, os quais o General Spinola solicita constantemente, mas que nunca iria obter, acabando parte da populações por ficar sujeita a um duplo controlo, nosso e do PAIGC.

O PAIGC, sem preocupações de defender qualquer zona de território, quando atacado em força numa zona, dispersava-se, mas regressava mais tarde, quando a força atacante retirava.

Após a morte de Amílcar Cabral em 1973, a estratégia do PAIGC mudou, pois além das habituais flagelações, este passou a concentrar elevado número de forças contra determinados aquartelamentos junto à fronteira, com a intenção da sua destruição/conquista, a chegada dos mísseis terra-ar foi fundamental para esta estratégia, pois garantiu-lhe a protecção necessária contra a aviação. Esta alteração colocou em causa a politica de defesa, pois deixava os pequenos aquartelamentos muito expostos.

A nossa missão junto da população foi calma, em geral mostrou-se afável e colaborante, embora fosse clara a tristeza por abandonarem a sua antiga casa. Notou-se alguma influência da guerrilha, pois dois elementos da população (guerrilheiros?) chegaram a desafiar abertamente a nossa autoridade, um acabou por ser preso e o outro por ser morto, depois destes incidentes, as relações com a população foram sempre excelentes.

(...) Este reordenamento tinha não só o objectivo de retirar a população do controlo do PAIGC, mas também de reforçar a defesa nesta zona, dado que com os novos foguetões 122mm, seria fácil à guerrilha atingir Bissau a partir daqui.

(...) Esta acção obrigou o PAIGC a retirar da zona, o que fez de má vontade ... e com muita saudade, a julgar pelas visitas a Nhamate, cuja defesa estava a cargo do alferes Pimenta, outro dos rangers que integravam a companhia.

O PAIGC possuía naquela zona um bigrupo (cerca de 60 homens), bem como armas pesadas, e o nosso controlo da zona obrigava-o a retirar, pois ficava sem a sua base de apoio (alimentação). É provável que para efectuar estes ataques, este bigrupo tivesse sido reforçado com guerrilheiros de outras bases, nomeadamente da sua principal base no Choquemone.

Sabendo que as nossas defesas naquela altura eram fracas, o PAIGC lançou ataques em força, tentando quebrar a nossa determinação, mas o nosso moral sempre foi muito alto, o comando muito determinado, e a eficácia da nossa resposta surpreendente (parecia que sabíamos onde eles estavam), pelo que foram sempre obrigados a retirar apressadamente, levando as suas baixas.

 (...) Logo no primeiro ataque a Nhamate, a 3/2/1970, talvez o mais violento, apesar de termos as nossas defesas muitos deficientes, os guerrilheiros foram obrigados a retirar rapidamente e com várias baixas, graças a um estudo cuidado do terreno, onde foram identificados os melhores locais de ataque, e estudada a precisa regulação dos morteiros, para os anular, o que permitiu uma rápida e eficiente resposta, tendo nós apenas sofrido um ferido ligeiro.

A guerrilha manteria a sua pressão ofensiva nos dias seguintes, atacando Nhamate a 12/2/1970, Manga a 13/2/1970 (onde estava o 2º pelotão aquartelado), e de novo Nhamate,  em  17/2/1970, sempre com pouco sucesso, e retirando com baixas.

(...) Spínola fez uma visita à CCaç 13, o heli desceu em Nhamate, e ele deslocou-se depois de panhard até Unche. (...)

Carlos Fortunato

Publicado em 24/02/2003, e revisto em 21/07/2007, por Carlos Fortunato (O seu Web portal: http://portalguine.com.sapo.pt também foi descontinuado: pode ser agora consultado no Arquivo.pt , neste URL:

https://arquivo.pt/wayback/20131106043122/http://portalguine.com.sapo.pt/index.html

(Seleção, revisão / fixação de texto, para efeitos de publicação deste poste: LG)

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sábado, 9 de abril de 2022

Guiné 61/74 - P23154: Humor de caserna (44): Histórias pícaras: O Gasparinho - Parte I (António J. Pereira da Costa / José Afonso): (i) Siga a marinha; (ii) E viva a Pátria! Viva o nosso General!... Puuum"!; (iii) Reconhecimento pelo fogo, na picada de Nhamate-Binar; (iv) Não há rádios AVP1? Então mandem-me... o Teixeira Pinto!

Guiné > Região de Cacheu > Carta de Bula (1953) > Escala 1/50 mil > Posição relativa de Nhamate, sede da CART 3330 (1970/72) com destacamentos em Manga, Changue e Unche... E ainda Ponta Cuboi (à direira). À esquerda do mapa ficava João Landim. Na parte superior do mapa, a uns escassos quatro quilómetros, a noroeste de Binar, ficava uma base do PAIGC, o temível Choquemone.

Infografia: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné (2022)



Guiné > Região do Cacheu  > Binar > Nhamate > CCAÇ 13 > 1970 > Tratava-se de um reordenamento, tendo a população sido substraída ao controlo do PAIGC. As NT tiveram que construir um aquartelamento de raíz. Vivia-se em tendas. "A nossa missão junto da população foi calma, em geral mostrou-se afável e colaborante, embora fosse clara a tristeza por abandonarem a sua antiga casa. Notou-se alguma influência da guerrilha, pois dois elementos da população (guerrilheiros?) chegaram a desafiar abertamente a nossa autoridade, um acabou por ser preso e o outro por ser morto, depois destes incidentes, as relações com a população foram sempre excelentes. Este reordenamento, tinha não só o objectivo de retirar a população do controlo do PAIGC, mas também de reforçar a defesa nesta zona, dado que com os novos foguetões 122 mm, seria fácil à guerrilha atingir Bissau a partir daqui... " (Carlos Fortunato). Foto do álbum de  Adriano  Silva, ex-fur mil da CCaç 13 (Bissorã, 1969/71).

Foto (e legenda) : © Carlos Fortunato (2008). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Às voltas com os "escritos" do José Afonso sobre o seu comandante, Salgueiro Maia (que morreu há 30 anos),  e os seus camaradas da CCAV 3420 (Bula, 1971/73), descobri, em postes já publicados, mas dispersos, várias referências ao cap art (depois promovido a major, 2.º camdt do BA 7) José Joaquim Vilares Gaspar, o primeiro de três comandantes que teve a CART 3330 (Nhamate e Bula, 1970/72).

É uma figura da qual se contam também "histórias pícaras", aqui lembradas por quem o conheceu  ou foi seu contemporâneo: casos do António J. Pereira da Costa, seu amigo, mas também  José Afonso,  José Borrego, Luís Faria... Achámos por bem recuperar essas histórias. Publicando um primeiro de vários postes na série "Humor de Caserna".

Infelizmente não temos nenhuma foto dele, nem grande informação sobre a vida do militar e do homem. Julgamos que antes da Guiné terá passado por Angola e Moçambique. Infelizmente também já morreu, há muito (c. 1977).

No sítio Memórias d'África e d'Oriente, encontrámos a seguinte referência bibliográfica:

[84547]  GASPAR, José Joaquim Vilares
Aí estão eles... carta do meu amigo Luís de Sá / José Joaquim Vilares Gaspar
In: Polícia Moçambique. - nº 6 (Nov. 1968), p. 7-8, il.
Descritores: Moçambique | Literatura
Cota: 3166|IICT


Histórias pícaras > O Gasparinho


(i) Siga a Marinha!

O primeiro a falar dele no nosso blogue, em 2007, no poste da sua apresentção à Tabanca Grande (*),  foi  o António J. Pereira da Costa, seu amigo, também ele da arma de artilharia, a propósito da famosa expressão "Siga a Marinha" (cuja autoria lhe é atribuída, indevidamente ou não, veremos isso mais tarde):

(...) Esta frase foi inventada pelo capitão José Joaquim Vilares Gaspar, mais tarde major, ainda na Guiné (no GA 7) e falecido por volta de 1977. Era o célebre Gasparinho de Quibaxe (Angola) de quem se contam muitos ditos e anedotas, quase todas verdadeiras, embora incríveis.

Salgueiro Maia fala dele no seu livro  [Capitão de Abril - Histórias da Guerra do Ultramar e do 25 de Abril, 1994]   (...) e na Fotobiografia da Guerra Colonial (Circulo de Leitores) (...)  transcreve-se uma nota que ele escreveu, na Guiné, expondo a situação do seu quartel em Nhamate, "mais propriamente abarracamento": Siga a Marinha que o Exército já lá está e Força Aérea já anda no ar há meia-hora. (...)

Era assim que ele a dizia. Talvez um desabafo ou uma crítica ou até um bordão para se sentir vivo. Não o dizia com qualquer espécie de humor. Conheci-o bem. Era um homem sério, muito inteligente, bom condutor de homens e com uma capacidade de crítica muito apurada, mas que bebia bastante. Além disso, a inteligência e a capacidade de crítica são uma mistura explosiva" (*)


(ii) E viva a Pátria! Viva o nosso General!... Puuum"...

Outra referência a este militar, carinhosamente conhecido como Gasparinho, foi feita pelo José Afonso, ex-fur mil at cav, CCAÇ 3420 (Bula, 1971/73) quando esteve destacado em Nhamate com o seu 3.º Gr Comb, de 19 a 24 de Novembro de 1971, fazendo segurança a Bissau.  Fou nessa altura que ouviu os militares da CART 3330 (que guarnecia Nhamate e mais os seus destacamentos: Manga, Unche e Changue).

(...) Achamos estranho quando no primeiro dia, ao pôr-do-sol, toca o clarim para a formatura do arriar da Bandeira. É formada a secção em frente mas o engraçado é que depois da bandeira descida, em vez de o Furriel mandar direita volver, manda meia volta volver. E, nesta posição, de costas para o pau da bandeira, cantava-se:
- E viva a Pátria, viva o nosso General! 

Ao mesmo tempo mandavam como que um coice e gritavam:
- Puuum!!! (...)

O Comandante desta Companhia, a CART 3330 (vd. ficha a unidade a seguir),  inicialmente foi o célebre Capitão Gaspar, mais conhecido por Gasparinho, que como foi promovido a Major foi para a COP de Mansabá. 

Na altura que estivemos em Nhamate, o Capitão Gaspar já não estava mas as histórias contadas são hilariante e nem parecem ser reais. Eis algumas delas:

(iii) Reconhecimento pelo fogo, na picada de Nhamate-Binar

Semanalmente de Nhamate ia uma coluna a Binar buscar os reabastecimentos. 

Era uma longa picada que deveria ser picada devido à hipótese de haver minas na zona. Isso não se fazia. Ou se montava uma HK21 na primeira viatura e se varria a picada à rajada ou então o Capitão Gasparinho picava-a à rajada de G3, tendo para isso sempre ao lado um homem que assim que acabava um carregador de imediato lhe passava outra G3. 

Era como ele dizia o reconhecimento pelo fogo.


(iv) Não há rádios AVP1? Então mandem-me... o Teixeira Pinto!

Em Junho de 1971, Bissau é atacado por foguetões de 122 mm. 

À Companhia do Capitão Gaspar, a CART 3330,  é dada ordem para ocupar a Ponta Cuboi com um Pelotão, evitando outra possível flagelação de Bissau. Era difícil a esta Companhia dividir-se por 4 locais e a Companhia também não tinha rádios para o pessoal a destacar.

O Capitão Gaspar pedia muitas vezes através de mensagem algum material de que necessitava. Como já era demais conhecido em todas as Repartições de Bissau, quase nunca lhe era dado um sim. Desta vez pediu rádios AVP1. Responderam-lhe que Teixeira Pinto tinha sido o homem que havia pacificado a Guiné e conseguiu fazê-lo sem rádios. Resposta por mensagem:
- Então mandem-me o Teixeira Pinto.

Teixeira Pinto não veio mas o Capitão teve de cumprir a missão. Depois do Pelotão ter saído para Ponta Cuboi, enviou nova mensagem para Bissau:

Em referência às vossas mensagens, informo missão cumprida. Solicito autorização contratar 40 guardas-nocturnos a fim de garantir segurança às minhas posições.

O Pelotão de Ponta Cuboi fazia rotação entre os 4 locais da Companhia e patrulhava a zona 24 horas por dia. Ao sair para este patrulhamento, o Pelotão saía de modo muito original, com os homens equipados e armados em coluna de dois, cantando em coro, ao ritmo da marcha:

Cá vai a 30
Com arquinhos e balões
Vai P’rá Ponta Cuboi
Ver passar os foguetões!

(Continua)

2. Ficha de unidade:

Companhia de Artilharia n.º 3330

Identificação: CArt 3330

Unidade Mob: RAL 3 - Évora

Cmdt: Cap Art José Joaquim Vilares Gaspar | Cap Mil lnf José Alberto Palma Sardica ! Cap Mil Inf José Vicente Teodoro de Freitas

Divisa: -

Partida: Embarque em 14Dez70; desembarque em 20Dez70 | Regresso: Embarque em 13Dez72

Síntese da Actividade Operacional

Após a realização da lAO, de 04Jan7J a 30Jan71, no CMl, em Cumeré, seguiu em 02Fev71 para Nhamate, a fim de efectuar o treino operacional e sobreposição com a CCaç 2529.

Em 28Fev71, assumiu a responsabi Iidade do referido subsector de Nhamate, com destacamentos em Changue e Unche, ficando integrada no dispositivo e manobra do BCaç 2898 e depois do BCav 8320/72, sendo especialmente orientada para a coordenação dos trabalhos dos reordenamentos das populações da área e sua promoção socioeconómica.

Em 300ut72, foi rendida pela 2." Comp/BCav 8320/72, por troca, e foi deslocada para Bula, ainda na dependência do BCav 8320/72, onde permaneceu até 27Nov72, como subunidade de intervenção e reserva do sector e em serviço de guarnição.

Em 27Nov72, foi substituída em Bula por dois pelotões da 2.a Comp/BCav 8320/72 c seguiu para Cumeré, onde se manteve a aguardar o embarque de regresso.

Observações . Tem História da Unidade (Caixa n." 99 - 2ª Div/4ª Sec, do AHM).

Fonte: Excertos de: CECA - Comissão para Estudo das Campanhas de África: Resenha Histórico-Militar das Campanhas de África (1961-1974) : 7.º Volume - Fichas das Unidades: Tomo II - Guiné - 1.ª edição, Lisboa, Estado Maior do Exército, 2002, pág. 476.
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