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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Guiné 63/74 - P15549: Inquérito 'on line' (24): Num total de 35 respostas, 15 dos nossos camaradas (c. 43%) diz que o bacalhau nunca faltou na mesa de Natal, no CTIG... A inquirição acaba no dia 30, 4ª feira, às 14h10


Guiné > Zona leste > CART 3494 (1971/74) > Xime >  Natal de 1972, o segundo passado no CTIG. De pé, António Costa [1.º cabo]; José Pacheco [20.º Pel Art]; Jorge Araújo e Mário Neves [furriéis].


Guiné > Zona leste > CART 3494 (1971/74) > Mansambo > Natal de 1973, o 3º passado no CTIG >  Da esquerda para a direita: Carola Figueira [furriel]; António Costa, de pé [1.º cabo impd. messe of.]; Orlando Bagorro [1.º  srgt]; Serradas Pereira [alferes]; Luciano Costa [cap mil cmdt CART 3494]; Jorge Araújo, de pé [furriel]; Lobo da Costa [alferes estagiáriodo curso de capitães].


Fotos (e legendas): © Jorge Araújo (2014). Todos os direitos reservados. [Edição: LG]



INQUÉRITO DE OPINIÃO: "NA GUINÉ, NO NATAL, NUNCA FALTOU O 'FIEL AMIGO', O BACALHAU"


Camaradas: como era na Guiné, nos idos tempos de 1961/74 ?  Como eram as nossas "ceias de Natal" ?...

Recorde-se aqui a nossa série "O meu Natal no mato"... Já publicámos pelo menos 42 postes  nesta série: o último foi assinado pelo nosso camarada Rui Pedro Silva (ex- cap mil, CCAV 8352, Cantanhez, 1972/74) (*).

Por outro lado, houve malta que passou 3 natais no CTIG ou a caminho do CTIG: caso,  por ex..  da CART 3494 (Xime e Mansambo, 1971/74).

O "fiel amigo", o bacalhau, está associado, na nossa tradição gastronómica, à quadra festiva do Natal e Ano Novo...

Na ceia de Natal portuguesa (e nomeadamente nortenha) a tradição era (e continua a ser) comer bacalhau, e de muitas formas e feitios, desde o bacalhau com pencas à "roupa velha"...  Na Guiné, durante a guerra colonial, o bacalhau trazia-nos a lembrança dos sabores da terra e as saudades de casa.

O bacalhau, a saudade e e, a partir de meados do séc. XIX, o fado são três elementos da nossa identidade.

Vd. aqui a propósioyo a um interessantíssimo artigo de José Manuel Sobral e Patrícia Rodrigues - O “fiel amigo”: o bacalhau e a identidade portuguesa. Etnográfica [Em linha], vol. 17 (3) | 2013. desde. [Consult em 28 de dezembro de 2015]. Disponível em http://etnografica.revues.org/3252.

É um artigo que aconselhamos vivamente, disponbível em pdf, e que foca os seguintes pontos: (i) A identificação entre o bacalhau e os portugueses; (iii) Um consumo antigo; (iiii) Razões históricas do consumo do bacalhau em Portugal; (iv) Da penitência ao sucesso; (v) A pesca e o abastecimento do bacalhau: uma síntese breve; (vi) A construção de uma cozinha nacional e o bacalhau: o testemunho dos livros de cozinha; (vii) O bacalhau e os portugueses: uma identificação recriada nas relações e inscrita no corpo e na memória

Bacalhau com "pencas"...
Foto de LG
Como dizem os autores no resumo do seu artigo "o bacalhau possui um estatuto único na cozinha portuguesa, pois é ao mesmo tempo um alimento muito frequente no seu receituário e um símbolo da própria identidade nacional. Neste ensaio procede-se a uma reconstrução genealógica dos diversos motivos e processos que conduziram a esta situação, procurando mostrar que dinâmicas de natureza religiosa, económica, política e ideológica se combinam com uma longa socialização e incorporação, que se traduziu num gosto específico por este tipo de alimento entre os portugueses."


Ler aqui algo mais sobre a história da pesca do bacalhau... 

Recorde-se, por outro lado, que sobre a pesca do bacalhau  (a tal "outra guerra"...) temos já 15 referências no nosso blogue. No nosso tempo, o Estado Novo elevou a "faina maior" à categoria de epopeia nacional... E em 1958 Portugal era o maior produtor mundial de bacalhau seco e salgado...

Houve, até agora, 35 respostas ao inquérito de opinâo desta semana festiva sobre a presença do bacalhau na mesa de Natal na Guiné,  no nosso tempo (1961/71). As opiniões estão assim repartidas:
.

1. Sim, nunca faltou, no Natal > 15 
(42,9%)


2. Não sei / não me lembro > 9 
(25,7%)


3. Faltou pelo menos uma vez > 0 
(0%)


4. Faltou sempre > 9 
(25,7%)

5. Não aplicável. nunca liguei ao bacalhau > 2 
(5,7%)


Votos apurados: 35
(100,0%)

Dias que restam para votar: 2 (termina em 30/12/2015, 4ª feira, às 14h10). Queremos chegar, pelo menos, até às 100 respostas... (**)

________________

Notas do editor:

(*) Vd. último poste da série > 25 de dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P14080: O meu Natal no mato (42): 1971, em Zemba (Angola); 1972, em Caboxanque; 1973, em Cadique (Rui Pedro Silva, ex- cap mil, CCAV 8352, Cantanhez, 1972/74)

(**) Último poste da série > 15  de dezembro de 2015 > Guiné 63/74 - P15492: Inquérito 'on line' (23): cerca de 57% dos respondentes, num total de 81, admitem que já caíram (ou foram tentados a cair) no 'conto do vigário', uma ou mais vezes, e sobretudo na vida civil...

sexta-feira, 7 de abril de 2017

Guiné 61/74 - P17217: In Memoriam (283): Jorge Teixeira (Portojo) (1945-2017), ex-Fur Mil, Pel Canhão s/r 2054, Catió, 1968-70... O funeral é amanhã às 14h30, da Capela Mortuária de Rio Tinto, Gondomar, para o cemitério de Paranhos, no Porto


Gondomar > Fânzeres > Tabanca dos Melros > Março de 2017 > Uma das últimas fotos do Jorge Teixeira (Portojo) (1945-2017). Cortesia da página do Facebook da Tabanca dos Melros de que ele foi cofundador em 2009.


1. O Jorge Teixeira (Portojo) (ex-Fur Mil, Pelotão de Canhões S/R 2054, Catió, 1968/70), despediu-se da "terra da alegria"... O  funeral é amanhã às 14h30, da Capela Mortuária de Rio Tinto, Gondomar, para o cemitério de Paranhos, no Porto (*).

O seu grande amigo e camarada, o José Ferreira da Silva, é que nos confirmou a triste notícia, que já circulava esta manhã nas redes sociais:

"Comunico a todos os meus amigos que o Jorge Portojo faleceu esta noite, no Hospital S. João do Porto, onde se encontrava há uma semana.

O Funeral sairá da Capela Mortuária de Rio Tinto pelas 14,30 de amanhã, em direcção ao Cemitério de Paranhos.

Todos os que tiveram o prazer de o conhecer sabem bem da perda que vamos sentir. Resta-nos manter a sua boa memória, bem como a amizade e camaradagem que ele tanto nos incutiu.

Sempre juntos, desde a guerra até à paz eterna!"


2. O Portojo tinha mais de 6 dezenas de referências no nosso blogue.  Fazia anos a 8 de dezembro. Tinha um grupo indefetível de amigos e camaradas, o Bando do Café Progresso. Tinha página no Google Mais com 355 seguidores. Era um apaixonado pela vida, amante das coisas boas da vida. 

Era um notável fotógrafo. "Cartografou" a sua cidade como poucos, deixando-nos belíssimas imagens do Porto e dos recantos. A mim ajudou-me a conhecer melhor o Porto (**),

Era um homem, de verbo fácil, grande contador de histórias, dotado de grande argúcia e corrosiva ironia... Convivi com ele duas ou três na Tabanca de Matosinhos e no último encontro da Tabanca Grande, o ano passado, em Monte Real.

Tinha página no  Facebook, era um um homem perfeitamente adaptado às redes sociais. Estava também no Twitter, como  Jorge Portojo... Os seus interesses manifestados era,: "Fotografia, Caminhadas, Convívios, Leitura, Música, Amizades, Copos". Tinha diversos blogues de que destaco A Vida em Fotos.

Em 27 de abril de 2013, no  9º aniversário do nosso blogue, escreveu o seguinte depoimento que diz muito da sua personalidsde e da sua maneira de ser e estar na vida (***):

(...) "Fálo (com acento, assim evito confusões com o falo que nos querem impôr na nova ortografia) por mim, pois a muitos amigos e camaradas a quem envio esses lugares comuns tal não seria possível sem o Blogue que criaste e os editores desenvolveram e os correspondentes mantêm vivo.

Por ele e por causa dele, Blogue, reencontrei camaradas, fiz amizades pessoais e correspondentes espalhados pelo mundo.

Roubando ao Eduardo Campos a sua célebre frase: Salazar foi um fdp que me tirou anos de juventude, mas permitiu-me conhecer muitos amigos.

Ao Blogue cabe perfeitamente a adaptação da frase. Na minha resposta ao questionário, escrevi que já não tenho mais estórias para contar. Claro que tenho, mas muitas não podem ser publicadas. Faltar-lhes-ia em primeiro lugar o engenho da escrita para descrever situações que à distância de 40 e tal anos parecem estúpidas e irreais.

Também foi por causa do Blogue que recebo a minha pensão militar. Não sei se é assim que ela se chama, mas para o caso também não interessa nada. (Acho que é a única frase boa que alguma vez a Teresa Guilherme exprimiu, serve para tudo).

É estória velha já contada. Ao correr da pena, foi o saudoso Carlos Pinhão que me ensinou a diferença entre estória e história. Não tem nada a ver com a nova ortografia ou ter apanhado a palavra dos amigos Brasileiros. Mas este Blogue tem história e muita e tem muitas estórias.

Para lá dos parabéns, blablabla, deixo o meu abraço ao Luís e seus muchachos extensivos à rapaziada da Peste Grisalha." (...).

Até sempre, camarada Jorge Portojo. A tua memória e o teu nome ficarão, para sempre connosco,  sob o sagrado, mágico, protetor poilão da Tabanca Grande, indo juntar-se à lista, infelizmente já extensa, dos que "da lei da morte já se foram libertando".

As nossas condolências, à família, amigos e camaradas mais chegados. (LG)
_____________


(*) Vd. poste de 28 de dezembro de 2014 > Guiné 63/74 - P14087: Os nossos seres, saberes e lazeres (75): O Porto (e)terno (Luis Graça)

(***) Vd. poste de  27 de abril de 2013 > Guiné 63/74 - P11487: 9º aniversário do nosso blogue: Parabéns (3): Parabéns ao grandioso Blogue (Felismina Costa) e Por ele e por causa dele, Blogue, reencontrei camaradas, fiz amizades pessoais e correspondentes espalhados pelo mundo (Jorge Teixeira - Portojo)

segunda-feira, 1 de novembro de 2021

Guiné 61/74 - P22677: Efemérides (354): No Dia de Finados, lembremos os nossos queridos mortos: nos últimos dois anos, em 2020 e 2021, em plena pandemia de Covid-19, a morte levou 36 de nós (31,3%) num total de 115 mortes registadas (13,8% dos 854 membros da Tabanca Grande)


Vouzels > Campia > Junho de 2021 >  Um das últimas fotos de grupo (*)  com o Victor Barata (1953-2021) (**), aqui sentado à mesa,  ao centro. Era carinhosamente tratado por "Vitinho". Foi o fundador e o grande animador do blogue Especialistas da Base Aérea 12, Guiné 65/74.

Um grupo de  camaradas e amigos de Coimbra foi visitá-lo (e homenageá-lo) na sua casa, em Campia, Vouzela,  no no distrito de Viseu, nos princípios de junho de 2021, já ele já estava bastante debilitado pela doença crónica degenerativa que virá a   causar  a sua morte, em 25 de outubro último. A foto é de Augusto Ferreira, 2º Srgt Mil Melec/Inst/Av (*). Reproduzida aqui com a devida vénia.


1. Entre vivos e mortos, a lista dos amigos/as e camaradas  da Guiné, pertencentes à Tabanca Grande, soma já 854... Ao fim de 17 anos e meio de existência (, vamos fazer 18, em 23 de abril de 2022, se lá chegarmos).

No entanto, aqueles e aquelas que "da lei da morte já se foram libertando" (n=115), representam já 13,8% do total.  Os seus nomes constam da coluna estática do blogue, no lado esquerdo. Os dois últimos, e mais recentes, foram o Victor Barata (1953-2021) e o Queta Baldé (1943-2021).

Dos nossos queridos mortos, mais recentes, nos últimos dois anos, registamos, com grande pesar, que ultrapassaram as 3 dezenas, mais exatamemte 36: 11 em 2020 e 25 em 2021... (Estes últimos estão destacados a vernelha, na lista alfabétoca dos membros da Tabanca Grande, na coluna do lado esquerdo.)

Não sabemos com rigor quantos deles morreram na sequência directa ou indireta da pandemia de Convid-19, mas este número (36) representa  quase um terço )31,3%) do total das mortes ocorridas nestes anos todos... 

Será uma sobremortalidade, a deste ano, ou o resultado inevitável do nosso progressivo e irreversível envelhecimento, com tendência, portanto, a aumentar nos próximos anos ?

Por outro lado, estes números das nossas "baixas mortais" devem pecar por defeito: há membros da Tabanca Grande de que não temos notícias há anos, ou seja, são camaradas que não fazem "prova de vida", por email, telefone ou colaboração no blogue... (Razão pela qual, também, deixámos de celebrar o seu aniversário, nos casos em que estávamos autorizados a fazê-lo). Alguns, como o António Paiva, por exemplo, já terão morrido... Mas não temos confirmação (ofcial ou oficiosa) do seu falecimento.

Recordemos hoje, isso sim, no Dia de Finados (, habitualmente comemorado no feriado de 1 de Novembro), e mais uma vez, os nomes dos nossos amigos e camaradas que nos deixaram nestes últimos 22 meses (e que vão destacados a negrito), mas também, todos os demais que estão no nosso mural (n=115).

Saibamos honrar a sua memória, deposi de os ter resgatado da "vala comum do esquecimento" (***).

A

Agostinho Jesus (1950-2016) 
Alcídio Marinho (1940-2021)
Alfredo Dinis Tapado (1949-2010)
Alfredo Roque Gameiro Martins Barata (1938-2017)
Amadu Bailo Jaló (1940-2015)
Américo Marques (1951-2019)
Aniceto Rodrigues da Silva (1947-2021)
António da Silva Batista (1950-2016)
António Dias das Neves (1947-2001)
António Domingos Rodrigues (1947-2010)
António Manuel Carlão (1947-2018)
António Manuel Martins Branquinho (1947-2013)
António Manuel Sucena Rodrigues (1951-2018)
António Rebelo (1950-2014)
António Teixeira (1948-2013)
António Vaz (1936-2015)
Armandino Alves (1944-2014)
Armando Teixeira da Silva (1944-2018)
Augusto Lenine Gonçalves Abreu (1933-2012)
Aurélio Duarte (1947-2017)

C/H

Carlos Azeredo (1930-2021)
Carlos Cordeiro (1946-2018)
Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai) (1929-2021)
Carlos Filipe Coelho (1950-2017)
Carlos Geraldes (1941-2012)
Carlos Marques dos Santos (1943-2019)
Carlos Rebelo (1948-2009)
Carlos Schwarz da Silva, 'Pepito' (1949-2014)
Celestino Bandeira (1946-2021)
Clara Schwarz da Silva (1915-2016)
Cláudio Ferreira (1950-2021)
Cristina Allen (1943-2021)

Cristóvão de Aguiar (1940-2021)

Daniel Matos (1949-2011)
Domingos Fernandes (1946-2020)

Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019)

Fernando Brito (1932-2014)
Fernando [de Sousa] Henriques (1949-2011)
Fernando Franco (1951-2020)
Fernando Rodrigues (1933-2013)
Francisco Parreira (1948-2012)
França Soares (1949-2009)

Gertrudes da Silva (1943-2018)

Humberto Duarte (1951-2010)

I/J

Inácio J. Carola Figueira (1950-2017)
Isabel Levezinho (1953-2020)
Ivo da Silva Correia (.c 1974-2017)

João Barge (1945-2010)
João Cupido (1936-2021)
João Caramba (1950-2013)
João Diniz (1941-2021)
João Henrique Pinho dos Santos (1941-2014)
João Rebola (1945-2018)
João Rocha (1944-2018)
Joaquim Cardoso Veríssimo (1949-2010)
Joaquim da Silva Correia (1946-2021)
Joaquim Peixoto (1949-2018)
Joaquim Vicente Silva (1951-2011)
Joaquim Vidal Saraiva (1936-2015)
Jorge Rosales (1939-2019)
Jorge Teixeira (Portojo) (1945-2017)
José António Almeida Rodrigues (1950-2016)
José Augusto Ribeiro (1939-2020)
José Barreto Pires (1945-2020)
José Ceitil (1947-2020)
José Eduardo Alves (1950-2016)
José Eduardo Oliveira (JERO) (1940-2021)
José Fernando de Andrade Rodrigues (1947-2014)
José Luís Pombo Rodrigues (1934-2017)
José Manuel Dinis (1948-2021)
José Manuel P. Quadrado (1947-2016)
José Martins Rosado Piça (1933-2021)
José Maria da Silva Valente (1946-2020)
José Marques Alves (1947-2013)
José Moreira (1943-2016)
José (ou Zé) Neto (1929-2007)
José Pardete Ferreira (1941-2021)

L/N

Leopoldo Amado (1960-2021)
Libório Tavares (Padre) (1933-2020)
Lúcio Vieira (1943-2020)

Luís Borrega (1948-2013)
Luís Encarnação (1948-2018)
Luís Faria (1948-2013)
Luís F. Moreira (1948-2013)
Luís Henriques (1920-2012)
Luís Rosa (1939-2020)

Mamadu Camará (c. 1940-2021)
Manuel Amaral Campos (1945-2021)

Manuel Carneiro (1952-2018)
Manuel Castro Sampaio (1949-2006)
Manuel Dias Sequeira (1944-2008)
Manuel Martins (1950-2013)
Manuel Moreira (1945-2014)
Manuel Moreira de Castro (1946-2015)
Manuel Varanda Lucas (1942-2010)
Marcelino da Mata (1940-2021)
Maria da Piedade Gouveia (1939-2011)
Maria Manuela Pinheiro (1950-2014)
Mário Gualter Pinto (1945-2019)
Mário Vasconcelos (1945-2017)

Nelson Batalha (1948-2017)

O/V

Otelo Saraiva de Carvalho (1936-2021)

Paulo Fragoso (c.1947-2021)

Queta Baldé (1943-2021)

Raul Albino (1945-2020)
Renato Monteiro (1946-2021)

Rogério da Silva Leitão (1935-2010)

Teresa Reis (1947-2011)
Torcato Mendonça (1944-2021)

Umaru Baldé (1953-2004)

Vasco Pires (1948-2016)
Victor Alves (1949-2016)
Victor Barata (1951-2021)
Victor Condeço (1943-2010)
Vítor Manuel Amaro dos Santos (1944-2014)

Total=115
____________

Notas do editor:

(*) Vd. Blogue Especialistas da Base Aérea 12, Guiné 65/74 > terça-feira, 8 de junho de 2021 > Voo 3599 – Visista ao nosso ComandanteI

(**) Vd. poste de 25 de outiubro de  2021 > Guiné 61/74 - P22660: In Memoriam (416): Victor Barata (1951-2021), ex-1.º Cabo da FAP, Especialista de Instrumentos de Bordo, BA 12, Bissalanca, 1971/73; membro da Tabanca da Grande desde maio de 2006 e fundador, em junho de 2007, do blogue Especialistas da BA 12... Era um "Zé Especial", tratado com muito carinho por "Vitinho"... Velório: hoje, a partir das 16h00 em Campia; Vouzela; missa de corpo presente às 15h00 de amanhã, seguindo depois o féretro para a Casa Crematória de Viseu

terça-feira, 1 de novembro de 2022

Guiné 61/74 - P23754: Efemérides (374): No Dia de Finados, lembremos os/as amigos/as e camaradas que já deixaram a Terra da Alegria, ao longo dos 18 anos de existência do nosso blogue: 127, ou seja, cerca de 15% de um total de 866



Leiria > Monte Real > Palace Hotel Monte Real > X Encontro Nacional da Tabanca Grande > 18 de abril de 2015 >  "Foto de família"... Um encontro onde juntámos cerca de duas centenas de amigos e camaradas da Guiné.  Quantos, entretanto, desses 200 participantes não terão já morrido?  Eis alguns de que nos lembramos: Antóno Estácio,  António Paiva (que nem sequer  consta da lista abaixo), José Eduardo R. Oliveira (JERO), Jorge Cabral, Jorge Rosales, José Augusto Miranda Ribeiro, José Diniz, Mário Vasconcelos, Raul Albino... Outros já não foram, ao nosso encontro de 2015 (onde fizemos o "pleno", ou seja, a lotação da sala...),  por estarem doentes, ou com dificuldades de mobilidade, etc. (Infelizmente, não podemos contabilizar aqui os familiares dos nossos camaradas, nomeadamente as esposas, entretanto falecidas.)

Foto: © Manuel Resende (2015). Todos os direitos reservados. [Edição e legendagem complementar: Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné]


1. Entre vivos e mortos, a lista dos amigos/as e camaradas  da Guiné, pertencentes à Tabanca Grande, somava já, até ontem,  866...  

No entanto, aqueles e aquelas que "da lei da morte já se foram libertando" (n=127), ao longo dos 18 anos de existência do nosso blogue, representam já 14,7% do total.  Os seus nomes constam da coluna estática do blogue, no lado esquerdo. Os dois últimos, os mais recentes, foram o Manuel Marinho (1950-2022) e o João Silva  (1950-2022).

Por outro lado, estes números das nossas "baixas mortais" devem pecar por defeito: há membros da Tabanca Grande de que não temos notícias há anos, ou seja, são camaradas que não fazem "prova de vida", por email, telefone ou colaboração no blogue... (Razão pela qual, também, deixámos de celebrar o seu aniversário, nos casos em que estávamos autorizados a fazê-lo).  Por exemplo, da morte do Manuel Marinho só soubemos agora, três meses depois, através de uma sua sobrinha querida. E do falecimento do Victor Alves (1949-2016)  só tivemos conhecimento quatro anos depois...

Recordemos hoje, isso sim, no Dia de Finados (habitualmente comemorado, em Portugal, no feriado de 1 de Novembro), e mais uma vez, os nomes de todos os nossos amigos e camaradas que nos deixaram nestes últimos 18 anos. (*)

Saibamos honrar a sua memória, depois de os ter resgatado da "vala comum do esquecimento".  Saibamos também trazer mais amigos e camaradas da Guiné para suprir a sua falta. Queremos, no final de 2023 (se lá chegarmos), atingir os 900 membros, formalmente registados, da Tabanca Grande (**).


Lista dos amigos/as e camaradas da Guiné que "da lei da morte já se foram libertando" (n=127 num total de 866 membros, registados, da Tabanca Grande, até 31/10/2022, ou seja, 14,7%). (A vermelho, vão os nomes dos 10 deste ano)

A (n=22)

Agostinho Jesus (1950-2016)
Alberto Bastos (1948-2022)
Alcídio Marinho (1940-2021)
Alfredo Dinis Tapado (1949-2010)
Alfredo Roque Gameiro Martins Barata (1938-2017)
Amadu Bailo Jaló (1940-2015)
Américo Marques (1951-2019)
Aniceto Rodrigues da Silva (1947-2021)
António da Silva Batista (1950-2016)
António Dias das Neves (1947-2001)
António Domingos Rodrigues (1947-2010)
António Estácio (1947-2022)
António Manuel Carlão (1947-2018)
António Manuel Martins Branquinho (1947-2013)
António Manuel Sucena Rodrigues (1951-2018)
António Rebelo (1950-2014)
António Teixeira (1948-2013)
António Vaz (1936-2015)
Armandino Alves (1944-2014)
Armando Teixeira da Silva (1944-2018)
Augusto Lenine Gonçalves Abreu (1933-2012)
Aurélio Duarte (1947-2017)


C (n=13)

Carlos Azeredo (1930-2021)
Carlos Cordeiro (1946-2018)
Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai) (1929-2021)
Carlos Filipe Coelho (1950-2017)
Carlos Geraldes (1941-2012)
Carlos Marques dos Santos (1943-2019)
Carlos Rebelo (1948-2009)
Carlos Schwarz da Silva, 'Pepito' (1949-2014)
Celestino Bandeira (1946-2021)
Clara Schwarz da Silva (1915-2016)
Cláudio Ferreira (1950-2021)
Cristina Allen (1943-2021)
Cristóvão de Aguiar (1940-2021)


D/E/F (n=11)

Daniel Matos (1949-2011)
Domingos Fernandes (1946-2020)
Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019)
Ernesto Marques (1949-2021)
Fernando Brito (1932-2014)
Fernando [de Sousa] Henriques (1949-2011)
Fernando Franco (1951-2020)
Fernando Rodrigues (1933-2013)
Francisco Parreira (1948-2012)
Francisco Pinho da Costa (1937-2022)
França Soares (1949-2009)


G/H/I (n=5)

Gertrudes da Silva (1943-2018)
Humberto Duarte (1951-2010)
Inácio J. Carola Figueira (1950-2017)
Isabel Levezinho (1953-2020)
Ivo da Silva Correia (c. 1974-2017)



J (n=33)

João Barge (1945-2010)
João Cupido (1936-2021)
João Caramba (1950-2013)
João Diniz (1941-2021)
João Henrique Pinho dos Santos (1941-2014)
João Rebola (1945-2018)
João Rocha (1944-2018)
João Silva (1950-2022)
Joaquim Cardoso Veríssimo (1949-2010)
Joaquim da Silva Correia (1946-2021)
Joaquim Peixoto (1949-2018)
Joaquim Vicente Silva (1951-2011)
Joaquim Vidal Saraiva (1936-2015)
Jorge Cabral (1944-2021)
Jorge Rosales (1939-2019)
Jorge Teixeira (Portojo) (1945-2017)
José António Almeida Rodrigues (1950-2016)
José Augusto Ribeiro (1939-2020)
José Barreto Pires (1945-2020)
José Ceitil (1947-2020)
José Eduardo Alves (1950-2016)
José Eduardo Oliveira (JERO) (1940-2021)
José Fernando de Andrade Rodrigues (1947-2014)
José Luís Pombo Rodrigues (1934-2017)
José Manuel Dinis (1948-2021)
José Manuel P. Quadrado (1947-2016)
José Martins Rosado Piça (1933-2021)
José Maria da Silva Valente (1946-2020)
José Marques Alves (1947-2013)
José Moreira (1943-2016)
José (ou Zé) Neto (1929-2007)
José Pardete Ferreira (1941-2021)
Júlio Martins Pereira (1944-2022)


L (n=9)

Leopoldo Amado (1960-2021)
Libório Tavares (Padre) (1933-2020)
Lúcio Vieira (1943-2020)
Luís Borrega (1948-2013)
Luís Encarnação (1948-2018)
Luís Faria (1948-2013)
Luís F. Moreira (1948-2013)
Luís Henriques (1920-2012)
Luís Rosa (1939-2020)

M (n=17)

Mamadu Camará (c. 1940-2021)
Manuel Amaral Campos (1945-2021)
Manuel Carneiro (1952-2018)
Manuel Castro Sampaio (1949-2006)
Manuel Dias Sequeira (1944-2008)
Manuel Marinho (1950-2022)
Manuel Martins (1950-2013)
Manuel Moreira (1945-2014)
Manuel Moreira de Castro (1946-2015)
Manuel Varanda Lucas (1942-2010)
Marcelino da Mata (1940-2021)
Maria da Piedade Gouveia (1939-2011)
Maria Ivone Reis (1929-2022)
Maria Manuela Pinheiro (1950-2014)
Mário de Oliveira (Padre) (1937-2022)
Mário Gualter Pinto (1945-2019)
Mário Vasconcelos (1945-2017)


N/O/P/Q/R (n=7)

Nelson Batalha (1948-2017)
Otelo Saraiva de Carvalho (1936-2021)
Paulo Fragoso (c.1947-2021)
Queta Baldé (1943-2021)
Raul Albino (1945-2020)
Renato Monteiro (1946-2021)
Rogério da Silva Leitão (1935-2010)


T/U/V/X (n=10)

Teresa Reis (1947-2011)
Torcato Mendonça (1944-2021)
Umaru Baldé (1953-2004)
Vasco Pires (1948-2016)
Veríssimo Ferreira (1942-2022)
Victor Alves (1949-2016)
Victor Barata (1951-2021)
Victor Condeço (1943-2010)
Vítor Manuel Amaro dos Santos (1944-2014)
Xico Allen (1950-2022)

Total= 127

RIP - Requiescant In Pace (Que Descansem em Paz!)
_____________

Notas do editor:

(*) Vd. poste de 1 de novembro de 2021 > Guiné 61/74 - P22677: Efemérides (354): No Dia de Finados, lembremos os nossos queridos mortos: nos últimos dois anos, em 2020 e 2021, em plena pandemia de Covid-19, a morte levou 36 de nós (31,3%) num total de 115 mortes registadas (13,8% dos 854 membros da Tabanca Grande)

Último poste da série > 24 de outubro de 2022 > Guiné 61/74 - P23735: Efemérides (373): Há exactamente 54 anos que embarquei para a Guiné (23.10.68 – 23.10.2022) (Carlos Pinheiro, ex-1.º Cabo TRMS Op MSG, Centro de Mensagens do STM/QG/CTIG)

(**) Vd. poste de 8 de outubro de  2022 > Guiné 61/74 - P23684: Mi querido blog, por qué no te callas? (7): Campanha dos 900 membros da Tabanca Grande até ao fim de 2023... Toca a "tocar o burro"... Porque, como diz o provérbio guineense, Buru tudu karga ki karga si ka sutadu i ka ta janti (O burro, com pouca ou muita carga, se não é açoitado, não anda)...

(...) Campanha dos 900 até ao fim do ano de 2023:

Endereços de email dos nossos editores de serviço:

(i) Luís Graça (Alfragide / Amadora e Lourinhã):

luis.graca.prof@gmail.com

(ii) Carlos Vinhal (Leça da Palmeira / Matosinhos):

carlos.vinhal@gmail.com

(iii) Eduardo Magalhães Ribeiro (Maia):

magalhaesribeiro04@gmail.com

(iv) Jorge Araújo (Almada e Abu Dhabi):

joalvesaraujo@gmail.com

(v) Blogue Luís Graça & Camaradas da Guiné

luisgracaecamaradasdaguine@gmail.com (...)

terça-feira, 1 de junho de 2021

Guiné 61/74 - P22244: In Memoriam (397): Com o Alcídio Marinho (1940-2021), ultrapassamos a centena de amigos e camaradas, membros da Tabanca Grande, que "da lei da morte já se libertaram" (n=103)... Quase um quarto dos falecimentos (n=25) ocorreu em 2020 e 2021 (últimos 5 meses), ou seja, em plena pandemia de COVID-19.


CCAÇ 412 (Bafatá, 1963/65) > 2015 > Convívio dos "Capacetes 
Verdes" que celebraram os 50 anos do seu regresso a casa...  Não conseguimos identificar o local.  Foto da página do Facebook do Alcídio Marinho.


1. O Alcídio [José Gonçalves] Marinho (1930-2021), ex-fur mil inf, está assinalado com rectângul9 a amarelo. Era membro da nossa Tabanca Grande desde 23/9/2011, sentando-se no lugar nº 520 à sombra do nosso poilão. Tem mais de duas de dezenas de referências no nosso blogue.

O Alcídio Marinho  Era natural do Porto, vivia na freguesia de Miragaia. Estava reformado da Petrogal. Passou grande parte da sua infância e juventude em Amarante. Andou na escola Colégio S. Gonçalo, em Amarante. Foi um dos animadores dos convívios da sua companhia. Participou igualmente em 4 encontros nacionais da Tabanca Grande (de 2011 a 2014).

Foi Prémio Governador da Guiné em 1964. (Merece uma leitura ou releitura o poste P15168, com o relato da sua atribulada viagem de férias à Metrópole, num Dakota Skymaster.)

Conheci-o, a ele e à sua companheira Rosa, em Monte Real, em 2011 (Foto à esquerda, cortesia de Manuel Resende). 

Na conversa que tive com ele fiquei a saber que a sua  CCAÇ 412, sediada em Bafatá, tinha uma vasta zona de acção, que ia de Cantacunda ao Enxalé, a norte do Rio Geba, e de Bambadinca ao Xitole, ao longo da margem direita do Rio Corubal (aquilo que mais tarde, seis anos depois, no meu tempo, era já "preenchido" por 2 batalhões, um em Bafatá e outro em Bambadinca, ou seja, por mais de 2 mil homens em armas, incluindo subunidades adidas e pelotões de milícia).

Era um homem afável e com excelente memória.   Combateu, no leste da Guiné, nos "anos de chumbo" de 1963/65. Foi pena que não tenha querido ou podido  passar a escrito algumas das suas muitas memórias desse tempo. 

Vai hoje a enterrar, no cemitério de Cedofeita, no Porto (*). À sua companheira, Rosa, à sua filha, Gabriela, e demais familiares e amigos íntímos e camaradas de armas, apresenta a Tabanca Grande as suas mais sentidas condolências. É um dos nossos bravos que parte para o Olimpo dos Combatentes. (LG)



2. Com a morte, ocorrida no passado dia 29,  do Alcídio Marinho (1940-2021) (*), são já 103 os amigos e camaradas, membros da Tabanca Grande, que deixaram a Terra da Alegria, em 17 anos da nossa existência enquanto blogue, de acordo com o conhecimento que temos. Haverá, eventualmente, mais casos que, por uma razão ou outra, não chegaram ao nosso conhecimento em devido tempo.

Num total de 840 membros (registados), os falecidos representam 12,3 %. Desses 103, 11 morreram em 2020 e 14 nos últimos cinco meses de 2021. Temos, assim,  um total de 24,2% de grã-tabanqueiros que morreram durante a pandemia de COVID-19.  É uma lista já impressionante. 

Saibamos honrar a sua memória e lembrá-los com saudade.


Lista alfabética  dos amigos/as e camaradas que da lei da morte se foram libertando (n=103): 

Agostinho Jesus (1950-2016)
Alcídio Marinho (1940-2021)
Alfredo Dinis Tapado (1949-2010)
Alfredo Roque Gameiro Martins Barata (1938-2017)
Amadu Bailo Jaló (1940-2015)
Américo Marques (1951-2019)
Aniceto Rodrigues da Silva (1947-2021)
António da Silva Batista (1950-2016)
António Dias das Neves (1947-2001)
António Domingos Rodrigues (1947-2010)
António Manuel Carlão (1947-2018)
António Manuel Martins Branquinho (1947-2013)
António Manuel Sucena Rodrigues (1951-2018)
António Rebelo (1950-2014)
António Teixeira (1948-2013)
António Vaz (1936-2015)
Armandino Alves (1944-2014)
Armando Teixeira da Silva (1944-2018)
Augusto Lenine Gonçalves Abreu (1933-2012)
Aurélio Duarte (1947-2017)

Carlos Cordeiro (1946-2018)
Carlos Domingos Gomes (Cadogo Pai) (1929-2021)
Carlos Filipe Coelho (1950-2017)
Carlos Geraldes (1941-2012)
Carlos Marques dos Santos (1943-2019)
Carlos Rebelo (1948-2009)
Carlos Schwarz da Silva, 'Pepito' (1949-2014)
Clara Schwarz da Silva (1915-2016)
Cláudio Ferreira (1950-2021)
Cristina Allen (1943-2021)


Daniel Matos (1949-2011)
Domingos Fernandes (1946-2020)

Eduardo Jorge Ferreira (1952-2019)

Fernando Brito (1932-2014)
Fernando [de Sousa] Henriques (1949-2011)
Fernando Franco (1951-2020)
Fernando Rodrigues (1933-2013)
Francisco Parreira (1948-2012)
França Soares (1949-2009)

Gertrudes da Silva (1943-2018)

Humberto Duarte (1951-2010)

Inácio J. Carola Figueira (1950-2017)
Isabel Levezinho (1953-2020)
Ivo da Silva Correia (.c 1974-2017)

João Barge (1945-2010)
João Cupido (1936-2021)
João Caramba (1950-2013)
João Henrique Pinho dos Santos (1941-2014)
João Rebola (1945-2018)
João Rocha (1944-2018)
Joaquim Cardoso Veríssimo (1949-2010)
Joaquim da Silva Correia (1946-2021)
Joaquim Peixoto (1949-2018)
Joaquim Vicente Silva (1951-2011)
Joaquim Vidal Saraiva (1936-2015)
Jorge Rosales (1939-2019)
Jorge Teixeira (Portojo) (1945-2017)
José António Almeida Rodrigues (1950-2016)
José Augusto Ribeiro (1939-2020)
José Barreto Pires (1945-2020)
José Ceitil (1947-2020)
José Eduardo Alves (1950-2016)
José Eduardo Oliveira (JERO) (1940-2021)
José Fernando de Andrade Rodrigues (1947-2014)
José Luís Pombo Rodrigues (1934-2017)
José Manuel P. Quadrado (1947-2016)
José Maria da Silva Valente (1946-2020)
José Marques Alves (1947-2013)
José Moreira (1943-2016)
José (ou Zé) Neto (1929-2007)
José Pardete Ferreira (1941-2021)

Leopoldo Amado (1960-2021)
Libório Tavares (Padre) (1933-2020)
Lúcio Vieira (1943-2020)
Luís Borrega (1948-2013)
Luís Encarnação (1948-2018)
Luís Faria (1948-2013)
Luís F. Moreira (1948-2013)
Luís Henriques (1920-2012)
Luís Rosa (1939-2020)

Mamadu Camará (c. 1940-2021)
Manuel Amaral Campos (1945-2021)
Manuel Carneiro (1952-2018)
Manuel Castro Sampaio (1949-2006)
Manuel Martins (1950-2013)
Manuel Moreira (1945-2014)
Manuel Moreira de Castro (1946-2015)
Manuel Varanda Lucas (1942-2010)
Marcelino da Mata (1940-2021)
Maria da Piedade Gouveia (1939-2011)
Maria Manuela Pinheiro (1950-2014)
Mário Gualter Pinto (1945-2019)
Mário Vasconcelos (1945-2017)

Nelson Batalha (1948-2017)

Paulo Fragoso (c.1947-2021)

Raul Albino (1945-2020)
Rogério da Silva Leitão (1935-2010)

Teresa Reis (1947-2011)

Umaru Baldé (1953-2004)

Vasco Pires (1948-2016)
Victor Alves (1949-2016)
Victor Condeço (1943-2010)
Vítor Manuel Amaro dos Santos (1944-2014)
 
___________

Nota do editor:

Último poste da série > 31 de maio de 2021 > Guiné 61/74 - P22243: In Memoriam (396): Alcídio José Gonçalves Marinho (1940-2021), ex-Fur Mil Inf da CCAÇ 412 - "Capacetes Verdes" (Bafatá, 1963/65)

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

Guiné 63/74 - P14036: Sob o poilão sagrado e fraterno da nossa Tabanca Grande: boas festas 2014/15 (2): Memórias do passado que são presente – o NATAL (Jorge Araújo)



1. O nosso camarada Jorge Araújo (ex-Fur Mil Op Esp / Ranger, CART 3494, Xime e Mansambo, 1972/1974), enviou-nos a seguinte mensagem de Natal: 

Caríssimos Camaradas,

Não podia deixar de vos enviar esta mensagem de BOAS FESTAS, desejando-vos um SANTO NATAL e um melhor ANO NOVO, com muita saúde, extensiva a todos os restantes familiares.

Para os outros membros da nossa «TABANCA», e leitores assíduos, seguem iguais votos, enquadrados por uma pequeníssima narrativa histórica relacionada com os três NATAIS da CART 3494, contabilizados durante a sua Comissão de Serviço no CTIG. 

Com os meus melhores cumprimentos,

BOAS FESTAS
AO COLECTICO TERTÚLIANO DA «TABANCA GRANDE»
- BOM NATAL E UM ANO DE 2015 COM MUITA SAÚDE-


Foto 1 [postal BF] – Bafatá - Dez/1972. Loja das Libanesas… uma das paragens obrigatórias quando nos deslocávamos a Bafatá… Aí comprávamos quase tudo… para consumo interno e externo.

I– INTRODUÇÃO

- Memórias do passado que são presente – o NATAL

Há quarenta e três anos atrás,ou seja, em 22 de Dezembro de 1971, 4.ª feira,no Cais da Rocha, em Lisboa, a tripulação do N/M NIASSA aguardava, para nova viagem ultramarina até ao Cais do Pidjiguiti, em Bissau, a chegada de mais algumas centenas de jovens milicianos nascidos maioritariamente no ano de 1950. A bordo estaria um novo contingente militar mobilizado para cumprir a sua missão no CTIGuiné, pelo menos por um período de dois anos.

Por volta do meio-dia, esse contingente metropolitano organizado em Batalhão [BART 3873 //CCS +CART3492; CART 3493 e CART 3494]e, ainda, a Companhia Independente CART 3521, formadas em Vila Nova de Gaia [Serra do Pilar] no Regimento de Artilharia Pesada n.º 2 [RAP 2], depois de cumpridos todos os procedimentos oficiais, seguiu o seu destino,traçado pelo Estado-Maior do Exército, despedindo-se pela última vez de familiares e amigos presentes ao acto, acenando-lhes e ecoando em uníssono, com a intensidade e amplitude vocal possível a cada um naquela ocasião, «Adeus… Adeus… Adeus; até ao meu regresso!».

A viagem demorou uma semana, com a chegada a verificar-se em 29 de Dezembro de 1971, a escassos dois dias de nascer um novo ano.

Porque o regresso só aconteceu em Abril de 1974, o tempo total contabilizado pelo nosso efectivo em território da Guiné foi superior a vinte e sete meses e meio,ultrapassando largamente o inicialmente previsto. Este período de tempo acabaria por ser considerado de “record de presença” durante o conflito militar [1963-1974].

Deste modo, foram três as Quadras Natalícias que a maioria de nós gravou no seu diário. A de 1971, a bordo do N/M Niassa; a de 1972, no Xime, e a de 1973, em Mansambo. 

Recordo, neste contexto, através de algumas imagens recuperadas do baú de memórias, cada um desses momentos, com excepção da viagem marítima de que não possuo qualquer prova, na medida em que não embarquei nesta data.

Por essa razão, se algum dos camaradas que fez esta viagem tiver alguma foto, independentemente da Unidade a que tenha pertencido… faça o favor de a(s) divulgar. O colectivo agradece.

1.º NATAL –>1971 = A BORDO DO N/M NIASSA


Foto 2 – Bissau - 29DEC1971. Chegada a Bissau do N/M Niassa com o contingente do BART 3873 [CCS; CART 3492; CART 3493 e CART 3494] e CART 3521 [Independente], dias depois de terem passado o 1.º Natal, fora do contexto familiar, algures no Oceano Atlântico. Foto do álbum de António Sá Fernandes, ex-Alf. Mil. CART 3521 e Pel. Caç. Nat 52[P10864-LG,com a devida vénia].

2.º NATAL –>1972 = NO AQUARTELAMENTO DO XIME


Foto 3 – Xime - Natal/1972. Mesas de militares da CART 3494, com excepção do 2.º GComb que, comandado pelo Alferes José Araújo [1946-2012] e pelos Furriéis Luciano de Jesus e Benjamim Dias, estava deslocado no Destacamento do Enxalé, margem direita do Rio Geba, em frente ao Xime. 


Foto 4 – Xime - Natal/1972. De pé, António Costa [1.ºC]; José Pacheco [20.º Pel Art]; Jorge Araújo e Mário Neves [Furriéis].

3.º NATAL –> 1973 = NO AQUARTELAMENTO DE MANSAMBO 


Foto 5 – Mansambo/1973. Da esquerda para a direita: Carola Figueira [Furriel]; António Costa, de pé [1.ºC-impd.M.Of.]; Orlando Bagorro [1.º Sarg]; Serradas Pereira [Alferes]; Luciano Costa [Cap Mil CMDT 3494]; Jorge Araújo, de pé [Furriel]; Lobo da Costa [Alferes Estagiáriodo Curso de Capitães]. 


Foto 6 – Mansambo/1973. 1.ª mesa: Orlando Bagorro [1.º Sarg] de costas; Serradas Pereira [Alf.]; Acácio Correia [Alf.] e Lobo da Costa [Alf. CC]. 2.ª mesa à esquerda: Carvalhido da Ponte; desconhecido; Jorge Araújo e Mendes Pinto [Furriéis]. 

Foto 7 – Mansambo/1973 [messe] – Da esquerda para a direita: Acácio Correia [Alf]; Jorge Araújo [Fur] e Lobo da Costa [Alf. CC] e Óscar Almeida [imp/messe, c/ óculos].


Foto 8 – Mansambo/1973 – Coluna de abastecimento -picada Bambadinca/Mansambo.

Termino, enviando a todos os camaradas tertulianos daTABANCA GRANDE, e aos leitores assíduos donosso blogue, uma MENSAGEM DE BOAS FESTAS, em particular aoLuís Graça, ao Carlos Vinhal e ao Magalhães Ribeiro, equipa de editores sempre operacionais na difícil tarefa[diária] de ordenar a prosa e as imagens enviadas pelos camaradas grã-tabanqueiros, realizadas nos seus tempos de lazer que deixam de o ser por amor a esta nossa causa colectiva, envolvendo, por isso, muitíssima dedicação, e a quem estou naturalmente grato.

QUE TENHAM UM BOM NATAL 
E UM ANO DE 2015, DIFERENTE PARA MELHOR,
COM MUITA SAÚDE E FELICIDADE.

Um abraço,
Jorge Araújo.
Fur Mil Op Esp / Ranger, CART 3494
____________
Nota de M.R.: 

Vd. Também o último poste desta série em: 


sexta-feira, 17 de julho de 2015

Guiné 63/74 - P14889: História da CART 3494 (9): As folgas no colectivo da CART 3494 no Xime (os passeios de domingo ao cais e outras escapadelas) (Jorge Araújo)


1. O nosso camarada Jorge Araújo (ex-Fur Mil Op Esp / Ranger, CART 3494, Xime e Mansambo, 1972/1974), a seguinte mensagem com data de 13JUL2015. 

Camaradas,

A presente narrativa, bastante mais ligeira do que tem sido habitual, surge com o objectivo de ajudar a desvendar o mistério relacionado com o aparecimento de autocarros civis no Cais do Xime, nos anos de 1972 e 1974, quando aí estavam aquartelados os efectivos da CART 3494 e, depois, os da CCAÇ 12.

Ela acontece na medida em que, como sabem todos aqueles que estiveram instalados no aquartelamento aí existente [Xime], ou aqueles que por lá tiveram de passar rumo ao leste ou a Bissau [Cais], a distância entre ambos era curta, permitindo registar/gravar alguns factos.

Independentemente da distância, o que estava em causa na nossa missão era garantir, por todos os meios disponíveis, a segurança a esses dois pontos estratégicos, particularmente o Cais, local sujeito aos nossos olhares mais atentos.

Por via dessa responsabilidade, o Cais registava visitas constantes dos militares, sendo que aos domingos, o objectivo era mais lúdico, onde se batiam umas «chapas à civil» para se enviarem para a metrópole, como sinal de vida e, ainda, como meio terapêutico regulador da angústia, da saudade e do sofrimento familiar.

Para a história, aqui ficam mais estas curtas memórias desses tempos no CTIG.


AS FOLGAS NO COLECTIVO DA CART 3494 NO XIME

(OS PASSEIOS DE DOMINGO AO CAIS E OUTRAS ESCAPADELAS)

- De duplo efeito: consolação e alívio pessoal e meio de comunicação regulador da angústia, da saudade e do sofrimento familiar -

1.- INTRODUÇÃO

Não foi fácil chegar ao título e subtítulos destas curtas memórias relacionadas com a gestão dos diferentes tempos diários do contingente militar da CART 3494 nos primeiros treze meses da sua comissão ultramarina passados no Xime, entre 1972/1973, uma vez que o seu modelo e método utilizados estavam sempre dependentes da dinâmica do conflito, influenciando, de forma impiedosa, os desempenhos nas missões/acções delas emergentes e, naturalmente, o número de efectivos envolvidos.

Por via dessa dinâmica, e porque estamos de acordo com os teóricos da comunicação que defendem que o título do objecto [assunto] deve corresponder ao seu conteúdo, e vice-versa, eis então a justificação para essa dificuldade de partida, que tentámos superar.

Uma vez que toda a agenda de actividades era organizada a partir da interface entre diversos tempos: o tempo operacional contextualizado nas diversas missões/acções, o tempo social como meio de aprofundamento de valores, nomeadamente a partilha, a solidariedade e o companheirismo [que ainda hoje perduram, passadas que estão mais de quatro décadas], o tempo da escrita, do luto e da solidão, pela angústia, saudade e sofrimento familiar implícitos na distância e nas incertezas diárias de que se revestiam todas as nossas práticas, que nem sempre eram coincidentes entre os seus pares, e que ocorriam em momentos diferentes ao longo das vinte e quatro horas do dia.

Por isso, as “folgas ao domingo” é um conceito que não existe no quadro do conflito como foi aquele que experienciámos nos longínquos anos de 1972/1973, nas matas do Xime, ainda que o seu significado se refira a “espaço de tempo destinado ao descanso”. Mesmo assim, o colectivo conseguiu encontrar alguma consolação e alívio das pressões do seu quotidiano em actividades informais de lazer e/ou recreio. 

Uma das principais consolações era a mudança de indumentária, trajando à civil sempre que era possível pendurar o camuflado. Era o que acontecia maioritariamente à noite, aquando do jantar. O outro dia era o domingo, independentemente de este ser igual a todos os restantes, onde as actividades operacionais marcavam a sua presença regular, com destaque para a já estafada referência à segurança da Ponta Coli e às embarcações no Geba.

Caso estivessem institucionalizadas as “folgas ao domingo”, então não estaríamos certamente numa guerra de guerrilha, a não ser que a quiséssemos ironizar plagiando o nosso grande humorista Raul Solnado (1929-2009) na sua “A História da Guerra de 1908 - … os domingos são para descanso”. 

Para quem não conhece esta história ou a queira recordar, eis o seu endereço [www.youtube.com/watch?v=YnW4SvF8yYU].

Sempre que o tempo livre era desfrutado fora do aquartelamento, só existiam três locais possíveis: o Cais e o seu espaço envolvente, situado a duas centenas de metros e, naturalmente, percorridas a pé. Bambadinca e Bafatá eram as duas outras hipóteses, mas que implicavam recurso a transporte militar, e que se poderiam classificar de escapadelas.

Em função da situação geográfica do Aquartelamento do Xime, e para o competente enquadramento do texto, seleccionámos o conjunto de imagens que seguem. 

2.- FOTOGALERIA

Foto 1. Cais do Xime – 1974. Imagem do camarada António Rodrigues [P14797-LG], com a devida vénia, tirada do Aquartelamento do Xime. 

Foto 2. Cais do Xime -Jun/1972. Imagem do macaréu… um fenómeno da natureza que, diariamente, era observado com muita curiosidade e respeito, pelas razões que já são conhecidas. 

Foto 3. Cais do Xime - Jun/1972. Margem esquerda do Rio Geba. Pontão e grua utilizada na colocação e retiro de objectos pesados nas/das embarcações civis. 

Foto 4. Cais do Xime - Jun/1972. Estrada velha Xime-Bambadinca. Da esqª/ditª, os furriéis: Josué Chinelo (20.º Pel. Artª.), Carola Figueira, Jorge Araújo, António Carda e Mário Neves [substituto do camarada Manuel Bento, morto em combate]. 

Foto 5. Bafatá - Jun/1972. Café do Libanês. Da esqª/ditª, os furriéis: Carvalhido da Ponte, Sousa Pinto [1950-2012], Jorge Araújo, Mário Neves e Ferreira [motorista] e o Libanês (?).

2.1-QUANDO UM AUTOCARRO CIVIL ENCONTRADO NO CAIS DO XIME SE TRANSFORMOU EM ESPAÇO DE ANIMAÇÃO 

No domingo 24SET1972, em novo passeio ao Cais do Xime, agora organizado por alguns dos elementos da equipa das “Transmissões”, foi encontrado um autocarro civil, para espanto dos presentes, sem motorista e sem passageiros.

Logo o mesmo foi tomado de assalto, com os operacionais a procederam à sua competente inspecção e a divertirem-se “à grande e à guineense” com os diferentes desempenhos e peripécias.

Com a narrativa deste episódio, para o qual contámos com a preciosíssima ajuda do camarada Sousa de Castro [fotos], pretendemos ainda desvendar o mistério dos autocarros que surgiram em 1974 no Cais do Xime e que suscitaram, também, muitas interrogações expressas nos textos publicados no blogue da «Tabanca Grande», como são os casos dos P14797-LG + P14810-LG + 14832-LG. 

Foto 6. Cais do Xime – 24SET1972. O autocarro “apreendido” (a brincar) pelos operacionais das transmissões da CART 3494, sob o comando do Furriel Luís Domingues, à porta da frente. 

Foto 7. Cais do Xime – 24SET1972. Consumada a apreensão, o grupo de oito elementos pousa para a posteridade. Da esqª/dtª. = Fur. Trms Luís Domingues; António Correia (electricista); Manuel Ramos (1.ºC ap.m’81 - 1950-2012); Rogério Silva (S Radiotelegrafista - 1950-2002); Pinóquio (Op. Cripto); José Vicente (S Trms Inf); Emílio Tojal (S Trms Inf); e, sentado, Sousa de Castro (1.ºC Radiotelegrafista). 

Foto 8. Cais do Xime – 24SET1972. Com a situação controlada, cada elemento do grupo toma o seu lugar na protecção ao autocarro. 

Foto 9. Cais do Xime – 24SET1972. O Sousa de Castro é nomeado para conduzir o veículo para lugar seguro.

Será que o autocarro “aprendido” pelos operacionais da CART 3494, em 24SET1972, é um dos que aparecem na foto abaixo do camarada António Rodrigues [furriel da CCAÇ 12] em 1974?

É difícil saber-se… na justa medida que não é possível comparar as fotos a preto e branco com as fotos a cores, a não ser que se conseguisse identificar a matrícula, o que não é o caso.


Eis uma história diferente (mais soft) passada no Xime em 1972 em que intervieram elementos da CART 3494.

Com um forte abraço de amizade.
Jorge Araújo.
Fur Mil Op Esp / Ranger, CART 3494
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Nota de M.R.: 

Vd. Também o último poste desta série em: