Concerto, em 5 do correntre, na Lourinhã, na sede da AMAL - Associação Musical e Artística Lourinhanense, comemorativo do 6º aniversário do Coro Municipal da Lourinhã. (Com a devida vénia...).
Actuação do coro (35 elementos), dirigido pelo maestro João Pereira. Canção tradicional dos Açores, "Olhos Negros". Arranjo coral: M[ário] Roseira Dias (Sargento Comando Reformado, membro do nosso blogue). Já agora, alguém sabe quem é o autor (anónimo) desta líndíssima e genial letra ? Curiosamente, há várias versões: nuns casos, fala-se em "olhos pretos", noutros em "ollhos negros"... mas sempre da Guiné!
Vídeo: 2' 50'': © Luís Graça (2010). Alojado em You Tube > Nhabijoes
Olhos negros (Trad. dos Açores / Ilha Terceira)
Arranjo coral: M. Roseira Dias
Os teus olhos, negros negros,
São gentios, são gentios da Guiné. (Bis)
Ai da Guiné, por serem negros,
Da Guiné por serem negros,
Gentios por não terem fé. (Bis)
Os teus olhos são brilhantes,
Semelhantes
Aos luzeiros que o céu tem. (Bis)
Os olhos negros, que eu preferi
E que nunca vi
De côr mais linda a ninguém (Bis)
Quanto ao maestro João Pereira (n. 1947), meu amigo e conterrâneo, o Mário conhece-o bem, já que foi também maestro do Coro Mama Sume da Associação de Comandos, "in illo tempore".
Da Guiné por serem negros,
Gentios por não terem fé. (Bis)
Os teus olhos são brilhantes,
Semelhantes
Aos luzeiros que o céu tem. (Bis)
Os olhos negros, que eu preferi
E que nunca vi
De côr mais linda a ninguém (Bis)
Os teus olhos, negros negros...
Recordam-se há tempos de ter escrito que "o mundo é pequeno e o nosso blogue...é grande" ? A frase ficou, caiu no goto e hoje já é título de série...
Recordam-se há tempos de ter escrito que "o mundo é pequeno e o nosso blogue...é grande" ? A frase ficou, caiu no goto e hoje já é título de série...
Falando com o Francisco Feio (CCAV 2484, Jabadá, 1969/70), descobri que ele era vizinho e amigo do nosso camarada Mário Dias, Mário Roseira Dias, sargento comando reformado... Ambos têm em comum, para além da Guiné, a paixão pela música, em geral, e a música coral, em particular.
O Francisco é um dos quatro ou cinco sobreviventes do grupo de fundadores do Grupo Coral Alius Vetus (nome latino do topónimo Alhos Vedros, concelho da Moita).
O Francisco é um dos quatro ou cinco sobreviventes do grupo de fundadores do Grupo Coral Alius Vetus (nome latino do topónimo Alhos Vedros, concelho da Moita).
Em 2011, o grupo celebra os seus 25 anos... O Sr. Mário (como é respeitosamente tratado pelo Feio) esteve mais de dez anos no Grupo Coral. Depois afastou-se e dedica-se à composição musical, (Há tempos, o próprio confidenciou-me que está a acabar uma cantatata,) Há várias peças dele no reportório actual do grupo.
Com a sua modéstia habitual, o Mário Dias (mais conhecido por M. Roseira Dias, no meio musical) confirmou-me por mail que "por acaso o arranjo para coro da canção açoriana 'Olhos Negros' é de facto da minha autoria". E acrescentou: "Tenho muitos outros arranjos que por aí circulam e são cantados, mais ainda no Brasil do que em Portugal. Santos da casa não fazem milagres"...
E, por ser verdade, eu confirmo-o, através de rápida consulta na Net. São dezenas e dezenas de arranjos para coro, saídos do talento musical do nosso camarada: por exemplo;
Com a sua modéstia habitual, o Mário Dias (mais conhecido por M. Roseira Dias, no meio musical) confirmou-me por mail que "por acaso o arranjo para coro da canção açoriana 'Olhos Negros' é de facto da minha autoria". E acrescentou: "Tenho muitos outros arranjos que por aí circulam e são cantados, mais ainda no Brasil do que em Portugal. Santos da casa não fazem milagres"...
E, por ser verdade, eu confirmo-o, através de rápida consulta na Net. São dezenas e dezenas de arranjos para coro, saídos do talento musical do nosso camarada: por exemplo;
- Granada, de Agustin Lara;
- Minha História, de Chico Buarque;
- Morte que mataste lira (Popular, Açores);
- Natal de Évora (Popular);
- Lembranças do Douro (Folclore do Alto Douro);
- Perdigão perdeu a pena (Cancioneiro da Alta Estremadura);
- Tempo suão (Cancioneiro da Alta Estremadura)...
Não só arranjos como músicas orignais: por exemplo;
- Dança do vento (poema de Afonso Lopes Vieira);
- Regresso ao lar (poema de Guerra Junqueira);
- Cantiga das tristes queixas (poema de Afonso Lopes Vieira) ...só para citar uns tantos exemplos.
Quanto ao maestro João Pereira (n. 1947), meu amigo e conterrâneo, o Mário conhece-o bem, já que foi também maestro do Coro Mama Sume da Associação de Comandos, "in illo tempore".
O João Pereira da Costa fez igualmente a guerra colonial, em Angola. É sobrinho do Agnelo Ferreira, ex-1º Cabo Cripto, da CCS/BCAÇ 2852 (Bambadinca, 1968/70). Está reformado da Caixa Geral de Depósitos.
Enfim, dois exemplos de gente talentosa, culta e generosa, que podemos encontrar entre os ex-combatentes da guerra colonial, em geral, e entre os amigos e camaradas da Guiné que fazem parte da nossa Tabanca Grande, muito em especial.
Parabéns, Mário, parabéns, João! (*)
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Nota de L.G.:
(*) Vd. último poste da série > 16 de Maio de 2010 > Guiné 63/74 - P6402: Os Nossos Seres, Saberes e Lazeres (20): O Nosso Veterano... do Rugby, Paulo Santiago, a jogar em casa, no dia 12 de Junho próximo