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O Zé mais o neto (Foto de Juvenal Amado,
Serra do Pilar, V.N. Gaia, 2016) |
1. Mensagem do José Ferreira da Silva com data de 10 de novembro passado:
[Foto à direita: José Ferreira da Silva (ex-Fur Mil Op Esp da CART 1689/BART 1913, Fá, Catió, Cabedu, Gandembel e Canquelifá, 1967/69), mais o neto, em Vila Nova de Gaia]
Caro Tabanqueiro Mor
Como é bem do teu conhecimento, o lançamento do meu livro "Memórias boas da minha guerra" tem corrido pelo melhor. Devo-te muito e ao nosso Blogue, este sucesso. Gostaria de te enviar um exemplar autografado. Para isso, preciso que me indiques o endereço. OK?
Como me palpita que virás para norte, para a Quinta do Douro, passar a quadra natalícia, gostaria de saber se poderás dar-nos a honra de ser o Apresentador do livro. O ambiente será porreiro, até porque já está assegurada a presença do Bando [do Café Progresso], que já marcou um almoço convívio na Casa dos Leitões.
Aguardo boas notícias.
Grande abraço,
José Ferreira
Meu caro José:
É uma honra o teu convite. Como logo te respondi, apeteceu-me aceitá-lo, de imediato, mesmo não tendo a certeza de aí poder estar, em Crestuma, hoje, dia 17... Na realidade, não pude mesmo estar aí, hoje, de manhã, mas sei que estive bem representado pelo meu camarada, amigo e coeditor Carlos Vinhal, na companhia do pessoal do
Bando do Café Progresso. O Carlos, coadjuvado pela Dina (que também é nossa grã-tabanqueira e talentosa fotógrafa), irá por certo fazer a devida reportagem, completíssima, do evento.
Já viste também, seguramente., a
"nota de leitura" que de imediato fez, do teu livro, o nosso camarada Mário Beja Santos.
Obrigado, Zé, pela tua gentileza, simpatia, amizade e camaradagem, ao mandares-me pelo correio o teu livro com a dedicatória que acima reproduzo e que não podia deixar de me sensibilizar. Mas não tens que agradecer o que temos feito por ti, já que tu tens feito muito mais pelo blogue que é de todos nós.
Convenhamos que a altura é tramada, esta quadra natalícia, em que as solictações são muitas e o tempo é sempre curto. Não é por acaso que se fala do... "stress de Natal" ... Mas, enfim, também é uma boa altura para divulgares o teu livro e, se possível, recuperares alguma da massa empatada no negócio... Como é sabido, também não há livros grátis... Os camaradas da Guiné pagam para editar os seus livros nas editoras comerciais... De borla, só no nosso blogue, em formato digital... E aqui já se revelaram dezenas e dezenas de camaradas com talento para a escrita... Por isso fazes muito bem em aproveitar esta quadra festiva, em que as pessoas, mesmo empobrecidas por estes últimos anos de austeridade cega, estão mais calorosas, afetuosas e dispostas a abrir o cordão à magra bolsa,,,
Sou o pirmeiro a promover o teu livro: em papel ou em ebook, é uma boa oferta de Natal, o teu livro ,,, Eu continuo a preferir o papel, leva-se para todo o lado, do comboio ao WC, da cama à esplanada, da praia ao banco do jardim... E eu ainda sou do tempo em que se tomavam notas e se sublinhava, a lápis, as páginas dos livros em papel... Sou incapaz de ler um livro sem sublinhar, sempre a lápis... Mais: eu ainda sou do tempo em que se lia livros, e livros em papel...
Como te disse, abri o exemplar autografado que me ofereceste, num sítio algo insólito, inesperado, senão mesmo inapropriado, o consultório... do dentista. E as histórias que reli, enquanto esperava a minha vez, confesso que não perderam "o encanto da primeira vez"... Mais do que isso, já li ou reli, deliciado, divertido, quase metade das tuas "memórias boas da guerra" (27 ao todo, se não erro). E começo por louvar o título que escolheste (e que o mesmo da tua série no blogue)... "Memórias boas da minha guerra" é saudavelmente provocatório... Mas tu és o próprio a avisar, citando o Pablo Neruda, que "só um louco pode desejar guerras", já que a "a guerra destrói a própria lógica da existência humana"...
Essas histórias, é bom entretanto relembrá-lo, foi o nosso blogue que teve o privilégio de começar a publicá-las, muito antes de tu, em boa hora, teres pensado em passá-las para papel.
Contrariamente ao que te havia prometido, não consegui arranjar tempo para escrever um "nota de leitura", mais pessoal (e ... "transmissível"), como tu mereces e o teu livro merece. Fica prometida, então, uma análise crítica mais detalhada do livro. Teremos que aguardar melhor ocasião, quiça até ao fim do ano.
Até la, recebe um, abraço festivo, natalício e fraterno do Luís.
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Nota do editor:
Último poste da série > 1 de dezembro de 2016 >
Guiné 63/74 - P16785: Manuscrito(s) (Luís Graça) (103): E no 1º de dezembro, a banda a tocar o Ti Zé da Pera Branca...