domingo, 19 de junho de 2005

Guiné 63/74 - P64: Tão (ini)(a)migos que nós fomos! A propósito do álbum fotográfico pessoal de Amílcar Cabral (Luís Graça)

1. O sítio da Fundação Mário Soares merece uma visita demorada. Mais: deve ser acrescentado à nossa lista de favoritos. Por muitas razões, e muito em especial pela qualidade e originalidade da documentação que disponibiliza, de interesse histórico e cultural.

De as entre as várias iniciativas desta Fundação que são de destacar, temos o Arquivo & Biblioteca.

O Arquivo & Biblioteca da Fundação Mário Soares disponibiliza, por exemplo, para visualização (não dá para fazer download), mais de um milhar de fotos do arquivo pessoal de Amilcar Cabral. Segundo a explicação que é dada, "em 1999, a Fundação Mário Soares, com a colaboração da Dra. Iva Cabral, procedeu à recolha de centenas de fotografias respeitantes a Amílcar Cabral e à luta de libertação nacional que se encontravam em iminente perigo de destruição". Muitas delas eram inéditas.

É grato registar que "todo esse importante espólio fotográfico foi objecto de tratamento e reprodução fotográfica e digital", tendo sido a partir de Janeiro de 2003, "gradualmente disponibilizado na Internet, ao mesmo tempo que se prossegue à sua descrição e classificação".

As fotos estão organizadas por conjuntos de 10, num total de 119. Não se perecebe, no entanto, qual foi o critério de ordenação. Aparentemente, não há nenhuma ordem lógica ou cronológica na organização do álbum. A pesquisa, no entanto, pode ser feita por temas ou palava-chave.

Infelizmente, muitas vezes não é indicado o local (nem a data) onde foram tiradas muitas das fotos, nas zonas libertadas ou nas frentes de combate... Presumo que uma boa parte tenham sido tiradas em bases mais recuadas e mais seguras do PAIGC: Ziguinchor, por exemplo (51/119). Tenho dificuldade em reconhecer os sítios por onde passei, de 1969 a 1971, com os meus camaradas da CCAÇ 12: por exemplo, a região do Xime e do Xitole que o PAIGC considerava como "zona libertada".

Há fotos de Cacine, em reuniões do PAIGC com a população (45/119). Há fotos de Cheche e do Rio Cheche (96/119), e até de um cemitério em Cheche (87/119). Mas em muitos casos a legenda limita-se apenas a indicar que a foto foi tirada no "interior da Guiné".

Há, por exemplo, uma foto do hastear da bandeira do PAIGC, com um poster do Amílcar Cabral, em Guileje (30/119). Essa foto só pode ser posterior ao abandono do aquartelamento pelas NT em 1973. Há também uma que parece ser de Gandembel, a crer na legenda que o fotógrafo terá escrito no verso do original (59/119).

Há outra, com elementos mais explícitos, que tem como legenda: "Quartel português da Companhia de Caçadores 3477, ocupado pelas forças do PAIGC; distinguindo-se além das insígnias da Companhia, uma imagem religiosa" (parece ser a imagem de Nossa de Senhora de Fátima, de pé, no parapeito de uma janela) (58/119).

Há muitas fotos de Cabral com dirigentes e combatentes do PAIGC (por exemplo, 50/119), ou de dirigentes, sozinhos ou em grupo. Dos operacionais, destaco a título exemplificativo os nomes de: Nino Vieira (10/119; 81/119), Kecuta Mané (8/119), André Gomes (10/119), Umaru Djaló (2/119), Malan Sanhá (3/119), Francisco Mendes (25/119), Otto Schacht (4/119 e 7/119), Arafan Mané (49/119), Quemo Mané (72/119).

Honório Chantre aparece numa foto mais recente (1974), tal como Manuel dos Santos (Manecas), confraternizando com tropas portuguesas já depois do 25 de Abril de 1974 (77/119) Há também retratos de Manecas em 1973 e 1970 (77/119). E ainda em 1972 (67/119).

Nas outras fotos (34/119) aparecem prisioneiros portugueses "a conviver" com guerrilheiros, disputando uma partida de futebol (34/119). Há retratos de militares portugueses, prisioneiros ou desertores (44/119). Ou ainda de militares portugueses a serem entregues à Cruz Vermelha, no Senegal (61/119).

Numa dessas fotos, por exemplo, vê-se um grupo de cinco prisioneiros portugueses, a jogar futebol, descalços,em Conacri, num espaço murado (18/119).

Pergunto ao Marques Lopes se não serão alguns dos nossos 11 camaradas da CART 1690 (Geba), que desapareceram na noite de 10 para 11 de Abril de 1968, no ataque e assalto do IN ao destacamento de Catacunda ?

Há também fotos de aeronaves portuguessas destruídas (49/119) ou de veículos apreendidos: Por exemplo, um veículo blindado do Batalhão de Cavalaria 311 ("Os Pipas") (17/119) e, mais à frente, de um jipe do mesmo batalhão (103/119) e uma Fox 3115 (MG-34-69); uma Berliet destruída por uma mina (MG-61-01) (35/119); uma vitura abandonada numa picada (64/119); armamento capturado (36/119). Há uma ou outra foto de aquartelamentos portugês. Há uma, por exemplo, que é referida como "quartel português destruído" (48/119) ou "saqueado" (103/119). Nunca é referido o tempo e o lugar (68/119).

Já agora seria interessante saber se alguém conheceu este azarado Batalhão de Cavalaria 311, "Os Pipas", onde esteve e em que época...

Há muitas fotos de grupos de combatentes, empunhando armas, em desfile, em acções de formação e treino (33/119; 38/119), em marcha ou coluna (39/1119; 40/119; 55/119), a pôr ou a levantar minas (32/119; 41/119), cambando um rio (26/119)ou cozinhando no mato (72/119) mas muito poucas tiradas debaixo de fogo, ou em popsição de combate, as verdadeiras "fotos de guerra" (56/119; 68/119; 91/119; 92/119).

O papel das mulheres na luta de libertação, como enfermeiras, professoras, carregadoras de material, milícias, etc., também está bem documentado (27/119; 75/119), bem como a relação da guerrilha com a população (93/119; 98/119).

É claro que também há fotos de "informação e propaganda", destinadas a consumo interno e externo, e nomeadamente dos países amigos do PAIGC (ex-União Soviética, República Popular da China, Cuba, Argélia, Suécia...)e para a opinião pública internacional.

Muitas das fotos são do início da luta armada: por exemplo, tomada da Ilha do Komo (52/119) ou congresso de Cassacá (50/119). Grande parte das fotos de Cabral estão relacionadas com a sua actividade política internacional e diplomática. Por exemplo, Amílcar Cabral com Fidel Castro (76/119), ou com dirigentes de outros movimentos de libertação (Angola, Moçambique).

Mas há também bastantes imagens da actividade do líder histórico do PAIGC, em visita ao interior da Guiné ou nas bases do PAIGC: por exemplo, com Nino Vieira e Constantino Teixeira (105/119). Uma das mais emblemáticas e mais conhecidas é a do líder do PAIGC atravessando um rio, de canoa, de pé, juntamente com Constantinto Teixeira, outros guerrilheiros e uma mulher (104/119).

2. Em resumo, peço aos amigos e camaradas da Guiné para visitarem, com tempo e vagar, esta pagína da Fundação, e verem com mais atenção e detalhe este ábum de fotografias que pertenciam ao arquivo pessoal do grande dirigente político Amílcar Cabral, de quem é bom lembrar que sempre disse que não combatia contra o povo português mas sim contra o regime político de António Salazar e de Marcelo Caetano.

sexta-feira, 17 de junho de 2005

Guiné 63/74 - P63: Tertúlia dos ex-combatentes (Luís Graça)

16 de Junho de 2005. Amigos e camaradas:

Vejam a nossa lista de contactos. É uma lista aberta. Podem propor novos nomes. Façam o favor de conferir e corrigir eventuais erros e omissões. Há dados incompletos.

Penso que devemos, por razões óbvias, limitar esta lista aos ex-combatentes da Guiné, que estiveram no TO (Teatro de Operações) da Guiné entre 1963 e 1974, num lado e noutro da barricada...

Seria giro encontrarmos gente do PAIGC que andou na mata... Talvez o J.C. Mussá Biaí nos possa ajudar. O estatuto dele não o mesmo que o nosso, era djubi do Xime, andava na escola em 1972... Mas pode e deve figurar na nossa lista de e-mails, se ele assim o desejar…

Porquê só a Guiné, e não tamabém Angola e Moçambique ? A malta da Guiné tem mais afinidades uns com os outros, porque quase toda a gente passou pelos mesmos sítios. Ou pelo menos há lugares que são conhecidos de todos... A Guiné é do tamanho do Alentejo. Foi um osso duro de roer, para todos os combatentes, os nossos e os do PAIGC. Infelizmente os caminhos da indepencência foram tortuosos. Hoje a Guioné-Bissau corre um sério risco de desaparecer como Estado, como Nação e como país independente... Cabe-nos também ajudar o povo guineense a encontrar os caminhos da esperança...

PS – Há um certo risco de publicarmos uma lista como esta na Net... Os nossos endereços podem vir parar a bases de dados comerciais e é bem possível que passem a receber mais lixo... As chamadas mensagens SPAM.. Algumas podem trazer vírus...

É preciso ter cuidado e não abrir tudo... Suspeitem inclusive de endereços de e-mail vossos conhecidos mas com subjects (assuntos) do tipo: Hi, hello, morto, Documento, Excel file, Obrigado...

A regra é: nunca abrir algo suspeito e eliminar a mensagem em caso de dúvida... E, é claro, reforçar a segurança informática... Isto é como as putas das bailarinas que mataram e feriram gravemente muitos camaradas nossos. E que continuam a matar e a ferir a população da Guiné, Angola, Moçambique, embora a situação da Guiné seja melhor do que a dos outros dois países.

Vejam ainda a este respeito as instruções de um operador como Clix:

Alertas Clix > Como se pode proteger dos vírus?


1. Não abra ficheiros anexos a emails de fonte desconhecida ou duvidosa.

2. Não abra ficheiros anexos a emails, excepto, se sabe do que se trata, mesmo que estes sejam enviados por amigos ou alguém que conhece. Alguns vírus podem replicar-se e propagar-se através do email. Mais vale ir pelo seguro do que arrepender-se mais tarde, por isso confirme com a pessoa que lhe enviou o email em caso de dúvida.

3. Não abra ficheiros anexos a emails se o título da mensagem é suspeito. Caso necessite de abrir os ficheiros, guarde-os sempre no seu disco rígido antes de os abrir.

4. Apague emails não solicitados. Não reencaminhe ou responda a qualquer um deles. Este tipo de email é considerado spam, ou seja, são mensagens não solicitadas e intrusivas que afectam a rede.

5. Não faça o download de ficheiros de desconhecidos.

6. Tenha ...

Para saber mais > Clix > Segurança > Mais...

Guiné 63/74 - P62: Op Noite das Facas Longas (Humberto Reis)

Mais de trinta anos depois, a verdade histórica é reposta, vindo ao de cima como o azeite. Diz o Ranger da CCAÇ 12 (Bambadinca, 1969/71), com a coragem e a frontalidade que já lhe conhecíamos desde os idos tempos da guerra colonial:

"O cão, que dormia à porta do nosso quarto, era o Chichas, alcunha vinda do 2º sargento corneteiro do BCAÇ 2852, que também era o Chichas. O condutor do jipe nessa Noite das Facas Longas era o major de operações do BART 2917 (o tal que mandou ir para lá a mulher quando se casou) e o assassino fui eu.

Sem mais comentários.
Um abraço.
Humberto".

Guiné 63/74 - P61: Antigos combatentes do PAIGC, procuram-se!

Vários camaradas têm escrito que as nossas estórias (em rigor não pretendemos fazer a História com H grande, mas apenas contar estórias...) estão necessariamente incompletas: de facto, falta-nos o ponto de vista do guerrilheiro do PAIGC, do combatente que, de kalash ou de costureirinha nas mãos, ou de RPG ao ombro, combateu contra os tugas, do outro lado do capim, do arame farpado, da picada, da bolanha ou do rio...

1. O tom (e o desafio) já tinha sido dado pelo Sousa de Castro que, em 23 de Março de 2005, mandou a seguinte mensagem ao webmaster do Portal Guine-Bissau.com

"Antes de mais, uma abraço para todos os Guineenses e o desejo de uma Páscoa Feliz. Estive na guerra colonial, de Janeiro de 1972 a Abril de 1974, na zona leste, mais precisamente no Xime, conhecem? Interesso-me pelo bem estar de todo povo da Guiné, peço-vos para que façam um esforço para conquistar a paz definitivamente. Bem hajam".


2. A resposta veio no dia a seguir (26 de Março de 2005):

Amigo Sousa: Muito agradecidos pela sua visita ao nosso site.

"Agradecemos as suas palavras e desejamos o melhor para você e a sua família e muita prosperidade para o estimado Portugal que, apesar dessa maldita guerra, segue latindo nos corações de todos os guineenses. Segue vivo através dos idiomas português e crioulo e segue crescendo como um laço entre todos os que temos o idioma luso por oficial.

"Aproveito a ocasião para informar-lhe que estamos empenhados na reconstrução da história daqueles anos. Se você decidir escrever as suas memórias sejam quais sejam as suas críticas, pensamentos... e por muito crus que eles sejam, nós estaríamos imensamente honrados de receber essas memórias. Se, por outra parte, você nunca pensou em escrevê-las talvez seja o momento. Seria o seu contributo ao nosso povo.

"Se, pelo contrário, o senhor conhece pessoas que tenham memórias desses anos, estaríamos muito agradecidos pela informação. Os nossos cumprimentos".

O webmaster do Portal Guine-Bissau.com

3. O Castro pegou na ideia e vem desafiar-nos (16 de Junho de 2005):

"Caros amigos. Como podem verificar, também os nossos amigos da Guiné estão empenhados em reconstruir a história referente aos anos de guerra. Pode ser que também apareçam ex-combatentes do PAIGC interessados em nos contar histórias relacionadas com a guerrilha. O Luis Graça, numa das suas mensagens, referiu isto mesmo. Seria muito interessante!... Que é que acham? O Graça como é um expert em matéria de informática, pode dar andamento a este projecto. Grande abraço para todos incluindo também, todos os Guineenses. Sousa de Castro".

4. O Afonso de Sousa veio logo concordar:

"Como interessante seria se, ao contarmos esta ou aquela estória em que nos confrontámos com o IN (em situação de ataque ou de defesa), ouvissemos, sobre esses mesmos confrontos, o relato do nosso opositor. Seria quase inédito!

"Isso mais valorizaria este trabalho, estas memórias de guerra".

5. Já hoje (17 de Junho de 2005) eu, Luís Graça, tinha mandado a seguinte mensagem à malta da nossa tertúlia:

"Amigos e camaradas: Este repto do Castro, secundado pelo Afonso, é mesmo para levar a sério...Toca a descobrir os ex-combatentes do outro lado. O Marques Lopes já o fez: em 1998, quando voltou à Guiné, teve oportunidade de conhecer o Comandante Gazela e de falar com ele…Pessoalmente, também vou tentar localizar antigos combatentes do Sector L1 / Zona Leste da Guiné (Região do Xitole, para o PAIGC)... A tarefa não é fácil e o tempo está contra nós. Um abraço. Luís".

6. Acabo entretanto de receber ideias e sugestões do nosso operacional do Geba e de Barro, A. Marques Lopes:

"Estou completamente de acordo com esta ideia de os ex-combatentes do outro lado também nos dizerem da sua experiência, das sua vivências, das suas história dos confrontos que tivemos. Seria um elemento importantíssimo para a nossa própria compreensão daquilo em que andámos metidos (em que nos meteram).

"Não são nossos inimigos, já não são o IN...fomos actores de uma mesma tragédia (ou opera buffa?...). Eu, pessoalmente, estou muito interessado em ouvir o que me dizem os combatentes do PAIGC de Sinchã Jobel sobre aquelas operações de que vos dei relatório. A visão de quem fez os relatórios é uma, a deles pode ser diferente ou acrescentar mais alguma coisa. Isto em termos de pesquisa da verdade. Mas o principal é conseguir que aqueles que não estão contra agora se encontrem para delinearem mutuamente a explicação daquilo que os fez estar contra outrora.

"Já falei com o Comandante Gazela, mas em circunstâncias um bocado apressadas e não deu para muita conversa. Mas estou a pensar voltar à Guiné, talvez em Janeiro do próximo ano, e falar mais calmamente com o Gazela e com o Lúcio Soares, os homens de Sinchã Jobel.

"Tenho também outro projecto: um dia destes vou até ao bairro da Cova da Moura, nos arredores de Lisboa, onde sei já que há alguns elementos da CCAÇ3 e, eventualmente, outros elementos que foram do PAIGC durante a guerra (o bairro é problemático, como o é o do Cerco do Porto, por exemplo, mas não é tal e qual como a comunicação social faz levar a pensar... já lá estive uma vez, e sei que há bons e maus como em todo o lado).

"Para quem tem, além das recordações da guerra que não pode esquecer, um grande amor pela Guiné, como é o meu caso e o vosso, não tenho dúvidas que isso seria uma forma de fortalecer essa ligação com uma terra e um povo que não nos saiem do coração. Nunca mais esquecerei a forma amiga e a simpatia com que fui recebido em 1998, quando lá estive, e visitei várias tabancas por onde tinha andado também nos tempos da guerra, apesar daquilo que nela fiz (ou fizeram que eu fizesse). O povo da Guiné é um povo amigo, merecedor do nosso respeito e de todo o esforço, que estiver ao nosso alcance, claro, para que seja feliz e seja aceite por todos.
Abraços. Marques Lopes.

6. O Guimarães também acaba de opinar sobre o assunto. Espero que toda esta conversa seja frutífera. Venham lá os depoimentos e os documentos (fotos, etc.) dos nossos amigos, ex-combatentes do PAIGC.

"Esta ideia é genial e aconselhável - assim a guerra seria contada na íntegra. Não nos interessa as razões políticas em si e porque se desenrolou, mas sim a forma como se desenrolou...

"O povo da Guiné, sou testemunha disso, é encantador. Em Bambadinca, em 2001 um homem grande pedia-nos: "Voltem para cá". Por onde passei eu, e os meus companheiros de viagem, toda a gente nos abraçava...

"Vi nos CD da visita daqueles camaradas, em 2000 à Guiné, o comandante de Bambadinca; em 2001, quando lá estive, tinha mudado.... Mas ele mesmo o fez questão em nos facilitar a visita ao aquartelamento...

"Boa ideia essa, teremos contudo que encontrar esses ex-combatentes em Portugal. Pena que um deles regressou agora mesmo à Guiné: o Nino Vieira, que vivia em [Vila Nova de ]Gaia... Ele era comandante de sector e actuou muito na zona L1. Aliás ele mesmo confirmou isso ao Capitão Miliciano que comandou a CART 2716.

"Marques Lopes, quem me dera voltar lá já contigo, era óptimo. Procura ir em Novembro pois que ainda apanharás a luxuriante paisagem verdejante. Terei que lá voltar também, como e quando não sei ... Abraços. Guimarães".

7. O Castro foi mais longe e quis dar o exemplo. Acaba de mandar esta mensagem ao seu amigo desconhecido do Portal Guine-Bissau.com:

"Amigos e camaradas da Guiné-Bissau, desejo de todo coração que as vossas eleições sejam livres e transparentes e faço votos para que a vossa (nossa) terra progrida livremente. Um dia irei visitar vosso País. Abram o nosso Blogue-fora-nada e têm aí algum material relacionado com a guerra colonial. Aguardamos também histórias vossas sobre a guerra colonial; seria muito interessante compararmos as nossas e as vossas histórias. Grande abraço para todos. Bem hajam. Sousa de Castro".

8. Sigam o exemplo do Sousa de Castro e de mim próprio, mandando mensagens para o Livro de visitas do portal Guine-Bissau.com. Assunto: Antigos combatentes do PAIGC, procuram-se!