Queridos amigos,
Quando digo que terei a maior satisfação em ver-me rodeado pela malta do blogue que se interessa pelos temas do consumo, digo-o com inteira sinceridade. Não é preciso que comprem o livro, basta-me a vossa companhia.
Este é o primeiro da série que pretendo dar à estampa depois da reforma, é a temática que mais me atormenta, o falhanço habitual das previsões dos Profetas do Consumo, o funcionamento intrigante da cultura do moderno capitalismo, indagar como a globalização afeta e continuará a afetar a sociedade de consumo, aquela que, a despeito de todas as críticas e remoques, é a organização social donde a generalidade dos seres humanos não quer sair, mesmo que barafuste muito.
Conto com todos os interessados em 22 de Outubro, pelas 18h, nas instalações da Direção-Geral do Consumidor, Praça Duque de Saldanha, nº 31. A apresentação da obra fica a cargo do Eng.º Carlos Pimenta, antigo secretário de Estado do Ambiente e diretor do CEEETA, Centro de Estudos de Economia, Energia, Transportes e Ambiente.
O muito obrigado do
Mário
Sessão de apresentação do livro Profetas do Consumo
22 de Outubro, Instalações da Direcção-Geral do Consumidor, Praça Duque de Saldanha, 31, pelas 18 horas
Apresentação a cargo do Eng.º Carlos Pimenta, antigo secretário de Estado do Ambiente e deputado do Parlamento Europeu e atualmente diretor do CEEETA – Centro de Estudos de Economia, Energia, Transportes e Ambiente
Beja Santos
Delineei, nos preparativos da minha reforma, um conjunto de livros-testemunho da minha atividade profissional nos últimos 40 anos. A primeira obra que escrevi correspondia a uma das principais interrogações que trago e cujas respostas possíveis nunca me satisfizeram. Por isso, posso apresentar Profetas do Consumo resumidamente do seguinte modo:
“Periodicamente, pensadores, agitadores e comentadores de diferente índole, economistas, cientistas sociais, tecem considerações sobre a sociedade de consumo: que o produtor se vai reconciliar com o consumidor e comportar como um cidadão ainda mais responsável; que a tecnologia nos abre a possibilidade de vivermos menos alienados por todo este consumo programado… fatalmente, as coisas não se irão passar assim. Então, porque falham as profecias?
Profetas do Consumo pretendem contribuir para a resposta; faz uma viagem pela sociedade de consumo, são mais de 60 anos de profecias, onde pontificaram nomes como Jean Baudrillard, Zygmunt Bauman, Daniel Bell, Pierre Bourdieu, Erving Goffman, Henri Lefebvre, Roland Barthes, Paul Virilio ou Edgar Morin, e onde pontificam Manuel Castells, Gilles Lipovetsky, Alain de Botton, entre muitos outros.
O leitor é convidado a questionar o mundo em que vive e como se anunciam os profetas, de que tratam os livros quase proféticos, como se tratam, criticam ou exaltam os modos de viver entre o presente e o futuro.
O autor faz a sua confissão de que andou décadas a escrever livros onde, de um modo geral, falhou as suas visões proféticas e procura as explicações de toda a sua teimosia em tanto insucesso. Em Os Profetas do Consumo cruzam-se a modernidade líquida, cenas de uma geração descartável, a sociedade em rede, as preocupações com os modos de consumo mais sustentáveis, a cultura do capitalismo atual, a obsessão pelo low cost e os gostos que assume o endividamento excessivo e os modos de o contrariar.
Como se trata de um livro para não iniciados, apresenta-se uma antologia com algumas das questões essenciais postas pelo novo mercado ao funcionamento da sociedade de consumo e de como lidamos com a crise, nomeadamente de 2011 para cá”.
Terei a maior satisfação em ver-me rodeado dos meus prezados amigos, não é preciso comprarem o livro, quero é mesmo a vossa companhia e participação no debate sobre os profetas do consumo, se vos interessar.
A sessão de lançamento realiza-se em 22 de Outubro, nas instalações da Direção-Geral do Consumidor, na Praça Duque de Saldanha, nº 31, pelas 18h. Serei honrado pela apresentação que ficará a cargo do Eng.º Carlos Pimenta, antigo secretário de Estado do Ambiente e atualmente diretor do CEEETA – Centro de Estudos de Economia, Energia, Transportes e Ambiente.
Já estou a esquematizar o livro subsequente cuja temática se prende com a ideologia da política dos consumidores, ao longo dos últimos 60 anos, confiro grande importância a este debate, nos anos 1950 a ideologia política em torno do consumo tinha a ver com o modelo de satisfação das necessidades básicas, havia um relativo consenso entre os sociais-democratas, os liberais e os democratas cristãos quanto ao Estado Social e ao modelo social do consumo. Vamos a ver o que sai desta reflexão.
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Nota do editor
Último poste da série de 13 DE OUTUBRO DE 2013 > Guiné 63/74 - P12147: Agenda cultural (286): Tertúlias Fim do Império, a levar a efeito na Messe dos Oficiais, na Praça da Batalha - Porto